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Epistemologia Dr. Pacheco - 081833
Epistemologia Dr. Pacheco - 081833
Epistemologia Genética
Introdução
Caro estudante, este conteúdo, vai proporcionar vantagens impares, na medida em que
vai colocar à tona pontos essenciais para a compreensão do pensamento epistemológico a
estudar neste semestre, no que tange à sua gênese, estrutura e articulação dos objectivos do
ensino e aprendizagem.
Ressalta-se que a teoria científica, deve ser incorporada à prática individual ou
colectiva, uma ciência aplicada e edificada na actualidade. Como se sabe, a vida do Homem,
obedece dinâmicas fazendo de si, ser em constante mutação. Por isso, é que o Homem, deve
buscar recursos e estratégias de acção, na tentativa de acompanhar a evolução que se
direcciona paralelamente à educação, ciência e mundo.
A Epistemologia enquanto ciência dontem, mas sobretudo de hoje, procurou se
adaptar e ainda se adapta a novos contextos projectados pela história do conhecimento e saber
humano; enquanto ciência dos porquês quase propõe-se como co-herdeira legítima da
filosofia no questionamento do objecto, natureza, métodos e fins do saber científico.
Na recostrução dos seus aspectos genealógicos evidencia-se a Grécia, berço da
civilização e cultura científica, porem, já um bom tempo para cá, ela deixou de ser apanágio
de uns, para assumir proporções cada vez mais universalista, requisito importante para a sua
autonomia.
O pensar epistemológico, decorre entre polémicas, discussões, levantamento de ideias,
certezas e incertezas, dúvidas e acertos, uma incógnita no caminho crítico e explicativo no
discurso sobre a ciência. Em fim, é tudo na linha da afirmação segundo a qual, o saber, a
ciência e a epistemologia são instrumentos afins direccionados para o aprimoramento do
Homem na busca do conhecimento.
O Homem, distingue-se dos outros animais, porque, enquanto estes limitam-se a
registar as impressões sensíveis e a seguir os instintos imediatos, ele quer conhecer o porquê
das coisas e propõe fins para conseguir. Quanto o porquê das coisas e os fins, assumem um
sentido geral, último, absoluto, ultrapassa-se o horizonte do conhecimento comum e científico
e penetra-se no campo da Filosofia. Ela, representa o esforço para se chegar a uma explicação
exaustiva e concludente da vida, da História e da realidade.
Precisamente ao manifestar-se como reflexão sobre as questões vitais e fundamentais,
a filosofia refere-se íntima e directamente à situações históricas, refletindo as instâncias que
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Conceito etimológico
Com isso, a epistemologia genética defende que o conhecimento não pode ser
concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do sujeito nem nas
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O que é o conhecimento?
Como obter o conhecimento?
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Epistemologia e filosofia
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que certa vez, ouvindo alguém chamá-lo sábio e considerando este nome muito elevado para
si mesmo, pediu que o chamassem simpliesmente filósofo, isto é amigo da sabedoria
(Mondin, 2007).
A Filosofia é conhecimento, forma de saber que, como tal, tem esfera própria de
competência, a respeito da qual procura adquirir informações válidas, precisas e ordenadas.
Sabemos, por exemplo, que a botânica estuda as plantas, a geografia estuda os lugares, a
história os factos a medicina as doenças, etc. Quanto a filosofia, que coisa estuda? No dizer
dos filósofos, estuda todas as coisas (Mondin, 2007).
Aristóteles, que foi o primeiro a fazer pesquisa rigorosa e sistemática em torno desta
disciplina, diz que a filosofia como “estudo das causas últimas de todas as coisas”.
Descartes afirma que o Filosofia “ensina a raciocinar bem”; Hegel, entende como
«saber absoluto»; para Whitehead, o papel da Filosofia é o de “fornecer uma explicação
orgânica do universo”. Para Tartuce (2006) a filosofia é a fonte de todas as áreas de
conhecimento humano. Vários são os autores que definem filosofia.
Filosofia é a ciência da totalidade das leis do universo e do fundamento último de
todas as coisas à luz da razão. Ela busca a verdade precedentes de uma utilidade prática
através de uma reflexão crítica e problematizante da realidade.
A história da Filosofia divide a Filosofia em oriental e ocidental.
A filosofia oriental compreende:
Filofofia indiana;
Filosofia chinesa e
Filosofia egípcia.
A filosofia ocidental compreende:
Filosofia grega;
Filosofia patrística;
Moderna e
Filosofia contemporânea.
A Filosofia oriental é diferente da Filosofia ocidental, porque a oriental é
tendencialmente religiosa, embora possa ter certos princípios racionais, ao passo que a
Filosofia ocidental e basicamente racional, uma investigação constante das causas últimas
de todas as coisas.
