O feminismo busca promover a igualdade de gênero lutando contra a opressão e
desvalorização. O tema aborda questões como disparidade salarial, representação política e diversos movimentos que tem como objetivo buscar uma sociedade mais justa para as mulheres. As lutas das primeiras vozes, neste movimento, eram revolucionarias, mas para aquelas que se recusavam a obedecer às ordens superiores, sofriam punições severas que iam de banimento à morte. Acreditavam que homens e mulheres poderiam ser iguais, e defendiam a ideia de que a inferioridade da mulher se dava unicamente pela falta de sua educação. Desta forma, em vários momentos da história, foram reivindicadas as mesmas oportunidades de formações intelectuais para as mulheres. Além da luta pelo direito de voto, as pioneiras do movimento feminista também abordaram questões como direitos trabalhistas, acesso à educação e igualdade salarial. No entanto, apesar dos progressos ao longo do tempo, esses temas ainda representam desafios para o feminismo. Mesmo com as medidas legais e políticas adotadas para enfrentar essa disparidade, as diferenças salariais persistem, devido à desigualdade estrutural da mulher na sociedade. O feminismo contemporâneo está cada vez mais abrangente em suas abordagens, reconhecendo que a igualdade não se limita apenas ao direito ao voto, mas também abrange questões como saúde reprodutiva, violência contra a mulher e representatividade. Dessa forma, para alcançar essas reivindicações, o movimento vem evoluindo e desenvolvendo novas estratégias de atuação. Uma dessas táticas inclui a formação de grupos exclusivamente compostos por mulheres, nos quais ocorrem trocas de experiências e ideias. O objetivo desses espaços é quebrar o isolamento e desconstruir os estereótipos de gênero que se baseiam na crença de uma suposta inferioridade feminina, sustentada por argumentos biológicos infundados. Essa é uma forma de opressão enraizada em séculos de cultura patriarcal, na qual o homem detém o poder de decisão sobre a família. Esse fenômeno é sustentado através da disseminação de uma ideologia, que ensina desde a infância sobre os papéis e comportamentos tidos como apropriados para cada gênero, reforçando frequentemente a concepção de superioridade masculina e submissão feminina. Essa perspectiva é observada em instituições sociais, mídia, religião e outras áreas da cultura, o que afeta diversos aspectos da vida cotidiana da mulher, moldando as relações sociais, as expectativas de comportamento e até mesmo as políticas públicas. O feminismo inicia sua trajetória no Brasil em 1932, e tem o direito de voto como sua primeira conquista, mesmo atravessando uma conjuntura política que impedia qualquer tipo de manifestação de cunho reivindicatório. O grupo conseguiu incluir um número significativo de mulheres nas campanhas nacionais, tais como a da anistia ( que destacava a emergência enfatizada pelas mulheres), a do petróleo ,o da mobilização nas associações de bairro e o da paz mundial. Mesmo não sendo estes de cunho propriamente feminista. O espaço encurtou ainda mais em 1964, pois o país passou a sentir as consequências do regime militar, que impedia qualquer tipo de organização de movimentos populares. Mesmo assim, foi perceptível a participação de algumas mulheres nas manifestações de oposição àquela ditadura. Em mil novecentos e setenta e cinco o grupo ressurge com os primeiros atos de transcendência, pois nesse ano foi fundado o movimento pela a anistia, que se iniciou em São Paulo e introduziu a mulher na esfera pública. Esta data foi considerada o ano internacional da mulher, e esse feito colaborou com a promoção da primeira semana de debates sobre as condições femininas, trazendo a presença de representantes da ONU e da ABI. Pouco depois foram editados os jornais feministas, Brasil Mulher e Nós Mulher, que se pôs a serviço da organização das mulheres, reivindicando direitos, questionando as relações de poder e introduzindo-as em movimentos populares. Progressivamente o feminismo veio tomando força no Brasil, conscientizando a sociedade sobre a desvalorização, a discriminação e a violência física. Mostrando que a figura feminina não pode ser tratada como objeto e construindo uma história contemplada de resistências, conquistas e derrotas, mas sempre com a luta pela a igualdade e respeito à pessoa, e com o intuito de superar as relações hierárquicas entre homens e mulheres. O feminismo político é um movimento diversificado, mas seu objetivo comum é desafiar e transformar as estruturas e o sistema que perpetua a desigualdade de gênero, visando uma sociedade inclusiva para todos. REFEFRENCIAS
ALVES, Branca moreira. PITANGUY, Jacqueline. O QUE É FEMINISMO. São Paulo:
Abril Cultura/Brasiliense.
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