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FACULDADE ANHANGUERA DE LIMEIRA

INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO DA


EMEIEF TENENTE AVIADOR ARY GOMES CASTRO

Anielly Rayane Barbosa da Silva


Elaine Cristina Cordeiro da Pena
Gabriela Silva Melo
Larissa Julielle Sípoli
Luana Pereira Costa
Maeli Pereira de Jesus

Limeira - SP
2016
II

Anielly Rayane Barbosa da Silva


Elaine Cristina Cordeiro da Pena
Gabriela Silva Melo
Larissa Julielle Sípoli
Luana Pereira Costa
Maeli Pereira de Jesus

INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO DA


EMEIEF TENENTE AVIADOR ARY GOMES CASTRO

Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em


Recursos Humanos da Faculdade de Anhanguera
Educacional de Limeira como parte dos requisitos para
conclusão do Projeto Interdisciplinar Aplicado a Gestão de
Recursos Humanos I, sob orientação da Profa. Esp.
Cristiane Diniz.

Limeira - SP
2016
III

RESUMO

Neste trabalho serão abordados tópicos referentes à segurança do trabalho,


inovação em pessoas e dinâmica e jogos vivenciais. O trabalho foi estruturado por
meio de pesquisas com os funcionários da escola da EMEIEF Tenente Aviador Ary
Gomes Castro. Questões sobre falha e inexistência de equipamentos de segurança
ou falta de conhecimento sobre a segurança o trabalho e a superficialidade dada à
capacidade de inovação dos servidores foram alguns dos pontos mencionados como
problemas. Os resultados da pesquisa estão expressos em gráficos, analisados e
diagnosticados, por meio dos quais serão apresentadas soluções como que
amenizem e/ou sanem as principais falhas mencionadas.

Palavras-chaves: segurança do trabalho; inovação em pessoas; dinâmicas e jogos


vivenciais
IV

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
1.1. Apresentação do Assunto.................................................................................5
1.2. Descrição do Problema.....................................................................................5
1.3. Hipótese............................................................................................................6
1.4. Justificativa........................................................................................................6
1.5. Objetivo Geral................................................................................................... 8
1.5.1. Objetivos Específicos.................................................................................9
2. METODOLOGIA UTILIZADA.................................................................................10
3. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................11
3.1 Segurança e Saúde no Trabalho.....................................................................11
3.2 Inovação de Pessoas.......................................................................................12
3.3 Dinâmicas e jogos vivenciais...........................................................................13
4. ESTUDO DE CASO...............................................................................................17
4.1. Caracterização da Empresa............................................................................17
4.2. Problema Apresentado....................................................................................18
4.3. Estudo do Problema........................................................................................19
4.4. Solução do Problema......................................................................................22
4.4.1. Inovação em aplicação de pessoas..........................................................22
4.4.2. Segurança do trabalho.............................................................................23
4.4.3. Dinâmicas e jogos vivenciais....................................................................25
5. Considerações finais..............................................................................................29
6. Referências bibliográficas......................................................................................30
5

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação do Assunto

A escola é um espaço estruturado e organizado de modo a cumprir as


funções que lhe são destinadas pelo sistema. Diante das tantas dificuldades que a
afligem na sociedade atual, é necessário redobrar o ânimo, fortalecer as esperanças
e acreditar que ainda se pode sonhar.
A competência em práticas de organização e gestão produz um diferencial
nas condições efetivas, pelas quais se pode garantir uma sólida formação de
cidadãos. Além disso, a sociedade atual requer cada vez mais sujeitos capazes de
lidar criticamente com o conhecimento e que, ao mesmo tempo, precisa ser muito
mais inclusiva.
Portanto, é necessário garantir à equipe escolar maior aprofundamento na
compreensão e importância das práticas pedagógicas e do papel da escola na
sociedade, através de um processo de reflexão conjunta, investigação, ação e
construção coletiva.

Neste prisma, ressalta-se a importância dos trabalhos, setores e equipes


estarem interligados, caminhando de mãos dadas, em busca do desenvolvimento de
um trabalho competente, efetivo e direcionado ao alcance dos objetivos, a fim de
minimizar as situações cotidianas de “incêndios”, conduzidas por situações
imediatas e inesperadas que demandam respostas rápidas, sem tempo de pensar
ou planejar as ações necessárias e requeridas para o momento.

1.2. Descrição do Problema

As pessoas são a chave para fortalecer a competitividade e implementar


inovações. Inovações, por sua vez, llevam à motivação, bons resultados, redução de
custos. Atualmente, é de extrema importância que o desenvolvimento de ações e
processos estejam em consonância com os valores pessoais dos colaboradores,
pois desta forma há maior desempenho nos processos a serem realizados e
satisfação por parte dos envolvidos. Desta forma, levantam-se os seguintes
questionamentos:

 Como implantar e gerir a Segurança do Trabalho na unidade escolar,


sendo que mesmo estando em constante contato com ela, não há
6

investimento nesta área ou mesmo preocupação dos servidores com seu


conhecimento e uso?
 Como criar ambientes de trabalho distintos aos já existentes, onde a
criatividade, o empreendedorismo, a colaboração e os novos métodos de
trabalho sejam constantemente motivados e apoiados, de modo a ampliar
os espaços para a inovação?
 Como aplicar a metodologia de dinâmicas e jogos vivenciais, no setor
público, como meio de sanar (ou ao menos minimizar) as deficiências
existentes nesta unidade escolar, bem como gerar mudanças que
promovam nos indivíduos envolvidos desenvolvimento,
autoconhecimento, mudança de comportamentos e crescimento pessoal?

