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OBSTETRÍCIA Prof. Ana Claudia Souza | Modificações Fisiológicas Da Gestação 2

APRESENTAÇÃO:

PROF. ANA
CLAUDIA SOUZA
Olá, doc! Este é um resumo para ajudá-lo a sedimentar
conceitos importantes a respeito das modificações que ocorrem
fisiologicamente no organismo materno durante a gravidez

m
e, dessa forma, garantir pontos importantes na sua prova. Isso
porque, embora Obstetrícia Fisiológica represente apenas cerca

co
de 4% das questões do bloco de Obstetrícia, as questões sobre
modificações gravídicas representam mais de 80% delas.
Chamo sua atenção para o fato de que, por ser um
resumo, não esgotaremos o estudo do tema aqui. Caso seja essa
s.
sua intenção, sugiro que acesse o livro digital sobre esse assunto.
O intuito aqui é destacar pontos principais, de forma a ajudá-
lo a diferenciar processos fisiológicos dos patológicos durante
a gestação e, ao ser capaz de explicá-los, acertar a maioria das

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questões sobre as mudanças que ocorrem na gestação.


o
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Você notará que esses conceitos permeiam outras


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especialidades médicas, uma vez que abordaremos a fisiologia


de diversos sistemas do organismo durante a gestação. Portanto,
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é

recomendo que você se dedique à compreensão desse tema


o

antes de estudar assuntos como as principais queixas obstétricas


ou a associação de doenças à gestação.


a

Ao concluirmos o estudo deste livro digital, você deverá


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ser capaz de:


• Descrever as principais funções placentárias;


• Descrever as alterações que acontecem no corpo
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materno durante a gestação, explicar por que ocorrem


e sua relação com queixas e doenças desenvolvidas
durante a gravidez;
• Saber nomear os sinais clínicos relacionados às
modificações fisiológicas que ocorrem na gestação.

Vamos lá? A Residência o aguarda!

Estratégia MED @profa.anasouza

@estrategiamed @estrategiamed
Estratégia
t.me/estrategiamed /estrategiamed MED
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SUMÁRIO

1.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO 4


2.0 PLACENTA 4
3.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS SISTÊMICAS DA GESTAÇÃO 8
4.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DO TRATO GENITAL E MAMAS NA GESTAÇÃO 19
5.0. LISTA DE QUESTÕES 23
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24

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7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24

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Prof. Ana Claudia Souza | Resumo Estratégico | 2023 3


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CAPÍTULO

1.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO


• POR QUE O CORPO MATERNO SE MODIFICA DURANTE A GRAVIDEZ?
Porque a gestação e o parto dependem de que o corpo materno se adapte e se prepare para que ocorram, inclusive para garantir o
adequado desenvolvimento fetal.

• COMO OCORREM AS MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS?


As mudanças no corpo materno ocorrem desde o nível molecular até o celular nos diversos órgãos e sistemas, tanto em resposta ao
crescimento uterino quanto devido à influência das mudanças hormonais, podendo já ser percebidas precocemente no início da gravidez.

• APENAS O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO SE MODIFICA DURANTE A GESTAÇÃO?

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Não. Embora intuitivamente o sistema reprodutor feminino seja o primeiro a ser pensado quando se fala de mudanças no corpo
materno durante a gestação, devido à presença do concepto, todo o organismo se modifica, refletindo alterações nos diversos sistemas.

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Por isso, estudaremos as modificações nos sistemas endócrino, hematológico, circulatório, respiratório, urinário, musculoesquelético e
tegumentar no decorrer deste resumo, assim como nos dedicaremos a conhecer melhor a placenta, órgão exclusivo do período gestacional
e intimamente relacionado às modificações que ocorrem durante a gravidez. Vamos começar?
s.
CAPITULO
2.0 PLACENTA


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COMO É A PLACENTA HUMANA?


o

A placenta humana tem formato discoidal, é deciduada, ou seja, o cório penetra na


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decídua, e é do tipo hemocoriônica, o que quer dizer que as células trofoblásticas recobrem os
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capilares fetais e que o sangue materno entra diretamente em contato com elas.
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• QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DA PLACENTA?


o

São inúmeras as funções exercidas pela placenta durante a gestação. Entre elas podemos

citar:
a

✓ Interferir na modulação imunológica, tornando possível a tolerância aos antígenos


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paternos pelo organismo materno;


✓ Produzir enzimas e hormônios que proporcionam o desenvolvimento da gestação;


✓ Permitir a passagem de nutrientes do ambiente materno para o fetal e a excreção
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de metabólitos no sentido inverso;


✓ Permitir trocas gasosas entre o sangue materno e o fetal, proporcionando a
oxigenação fetal e a eliminação do gás carbônico produzido pelo feto. Figura 1: placenta.

