GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021

PROGRAMA
2 0 0
Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde
Saúde Coletiva
TIPO Data da prova:

“U” Domingo, 12/12/2021.

INSTRUÇÕES
 Você receberá do fiscal:
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO,
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e
o uma folha de respostas personalizada.
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas.
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa.
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas,
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas.
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala.
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova.
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material
transparente.
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação.
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas.
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES.
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.

INSTRUÇÕES PARA A PROVA OBJETIVA

 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal.
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas.
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais
destinados às respostas.
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da
prova objetiva para a folha de respostas.
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta,
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente.
 Marque as respostas assim:
 Saúde Coletiva
Itens de 1 a 120
A Saúde Coletiva pode ser definida como um campo de
produção de conhecimentos voltados para a compreensão da
saúde e a explicação de seus determinantes sociais, bem como o
âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para sua
promoção, além de voltadas para a prevenção e o cuidado a
agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os indivíduos
mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto a coletividade.
VIEIRA-DA-SILVA, L.M; PAIM, J.S; SCHRAIBER, L.B. O que é Saúde
Coletiva?. In: PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. (Org.) Saú de coletiva:
teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014, com adaptações.
Acerca desse tema, julgue os itens a seguir.
1. A saúde como estado vital, setor de produção e campo
de saber está articulada à estrutura da sociedade através
das suas instâncias econômicas e político-ideológicas.
2. As ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação
constituem uma prática social e trazem consigo as
influências do relacionamento dos grupos sociais.
3. Além de investigar os determinantes da produção social
das doenças, a Saúde Coletiva também estuda a
organização dos serviços de saúde e a historicidade do
saber e das práticas sobre os determinantes.
4. A Saúde Coletiva tem um caráter interdisciplinar que
sugere uma integração no plano do conhecimento de
reunir profissionais com múltiplas formações.
Os modelos assistenciais são formas de organização
das relações entre profissionais de saúde e usuários mediadas
por tecnologias utilizadas no processo de trabalho em saúde,
cujo propósito é intervir sobre problemas e necessidades
sociais de saúde.
TEIXEIRA, C. F; VILASBÔAS, A.L.Q. Modelos de atenção à saúde no
SUS: Transformação, mudança ou conservação?. In: PAIM, J. S.;
ALMEIDA-FILHO, N. (Org.) Saú de coletiva: teoria e prática. Rio de
Janeiro: MedBook,2014.
A respeito desse tema, julgue os itens a seguir.
5. O modelo médico-assistencial hospitalocêntrico no
Brasil era caracterizado pela ênfase no atendimento
coletivo, centrado em ações de promoção da saúde e
realizado de maneira descentralizada e com uso de
tecnologias acessíveis.
6. O modelo médico-assistencial hospitalocêntrico era
considerado um modelo excludente, pois limitava o
atendimento da grande maioria da população pobre por
não ser “trabalhador com carteira assinada” e não ter
condições para pagar pelos serviços assistenciais de
saúde.
7. O modelo sanitarista tem como marco as “campanhas
sanitárias”, realizadas sob comando de Oswaldo Cruz,
para o controle de epidemias que ameaçavam o
desenvolvimento econômico do país como a febre
amarela, varíola, peste e etc.
8. A proposta do Programa Saúde da Família (PSF) passou
a ser tratada como estratégia de reorientação dos
modelos de atenção vigentes no Brasil articulada ao
processo de descentralização das ações e serviços de
saúde para os municípios brasileiros.
200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
9. A Saúde da Família passou a ser concebida como parte
de uma estratégia maior de mudança do modelo de
atenção que não se articula com ações de vigilância
epidemiológica e sanitária.
10. A proposta dos Distritos Sanitários constitui uma
estratégia de reorganização dos serviços que enfatiza a
base territorial para a definição da população coberta e
do perfil de oferta dos serviços, levando em conta o
perfil da demanda e a identificação das necessidades de
saúde da população.
11. O modelo que utiliza a Saúde da Família está conjugado
com mudanças na organização da atenção de média e
alta complexidade e desconsidera as ações intersetoriais
de promoção da saúde como estratégia para melhoria da
qualidade de vida da população das áreas cobertas pelo
programa.