1.3. Hipótese

Aspiramos, ao final deste trabalho, ratificar as seguintes hipóteses:

 Quando implantada, a Segurança do Trabalho buscará amenizar os


acidentes; prevenir doenças; melhorar a saúde do servidor; dar maior
qualidade de vida e segurança aos envolvidos; e, consequentemente,
ajudar na motivação do indivíduo em seu ambiente de trabalho;
 Investir na qualificação e reconhecimento dos servidores públicos é um
estímulo para desenvolver a inovação neste setor, de modo a modificar os
processos burocráticos e buscar uma administração receptiva, moderna e
aberta, tanto aos funcionários públicos quanto aos cidadãos;
 Ao aplicar a metodologia de dinâmicas e jogos vivenciais, estabelecemos
um elo para o desenvolvimento profissional e a conquista da identidade
profissional, possibilitando que a gestão pública construa um grupo
motivado, autônomo, que coopera, interage e tem vontade de crescer,
busca soluções e resultados, assume o cotidiano da escola e articula o
projeto pedagógico, o sistema de gestão, o processo de ensino
aprendizagem e a avaliação.

1.4. Justificativa

As instituições públicas são baseadas em estruturas organizacionais


que visam atender e servir pessoas em suas diferentes necessidades. Apesar
de lógico, humano e aparentemente simples de realização, é um trabalho
árduo e desafiador.

Compostas por pessoas, que são os elementos principais e diferenciais


de qualquer organização, que implementam e fortalecem as relações e a
competitividade, as instituições públicas são marcadas por relações
complexas e conflitantes, pois envolvem diferentes e variadas formas de
conhecimentos, modos de pensar e agir. Portanto, os gestores devem adotar
políticas eficientes e justas, de motivação e desenvolvimento, a fim de que os
7

servidores desenvolvam seu trabalho com satisfação, garra, vontade,


empenho e dedicação.

Portanto, entender o comportamento, o relacionamento, anseios e


necessidades do capital humano irão influenciar a produtividade, a criação, a
inovação, a ética e o ambiente de trabalho. São as pessoas que "definem os
objetivos do projeto, planejam, organizam, coordenam, gerenciam, e controlam as
atividades do projeto ao usar suas habilidades técnicas e humanas" (SALGADO,
2013).

Atualmente, é preciso adquirir técnicas e metodologias que reflitam, trabalhem


e desenvolvam o comportamento, o relacionamento, os anseios, as necessidades e
a diversidade cultural, visto que muitas pessoas estão focadas em seguir regras e
valores, que se esquecem da sua capacidade em se mostrar criativa e espontânea
mediante o cenário ao qual estão inseridas.

Portanto, ao seguir este raciocínio, vê-se que a criatividade “surge de maneira


mais fértil e rica em ambientes onde o lúdico e a espontaneidade são incentivados”
(SILVA; MENDES, 2012, p. 349). Assim, ressalta-se a importância do trabalho com
jogos, como “ferramenta de resgate da espontaneidade e do autoconhecimento do
indivíduo” (SILVA; MENDES, 2012, p. 349).

Em contrapartida, observa-se que os trabalhos realizados pelos


gestores e demais profissionais são emergenciais, conduzidos por demandas
inesperadas e situações do cotidiano que necessitam de respostas rápidas,
que não demandam tempo para pensar e, menos ainda, para planejar. As
ações são limitadas e não agem sobre as bases do problema, tornando-se
desgastante e frustrante, com altos gastos (por vezes desnecessários) de
tempo, energia e recursos.

Este imediatismo, os novos processos, o constate desenvolvimento e


crescimento do mercado, os antigos processos e a visão periférica das
empresas em adotar a segurança do trabalho apenas como cumprimento das
legislações vigentes, interferem diretamente na saúde e no trabalho do
indivíduo. Portanto, novas patologias, como também acidentes típicos, são
bastante recorrentes.
8

Sinteticamente, acidente de trabalho é todo acidente que ocorra pelo


exercício do trabalho ou em função dele, que provoque lesões, perturbações,
ocasione morte ou perda da capacidade física ou psíquica para o trabalhador.

Na legislação brasileira, ele é amparado pela Lei nº 8.213/91, sendo abordado


mais especificamente em seus artigos 19, 20 e 21.

[...] é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa


ou pelo exercício do trabalho [...], provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (BRASIL,
1991)

E também está contemplado no artigo 7º, incisos XXII, XXVIII, XXXIII e XXXIV
da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas


de saúde, higiene e segurança;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos
menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de
quatorze anos, salvo na condição de aprendiz;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso; (BRASIL, 1998)

Em suma, o trabalhador tem como premissa comum de vida viver, adoecer e


morrer. Porém, esse ciclo pode ser alterado, adiantado ou retardado quando o
mesmo está inserido em um processo de trabalho, exposto aos riscos do dia a dia
(DIAS, 1996, p. 28 apud MENDES; WUNSCH, 2007, p. 155).

1.5. Objetivo Geral

Identificar as principais dificuldades e problemas internos da EMEIEF Tenente


Aviador Ary Gomes Castro e propor soluções que visem proporcionar melhor
qualidade de trabalho e, consequentemente, qualidade de vida para todos os
colaboradores da organização.

1.5.1. Objetivos Específicos

 Identificar, discutir, relacionar e integrar estudos sobre segurança do


trabalho, inovações de pessoas e dinâmicas e jogos vivenciais;
9

 Caracterizar a escola pesquisada;


 Aplicar questionários a todos os funcionários e analisar os dados
coletados;
 Propor novos procedimentos, ações e possíveis soluções para os
problemas apresentados.