• O TAMANHO DA PLACENTA INFLUENCIA EM SUAS FUNÇÕES?


Sim. Perceba que, uma vez que a produção hormonal está relacionada à massa placentária e que a placenta aumenta de tamanho à
medida que a gestação se desenvolve, tanto a produção hormonal quanto o impacto no organismo materno também se alteram à medida
que a gravidez evolui, possibilitando que ocorram modificações fundamentais para o crescimento fetal. Seguindo esse raciocínio, é mais fácil
entender também por que gestações múltiplas tendem a se relacionar a mais repercussões no organismo materno do que gestações que
evoluem com insuficiência placentária e restrição do crescimento fetal, por exemplo.

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• COMO ACONTECE O TRANSPORTE PELA MEMBRANA PLACENTÁRIA?


Doc, sobre esse tópico é importante perceber que o desenvolvimento fetal depende de que a circulação uteroplacentária e a
circulação fetoplacentária sejam eficientes e que trocas entre as circulações materna e fetal ocorram. Desse modo, a barreira placentária
possui diferentes mecanismos de transporte para garantir que as trocas gasosas e de nutrientes ocorram de maneira apropriada. Observe a
tabela a seguir, pensada para facilitar sua memorização dos diferentes tipos de mecanismo de transporte pela membrana placentária e suas
respectivas moléculas.

MECANISMO DE TRANSPORTE PLACENTÁRIO MOLÉCULA TRANSPORTADA

Difusão simples

m
Oxigênio, dióxido de carbono, gases
Movimento ocorre a favor do gradiente de
em geral, água
concentração, sem gasto energético

Figura 2: difusão simples.

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s.
Difusão facilitada Glicose (canal proteico relacionado à
Movimento ocorre por meio de proteínas glicose: GLUT 1)
transportadoras, a favor do gradiente de Íons e moléculas polares (bicarbonato, cloro,

concentração, sem gasto energético


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potássio, magnésio, fosfato)


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Figura 3: difusão facilitada.


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Ultrafiltração
Sódio
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Movimento influenciado pela pressão hidrostática


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Transporte ativo
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Creatinina, ferro, cálcio, fosfatos, aminoácidos,


Movimento ocorre contra o gradiente de

lactato, vitaminas
concentração, com consumo energético
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Figura 4: transporte ativo.

Pinocitose
Movimento ocorre pela incorporação de
macromoléculas por microvilosidades das Albumina, imunoglobulinas IgG
células do sinciciotrofoblasto, promovendo sua
invaginação
Figura 5: pinocitose.

Tabela 1: mecanismos de transporte placentário e relação com as respectivas moléculas que transportam.

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• QUAIS SÃO OS HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA PLACENTA?


O tecido trofoblástico, que forma a placenta, sintetiza e secreta uma enorme variedade de hormônios, entre eles:
✓ Gonadotrofina coriônica humana (hCG)
✓ Hormônio lactogênio placentário (hPL)
✓ Progesterona
✓ Estrógenos
✓ Hormônio tireotrófico coriônico
✓ Hormônio adrenocorticotrófico coriônico
✓ Hormônios coriônicos similares aos hormônios hipotalâmicos

m
Os hormônios placentários mais abordados pelas provas são a gonadotrofina coriônica humana (hCG), o

co
hormônio lactogênio placentário (hLP) e a progesterona.
s.
• O QUE É GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA?

A gonadotrofina coriônica humana (hCG) é uma Sua concentração sérica tem uma correlação direta com o
glicoproteína de duas subunidades (alfa e beta) produzida pelo número de células trofoblásticas e, em uma gestação tópica, dobra,

eo

sinciciotrofoblasto. Sua subunidade alfa é idêntica às subunidades em média, a cada 48 horas no início da gravidez, atingindo seu pico
o

alfas dos hormônios hipofisários TSH, LH e FSH, os quais também de concentração por volta da 8ª a 10ª semana de gestação.
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são glicoproteínas com subunidades alta e beta e, por isso, o hCG


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Sua principal função é manter o corpo


pode apresentar reação cruzada com eles. A subunidade beta é
lúteo durante as primeiras semanas da gestação,
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é

responsável por diferenciar esses hormônios. É por isso que quando


para garantir a produção de progesterona até
se solicita a dosagem quantitativa de HCG, idealmente, deve-se
o

que a placenta passe a produzi-la.


solicitar a dosagem do beta hCG, ou seja, da sua subunidade beta.


a
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• O QUE É HORMÔNIO LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO?


