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manual

clubes
ubuntu
O que são?
Após a dinamização da Semana Ubuntu, deverá ser criado um espaço (se
possível também físico) animado por jovens e por educadores Ubuntu, onde se
desenvolverão atividades com inspiração Ubuntu ao longo do ano. Sugere-se
que este seja um espaço seguro, onde os jovens possam aprofundar as vivências
experienciadas na Semana Ubuntu, mas onde também possam projetar na
comunidade as aprendizagens de serviço com que foram inspirados e que se
propuseram a desenvolver.

Para quê?
Para ajudar os jovens e os educadores a manterem viva a dinâmica Ubuntu,
criando redes de suporte e de ação, na instituição e na comunidade, através da
dinamização de sessões de reflexão, da organização de eventos e da promoção
da participação cívica a partir do método Ubuntu. A existência dos Clubes Ubuntu
permite também o reforço do trabalho das competências socioemocionais
iniciado na Semana Ubuntu e o desenvolvimento de outras competências menos
trabalhadas durante a semana. Será também um espaço para colocar em prática
o que se viveu durante a Semana Ubuntu.

Quando?
Logo após o final da Semana Ubuntu e permanecendo até final do ano,
reunindo semanal ou, no máximo, quinzenalmente.
Como?
Após a realização da Semana Ubuntu, os educadores envolvidos deverão reunir
com os jovens procurando:
a) Escolher um dia e uma hora em que todos se possam encontrar e definir
também com que periodicidade devem acontecer as reuniões do Clube;
b) Definir um espaço, idealmente dedicado em exclusivo ao Clube, que
possa ser decorado e personalizado;
Após terem chegado a um acordo quanto aos pontos anteriores, chega a altura
de pensar nas atividades que deverão constituir o Clube. Os educadores deverão
desafiar os seus jovens a pensar criativamente em ações Ubuntu que possam
ser organizadas pelo Clube. Destas primeiras reuniões do Clube deverá sair o
seu Plano de Atividades para o ano em curso.

Plano de Atividades

Cada Clube Ubuntu deverá desenvolver o seu Plano de Atividades anual,


podendo seguir o plano proposto (ver quadro) e utilizando a ficha de exemplo
fornecida ou criando uma original.
A construção do Plano deverá ter em conta os contributos do maior número de
participantes Ubuntu.
O Plano poderá sofrer revisões ao longo. É positivo que surjam novas ideias
ou iniciativas que, após aceites por todos os participantes, serão
sempre bem-vindas! Todas as alterações devem ser comunicadas ao IPAV.
A proposta de Plano de Atividades deverá ser enviado pelo Educador
responsável ao IPAV através do email casasacolhimento@ipav.pt.

Tipologia das atividades do Clube

Aprofundamento dos Pilares Ubuntu: Organização de sessões do Clube que


permitam, através de novas dinâmicas, de filmes, convidados, etc., continuar a
aprofundar os cinco Pilares Ubuntu (que recordamos serem
Autoconhecimento, Autoconfiança, Resiliência, Empatia e Serviço). Continuar a
investir neste trabalho é uma forma de dar continuidade ao que se iniciou com
a Semana Ubuntu e permite um trabalho mais consistente e duradouro com
cada um dos participantes. Permite também continuar a promover a rede de
relações positivas que possa ter sido criada durante a Semana Ubuntu.
Eventualmente para algumas destas sessões poderão ser convidados novos
jovens escolhidos pelos membros do Clube (educadores e participantes).

Trabalho de projeto: Inspirados pelos fundamentos do Método Ubuntu (que,


recordando, são a Ética do Cuidado, a Construção de Pontes e a Liderança
Servidora), os jovens, apoiados pelos seus educadores, devem sugerir as
atividades que irão sustentar a ação do Clube na instituição e com a comunidade
envolvente.
Para planear e concretizar os projetos, sugerimos que os jovens trabalhem por
projetos, ou seja, por grupos de trabalho que se dedicam inteiramente a por na
prática as ideias e as respostas às necessidades identificadas pelo Clube.
Os educadores devem ajudar os jovens a seguirem todos os passos para que o
projeto resulte. Sugerimos que estejam atentos aos seguintes passos:
 Planeamento da ação – qual o objetivo da ação? O que já existe? O que
falta fazer? Quem faz o quê? Com que meios?
 Execução – medir o tempo para executar o planeado; comunicar bem o
que se quer fazer; gerir bem os recursos disponíveis; envolver todos e
assegurar que todos têm um papel adequado ao seu perfil, etc.
 Avaliação – tempo final de balanço dos grupos com o educador para
perceber os passos seguintes.
Existem 4 categorias principais para as iniciativas de projeto a concretizar:
DIAS UBUNTU MÃOS NA MULTIPLICANDO EM CAMPANHA
MASSA
Organização de Iniciativas de Dinâmicas de replicação Criação de
eventos que celebrem serviço e da formação Ubuntu a campanhas de
datas de voluntariado, outros jovens da sensibilização
reconhecimento de tanto dentro do instituição; participação (online ou offline)
líderes Ubuntu ou dias espaço da em encontros Ubuntu. por uma
oficiais de causas instituição como determinada causa
relevantes na comunidade eleita; encontros,
(Diversidade, Paz, envolvente. conferências e
Liberdade, África, workshops sobre
Cooperação, etc). temáticas Ubuntu.

Estas sessões aplicam-se quer a projetos de planeamentos de dias e atividades,


quer a projetos de aprofundamento de temas de interesse que os jovens
queiram apresentar ao resto do grupo numa das sessões. Pode-se seguir o
seguinte esquema para a organização do Clube Ubuntu:

Temáticas Ubuntu: Para além dos Fundamentos e dos Pilares, o Método


Ubuntu trabalha também temas como o Perdão e Reconciliação; Coragem
Cívica; Identidade e Valores; Resolução de Conflitos; Comunicação Não
Violenta, entre outros. No exemplo de plano anual apresentado, estas
temáticas propostas correspondem a propostas de ação concretas
apresentadas neste manual e visam alargar o âmbito do trabalho com os jovens,
permitindo-lhes enriquecer o seu portfólio pessoal e cívico.

Proposta de um Plano de Atividades para um ano: Para poder servir de


inspiração a todas os educadores e Jovens, o IPAV desenvolveu um plano
completo de 45 sessões com uma estrutura semelhante às sessões da Semana
Ubuntu, permitindo que as para instituição o adaptem às suas necessidades. O
facto de existir esta proposta de sessões comuns a todas as instituições não
impede a adaptação às realidades específicas de cada contexto, uma vez que
todos os trabalhos por projeto podem (e devem) estar intimamente relacionados
com as necessidades da comunidade.
O plano que se apresenta está pensado para sessões semanais de uma hora,
incluindo o aprofundamento dos Pilares Ubuntu e o trabalho por projetos,
através de sessões temáticas e sugestões de filmes, sempre em estreita ligação
com a Semana Ubuntu e as suas temáticas.
Com este Plano de Atividades completo, cada Clube pode seguir um de três
caminhos: a) segue este plano, definindo com os jovens as atividades para os
dias de trabalho de projeto; b) não segue este plano e cria um plano
completamente novo; c) faz um plano misto utilizando algumas das sessões
propostas e não desenvolvendo outras. Fica ao critério de cada Clube.

Proposta de Plano de Atividades para o Ano


1
2 3 4 5 6 7 8
Continuação do 9
Autoconhecimento Trabalho Trabalho Autoconhecimento Trabalho Trabalho Autoconfiança
World Cafe Trabalho Projeto
Projeto Projeto Projeto Projeto
(Semana Ubuntu)

16
10 11 12 13 14 15 17
Trabalho 18
Filme Autoconfiança Trabalho Trabalho Empatia Trabalho Empatia
Projeto Trabalho Projeto
Projeto Projeto Projeto

19 20 21 22 23 24 25 26
27
Filme Resiliência Trabalho Trabalho Resiliência Trabalho Serviço Trabalho
Coragem Cívica
Projeto Projeto Projeto Projeto

29 30 31 32 33 34 35
28 36
Identidade e Trabalho Trabalho Bullying Trabalho Trabalho Resolução de
Trabalho Projeto Trabalho Projeto
valores Projeto Projeto Projeto Projeto conflitos

37 38 39 40 41 42 43 44
45
Filme Perdão e Trabalho Trabalho Cuidar Trabalho Sonhar Revisão do
Brinde à Mudança
Reconciliação Projeto Projeto Projeto (autorregulação) ano
Índice temático

1. Trabalho por Projeto

2. Pilares Ubuntu
Autoconhecimento
Autoconfiança
Resiliência
Empatia
Serviço

3. Temáticas Ubuntu
Coragem Cívica
Identidade e valores
Resolução de conflitos
Bullying
Perdão e Reconciliação
Cuidar
Sonho (autorregulação)
Diário
Filmes
1) Trabalho por projeto
I Dinâmica World Café
II Sessão Modelo
O Trabalho por Projeto é a tipologia de atividade do Clube que permite colocar
em prática os fundamentos do Método Ubuntu: a Ética do Cuidado, a
Construção de Pontes e a Liderança Servidora. É também aquela que deve
ser precedida de um trabalho com os jovens, ainda durante a Semana Ubuntu,
mas que, se por algum constrangimento tal não foi possível, deverá sê-lo numa
das primeiras reuniões do Clube, tendo por base a dinâmica World Café,
(explicada neste manual em ficha própria).

É muito importante que o Plano de Atividades do Clube tenha em conta aquilo


que foi pensado, discutido e consensualizado na dinâmica World Café da
Semana Ubuntu (ou das primeiras reuniões do Clube). É com base nessas ideias,
e no aproveitamento de algumas das propostas de outro tipo de tipologias de
ação - Aprofundamento dos Pilares Ubuntu ou Temáticas Ubuntu -, que o Clube
construirá o seu Plano de Atividades.

Para cada proposta de Projeto é fundamental que os jovens tenham tempo


suficiente, podendo ocupar o número de sessões que forem consideradas
adequadas, de forma a organizar e realizar o projeto que têm em mão da melhor
forma possível. É importante que cada grupo tenha autonomia e se sinta
responsável pela atividade, devendo o educador estar atento e ajudar na
realização do projeto sempre que a sua ajuda for necessária.
Esta assunção de responsabilidade contribuirá para que os jovens se sintam
atores da mudança, proporcionando o desenvolvimento de competências como
o trabalho em grupo, resolução de conflitos, planeamento e gestão de
atividades, comunicação, entre outras.
PLANO DE SESSÃO

Temática | TRABALHO POR PROJETOS | Dinâmica World Café


- Promover o envolvimento, a responsabilidade e o trabalho em grupo;
Objetivos - Promover o trabalho por áreas de interesse e com um esquema de planear-fazer-rever;
- Criar projetos que sirvam a comunidade a instituição, consoante as necessidades e
interesses dos Jovens.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e 5 minutos Responsável
Energizer Material
(quando necessário - Ver ficha de dinâmica
inserir Energizer) Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 minutos Responsável
Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica World Café
10 minutos
Para rever o que
2ª Fase – Com base nas foi feito na
necessidades identificadas Semana Ubuntu Responsável
na Semana Ubuntu os Material
Jovens dividem-se por 3 25 minutos - Folhas Flipchart
postos para proporem - Marcadores
soluções. -Esferográficas
-Lápis de Cor
Objetivos
- Promover o trabalho em grupo;
- Propor soluções que serão a base dos projetos a trabalhar ao longo
do ano nas sessões.
Avaliação do Dia Responsável
10 minutos Material
3ª Fase - Avaliam em - 1 Folha de Flipchart
grande grupo e - 1 post-it por participante
apresentam os progressos
e ideias
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.
RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Explicação [Trabalho por Projetos]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4 - Esferográficas - Marcadores - Flipcharts
DINÂMICAS

World Café no Clube Ubuntu

OBJETIVOS
- Planear as atividades do Clube Ubuntu
- Identificar atividades para desenvolver na instituição e na comunidade
- Desenhar o Plano de Atividades do Clube

MATERIAL
- Fichas de Reflexão (ver materiais)
- Canetas / Lápis / Marcadores
- Folhas de flipchart com diagnóstico feito na semana Ubuntu
- Folhas de flipchart

DURAÇÃO
60 minutos

VER MAIS SOBRE


Ver as fichas de reflexão da dinâmica
Folhas de flipchart com o diagnóstico do 1º World Café (semana Ubuntu)

PREPARAÇÃO

Uma sala com três mesas/postos com cadeiras para todos os participantes.

CONTEXTUALIZAÇÃO

A primeira reunião do Clube Ubuntu tem como objetivo começar a desenhar o que
poderá ser o plano de atividades para o ano letivo. Este segundo World Café permite
uma reflexão dinâmica sobre que soluções encontrar para o diagnóstico elaborado
durante a reflexão do primeiro World Café.
DINAMIZAÇÃO

1º PASSO – O animador organiza 3 estações (mesas) de reflexão da seguinte forma:

Estação 1 – Espaço físico da Casa

Estação 2 – Jovens da Casa

Estação 3 – Comunidade vizinha da Casa

Em cada uma destas estações deverá estar um animador com as folhas de


diagnóstico elaboradas durante a semana Ubuntu, uma ficha de reflexão (ver
material) com as questões orientadoras de cada posto, uma folha de flipchart em
branco e um marcador.

2º PASSO – O responsável pela dinâmica divide os participantes em 3 grupos e


convida cada grupo a ocupar uma estação (sentam-se à volta de uma mesa).

3º PASSO – Assim que os grupos estejam distribuídos, o animador dá a cada grupo


5 minutos para recordar o diagnóstico elaborado durante a semana Ubuntu e 15
minutos para propor ideias que devem ser escritas na nova folha de flipchart. A cada
20 minutos o animador dá a indicação para que os grupos rodem e passem ao posto
seguinte – todos os grupos deverão passar pelas 3 estações, acrescentando as suas
ideias aos contributos do grupo anterior na folha de flipchart.

Cada grupo tem um animador que será responsável por animar a conversa e
contextualizar os restantes grupos com o resumo do que foi identificado pelo grupo
anterior de forma a evitar repetições. As ideias mais importantes de cada reflexão
deverão ficar registadas na folha de flipchart.

4º PASSO – No final das três rondas, as folhas de flipchart deverão ter os registos
dos três grupos com os diagnósticos sugeridos em cada um dos postos. Cabe ao
animador não deixar que sejam registadas ideias repetidas.

5º PASSO – O animador lê as principais ideias registadas e estes contributos deverão


ser a base do Plano Anual de Atividades do Clube que deverá ser construído e
apresentado na instituição aos potenciais interessados.
Nesta estação o objetivo é reunir ideias que possam servir de resposta aos
problemas e necessidades identificados na primeira ronda. Deixamos algumas
perguntas de orientação para apoiar na organização das ideias:

 O quê?
Qual é o objetivo? Face a este problema o que podemos fazer?

 Quem?
A quem podemos pedir apoio? Podemos envolver outros jovens, educadores,
auxiliares, organizações ou associações na dinamização?

 Como?
A quem podemos pedir apoio? Podemos envolver outros
jovens/educadores/auxiliares/organizações ou associações na dinamização?

 Onde?
Na instituição? Fora da instituição?

No Clube Ubuntu poderão trabalhar todos os detalhes das ideias e propostas


sugeridas.
Nesta estação o objetivo é reunir ideias que possam servir de resposta aos
problemas e necessidades identificados na primeira ronda. Deixamos algumas
perguntas de orientação para apoiar na organização das ideias:

 O quê?
Qual é o objetivo? Face a este problema o que podemos fazer?

 Quem?
Qual é o público alvo a que queremos chegar? (jovens, educadore,
outros)

 Como?
A quem podemos pedir apoio? Podemos envolver outros jovens, educadores,
auxiliares, organizações ou associações na dinamização?

 Onde?
Na instituição? Fora da instituição?

No Clube Ubuntu poderão trabalhar todos os detalhes das ideias e propostas


sugeridas.
Nesta estação o objetivo é reunir ideias que possam servir de resposta aos
problemas e necessidades identificados na primeira ronda. Deixamos algumas
perguntas de orientação para apoiar na organização das ideias:

 O quê?
Qual é o objetivo? Face a estes problemas o que podemos fazer?

 Quem?
Qual é o público alvo a que queremos chegar? (jovens, educadores,
encarregados de educação)

 Como?
A quem podemos pedir apoio? Podemos envolver outros jovens, educadores,
auxiliares, organizações ou associações na dinamização?

 Onde?
Na instituição? Fora da instituição?