2. METODOLOGIA UTILIZADA

De acordo com Richardson (1989, p. 29), a escolha de método de pesquisa


"significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de
fenômenos". Portanto, a pesquisa desenvolvida no decorrer deste trabalho é
descritiva com abordagem quantitativa, visto que essa metodologia garante maior
precisão para se trabalhar com os dados coletados.

Para Diehl (2004 apud DALFOVO, 2008, p.6)

“...a pesquisa quantitativa pelo uso da quantificação, tanto na coleta


quanto no tratamento das informações, utilizando-se técnicas
estatísticas, objetivando resultados que evitem possíveis distorções
de análise e interpretação, possibilitando uma maior margem de
segurança”.

Como o estudo enfatizará informações que serão convertidas em números, a


metodologia adotada foi coleta de dados por meio da aplicação de questionário aos
funcionários. Esse tipo de entrevista está classificado como estruturada, visto que se
desenvolvem a partir de uma relação fixa de perguntas, invariáveis aos
entrevistados, na qual o entrevistador não influencia as respostas, apenas
reproduzindo-as. (GIL, 1999 apud AGUIAR; MEDEIROS, 2009, p. 10711).
Além da coleta de dados, o trabalho será desenvolvido também por meio de
uma breve pesquisa de campo, através da observação do ambiente da escola, além
de levantamento bibliográfico que englobam os eixos de segurança do trabalho,
inovação em pessoas e coaching.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Segurança e Saúde no Trabalho

Em qualquer organização, a implantação de um programa de segurança vem


resultar, ao final de todo o processo, maior rendimento, qualidade e produtividade,
satisfação dos envolvidos, lucratividade.
A base é atuar, preventivamente, nas causas. Para isso, as medidas de
segurança devem ser aplicadas de forma planejada e racional, como meio de
prevenir acidentes, talvez não de forma absoluta, mas buscando minimizar o
máximo possível o número de ocorrências do mesmo.
Para Zocchio (1996), apesar de muito discutida, a questão da segurança no
trabalho ainda é nebulosa para alguns empresários. Desde a década de 40 ela foi
institucionalizada no Brasil, a partir do qual "passaram a ser desenvolvidas e a
evoluir as ações e medidas de segurança do trabalho [...] aplicadas para prevenir
acidentes nas atividades das empresas" (p. 21).
Contata-se que, infelizmente, a segurança do trabalho está presente na
maioria das organizações por simbolismo e cumprimento das obrigações legais.
Porém, é preciso que dirigentes compreendam que ela "é também uma atividade de
valor técnico, administrativo e econômico para a organização e de inestimável
benefício para os empregados e para a sociedade". (ZOCCHIO, 1996, p. 21).
É da empresa a responsabilidade de investir nos equipamentos de proteções
individuais (EPIs), treinamento, preparação e conscientização das partes envolvidas
em relação à utilização dos meios de prevenção. E é de responsabilidade do
empregado estar ciente sobre a importância da prevenção para o bem-estar próprio
e da organização, colocando em prática as aprendizagens, fazendo uso dos
equipamentos.
A segurança no trabalho [...] demanda participação de todos –
pessoas e setores que compõem o organograma de uma empresa.
Cada um tem seu papel a cumprir e responsabilidades que
determinam esse papel. É necessário, no entanto, compreender isso
tudo. (ZOCCHIO, 1996, p. 21-23)
11

3.2 Inovação de Pessoas

As instituições públicas são baseadas em estruturas organizacionais que


visam atender e servir pessoas em suas diferentes necessidades. Apesar de lógico,
humano e aparentemente simples de realização, é um trabalho árduo e desafiador.
Compostas por pessoas, que por sua vez são o centro das organizações, as
relações são permeadas por complexidade devido ao modo de agir, assimilar e
pensar de cada indivíduo. E cabe aos gestores a questão de geri-las, já que deles
são exigidos resultados que dependem de sua equipe, dos conhecimentos e das
habilidades nela presentes.
São estas pessoas que auxiliam na determinação dos objetivos e no
planejamento, que determinam o sucesso ou o fracasso da organização (SALGADO,
2013). São elas as responsáveis por minimizar ou maximizar as forças e fraquezas
desta.
As organizações bem-sucedidas estão percebendo que apenas
podem crescer, prosperar e manter sua continuidade se forem
capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os
parceiros. E quando uma organização está voltada para as pessoas,
a sua filosofia global e sua cultura organizacional passam a refletir
essa crença. (CHIAVENATO, 2004, p.10)

Assim, Gramigna (2007) aponta que há necessidade de um sistema de


gestão que compreenda:
Mapeamento e definição dos perfis de competências; verificação da
situação de cada colaborador em relação ao perfil traçado (criação
de banco de talentos com base no potencial de cada um); projetos
estratégicos de realinhamento de perfis por meio da capacitação e do
desenvolvimento de competências; definição de estratégias para
gerir o desempenho individual e elevar o nível de domínio das
equipes; realinhamento dos planos de carreira e remuneração,
adequando-os ao novo modelo de competências. (GRAMIGNA,
2007, p. 4)

Este sistema engloba diferentes situações de motivação e confiança dos


funcionários para com seus gerentes: oportunidade de carreira, ética nas relações,
delegação de responsabilidades, bom ambiente de trabalho, boa política de
remuneração.
Nesse sentido, o papel do gerente remete à capacidade de captar os anseios
de sua equipe, gerar satisfação e motivação e, consequentemente, alcançar
resultados positivos para a empresa. Ele também é responsável por gerir e formar o
12

capital intelectual dos seus colaboradores, evitando a "dança das cadeiras"


(GRAMIGNA, 2007).
Para Chiavenato (2004), as organizações perceberam que administrar
pessoas vem antes, durante e depois de qualquer recurso organizacional. Por esse
motivo, o investimento tem sido maior nas pessoas e não em máquinas, ferramentas
ou tecnologias.
Muitas organizações desenvolvem esquemas de educação
corporativa e universidades corporativas e virtuais para melhorar a
gestão do seu capital intelectual. (CHIAVENATO, 2004, p.55).

