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INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR:
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INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR:
Referência
Edição para citação:
e publicação: Vital, F. M. R. 8(https://vitalknowledge.com.br/)
Vital Knowledge orientações para planejar
seu TCC em saúde. Vital Knowledge: Muriaé, 2020. E-book (4-27).
Ano: Disponível
2020 em: <https://vitalknowledge.com.br/ebooks/Ebook-8-
orientações-para-planejar-seu-TCC-em-saúde-V2.pdf>. Acessado em
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POR ONDE COMEÇAR A PLANEJAR MEU TCC?
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Mas qual o padrão?
Como defino a metodologia?
Quais os itens mais básicos e que estão
sempre presentes em um projeto científico
ou de iniciação científica, na área da saúde?
Aliás qual a diferença entre estes?
Portanto, em um trabalho de
iniciação científica, geralmente
tem por objetivo introduzir o
conhecimento sobre o padrão
Estudos com coleta de dados,
de um estudo científico que
por exemplo, devem seguir um
muitas vezes é a proposta de
padrão que possa ser replica -
um TCC, enquanto a nível de
do por outros de forma a se
mestrado e doutorado a ênfase
obter o mesmo resultado do
estará na metodologia do
estudo proposto. Mas como
estudo, buscando um aper -
disse René Descartes, “para
feiçoamento para se chegar a
compreender o todo, basta
uma resultado que mostre um
compreender as partes”, por -
efeito da análise do fenômeno
tanto, para interpretarmos os
em observação que seja próxi -
resultados, as partes, ou seja,
mo da verdade.
os métodos, devem estar
claramente descritos.
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Quanto mais informações que esclareçam o processo realizado
para se chegar ao resultado, tentando controlar as tendenciosi -
dades a determinado resultado, mais próximo do conhecimento
verdadeiro, ou seja da ciência, ele estará. Pois o que um estudo
científico intenciona fazer é testar uma hipótese, ou seja, testar se
uma ideia/conhecimento empírico é verdadeiro.
ORIENTAÇÃO 1
IDENTIFICAR DÚVIDA DA PRÁTICA DA PROFISSÃO
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Escreva uma dúvida da sua profissão que você tenha agora!
ORIENTAÇÃO 2
ESTRUTURE A SUA PERGUNTA/DÚVIDA CLÍNICA
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P PACIENTE, POPULAÇÃO, PROBLEMA
I INTERVENÇÃO
C COMPARAÇÃO, CONTROLE
O OBJETIVO - DESFECHO
Medicamento;
Procedimento;
Equipamento;
Teste diagnóstico.
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O “C” do PICO deve descreve a intervenção controle
C que sirva de parâmetro de comparação para que pos -
samos “dosar” o tamanho do efeito da nova inter -
venção. Ele pode ser definido como:
Mortalidade;
Tempo de sobrevida;
Redução de sintomas;
Capacidade funcional;
Qualidade de vida;
Efeitos colaterais;
Recidivas;
Tempo de internação;
Custos…
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P Pacientes adultos com edema pulmonar cardiogênico
I VNI + TP
C Tratamento padrão
O Mortalidade
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ORIENTAÇÃO 3
DEFINA O SEU TÍTULO
O título, semelhante ao que foi utilizado na estruturação da pergun -
ta clínica, pode, também, utilizar os elementos do PICO. Alguns
modelos que deixam o título claro e objetivo seguem a seguinte
estrutura utilizando os elementos do PICO:
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ORIENTAÇÃO 4
EMBASE SEU CONHECIMENTO NO TEMA
Se você tem dúvidas sobre o tema e resolveu estudá-lo a fundo é
porque ainda não tem domínio sobre ele, certo? Portanto, a próxima
etapa é estudar os conhecimentos científicos existentes que em -
basam sua linha de raciocínio. Isto trará clareza as suas argumen -
tações. Para tal, será necessário realizar uma revisão da literatura
sobre o tema, em busca de informações como definição do proble -
ma de saúde, as características epidemiológicas e fisiopatológicas
deste problema, sua evolução natural, os fatores de risco para
desenvolvê-lo, como se faz o diagnóstico e quais os tratamentos já
existem para tentar controla-lo. Assim como informações sobre as
características da intervenção que se quer investigar, ou seja, seu
mecanismo de ação, indicações e contraindicações, evidências
demonstrando sua efetividade em outras condições clínicas etc.
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Como exemplo de bases de dados de estudos científicos ras -
treáveis em português podemos citar:
SciELO (https://www.scielo.br/);
BIREME (https://bvsalud.org/);
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ORIENTAÇÃO 5
Mas qual o padrão?
DESCREVA SUA JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO
Como defino a metodologia?
Ao seguir as orientaçõesQuais
anteriores, você
os itens maisestará preparado(a)
básicos e que estãopara
escrever a justificativa para realizar
sempre o estudo
presentes em que está propondo
um projeto científicoe
esta pode constar comoou último parágrafo
de iniciação da sua introdução.
científica, na área da saúde?
Aliás qual a diferença entre estes?
Justificativa para realizá-lo (porque é necessário realizá-lo).