O tema referente aos Determinantes Sociais da Saúde
(DSS) impõe-se como pauta importante na
contemporaneidade a partir da relação estabelecida entre a
saúde e as condições sociais em que as pessoas vivem.
RIBEIRO, K.G; BARRETO, I.C.H.C; DE AGUIAR, J.B; DE ANDRADE,
L.O.M. Determinantes Sociais da Saúde. In: ROUQUAYROL, M. Z.;
GURGEL, M. (Org.) Rouquayrol: epidemiologia & Saúde. 8. Ed. Rio de
Janeiro: Medbook, 2018.
No que tange ao assunto, julgue os itens a seguir.
12. O estudo dos DSS de uma população ajuda a identificar
situações de pessoas que estão em desvantagem social,
que correm riscos diferenciados e devem receber
intervenções também diferenciadas.
13. As condições socioeconômicas, culturais e ambientais
gerais são macrodeterminantes incapazes de influenciar
as condições de vida e de trabalho das pessoas.
14. As redes sociais e comunitárias são consideradas
grandes facilitadoras da coesão social e fundamentais
para a saúde da sociedade.
15. As normas e a cultura de uma comunidade são
incapazes de influenciar o estilo de vida e os hábitos de
um indivíduo.
16. Características individuais de idade, sexo e fatores
genéticos influenciam as condições de saúde de uma
pessoa.
17. A compreensão dos DSS ajuda na implantação e
implementação de políticas públicas para a redução de
desigualdades e melhoria da saúde da população.
18. O setor saúde consegue, sozinho, atuar sobre todos os
níveis de DSS.
Área livre
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 A economia da saúde tem por objetivo quantificar,
por períodos de tempo, os recursos empregados na prestação
de serviços de saúde, sua organização e financiamento, a
eficiência com que se alocam e utilizam esses recursos para
fins sanitários e os efeitos dos serviços de saúde para
provisão, cura e reabilitação na produtividade individual e
nacional.
SILVA, M. G. C. Economia da saúde: da epidemiologia à tomada de
decisão. In: ROUQUAYROL, M. Z.; GURGEL, M. (Org.) Rouquayrol:
epidemiologia & Saúde. 8. Ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens a seguir.
19. A economia da saúde permite aos planificadores da
saúde defender seu critério nas reuniões com as
comissões de planejamento e com certos setores
importantes do Estado.
20. Com a economia da saúde, é possível que os
encarregados do setor respondam mais facilmente à
opinião pública, que exige cada vez mais explicações
sobre o aumento dos gastos nos serviços de saúde.
21. A distribuição geográfica dos recursos extremamente
desigual gera uma distorção na prestação de serviços
em saúde à população.
22. O planejamento em saúde e o socioeconômico são mais
difíceis de vincular quando os planejadores da saúde
conhecem as realidades econômicas dos serviços e das
demais atividades de promoção à saúde.
23. A economia em saúde inviabiliza o planejamento em
saúde que utiliza técnicas especializadas de análise,
análise de custos e benefícios e análise de sistemas.
24. Os serviços de saúde possibilitam benefícios diretos ao
desenvolvimento econômico, pois gera um mercado de
trabalho para a população desempregada ou
subempregada.
25. Avaliação econômica é um processo pelo qual os custos
de programas, alternativas ou opções são comparados
com suas consequências em termos de melhora da
saúde ou de economia de recursos.
A Lei n° 8.080/1990, é considerada uma lei orgânica da
saúde que dispõe acerca das condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
Sobre essa lei, julgue os itens a seguir.
26. A referida Lei considera a saúde como um direito
fundamental do ser humano e de dever exclusivo da
iniciativa privada para o seu exercício.
27. É objetivo do Sistema Único de Saúde (SUS) a
identificação e divulgação de fatores condicionantes e
determinantes da saúde da população.
28. A administração político-administrativa deve ser
centralizada e bidirecional em cada esfera de governo.
29. Serão criadas comissões intersetoriais no âmbito
nacional que devem articular políticas e programas de
vigilância sanitária e farmacoepidemiologia.
30. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios
deverão elaborar e atualizar, periodicamente, o plano de
saúde.
200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
31. O atendimento e a internação domiciliares só poderão
ser realizados por indicação do profissional de
enfermagem coordenador da unidade de saúde.
32. Os serviços de saúde do SUS são obrigados a permitir a
presença de um acompanhante, indicado pelo médico
obstetra, durante todo o período de trabalho de parto da
parturiente.
33. Os cargos e as funções de chefia, direção e
assessoramento no SUS, só poderão ser exercidas em
regime de tempo integral.
A Lei n° 8.142/1990, dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e
sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências.
No que diz respeito a essa lei, julgue os itens a seguir.
34. As conferências de saúde reunir-se-ão a cada dois anos
com a representação dos vários segmentos sociais, para
avaliar a situação de saúde.
35. Para receberem recursos do Fundo Nacional de Saúde
(FNS), os municípios deverão contar com um conselho
de saúde composto por dois terços de representantes do
governo.
36. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em regimento próprio.
37. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão
alocados como investimentos previstos no Plano
Quinquenal do Ministério da Saúde.
38. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, é órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários.
Os artigos 196 a 200 da Constituição Federal, de 1988,
abordam aspectos importantes relativos à saúde como um dos
direitos que compreende a seguridade social.
Sobre esses artigos, julgue os itens a seguir.
39. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem ao
acesso exclusivo de contribuintes da Previdência Social.
40. Cabe ao Poder Público dispor da regulamentação,
da fiscalização e do controle das ações e dos serviços
de saúde.
41. As ações e os serviços públicos de saúde integram uma
rede regionalizada e hierarquizada com atendimento
parcial dando prioridade às atividades curativas e de
alta densidade tecnológica.
42. Os gestores municipais deverão admitir, obrigatoriamente,
os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias por meio de concurso público.
43. O SUS deverá participar do controle e da fiscalização da
produção, do transporte, da guarda e da utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
44. A iniciativa privada poderá participar livremente da
assistência à saúde da população brasileira.
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A Portaria n° 1.820/2009, dispõe sobre os direitos e deveres
dos usuários da saúde.
No que concerne a esse documento, julgue os itens a seguir.
45. O acesso dos usuários deverá ocorrer
preferencialmente, nos serviços de Atenção Básica
integrados por centros de saúde, postos de saúde,
unidades de saúde da família e unidades básicas de
saúde ou similares mais próximos de sua casa.
46. Durante o acolhimento nos serviços de saúde, os
usuários deverão ser identificados e tratados pelo nome
e sobrenome civil registrado nos documentos oficiais,
mesmo que o usuário ou usuária tenha outro nome de
preferência.
47. É dever das pessoas comunicar à autoridade sanitária
local sobre a ocorrência de caso de doença
transmissível, quando a situação requerer o isolamento
ou a quarentena da pessoa.
48. Não é permitida a visita, quando a pessoa estiver
internada, de outros profissionais de saúde que não
pertençam àquela unidade hospitalar.
49. Nas situações de urgência/emergência, somente as
unidades da Atenção Básica com Equipe de Saúde da
Família deverão receber e cuidar da pessoa, bem como
encaminhá-la para outro serviço no caso de
necessidade.
50. Toda pessoa tem direito a participar dos conselhos e das
conferências de saúde.
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200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
A Portaria n° 2.436/2017, que aprova a Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de
diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito
do SUS, estabelece as responsabilidades de cada esfera de
governo.
Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
51. Contribuir com o financiamento tripartite para o
fortalecimento da Atenção Básica é uma responsabilidade
comum de todas as esferas de governo.
52. É responsabilidade dos municípios a articulação com o
Ministério da Educação das estratégias de induçaõ às
mudanças curriculares nos cursos de graduaçaõ e
pós-graduação na área da saúde, visando à formaçaõ de
profissionais e gestores com perfil adequado à
Atençaõ Básica.
53. Todas as esferas de governo são responsáveis pelo
estímulo e pela participação popular e pelo controle social.