Hoje, as pessoas não buscam somente compensação financeira para se


sentirem satisfeitas. Realização, conquistas, crescimento, oportunidades e justiça
são fenômenos que fazem com que as pessoas se sintam motivadas e
comprometidas com o trabalho, produzindo seu melhor e gerando resultados de
qualidade.
Estar motivado dentro da organização é estar realizado e reconhecido
profissionalmente, quando o trabalhador sente que tem um significado importante
aquela tarefa para a sua carreira. Portanto, "faz-se necessário alinhar as
necessidades humanas à estratégia da empresa, tornando o ambiente de trabalho
um espaço de aprendizagem e de troca de experiências. (GRAMIGNA, 2007, p. 34)
Desta forma, a organização
[...] deve ser capaz de fornecer um ambiente no qual as pessoas
desejem trabalhar e permanecer realizem suas responsabilidades e
executem as tarefas designadas e por fim, um ambiente no qual as
pessoas se sintam confortáveis em demonstrar criatividade e
inovação. (VERMA, 1996 apud SALGADO, 2013)

3.3 Dinâmicas e jogos vivenciais

Diante das atuais demandas exigidas das organizações, que constantemente


passam por mudanças e transformações, enfrentam a globalização e a revolução
tecnológica, o capital humano tornou-se o eixo central para que qualquer
organização cresça e evolua, visto que as pessoas são “as detentoras do
conhecimento da organização" (NASCIMENTO, 2008).

A corrida da globalização exige que os olhares estejam voltados para


resultados e, nesse processo, as pessoas se encontram em alta,
uma vez que a riqueza das empresas e das nações depende do
conhecimento e das habilidades de suas equipes. (GRAMIGNA,
2007, p. 1)
13

Dentre os diversos fatores que influenciam o desenvolvimento do indivíduo na


organização, a motivação é um deles. Pessoas que não estão felizes com o trabalho
que desenvolvem ficam de mal humor, "cara feia", não produzem como o esperado e
apenas cumprem com as suas obrigações. Consequentemente, se torna
introspectiva, "fechada no seu mundo”, isolando-se dos que trabalham ao seu redor.

Estar motivado significa trabalhar com garra e vontade, estar empenhado e se


dedicar ao máximo nas tarefas que lhe são atribuídas.

As demandas do empregado no ambiente organizacional referem-se,


fundamentalmente, a ser tratado e respeitado como ser humano e a
encontrar na organização oportunidades para satisfazer as suas
necessidades e atingir os seus objetivos e expectativas por meio da
própria atividade do trabalho [...] Se ele não encontrar no trabalho
meios de satisfazer as suas expectativas e de atingir as metas
principais da sua existência, ele não se sentirá numa relação de
troca, mas de exploração. O empregado aporta ao trabalho as suas
habilidades e conhecimentos, a sua experiência e criatividade, o seu
entusiasmo, a sua energia e a sua motivação. (TAMAYO;
PASCHOAL, 2003, p. 36)

Não é somente da organização a culpa pela desmotivação do colaborador. O


próprio indivíduo acaba por tornar-se fadigado, seja por problemas físicos ou
psíquicos, condições de trabalho ou mesmo questões interpessoais. Atualmente, é
preciso adquirir técnicas e metodologias que reflitam, trabalhem e desenvolvam o
comportamento, o relacionamento, os anseios, as necessidades e a diversidade
cultural, visto que muitas pessoas estão focadas em seguir regras e valores, que se
esquecem da sua capacidade em se mostrar criativa e espontânea mediante o
cenário ao qual estão inseridas.

Portanto, ao seguir este raciocínio, vê-se que a criatividade “surge de maneira


mais fértil e rica em ambientes onde o lúdico e a espontaneidade são incentivados”
(SILVA; MENDES, 2012, p. 349). Assim, ressalta-se a importância do trabalho com
jogos, como “ferramenta de resgate da espontaneidade e do autoconhecimento do
indivíduo” (SILVA; MENDES, 2012, p. 349).

Para os adultos, os jogos são excelente ferramenta, que constrói e


exercita a paciência, ameniza a ansiedade, promove o respeito e a
tolerância no trato dos diferentes pontos de vista das pessoas com
quem convivemos. Desinibem os mais tímidos. Jogando jogos
apropriadamente escolhidos, as pessoas podem negociar sem medo
de errar. Colocar e ouvir diferentes pontos de vista, com
espontaneidade. Aprende-se a recriar "leis", mudando as regras do
jogo, e a respeitá-las de forma "motivada" e não por "imposição".
14

Estimulam-se a cooperação e a renovação de regras, fazendo nascer


uma verdadeira constituição! (SILVA; MENDES, 2012, p. 349).