ORIENTAÇÃO 6
DEFINA OS OBJETIVOS DO ESTUDO
A próxima etapa é definir quais seriam seus objetivos ao realizar o
estudo neste tema, o que se pretende responder com o estudo. Por -
tanto, descreva seu:
Objetivo Primário
É o mais relevante, é aquele que tende a resolver o maior
impacto a saúde que o problema de saúde poderia
causar e que a intervenção poderia ajudar a resolver ou a
quantificação do risco do problema.
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Objetivos Secundários
Seriam aqueles que você acredita (considerando a litera -
tura, experiência clínica ou o raciocínio fisiopatológico)
que poderiam ser alcançados como resultado do efeito
da intervenção proposta ou serão observados.
ORIENTAÇÃO 7
DEFINA QUAL DESENHO DE ESTUDO UTILIZARÁ
Para testar a sua ideia você deverá propor uma metodologia para
que possa organizar os elementos do seu estudo o que te auxiliará
na condução do mesmo e na interpretação dos achados, além de
permitir a reprodução do caminho necessário para se obter resul -
tados semelhantes em populações semelhantes.
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literatura e embora tenham menor validade e confiabilidade por
controlarem menos possíveis vieses desde o planejamento até sua
interpretação, dependendo do contexto, podem ser o único desen -
ho possível por questões éticas.
Diagnóstico - E. Acurácia
Prognóstico - Coorte
Tratamento - ECR
Profilaxia - ECR
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Desenhos de estudos mais fáceis de serem conduzidos:
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Campo – observa os fatos e como eles ocorrem. Nos permite sepa -
rar e controlar as variáveis, além de perceber e estudar as relações
estabelecidas.
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Classificação quanto as Formas de Abordagem da Pesquisa
OBSERVACIONAIS EXPERIMENTAIS
Intervenção direta do
Não Existe pesquisador com a Existe
relação analisada
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Outra forma de classificar os estudos é em estudos primários e
secundários
Estudos Primários
São pesquisas originais, em que os dados colhidos ou variáveis ob -
servadas e analisadas no estudo (por um pesquisador) estão rela -
cionados a aplicação de intervenções (estudos experimentais) ou
observações (estudos observacionais).
Relatos de casos
Estudos transversais (de prevalência)
Ensaios clínicos
Estudos de coortes
Caso-controle
Relato de caso
Descrição detalhada de um ou alguns casos clínicos, geralmente
de um evento clínico raro ou uma nova intervenção. A série de
casos é um estudo com maior número de participantes (mais de
10) e pode ser retrospectivo ou prospectivo.
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Ex.: Dores Helder, Mendes Lígia, Ferreira António, Santos Jose Fer -
reira. Gradiente Intraventricular Sintomático Induzido pelo Esforço
em Atleta Competitivo. Arq. Bras. Cardiol.[Internet]. 2017Jul;109(1):
87-89.
Estudos transversais
Medem a frequência da ocorrência das doenças em determinado
tempo e espaço. Estudos de Prevalência medem quantas pessoas
estão doentes. Quando analíticos, podem quantificar a associação
de fatores.
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Casos-controle
Estudos de grupos semelhantes, selecionados a partir de uma pop -
ulação de risco que compara doentes versus não doentes retro -
spectivamente, considerando a exposição e os possíveis fatores de
risco a que a amostra de doentes foi exposta (no passado).
Coorte
Estudo longitudinal, prospectivo e observacional no qual um grupo
de pessoas é acompanhada por determinado tempo. Os desfechos
são comparados a partir da observação ou não de uma intervenção
ou outro fator de interesse para análise posterior de incidência da
doença.
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Pontos negativos: são demorados e podem ser caros.
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Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex -
t&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S0100-69912019000500158
Ge te
- Relatos ou série de casos
Hi
ra ses
pó
m
- Estudos de Prevalência - Tranversais
Descritivos
- Estudos de Incidência - Longitudes
Observacionais - Estudos Ecólogicos ou Demográficos
Co
- Estudos de Coortes
m
Hi
pr ese
Ri
pó
ov s
sc
o
am
Estudos de Caso-Controle
t
Analítico
Temática
Experimentais
- Ensaios Clínicos Randomizados
(Intervenção)
Estudos secundários
Geralmente utilizam os estudos que já existem (publicados) para
analisar as melhores evidências. Buscam estabelecer conclusões a
partir dos estudos primários com um resumo ou sistematização
dos dados encontrados, que são comuns a estes estudos.
Exemplos de estudos secundários:
Revisão sistemática
Revisão narrativa
Revisão integrativa
Metanálises
Avaliação de tecnologia
Avaliação econômica
Guias de prática clínica
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Revisão sistemática
Reúne, de forma organizada, os resultados de estudos primários
relacionados a uma intervenção específica, com aplicação de
método explícito, reproduzível e sistematizado de pesquisa, análise
crítica e síntese dos estudos selecionados.
Metanálise
A metanálise é um método estatístico muito utilizado na revisão
sistemática para integrar dados dos estudos incluídos. É uma
análise das análises, ou seja, os dados são combinados e sintetiza -
dos através de processos estatísticos para produzir uma única esti -
mativa ou índice que caracteriza o efeito de uma determinada inter -
venção.
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Pontos positivos: ao combinar os dados e a amostra de vários
estudos, aumenta a amostra total, o que melhora o poder estatísti -
co de análise, assim como a precisão do que foi estimado como
efeito do tratamento.
ORIENTAÇÃO 8
ESCREVA A METODOLOGIA DO SEU ESTUDO
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