54. Os municípios e o Distrito Federal são responsáveis por
organizar, executar e gerenciar os serviços e as ações de
Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu
território, incluindo as unidades próprias e as cedidas
pelo estado e pela Uniaõ .
55. A seleção, contratação e remuneração dos profissionais
que compõem as equipes multiprofissionais de Atenção
Básica, em conformidade com a legislação vigente, é de
responsabilidade da União.
56. Tanto os estados, quanto o Distrito Federal são
responsáveis por analisar os dados de interesse estadual
gerados pelos sistemas de informação, utilizá-los no
planejamento e divulgar os resultados obtidos.
De acordo com a Portaria n° 2.436/2017, a Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB) tem na Saúde da Famı́lia sua
estratégia prioritária para expansaõ e consolidaçaõ da
Atençaõ Básica.
A respeito disso, julgue os itens a seguir.
57. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção
Básica, desde que observados os princı́pios e as
diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter
transitório, devendo ser estimulada sua conversão em
Estratégia Saúde da Família.
58. A população adscrita recomendada por equipe de Saúde
da Famı́lia (eSF) é de 2.000 a 5.000 famílias, localizada
em seu território, garantindo os princıṕ ios e as diretrizes
da Atençaõ Básica.
59. A Equipe de Saúde da Famı́lia (eSF), é a estratégia
prioritária de atenção à saúde e visa à reorganizaçaõ da
Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do
SUS.
60. Para a equipe de Saúde da Família (eSF) há a
obrigatoriedade de ser composta, no mínimo, por
cirurgião-dentista, médico, preferencialmente da
especialidade medicina de família e comunidade,
enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da
família, auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde (ACS).
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61. A Equipe de Saúde da Famıĺ ia (eSF) é considerada
como estratégia de expansão, qualificação e
consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma
reorientação do processo de trabalho com maior
potencial de ampliar a resolutividade e impactar na
situação de saúde das pessoas e coletividades, além de
propiciar uma importante relação custo-efetividade.
62. Os municípios que implantarem equipes de Saúde da
Família (eSF) receberão recursos financeiros destinados
à viabilização da Atenção Básica que serão transferidos
a cada quadriênio, tendo como base o número de equipe
de Saúde da Família (eSF) registrados no sistema de
Cadastro Nacional vigente no quadriênio anterior ao da
respectiva competência financeira.
63. A equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR) é um
possível arranjo organizacional, além dos existentes
para o restante do paıś , pelo qual as equipes de Saúde
da Família (eSF) dos municípios da Amazônia Legal e
Pantaneiras podem optar.
O Decreto n° 7.508/2011, regulamentou as disposições
contidas na Lei n° 8.080/1990 nas questões relacionadas à
organização do SUS, ao planejamento da saúde, à assistência
à saúde e à articulaçaõ interfederativa, entre outras.
Com base nesse Decreto, julgue os itens a seguir.
64. Mapa da Saúde é um documento que estabelece:
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos
e demais produtos apropriados, quando couber; as
posologias recomendadas; os mecanismos de controle
clínico; e o acompanhamento e a verificação dos
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores
do SUS.
65. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
de saúde será ordenado pela atenção terciária e deve ser
fundado na avaliação da gravidade do risco individual e
coletivo e no critério cronológico, observadas as
especificidades previstas para pessoas com proteção
especial, conforme legislação vigente.
66. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser
realizado de maneira regionalizada, a partir das
necessidades dos municípios, considerando o 75. O princípio da intersetorialidade baseia-se nas práticas e
estabelecimento de metas de saúde.
67. O acesso universal e igualitário à assistência
farmacêutica pressupõe, dentre outras questões, que o
medicamento para o usuário tenha sido prescrito por
profissional de saúde, no exercício regular de suas
funções no SUS.
68. As Comissões Intergestoras pactuarão a organização e o
funcionamento das ações e dos serviços de saúde no
que se refere aos aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, de
acordo com a definição da política de saúde dos entes
federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde,
aprovados pelos respectivos conselhos de saúde.
69. Os serviços de atenção psicossocial não são
considerados como Portas de Entrada às ações e aos
serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde.
