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COLÉGIO PEDRO II – UNIDADE ESCOLAR REALENGO II

LISTA DE GEOGRAFIA II
PROFESSOR: EDUARDO RODRIGUES
3ª SÉRIE / 1º & 2º TURNO / TURMA: __________ ANO: 2022
ESTUDANTE:______________________________________________ Nº______

1. (Fuvest-Ete 2022) Analise os mapas e as frases a seguir:


Frase I - "Com a Restauração [em 1640], portanto, Portugal conseguiu não só manter a expansão territorial posta em curso pelos
espanhóis, como deu continuidade à política de apoio às incursões no interior, mantendo, assim, o ímpeto conquistador dos primeiros
tempos da ocupação litorânea."
Frase II - "Mas falar do Brasil no início do Século XVI é falar sobretudo de uma pequena faixa litorânea pouco ocupada pelos
descobridores, como bem disse Capistrano de Abreu, sem que se soubesse, àquela altura, o que ia acontecer com mais essa porção de
terra portuguesa."
Frase III - "Em outubro desse ano [1777], o Tratado de Santo lldefonso confirmou, com algumas alterações, o Tratado de Madri:
Portugal manteve posições na ilha de Santa Catarina e região do Prata, incluindo a região dos Sete Povos das Missões (...) em troca da
Colônia de Sacramento, localizada no atual Uruguai."

Brasil: 500 anos de povoamento. IBGE, 2007. Disponível em Iiv6687.pdf (ibge.gov.br)

Assinale a alternativa que faz a correspondência correta entre os mapas e as frases:


a) Mapa 1, Frase I; Mapa 2, Frase III; Mapa 3, Frase II.
b) Mapa 1, Frase II; Mapa 2, Frase I; Mapa 3, Frase III.
c) Mapa 1, Frase I; Mapa 2, Frase II; Mapa 3, Frase III.
d) Mapa 1, Frase II; Mapa 2, Frase III; Mapa 3, Frase I.
e) Mapa 1, Frase III; Mapa 2, Frase I; Mapa 3, Frase II.

2. (Uerj 2003) O mais novo dos impérios e a única monarquia do Novo Mundo, tão ricamente contemplado com belezas naturais e
riquezas materiais ainda enterradas em seu seio, tão esplêndido em posição geográfica (...) parece ser o filho predileto da Fortuna. (...)
Agricultores de primeira categoria parecem inclinados a vir para um país onde uma área igual de terreno produz três vezes mais do que
na Luisiana. (...) Começou, assim, um acentuado influxo de homens trabalhadores e diligentes, acostumados a utilizar maquinaria
agrícola e formando, em cada colônia, um núcleo, em torno do qual podem fixar-se agricultores europeus.
(BURTON, Richard. "Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho". São Paulo: Itatiaia / EDUSP, 1976.)

O naturalista e explorador inglês Richard Burton esteve no Brasil durante a década de 1860. Após percorrer o interior do país, produziu
uma narrativa sobre o que observou, fazendo sugestões para o progresso nacional.
Pelo que se diz no texto, no que se refere às relações entre natureza e população, Burton avaliava as potencialidades da economia como
boas, desde que se criasse a seguinte condição:
a) o trabalho agrícola fosse financiado pelas elites nacionais e estrangeiras
b) a posição geográfica e a fertilidade da terra permitissem a fixação de imigrantes
c) a natureza generosa fosse trabalhada por mão de obra produtiva e qualificada
d) os recursos existentes fossem utilizados para o desenvolvimento do setor urbano e industrial

3. (Enem 2016) A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela perícia, autonomia
e mobilidade. A sua presença, que fora atestada por viajantes e por missionários portugueses que visitaram a costa a partir do século
XV, consta também na ampla documentação sobre a região. A literatura é rica em referências às grandes mulheres como as vendedoras
ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão típico da região.

HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX e XX).
In: PANTOJA. S. (Org.). Identidades, memórias e histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.

A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África Ocidental pode ser relacionada a uma característica marcante das cidades
no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se observa pela
a) restrição à realização do comércio ambulante por africanos escravizados e seus descendentes.
b) convivência entre homens e mulheres livres, de diversas origens, no pequeno comércio.
c) presença de mulheres negras no comércio de rua de diversos produtos e alimentos.
d) dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente de origem dos escravizados.
e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades ligadas ao pequeno comércio urbano.