É neste sentido que este trabalho vem apresentar a metodologia de jogos


vivenciais. Eles são elaborados considerando-se os aspectos relevantes da
empresa, através dos quais os colaboradores são desafiados a solucionarem
problemas relacionados ao seu cotidiano. Para Gramigna (apud SILVA; MENDES,
2012, p. 352) a aprendizagem vivencial “seria uma oportunidade dos participantes
experimentarem determinada situação e analisá-la de forma crítica, trazendo o
aprendizado para seu cotidiano”.

A essa aprendizagem dá-se o nome de Ciclo de Aprendizagem Vivencial


(CAV). Esta metodologia contempla cinco fases, assim definidas:

• Vivência: é o fazer algo, construir (experiência individual ou em


grupo). A atividade deve estar de acordo com o objetivo do programa
de intervenção e ser atrativa, lúdica e interessante;
• Relato: é o momento de expressar sentimentos e emoções. Os
relatos poderão ser individuais ou coletivos, utilizando-se de diversas
estratégias: relatos verbais, utilização de mural com registros
individuais, discussão livre (intermediada pelo facilitador), utilização
de figuras, símbolos ou cores para expressar sentimentos, etc;
• Processamento: é a hora da análise de desempenho, feita pelo
grupo. Aqui os participantes avaliam questões de liderança,
organização, planejamento, comunicação e administração de
conflitos. Podem-se utilizar analogia, questionários individuais,
levantamento de dificuldades e facilidades com roteiros pré-
estabelecidos, etc.
• Generalização: é o momento da comparação entre o jogo e a
realidade da organização. Aqui se podem introduzir temas,
informações técnicas, referenciais teóricos, etc, sempre levando em
consideração critérios como clareza, objetividade, atratividade e
delimitação do tempo.
• Aplicação: etapa para planejamentos. Nesse momento, o
participante tem a oportunidade de estabelecer seu papel como
corresponsável na busca de melhorias. Nesse sentido, o facilitador
orienta na elaboração dos planos individuais de desenvolvimento,
nas metas, no “contrato psicológico”, etc. (SILVA; MENDES, 2012, p.
352)

A aprendizagem vivencial auxilia nas diferentes intervenções, situações e


problemas, e tem como finalidade trabalhar as áreas de treinamento, formação e/ou
desenvolvimento. As técnicas (por exemplo, dinâmica de grupo) devem ser
escolhidas de acordo com a realidade e necessidade da organização, estudada e
aplicada a fim de gerar resultados positivos, ludicidade, comprometimento,
criatividade e novas possibilidades.
15

4. ESTUDO DE CASO

4.1. Caracterização da Empresa

O surgimento da EMEIEF Tenente Aviador Ary Gomes Castro se dá ao


esforço dos imigrantes italianos, os quais acreditavam que a educação pudesse ser
um elemento importante para a comunidade.

A educação inicial dos colonos deu-se no Grupo Escolar Professora Isabel


Batista de Oliveira, agrupada do Bairro do Tatu, localizada na igreja São Sebastião.
Em 1987 passou a EEPG Tenente Aviador Ary Gomes Castro, de acordo com o
projeto de Lei nº472, de iniciativa do nobre Deputado Jurandir Paixão Filho, em
homenagem a Ary Gomes Castro.

Ary nasceu em Promissão/SP, no dia 27 de março de 1924, e mudou-se para


Limeira aos dois anos de idade. Ao longo dos anos se formou como piloto aviador na
Escola Aeronáutica do Rio de Janeiro e, logo após, passou a trabalhar como
instrutor de voo.

Todo final de semana vinha rever seus familiares e amigos, pilotando seu
pequeno avião.

Em 16 de setembro de 1949, sua carreira brilhante foi bruscamente


interrompida devido ao trágico acidente aéreo que culminou na sua morte. De sua
vida, ficou o exemplo de profissional dedicado e íntegro da Força Aérea do Brasil.

Muito justa foi, sem dúvida, a homenagem póstuma que se pretendeu render
ao ilustre cidadão Ary Gomes Castro, para demonstrar o reconhecimento a quem
assinalou sua vida pública e particular por inúmeras realizações em prol da
coletividade.

Ao longo dos anos, foram diretores desta atual unidade escolar Irene Petto
Gomes e Deoclécia Forster Franco. A professora Ana Maria Spagnol Trevisol,
docente nessa escola desde 1981, moradora do bairro, pessoa participativa na
comunidade, assumiu o cargo de diretor em 25 de fevereiro de 1987 e permanece
como gestora até o momento presente.

No ano de 1998 a escola foi municipalizada, passando a denominar-se


EMEIEF Tenente Aviador Ary Gomes Castro.
16

A escola EMEIEF Tenente Aviador Ary Gomes Castro fica localizada na Rua
Jacob Degaspari, 71 - Bairro Tatu, Limeira/SP.

As modalidades de ensino oferecidas pela escola são:

 Educação Infantil: Maternal II, Etapa I e Etapa II


 Ensino Fundamental: 1º ao 5º ano.

Figura 1: Logotipo e Fachada da escola.

Fonte: Arquivos da empresa (2016)

4.2. Problema Apresentado

A Segurança do Trabalho, nesta escola, como em todo o setor público da


Prefeitura de Limeira, é vista apenas como meio de atendimento à legislação.
Observa-se a falta de envolvimento tanto dos responsáveis por este setor como que
pelos gestores com tal questão.

Os funcionários não têm conhecimento sobre o assunto, o que vem afirmar,


em consonância aos estudos já realizados, de que a quantidade de acidentes de
trabalho registrados se origina do comportamento da vítima.