200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
Estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de
Saúde (SUS) a execução de ações de Vigilância em Saúde.
Essas ações estão apoiadas pela Resolução n° 588/2018 que
institui a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS).
Acerca desse tema, julgue os itens a seguir.
70. Vigilância epidemiológica é o conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento e a detecção de
mudanças nos fatores determinantes e condicionantes
da saúde individual e coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças, transmissı́veis e
naõ -transmissíveis, e agravos à saúde.
71. O conhecimento do território é importante para a
utilizaçaõ da epidemiologia e da avaliação de risco para
a definição de prioridades nos processos de
planejamento, alocação de recursos e orientação
programática.
72. É responsabilidade exclusiva da União a elaboração do
perfil epidemiológico, a partir de fontes de informação
existentes e de estudos específicos, com vistas a
subsidiar a programação e avaliação das ações de
atençaõ à saúde.
73. As estratégias para organização da Vigilância em Saúde
devem contemplar os processos de trabalho integrados
com a atençaõ à saúde, que devem ser pautados pelo
conhecimento epidemiológico, sanitário, social,
demográfico, ambiental, econômico, cultural, político,
de produção, trabalho e consumo no território.
74. O apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas
pela Vigilância em Saúde, pressupõe a adoção de
critérios epidemiológicos sem relevância social.
A Portaria de Consolidaçaõ no 2/2017, consolida as normas
sobre as políticas nacionais de saúde do SUS e ratifica a
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Portaria
no 2.446/2014) como compromisso do Estado brasileiro com
a ampliação e a qualificaçaõ de ações de promoçaõ da saúde
nos serviços e na gestaõ do SUS.
Acerca dessa Política, julgue os itens a seguir.
as ações de promoção de saúde, na distribuiçaõ
igualitária de oportunidades, considerando as
especificidades dos indivıd́ uos e dos grupos.
76. É uma diretriz da PNPS a incorporaçaõ das
intervenções de promoção da saúde no modelo de
atenção à saúde, especialmente no cotidiano dos
serviços de atençaõ básica em saúde, por meio de ações
intersetoriais.
77. São objetivos da PNPS o favorecimento da mobilidade
humana e a acessibilidade e o desenvolvimento seguro,
saudável e sustentável.
78. O enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados, que
compreende promover, articular e mobilizar ações para
redução e controle do uso do tabaco, incluindo ações
educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais
e sociais, é um dos temas prioritários da PNPS.
79. O estímulo à educação permanente dos trabalhadores
para efetivação da PNPS é uma competência exclusiva
da esfera municipal.
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80. A corresponsabilidade, como responsabilidades
partilhadas entre pessoas ou coletivo, na qual duas ou
mais pessoas compartilham obrigações e/ou
compromissos, é um dos valores fundantes no processo
de efetivaçaõ da PNPS.
Desde o século passado, o Brasil vem apresentando
mudanças marcantes na estrutura etária de sua população em
decorrência do aumento da expectativa de vida ao nascer e da
redução da taxa de fecundidade.
RIBEIRO, G. S. Problemas de saú de da populaç ã o brasileira e seus
determinantes. In: PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. (Org.)
Saú de coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
Levando em consideração o contexto demográfico brasileiro,
julgue os itens a seguir.
81. Como consequência do aumento da expectativa de vida
e da redução na taxa de fecundidade, a pirâmide etária
do Brasil vem mudando de estrutura ao longo dos anos,
com alargamento da base e estreitamento do ápice.
82. De acordo com as projeções demográficas, a tendência
é que a população de idosos diminua bruscamente nos
próximos anos.
83. Embora a transição demográfica em curso no país seja
um relevante determinante para o atual estado de saúde-
doença da população brasileira, a totalidade de seus
efeitos sobre a saúde da população somente será
contabilizada nas próximas décadas, quando o
envelhecimento da população brasileira atingir seu
máximo.
84. A transição demográfica brasileira, que evidencia o
envelhecimento da população, é característica dos
países menos desenvolvidos.
85. O processo de mudança demográfica do Brasil,
juntamente com as mudanças na estrutura política,
econômica e social, levou a profundas transformações
nas condições de saúde de sua população.