No Clube Ubuntu poderão trabalhar todos os detalhes das ideias e propostas


sugeridas.
PLANO DE SESSÃO

Temática | TRABALHO POR PROJETOS


- Promover o envolvimento, a responsabilidade e o trabalho em grupo;
Objetivos - Promover o trabalho por áreas de interesse e com um esquema de planear-fazer-rever;
- Criar projetos que sirvam a comunidade e ainstiuição, consoante as necessidades e
interesses dos jovens.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e 5 minutos Responsável
Energizer Material
(quando necessário - Ver ficha de dinâmica
inserir Energizer) Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 minutos Responsável
Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Trabalho por Projetos
10 minutos
Planear o Tempo
1ª Fase – Os jovens de Trabalho Responsável
apresentam aquilo que Material
planeiam fazer em aula 25 minutos - Folhas Brancas A4
para a turma - Marcadores
2ª Fase – Juntam-se por Trabalho por -Esferográficas
grupos para realizar o grupos de projeto
-Lápis de Cor
projeto (o animador vai
dando apoio a cada grupo) Objetivos
- Promover o trabalho em grupo;
- Criar projetos que sirvam a comunidade e a turma,consoante as
necessidades e interesses dos jovens.
Avaliação do Dia Responsável
10 minutos Material
3ª Fase - Avaliam em - 1 Folha de Flipchart
grande grupo e - 1 post-it por participante
apresentam os progressos
Objetivos
e ideias
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.
RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Explicação [Trabalho por Projetos]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


Folhas Brancas A4 Esferográficas
Marcadores Flipcharts
2) PILARES UBUNTU
I Autoconhecimento
II Autoconfiança
III Resiliência
IV Empatia
V Serviço
autoconhecimento

“Aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros.”
Mahatma Gandhi

Mais do que uma autoanálise intelectual, o autoconhecimento implica o


reconhecimento interno de dinâmicas psicológicas e afetivas, de paixões e
motivações, de medos e sonhos. A experiência da Academia de Líderes Ubuntu
diz que o primeiro passo para uma verdadeira transformação de vida envolve
uma viagem interior: o conhecimento de si mesmo.
Para ajudar nesta viagem são propostos momentos de reflexão individual,
dinâmicas variadas e técnicas de storytelling, procurando facilitar a leitura e
integração positiva da história de vida de cada participante, ajudando a ajustar
a perceção que cada um tem de si próprio. Promove-se a consciência do eu
presente, das transformações e do crescimento pessoal, bem como a projeção
do eu futuro, identificando estratégias que permitam desenvolver o potencial
individual de cada participante. A consciência realista das forças e fragilidades
individuais é essencial, pois é aí que assenta qualquer processo de capacitação
e liderança.
PLANO DE SESSÃO

Temática | AUTOCONHECIMENTO | A minha Bandeira Ubuntu

Objetivos - Promover o autoconhecimento e a coesão grupal;


- Promover a empatia e a partilha entre participantes.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
A minha bandeira Ubuntu 35 Responsável
Parte II Material
(ver ficha de dinâmica) minutos - Bandeiras dos Participantes
- Bostik
Objetivos
- Promover a empatia
- Promover o autoconhecimento e a coesão grupal;
- Proporcionar a partilha entre participantes tendo como base a
Bandeira Ubuntu de cada um.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [A minha Bandeira Ubuntu]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


Folhas Brancas A4 Esferográficas
Marcadores Flipcharts
Lápis de cor
DINÂMICAS
A MINHA BANDEIRA UBUNTU

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica será desenvolvida em duas fases. Num primeiro momento, os
participantes serão convidados a fazer uma reflexão individual sobre as suas
características e a sua história. Esta reflexão será transformada numa bandeira,
deixando à criatividade de cada um a forma como deseja representar(-se) nela.
Numa segunda fase, serão convidados a partilhar com o grupo os aspetos mais
importantes que quiseram destacar e porquê, construindo-se uma bandeira de
turma com todas as bandeiras de cada aluno.

OBJETIVOS
- Promover o autoconhecimento e a coesão de grupo;
- Promover a representação gráfica da vida de cada participante;
- Desenvolver a comunicação e partilha.

MATERIAL
- Folhas A4 (1 por participante)
- Marcadores
- Lápis de cor
- Cola
- Tesouras
- Folhas A4 (várias cores)

VIDEO/MUSICA

O animador coloca uma música ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
FASE UM

1º PASSO O animador explica ao grupo a importância da bandeira, destacando que


geralmente representa um país e que carrega a sua história e identidade. Explica que
nesta dinâmica cada um é convidado a construir a sua própria bandeira a partir de
algumas perguntas que serão apresentadas.
Nota: Deve ser realçado que na construção da bandeira cada um pode fazê-lo através
de desenhos, símbolos ou palavras. Cada um deve-se sentir à vontade na sua
construção.

2º PASSO O animador entrega as perguntas de reflexão em papel a cada


participante ou projeta as mesmas para que todos possam visualizar. Os
participantes deverão, antes de iniciarem a construção da bandeira, procurar
responder às perguntas de reflexão.

Perguntas:
a. Qual a minha maior realização/sucesso até ao momento?
b. O que gostaria de mudar em mim?
c. Qual é a pessoa que mais admiro?
d. Em que atividade me considero muito bom?
e. O que mais valorizo na vida?
f. Quais as dificuldades e facilidades que encontro no trabalho em grupo?

3º PASSO Os participantes deverão representar graficamente (da forma que


entenderem) as respostas às perguntas.
O animador entrega uma folha A4 a cada participante e coloca os materiais
disponíveis (cola, lápis, marcadores...) no centro da sala para que cada um utilize
aquilo que precisar. A folha em branco simboliza a bandeira, que cada um deve
preencher da forma que entender.

4º PASSO Terminado o tempo, quando todos já tiverem construído a sua bandeira,


o animador pede a cada um que coloque o seu nome no verso, recolhendo de seguida
para serem utilizadas na sessão seguinte (fase dois).

FASE DOIS

1º PASSO Cada aluno apresenta à turma a sua bandeira – aquilo que escolheu
representar e a respetiva justificação (ou, se optarem por apresentar só um
elemento, poderão optar pelo que destacam mais e porquê). Têm aproximadamente
2 minutos para esta apresentação.

2º PASSO Depois de cada um apresentar a sua bandeira, cola-a num painel onde se
constrói a bandeira da turma (que é a soma de todas as bandeiras dos diferentes
elementos).

3º PASSO O animador convida a turma a observar a bandeira global e introduz a


reflexão (ver pistas).
REFLEXÃO
 Relembrar a importância de cada um como indivíduo, com as suas
características e história;
 Refletir sobre a bandeira da turma:
o Apesar de cada um ser um indivíduo completo, está intimamente
interligado com quem está à sua volta (que muitas vezes tem histórias
e características diferentes). É na relação com essas pessoas que se cria
comunidade, que é muito mais rica do que se existíssemos sozinhos.
o Contudo, em comunidade não perdemos (nem devemos perder) a
nossa identidade pessoal, que é essencial para a identidade de grupo
(pode-se fazer o exemplo de retirar uma folha e mostrar como o grupo
fica mais incompleto e pobre).
PLANO DE SESSÃO

Temática | AUTOCONHECIMENTO | MAPA DA REDE SOCIAL

Objetivos - Promover o autoconhecimento e um melhor conhecimento da rede de suporte social;


- Promover a reflexão sobre a identidade de cada participante.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Mapa da Rede Social 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folha A4 impressa com a imagem (ver material)
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover o autoconhecimento;
- Representação gráfica da rede de suporte social de cada participante.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Mapa da Rede Social]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4 com Impressão (ver material)
- Esferográficas - Marcadores
- Flipcharts - Lápis de cor
DINÂMICAS

OBJETIVOS
- Promover o autoconhecimento;
- Identificar as relações mais próximas e compreender como estas nos influenciam;
- Promover a reflexão sobre a qualidade das relações dentro dos diferentes
quadrantes da vida de cada um.

MATERIAL
- Folhas do Mapa da Rede Social para cada aluno
- Canetas ou lápis de cor

DURAÇÃO
25 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO Cada participante recebe uma folha com o Mapa da Rede Social (ver
anexo).

2º PASSO O animador explica o exercício: cada participante deve pegar numa


caneta/lápis e apontar, em cada um dos quadrantes, em cada círculo, as pessoas com
quem se relacionam (em casa, na escola, fora da escola, etc). No meio do círculo está
representada a própria pessoa. Quanto mais próximo colocar do centro, mais íntima
é essa pessoa; quanto mais longe do centro, menos íntima é. Devem assinalar as
pessoas nos quadrantes respetivos (família, amigos, comunidade, escola).

3º PASSO Os participantes deverão fazer este exercício individualmente e colocar o


nome no verso da folha. Quando completarem a sua rede, refletir com os
participantes sobre esta dinâmica em grande grupo (ver pistas de reflexão).

4ª PASSO Recolher e guardar os mapas de cada um para trazer na semana seguinte.

REFLEXÃO
 Foi fácil ou difícil colocar as pessoas nos lugares?
 Qual foi o quadrante mais difícil de preencher? E o mais fácil?
 Como é que acham que estas pessoas vos influenciam no dia-a-dia?
DINÂMICAS

OBJETIVOS
- Promover o autoconhecimento;
- Refletir sobre a rede social, sobre as diferentes funções que cada pessoa tem na
vida do participante;
- Promover a reflexão sobre a necessidade da interajuda e um olhar atento para
quem mais precisa de ajuda dentro da rede.

MATERIAL
- Folhas do mapa da rede social para cada aluno.
- Canetas ou lápis de cor

DURAÇÃO
25 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO O animador entrega a cada participante a sua folha do Mapa da Rede
Social (preenchida na sessão anterior).

2º PASSO Cada participante deve pegar em canetas/lápis de cor. São dadas (com
intervalos de 5 minutos entre cada) as seguintes instruções:
- Pintar de verde aquelas pessoas que estão sempre lá quando precisamos de
ajuda;
- Pintar de azul aquelas pessoas que nos dão bons conselhos;
- Pintar de amarelo aquelas pessoas que mais precisam do nosso apoio;
- Pintar de vermelho aquelas pessoas que sentimos que não nos fazem muito
bem;
- Fazer setas para deslocar as pessoas para ajustar onde gostavam que aquela
pessoa específica se encontrasse (por exemplo, trazer alguém para mais
próximo de nós ou afastar alguém – ver anexo 2 para exemplo visual).

3º PASSO Quando completarem a sua rede, refletir com os participantes sobre a


dinâmica (ver pistas de reflexão).

4ª PASSO Cada participante guarda o seu mapa e poderá levá-lo para casa.
REFLEXÃO
 Sinto que ajudo as pessoas que mais precisam de mim?
 Também costumo estar lá para as pessoas que sinto que estão mais perto?
 O que posso fazer para trazer para mais perto aquelas pessoas de quem
gostava de ser mais amigo/a?
DINÂMICAS
ANEXO 1
DINÂMICAS
ANEXO 2
PLANO DE SESSÃO
Temática | AUTOCONHECIMENTO | Quem Somos Eu?
- Aprofundar o conceito de identidade;
Objetivos - Promover o autoconhecimento;
- Desenvolver competências de comunicação;
- Promover a solidariedade e o respeito.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
QUEM SOMOS EU? 30 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Canetas e marcadores coloridos (se possível uma cor diferente para
cada participante)
- Uma folha de papel por cada participante
- Folhas A3 e marcadores
Objetivos
- Aprofundar o conceito de identidade;
- Promover o autoconhecimento;
- Desenvolver competências de comunicação;
- Promover a solidariedade e o respeito.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Quem Somos Eu?]
MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS
- Canetas e marcadores coloridos (se possível uma cor diferente para cada participante)
- Uma folha de papel por cada participante
- Folhas A3 e marcadores
- Flipcharts
- Post-its
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
O nome desta atividade não está errado - o objetivo é deixar alguma confusão e
mistério. Esta dinâmica pretende trabalhar o autoconhecimento e as questões da
identidade e dos valores de cada um. Recorre a momentos de reflexão individual e
a momentos de interação com os outros participantes, de forma a fomentar a
reflexão sobre as características individuais de cada um, mas também o
reconhecimento da existência de características e aspetos da identidade comuns.
Permite ainda refletir sobre a construção da identidade, distinguindo entre aspetos
que se constroem socialmente e outros que são inatos.

OBJETIVOS
- Aprofundar o conceito de identidade;
- Promover o autoconhecimento;
- Desenvolver competências de comunicação;
- Promover a solidariedade e o respeito.
MATERIAL
- Canetas e marcadores coloridos (se possível uma cor diferente para cada
participante)
- Uma folha de papel por cada participante
- Folhas A3 e marcadores

DURAÇÃO
30 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – O animador pede aos jovens que se juntem em pares e que, fingindo
que não se conhecem, se apresentem um ao outro;

2º PASSO – Em grande grupo, o animador pede aos participantes que reflitam sobre
o que é mais importante ou interessante de perguntar a alguém que não conhecem.
Podem partilhar categorias consideradas relevantes (por exemplo, nome, idade,
género, nacionalidade, família, religião, etnia, emprego/estudo, música,
passatempos, desporto, coisas de que gostam e de que não gostam, etc.);
3º PASSO – Explica-se que o objetivo agora consiste em descobrir o que têm em
comum com as outras pessoas na sala. Após distribuir folhas e canetas, o animador
pede que cada um desenhe uma representação da sua identidade (em forma de
estrela, por exemplo – ver Anexo), considerando 8 a 10 características importantes
da sua identidade.

4º PASSO – Os participantes devem comparar as suas estrelas e, sempre que


encontrarem alguém com quem partilham um raio, devem escrever o nome da
pessoa perto desse raio (por exemplo, se o João e a Ana partilham o raio “música”,
devem escrever o nome um do outro perto do raio). Esta tarefa pode demorar até
15 minutos.

5º PASSO – Em grande grupo, devem refletir sobre as categorias partilhadas. A


reflexão pode ser guiada pelas seguintes questões:

Que aspetos identificativos têm em comum e quais são exclusivos? As pessoas do


grupo são muito parecidas ou muito diferentes? Têm mais diferenças ou aspetos em
comum?

6º PASSO – No final da partilha, o animador deve procurar sistematizar os aspetos


da identidade com os quais as pessoas nascem e aqueles que as pessoas escolhem.

REFLEXÃO
 O que é que descobriram sobre vocês próprios? Foi difícil decidir quais as
características mais importantes da vossa identidade?
 Ficaram surpreendidos com os resultados da comparação das estrelas?
 Como é que se sentem em relação à diversidade do grupo? Esta diversidade
torna o grupo mais interessante ou dificulta o entendimento entre todos?
 Houve algum aspeto em que alguém tenha sentido necessidade de reagir e
de dizer: “Eu não sou”? Por exemplo, “Eu não sou fã de futebol”, “Eu não sou
fã de música techno”, “Eu não gosto de cães”, “Eu não sou homossexual”, “Eu
não sou cristão”.
 Como é que a identidade se constrói? Quais os aspetos que se constroem
socialmente e quais aqueles que são inatos e permanentes?
 Até que ponto as pessoas são julgadas pela sua identidade individual? E pelo
grupo em que estão inseridas?
 Até que ponto as pessoas são livres de escolher a sua identidade?

Adaptado de Compass - Manual para a Educação para os Direitos Humanos com jovens - Conselho da Europa, p.
332-334.
ANEXO
PLANO DE SESSÃO
Temática | AUTOCONHECIMENTO | O Peixe e o Mar

Objetivos - Promover a reflexão sobre a importância do autoconhecimento;


- Promover o autoconhecimento.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
O Peixe e o Mar 30 Responsável
Material
minutos - Uma cópia dos Anexos A e B por participante
- Uma folha branca A4 por participante
- Esferográficas
Objetivos
- Refletir sobre a importância do autoconhecimento.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [O Peixe e o Mar]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4
- Anexos A e B
- Esferográficas
- Flipcharts
- Post-its
O PEIXE E O MAR
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Através da leitura de um diálogo ficcional entre o peixe e o mar, esta dinâmica
pretende promover a reflexão acerca da importância de mergulharmos dentro de
nós próprios e de nos procurarmos conhecer cada vez melhor, apesar do
desconforto e das dificuldades implicadas.

OBJETIVOS
- Promover a reflexão sobre a importância do autoconhecimento;
- Promover o autoconhecimento.

MATERIAL
- Uma cópia do Anexo A e uma cópia do Anexo B para cada participante
- Uma folha de papel por cada participante
- Canetas

DURAÇÃO
30 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – O animador começa por relembrar a importância do autoconhecimento
e reconhece que, embora seja um pilar extremamente importante nas nossas vidas,
o processo de “mergulhar em nós próprios” implica coragem e força para lidar com
os medos e desconfortos.

