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-SENTENÇA NO PROCESSO CIVIL.

- Relatório.
1) Elementos. - Fundamentação.
- Dispositivo.

- Ato de Inteligência do Juiz.


2) Classificação segundo sua natureza
- Ato de Vontade do Juiz

3) Publicidade.

4) Momento.

5) Efeitos.

6) Recurso.

7) Prazo.

8) Sentença Genérica.

Art. 226. O juiz proferirá:


I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.


Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em
caráter antecedente ou incidental.

Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.

Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos
do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu,
e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo
de 15 (quinze) dias.

Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III , o juiz
proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do
processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.

Seção II
Do Julgamento Antecipado do Mérito

Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma
do art. 349 .

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou
parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .
§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida
ou ilíquida.
§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar
parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa
interposto.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser
processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.

Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência
ou no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais
de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do
processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral
reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a
falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto
ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e
grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de
requerimento do réu.
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5
(cinco) dias para retratar-se.

Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de
novo a ação.
§ 1º No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art.
485 , a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução
do mérito.
§ 2º A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das
custas e dos honorários de advogado.
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não
poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a
possibilidade de alegar em defesa o seu direito.

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:


I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332 , a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.

Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a
quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.

Seção II
Dos Elementos e dos Efeitos da Sentença

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da
ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as
premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e
em conformidade com o princípio da boa-fé.

Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos
formulados pelas partes.

Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a
decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de
juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo
quando:
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou
excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação.
§ 2º O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença.

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a
parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.

Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do
direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir.

Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:


I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.

Art. 924. Extingue-se a execução quando:


I - a petição inicial for indeferida;
II - a obrigação for satisfeita;
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
IV - o exequente renunciar ao crédito;
V - ocorrer a prescrição intercorrente.
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:


I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do
Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1º , quando decidirem
com fundamento neste artigo.
§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos
repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou
entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese.
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos
tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação
dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em
julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica,
considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica
decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores.

Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no
processo de inventário.

CASO 1.
Em um processo, o juiz, ao sentenciar, quando da fundamentação da sua decisão, apenas se
reporta aos termos de uma outra decisão já lançada nos autos, sem enfrentar especificamente os
argumentos expostos pelas partes no processo.
Pergunta-se:
1) Existe ofensa a algum preceito legal nessa sentença? Qual?
2) Se positiva a resposta anterior, qual seria a consequência jurídica?

CASO 2.
Proferida uma sentença de improcedência liminar do pedido, em decorrência do caso se enquadrar
no disposto no artigo 332 do CPC, na hipótese do autor interpor apelação e o juiz verificar que errou
no julgamento.
Pergunta-se.
1) Poderá o juiz se retratar, no caso da hipótese acima elencada?
2) Qual o fundamento jurídico para a sua resposta?

CASO 3.
Em quais hipóteses legais o juiz poderá proferir sentença ilíquida?

CASO 4.
Em um processo onde o autor buscava a obrigação de entrega, pelo réu, de um automóvel Fiat Argo
2020, placas AMG6R45, que havia comprado e pago, sem o adimplemento da obrigação do
vendedor. O juiz na sentença julga procedente o pedido mas condena o réu a entrega de um Fiat
Moby ano 2020 mais o valor de R$ 40.000,00 em dinheiro.
Pergunta-se:
1) Tal sentença possui algum vício? Qual?
2) Qual a fundamentação jurídica para a sua resposta?
3) Se positiva a resposta um, qual a consequência para tal sentença?

CASO 5.
Com relação à jurisdição e ao poder jurisdicional, julgue os próximos itens. A sentença é o produto
mais importante da atividade jurisdicional e, assim como a atividade legislativa, normatiza a conduta
de todos.
C. Certo
E. Errado.

CASO 6.
Acerca do julgamento conforme o estado do processo, assinale a opção correta.
A. O julgamento parcial de mérito só poderá ocorrer se a obrigação a ser reconhecida for líquida.
B. O julgamento antecipado do mérito feito após providências preliminares de saneamento baseia-se
em cognição sumária.
C. A decisão parcial de mérito que se torna definitiva produz coisa julgada e pode ser objeto de ação
rescisória.
D. Caberá apelação contra a decisão que julgar antecipadamente parte do mérito.

CASO 7
Em um caso prático, um cliente lhe procurou como advogado informando que é demandante em
uma ação de indenização que se processa na 3ª Vara Cível de Foz do Iguaçu-PR e que o advogado
que cuida do caso, não movimentou o processo, nem efetivou as diligências que lhe cabiam e,
passados trinta dias da inércia, o juiz sentenciou extinguindo o processo por abandono. A parte foi
intimada da sentença e quer que você indique se foi correta a atitude do juiz ou não, bem como, se é
possível efetivar algum recurso para o fim do juiz rever a decisão. A resposta deve ser
fundamentada.
CASO 8.
Um cliente lhe procurou relatando que propôs ação de indenização em face de um determinado réu.
O réu foi citado e ainda não apresentou sua contestação.
Ele lhe manifesta a intenção de desistir da ação proposta e lhe pergunta se pode fazê-lo ainda que
citado o réu. Pergunta se precisa da concordância deste ou não. A Resposta deve ser
fundamentada, não se admitindo apenas uma afirmação ou negativa simples.

CASO 9.
1) Em uma ação de divórcio litigiosa, na audiência de conciliação e/ou mediação, as partes
concordaram com o divórcio e não conseguiram um consenso sobre o valor dos alimentos para a ex-
esposa e filhos do casal. Pergunta-se: Pode o juiz julgar desde logo o divórcio e prosseguir o
processo somente pelos alimentos ou deve julgar tudo na sentença final de mérito? Fundamente no
Código de Processo Civil.

CASO 10.
Nos casos abaixo indique qual a espécie de pronunciamento judicial foi proferida:
a) Indeferimento da petição inicial.
b) Julgamento antecipado parcial do mérito.
c) Julgamento da liquidação de sentença com fixação do valor para a execução.
d) Decisão do Relator do Agravo de Instrumento concedendo efeito suspensivo ao recurso.
e) Decisão do juiz deferindo a tutela antecipada.
f) Recebimento da petição inicial com designação de audiência de conciliação pelo CEJUSC.
g) Julgamento pela Câmara do tribunal, do recurso de apelação interposto.
h) Decisão judicial onde o juiz julgo procedente todo o pedido do autor, resolvendo o mérito.

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