86. A expectativa de vida ao nascer aumentou e a taxa de
fecundidade diminuiu, resultando em aumento no
percentual de crianças e adolescentes e em diminuição
no percentual de idosos na população.
O Plano de Saúde é um dos instrumentos de planejamento da
saúde que leva em consideração o processo de
monitoramento e avaliação das políticas de saúde. Este
instrumento está indicado na Portaria no 2.135, de 2013, que
estabelece diretrizes para o processo de planejamento no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
87. O Plano de Saúde é o instrumento central de
planejamento para definição e implementaçaõ de todas
as iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da
gestaõ do SUS para o perı́odo de seis anos.
88. O conteúdo dos Planos de Saúde reflete as necessidades
de saúde da população sob as quais se baseiam a
defnição de ações de promoçaõ , proteção, recuperação e
reabilitação em saúde (assistência, vigilância em saúde
— epidemiológica, sanitária e ambiental — e
assistência farmacêutica).
200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
89. Nos casos dos planos federal, estaduais e municipais,
seraõ asseguradas a participação popular e a realização
de audiências públicas durante o processo de sua
discussão e elaboraçaõ , de acordo com as
especificidades de cada território.
90. O Plano de Saúde, assim como os demais instrumentos
de planejamento no SUS, dispensa a apreciação e
aprovação do respectivo Conselho de Saúde.
91. Os planos estaduais de saúde devem explicitar a
metodologia de alocação dos recursos estaduais e a
previsaõ anual de repasse de recursos aos municıṕ ios.
92. Para a elaboração do Plano de Saúde, devem ser
observadas as necessidades de saúde da população,
considerando uma análise situacional, orientada, dentre
outros, pelos fluxos de acesso dos usuários.
93. Não é permitida a transferência de recursos para o
financiamento de ações não previstas nos Planos de
Saúde, exceto em situações emergenciais ou de
calamidade pública, na área de saúde.
As relações entre a Epidemiologia e os serviços de
saúde são, a rigor, muito estreitas. De fato, o estudo do
processo saúde-doença-cuidado em populações não se pode
separar das intervenções organizadas sobre esse mesmo
processo.
PORTELA, L. E; TEIXEIRA, C. F. Epidemiologia e Gestão de Serviços de
Saúde. In: ALMEIDA-FILHO, N.; BARRETO, M. L. (Org.) Epidemiologia
& saúde: fundamentos, métodos, aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
Levando em consideração a epidemiologia para gestão em
saúde, julgue os itens a seguir.
94. A epidemiologia, por meio dos métodos, instrumentos e
conhecimentos que produz, é essencial para o
delineamento de um modelo de atenção à saúde que,
efetivamente, promova a melhoria das condições de
saúde da população.
95. A epidemiologia permite reconhecer a necessidade de
ações sobre determinantes e riscos, explicar os
problemas de saúde e seus determinantes no nível
populacional e conceber tecnologias para a realização
de ações integradas.
96. Com a epidemiologia, o gestor poderá desenvolver
processos de produção de ações e serviços que
permitirão o alcance dos objetivos do sistema de saúde
baseados na racionalidade técnico-sanitária.
97. A epidemiologia, unicamente, não é suficiente para o
delineamento de um processo de produção que promova
a melhoria das condições de saúde.
98. Para contribuir com a gestão dos serviços de saúde, a
epidemiologia deve se limitar a trabalhar na
identificação de fatores de risco para agravos
específicos.
99. No debate ou na reflexão que envolve decisões políticas
na área da saúde, os argumentos fornecidos pela
epidemiologia representam apenas um dos múltiplos
fatores do processo de tomada de decisão.
100. Os problemas de saúde possuem um caráter
multidimensional: são simultaneamente orgânicos,
psicológicos, sociais, éticos, religiosos etc. e variam
bastante de indivíduo para indivíduo e entre os
diferentes grupos populacionais.
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O ano de 2020 foi um desafio para a gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS), o enfretamento da pandemia, foi
garantido graças ao enorme arcabouço legal que sustenta
o sistema.
Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.