4. (Uepg 2020) Sobre os limites do território nacional brasileiro, suas implicações políticas, sociais e econômicas, assinale o que for
correto.
01) Com o fim da escravidão oficial no Brasil, em fins do século XIX, deu-se início à integração dos ex-cativos à Revolução Industrial
brasileira que auxiliou São Paulo a tornar-se a capital industrial do território nacional.
02) O território brasileiro, pelas suas características continentais, possui terras nos hemisférios Setentrional, Meridional, Ocidental e
Oriental da Terra.
04) Baseando-se no latifúndio e utilizando mão de obra escrava, a pecuária teve papel decisivo na interiorização da colonização
portuguesa no atual território que corresponde ao Brasil.
08) O Brasil, atualmente divido em 5 regiões, é uma República Federativa composta por 26 estados e um Distrito Federal.
16) No século XVI, os colonizadores portugueses utilizaram o sistema de capitanias hereditárias para o gerenciamento de seu território
na América do Sul. São Vicente foi uma destas unidades.
5. (Uerj 2002) TEXTO I

"No contexto maior da economia colonial, a produção para o mercado interno - gado e alimentos - apresentava um forte caráter de
subordinação face à grande produção de exportação. (...) Enquanto os compradores compareciam a um mercado de preços tabelados,
os produtores de alimentos são obrigados a comprar os gêneros de que necessitam - escravos, ferros, tachos, armas - em um mercado
livre, quase sempre com preços estabelecidos na base do exclusivo colonial, sem qualquer concorrência."
(SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. In: LINHARES, M. Yedda (org.). "História geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus,
2000.)
TEXTO II

"A luta pelos alimentos como direito e pela comida sadia é das menos obscurantistas que pode haver, reflete o direito à vida e à escolha
do que comer e ser informado sobre o que está comendo. É uma luta dos direitos do consumidor contra a lógica voraz dos grandes
consórcios alimentícios, dentre os quais se destaca o Monsanto - que ocupa vários cargos no governo Bush, tal sua força e voracidade."
(SADER, Emir. In: "Época", março de 2001.)

O primeiro texto procura contextualizar a produção para o abastecimento interno no Brasil Colônia, enquanto o segundo refere-se à
invasão de uma propriedade do Monsanto, produtor internacional de alimentos, por ambientalistas e pelo MST, durante o Fórum Social
Mundial contra a globalização, realizado em Porto Alegre.
A alternativa que aproxima os dois textos por apontar uma semelhança entre o processo brasileiro de produção de alimentos, no passado
e no presente, é:
a) A produção agrícola se mantém subordinada a interesses externos.
b) O Estado deixa para agricultores de subsistência a tarefa da produção alimentar.
c) As políticas públicas para o setor agrário provocam preços altos dos produtos exportados.
d) As ações do Estado priorizam a produção alimentícia através de consórcios internacionais.

6. (Uerj 2020)

A partir da análise do mapa, constata-se que o uso da metáfora do “arquipélago” no título da imagem expressa a seguinte característica
da organização espacial do Brasil naquele momento:
a) reduzida integração econômica do território colonial
b) desigual distribuição regional da atividade industrial
c) excessiva diluição política do poder governamental
d) acentuada fragmentação fundiária da propriedade rural

7. (Udesc 2019) Leia o trecho a seguir:

“Não existe democracia racial efetiva, onde o intercâmbio entre indivíduos pertencentes a ‘raças’ distintas começa e termina no plano
da tolerância convencionalizada. Esta pode satisfazer as exigências do bom-tom, de um discutível espírito cristão e da necessidade
prática de ‘manter cada um no seu lugar’. Contudo, ela não aproxima realmente os homens senão na base da mera coexistência no
mesmo espaço social e, onde isso chega a acontecer, da convivência restritiva, regulada por um código que consagra a desigualdade,
disfarçando-a e justificando-a acima dos princípios de integração da ordem social democrática”.

Florestan Fernandes, 1960.

Florestan Fernandes se refere à ideia de “democracia racial” que, durante um período, foi considerada constitutiva da identidade nacional
brasileira. Esta tese era caracterizada por:
a) pressupor uma miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos constitutivos da nação brasileira.
b) apregoar que representantes de todos os grupos étnicos deveriam ter representatividade política em âmbito legislativo.
c) promover a denúncia de práticas racistas contra negros, mulheres e indígenas.
d) reivindicar a instauração de processos e eventuais julgamentos dos responsáveis pelo processo de favelização nas grandes capitais
brasileiras, a partir de fins do século XIX.
e) defender as candidaturas plurirraciais nos processos eleitorais, pós 1964.

8. (Enem 2021) De um lado, ancorados pela prática médica europeia, por outro, pela terapêutica indígena, com seu amplo uso da flora
nativa, os jesuítas foram os reais iniciadores do exercício de uma medicina híbrida que se tomou marca do Brasil colonial. Alguns
religiosos vinham de Portugal já versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na prática diária as funções que deveriam ser
atribuídas a um físico, cirurgião, barbeiro ou boticário.