O hormônio lactogênio placentário (hLP ou hPL) é um dos hormônios queridinhos pelos examinadores ao elaborarem questões
a respeito da ação dos hormônios na gestação. Também chamado de hormônio somatotrófico coriônico ou somatotrofina coriônica, é
produzido pelo sinciciotrofoblasto e, à medida que a placenta aumenta de tamanho no decorrer da gravidez, sua concentração plasmática
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também aumenta gradualmente até próximo do termo da gestação.

O lactogênio placentário é muito importante para que mudanças no metabolismo materno ocorram e
as demandas nutricionais do feto sejam supridas. Sua principal função é aumentar a resistência periférica à
ação da insulina e, dessa forma, proporcionar que mais glicose esteja disponível para ser transferida ao feto,
processo fisiológico, mas que pode se tornar patológico e se relacionar ao diabetes gestacional.

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Uma vez que a meia-vida do lactogênio placentário é curta e ele é produzido pelo tecido placentário, seus níveis séricos caem logo após
a dequitação da placenta, permitindo que o tratamento para o diabetes gestacional possa ser imediatamente suspenso após o parto. Esses
conceitos podem ser detalhadamente estudados no livro digital DIABETES NA GESTAÇÃO.

• QUAL É A FUNÇÃO DA PROGESTERONA NA GESTAÇÃO?

A progesterona (progestare) é fundamental para que a gestação se estabeleça e progrida e é responsável por grande
parte das mudanças que ocorrem no organismo materno durante a gestação, motivo pelo qual será citada diversas vezes no
decorrer desta leitura.
Até por volta da oitava semana de gestação, a secreção de progesterona é feita pelo corpo lúteo, quando então passa
a ser produzida pelo tecido trofoblástico placentário, a partir do colesterol, em quantidades progressivamente maiores.
Observe a figura a seguir, que sintetiza as principais funções exercidas pela progesterona durante a gestação. Note que, em azul, abaixo

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de cada ação da progesterona, estão descritas algumas das consequências associadas a cada uma delas. Conhecer essas relações ajudará você
a compreender diversas queixas e intercorrências obstétricas.

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Figura 6: ações da progesterona durante a gestação.

DE OLHO NA PROVA PRÁTICA


O examinador pode esperar que você esteja apto a orientar a gestante, com palavras simples e adequadas para
o entendimento dela, sobre a correlação entre as modificações fisiológicas que ocorrem durante a gestação e a queixa
apresentada em uma estação de prova prática sobre assistência pré-natal.

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• QUAL É A FUNÇÃO DOS ESTRÓGENOS NA GESTAÇÃO?

Há registro de mais de vinte tipos de estrógenos detectados a produção de estrógenos pela placenta ocorre a partir dos
no corpo materno durante a gestação, porém os mais relevantes são precursores androgênicos DHEA-S e sulfato de 16-alfa-hidroxi-
o estradiol, a estrona e o estriol. A gravidez caracteriza-se por ser hidroepiandrosterona, produzidos pela adrenal materna e também
um estado hiperestrogênico, uma vez que os níveis de estrógenos pela adrenal fetal.
estão muito elevados nesse período, especialmente os de estriol. As ações do estrógeno no corpo materno durante a gestação
É importante destacar que o tecido placentário não é não são abordadas nas provas de Residência Médica e do Revalida
capaz de produzir estrógenos a partir do colesterol, porque com tanta frequência quanto as dos três hormônios que acabamos
não tem as enzimas necessárias para essa conversão. Por isso, de estudar. A figura a seguir resume suas funções mais relevantes.

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Figura 7: ações dos estrógenos durante a gestação.


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CAPITULO

3.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS SISTÊMICAS DA


GESTAÇÃO
Durante a gestação, são observadas mudanças em todo corpo materno. Didaticamente, vamos estudá-las de acordo com o sistema
em que ocorrem. Aproveito para destacar que as questões a respeito das modificações hemodinâmicas são as que aparecem com maior
frequência nas provas de Residência Médica e Revalida.

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• QUAIS SÃO AS MODIFICAÇÕES HEMATOLÓGICAS QUE OCORREM DURANTE A GESTAÇÃO?


Durante a gestação, observa-se o aumento da volemia materna para suprir o aumento da demanda da
irrigação sanguínea no útero, compensando a diminuição do retorno venoso.
Embora os eritrócitos estejam aumentados, o aumento do plasma é ainda maior em relação a eles,
levando a um estado de hemodiluição. Por isso, bastante atenção ao avaliar exames laboratoriais de uma
grávida.
A tabela a seguir sintetiza o que ocorre com cada componente sanguíneo durante a gestação.