Por isso, a filosofia maioritariamente estudada é a ocidental; aquela que surge no
séc. VI a.C. por intermédio de Tales de Mileto, numa das ilhas da Asia Menor do império
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grego, a Jónia, a qual se estente por todo o mundo, de geração em geração. Desta maneira, a
Filosofia torna-se a primeira ciência racional criada pelo Homem para facilitar a
compreensão do mundo.
A Filosofia objectiva, a obtenção do conhecimento, permitindo deste modo a
elaboração de uma cosmovisão; estimular a pesquisa, quer seja científica quer seja
especulativa ( excelência pedagógica); promover a cultura da humanidade.
Não consiste em buscar fins práticos, não tem interesses externos como a ciência, a
arte, a religião e a técnica que tem em vista alguma vantagem.
Quanto ao objecto de estudo, toda realidade em geral é objecto de conhecimento da
Filosofia.
A Filosofia utiliza métodos como: Especulativo - que consiste em abordar um
problema ou de criar uma teoria visando uma perspectiva ampla e final. Através dele
constrói-se um sistema ou um corpo de explicação. E método analítico - que consiste na
analise lógica dos problemas mais íntimos, das relações da linguagem, significado dos
termos, para se examinar a coerência, o rigor do texto ou da linguagem.
A Filosofia apresenta quatro princípios fundamentais:
Rigorosidade; ex:
Radicalidade- ela não se apresenta com dúvidas;
Historicidade- cada teoria tem a sua época;
Globalidade - definição comum ( o que é telefone em Angola, é em toda parte
do universo).
Os problemas centrados na Filosofia antiga eram o cosmo e a moral. Hodiernamente,
a Filosofia preocupa-se com quatro grandes problemas: a injustiça; problemas do estado
com a democracia; problemas da religão e da moral.
Alguns filósofos franceses também utilizaram o termo epistemologia, para designar
o estudo geral do saber especulativo e científico, assim como a ciência, a Teologia, a
Filosofia.
Para Castanon (2007) a palavra epistemologia é o estudo geral dos métodos,
histórias, critérios funcionamento e organização do conhecimento sistemático ou seja ele é
especulativo, teológico religioso ou científico.
Num sentido restrito ela pode ser chamada de Filosofia da ciência, estudo
sistemático das condições de possibilidade, métodos e critérios.
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Assim, o erro assume um papel importante, pois se aprende com ele. Corrigir os erros
significa procurar eliminar o que Bachelard chama de obstáculos epistemológicos (ambição
de pensar o conhecimento de um ponto de vista único) e obstáculos pedagógicos (analogias
com conceitos simples acabam limitando o espírito científico. Quando se avança no
conhecimento científico, aumenta o papel das teorias. Para que esse avanço ocorra, é
importante e indispensável que ocorra uma alternaância entre o impirismo e o racionalismo,
pois ambas as doutrinas são importantes, estão ligadas, se complementam.
Thomas Kuhn na sua obra Kuhniano, em síntese, a postura epistemológica acredita,
entre outras coisas, que a produção do conhecimento científico começa com observação
neutra, se dá por indução, é cumulativa e linear e que o conhecimento científico daí obtido é
definitivo. Kuhn, refere que o progresso do conhecimento científico, intercala períodos de
ciência normal e de revolução científica. A ciência normal ocorre em fases longas nas quais as
comunidades científicas aderem a um mesmo paradigma e nesses periódos a ciência torna-se a
resolução de quebra-cabeças, problemas são resolvidos. Por conseguinte, criam-se
paradigmas, que é um conjunto de valores, métodos, crenças técnicas compartilhados por uma
comunidade científica na fase de ciência normal. A medida que vão surgindo anomalias que o
paradigma vigente não consegue resolver, ocorre uma crise e ruptura, aparecem as resoluções
científicas. Surge então, um novo paradigma. O novo e o velho paradigma, as novas e as
velhas teorias, são incomensuráveis, pois são diferentes maneiras de ver o mundo. Quando as
comunidades aderem por convicção ou por convencimento ao novo paradigma, ocorre uma
nova fase de ciência normal (sob o enfoque do novo paradigma). Esse processo sucessivo,
gera avanço do conhecimento científico.
A espistemologia platónica sustenta que o conhecimento é inato. De tal modo que a
aprendizagem seria o desenvolvimento das ideias escondidas na alma, que aflorariam como
resultado de um interregotório. Amistoso Platão acreditava que a alma existia antes do
nascimento sobre a forma de Deus com perfeito conhecimento de tudo. Assim quando algo é
aprendido, na verdade é apenas lembrado.