2º PASSO – O animador entrega uma cópia do texto em anexo aos jovens e pede a
dois voluntários para fazerem a leitura do diálogo em voz alta para todos.

3º PASSO – É dado um tempo para que todos possam assimilar o texto e


compreender as suas principais mensagens. De seguida, o animador entrega a ficha
em anexo e explica que o exercício que se segue deve ser feito de forma individual
e honesta – esclarecendo que a ficha ficará para cada um, pelo que é importante que
sejam honestos na sua reflexão.

4º PASSO – Coloca-se uma música calma, que promova a introspeção requerida


neste momento.
5º PASSO – Após todos terem terminado, o animador convida os participantes a
partilharem com o grande grupo como se sentiram a fazer esta reflexão (reforçando
que não é necessário partilhar o que escreveram, mas sim como se sentiram). Pode
seguir as pistas de reflexão abaixo propostas.

REFLEXÃO

 “Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um dia as
ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não
morrer. Nunca tinha estado lá e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos
sei falar bem da superfície do mar...”
o Qual a metáfora presente neste texto? De que forma se relaciona com
as nossas vidas?
 Porque é tão difícil, mas tão importante “fechar os olhos, confiar e, sem medo,
deixar-me ir”?
ANEXO A

“Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.

- Fala-nos do mar - disseram-lhe.

- Dizem que é muito grande o mar - respondeu o peixe. - Dizem que sem ele
morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, só
conheço bem estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui
que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à
procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume
não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e
perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O
meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.

- Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?

- Creio que o sinto, às vezes, passar por minhas guelras. Umas vezes sinto-o, outras
não. Às vezes sinto-o, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e
fico a senti-lo. Isto tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou
louco por dar tempo ao mar.

- Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?

- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já
desceram ao fundo do mar. Quando os ouvi falar, percebi que não conheço o mar. Eu
nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um dia as ondas eramtão
fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não morrer. Nunca tinha estado
lá e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície domar...

- Foi mau, quando desceste? Por que voltaste à superfície?

- Não foi mau. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se lá fosse a
minha casa, como se ali estivesse inteiro.

- Porque não voltaste lá para o fundo? Por preguiça?

- Às vezes acho que é preguiça, outra vezes acho que é medo.

- Medo? Mas tu não disseste que era bom? Medo de que?

- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado.


Adquiri um certo estatuto para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos, tenho
a sensação de as controlar. Lá em baixo não sei bem o que pode acontecer. Estou
todo nas mãos do mar.

- Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?


- Não tive medo algum. Era tudo muito simples... E, no entanto, agora tenho medo...
Mas eu não cheguei ao fundo do mar! Apenas estive menos à superfície.

- E o que dizem os outros, os que lá estiveram?

- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para saber. E dizem que
não há nada mais importante na vida de um peixe.

- E explicam como se vai?

- Aí é que está. Explicam que não se chega lá por esforço, que só podemos fazer
esforço em nos deixar ir. Que só o mar nos leva ao mar.

Então, veio uma corrente mais forte que o fez descer. O peixe tentou lutar contra
ela com todas as forças que tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da
superfície, talvez para sempre... Mas depois, fechou os olhos, confiou e já sem medo
deixou-se ir.”
ANEXO B

 O Mar pode representar muitas coisas: a interioridade, o autoconhecimento,


nós próprios. Podemos manter-nos à tona, à superfície, numa zona de
conforto, “distraídos”, sem tomarmos riscos, sem coragem de descer fundo,
de nos conhecermos, de nos enfrentarmos, de nos reconstruirmos...
o Quantas vezes paro para me conhecer e confiar em mim,
verdadeiramente?
o Quais os meus medos?

 “Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?”


o Muitas vezes não conhecemos a nossa própria casa, não nos
habitamos, não nos centramos no que é verdadeiramente importante.
Quantas vezes andamos distraídos e focados em aspetos superficiais,
supérfluos, em coisas pequenas e sem importância?
autoconfiança

“Tudo parece impossível até que seja feito”


Nelson Mandela

Uma das consequências positivas do autoconhecimento, conduzido mediante


um olhar verdadeiro e humanizador, é o reconhecimento de forças e
potencialidades individuais.
A autoconfiança é aqui entendida como a convicção nas próprias capacidades
para atingir ou realizar um determinado objetivo. Com humildade, tomar
consciência das características individuais e do seu valor intrínseco, para as
colocar ao serviço da comunidade.
Como nos diz John Volmink, a autoconfiança fala de foco e de coragem: foco
no caminho que se quer trilhar e coragem para, apesar dos obstáculos, das
críticas, das dificuldades, trilhá-lo. A autoconfiança é fortalecida na medida em
que, dotado de estratégias, cada um se reconheça capaz de atingir os objetivos
e metas a que se propõe, cumprindo o seu desígnio no serviço ao outro.
Trabalha-se para que os participantes recusem narrativas de resignação e
autovitimização, recordando-lhes que são autores da sua própria história - “Eu
sou o senhor do meu destino, eu sou o capitão da minha alma” (William Ernest
Henley – Invictus).
PLANO DE SESSÃO

Temática | AUTOCONFIANÇA | SWOT


- Promover a autoconfiança;
Objetivos - Promover a reflexão sobre as características que potenciam o desenvolvimento e as que
constrangem.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
SWOT (Forças, Fraquezas, 35 Responsável
Oportunidades e Ameaças) Material
(ver ficha de dinâmica) minutos - Folhas com a Matriz SWOT (ver material)
- Esferográficas
Objetivos
- Promover a autoconfiança;
- Representação das características de cada um enquadradas em
quatro categorias.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [SWOT]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas com a Matriz SWOT
- Esferográficas - Marcadores
- Flipcharts - Lápis de cor
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO

Esta dinâmica, a Análise SWOT, é uma das melhores ferramentas estratégicas para
se identificar e visualizar de forma mais ampla as diferentes características de uma
determinada pessoa ou organização.
A palavra SWOT é uma sigla em inglês para as palavras Strengths, Weaknesses,
Opportunities e Threats. Em português SWOT pode ser traduzido como Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Esta matriz facilita a visualização destas
quatro características e permite, através da sua análise, uma maior consciência do
valor pessoal e daquilo que ainda se pode fazer para melhorar. Desta forma,
consegue-se trabalhar com os participantes a visão que têm sobre si e os recursos
que têm disponíveis.

OBJETIVOS
- Promover a autoconfiança;
- Identificar as virtudes, fraquezas, oportunidades e ameaças pessoais e como
podemos trabalhar a partir delas;
- Promover a reflexão sobre a noção de autoconfiança e autoconsciência.

MATERIAL
- Folhas com a matriz SWOT
- Canetas ou lápis de cor

DURAÇÃO
30 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO Cada participante recebe uma folha com a matriz SWOT por preencher
(ver materiais).

2º PASSO O animador explica o sentido de cada um dos quadrantes (podendo


também escrever no quadro antes de começar a dinâmica):
 Forças: são os nossos “pontos fortes” (competências, talentos, habilidades…).
Todas elas nos podem ajudar a crescer como pessoas e a tornarmo-nos
melhores. Para orientação podem ser colocadas questões
como “Quais são as minhas maiores qualidades, dons e talentos?”; “Quais são
as características que sinto que são aquilo que me faz ser diferente dos
outros?”;
 Fraquezas: são os “pontos fracos” - todas as características que nos
enfraquecem, limitam o nosso crescimento e fazem com que não nos
tornemos melhores pessoas. Podem ser colocadas questões como “Quais são
as atitudes que tenho que me prejudicam?”; “O que é que faz com que me
sinta desconfortável comigo mesmo?”;
 Oportunidades: são os aspetos da vida em que sentimos que podemos
melhorar, crescer, porque sabemos que podemos fazer diferente. Podem ser
colocadas questões como: “Onde é que sinto que posso ser ainda melhor? Em
casa, com os amigos, na escola?”; “Quem é que me pode ajudar a ser melhor?
E o que é que essa pessoa me diz para fazer?”;
 Ameaças: tudo aquilo que, sabendo que é difícil de mudar, se deve evitar
(como, por exemplo, comportamentos, ideias…). Podem ser colocadas
questões como “Quais são as coisas que sinto que não consigo mudar e que
não me fazem bem?”; “Quais são as coisas que me fazem sentir menos feliz?”.

3º PASSO Pedir aos jovens que preencham a sua matriz com as características.

4ª PASSO Fazer uma reflexão final com os jovens sobre o preenchimento da matriz.

REFLEXÃO
 Foi fácil ou difícil preencher a matriz?
 Qual foi o quadrante mais difícil de preencher? E o mais fácil?
 Quais foram as ideias concretas que surgiram para poder melhorar? E quais
os comportamentos que devem evitar?

2
DINÂMICAS

FORÇAS (Quais são os teus pontos fortes, talentos, FRAQUEZAS (Quais são os pontos a serem melhorados,
qualidades?) principais defeitos ou dificuldades?)

OPORTUNIDADES (Que oportunidades existem para AMEAÇAS (Quais são as situações em que sentes que as tuas
aproveitar estas qualidades?) fraquezas é que “comandam”?)
PLANO DE SESSÃO

Temática | AUTOCONFIANÇA | O Melhor de Mim

Objetivos - Promover o autoconhecimento e a autoconfiança;


- Promover a reflexão sobre a identidade de cada participante e como podem melhorar.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
O Melhor de Mim 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas Brancas A4
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover o autoconhecimento e a autoconfiança;
- Refletir sobre a melhor versão individual e como lá chegar.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [O melhor de mim]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4
- Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
DINÂMICAS
O MELHOR DE MIM

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica procura, através da escrita e de um exercício de reflexão pessoal,
consciencializar os participantes para a melhor versão de si mesmos, estimulando a
identificação das qualidades de cada um e as oportunidades para as pôr a render,
bem como a definição de estratégias concretas para lá chegar.

OBJETIVOS
- Promover o autoconhecimento e a autoconfiança;
- Promover a consciência da sua própria melhor versão e como alcançá-la;
- Desenvolver um diálogo interno construtivo e positivo.

MATERIAL
- Folhas A4 (1 por participante)

- Marcadores / Esferográfica

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música
ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO

1º PASSO O animador explica ao grupo a existência, dentro de nós, de um potencial


enorme de crescimento – que corresponde à diferença entre quando dou o melhor
de mim e quando não dou. Pode haver uma pequena reflexão e partilha em grupo
inicial sobre características que permitem que sejamos melhores e como trabalhá-
las.
 Que características acham que vos podem ajudar a serem melhores?
 Como é que se trabalham essas características?
2º PASSO O animador entrega as folhas a cada aluno. É-lhes pedido que escrevam
uma carta como se fossem a melhor versão deles próprios (assinar O melhor de mim)
dirigida à pessoa que eles são quando estão a usar o mínimo possível do seu potencial
(quando estão “no pior”). A carta deve procurar incluir, com um discurso construtivo e
positivo:
 As coisas que limitam o potencial;
 As coisas que mais potenciam;
 Estratégias para “o pior” se tornar no melhor;
 Situações concretas em que seja claro que é preciso mudança.

3º PASSO Caso todos os jovens acabem a carta antes de tempo, pode-se pedir que
se juntem em pares e reflitam sobre o que estiveram a escrever (ver reflexão). Os
participantes deverão levar a carta consigo.

REFLEXÃO
 Facilidade/dificuldade em escrever e pensar sobre o potencial de uma forma
concreta;
 Refletir sobre as situações concretas e as estratégias pensadas para
aumentar o seu potencial.
resiliência

“As dificuldades preparam pessoas comuns para destinos extraordinários”


C. S. Lewis

A superação de obstáculos é um desafio universal, diário e inevitável.


A resiliência concretiza-se pela capacidade de transformar estas mesmas
adversidades em oportunidades de crescimento. As dificuldades, sejam elas
grandes ou pequenas, simples ou complexas, desafiam cada um a superar-se,
vencer, perseverar e crescer. A capacidade de transformar obstáculos em
oportunidades, ultrapassando-os de forma saudável, construtiva e
acompanhada e não se deixando vencer pelo desânimo ou pelo desespero,
surge como dimensão central a potenciar durante o processo formativo da
Academia de Líderes Ubuntu. A resiliência permite olhar para os contratempos
com a certeza de que, depois de ultrapassados, fortalecerão a capacidade de
lutar pelos objetivos e sonhos que movem cada um. Assim, cada desafio ou
dificuldade que se enfrenta com êxito fortalece a vontade, a confiança e a
capacidade de vencer as adversidades futuras.
PLANO DE SESSÃO

Temática | RESILIÊNCIA | Testemunho Ubuntu

Objetivos - Promover a resiliência através da identificação e reflexão sobre a vida de um convidado;


- Promover o diálogo, fomentar a escuta ativa e trabalhar a aprendizagem por role models.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos Responsável


Participantes e Energizer 5
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica 5
Responsável
Revendo minutos
Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Testemunho Ubuntu 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Cadeira para o convidado
Objetivos
- Promover a resiliência e empatia;
- Escuta ativa e reflexão sobre a vida do convidado.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Testemunho Ubuntu]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
PARTILHA

TESTEMUNHOS

OBJETIVOS
- Desenvolver competências de empatia e escuta ativa;
- Sensibilizar para o impacto da narrativa da própria história de vida;
- Promover o contacto com líderes servidores da comunidade e conhecer a sua
história de vida;
- Evidenciar que é possível ser resiliente e capaz de ultrapassar obstáculos, mesmo
em contextos difíceis.

MATERIAL
Nenhum

DURAÇÃO
35 minutos

PREPARAÇÃO
- Conhecer a história de vida do convidado para estar devidamente enquadrado para
a conversa/diálogo com ele(a);
- Enquadrar o convidado sobre a Academia de Líderes Ubuntu e características
essenciais do método Ubuntu e sobre o que é esperado da sua intervenção;
- Preparar algumas questões orientadoras para a conversa, de interesse para o
contexto do tema do seminário e para o testemunho Ubuntu.

DINAMIZAÇÃO
A aprendizagem por role models é uma metodologia essencial no processo formativo.
Poder escutar o testemunho de vida de uma pessoa concreta, que enfrentou desafios
reais e construiu um caminho de crescimento, serviço e resiliência, torna-se um
veículo importante de aprendizagem e inspiração.

Pretende-se que a partilha do testemunho esteja alinhada com o tema da resiliência.

Neste âmbito, torna-se fundamental e mais rica a oportunidade de contar com a


presença de convidados locais que partilhem o seu testemunho de vida pessoal.

De forma genérica, prevê-se o seguinte modelo de dinamização do momento de


partilha:
O convidado deve ser colocado no centro do grupo, de forma próxima, e deve ser
acompanhado pelo animador.

Os animadores deverão apresentar brevemente o convidado, de forma a enquadrar


a sua presença e a partilhar alguns detalhes relevantes da sua história de vida. O
convidado inicia, posteriormente, a sua intervenção (cerca de 20 minutos).

Seguidamente, os participantes poderão colocar questões e fazer comentários à


partilha inicial.

O animador modera a conversa e, se necessário, por ausência de perguntas ou por


ser necessário clarificar algum ponto, podem também colocar questões (cerca de 20
minutos).

Pretende-se, como resultado final, que os participantes se sintam inspirados com esta
partilha e se sintam motivados a dar o melhor de si.
PLANO DE SESSÃO

Temática | RESILIÊNCIA | Human – Excerto


- Promover a reflexão através de um excerto do filme Human;
Objetivos - Promover a reflexão sobre a resiliência e sobre como os obstáculos, por vezes, nos tornam
mais fortes.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Human - Excertos 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas Brancas A4
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover a resiliência e a reflexão;
- Visualização do excerto e reflexão individual e em grupo.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.
RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Human - Excerto]
- Excerto Human (Samuel – Rep. Democrática do Congo) [https://www.youtube.com/watch?v=6w56VvwHKog]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4
- Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
DINÂMICAS
HUMAN – Excerto Samuel

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica tem por base um excerto do documentário Human, de Yann Arthus-
Bertrand. O excerto é uma entrevista a Samuel, um rapaz do Congo, que perdeu a
sua mãe. Ao longo do excerto, relata que a primeira vez que passou a noite fora não
fez mais do que chorar, que o queimaram enquanto dormia, que lhe roubaram os
seus sapatos e que rasgaram as suas roupas. Samuel conclui, na parte final do
excerto, que a instituiçãorepresenta a sua única esperança de mudar a sua vida.
A ideia é que, através da visualização deste excerto, os jovens possam refletir sobre
a resiliência, o ultrapassar obstáculos e como se pode utilizar os ensinamentos do
sofrimento para criar um propósito de vida.