COMPONENTE ESTADO NA GESTAÇÃO CONSEQUÊNCIA

Hemoglobina sérica Diminuída

m
Hemoglobina em valor absoluto Aumentada Hemodiluição gravídica

co
Hematócrito Diminuído

Cuidado para avaliar estados


Leucócitos Aumentados
infecciosos na gestação
s.
Plaquetas Diminuídas Plaquetopenia gestacional

Fatores de coagulação Aumentados


Estado pró-trombótico
Proteínas anticoagulantes e atividade fibrinolítica Diminuídas

eo

Tabela 2: modificações hematológicas durante a gestação.


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Figura 8: alterações volêmicas na gestação (modificado de Zugaib, 3ª Ed., 2016).

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Enquanto fora do período gestacional são esperados valores de hemoglobina em torno de 12g/dL, durante o primeiro e
o terceiro trimestres, a anemia é diagnosticada com valores de hemoglobina abaixo de 11g/dL, e no segundo trimestre, valores
de hemoglobina de até 10,5g/dL são considerados normais. Assim como a hemoglobina, o hematócrito também se modifica,
sendo considerado normal durante a gravidez quando seu valor está por volta de 32%. Caso deseje estudar sobre anemia na
gestação, encontrará o tema detalhado no livro digital ANEMIAS.

• QUAIS SÃO AS MODIFICAÇÕES CARDIOVASCULARES QUE OCORREM DURANTE A GESTAÇÃO?

Mudanças cardiovasculares significativas acontecem durante a gestação, entre elas:


✓ Redução da resistência vascular periférica, devido à ação vasodilatadora de prostaciclina,
progesterona e óxido nítrico; além da influência da circulação uteroplacentária, a qual cria um

m
território de baixa resistência para onde há desvio de fluxo sanguíneo.
✓ Aumento da frequência cardíaca cerca de 15 a 20 batimentos por minuto, associada ao volume

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sistólico maior.
✓ Aumento do débito cardíaco, uma vez que se caracteriza por ser o produto entre o volume sistólico e a frequência cardíaca e
ambos estão aumentados durante a gravidez. Doc, perceba que esse aumento, assim como as demais alterações hemodinâmicas
que ocorrem na gravidez, pode levar à descompensação do quadro clínico de gestantes cardiopatas.
s.
✓ Redução da pressão arterial sistêmica, especialmente
da pressão arterial diastólica em relação à sistólica, já no

eo

primeiro trimestre de gestação, sendo mais pronunciada


o
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no segundo trimestre. É interessante perceber que,


apesar de a pressão arterial ser o produto do débito
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cardíaco pela resistência vascular periférica, a redução


id
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da resistência vascular periférica é tão acentuada que


promove redução da pressão arterial sistêmica, apesar
o

do aumento do débito cardíaco.


a
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Figura 9: aferição da pressão arterial na gestante.


Observe o gráfico a seguir. Note que, além da variação associada à idade gestacional, a pressão arterial também se altera de acordo
com a posição da gestante ao longo da gestação. Tais alterações pressóricas ocorrem porque o aumento do volume uterino dificulta o
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retorno venoso, justificando por que a gestante tende a apresentar hipotensão ao permanecer em posição supina demoradamente, assim
como por que os sintomas melhoram ao ficar em decúbito lateral, o qual permite a descompressão da veia cava inferior, facilitando o retorno
venoso e aumentando o débito cardíaco.

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Figura 10: variação da pressão arterial ao longo da gestação (modificado de Zugaib, 3ª Ed., 2016).

✓ Redução do retorno venoso, devido à compressão gerada pelo aumento do volume uterino, tornando a gestante propensa a

edema em membros inferiores, varizes e hemorroidas.


eo

✓ Aumento do volume cardíaco, acarretado pelo aumento do volume sanguíneo e hipertrofia dos miócitos, ou seja, coração de
o
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mãe é maior mesmo, doc!


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• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA ENDÓCRINO DURANTE A GESTAÇÃO?


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A produção hormonal durante a gravidez é intensamente influenciada pela placenta e pelos hormônios produzidos por ela.
o

Sabendo que os eixos hormonais atuam de acordo com a retroalimentação, ou feedback positivo e negativo,
a

é fácil entender que o aumento de hormônios produzidos pela placenta interfere nos eixos hormonais maternos
dv
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já existentes e faz com que a placenta seja o órgão do sistema endócrino, que é mais abordado pelas provas de

Residência Médica e do Revalida, quando a ação hormonal durante a gravidez é o tema escolhido pelo examinador
para elaborar a questão.
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Depois da placenta, o eixo hipofisário é o que mais aparece nas provas. As modificações endócrinas que ocorrem durante a gravidez
estão resumidas na tabela a seguir.