Karl Popper, tenta focalizar a epistemologia no racionalismo crítico, ou seja o
conhecimento científico puro como uma construção do homem, que valendo-se da
imaginação, propõem problemas voltados para explicação de alguns aspectos da realidade (o
mundo natural).
O cientista faz hipóteses falsificáveis para solucionar os problemas e essas conjeturas
são criticadas e testadas através da experimentação e observação. Algumas hipóteses
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sobrevivem e outras são iliminadas, porque são submetidas a críticas e provas mais rigorosas.
Para o autor o objectivo da ciência é construir teorias com conteúdos explicativos cada vez
maior. As teorias podem ser cietíficas ou não científicas, sendo que o critério de demarcação
entre elas e a falseabilidade. As teorias científicas devem prever alguns acontecimentos que
possam ser falseadas, enquanto as teorias não científicas, não são falsificáveis. A falsificação
e a testabilidade podem resultar na corroboração ou na modificação das teorias num processo
que gera o avanço do conhecimento científico.
Imre Lakatos tenta relacionar a ciência no conceito de programa de investigação
científica. Os programas de investigação científica constituem conjuntos de regras
metodológicas a serem seguidas pela investigação (eurística positiva) e as rotas a serem
evitadas (euristica negativa), estes programas podem ser progressivos e regressivos. A
constante substituição de programas regressivos por progressivos garantem o avanço da
ciência. Os programas de investigação, são formados pelo núcleo firme (contém a teoria
principal que é irrefutável) e o cinturão protector (teorias auxiliares), estas teorias, podem ser
refutadas.
Laudan a ideia principal deste autor aparece sintetizada naquilo que ele chama de
modelo de resolução de problemas. Para o autor, o ojectivo da ciência é produzir teorias
eficazes na resolução de problemas científicos. Resolução de problemas impírico modifica e
gera novas teorias científicas, enquanto a resolução de problemas conceituais aumenta a
clareza e precisão das teorias. O surgimento de problemas anómalos (resolvidos por teorias
rivais) suscita dúvidas a respeito da teoria que está mostrando, mas não é suficiente para
abandoná-la. À medida que um problema científico é resolvido, novos problemas vão sendo
propostos com objectivo de aprofundar os conhecimentos, esclarecer aspectos duvidosos e
tornar as teorias mais precisas, e esse processo é essencial para o progresso da ciência.
As tradições de invetigação são conjuntos de diretrizes, técnicas, métodos e
teorias cujo objectivo é resolver ao máximo os problemas, sendo que a coexistência de teorias
rivais e tradições de investigação rivais é uma regra, pois motiva a resolução de problemas e
conduz ao avanço da ciência. Tanto as teorias quanto as tradições de investigação, vão
mudando com o tempo e podem gerar novos problemas conceituais ou impíricos num
processo contínuo.
Stephen Toulmin, diz que o indivíduo adquire através do aculturamento e da
linguagem um conjunto de conceitos a respeito do mundo onde vivi; mas também exerce o
seu papel de criador intelectual modificando esses conceitos e criando novos. Deste modo, os
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A Psicologia, desde o seu, nascimento como ciência independente vive uma crise
permanente caracterizada pela grande diversidade de postura, metodológica e teóricas que por
actuarem como gerador de uma variedade de escolas e seitas psicológica foram denominadas
de matrizes psicológicas do pensamento a partir do séc XVII pode-se observar uma
reedefinição das relações sujeito/objecto. A razão contemplativa passa a ser substituída pela
razão e acção instrumental a finalidade utilitária emerge como justificativa e legitimação da
ciência, ao lado da tradicional busca da verdade objectiva.
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Este novo modo de existência prática teórico se fará reconhecer na obra de vários
filósofos, entre eles Frances Bacon e René Descartes.
No primeiro momento encontramos dois grandes grupos de matrizes do pensamento
psicológico:
1) Matrizes cientificistas: são aquelas que se apegam dos modelos e práticas das
ciências naturais.
2) Matrizes românticas são aquelas que valorizam a subjectividade e a experiência
individual do sujeito.
As matrizes cientificistas podem ser:
Homostética e quantificadora; são aquelas que estão presentes em todas as
tentativas de se fazer da Psicologia uma ciência natural essa matriz orienta o
pesqizador para a busca de ordem natural dos fenómenos psicológicos.
Atomicista e mecanicista; são aquelas que orientam os pesquisadores para a
procura de relação deterministas ou probabilísticas.
Funcionalista e organicista: caracteriza-se por uma noção de causalidade
funcional. Os fenómenos incorpora para os corpos em suas próprias definições.
divede-se em duas:
a) Ambientalista aquela que tem influência do meio na acção.
b) Nativistas aquela que tem a natureza herdada das funções adaptativas.