É certo também que a qualidade e a organização do ambiente, a


disponibilidade de ferramentas e equipamentos de proteção adequados e a falta de
treinamento ou pessoal técnico especializado para desenvolvimento das tarefas
também é fator contributivo para falha no processo de Segurança o Trabalho.

Investir em inovação, não somente tecnológica, mas também de pessoas é o


grande diferencial das organizações. Nesta unidade escolar observa-se que há um
entrave em relação à inovação. Não há abertura que possibilite autonomia,
17

criatividade, empreendedorismo, colaboração e novos métodos de trabalho. O


trabalho em equipe resulta em detrimento das relações pessoais do grupo, o que
gera desmotivação e falta de interesse em desenvolver um trabalho de qualidade.

Em consonância a este problema, surge o questionamento referente à


metodologia de dinâmica e jogos vivenciais na unidade escolar, onde se buscará
uma alternativa que promova nos indivíduos envolvidos desenvolvimento,
autoconhecimento, mudança de comportamentos e crescimento pessoal, de modo a
gerar mudanças neste setor.

4.3. Estudo do Problema

No dia trinta de agosto de dois mil e dezesseis, na escola EMEIEF Tenente


Aviador Ary Gomes Castro, foram entrevistados trinta servidores, que se encontram
na faixa etária de 24 a 59 anos, para podermos analisar os problemas apresentados
na escola. Os resultados obtidos seguem abaixo:
18

Gráfico 1: Quantidade de funcionários que conhecem as definições e legislações da


Segurança do Trabalho.

Fonte: Adaptado pelos autores (2016)

Tabela 1 - Questionário

Perguntas

Você conhece as definições básicas e legislações que norteiam a Segurança do


1
Trabalho?

Há agentes, ferramentas, produtos e/ou equipamentos presentes no ambiente de


2
trabalho que podem trazer prejuízo à sua saúde?

3 As atividades profissionais que você realiza cotidianamente apresenta riscos?

Você sabe identificar quais procedimentos devem adotados em quaisquer


4
ocorrências de acidente de trabalho (por ex: incêndio).

Em seu ambiente de trabalho há equipamentos de proteção individual e coletiva


5
como recursos que ampliam a segurança do trabalho?

6 Há oportunidade de criatividade, inovação ou novos projetos?

7 Recebe treinamento para desempenhar suas funções?

Seu gestor apresenta habilidades para soluções de conflitos e consegue


8
agregar toda a equipe nos projetos?
19

Com que frequência você pode tomar decisões independente em relação as suas
9
tarefas ou projetos?

10 É realizado avaliação de desempenho dos funcionários e da equipe?

11 Há falta de profissionais qualificados em seu setor?

Esta empresa possui incentivo aos estudos como motivação para seus
12
colaboradores?

13 Você se sente motivado na função que exerce?

14 As orientações que vocês recebem em seu trabalho são claras e objetivas?

15 A empresa tem estimulado o trabalho em equipe?

Fonte: Adaptada pelos autores (2016)

Conforme estudo realizado a maioria dos funcionários não conhecem a

legislação sobre segurança do trabalho, mostrando que estão suscetíveis a riscos de

trabalho diariamente e também revela que todos os funcionários estão cientes que o

ambiente de trabalho pode ocasionar prejuízos a saúde.

Também de acordo com este estudo, grande parte dos funcionários sabem

que as atividades realizadas diariamente podem apresentar riscos e que não sabem

quais condutas devem ser adotadas em caso de um acidente de trabalho. Alegam

também sobre a falta de equipamentos de segurança no ambiente de trabalho,

sejam de proteção individual e coletiva.

O estudo aponta também que a maioria dos funcionários afirmam não haver

oportunidades de criatividade, inovação e de implementação de novos projetos

dentro do ambiente escolar, bem como a falta de treinamento para desempenhar

suas funções cotidianas, mostrando que estão suscetíveis a erros ao desempenhar

suas funções.

Outro ponto abordado é de que a gestão não consegue resolver conflitos

comuns, interferindo assim na união de todos os envolvidos no trabalho escolar, e


20

que a avaliação de desempenho é realizada somente durante o estágio probatório,

por obrigatoriedade.

Há queixa também sobre a falta de profissionais capacitados nos seus

respectivos setores, a falta de incentivo aos estudos, a desmotivação ao exercer as

funções atribuídas, a falta de clareza sobre o que deve ser desenvolvido.

4.4. Solução do Problema

4.4.1. Inovação em aplicação de pessoas

Ao tema inovação em aplicação de pessoas, segue abaixo algumas propostas


de solução.

Proposta 1: realizar reuniões quinzenais e de formação com a equipe


administrativa, de limpeza, merenda e monitoria.

Recursos: caderno, agenda, livros, materiais informativos, papel, caneta.

Prazo: imediatamente

Responsáveis: gestão e coordenação

Proposta 2: aumentar a visita aos diferentes setores, conhecer as tarefas,


atividades e procedimentos executados, criar fluxogramas e delegar funções.

Recursos: caderno, agenda, papel, caneta.

Prazo: imediatamente

Responsáveis: gestão e coordenação

Proposta 3: oferecer cursos e treinamentos, em diferentes plataformas, que


atualizem os conhecimentos de seus funcionários em função da sua área de
21

atuação. Tais cursos resultam na especialização e aprofundamento de temas que


podem trazer novidades e ideias inovadoras ao seu ambiente de trabalho.

Recursos: caderno, agenda, papel, caneta, palestras, parcerias.