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ALTERAÇÕES HORMONAIS DURANTE A GESTAÇÃO

Hipófise

Aumenta Prolactina, GH (fonte placentária, aumenta a partir do segundo trimestre), ACTH, ocitocina (no parto)

Diminui TSH (no primeiro trimestre), FSH e LH

Mantido ADH, TSH (no segundo e terceiro trimestre)

Tireoide

Aumenta T3, T4 total, T4 livre (aumento discreto no primeiro trimestre)

Paratireoide

m
Aumenta Calcitonina, PTH (terceiro trimestre)

co
Diminui PTH (primeiro trimestre)

Adrenal
s.
Aumenta Cortisol, aldosterona, testosterona, androstenediona

Diminui Sulfato de deidroepiandrostenediona

Ovarianos

eo

Aumenta Progesterona, estrógeno, testosterona, androstenediona, relaxina


o
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Tabela 3: alterações hormonais durante a gestação (modificado de Zugaib, 3ª Ed., 2016).


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QUAIS SÃO OS HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA HIPÓFISE?


é
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A hipófise possui duas porções: a posterior, chamada neuro-hipófise, e a anterior, denominada adeno-hipófise,

a qual aumenta de tamanho durante a gestação, tanto às custas de hipertrofia quanto de hiperplasia, estimulada pelo
a
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estrógeno. Perceba que adenomas hipofisários podem também ser estimulados nesse período e ter sua avaliação
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comprometida devido às alterações próprias da gravidez.


A figura demonstra quais são os hormônios produzidos por cada uma das duas porções da hipófise, relacionando-os com seus
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respectivos locais de atuação, de modo a ajudá-lo a memorizar esses conceitos.

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Figura 11: hormônios hipofisários segundo seu local de produção na adeno-hipófise ou neuro-hipófise.
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• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS DURANTE A GESTAÇÃO?


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A primeira metade da gestação caracteriza-se por ser uma fase anabólica, em que há redução da glicemia basal materna em favor do
o

armazenamento de gordura, glicogênese hepática e transferência de glicose para o feto. Essa fase ocorre por ação da progesterona e do

estrógeno.
a
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Já a segunda metade da gestação se caracteriza por ser um período catabólico. Nele, por ação principalmente
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do hormônio lactogênio placentário (hLP) e também de outros hormônios, como o hormônio de crescimento, a

progesterona e o hormônio adenocorticotrófico, ocorre um aumento da resistência periférica à insulina, lipólise


e neoglicogênese, garantindo aporte adequado de energia ao feto, que consome glicose continuamente, mesmo
me

enquanto a gestante passa por períodos de jejum, como quando está dormindo. O aumento da resistência insulínica faz
com que a gestação se caracterize por ser um estado diabetogênico.

• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO METABOLISMO DE LIPÍDIOS DURANTE A GESTAÇÃO?

A gestação promove o aumento do colesterol total e de suas frações e elevação dos triglicérides. A produção de leptina também está
aumentada e há aumento da resistência à sua ação nesse período. Uma vez que a leptina está associada à saciedade, mulheres grávidas
tendem a ter mais fome em comparação ao período pré-gravídico. Já a adiponectina está reduzida durante a gravidez, repercutindo no
aumento da resistência periférica à insulina.

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Durante o primeiro e segundo trimestres ocorre a fase anabólica, caracterizada por ocorrer lipogênese, aumento do depósito de
gordura e reserva materna de energia. Enquanto isso, no terceiro trimestre ocorre a fase catabólica, com mobilização dos depósitos de
gordura como fonte energética por efeito do aumento da resistência insulínica.

• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO METABOLISMO DE PROTEÍNAS DURANTE A GESTAÇÃO?

Doc, não é difícil imaginar que a demanda de proteína aumente durante a gestação, seja pelo próprio aumento do útero, mamas e
volume sanguíneo materno, seja pelo surgimento da placenta e crescimento fetal. Dessa forma, observa-se aumento das proteínas maternas,
como a albumina e gamaglobulina, embora nas medidas séricas seus níveis estejam reduzidos devido à hemodiluição gestacional.

• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO DURANTE A GESTAÇÃO?