Já as matrizes românticas podem ser: a) vitalistas e naturalistas.
São aquelas que valoriza o qualitativo o indeterminado, o criativo, o espiritual
etc. no lugar do interesse tecnológico domina o que o interesse estético, contemplativo
e apaixonado.
Tipos de conhecimentos
d) Filosófico.
Conhecimento empírico - é obtido ao acaso. É um conhecimento vulgar e ao mesmo
tempo ametódico.
Característica: valorativo, reflexivo, assistemática, verificável, falível inexato.
Conhecimento científico-vai além do conhecimento empírico, das simples
constatação ou experiência.
Característica real ou factual, contingente, sistemático, verificável falível
aproximadamente exato.
Conhecimento filosófico - baseia-se no uso da razão para questionar os problemas
humanos e para discernir, habilita o homem a fazer uso das suas faculdades intelectuais,
filosofar é interrogar e a interrogação por sua vez parte da curiosidade.
Característica valorativo, racional sistemático, não verificável, infalível exato.
Conhecimento religioso - baseia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas ou
valorativas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural. É um conhecimento revelado e ocorre
quando há algo oculto ou um mistério.
Características valorativo, inspiracional, sistemático, não verificável, infalível, exato.
Epistemologia evoluiu bastante visto que ela se focaliza em tratar de vários factores
tais como: genéticos, sociais ou ambientais e condições derivadas de exposição
microbiológica, tóxica, traumática, etc. que determinam a ocorrência e a distribuição de
saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre os grupos de indivíduo.
Possui uma extrema relação com a Psicologia visto que a epistemologia o seu foco de
estudo é o conhecimento do homem porém é bem provável que este conhecimento de facto é
armazenado na mente do indivíduo, a psicologia tem como a prioridade em fazer os estudos
psíquicos deste homem.
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Desenvolvimento cognitivo
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Sujeito Meio
Sujeito Meio
Estes movimentos são interactivos, pois o facto de o sujeito integra os dados do meio e
estes serem assimilados permite que os esquemas evoluem e que, portanto, sejam mais
capazes de responder aos problemas. Existem actividades mentais em que há um predomínio
da assimilação (jogo simbólico) e outras em que há um predomínio da acomodação
(imitação).
A inteligência é perspectivada como adaptação como uma adaptação do indivíduo e
das suas estruturas cognitivas ao meio. Esta adaptação é orientada pela Equilibração entre as
acções do organismo sobre o meio e as do meio sobre o organismo. Isto é, há um processo
interno que regula o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação.
O desenvolvimento cognitivo é fruto de factores biológicos de maturação, experiencias
do mundo físico, inter-relação e transmissão sócia e, ainda, de um mecanismo auto-regulador
que é a Equilibração. É pela Equilibração que o sujeito melhor se adapta ao meio, isto é, que a
sua inteligência progride no sentido de um pensamento cada vez mais complexo.
Assimilação Acomodação
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que uma transmissão seja possível entre o adulto e a criança, ou entre o meio e a criança
educada, é necessário que haja, por parte da criança, assimilação do que se pretende inculcar-
lhe de fora.
Factor de Equilibração a partir do momento em que haja três (3) factores, é desde
logo necessário que se equilibre entre si, mas há, além disso um factor fundamental desde
desenvolvimento, compreende, então ao mesmo tempo, a possibilidade de aceleração e a
possibilidade duma aceleração que ultrapasse certos limites.
Estádios de desenvolvimento
A evolução faz-se por estádios, que são estruturados de conjuntos que tem a sua
unidade funcional, o que vai permitir caracteriza-los. Cada estádio é diferente do outro, do
ponto de vista qualitativo tem as suas formas próprias de adaptação ao meio. O
desenvolvimento vai no sentido de uma melhor acomodação do sujeito ao meio. Estes podem
ser caracterizar-se por:
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Para saberes se um bebé já adquiriu esta noção, pode fazer uma experiencia: a frente
dele tapa o boneco, com que está a brincar com uma fralda. Se ele sabe que o boneco está
apenas escondidos, levanta a fralda e recupera-o. Estes da construção do objecto
permanente desatará a chorar, pois, ao deixar de ver é como se ele deixasse de existir.
Neste período começa a haver mudanças qualitativa na inteligência da criança, faz-se a
transição de uma inteligência sensório-motor para uma inteligência representativa e
simbólica. Assim, a criança é capaz de imitar, sem presença do objecto.
Entre os dois (2) e os sete (7) anos, distingue-se dois (2) subestádios:
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ideias no campo do possível e pensa sobre o pensamento, são estas capacidades que vão
permitir definir conceitos e valores, assim como estudar determinado conteúdos escolares,
como a Geometria Descritiva, a Filosofia, etc.
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