OBJETIVOS
- Promover a reflexão sobre a resiliência e a criação de propósito;
- Promover o debate sobre as ideias apresentadas no excerto;
- Desenvolver a capacidade de aprendizagem através de role models.

MATERIAL
- Excerto Human – Samuel, República Democrática do Congo (link:
https://www.youtube.com/watch?v=6w56VvwHKog)

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos
DINAMIZAÇÃO

FASE UM

1º PASSO O animador mostra o excerto escolhido, alertando para que os jovens


estejam atentos ao que o Samuel diz e que tirem notas das ideias que mais chamarem
à atenção.

2º PASSO No final do filme, não começar logo a falar, deixar um tempo para os
jovens interiorizarem o que viram.

3º PASSO Depois disso, refletir em grande grupo sobre aquilo que mais tocou os
jovens: quais foram as ideias que ficaram do filme e do que o Samuel disse.

4º PASSO Orientar a discussão para as questões da resiliência: Como é que se vê a


resiliência no Samuel? Como é que acham que os obstáculos dele se transformaram
em potencialidades?

REFLEXÃO
 Relembrar a importância de cada um como indivíduo, com as suas
características e história, nomeadamente com a sua história de vida e os seus
obstáculos;
 Refletir sobre a ideia de como os obstáculos se podem transformar em
oportunidades;
 Refletir sobre a resiliência, como é que se vê resiliência no Samuel e em que
é que isso inspira os jovens a agir nos seus contextos;
 Refletir sobre a importância e a oportunidade que é ir à escola.
empatia

“Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo
refletido nos olhos dele”
Carls Rogers

A empatia sintetiza a capacidade de ver e entender o mundo através do ponto de


vista do outro. Implica estar disponível para reconhecer a outra pessoa na sua
singularidade, para se colocar no lugar do outro. Cada participante é convidado
a desenvolver a competência de se descentrar, tornando-se mais capaz de
compreender, de escutar o outro, de sentir com o outro numa dinâmica de
encontro e construção positiva.
Neste sentido, é fundamental promover o encontro, aproximar realidades,
desconstruir preconceitos e combater o individualismo. É através do encontro
e da relação que a compreensão, a aceitação e o respeito surgem, mediante as
diferentes formas de percecionar, ver e significar a realidade. Assim, pretende-
se que cada um possa entender a essência Ubuntu, na medida em que nos
tornamos mais humanos quando nos aproximamos e deixamos completar pelo
outro. A empatia é “a arte de se colocar no lugar do outro para transformar o
mundo” (Krznaric).
PLANO DE SESSÃO

Temática | EMPATIA | Calçar os sapatos do outro


- Promover a empatia e o exercício de ver o mundo com os olhos de outra pessoa;
Objetivos - Promover a reflexão sobre a forma como tiramos conclusões precipitadas que muitas vezes
não têm correspondência com a realidade.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Calçar os Sapatos do Outro 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Powerpoint (ver material)
- Marcadores
- Folha Branca A4

Objetivos
- Promover a empatia e a identificação com outros;
- Reflexão sobre julgamentos precipitados.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Calçar os Sapatos dos Outros]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


Powerpoint
Computador Projetor
Esferográficas Flipcharts
DINÂMICA

OBJETIVOS
- Promover a empatia e a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro;
- Incentivar a capacidade de reflexão e o espírito crítico;
- Promover a criatividade, a partilha e a capacidade de comunicação.

DURAÇÃO
- 35 minutos
5 minutos – Apresentação da dinâmica
10 minutos – Reflexão individual
5 minutos – Leitura das histórias de cada personagem
15 minutos – Reflexão em grande grupo

FOLHA DE DINÂMICA
Ver PowerPoint com imagem e história das personagens.

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – O Animador explica em grande grupo os objetivos da dinâmica e o seu
modo de funcionamento. São projetadas as imagens das personagens com alguma
informação sobre cada uma (1º slide do PowerPoint);

2º PASSO – É atribuída uma fotografia de uma das personagens a cada aluno;

3º PASSO – Cada participante tem, individualmente, de descrever a vida daquela


personagem da forma mais completa possível. Podem ser colocadas as seguintes
questões:

Como foi a sua infância? Adolescência? Juventude? Vida adulta? Quais foram os momentos
mais marcantes na vida desta pessoa? O que a faz feliz? E infeliz? Quais os seus medos? E
vitórias? Pontos fortes e fracos? O que faz nos tempos livres? Qual é a sua ocupação? Estudou?
Trabalhou/trabalha? Tem família? Quais são os seus valores? O que a define?
4º PASSO – Em grande grupo explica-se/lê-se a história real de cada uma das
personagens.

5º PASSO – Reflexão em grande grupo sobre a diferença da história criada vs.


história real e impacto nos participantes. A reflexão pode ser guiada pelas seguintes
questões:

Como se sentiram? Como decorreu este exercício de construção da história para


as vossas personagens?

Depois de terem construído as histórias para cada uma das personagens, como se
sentiram a ouvir a história real de cada uma delas? A história que criaram foi
muito diferente? Foi semelhante?

Em que medida é que podemos trabalhar, com este exercício, a empatia? E a


construção de pontes?

Como podemos transpor esta dinâmica para a nossa vida quotidiana?

6º PASSO – No final da partilha, o animador deve procurar sistematizar as principais


ideias partilhadas, recordando, uma vez mais, que um dos objetivos da dinâmica
estava relacionada com a promoção da empatia e capacidade de nos colocarmos no
lugar do outro. A partir de um imaginário de histórias, cada participante foi
convidado a imaginar a vida da personagem que lhe foi atribuída, considerando os
seus próprios referenciais. Nesse sentido, para construir novas oportunidades de
diálogo e de construção de pontes, importa que tenhamos a capacidade de nos
colocarmos no lugar do outro e, a partir daí, tenhamos a capacidade para melhor
entender o que o outro sente e vive.
Malia Ann,

1998 Bhoye Diallo,


nascido em 2001 na Guiné-Conacri

Theodore
Robert,

Iris Adler,
nascida em 1987 em Israel
Bhoye Djaló nasceu na Guiné Conacri em 2001. Perdeu o pai aos 13 anos e essa perda foi-lhe muito difícil de
suportar.

Passados uns anos foi com sua mãe tentar a sorte na vizinha Guiné Bissau, mas não correu bem. Voltaram ao
país natal, que vivia uma crise social e política muito grave.

Bhoye percebeu que tinha de fazer algo e, sem avisar ninguém, apanhou um autocarro para o Senegal.
Permaneceu aí 3 meses e confrontou-se com muitas dificuldades, então continuou em direção à Mauritânia.
Lá, a única oportunidade para estudar era na instituiçãocorânica, conhecimentos que já tinha, e por isso
decidiu continuar e atravessar o deserto do Sahara em condições muito duras e difíceis. Andou pelo deserto
numa carrinha de caixa aberta, com mais de 20 pessoas sentadas umas em cima das outras. O espaço era
muito pequeno e a posição em que estavam sentados era muito desconfortável, cansativa e dolorosa. Sabiam
que se alguém caísse da camioneta, o motorista não pararia e ficariam entregues a eles mesmos. À fome, à
sede, à morte.

Conseguiu, apesar das dificuldades, chegar a Marrocos. Descobriu o racismo pelas mãos dos árabes
marroquinos. As crianças atiravam-lhe pedras e insultavam-no, só por causa da sua cor da pele. Faziam isso
com todas as pessoas que tinham a pele negra.
Mas o seu sonho continuava presente e continuou o caminho. Acabou por tentar atravessar o mar – de
Tanger para a Espanha – num barco de contrabandistas. Foi uma viagem muito difícil. Eram 48 pessoas e
Bhoye Diallo um bebé num barco insuflável. Nesta travessia, perderam uma jovem de 15 anos por ter caído ao mar.
Nascido em 2001
na Guiné-Conacri Chegou a Espanha. Queria viver num país onde o respeitassem. Pesquisou na internet, e Portugal aparecia
como um dos países que melhor recebia os migrantes. Chegou a Portugal.

Voltou a estudar e fez a Academia de Líderes Ubuntu em 2019. Hoje é formador Ubuntu.
Malia Obama nasceu em 4 de julho de 1998 em Chicago, Illinois, EUA como Malia Ann Obama.

Malia Ann Obama é a filha mais velha de Michelle e Barack Obama, que foi presidente dos Estados
Unidos entre 2009 e 2017.

Malia e sua a irmã mais nova, Sasha, frequentaram as Escolas Laboratoriais da Universidade de Chicago,
em Chicago. Ela e a irmã começaram a frequentar a Sidwell Friends School em janeiro de 2009, depois da
sua família se ter mudado para Washington, D.C., para a posse do seu pai.

Em 2012, o seu pai foi reeleito para um segundo mandato de quatro anos como presidente e permaneceu
no cargo até ser sucedido por Donald Trump, a 20 de janeiro de 2017. Malia Obama tinha18 anos quando
seu pai terminou seu segundo mandato. Ela terminou o Ensino Secundário em maio de 2016; nesse mesmo
Malia Ann mês, a Casa Branca anunciou que Malia iria para a Universidade de Harvard a partirdo outono de 2017.
Nascida em 1998
Antes disso, Malia fez um ano sabático antes de começar a escola. "O ano sabático de Malia incluiu uma
nos EUA viagem prolongada à Bolívia e ao Peru em 2016”. Em janeiro de 2017, trabalhou como estagiária do
produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

Chegou a Cambridge, Massachusetts, em agosto de 2017 para começar seus estudos em Harvard, que
deverá concluir em 2021.
“Os meus pais nasceram em Antuérpia e sentiam-se judeus e extremamente envolvidos, até mesmo
enamorados, com a cultura europeia - uma cultura que os atraía. O meu pai assumiu um compromisso de
fazer a coisa certa e, em 1940, isso significava lutar pela Bélgica e contra os nazis. Ele foi levado
prisioneiro de guerra, não como judeu, mas como soldado do exército belga derrotado, que lutou por 18
dias antes de se render. Quando os canhões nazis foram ouvidos nos arredores de Antuérpia a 10 de
maio de 1940, o meu pai estava no exército como reservista, e a minha mãe, extraordinariamente bela
de 27 anos, com o seu bebé de um ano de idade (eu) saiu naquele mesmo dia. O carro dirigido pelo meu
tio Abraham Friedman e foi preenchido também com a sua esposa Irene, os meus primos Claudine e
Nadine, e os seus pais Simon e Bluma Friedman.

Uma das histórias que a minha mãe me contou foi como ela escapou por França até chegar a Portugal -
carregando apenas um bebé (eu) e duas fraldas.
"E tu, Rachel", ela dizia com orgulho não disfarçado, "nunca tiveste nem uma assadura!". Um conto
aparentemente insignificante, mas eu fico maravilhada quando penso na ternura, na devoção, no
esforço necessário, num estado de quase fome e na falta de instalações, para me manter limpa e seca – dia
após dia para lavar uma fralda na beira da estrada, onde o som de artilharia e o tiroteio dos aviões
poderia ser ouvido, enquanto toda a família dormia em igrejas sobrelotadas ou à beira do caminho.
Rachel Friedman
Nascida em 1939 na Os meus pais chegaram a Portugal separadamente. Cerca de um mês depois de fugir de Antuérpia, a minha
mãe e eu fomos designadas para uma maravilhosa família da Figueira da Foz, do Capitão Manuel Nunez
Bélgica
de Oliveira, que tratou a minha mãe e a mim, e o meu pai, mais tarde, quando nos reunimos, como se
fossemos parentes deles. O meu pai, depois de escapar da morte certa nas mãos dos seus sequestradores
nazis, chegou a Portugal alguns meses depois de nós.
Os meus pais e a família Oliveira mantiveram correspondência nos vinte anos seguintes. Deixámos
Lisboa em janeiro de 1941 num dos últimos barcos civis.”
A família Friedman obteve vistos concedidos por Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Bordéus.
Conhecido por Ted Bundy, nasceu em 1946 e morreu em 1989. Foi um assassino em série
americano que sequestrou, violou e matou várias mulheres, jovens, na década de 1970.

A sua mãe tinha 22 anos quando Ted nasceu e não se sabe quem foi o seu pai. O seu apelido foi-lhe
dado pelo seu padrasto.
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Washington em 1972, onde chegou a estar no
quadro de honra. Um ano depois, matriculou-se na Universidade de Direito de Seattle, mas não
acabou o curso. Foi nesta altura que Ted Bundy se tornou serial killer nas horas vagas. Saltou de
estado em estado e assassinou mais de 30 mulheres nos EUA, entre a Califórnia, Colorado, Florida,
Idaho, Oregon, Utah e Washington, mas raramente deixava rasto.
Bundy foi apanhado, preso, mas conseguiu fugir duas vezes, tendo acabado por ser apanhado. Na
segunda vez ainda teve tempo para matar mais duas jovens.

O mediatismo do caso fez com que no julgamento de Ted estivessem presentes jornalistas de
todos os estados americanos e de 9 países estrangeiros. Foi nesta altura que as autoridades dos
outros estados norte-americanos onde havia mortes do mesmo género começaram a suspeitar de
Theodore Robert Bundy Ted Bundy. Para além das provas do carro e dos cartões de crédito, Bundy criou uma ”imagem de
Nascido em 1946 nos marca” nos assassínios: deixava dentadas nos corpos das estudantes mortas. As autoridades
EUA emitiram um mandato para analisar a forma dos dentes de Ted e conseguiram uma amostra que
correspondia às mordidas nos corpos das jovens – e que foi a prova decisiva para a acusação.

No dia 24 de julho de 1979, o júri, composto por 12 pessoas, analisou o caso durante quase 7 horas
e considerou Theodore Bundy culpado pelos homicídios de Margaret Bowman e Lisa Levy e de
outras três tentativas de assassínio. Ted foi condenado à pena de morte em cadeira elétrica e ficou
na prisão até ao dia da execução.
Foi morto em 1989, não sem antes ter engravidado na prisão a sua namorada de então.
A Dra. Iris Adler, de 32 anos, é médica voluntária da IsraAID, uma organização não governamental e sem
fins lucrativos que presta socorro em desastres e dá ajuda de longo prazo a refugiados que, todos os
dias, cruzam o Mar Egeu da Turquia para a Grécia.

Em 14 de outubro de 2015, um bebé de oito meses tinha-se afogado no dia anterior a caminho de Lesbos e
foi enterrado na ilha. Depois do funeral, a Dra. Iris Adler, que passou o dia com a mãe enlutada, voltou ao
trabalho, dando assistência médica a Hanan - uma mãe síria que deu à luz um lindo bebé (Ahmed) na praia,
logo após descer do barco. Como ela chegam diariamente centenas de refugiados àquela praia.

Para os sírios, iraquianos, afegãos e paquistaneses, que compõem a grande maioria dos que chegam a
Lesbos, ter israelitas como primeiro contato na Europa pode ser muito estranho e inesperado.

“Antes de vir aqui, preocupava-me com a possibilidade de os refugiados dos países árabes se sentirem
desconfortáveis na minha presença, porque eu sou de Israel. Mas fiquei surpresa com o quão positivamente
eles responderam. Quando expliquei de onde sou, muitos deles me abraçaram e ficaram felizes", diz Adler.

Iris Adler Quando Hanan deu à luz Ahmed com a ajuda do Dra. Iris Adler, a tensão entre os palestinos e os
Nascida em 1987 em israelitas estava alta em Jerusalém com muita violência, mas em Lesbos todos estavam a trabalhar em
Israel harmonia para dar uma oportunidade na vida a um bebe refugiado.
“Um bebé sírio, nascido na praia de Lesbos, foi recebido neste mundo por uma médica israelita e levado em
segurança por um refugiado iraquiano. Nenhuma das pessoas que chegou à praia na semana passada se
preocupou com as nossas nacionalidades. Eles estavam felizes por terem aqui pessoaspara
as receber e para cuidar deles. Aqui o ódio não é bem-vindo. Existe outra forma de estarque nós
mostramos, juntos, nas praias de Lesbos, aqui na Grécia”.
PLANO DE SESSÃO

Temática | EMPATIA | Libório


- Promover a empatia;
Objetivos - Promover a reflexão sobre o facto de termos uma visão reduzida das pessoas que estão à
nossa volta e que somos muito rápidos a “catalogar” pessoas.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Libório 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Powerpoint (ver material)
- Marcadores
- Folha Branca A4

Objetivos
- Promover a empatia e a identificação com outros;
- Reflexão sobre as pessoas serem mais do que aquilo que vemos.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Libório]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folha A4 Branca
- Esferográfica / Marcador
- Flipcharts
DINÂMICAS
LIBÓRIO

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica tem como objetivo a reflexão sobre a forma como olhamos para quem
nos rodeia e como, muitas vezes, absolutizamos características e não temos a
capacidade de olhar para a pessoa como um todo. A dinâmica foi criada num
contexto de um hospital psiquiátrico, de forma a desenvolver a reflexão de que a
pessoa não é a doença - é muito mais para além disso.