GURGEL, C. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto 2010, (adaptado).

Conforme o texto, o que caracteriza a construção da prática medicinal descrita é a e adoção de rituais místicos.
a) adoção de rituais místicos.
b) rejeição dos dogmas cristãos.
c) superação da tradição popular.
d) imposição da farmacologia nativa.
e) conjugação de saberes empíricos.

9. (Enem 2015) Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Museu Paulista,
mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que comandara a destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição,
viabilizada por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma interpretação histórica que apontava o fenômeno do sertanismo
paulista como o elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que se consolidaria entre os
historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do século XX.

MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição da retratística monárquica europeia. Revista
do LEB, n. 44, tev. 2007.

A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a construção de uma memória que
a) afirmava a centralidade de um estado na política do país.
b) resgatava a importância da resistência escrava na história brasileira.
c) evidenciava a importância da produção artística no contexto regional.
d) valorizava a saga histórica do povo na afirmação de uma memória social.
e) destacava a presença do indígena no desbravamento do território colonial.

10. (Fuvest 2021) “A base física do Brasil, ao principiar o século XVIII, era profundamente diversa daquela que, mesmo numa
interpretação liberal do Tratada de Tordesilhas, fora assentada no diploma de 1494. A expansão ao longo do litoral levara ao Oiapoc,
no norte, e ao Prata, no sul. O rush do ouro estava determinando a ampliação da área oeste do mesmo modo por que a ‘droga do
sertão’ explicava a façanha da incorporação do mundo amazônica. Toda uma geografia nova, política, social e econômica se estava
escrevendo na América portuguesa [...].”

Arthur F. Reis. "Os tratados de limites". História geral da civilização brasileira, t.I, v.1, p. 396.
A partir da leitura do trecho e de seus conhecimentos, é correto afirmar que:
a) o Tratado de Tordesilhas representou uma permanente barreira a exploração econômica dos sertões portugueses da América, e só foi
ultrapassada no século XVIII por sertanistas que passaram a agir junto à Coroa Portuguesa.
b) a ocupação da Amazônia foi determinante na formação do território português da América porque as drogas do sertão puderam ser
exploradas por longos períodos, ao contrário do efêmero ouro de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
c) embora a mineração tenha interiorizado a presença portuguesa no continente, a definição das fronteiras territoriais do Brasil só se
completaria definitivamente muito depois, no começo do século XX.
d) mesmo com o rush minerador a economia colonial portuguesa continuou isolada em relação aos principais circuitos econômicos
europeus de sua época, situação que só alteraria na primeira década do século XIX.
e) a realidade econômica de Portugal e Espanha nos séculos XVII e XVIII tornou o Tratado de Tordesilhas obsoleto, uma vez que neste
período importava menos o comércio extrativista e mais a produção industrial.

11. (Enem 2020) Afirmar que a cartografia da época moderna integrou o processo de invenção da América por parte dos europeus
significa que os conhecimentos dos ameríndios sobre o território foram ignorados pela cartografia europeia ou que eles foram privados
de sua representação territorial e da autoridade que seus conhecimentos tinham sobre o espaço.

OLIVEIRA, T. K. Desconstruindo mapas, revelando espacializações: reflexões sobre o uso da cartografia em estudos sobre o Brasil
colonial. Revista Brasileira de História, n. 68, 2014 (adaptado).

Na análise contida no texto, a representação cartográfica da América foi marcada por


a) asserção da cultura dos nativos.
b) avanço dos estudos do ambiente.
c) afirmação das formas de dominação.
d) exatidão da demarcação das regiões.
e) aprimoramento do conceito de fronteira.

12. (Enem 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa
digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta,
nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de
Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).

A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada,
demonstra a
a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.

13. (Uema 2021) Em 2020, pode-se salientar dois acontecimentos que chamaram a atenção da mídia. Nos Estados Unidos, a morte de
George Floyd, por asfixia numa abordagem policial. No Brasil, João Alberto Freitas, espancado por seguranças até o óbito, após
discussão num supermercado.

Leia as notícias a seguir sobre essas duas mortes.

Notícia 1

Segundo advogados da família Floyd, o exame apontou que a compressão do joelho policial sobre o pescoço cortou o fluxo de sangue
para o cérebro do ex-segurança. Além disso, o peso sobre as costas da vítima dificultou sua respiração. Imagens gravadas da ação
policial mostraram Floyd, já algemado, dizendo que não conseguia respirar. A frase "I can't breath" ("Eu não consigo respirar") tornou-
se um dos símbolos das manifestações que se espalharam pelos EUA e pelo mundo.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/06/01/george-floyd-morreu-por-asfixia-mostra-autopsia-requerida-pela-familia.ghtml

Notícia 2

Homem negro morre após ser espancado em supermercado de Porto Alegre

João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, morreu na noite de ontem após ser agredido por dois seguranças - um deles
PM temporário, fora de serviço - no supermercado [...], na zona norte de Porto Alegre, às vésperas do feriado da Consciência Negra.
Os agressores foram presos, suspeitos de homicídio doloso [...]