A demanda ventilatória durante a gravidez aumenta, porque feto. Compensatoriamente à acidose respiratória leve causada

m
as necessidades metabólicas do binômio materno-fetal precisam pela hiperventilação da gestante, ocorrem a redução dos níveis
ser adequadamente supridas. Para isso, observa-se hiperventilação de bicarbonato, por aumento de sua excreção renal, e a elevação

co
durante a gestação, acarretando aumento do volume-minuto e da produção de 2-3 difosfoglicerato (2-3 DPG). Essa alteração
alcalose respiratória compensada. é extremamente importante, porque acarreta o deslocamento
A alcalose respiratória compensada que ocorre da curva de dissociação da oxi-hemoglobina novamente para
fisiologicamente na gravidez se relaciona ao aumento do pH e isso direita, facilitando a liberação de oxigênio para o feto, mais uma
s.
faz com que a curva de dissociação do oxigênio da hemoglobina vez, garantindo que as demandas fetais sejam adequadamente
se desloque para esquerda, dificultando a liberação do oxigênio atendidas. A figura 12 demonstra as alterações na curva de
para os tecidos maternos, ao passo que fica disponível para o dissociação da hemoglobina.

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Figura 12: curva de dissociação da hemoglobina.

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Outras mudanças que ocorrem no sistema respiratório durante a gestação são as alterações dos volumes respiratórios. O principal
objetivo é aumentar o volume corrente, a fim de suprir a demanda de oxigênio diante do aumento de hemoglobina circulante.
Observe a seguir o diagrama que ilustra cada um dos volumes pulmonares com relação às excursões respiratórias, assim como a tabela
que resume as mudanças relativas a cada um deles.

ESTADO NA GESTAÇÃO COMPONENTE DA VENTILAÇÃO PULMONAR

Volume de reserva expiratório, volume residual, capacidade residual funcional, capacidade


Diminui
pulmonar total

Aumenta Volume corrente, volume-minuto, capacidade inspiratória

m
Mantém-se Frequência respiratória, volume de reserva inspiratório, capacidade vital
Tabela 4: modificações dos volumes pulmonares durante a gestação.

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Figura 13: ventilação pulmonar.

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• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA URINÁRIO DURANTE A GESTAÇÃO?

✓ Redução da capacidade vesical, devido à compressão


do útero gravídico sobre a bexiga, refletindo em
polaciúria fisiológica.
✓ Hidronefrose leve, especialmente à direita, devido à
compressão do útero gravídico sobre os ureteres.
✓ Aumento da estase urinária, devido à hidronefrose e
ao aumento do volume residual na bexiga.
✓ Refluxo vesicoureteral, devido à retificação do trígono
vesical por elevação da bexiga associada ao crescimento
uterino.

m
✓ Aumento do fluxo plasmático

co
renal e, consequentemente, da
taxa de filtração glomerular,
decorrente do aumento da
volemia materna e da redução
da resistência vascular durante a
s.
gestação.

✓ Redução dos níveis séricos de creatinina e ureia, devido


ao aumento da taxa de filtração glomerular.

eo

✓ Glicosúria fisiológica, uma vez que a disponibilidade


o

de glicose plasmática ultrapassa a capacidade renal de


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absorção.
ro

✓ Proteinúria fisiológica, pelo aumento do ritmo de


id

filtração e capacidade de reabsorção renal reduzida.


é

Figura 14: anatomia do sistema urinário.


o

a

Doc, perceba que todos esses fatores predispõem que infecções urinárias, incontinência urinária e
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cálculos renais tenham maior chance de ocorrer durante a gestação.



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• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA DIGESTÓRIO DURANTE A GESTAÇÃO?

As queixas relativas às mudanças no sistema digestório estão entre as mais frequentemente apresentadas pelas gestantes.

✓ O relaxamento da musculatura lisa promovido pela progesterona ocasiona:


• Relaxamento do esfíncter esofágico, facilitando a ocorrência de refluxo gastroesofágico e pirose;
• Lentificação do peristaltismo, que acarreta lentificação do esvaziamento gástrico, constipação intestinal e cálculos
biliares.

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OBSTETRÍCIA Modificações Fisiológicas Da Gestação Estratégia
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✓O aumento da pressão intra-abdominal, devido a


aumento do útero gravídico, também contribui para
que o refluxo gastroesofágico aconteça, assim como
para ocorrência de hemorroidas.
✓ Redução do transporte de ácidos biliares por ação
estrogênica aumenta o risco de colestase intra-
hepática.
✓ Êmese gravídica, provavelmente devido à ação do hCG.
✓O estômago e o apêndice são deslocados para
cima e para a direita, enquanto o cólon é desviado
para a esquerda. Observe a representação desse Figura 15: deslocamento das vísceras abdominais de acordo com a idade

m
deslocamento na figura ao lado. gestacional.

co
QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO DURANTE A GESTAÇÃO?