OBJETIVOS
- Promover a empatia;
- Promover a consciência de que fazemos julgamentos muitas vezes errados e
injustos;
- Promover a consciência de que cada pessoa é muito mais do que só as
características que lhe atribuímos;
- Desenvolver a comunicação e partilha.

MATERIAL
- 1 Folha A4
- 1 Marcadores

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
FASE UM

1º PASSO O animador pinta na folha branca, de forma a que se veja bem, uma
mancha de tinta. Apresenta a folha dizendo que se chama Libório.

2º PASSO O animador pergunta a cada um dos participantes o que está a ver. Tem
de passar por todos (todos respondem). Não deve dar feedback se a resposta está
certa ou errada, deve apenas aceitar e passar a palavra.
3º PASSO Depois de terem todos respondido, o animador amachuca a folha e volta
a esticá-la (para ficar com vincos) e faz o mesmo exercício: todos respondem à
pergunta do que é que estão a ver.

4º PASSO Terminada a tarefa, quando todos já tiverem respondido, o animador


reflete em grande grupo sobre o que aconteceu:

 A maioria dos jovens responderá que o que viu foi uma mancha e uma folha
amachucada, ainda que esta tenha sido apresentada como Libório;
 A folha representa a pessoa, tudo aquilo que ela é, as características boas e
menos boas;
 A mancha representa os defeitos, a parte menos boa da pessoa;
 Os vincos representam aquilo que a pessoa viveu, as vezes em que se
magoou, a história que tem e os comportamentos que tem devido a essas
experiências.

A reflexão deve então ser neste sentido: muitas vezes estamos tão atentos às
“manchas” e aos “vincos” das pessoas à nossa volta que nos esquecemos que elas
são, na verdade, na sua essência, uma “folha” - ou seja, uma pessoa. São, portanto,
muito mais do que só aquelas características menos boas que lhes atribuímos (e
parece que somos cegos a essa realidade).

REFLEXÃO
 Relembrar a importância de olhar para cada pessoa como Pessoa, não reduzir
a sua existência a um defeito, uma doença, uma característica menos boa.
 Pistas para ajudar à reflexão:
o Pensem nas pessoas de quem não gostam / acham que são más. Já
pensaram que podem estar a olhar para uma pequena parte dessa
pessoa e não a pessoa por si só?
o Sentem que são mais rápidos a ver o que a pessoa é boa a fazer ou
as coisas más?
o Conseguem lembrar-se, nas vossas relações, que a pessoa é muito
mais do que aquilo que mostra?
PLANO DE SESSÃO
Temática | EMPATIA | Requerimento de Asilo
- Promover a empatia;
Objetivos - Desconstruir as ideias do preconceito;
- Promover a solidariedade e o respeito.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Dinâmica
Requerimento de Asilo 50 Responsável
(ver ficha de dinâmica)
minutos Nota: esta dinâmica inicia-se sem a realização de qualquer acolhimento.
Material
- Uma cópia do “Requerimento de Asilo” por cada participante
- Uma caneta por cada participante
Objetivos
- Promover a empatia;
- Desconstruir as ideias do preconceito;
- Promover a solidariedade e o respeito.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Requerimento de Asilo]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Uma cópia do “Requerimento de Asilo” por cada participante
- Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
- Post-its
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
A dinâmica “Requerimento de Asilo” é uma simulação das dificuldades pelas quais
as pessoas refugiadas passam quando pretendem regularizar a sua situação num
país estrangeiro. Aborda questões com que todos nós nos podemos deparar quando
chegamos a locais desconhecidos, como a superação de barreiras (nomeadamente
linguísticas), as frustrações e fatores emocionais que temos de experienciar e as
questões da discriminação associadas.

OBJETIVOS
- Promover a empatia;
- Desconstruir as ideias do preconceito;
- Promover a solidariedade e o respeito.

MATERIAL
- Uma cópia do “Requerimento de Asilo” por cada participante
- Uma caneta por cada participante

DURAÇÃO
50 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – O animador deve deixar os participantes chegarem e sentarem-se, mas
não os deve cumprimentar, fingindo não dar conta da sua chegada. Não se deve
comentar o que vai acontecer;

2º PASSO – Após alguns minutos, o animador distribui uma cópia do requerimento


de asilo e uma caneta a cada participante;

3º PASSO – Apenas se deve dizer aos jovens que têm cinco minutos para preencher
o formulário, ignorando todas as perguntas. Se for necessário comunicar, o
animador deve usar outra língua (ou uma língua inventada) e usar gestos, mas
mantendo a comunicação no mínimo – o trabalho do animador é apenas distribuir os
formulários e recebê-los de volta. A comunicação com os participantes é feita de
forma sintética e com afastamento (por exemplo, “Está atrasado. Aqui está o
formulário. Preencha-o. Tem apenas alguns minutos”).
4º PASSO – Passados os cinco minutos, o animador recolhe os formulários sem sorrir
e sem estabelecer qualquer tipo de contacto pessoal.

5º PASSO – O animador deve chamar um nome que conste nos formulários


preenchidos e pedir a essa pessoa que se identifique. Deve olhar para o formulário
e comentar a forma como este está preenchido, tendo em atenção as perguntas não
respondidas (por exemplo, “Não respondeu à questão 5” ou “Estou a ver que
respondeu ‘não’ à questão 6. Requerimento recusado”). O debate deve ser evitado,
passando-se de imediato à pessoa seguinte e repetindo o processo várias vezes, até
que os participantes percebam o que está a acontecer (não sendo necessário rever
todos os requerimentos).

6º PASSO – No final, o animador deve abandonar este papel e promover a reflexão


sobre o momento em grande grupo.

REFLEXÃO

O animador deve começar por perguntar aos participantes como se sentiram


durante a atividade.
 Quais foram as reações quando estavam a preencher um formulário
incompreensível?
 Acham que no vosso país os requerentes de asilo são tratados de forma justa
durante o processo? Porquê?
 Já estiveram em alguma situação em que não falavam a língua e foram
confrontados por uma autoridade, por exemplo, um polícia ou uma pessoa
que verifica os bilhetes? Como se sentiram?
 Além das barreiras linguísticas, com que outras barreiras se confrontam os
refugiados? E os imigrantes e outros grupos minoritários da sociedade?

Adaptado de Compass - Manual para a Educação para os Direitos Humanos com jovens - Conselho da Europa, p.
203-206.
ANEXO

Requerimento para asilo


1. Cyfenw
2. Enw
3. Dat nesans
4. Pais, ciudad de residencia
5. Ou gengyen fanmi ne etazini ?
6. Kisa yo ye pou wou
7. Ki papye imagrasyon fanmi ou yo
genyen isit?
8. Eske ou ansent?
9. Eske ou gen avoka?
10. Ou jam al nahoken jyman
PLANO DE SESSÃO
Temática | EMPATIA | Exercício de Empatia

Objetivos - Desenvolver capacidades de imaginação e pensamento crítico;


- Promover a empatia.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Exercício de Empatia 40 Responsável
Material
minutos - Cartões com a descrição dos papéis – Ver Anexo A
- Lista de situações e acontecimentos –Ver Anexo B
- Música calma
- Frasco/Recipiente

Objetivos
- Sensibilizar sobre a desigualdade de oportunidades;
- Promover a empatia.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Exercício de Empatia]
MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS
- Cartões do Anexo A
- Lista do Anexo B
- Música
- Frasco/Recipiente
- Flipcharts
- Post-its
- Espaço aberto (um corredor, uma sala grande ou a rua)
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Através desta dinâmica pretende-se reforçar a ideia de que, embora sejamos todos
iguais, há algumas pessoas que são mais iguais e com acesso a oportunidades de vida
mais idênticas do que outras. Nesta atividade, os participantes são convidados a
passar pela experiência de “calçar os sapatos do outro”, com o objetivo de refletir
sobre o impacto da distância que separa as várias pessoas, de acordo com o acesso
a direitos e oportunidades.

OBJETIVOS
- Sensibilizar sobre a desigualdade de oportunidades;
- Desenvolver capacidades de imaginação e pensamento crítico;
- Fomentar a empatia para com as pessoas que têm diferentes oportunidades.

MATERIAL
- Cartões com a descrição dos papéis – ver ANEXO A
- Lista de situações e acontecimentos – ver ANEXO B
- Um espaço aberto (um corredor, uma sala grande ou a rua)
- Música calma
- Um frasco/recipiente

DURAÇÃO
40 minutos

PREPARAÇÃO
- Ler a atividade com atenção e analisar a lista de “situações e acontecimentos”, que
pode ser adaptada de acordo com o grupo.
- Fazer um cartão com uma personagem por participante e guardar todos os cartões
no recipiente.

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – Num ambiente tranquilo, com música calma de fundo, o animador pede
aos participantes que tirem um cartão com uma personagem do recipiente e que
não o mostrem a ninguém.
2º PASSO – Os jovens são convidados a ler o cartão e a pensar como representarão
o seu papel. Para promover esta reflexão, o animador deve ler as questões que se
seguem, de forma a que os jovens possam construir o passado e o presente da sua
personagem.

 Como foi a vossa infância? Que tipo de casa tinham? Que tipos de jogos
jogavam? O que é que o vosso pai e mãe faziam?
 Como é o vosso dia-a-dia atualmente? Onde é que convivem com outras
pessoas? O que é que fazem de manhã, de tarde e à noite?
 Que tipo de vida têm? Onde vivem? Quanto é que ganham por mês? O que é
que fazem nos tempos livres? O que é que fazem nas férias?
 O que é que vos motiva e de que é que têm medo?

3º PASSO – Em silêncio, o animador pede aos participantes que se alinhem junto à


parede (como numa linha de partida). Explica que irá ler uma série de situações e
acontecimentos e que, sempre que os jovens acharem que as suas personagens se
identificam com uma situação, devem dar um passo em frente; caso não se
identifiquem, mantêm-se no mesmo lugar.

4º PASSO – As situações devem ser lidas à vez, com uma pausa entre si, de forma a
que os participantes tenham tempo para refletir e avaliar a sua posição em relação
à situação apresentada.

5º PASSO – No final, todos os participantes devem anotar a sua posição. Após


despirem a pele da sua personagem, segue-se o momento de reflexão.

REFLEXÃO

O animador deve começar por perguntar aos participantes o que é que se passou e
como se sentiram durante a atividade.
 Como é que se sentiram ao dar um passo em frente, ou não?
 Para quem deu muitos passos em frente, quando começaram a reparar que as
outras pessoas não estavam a andar tão depressa quanto vocês?
 Alguém sentiu que houve momentos em que os seus Direitos Humanos mais
básicos não estavam a ser respeitados?
 Alguém consegue adivinhar quais os papéis das outras pessoas? (Nesta parte
da análise, o animador deve deixar que revelem os seus papéis).
 Foi fácil ou difícil representar os diferentes papéis? Como é que imaginaram
a pessoa que estavam a representar? Foi através de experiências pessoais ou
de outras fontes de informação (notícias, livros ou piadas)? Têm a certeza de
que podem confiar nessas fontes de informação?
 Acham que este exercício é, de alguma forma, um espelho da sociedade?
Como?
 Como é que os estereótipos e os preconceitos funcionam?
 Quais os Direitos Humanos que estavam em jogo por cada personagem? Há
alguém que possa dizer que os seus Direitos Humanos não estavam a ser
respeitados ou que não tinha acesso a eles?
 Que passos poderiam ser dados para colmatar as desigualdades na
sociedade?

Adaptado de Compass - Manual para a Educação para os Direitos Humanos com jovens - Conselho da Europa, p.
281-285.
ANEXO A

Cartões com as descrições

És uma mãe solteira em situação de És o presidente da juventude de uma


desemprego. organização político-partidária (cujo
partido está agora no poder).
És a filha do gerente de um banco local. És o filho de um imigrante chinês que
Estudas Economia na universidade. gere um negócio de fast food com
muito sucesso.
És uma rapariga muçulmana que vive És o filho do embaixador americano do
com os seus pais e que são pessoas país onde vivem.
religiosas devotas.
És um jovem portador de deficiência És o dono de uma empresa de
que só pode circular com a ajuda de uma importação e exportação de muito
cadeira de rodas. sucesso.
És um soldado do exército que está a És um trabalhador aposentado de uma
cumprir o serviço militar obrigatório. fábrica de sapatos.
És uma raparia cigana de 17 anos que És a namorada de um jovem artista
nunca chegou a terminar a dependente de heroína.
instituiçãoprimária.
És uma prostituta de meia-idade que És uma lésbica de 22 anos.
está infetada com VIH/Sida.
És uma pessoa licenciada em situação És uma modelo natural de um país de
de desemprego que procura a primeira África.
oportunidade no mercado de trabalho.
És uma pessoa refugiada de 24 anos do És um jovem em situação de sem abrigo
Afeganistão. com 27 anos.
És uma pessoa imigrante ilegal do Mali. Tens 19 anos, és filho de um agricultor e
vivem numa aldeia remota nas
montanhas.
ANEXO B

Situações e acontecimentos

O animador deve ler as seguintes situações em voz alta. Entre cada afirmação, os
participantes devem analisar a situação em que se encontram e dar, ou não, um
passo em frente. Deem-lhes tempo para que avaliem a sua posição relativamente às
outras pessoas.

• Nunca tiveste sérias dificuldades financeiras.


• Tens uma casa decente com telefone e televisão.
• Sentes que a tua língua, religião e culturas são respeitadas na sociedade onde vives.
• Sentes que as tuas opiniões sobre as questões políticas e sociais são respeitadas e que
os teus pontos de vista são ouvidos.
• Há pessoas que te consultam sobre diferentes assuntos.
• Não tens medo de ser mandado parar pela polícia.
• Sabes a quem te deves dirigir se precisares de um conselho ou de ajuda.
• Nunca te sentiste discriminado por causa das tuas origens.
• Beneficias de proteção médica e social adequadas às tuas necessidades.
• Podes ir de férias uma vez por ano.
• Podes convidar os teus amigos para irem jantar lá em casa.
• Tens uma vida interessante e estás confiante em relação ao teu futuro.
• Sentes que podes estudar e seguir a profissão que escolheres.
• Não tens medo de ser atacado nas ruas ou pelos media.
• Podes votar nas eleições nacionais e locais.
• Podes festejar as datas religiosas mais importantes com a tua família e os teus amigos.
• Podes participar num seminário internacional no estrangeiro.
• Podes ir ao cinema ou ao teatro pelo menos uma vez por semana.
• Não tens receio do futuro dos teus filhos.
• Podes comprar roupas novas, pelo menos, de três em três meses.
• Podes apaixonar-te pela pessoa que escolheres.
• Sentes que as tuas competências são apreciadas e respeitadas na sociedade onde vives.
• Podes usar e beneficiar das vantagens da Internet.
• Não tens medo das consequências das alterações climáticas.
• Podes visitar qualquer sítio da internet sem temer censura.
“Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor”
Madre Teresa de Calcutá

O serviço é uma dimensão essencial e engloba uma forma concreta de ser e


estar em relação. Ambiciona-se que cada participante Ubuntu, consciente da
sua responsabilidade no mundo, possa adquirir as competências humanas e as
ferramentas técnicas necessárias para se tornar um líder servidor ativo na luta
por um mundo melhor. Conhecendo-se a si próprio, confiando nos seus
talentos, acreditando na sua capacidade de superar as adversidades e sentindo
com o outro, cada participante encontra-se pronto a servir liderando,
promovendo e restaurando a dignidade humana. O serviço é o ponto de
partida, mas também de chegada de um processo de construção individual que
é circular, crescente e sempre incompleto - Torno-me pessoa.
PLANO DE SESSÃO

Temática | SERVIÇO | Programador

Objetivos - Promover a reflexão sobre os trabalhos de projeto;


- Promover a reflexão sobre como se pode servir melhor nos contextos de cada um.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Programador 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas Programador (imprimir)
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover o a reflexão sobre o serviço;
- Representação gráfica de um programador de serviço.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Programador Serviço]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Programador (imprimir)
- Esferográficas - Marcadores
- Flipcharts - Lápis de cor
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica será desenvolvida a meio do ano letivo. A ideia é que seja uma sessão
em que se olhe para o que já foi feito pelos jovens nos trabalhos de projeto, se celebre
as conquistas e o serviço à comunidade. Caso alguns trabalhos estejam a acabar,
fazer um novo levantamento de necessidades da comunidade mais próxima e
começar novos ciclos de trabalhos de projeto.
Em relação à parte individual, cada participante terá espaço para refletir
individualmente sobre as áreas/contextos à sua volta em que lhe é mais pedido que
sirva – seja em casa, seja com os amigos, com a comunidade… É-lhe pedido que
construa um programador (uma folha que orienta e monitoriza esse serviço) para
que consiga ir seguindo o seu progresso e compromisso de serviço aos outros.

