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Estrutura para A Sétima Aula de Processo Civil III - Execução Forçada
Estrutura para A Sétima Aula de Processo Civil III - Execução Forçada
1) DEFINIÇÃO.
- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
3) A EXECUÇÃO FORÇADA NO CPC
- PROCESSO DE EXECUÇÃO.
4) PODERES DO JUIZ.
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no
que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste
Código.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos
previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e
aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo
Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da
sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação
jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei,
depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão.
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e
a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de
decurso do prazo para pagamento voluntário.
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda pode
requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à
margem do título protestado.
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante
ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do
requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação.
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas
disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos
atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de
atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações
meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores
e mediadores judiciais;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança
interna dos fóruns e tribunais;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios
processuais;
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida
executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais,
pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença,
transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a
execução.
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa,
líquida e exigível.
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo
de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
“É pouco a imposição de multa”, diz juiz ao suspender CNH de devedor que se furta à execução -
https://www.migalhas.com.br/quentes/330549.
Magistrado de GO lamenta em decisão que, no Brasil, há uma cultura que gera "proteção injusta ao
devedor".
O juiz de Direito Neto Azevedo, de Ipameri/GO, determinou a apreensão e suspensão da CNH de
devedor.
O exequente aduziu que há anos não vê seu crédito satisfeito e que o devedor teria condições de
pagar a dívida, pois “o padrão de vida expressado pelo executado indica que ele certamente não
está na penúria”.
Na decisão, o magistrado considerou o disposto no art. 139 do CPC/15, que permite medidas
coercitivas para cumprimento de decisão judicial, considerando a medida útil e legítima para garantir
a efetividade do processo.
“No Brasil, infelizmente, ainda há uma cultura que gera, em inúmeras situações, proteção injusta ao
devedor. É muito comum encontrar devedores contumazes, que usam obliquamente as vias
processuais, além de métodos de ocultação patrimonial, para se esquivarem do cumprimento de
suas obrigações. Muito se fala do direito e da dignidade do devedor. Porém, é preciso observar, no
caso concreto, também aos interesses do credor. A proteção injustificada do devedor prejudica o
credor, pois mitiga a possibilidade de ele receber aquilo que lhe é devido, afetando diretamente seu
patrimônio.”
O julgador verificou que, no caso dos autos, todas as tentativas de constrição de bens em nome do
devedor restaram frustradas.
“Se o devedor se furta à execução, é pouco a imposição de multa, que fatalmente seguirá o mesmo
destino do débito principal, o inadimplemento. Diagnosticada deslealdade processual do devedor,
deve-se permitir ao juiz que se utilize de meios capazes de imediatamente fazer cessar ou ao
menos, tentar minimizar a nocividade da conduta.”
Ao deferir o pleito de suspensão e apreensão da CNH, Neto Azevedo vislumbrou que a medida não
é capaz de cercear o direito de liberdade dos executados, “pois em tal caso não poderão os
devedores se locomoverem dirigindo automóvel, mas nada impedirá que eles venham a se
deslocarem valendo-se de outros meios”.
Assim, determinou envio de ofício ao Detran/GO para que cumpra a decisão de suspensão da CNH
do devedor, bem como, intimou o executado, por meio de seu patrono, para que no prazo de 72h
promova a entrega do documento, sob pena de multa diária.
O exequente é representado pelos advogados Nelson Borges de Almeida e João Paulo Vaz da
Costa e Silva, do escritório Nelson Borges de Almeida Advogados.
Processo: 0067414.05.2016.8.09.0074
PERGUNTAS.
1) Assinale a alternativa correta:
a)( ) É título executivo judicial a Nota Promissória.
b)( ) Não é título executivo judicial a sentença penal transitada em julgado.
c)( ) É título executivo judicial a sentença estrangeira, independente de qualquer homologação.
d) ( ) Não é título executivo judicial a sentença arbitral.
e) ( ) É título executivo judicial a sentença cível condenatória.