Ocorre mudança do centro de gravidade, devido ao aumento


do volume abdominal e das mamas, que tendem a projetar a
gestante para frente. Compensatoriamente, a grávida projeta
s.
seu corpo para trás, buscando manter seu equilíbrio, ocorrendo
aumento da lordose e da cifose da coluna vertebral. Além disso,
a gestante aumenta sua base de sustentação, afastando seus pés e

eo

realizando passos curtos para deambular, o que recebe o nome de


o

marcha anserina. Observe a figura ao lado, que ilustra as alterações


ub

na postura da gestante.
ro

A gravidez relaciona-se ainda a um relaxamento das


id
é

articulações do corpo materno devido ao aumento do acúmulo de


o

líquido durante a gestação, o que recebe o nome de embebição


gravídica, refletindo em um maior risco de a gestante apresentar


a

entorses, luxações, dores crônicas e até mesmo fraturas, assim


dv
pi

como tornando possível o aumento dos diâmetros pélvicos para


permitir a passagem fetal durante o parto.


Figura 16: lordose relacionada à gestação.
me

• QUE MODIFICAÇÕES OCORREM NO SISTEMA TEGUMENTAR DURANTE A GESTAÇÃO?

✓ Angiogênese, promovida pela ação dos estrógenos, e vasodilatação periférica, promovida pela progesterona, acarretando em
telangiectasias, aumento da secreção, tanto das glândulas sudoríparas quanto das sebáceas, e eritema.
✓ Hiperpigmentação da pele, pelo aumento da secreção de melanina, devido à ação da progesterona. As principais regiões
acometidas são face, abdômen, mamas e regiões de dobras, como axilas e região inguinal. Observe na tabela a seguir essas
mudanças e os respectivos nomes que recebem.

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HIPERPIGMENTAÇÃO DA PELE

Face Abdômen Mama

Sinal de Hunter
Melasma ou cloasma Linha nigra
Surgimento da aréola secundária

m
Figura 19: sinal de Hunter.
Figura 17: melasma ou cloasma gravídico.

HUNTER → ARÉOLA

co
Figura 18: linha nigra.

Tabela 5: hiperpigmentação da pele durante a gestação.


s.
✓ Estrias, associadas ao aumento da produção de cortisol pela adrenal e à distensão da pele durante a gravidez, especialmente
em mamas, abdômen e quadril maternos.

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o
ub
ro
id
é
o

Figura 20: estrias relacionadas à gestação.


a
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pi


Aparecimento de lanugem na face e nos limites do couro cabeludo, o que recebe o nome de sinal de Halban.
me

Figura 21: sinal de Halban.

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CAPÍTULO

4.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DO TRATO GENITAL


E MAMAS NA GESTAÇÃO

Doc, as modificações fisiológicas que acontecem no trato genital e nas mamas durante a gestação ganharam uma
seção especial só para elas, para que estejam destacadas e chamem sua atenção. Essas alterações são as abordadas com
mais frequência nas provas de Residência Médica e Revalida.

m
• QUE MODIFICAÇÕES ACONTECEM NO ÚTERO, VAGINA E VULVA DURANTE A GESTAÇÃO?

✓ O istmo do útero alonga-se entre a 8ª e 12ª semanas e, até a 16ª semana de gestação, está incorporado ao corpo uterino,

co
passando a ser chamado de segmento inferior.
✓ O endométrio passa a ser chamado de decídua durante a gravidez.
s.

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Figura 22: corpo, istmo e colo do útero.

✓ Varizes vulvares, associadas à hipervascularização vulvar e ao aumento da pressão intra-abdominal devido ao crescimento
uterino.

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✓ Redução do pH vaginal, associado ao aumento de ácido lático pelos lactobacilos relacionado a maior oferta de glicogênio por
ação da progesterona. Esse processo é muito interessante por proteger a gestante de infecções vaginais, embora a torne mais
susceptível à candidíase vaginal. Observe o esquema representado na figura a seguir para ajudá-lo a fixar esse conceito.

m
co
s.

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Figura 23: mudança do pH vaginal durante a gestação.


A vascularização do útero também aumenta durante a gestação e ocorre vasodilatação de seus vasos, fazendo com que o útero
adquira uma coloração violácea e consistência amolecida. Observe na tabela a seguir o nome que cada uma das modificações no trato genital
me

recebe. Os examinadores adoram perguntar os nomes desses sinais nas provas, doc. Por isso, não tem jeito. Decore-os!