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/11/20/video-mostra-homem-sendo-e-espancado-por-segurancas-do-
carrefour-no-rs.htm?cmpid=copiaecola
Esses dois casos, à luz dos estudos das Ciências Humanas, estão
a) interligados, mostrando o racismo estrutural nos Estados Unidos e no Brasil, resultado da escravidão e do preconceito racial desde a
colonização até hoje, dispondo essa população de menos oportunidades de acesso ao ensino superior e a bons empregos.
b) distantes, mostrando o racismo como característica dos Estados Unidos, ao passo, que no Brasil, apesar de casos isolados de
intolerância, existe a Democracia Racial, como marca identitária da nossa formação histórica.
c) conectados, mostrando que as forças policiais e de segurança agem de forma violenta tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil,
apresentando agressividade contra os cidadãos das mais diferentes camadas sociais.
d) desligados, mostrando que, ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil, há harmonia entre os diferentes povos que compõem a nação
brasileira (brancos, negros e indígenas), sendo a ação dos seguranças uma exceção à regra.
e) distintos, mostrando que, ao contrário dos Estados Unidos, onde historicamente há episódios de violência racial nos locais das colônias
de exploração, excetuando-se as áreas das colônias de povoamento, no Brasil, por só ter havido colônia de exploração, há preconceito
racial em todo o país.

14. (Uel 2011) No dia 16 de junho de 2010, o Senado brasileiro aprovou o Estatuto da Igualdade Racial.

Os senadores [...] suprimiram do texto o termo “fortalecer a identidade negra”, sob o argumento de que não existe no país uma
identidade negra [...]. “O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação não serviram
para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada”, defende o relatório de Demóstenes Torres.

(Folha.com. Cotidiano, 16 jun. 2010. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/751897-sem-cotas-estatuto-da-


igualdaderacial-e-aprovado-na-ccj-do-senado.shtml>. Acesso em: 16 jun. 2010.)

Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre a questão da identidade, é correto afirmar:
a) A identidade nacional brasileira é fruto de um processo histórico de realização da harmonia das relações sociais entre diferentes
raças/etnias, por meio da miscigenação.
b) A ideia de identidade nacional é um recurso discursivo desenraizado do terreno da cultura e da política, sendo sua base de preocupação
a realização de interesses individuais e privados.
c) Lutas identitárias são problemas típicos de países coloniais e de tradição escravista, motivo da sua ausência em países desenvolvidos
como a Alemanha e a França.
d) Embora pautadas na ação coletiva, as lutas identitárias, a exemplo dos partidos políticos, colocam em segundo plano o indivíduo e
suas demandas imediatas.
e) As identidades nacionais são construídas socialmente, com base nas relações de força desenvolvidas entre os grupos, com a tendência
comum de eleger, como universais, as características dos dominantes.

15. (Unicamp 2021) As feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade social do país. Até 1950,
a discriminação em empregos era uma prática corrente, sancionada pelas práticas sociais do país. Em geral, os anúncios de vagas de
trabalho eram publicados com a explícita advertência: “não se aceitam pessoas de cor.” Mesmo após a Lei Afonso Arinos, de 1951,
proibindo categoricamente a discriminação racial, tudo continuou na mesma. Depois da lei, os anúncios se tornaram mais sofisticados
que antes, e passaram a requerer: “pessoas de boa aparência”. Basta substituir “pessoas de boa aparência” por “branco” para se obter a
verdadeira significação do eufemismo.

(Adaptado de Abdias do Nascimento, O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva,
2018, p. 97.)

A partir do excerto, é correto afirmar:


a) Apesar da Lei Afonso Arinos de 1951, o racismo que existia há muitos anos no mercado de trabalho brasileiro permaneceu por meio
de estratégias camufladas.
b) A Lei Afonso Arinos de 1951 possibilitou a eliminação do racismo no mercado de trabalho do mundo da moda, que exigia a boa
aparência das pessoas brancas.
c) Em 1951, o conceito de “pessoas de boa aparência”, ditado pelo mundo da moda e reproduzido nos anúncios de vagas de trabalho,
privilegiava o asseio no vestir.
d) O racismo foi eliminado das relações sociais brasileiras somente na década de 1990, com a consolidação do conjunto de leis da
democracia racial.

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