Prazo: imediatamente

Responsáveis: gestão e coordenação

4.4.2. Segurança do trabalho

Proposta 1: Exigir a utilização de EPIs para realização das tarefas cotidianas que
apresentam riscos para o funcionário, de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 2 – Função x EPI’s

Cargo / Função EPIs Atividades

Luva de latex Limpeza geral

Serviços de arquivo
Materiais de limpeza
Respirador descartável
nocivos
Poluição

Bloqueador solar Serviços externos

Bota de borracha Limpeza geral


Auxiliar geral
Uniforme Quaisquer

Serviços de arquivo
Materiais de limpeza
Óculos de segurança
nocivos
Poluição

Sapato antiderrapante /
Quaisquer
impermeável

Merendeira Sapato antiderrapante /


Quaisquer
impermeável

Vestimenta adequada Quaisquer

Luva de procedimento Manipulação de


22

descartável alimentos

Luva de latex Limpeza geral

Bota de PVC cano longo Limpeza

Sapato antiderrapante /
Quaisquer
impermeável

Preparação de
Avental branco
alimentos

Manter cabelos
Touca telada
protegidos e cobertos
Fonte: adaptado pelos autores (2016)

Proposta 2: aplicação dos 5S: senso de utilização, senso de organização, senso de


limpeza, senso de saúde e senso de autodisciplina.

 Senso de utilização (seiri): buscar na unidade escolar itens fora do lugar


ou sem utilidade e realizar a marcação través de etiquetas coloridas, para
posterior análise. Descartar materiais, recursos e ferramentas
desnecessárias ou inúteis ao ambiente.
Prazo: mensal
Responsáveis: todos (divididos por departamento)
 Senso de organização (seiton): dispor cada item em seu devido lugar,
de modo a facilitar o processo produtivo e a organização dos ambientes.
Prazo: diário
Responsáveis: todos (divididos por departamento)
 Senso de limpeza (seiso): atentar-se tanto para o aspecto pessoal,
quanto para o ambiente de trabalho e processos. Cuidar do corpo e do
espaço, sendo este último um facilitador ao colega de trabalho
responsável pela limpeza.
Prazo: diário
Responsáveis: todos (divididos por departamento) / Auxiliares gerais
 Senso de padronização (seiketsu): criar regras e normas que visam
tornar comum à empresa alguns valores e culturas. Buscar soluções que
minimizem os problemas, criar rotinas e atribuir funções e
responsabilidades de utilização, organização e limpeza.
Prazo: semanal
23

Responsáveis: rodízio semanal de um colaborador por departamento.


 Senso de disciplina (shitsuke): criar um programa de treinamento aos
novos funcionários e de reciclagem aos funcionários antigos. O objetivo
será de manter a disciplina, monitorar e controlar a implantação, aplicação
e desenvolvimento dos 5S dentro da unidade escolar.
Prazo: anual
Responsáveis: gestão, coordenação e integrantes de cada departamento.

Proposta 3: Inspeção de segurança, tendo como critério os seguintes tópicos:

 Observar: ambiente de trabalho, atos dos trabalhadores e condições das


máquinas, equipamentos e ferramentas;
 Informar: comunicar imediatamente qualquer irregularidade ao
responsável do setor em que foi observada;
 Registrar: tudo o que foi observado e o que deverá ser feito, em formulário
especial, contendo localização, riscos encontrados, pontos positivos e
negativos, problemas relatados e propostas sugeridas;
 Encaminhar: relatórios de inspeção para que os responsáveis
providenciem as medidas corretivas e preventivas;
 Acompanhar: providências tomadas e as soluções propostas.

Prazo: semestralmente
Responsáveis: gestão e um representante de cada departamento.

4.4.3. Dinâmicas e jogos vivenciais

Realizar nas reuniões pedagógicas e de conselho de ciclo, que ocorrem


bimestralmente, diferentes dinâmicas e jogos vivenciais que estejam de acordo com
os problemas vivenciados no cotidiano da unidade escolar.
Os temas sugeridos são:
 Conflitos1
Sugestão: O Que Você Parece Pra Mim…
Comece colando um cartão papel nas costas de cada participante,
grudando-o com um pedaço de fita crepe. Na sequência, cada pessoa
deve escrever uma qualidade da pessoa e um defeito ou característica
que precisa ser trabalhada, além de dar uma nota para o que foi
destacado.

1
Dinâmica adaptada do site: CASA DA CONSULTORIA. Dinâmica de motivação: veja como motivar sua
equipe. Disponível em: < http://casadaconsultoria.com.br/dinamica-de-motivacao/ >. Acesso em: 12/10/2016.
24

No final, todos os integrantes sentam e conversam sobre as coisas que


foram escritas, com o objetivo de apontar falhas, exaltar qualidades e
melhorar a socialização do grupo.
 Trabalho em equipe2
Sugestão: Nó humano
O mediador deve pedir para que todos deem as mãos e formem um
círculo, decorando quem está à sua direita e à esquerda. Em seguida, os
participantes devem soltar as mãos, fechar os olhos e caminhar pela sala
por segundos, até que o mediador as mande parar novamente. Ao abrir os
olhos novamente, cada um deve localizar as pessoas que estavam ao seu
lado e, sem sair do lugar, tentar dar as mãos novamente. O resultado será
um verdadeiro nó humano, que deve ser desfeito ainda com as mãos
unidas.
A ideia passada pela atividade é de que todos os problemas vivenciados
no ambiente de trabalho devem ser resolvidos com a cooperação de
todos, que devem ser estar sempre unidos na busca por soluções
criativas.
 Relação interpessoal3
Sugestão: Teia do envolvimento
Dispor os participantes em círculo e pedir que o primeiro amarre a ponta
do barbante e faça sua apresentação pessoal (nome, idade, formação,
hobbie, defeito, qualidade – a critério do coordenador). Em seguida, este
participante escolherá outro para o qual jogará o rolo de barbante e este
também fará sua apresentação pessoal. Assim segue sucessivamente até
o último participante. Sob orientação do coordenador, o último participante
irá desenrolar o fio de seu dedo, dizer umas das características
mencionadas pela pessoa que passou para ele o rolo e jogar de volta.
Assim sucessivamente até chegar ao primeiro, que fará a apresentação
do último participante.
A dinâmica teia do envolvimento promove a comunicação e o
relacionamento interpessoal, mostrando que em um trabalho em grupo,
todos devem permanecer unidos, afinal, ambos estão em prol de um bem