OBJETIVOS
- Promover a reflexão e avaliação dos trabalhos de projeto;
- Promover a reflexão sobre os contextos individuais que mais precisam de serviço
do próprio;
- Desenvolver um “programador” que permita monitorizar e responsabilizar os
jovens por esses mesmos contextos/áreas identificadas.

MATERIAL

- Folhas A4 com a base do Programador (imprimir) (1 por participante)


- Marcadores

VIDEO/MUSICA
Pode ser colocada uma música
ambiente durante a construção do
programador.

DURAÇÃO
35 minutos
DINAMIZAÇÃO

1º PASSO O animador pede a cada grupo dos trabalhos de projeto que apresente o
que foi feito. Trazer à memória da turma aquilo que já foi feito para a comunidade
(por exemplo com fotografias, uma cronologia). Importante dar voz e envolver os
jovens na dinâmica de apresentação.

2º PASSO Se necessário, fazer um levantamento de novas necessidades e áreas de


serviço na escola. Redefinição dos grupos de projeto.

3º PASSO Depois deste plenário, entregar a cada aluno uma folha de programador.
Convidar à reflexão de que há muitos contextos em que só eles individualmente
podem servir (como com a família, em casa, com os amigos…). Pedir para que
pensem nesses contextos específicos e que construam um plano para poderem ser
mais comprometidos com essas pessoas específicas.

4º PASSO Construção individual do programador.


PROGRAMADOR
DE SERVIÇO

QUEM? PORQUÊ? COMO? COR


(quem é que precisa de (quais são as necessidades (como posso ajudar/servir (escolher uma cor para
mim?) dessa pessoa?) essa pessoa?) colocar no calendário)

CALENDÁRIO – O QUE FIZ?


Escrever no canto direito o dia do mês e pintar no quadrado respetivo as ações que fiz nesse
dia (consoante a cor que escolhi em cima)
3) Temáticas ubuntu
I Coragem Cívica
II Identidade e Valores
III Resolução de Conflitos
IV Bullying
V Perdão e Reconciliação
VI Cuidar
VII Sonho
VIII Diário
IX Filmes
A coragem cívica é a capacidade que devemos ter e trabalhar de lutar pelos
valores que consideramos justos na sociedade, de uma forma pacífica e que
considere todos os lados e o valor da dignidade humana como valor primordial.
A coragem cívica é um dever de qualquer cidadão integrante e participativo de
uma sociedade.
Assim sendo, e tendo em conta que uma das formas de aprendizagem desta
metodologia é através dos modelos de referência, muitos dos líderesescolhidos
pela Academia Ubuntu como modelos são/foram pessoas que mostraram grande
coragem cívica, indo contra aquilo que consideravam ser injusto ou desigual, de
uma forma pacífica.
A forma como esta sessão está pensada é para que cada aluno perceba, através
dos exemplos dos líderes apresentados, que também está ao seu alcance,
através de pequenas ações, o mudar a sociedade em que vive e aquilo com que
não concorda, sendo agente da mudança.
PLANO DE SESSÃO

Temática | CORAGEM CÍVICA | Aristides, Rosa Parks, Malala


- Promover o conhecimento destes Líderes Ubuntu e do termo de Coragem Cívica;
Objetivos - Promover a reflexão sobre como fazer coisas pequenas, à escala de cada um, podem ter
grandes impactos no mundo em geral.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Aristides, Rosa Parks e 35 Responsável
Malala Material
(ver ficha de dinâmica) minutos - Folhas Brancas A4
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover o conhecimento dos líderes e da coragem cívica;
- Apresentação ao grande grupo com role-plays.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Aristides, Rosa Parks e Malala]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Biografias de cada Líder
- Esferográficas - Marcadores
- Flipcharts - Lápis de cor
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica procura promover o trabalho sobre o conceito de Coragem Cívica,
através da melhor compreensão e conhecimento das vidas de Aristides de Sousa
Mendes, Rosa Parks e Malala (todos eles Líderes Ubuntu).
A ideia é que a turma seja dividida em três e a cada grupo seja atribuído um líder. É-
lhes entregue uma pequena biografia e terão 20 minutos para preparar um pequeno
sketch sobre a história de vida desse líder - sketch esse que terão de apresentar à
turma de forma a dar a conhecer o líder aos jovens.

OBJETIVOS
- Promover a coesão de grupo;
- Promover o conhecimento dos líderes e do termo Coragem Cívica;
- Desenvolver a comunicação, a capacidade de sintetizar e a apresentação para
grande grupo.

MATERIAL
- Biografias de cada líder (ver material)

VIDEO/MUSICA
O animador pode colocar uma música
ambiente durante a preparação dos
grupos.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
FASE UM

1º PASSO O animador explica ao grupo o conceito de coragem cívica – reflexão


sobre como é que, fazendo pequenas coisas e lutando pelos direitos de uma forma
consciente e respeitosa, se consegue mudar o mundo.
2º PASSO Dividir a turma em três grupos e entregar uma biografia do líder a cada
um.

3º PASSO Explicar que a proposta é que, em grupo, leiam a biografia do líder e criem
um sketch (uma curta encenação com 5 minutos no máximo) que represente a vida
dessa pessoa. É obrigatório trazerem a ideia de Coragem Cívica, ou seja, como é que
essa pessoa lutou pelos seus direitos e que impacto é que isso teve no mundo. Têm
20 minutos para o fazer.

4º PASSO Tempo para criar. O animador pode passar e ajudar os grupos caso seja
necessário.

FASE DOIS

1º PASSO Acabado o tempo de criação, todos os grupos apresentam à turma o seu


sketch.

2º PASSO Se houver tempo, no final de cada sketch o animador pode perguntar a


um aluno de outro grupo qual foi a ação desse líder e como é que esse aluno
percebeu o impacto do líder no mundo (O que é que este líder fez? Que impacto
teve no mundo a sua ação?)
DINÂMICAS

BIOGRAFIA - ARISTIDES DE SOUSA MENDES

Aristides de Sousa Mendes nasceu a 19 de Julho de 1885 em Cabanas de


Viriato, distrito de Viseu, e era filho do Juiz José de Sousa Mendes e de
Maria Angelina Ribeiro de Abranches.
Casou-se com a sua prima direita Maria Angelina Coelho de Sousa Mendes,
de quem viria a ter 14 filhos. Como Cônsul (diplomata) de 2.ª Classe
trabalhou na Guiana Inglesa, Galiza, Zanzibar, Curitiba e em S. Francisco da
Califórnia, Maranhão, Vigo e Antuérpia, como Cônsul de 1.ª Classe.
Nomeado para exercer funções como Cônsul-Geral em Bordéus, em 1939,
pouco antes do início da 2.ª Grande Guerra, Aristides de Sousa Mendes
viu-se confrontado com um problema de consciência:
 Por um lado, a afluência de milhares de refugiados que, com a invasão da França pelas
tropas alemãs, chegaram a Bordéus na esperança de conseguir um visto para a
Liberdade (Américas do Norte e do Sul, principalmente);
 Por outro lado, as ordens recebidas do seu próprio Governo que o impediam de passar
vistos à maior parte dos refugiados, nomeadamente judeus, exilados políticos e
cidadãos provenientes de países do Leste Europeu, sob pena de vir a ser castigado.
Aristides de Sousa Mendes optou por obedecer à sua consciência e, desse modo, contrariando
ordens, decidiu passar vistos para a liberdade a todos que o solicitassem, independentemente da sua
religião, raça ou credo político.
O seu gesto, para além de afetar os seus filhos (que se viram obrigados a emigrar), valeu-lhe a
instauração de um processo disciplinar, que teve como resultado a expulsão da carreira diplomática.
Aristides de Sousa Mendes faleceu na miséria a 3 de Abril de 1954, no Hospital da Ordem
Terceira de S. Francisco, em Lisboa.
O seu gesto heroico só foi relatado e enaltecido depois de 25 de Abril de 1974, principalmente
pela imprensa, sendo reabilitado pela Assembleia da República em 1988 (sob proposta de vários
deputados) somente 14 anos depois da instauração do regime democrático em Portugal.
DINÂMICAS

BIOGRAFIA - MALALA

Malala nasceu a 12 de Julho de 1997 em Mingora, no Paquistão.


Ficou conhecida pelo seu ativismo a favor dos direitos civis,
especialmente os direitos das mulheres do vale do rio Swat.
Aos 13 anos, Malala alcançou notoriedade ao escrever para a BBC,
sob o nome de Gul Makai, contando a sua vida sob o regime do
Tehriiksi-Taliban Pakistan (TTP). Os Taliban (grupo extremista
radical) forçaram o encerramento de escolas públicas e proibiram a
educação de meninas entre 2003 e 2009.
A 9 de outubro de 2012, atacada por milícias do TTP em Mingora, foi baleada e atingida na cabeça.
Duas outras estudantes ficaram feridas juntamente com Malala enquanto se dirigiam para o
autocarro. Longe de qualquer remorso, o porta-voz do TTP ameaçou com uma nova investida.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional e Malala Yousafzai foi apoiada por
numerosas figuras públicas, desde Desmond Tutu, Ban Ki-moon, Barack Obama, Madonna entre
muitos outros. A 15 de outubro de 2012 foi transferida para o hospital Queen Elizabeth, em
Birmingham, no Reino Unido, para poder continuar a recuperação. A a 4 de janeiro de 2013, após
quase 3 meses de internamento, Malala deixou o hospital.
A 12 de julho de 2013, Malala comemorou o seu 16º aniversário, discursando na Assembleia da
Juventude na ONU, em Nova Iorque: "Vamos pegar nos nossos livros e canetas. Eles são as nossas
armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A
educação é a única solução". Esta foi a sua primeira aparição pública após recuperar do ataque sofrido.
A 10 de outubro de 2013, foi galardoada com o Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu.
A ativista paquistanesa foi escolhida por unanimidade pelos líderes de todos os grupos políticos do
Parlamento Europeu.
DINÂMICAS
BIOGRAFIA – ROSA PARKS

Rosa Parks foi ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos
Estados Unidos, tendo entrado para a história no dia 1 de dezembro de
1955, ao negar ceder a um branco o seu assento num autocarro em
Montgomery, Alabama. Rosa Louise Parks nasceu em Tuskegee, Alabama,
no Sul dos Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 1913. Ainda muito
jovem, Rosa foi obrigada a abandonar a instituiçãoe a trabalhar como
costureirapara ajudar nas despesas da casa.
Em Montgomery, capital do Estado de Alabama, no Sul dos Estados Unidos,
vigoravam as Leis da segregação que impunham a separação entre brancos e negros.
No dia 1 de dezembro de 1955, no fim de um dia de trabalho, quando regressava a casa de autocarro,
Rosa sentou-se num dos lugares destinados aos negros. Durante a viagem, entraram 2 homens
brancos que, por falta de lugares destinados a brancos, ficaram em pé. Foi então que o motorista
mandou Rosa levantar-se para dar o lugar o seu lugar ao senhor branco. Rosa negou-se a cumprir a
ordem e permaneceu sentada.
O gesto de Rosa Parks fez com que fosse detida e levada para a prisão por violar a lei de segregação
da cidade de Montgomery apesar de estar sentada nos lugares destinados aos negros. A prisão de
Rosa originou uma onda de protestos que culminaram num boicote aos autocarros de Montgomery
por parte da população negra. Os protestos receberam o apoio de várias personalidades que
aderiram ao movimento, entre eles Martin Luther King.
O boicote aos autocarros de Montgomery durou 382 dias e quase faliu a empresa de autocarros.
Terminou a 13 de novembro de 1956, depois de o Supremo Tribunal declarar inconstitucionais as leis
de segregação.
Durante toda a adolescência ocorre um processo de transformação e procura
pela concretização da identidade pessoal de cada um, quer por identificação
com os pares, quer por dissociação daquilo que não se gosta. Os valores pelos
quais nos regemos acabam por ditar também a nossa identidade, a forma como
lidamos com as pessoas à nossa volta, a forma como se vê e se age no mundo.
Assim sendo, é central trabalhar e refletir acerca de quais são os valores pelos
quais nos regemos, de onde é que os aprendemos, o porquê de os elegermos
como bússola das nossas ações.
Esta sessão procura, através de situações limite, fazer-nos questionar e refletir
sobre isso e sustentar e aprofundar o conhecimento da nossa identidade.
PLANO DE SESSÃO

Temática | IDENTIDADE E VALORES | Escrúpulos

Objetivos - Promover a descoberta dos valores e identidade através de dilemas morais;


- Promover a discussão e a tomada de decisão em dilemas morais.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Escrúpulos 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas Brancas A4
- Marcadores
- Esferográficas
- Lápis de Cor
Objetivos
- Promover a discussão sobre valores e dilemas morais;
- Jogo e reflexão sobre identidade e valores.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Escrúpulos]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Dilemas morais impressos
- Esferográficas - Marcadores
- Flipcharts - Lápis de cor
DINÂMICAS
ESCRÚPULOS

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica pretende trabalhar, de uma forma subentendida, a questão da
identidade e dos valores de cada um. É baseada num jogo chamado Escrúpulos, que
tem como objetivo colocar as pessoas a discutir sobre dilemas morais. Esta dinâmica
promove a discussão em pequenos grupos sobre os temas e uma reflexão final sobre
os valores de cada um, que muitas vezes são postos à prova neste tipo de situações.

OBJETIVOS
- Promover o conhecimento e o desenvolvimento de valores e identidade;
- Promover a discussão e reflexão sobre dilemas morais;
- Desenvolver a comunicação e a partilha.

MATERIAL
- Dilemas morais impressos (ver material)

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO O animador divide o grupo em seis grupos pequenos e entrega a cada um
dos grupos um dos dilemas morais. A indicação que deve ser dada é que o dilema
deve ser lido e discutido, ou seja, não se pode só responder de uma forma simplista,
sendo necessário argumentar-se a posição.

2º PASSO Depois de se entregar os dilemas, o grupo tem 5 minutos para o discutir.


É obrigatório todos falarem.

3º PASSO No final desses 5 minutos, rodam e passam para outro dilema. Repete-se
o esquema.
4º PASSO Depois de rodarem pelos seis dilemas, o animador deve juntar toda a
gente em grande grupo para uma reflexão geral.

REFLEXÃO
 Reforçar a ideia de valores – que é aquilo que nos guia na tomada de decisão
em situações quer limite (como estes dilemas morais), quer quotidianas (por
exemplo, se ajudo ou não o meu amigo com os trabalhos de casa);
 Reforçar como valor importante o valor da Dignidade Humana (que todos têm
na mesma forma);
 Perguntar aos jovens aquilo que foi mais difícil na resposta aos dilemas.
DINÂMICAS
ANEXOS

DILEMA 1

Em 1842, um navio atingiu um iceberg e mais de 30 sobreviventes ficaram apinhados


num bote salva-vidas onde apenas caberiam 7 pessoas.
Ao aproximar-se uma tempestade, ficou óbvio que algumas pessoas iam ter de ser
deixadas para trás para que o barco não se afundasse.
O capitão argumentou que a coisa certa a fazer nessa situação era obrigar algumas
das pessoas a saltar para o mar e afogar-se. Essa ação, raciocinou ele, não era injusta
para aqueles que saltavam ao mar, porque eles iam afogar-se de qualquer maneira.
Se ele não fizesse nada, no entanto, seria responsável pelas mortes daqueles que ele
poderia ter salvo.
Algumas pessoas opuseram-se à decisão do capitão, alegando que, se nada fosse
feito e todos morressem como resultado, ninguém seria responsável por essasmortes.
Por outro lado, se o capitão tentasse salvar alguns, só poderia fazê-lo matando
outros e as mortes seriam da sua responsabilidade; isso seria pior do que não fazer
nada e deixar todos morrerem. O capitão não aceitou esse raciocínio.
Como a única possibilidade de resgate exigia grandes esforços de remo, o capitão
decidiu que os mais fracos teriam que ser sacrificados. Nessa situação, seria absurdo,
pensou ele, decidir por sorteio quem deveria ser jogado ao mar.
Como se verificou, depois de dias de remo duro, os sobreviventes foram resgatados
e o capitão foi julgado pela sua ação.

Se tu estivesses no júri, como terias decidido?