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MODIFICAÇÕES DO TRATO GENITAL DURANTE A GESTAÇÃO

Sinal de Hegar
Amolecimento do istmo uterino

HEGAR → MOLENGAR

Figura 24: istmo uterino. O amolecimento dessa região


durante a gestação recebe o nome de sinal de Hegar.

Sinal de Goodell
Amolecimento do colo uterino

m
Sinal de Piskacek

co
Assimetria uterina relacionada ao local em que o embrião se implanta

Quem PISKAcek → Fica assimétrico


s.
Figura 25: sinal de Piskacek.

Sinal de Noble-Budin ou Nobile-Budin



eo

Ocupação dos fórnices vaginais laterais devido a abaulamento, pelo fato de os


o

tecidos adjacentes ao útero estarem amolecidos pela embebição gravídica e pelo


ub

crescente aumento do peso uterino


ro

Figura 26: sinal de Nobile-Budin ou Noble-Budin.


id
é
o

Sinal de Kluge
a
dv
pi

Arroxeamento da mucosa vaginal associado ao aumento da vascularização local


Figura 27: sinal de Kluge.


me

Sinal de Osiander
Percepção dos pulsos das artérias vaginais nos fórnices laterais associada à
vasodilatação dos vasos nesse território

Sinal de Jacquemier-Chadwick
Coloração arroxeada na região do vestíbulo e meato uretral

JACQUEMIER-CHADWICK → JÁ QUE ARROXEOU


Figura 28: sinal de Jacquemier-Chadwick.

Tabela 6: Modificações do trato genital durante a gestação.

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• QUAIS SÃO AS MODIFICAÇÕES NAS MAMAS DURANTE A GESTAÇÃO?

A gravidez promove diversas modificações nas mamas, de alterações que estudamos no decorrer desse resumo, a mama é
forma que a lactação após o parto seja possível. A produção de o único órgão que não retorna a seu estado pré-gravídico após o
estrógeno e progesterona, assim como de prolactina, estimula o puerpério, por isso, considera-se que o completo desenvolvimento
desenvolvimento mamário e o crescimento das mamas. As mudanças das mamas só ocorre após a gestação e a amamentação.
que ocorrem nas mamas estão explicadas detalhadamente no A tabela a seguir resume os epônimos relacionados às
livro digital Amamentação, e vale ressaltar que, dentre todas as alterações que ocorrem nas mamas e são questionados nas provas.

MODIFICAÇÕES MAMÁRIAS DURANTE A GESTAÇÃO

m
Tubérculos de Montgomery Rede de Haller
Sinal de Hunter
Hipertrofia das glândulas sebáceas que Aumento de vascularização do tecido
Surgimento da aréola secundária

co
acontece ao redor dos mamilos glandular das mamas
s.
Figura 31: sinal de Hunter.

eo
o
ub

HUNTER → ARÉOLA
Figura 30: rede venosa de Haller.
ro

Figura 29: tubérculos de Montgomery.


id
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MONTGOMERY UM →

MONTE DE GLÂNDULAS
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Tabela 7: modificações mamárias durante a gestação.


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CAPÍTULO

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1 . FERNANDES C. E.; SILVA DE SÁ, M. F. Tratado de Ginecologia FEBRASGO. São Paulo: Elsevier; 2019.
2 . ZUGAIB, Marcelo (ed.). Zugaib Obstetrícia. São Paulo: Atheneu, 2016.
3 . ZUGAIB, Marcelo (ed.). Zugaib Obstetrícia básica. São Paulo: Manole, 2015.
4 . MONTENEGRO, C.A.B; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
5 . TEDOLDI, C.T (ed.). Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Gravidez na Mulher Portadora de Cardiopatia. Arq Bras Cardiol,
2009.

m
CAPÍTULO

7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

co
Doc,
Espero que este material tenha contribuído para sedimentar seus conhecimentos a respeito das modificações que ocorrem
fisiologicamente no corpo materno durante a gestação e, dessa forma, ajude-o a responder às questões que abordem esses conceitos.
s.
Apesar de ser um tema bastante teórico, almejo que sua correlação com as manifestações clínicas esteja mais clara para você após esta
leitura. Minha maior dica agora é: PRATIQUE! As questões serão fundamentais para que tudo que você acabou de estudar seja memorizado
e você acerte questões sobre esse tema na prova.
Conte comigo para lapidar mais esse tema e não subestime nenhuma dúvida, todas podem ser importantes para seu aprendizado.

eo

Mantenha seu foco nos estudos. Estamos mais próximos da sua conquista. Vamos juntos!
o
ub

Até a próxima!
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Ana Claudia Souza


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