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DA EXECUÇÃO FORÇADA.

1) DEFINIÇÃO.

2) PROCESSO DE CONHECIMENTO E DE EXECUÇÃO.

- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
3) A EXECUÇÃO FORÇADA NO CPC
- PROCESSO DE EXECUÇÃO.

4) PODERES DO JUIZ.

5) TÍTULOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS.

6) DEFINIÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO.

7) PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO PREVISTOS NO CPC


A) QUANTIA CERTA.
B) OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER.
C) ENTREGA DE COISA CERTA OU INCERTA.
D) CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
E) PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA.

8) POSSIBILIDADE DA PROPOSITURA DE AÇÃO DE CONHECIMENTO DESDE QUE O TÍTULO


EXECUTIVO SEJA EXTRAJUDICIAL.

Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no
que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste
Código.

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos
previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e
aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo
Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da
sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação
jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.

Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei,
depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão.
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e
a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de
decurso do prazo para pagamento voluntário.
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda pode
requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à
margem do título protestado.
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante
ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do
requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação.

Art. 518. Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento da sentença e


dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo executado nos próprios autos e nestes
serão decididas pelo juiz.

Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, provisório ou definitivo,


e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem tutela provisória.

Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas
disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos
atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de
atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.

Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte


Especial.

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações
meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto prestação pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores
e mediadores judiciais;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança
interna dos fóruns e tribunais;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios
processuais;

Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo:


I - ordenar o comparecimento das partes;
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas
ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes
prazo razoável.

Art. 773. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias ao


cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados.
Parágrafo único. Quando, em decorrência do disposto neste artigo, o juízo receber dados sigilosos
para os fins da execução, o juiz adotará as medidas necessárias para assegurar a confidencialidade.

Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do


executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos
valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a
vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do
exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza
processual ou material.

Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida
executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais,
pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.

Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença,
transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a
execução.

Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou de prática


de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do processo.

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa,
líquida e exigível.

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:


I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado
por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele
garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente
comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e
demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor
de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de
homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação
exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de
cumprimento da obrigação.

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo
de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

“É pouco a imposição de multa”, diz juiz ao suspender CNH de devedor que se furta à execução -
https://www.migalhas.com.br/quentes/330549.
Magistrado de GO lamenta em decisão que, no Brasil, há uma cultura que gera "proteção injusta ao
devedor".
O juiz de Direito Neto Azevedo, de Ipameri/GO, determinou a apreensão e suspensão da CNH de
devedor.
O exequente aduziu que há anos não vê seu crédito satisfeito e que o devedor teria condições de
pagar a dívida, pois “o padrão de vida expressado pelo executado indica que ele certamente não
está na penúria”.
Na decisão, o magistrado considerou o disposto no art. 139 do CPC/15, que permite medidas
coercitivas para cumprimento de decisão judicial, considerando a medida útil e legítima para garantir
a efetividade do processo.
“No Brasil, infelizmente, ainda há uma cultura que gera, em inúmeras situações, proteção injusta ao
devedor. É muito comum encontrar devedores contumazes, que usam obliquamente as vias
processuais, além de métodos de ocultação patrimonial, para se esquivarem do cumprimento de
suas obrigações. Muito se fala do direito e da dignidade do devedor. Porém, é preciso observar, no
caso concreto, também aos interesses do credor. A proteção injustificada do devedor prejudica o
credor, pois mitiga a possibilidade de ele receber aquilo que lhe é devido, afetando diretamente seu
patrimônio.”
O julgador verificou que, no caso dos autos, todas as tentativas de constrição de bens em nome do
devedor restaram frustradas.
“Se o devedor se furta à execução, é pouco a imposição de multa, que fatalmente seguirá o mesmo
destino do débito principal, o inadimplemento. Diagnosticada deslealdade processual do devedor,
deve-se permitir ao juiz que se utilize de meios capazes de imediatamente fazer cessar ou ao
menos, tentar minimizar a nocividade da conduta.”
Ao deferir o pleito de suspensão e apreensão da CNH, Neto Azevedo vislumbrou que a medida não
é capaz de cercear o direito de liberdade dos executados, “pois em tal caso não poderão os
devedores se locomoverem dirigindo automóvel, mas nada impedirá que eles venham a se
deslocarem valendo-se de outros meios”.
Assim, determinou envio de ofício ao Detran/GO para que cumpra a decisão de suspensão da CNH
do devedor, bem como, intimou o executado, por meio de seu patrono, para que no prazo de 72h
promova a entrega do documento, sob pena de multa diária.
O exequente é representado pelos advogados Nelson Borges de Almeida e João Paulo Vaz da
Costa e Silva, do escritório Nelson Borges de Almeida Advogados.
Processo: 0067414.05.2016.8.09.0074

PERGUNTAS.
1) Assinale a alternativa correta:
a)( ) É título executivo judicial a Nota Promissória.
b)( ) Não é título executivo judicial a sentença penal transitada em julgado.
c)( ) É título executivo judicial a sentença estrangeira, independente de qualquer homologação.
d) ( ) Não é título executivo judicial a sentença arbitral.
e) ( ) É título executivo judicial a sentença cível condenatória.

2) Assinale a alternativa correta:


a)( ) A enumeração dos títulos executivos judiciais e extrajudiciais é exemplificativa, podendo outros
títulos ser assim considerados pela jurisprudência.
b) ( ) As sentenças constitutivas, desde que transitadas em julgado, ensejam processo de execução
para seu cumprimento.
c) ( ) A sentença penal condenatória pode ser considerada título executivo judicial mesmo que ainda
pendente de recurso.
d) ( ) Para que a sentença penal condenatória seja considerada título executivo judicial para o juízo
cível, deve ela estar transitada em julgado e conter condenação executável no juízo cível.
e) ( ) Nenhuma das anteriores é correta.

3) Assinale a alternativa correta:


a) ( ) A execução não tem natureza jurisdicional.
b) ( ) O cumprimento de sentença, quando o título for sentença cível condenatória, sempre poderá
ser iniciada de ofício pelo juiz.
c) ( ) Mesmo com sentença penal condenatória transitada em julgado que determine o pagamento
de valor, não se pode propor cumprimento de sentença sem antes existir um processo de
conhecimento cível de indenização.
d) ( ) O cumprimento de sentença, quando o título for sentença judicial cível condenatória, não
desencadeia uma nova relação processual, pois se desenvolve nos próprios autos onde a sentença
foi proferida.
e) ( ) No Novo Código de Processo Civil, o prazo para a impugnação ao cumprimento de sentença
somente se inicia após a intimação do executado a respeito da penhora realizada, ou do depósito de
dinheiro.

4) Sobre a pretensão do exequente, no processo executivo, podemos afirmar:


a) ( ) Não existe, pois trata-se de um processo baseado em título executivo daí que a pretensão é
do próprio Estado.
b) ( ) Trata da solução do caso e acertamento do direito reclamado, quando o juiz diz o direito
subsumindo-o à lide apresentada.
c) ( ) Está ligada a prevenção ou acautelamento do objeto, mantendo-se a decisão do juiz sempre
atual.
d) ( ) Na execução, a pretensão nada mais é do que o efetivo cumprimento do contido
expressamente no título executivo.
e) ( ) Nenhuma das anteriores é correta.

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