DINÂMICAS

DILEMA 2

No romance “A escolha de Sofia”, de William Styron, uma polaca, Sophie


Zawistowska, é presa pelos nazis e enviada para o campo de concentração de
Auschwitz.
Ao chegar ao campo de concentração, por não ser judia, é premiada com uma
escolha: Sofia pode escolher um dos seus filhos para ser poupado da câmara de
gás. O outro deve morrer.
Em agonia, por não saber o que decidir, quando vê as duas crianças a serem levadas
para a morte, Sofia pede para que deixem o seu filho mais velho viver e levem a sua
filha mais nova.
A sua decisão é motivada pelo facto de pensar que o seu filho terá mais
probabilidades de sobreviver no campo, por ser mais velho e forte.
No fim, ela acaba por se afastar do filho, que é levado para o campo de
concentração das crianças e nunca mais o vê.
Anos depois, assombrada pela culpa de ter escolhido entre seus filhos, Sofia
comete suicídio.

Ela fez a coisa certa?


Tinha razões para se sentir culpada?
DINÂMICAS

DILEMA 3

Um terrorista que ameaçou explodir várias bombas em regiões com muita gente foi
preso.
Infelizmente, ele já tinha plantado as bombas e elas estão programadas para
explodir em pouco tempo. É possível que centenas de pessoas morram.
As autoridades não conseguem fazer com que ele divulgue a localização das bombas
por métodos convencionais.
Ele recusa-se a dizer qualquer coisa e pede a um advogado que proteja o seu direito
de manter silêncio e não dizer nada que o incrimine.
Desesperado, um dos chefes de polícia sugere tortura.
Isso seria ilegal, é claro, mas o funcionário acha que, no entanto, é a coisa certa a
fazer nesta situação desesperante.

Concordas?
Se sim, seria também moralmente justificável torturar a esposa inocente do
terrorista se essa fosse a única maneira de fazê-lo falar? Porquê?
Quais os valores importantes que estão em jogo nessa decisão?
DINÂMICAS

DILEMA 4

O Jorge tem a responsabilidade de escolher alguém para preencher uma vaga de


trabalho na sua empresa.

O seu amigo Paulo candidatou-se e está qualificado, mas existe outra pessoa que
parece ainda mais qualificada.

O Jorge quer dar o trabalho a Paulo, mas ele sente-se culpado, acreditando que
deveria ser imparcial. “Essa é a essência da moralidade”, diz inicialmente a si próprio.

Essa crença é, no entanto, rejeitada, pois Jorge resolve que a amizade tem uma
importância moral que permite, e talvez até requeira, parcialidade em algumas
circunstâncias. Então ele dá o trabalho ao Paulo.

Ele fez a coisa certa? Que valores morais, deveres, princípios importantes estão em
jogo neste dilema?
DINÂMICAS

DILEMA 5

Tu vês um comboio desgovernado movendo-se em direção a cinco pessoas


amarradas nos carris (ou incapacitadas de qualquer outra maneira).

Caso nada seja feito, elas serão mortas pelo comboio.

Mas tu estás de pé ao lado de uma alavanca que controla um interruptor.

Se tu puxares a alavanca, o comboio será redirecionado para uma pista lateral e as


cinco pessoas na pista principal serão salvas.

No entanto, na pista lateral também há uma pessoa presa que morrerá se o comboio
seguir por esses carris.

Tu tens duas opções:

 Não fazes nada e permites que o comboio mate as cinco pessoas na pista
principal.

 Puxas a alavanca, desviando o comboio para a pista lateral, onde este matará
uma pessoa.

Qual é a decisão mais correta a tomar?


DINÂMICAS
DILEMA 6

Um amigo teu quer contar-te um segredo e pede que tu prometas não contar a
ninguém. Tu dás a tua palavra de honra como não contarás.

Ele conta-te que atropelou uma pessoa e, por isso, vai refugiar-se na casa de uma
prima.

Quando a polícia te procura, querendo saber do teu amigo, o que é que fazes?

Contas à polícia? Não contas à polícia?


Resolução de conflitos

Uma das características essenciais de um construtor de pontes e líder servidor


é a capacidade de resolução de conflitos.
Os conflitos surgem ao longo de toda a nossa vida, de uma forma mais explícita
ou menos explícita, e é essencial que, para os resolver, saibamos ouvir todas as
perspetivas, considerando que podemos não ter acesso a uma verdade absoluta,
e tomar a dignidade humana de cada um como valor máximo.
O exercício desta competência é muito importante, procurando-se trabalhá-lo
no Clube através de dinâmicas experienciais e reflexões.
PLANO DE SESSÃO

Temática | RESOLUÇÃO DE CONFLITOS | Lençol

Objetivos - Promover o diálogo e resolução de conflitos;


- Promover a o trabalho de grupo.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Lençol 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Lençol grande / dois lençóis médios

Objetivos
- Promover o trabalho em equipa;
- Jogo e reflexão sobre resolução de conflitos.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Lençol]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Lençol
-Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
-Lápis de cor
DINÂMICAS
LENÇOL

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica pretende trabalhar a questão da resolução de conflitos e o trabalho
em equipa. É um jogo em que se coloca um lençol no chão e em que são colocados
em cima do lençol jovens suficientes para que metade deste fique tapado. O
objetivo do jogo é virar o lençol ao contrário sem que nenhum deles saia de cima do
lençol. Haverá um aluno que é o moderador e cuja função é coordenar e moderar os
conflitos que surgirem.

OBJETIVOS
- Promover o diálogo e o trabalho em equipa;
- Estimular a resolução de conflitos;
- Desenvolver a comunicação e o pensamento estratégico.

MATERIAL
- Lençol grande (ou dois lençóis médios para o caso de se fazerem dois grupos)

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO

1º PASSO O animador coloca o lençol no chão e pede a todos os participantes que


fiquem em cima do mesmo. Estes devem ocupar metade do espaço e, se não
couberem, a atividade pode realizar-se por subgrupos ou aumenta-se o tamanho do
lençol. É escolhido um participante por lençol para moderar (este elemento não
estará em cima do lençol).

2º PASSO É dado o limite de tempo de 10 minutos (para aumentar o nível de atrito).


O moderador é responsável por gerir as discussões e tentar que se chegue a um
consenso na estratégia a adotar.
3º PASSO Durante o tempo da dinâmica, o animador deve espicaçar o grupo e insistir
para que eles acabem a tarefa, de modo a aumentar o desejo de conseguirem e
aumentar o nível de conflito (para ser abordado na discussão). Pode utilizar frases
como “Noutro grupo conseguiram em dois minutos”; ou “É muito óbvio, não sei como
não estão a conseguir” ou ainda “Já está quase a acabar o tempo”.

4º PASSO Depois de completarem a tarefa (pode-se estender até aos 20min), o


animador deve juntar toda a gente em grande grupo para uma reflexão geral.

REFLEXÃO
 Refletir sobre as estratégias usadas, sobre aquilo que os participantes
sentiram ao longo do tempo;
 Refletir sobre os conflitos que surgiram, a forma como foram sendo
resolvidos e as estratégias usadas para chegar a um consenso;
 Perguntar aos participantes o que sentiram com as frases de pressão do
animador.
Um dos problemas mais claros e impactantes negativamente na vida escolar (e
na vida geral) é a cultura da maledicência, dos mexericos e, no extremo, do
bullying.
Tendo como bases a construção de pontes e a ética do cuidado, parece óbvio
que se deve trabalhar nestes jovens a capacidade de quebrar estas correntes
tão maléficas, sendo agentes da mudança e não participativos ou by-standers de
situações destas.
A filosofia Ubuntu diz-nos que, da mesma forma que me alegro com o bem do
outro, também é a minha dignidade que é ferida quando a dignidade do outro
é ferida. Desta forma, de maneira alguma devo ser participante nestas
dinâmicas que magoam ou diminuem os outros na sua dignidade.
A ideia desta sessão é que os jovens reflitam sobre estas dinâmicas e que se
tornem mais atentos quando estas acontecem no dia-a-dia, de modo a que
possam agir contracorrente.
PLANO DE SESSÃO

Temática | BULLYING | “Quem conta um conto, acrescenta um ponto”


- Promover a consciência da dinâmica do bullying e da maledicência;
Objetivos - Promover a reflexão sobre o impacto das coisas que se dizem sobre os outros, que podem nem
ser verdade.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Quem conta um conto, 35 Responsável
acrescenta um ponto Material
(ver ficha de dinâmica) minutos -
Objetivos
- Promover o conhecimento das dinâmicas da maledicência;
- Reflexão através do jogo sobre as questões do bullying.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Quem conta um conto, acrescenta um ponto]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Flipcharts
- Post-it
- Canetas
- Lápis de cor
“QUEM CONTA UM CONTO,
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO

Esta dinâmica enquadra-se dentro do tema do bullying, remetendo para a ideia dos
mexericos e da maledicência. Tem como objetivo mostrar, de uma forma prática,
como muitas vezes as histórias verdadeiras são adulteradas e modificadas consoante
a pessoa que as conta. A ideia é que se reflita como, muitas vezes, passamos
mensagens que não são verdadeiras e que têm um grande impacto negativo na
pessoa sobre a qual se está a falar.

OBJETIVOS
- Promover a consciência dos mecanismos da maledicência e do bullying;
- Refletir sobre a forma como contamos as histórias que ouvimos e no impacto que
isso tem;
- Promover a reflexão sobre como parar os mecanismos do bullying.

MATERIAL
Nenhum

DURAÇÃO
30 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO O animador pede aos participantes que se coloquem todos em fila indiana
virados para uma direção de olhos fechados. O animador explica que a dinâmica será
feita em silêncio, e que se os participantes forem tocados no ombro direito pela
pessoa que está atrás, deverão abrir os olhos e virar-se para trás.

2º PASSO O animador coloca-se na posição da fila mais atrás e toca no ombro direito
do participante que está à sua frente. Assim que o participante estiver de frente para
o animador, este começa a mimetizar os seguintes movimentos: subir para uma
mota, ligar a mota, tirar o travão e andar de mota, da melhor forma e mais completa
possível. O objetivo é que o mesmo participante, sem dizer palavras, volte à posição
inicial e repita a sequência de movimentos ao participante seguinte, tendo os outros
todos os olhos fechados.

3º PASSO De seguida, o segundo participante deverá imitar o que viu para o terceiro
e assim sucessivamente.
4ª PASSO O animador pede ao grupo que regressem aos seus lugares à exceção do
primeiro e do último participante. O último participante deverá reproduzir a
sequência de movimentos que lhe foi apresentada e de seguida o primeiro
participante apresenta a original.

5ª PASSO Fazer uma reflexão final com os jovens sobre as diferenças entre o
movimento inicial e o movimento final, traduzindo isso para as dinâmicas do mexerico
e maledicência.

REFLEXÃO
 Pode-se introduzir a conversa com uma frase do género “Imaginem que, em
vez de eu ter pedido para o aluno representar o andar de mota, tinha contado
um mexerico ou uma história de um de vocês? O que acham que acontecia,
tendo em conta os resultados da dinâmica que fizemos?”
 Qual é o impacto das histórias que são contadas – que muitas vezes não são
verdade – nas pessoas sobre as quais se está a contar a história?
 Como se pode travar esta cadeia de maledicência?
 O que fazem quando veem algum colega a sofrer de bullying?
PLANO DE SESSÃO
Temática | BULLYING | Temos alternativas?
- Aumentar o conhecimento e a compreensão sobre as causas e as consequências do bullying;
Objetivos - Investigar formas de enfrentar este problema;
- Criar empatia com as vítimas de bullying.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Temos alternativas? 50 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Cartões com a descrição das cenas e das histórias – ver ANEXO
Objetivos
- Aumentar o conhecimento e a compreensão sobre as causas e as
consequências do bullying;
- Investigar formas de enfrentar este problema;
- Criar empatia com as vítimas de bullying.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Temos alternativas?]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4
- Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
- Post-its
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica consiste numa dramatização que aborda as temáticas da violência
interpessoal e do bullying, com o objetivo de refletir sobre as razões e
consequências destas situações, bem como as formas de lidar com elas.

OBJETIVOS
- Aumentar o conhecimento e a compreensão sobre as causas e as consequências do bullying;
- Investigar formas de enfrentar este problema;
- Criar empatia com as vítimas de bullying.

MATERIAL
- Cartões com a descrição das cenas e das histórias – ver ANEXO

DURAÇÃO
50 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – Os participantes são divididos em pequenos grupos e o animador explica
que o objetivo da atividade é fazer pequenas dramatizações sobre o tema do
bullying. De forma breve, pode procurar perceber se todos compreendem o que
significa o termo bullying e se sabem os diferentes contextos onde pode acontecer.

2º PASSO – Cada um dos grupos recebe uma cena ou história para encenar, sendo-
lhes dados 10 minutos para ensaiarem e prepararem as cenas.

3º PASSO – Um grupo de cada vez apresenta a sua cena. Os comentários e análise


devem ser deixados para a sessão plenária no final das apresentações.

REFLEXÃO

O animador deve começar por perguntar aos participantes o que é que se passou e
como se sentiram durante a atividade. Começa por rever as cenas apresentadas:
 Onde é que cada grupo foi buscar inspiração para desenvolver as cenas? Foi
de filmes ou histórias sobre bullying, ou basearam-se na sua própria
experiência?
 As cenas eram realistas?
 Na 1.ª cena, o que é que foi dito que que melhorou a situação e que coisas
impediram a sua resolução?
 Em relação à 2ª cena, pareceu fácil ter uma conversa sincera com um amigo
que é ao mesmo tempo um bully? Em geral, que estratégias teriam um efeito
mais positivo e quais teriam um efeito negativo?
 Quanto à cena 3, será fácil ter uma conversa franca com um amigo que esteja
a ser perseguido? Qual a melhor maneira de encontrar soluções aceitáveis
para a vítima?
De seguida, cada um dos grupos deve ler em voz alta a sua “História de bullying”,
abrindo-se um momento de reflexão sobre as causas do bullying e sobre as melhores
formas de lidar com este tipo de situação.
 Como é que acham que se sente uma pessoa que está a ser perseguida?
 Acham que essa pessoa é, de algum modo, responsável por isso?
 Por que razão os e as bullies fazem bullying? Acham que as e os bullies estão
a tentar provar alguma coisa ao abusarem de outras pessoas?
 Acham que o bullying é uma forma de violência?
 Acham que tem a ver com poder?
 Acham que o bullying é inevitável?
 Se tiverem amigos e amigas que estão a ser perseguidos e perseguidas,
acham que devem pedir ajuda a alguém, mesmo quando o vosso amigo ou a
vossa amiga vos contou o seu problema em segredo?
 Quais são os preconceitos mais comuns contra as pessoas que são
perseguidas?
 Quem é responsável por controlar um problema de bullying?
 O que teriam feito se fossem quem foi perseguido ou perseguida?
 O que se deve fazer a quem pratica bullying? Como é que podem aprender a
parar de o fazer? Estas pessoas devem ser punidas?

Adaptada de Compass - Manual para a Educação para os Direitos Humanos com jovens - Conselho da Europa, p.
140-143.
ANEXOS

Cenas

Cena 1
Uma estudante dirige-se às pessoas responsáveis e explica que um amigo seu está a ser
perseguido. A diretora de turma é autoritária e tradicional. Pensa que se perderam todos os
valores e tem uma má opinião sobre o comportamento geral dos e das jovens de hoje. Não
quer assumir responsabilidades na situação. Outros e outras docentes subestimam o
problema e não reconhecem o comportamento dos bullies pelo que é. O assistente social
fica preocupado, mas tem demasiados casos a seu cargo, não tendo, por isso, tempo para
tentar lidar com a situação.
Cena 2
Um grupo de estudantes tenta conversar com um amigo que persegue um colega mais
novo.
Cena 3
Um grupo de jovens e alunas conversa sobre uma amiga que tem sido perseguida por um
grupo de estudantes mais velhas. Querem muito ajudar a amiga e estão a analisar as
soluções possíveis para o fazer.