2
Dinâmica adaptada do site: INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Confira exemplos de dinâmicas de
liderança. Disponível em: < http://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/confira-exemplos-
dinamicas-de-lideranca/>. Acesso em: 12/10/2016.
3
Dinâmica adaptada do site: ESOTERIKHA. Dinâmica de Apresentação Pessoal - A teia do envolvimento (com
barbante). Disponível em: < http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-de-apresentacao-pessoal-a-teia-
do-envolvimento.php>. Acesso em: 12/10/2016.
25

e de um objetivo em comum, um depende do outro, todos são


responsáveis pelo sucesso e pelas falhas.
 Inovação e criatividade4
Sugestão: Hora da história
Divida o grupo em equipes de 3 ou 4 integrantes. A cada equipe, entregue
um papel com uma lista diferente de substantivos e verbos. A partir de
suas listas, as equipes deverão escrever uma história - mas atenção, os
substantivos e verbos devem aparecer, na história, na mesma ordem com
que foram listados na folha.
Essa atividade estimula o pensamento criativo e o trabalho em equipe.
 Segurança no trabalho5
Sugestão: O maior responsável pela segurança
Em pontos estratégicos da escola coloque um espelho dentro de uma
caixa que caiba o rosto de uma pessoa, e fixe esta caixa na parede. Em
cima, coloque uma mensagem chamativa, como por exemplo: “Veja aqui o
maior responsável pela segurança no trabalho”. Quando o funcionário
colocar o rosto na caixa verá seu próprio reflexo.
 Comunicação6
Sugestão: Comunicação eficiente
Dividir os participantes em 3 grupos e dar nome ao grupos (por exemplo:
azul, verde e amarelo); posicionar cada grupo em um canto do ambiente e
pedir para que cada grupo se reúna e escolha um ditado popular (os
outros grupos não podem saber). Escolher um grupo para iniciar a
dinâmica que, sem sair do lugar, deverá contar a um segundo grupo o
ditado popular escolhido, através de mímica, gestos, fala. Porém, o
terceiro grupo, sem sair do lugar, deverá atrapalhar esta comunicação
falando, gritando, se movimentando, bagunçando, se intrometendo na
conversa. O objetivo desse último grupo é não deixar que o primeiro grupo
consiga transmitir a sua mensagem e nem o segundo grupo consiga
entende-la. Inverter as posições de forma que cada grupo experimente as

4
Dinâmica adaptada do site: CATHO. 5 tipos de dinâmicas de grupo criativas. Disponível em:
<http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/5-tipos-de-dinamicas-de-grupo-criativas>. Acesso em:
12/10/2016.
5
Dinâmica adaptada do site: CONCEITO ZEN. Dinâmicas para SIPAT. Disponível em:
<http://www.conceitozen.com.br/dinamicas-para-sipat.html>. Acesso em: 12/10/2016.
6
Dinâmica adaptada do site: DINÂMICAS DIVERSAS. Dinâmica: comunicação eficiente – grupos. Disponível
em: <http://dinamicasdiversas.blogspot.com.br/2012/04/dinamica-2-importanciada-comunicacao.html>. Acesso
em: 12/10/2016.
26

três situações: transmitir uma mensagem, entender uma mensagem e


atrapalhar a transmissão de uma mensagem.
Refletir sobre a importância de compreender o que se falou e dos
problemas que atrapalham a comunicação.
27

5. Considerações finais

Em qualquer organização, a implantação de um programa de segurança vem


resultar, ao final de todo o processo, maior rendimento, qualidade e produtividade,
satisfação dos envolvidos, lucratividade.

A base é atuar, preventivamente, nas causas. Para isso, as medidas de


segurança devem ser aplicadas de forma planejada e racional, como meio de
prevenir acidentes, talvez não de forma absoluta, mas buscando minimizar o
máximo possível o número de ocorrências do mesmo.

Atualmente, as organizações estão mais direcionadas em investir no capital


humano, estudando e valorizando as particularidades de cada indivíduo, as
diferenças, os valores, o comportamento, a personalidade. Quando bem trabalhadas
e desenvolvidas estas questões, a organização tende a enriquecer o ambiente de
trabalho e possibilitar maiores oportunidades de criação, inovação e aprendizagens.

Estudos apontam que a aprendizagem vivencial pode auxiliar nas


intervenções de conflitos e personalidades, seja por meio de treinamento, formação
ou desenvolvimento. Desta forma, são sugeridas técnicas de dinâmicas e jogos que
devem ser escolhidas e aplicadas de acordo com a realidade de cada organização.

Como meio de motivar o indivíduo, esta metodologia de aprendizagem


vivencial gera resultados positivos e resgata o lúdico, possibilitando maior
comprometimento, criatividade e descobertas.
28

6. Referências bibliográficas

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29

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