101. A lei que organiza o SUS, apesar de ter sido
promulgada e publicada em 1990, até o ano de 2011
não havia sido regulamentada papel que coube ao
Decreto Federal no 7.508/2011.
102. As ações compartilhadas do SUS devem ser tomadas
em instâncias gestoras que se configuram em comissões
intergestoras.
103. O espaço geográfico contínuo constituído por
agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado por
questões culturais, econômicas e sociais com rede de
comunicação bem estabelecidas é denominado de mapa
da saúde.
104. Para se determinar uma região de saúde deve se
observar obrigatoriamente a presença das seguintes
ações e serviços: atenção primária, psicossocial e de
urgência e emergência.
105. O planejamento da saúde deve acontecer de forma
descendente e regionalizado, a fim de atender as
demandas do município.
106. Para a definição das necessidades de saúde inseridas no
planejamento dever-se-á considerar como instrumento o
mapa da saúde, que contribuirá para o estabelecimento
das metas.
107. O Pacto pela Saúde foi um compromisso assumido
pelos gestores do SUS na tratativa de viabilizar e
consolidar os princípios da Universalidade,
Integralidade e Equidade.
108. Para a definição das Redes de Atenção à Saúde é
importante ressaltar a hierarquização dos pontos de
atenção à saúde levando em consideração que um ponto
pode e deve ser mais relevante que outro.
No conceito de redes de atenção à saúde são considerados
arranjos organizativos de ações e serviços de diferentes
densidades tecnológicas, que são integradas por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão que buscam
garantir a integridade do cuidado, segundo a Portaria de
Consolidação no 3/2017.
Quanto aos sistemas e às ações de gestão, julgue os itens
a seguir.
109. Os serviços de auditoria e avaliação próprios e (ou)
terceirizados devem fazer a fiscalização e o controle do
Contrato Organizativo de Ação Pública na Saúde.
110. Ações de monitoramento contínuo da situação de saúde
da população do País, estado, região e município ou
áreas de abrangência realizado por equipes de saúde por
meio de estudos e análises que identifiquem, expliquem
os problemas de saúde é denominado de Análise de
Situação de Saúde.
111. A Vigilância em Saúde do Trabalhador deve ser
realizada por meio de um conjunto de ações que visem
simplesmente a notificação dos agravos de saúde que os
acometem e a oferta de ações de reabilitação como as
academias da saúde.
200 – MULTIPROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022
SAÚDE COLETIVA – TIPO “U”
112. Como uma das diretrizes prioritárias da Política
Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de
Assistência Farmacêutica está o uso racional de
medicamentos.
113. A transferência de recursos para os municípios de
gestão plena dar-se-á de maneira regular e contínua.
114. Os Planos Plurianuais (PPA) devem ser editados
anualmente determinando as diretrizes, os objetivos e as
metas da Administração Pública.
115. Os Sistemas de Informação em Saúde, quando bem
utilizados pela equipe de saúde, subsidiam com eficácia
o processo decisório do Sistema Único de Saúde (SUS).
116. A Portaria Federal no 2.979/2019, institui o Programa
Previne Brasil, que muda os parâmetros de
financiamento da Atenção Básica.
O papel da participação social no Sistema Único de Saúde é
desempenhado de maneira organizada nos Conselhos
Municipais de Saúde nas diferentes esferas governamentais,
nos quais suas funções são de caráter consultivo, fiscalizador
e deliberativo.
Em relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.
117. A função do conselheiro de saúde deve ser considerada
como de relevância pública, por isso deve ser
remunerada e com duração de dois anos.
118. Os Relatórios de Gestão (RAG) devem avaliar o
cumprimento dos objetivos e das metas apresentadas,
bem como a aplicação dos recursos em cada esfera
governamental.
119. Podem ser considerados como grupo de usuários para
compor os conselhos de saúde as associações de
portadores de patologia, as de deficiências, as entidades
que representam minorias, movimentos sociais e
populares organizados.
120. Gastos como aquisição de equipamentos voltados para a
realização de ações e serviços públicos de saúde, obras
e construções de novas unidades, bem como reforma e
adequações de imóveis, são referentes ao Bloco de
Investimento.
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