Histórias de perseguições reais

História 1 História 2 História 3


“Tenho 12 anos e odeio “Comecei o ano numa instituiçãonova “O meu melhor amigo
ir à instituiçãoporque e desde o primeiro dia senti que contou-me que o
ninguém gosta de mim. algumas das raparigas olhavam para andavam a perseguir lá
Há um grupo de jovens mim de uma maneira muito estranha. na escola. Como o
que, sempre que pode, Depois percebi que tinham ciúmes, queria ajudar, resolvi lá
me chama nomes. pois os rapazes eram muito ir ter uma conversa
Dizem que sou feia e simpáticos comigo. Agora tenho com esse grupo, mas o
gorda e que os meus recebido bilhetinhos com ameaças. resultado é que agora
pais devem ter muita Também me telefonaram para casa. também me chateiam
vergonha de mim. A Chegaram a roubar os meus livros a mim. Agora estamos
minha melhor amiga várias vezes. A semana passada, os dois a ser
deixou de me falar e quando fui à casa de banho, três perseguidos: gozam
agora até é amiga de raparigas seguiram-me. Começaram a connosco, pregam-nos
alguns dos rapazes que gritar, ameaçaram-me com uma faca, partidas e já
pertencem ao outro avisaram-me de que eu deveria ir ameaçaram espancar-
grupo. Odeio-a. Sinto- estudar para outro lado e chamaram- nos. Nós decidimos
me muito só e tenho me prostituta. Eu não consigo lidar não contar a ninguém
medo de que aquilo mais com isto. Estou assustada e pois temos medo queas
que eles dizem sobre os furiosa. Tentei falar com a diretora, coisas piorem.”
meus pais seja mas ela nem sequer me ouviu. Não sei
verdade.” mais o que fazer.”
Rosanna Elisabete André
Perdão e reconciliação

“O perdão Liberta a alma, remove o medo. É por isso uma arma


poderosa”.
Nelson Mandela

A empatia é um ingrediente essencial para o processo de reconciliação, assim


como a verdade.
Sentimos e damos significados diferentes às coisas e, por isso, esta sessão do
Clube Ubuntu procura refletir acerca do impacto daquilo que dizemos e
fazemos na vida dos outros, a importância de se ouvir todas as partes e de
reconhecer a verdade de cada um para se chegar a um entendimento maior
sobre a situação, a libertação que pode vir do perdão quando o recebo, mas
também quando dou.
PLANO DE SESSÃO

Temática | PERDÃO E RECONCILIAÇÃO | Amachucar folhas

Objetivos - Promover a reflexão sobre o perdão e reconciliação;


- Promover a reflexão sobre o facto de as palavras magoarem e da necessidade de perdoar.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Amachucar folhas 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas Brancas A4

Objetivos
- Promover a reflexão sobre o perdão e reconciliação;
- Representação visual sobre as coisas que nos magoam e o impacto
que têm.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Amachucar Folhas]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Folhas Brancas A4
- Esferográficas
- Marcadores
- Flipcharts
- Lápis de cor
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica é desenvolvida para trabalhar as questões do perdão e reconciliação
e também compreender, de uma forma visual, o impacto que as coisas que dizemos
têm/podem ter nos outros.

OBJETIVOS
- Promover a reflexão sobre o perdão e reconciliação;
- Promover a reflexão sobre o facto de as palavras magoarem e da necessidade de
perdoar.

MATERIAL
- Folhas A4
- Marcadores
- Tesouras
- Folhas A4 (várias cores)

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música ambiente calma.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO

1º PASSO O animador dispõe os jovens numa roda e entrega uma folha de papel
branca a cada um.

2º PASSO Colocando uma música de fundo para reflexão pede-se aos jovens que
fechem os olhos. Num primeiro momento de adaptação, o animador poderá explicar
que é uma dinâmica de reflexão individual e em silêncio. É importante utilizar um tom
de voz calmo que permita criar um ambiente de reflexão e só deverá começar a dar
as pistas de reflexão quando os jovens estiverem calmos e prontos para refletir em
silêncio.

3º PASSO O animador pede aos jovens que se lembrem das coisas que já lhes
disseram ou fizeram que os magoaram profundamente... Pode ter sido um amigo,
um familiar, um desconhecido... A cada vez que se lembrarem de uma dessas vezes
devem amachucar a folha com a força com que sentiram que isso os magoou...

O animador deverá falar pausadamente e deixar o tempo correr devagar, sem


apressar os jovens nem evitar os sentimentos ou emoções que possam surgir.

4º PASSO Deixar passar um tempo para a dinâmica assentar, voltar a pedir que
abram os olhos e estiquem a folha. Refletir em grande grupo sobre a dinâmica.

REFLEXÃO
O animador poderá começar por perguntar aos jovens como se sentiram a realizar a
dinâmica.

 Refletir sobre as coisas que fazemos que, mesmo sem notar, podem magoar
os outros;
 Refletir sobre como as coisas que nos magoam deixam marcas que ficam -
fazer a ligação com as marcas que ficaram na folha;
 Refletir sobre o perdão e reconciliação e sobre a necessidade de nos
perdoarmos;
 Refletir sobre as pessoas que precisamos de perdoar e sobre aqueles a quem
precisamos de pedir desculpa.
cuidar

O cuidado pelos outros, pelo mundo e por nós próprios é uma das dimensões centrais
da metodologia Ubuntu. O mundo precisa de pessoas que estejam atentas àquilo que
as rodeia, não sucumbindo à indiferença e ao comodismo.

Este olhar atento é uma característica que tem de ser treinada e muitas vezes
repetida para que se torne quase automática. Durante a Semana Ubuntu procura-se
trabalhar sentidos e qualidades como a empatia, que nos permite calçar os sapatos
dos outros, bem como o serviço, que nos ensina a por as mãos à obra para tomar
conta daquilo que faz parte do nosso mundo. A ética do cuidado é, por isso, um
conceito central, que nesta sessão do Clube é trabalhado de uma forma mais
concreta.
PLANO DE SESSÃO

Temática | UBUNTU – Cuidar os Outros


- Introduzir o conceito e a filosofia Ubuntu;
Objetivos - Explorar a dimensão do cuidado com os outros;
- Incentivar à partilha e reflexão a partir da experiência.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Nenhum
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Balões no Ar 35 Responsável
Material
minutos - Balões (1 por participante)
- Marcadores
Objetivos
- Introduzir o conceito/filosofia Ubuntu;
- Promover a partilha de conhecimento;
- Refletir a partir da experiência a dimensão do cuidado - cuidado com
o próprio, com os outros, com o ambiente.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Balões no Ar]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


- Marcadores
- Balões (1 por participante)
DINÂMICAS

OBJETIVOS
- Explorar o conceito e filosofia Ubuntu através da experiência;
- Explorar a dimensão do cuidado na filosofia Ubuntu;
- Promover a partilha através das pistas de reflexão.

MATERIAL
- Balões (1 por participante)
- Marcadores

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO O grupo deverá estar disposto em círculo enquanto o animador entrega
a cada participante um balão. Os participantes deverão encher e fechar o balão.

Nota: O animador poderá sugerir que os participantes escrevam o nome com um


marcador no seu balão.

2º PASSO Assim que todos os participantes tenham o seu balão cheio, o animador
dá as regras do jogo: “O objetivo é manter os balões no ar o maior tempo possível.”

3º PASSO O jogo começa com os participantes a lançarem os balões ao ar ao mesmo


tempo com a indicação do animador.

3º PASSO Passados 2 minutos do início do jogo, o animador começa a retirar


aleatoriamente elementos ao grupo, dando ordem para que saiam de jogo deixando
o balão.

4º PASSO O animador poderá retirar elementos ao grupo até caírem alguns balões
no chão. Ao fim de 10 minutos (no máximo), quando já estiverem alguns balões no
chão, o animador dará indicação de que o jogo terminou.

5º PASSO No final, o animador deverá convidar os elementos do grupo a integrarem


o círculo para que se faça a reflexão.
PISTAS PARA REFLEXÃO

O animador pode começar por perguntar: O que aconteceu? Como se sentiram os


participantes cujo balão caiu no chão? Porque deixaram os balões dos outros cair no
chão? Alguém que ficou no jogo até ao fim procurou não deixar cair mais do que um
balão? Porquê? Qual a mensagem que esta dinâmica transmite?

Uma das principais dimensões do Ubuntu é o cuidado. Cuidar de mim, dos outros, do
ambiente.
O animador pode introduzir o conceito de Ubuntu: “Eu sou porque Tu és” - Só posso
ser pessoa através das outras pessoas. Isto quer dizer que sou responsável por cuidar
de quem me rodeia.

Esta dinâmica demonstra exatamente o significado de Ubuntu. Assegurar que estou


atento e disponível para o outro, e que se estivermos todos com o mesmo propósito,
ninguém é deixado para trás e “nenhum balão cai no chão”. Para isso precisamos de
olhar para além do nosso umbigo e estar disponíveis para acompanhar e apoiar
aqueles que precisam.
PLANO DE SESSÃO
Temática | CUIDAR | A Minha Linha do Cuidado
Objetivos - Sensibilizar para a importância do cuidado na vida de cada um.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes;
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados;
Dinâmica
A Minha Linha do Cuidado 40 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos -Folhas Brancas A4
-Esferográficas
- Canetas ou marcadores de três cores para cada participante (por
exemplo, azul, vermelha e verde – ou outras que sejam iguais para
todos)
- Dispositivo de música
- Canção "Cuídame" de Pedro Guerra (ou outra apropriada)
- Quadro branco ou flipchart (opcional)
Objetivos
- Sensibilizar para a importância do cuidado na vida de cada um.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia;

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [A Minha Linha do Cuidado]
MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS
-Folhas Brancas A4
-Esferográficas
- Canetas ou marcadores de três cores para cada participante (por exemplo, azul, vermelha e verde – ou outras que sejam
iguais para todos)
- Dispositivo de música
- Canção "Cuídame" de Pedro Guerra (ou outra apropriada)
- Flipchart
- Post-its
A MINHA LINHA DO CUIDADO
DINÂMICA

CONTEXTUALIZAÇÃO
A dinâmica “A Minha Linha do Cuidado” visa promover a consciencialização da
importância da abordagem do cuidado, através da reflexão sobre a história dos
cuidados recebidos e oferecidos na vida de cada um.

OBJETIVOS
- Sensibilizar para a importância do cuidado na vida de cada um.

MATERIAL
- Papel
- Canetas ou marcadores de três cores para cada participante (por exemplo, azul,
vermelha e verde – ou outras que sejam iguais para todos)
- Dispositivo de música
- Canção "Cuídame" de Pedro Guerra (ou outra apropriada)
- Quadro branco ou flipchart (opcional)

DURAÇÃO
40 minutos

PREPARAÇÃO
- Ler a atividade com atenção e analisar a lista de “situações e acontecimentos”, que
pode ser adaptada de acordo com o grupo.
- Fazer um cartão com uma personagem por participante e guardar todos os cartões
no recipiente.

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO – Os participantes são convidados a entrar em contacto com a sua própria
história do cuidado, desde o nascimento até aos dias de hoje, num exercício de
memória afetiva. O animador deve esclarecer que este exercício não se trata de nos
julgarmos a nós próprios ou as outras pessoas de acordo com o saldo de cuidados
que a nossa linha de vida mostra, mas sim de aumentar o nosso nível de consciência
de como a balança dos cuidados tem estado presente na nossa história, aceitando-a
e decidindo como pretendemos que ela esteja no presente e no futuro.
2º PASSO – Num ambiente de silêncio e introspeção, é distribuída uma folha de
papel branca e três canetas ou marcadores das mesmas cores a cada participante
(por exemplo, verde, vermelho e azul).

3º PASSO – Com a folha de papel na horizontal, cada um traça uma linha horizontal
no meio do papel, a qual deve ser dividida em grupos etários de 7 anos de idade,
desde o nascimento até à idade atual (por exemplo, se a média de idades do grupo
for 16 anos, devem assinalar os intervalos de 1 a 7, de 7 a 14, e de 14 a 16).

4º PASSO – O animador explica o que devem escrever na folha com cada uma das
canetas:

 Verde: assinalar as pessoas, as situações e as experiências de cuidado que


recebeu em cada etapa da sua vida.
 Vermelho: assinalar as pessoas, as situações e as experiências de cuidado que
ofereceu a outras pessoas ao longo da sua vida.
 Azul: descrever o contexto, os acontecimentos ambientais mais significativos
de cada etapa da vida (familiares, sociais, políticos, etc.).

Estas indicações podem ser escritas no quadro ou num flipchart, para que todos os
participantes as consigam ler.

5º PASSO – Uma vez desenhada a linha da vida, os participantes devem observá-la e


questionar-se sobre o que se apercebem quando olham para a sua linha da vida do
cuidado. Esta reflexão pode ser feita em grande grupo em pequenos grupos:

Quem foram as principais figuras de cuidados para mim? Em que fase ou fases da
minha vida estiveram presentes? Os meus cuidadores têm sido sobretudo mulheres ou
homens?
De quem tenho cuidado e cuido na minha vida? A forma como cuido está relacionada
com a forma como fui cuidado? Se eu analisar a relação entre os cuidados recebidos e
os cuidados prestados, estarão equilibrados ou será que um dos lados da balança pesa
mais do que o outro?
Existe alguma relação entre o que estava a acontecer, em termos de contexto, e as
minhas experiências de prestar ou de receber cuidados?

6º PASSO – No final, o animador conduz um pequeno ritual de gratidão com dois


momentos:

A. Partilhamos: Livremente, quem quiser pode expressar o seguinte:


a. Uma ação de gratidão sobre a sua experiência de ser cuidado e de
cuidar.
b. Uma aprendizagem sobre o cuidado que pode aplicar na sua função
educativa.
B. Cuidamo-nos: Coloca-se a música de fundo “Cuídame”, de Pedro Guerra (ou
outra apropriada). Enquanto o grupo ouve a canção, são convidados a partilhar
formas de cuidar uns dos outros.

Adaptada de É o nosso momento: o paradigma do cuidado como desafio educativo. https://bit.ly/3iYTUQ0


A Semana Ubuntu acaba com o dia I Have a Dream, remetendo para o discurso
de Martin Luther King sobre o seu sonho para um mundo mais justo e igualitário.
Da mesma forma que MLK, é pedido aos participantes que sonhem, que digam
em voz alta o seu desejo. Esta sessão do Clube tem como objetivo voltar a esse
sonho tendo em vista a sua concretização.
Existe, muitas vezes, a sensação de que os sonhos que temos são inatingíveis
ou, pelo menos, difíceis de alcançar. Contudo, a capacidade de planeamento e
de autorregulação acaba por ser essencial na forma como estes sonhos são
vividos e alcançados (ou não). Assim sendo, trabalhar-se-á a autorregulação, o
adiamento da gratificação e a capacidade de segmentação deste sonho maior
em objetivos mais pequenos e específicos, de forma a conseguir, um dia,
alcançar esse sonho grande.
PLANO DE SESSÃO

Temática | SONHAR | Passo a passo


- Promover a capacidade de desenvolver objetivos concretos e determinar um caminho para
Objetivos atingir o seu sonho;
- Promover a autorregulação.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


Descrição Horários Duração Responsável | Material | Objetivos

Acolhimento dos
Participantes e Energizer 5 Responsável
(quando necessário inserir minutos Material
Energizer) - Ver ficha de dinâmica
Objetivos
- Iniciar a sessão;
- Acolher os participantes.
Dinâmica
Revendo 5 Responsável
minutos Material
- Nenhum
Objetivos
- Relembrar a experiência da sessão anterior;
- Resgatar os conceitos partilhados.
Dinâmica
Passo a Passo 35 Responsável
(ver ficha de dinâmica) Material
minutos - Folhas A4 para cada participante
- Marcadores / Esferográficas

Objetivos
- Promover a autorregulação;
- Desenvolvimento de objetivos concretos.
Avaliação do Dia Responsável
10 Material
minutos - 1 Folha de Flipchart
- 1 post-it por participante
Objetivos
- Avaliar a sessão;
- Receber Feedback dos participantes relativamente ao dia.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
- Ficha de Dinâmica [Passo a Passo]

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS


Folhas A4
Esferográficas Marcadores
Flipcharts Lápis de cor
DINÂMICAS

CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta dinâmica pretende trabalhar a questão do sonho e da autorregulação,
capacidade que é central para a vida de cada um. A ideia é voltar ao dia do I Have a
Dream da Semana Ubuntu e, resgatando os sonhos delineados nesse dia, dar-lhes
sustento através de um desenvolvimento de objetivos concretos e de compreender
como este pode ou não ser desenvolvido.

OBJETIVOS

- Promover a capacidade de desenvolver objetivos concretos e determinar um


caminho para atingir o seu sonho;

- Promover a autorregulação.

MATERIAL
- Folhas A4 para cada participante
- Esferográfica

VIDEO/MUSICA
O animador coloca uma música ambiente.

DURAÇÃO
35 minutos

DINAMIZAÇÃO
1º PASSO Em grande grupo, o animador traz à memória o último dia da Semana
Ubuntu – I Have a Dream, e pede que os jovens partilhem o que se lembram desse
dia (5 minutos de reflexão).

2º PASSO O animador entrega a cada participante uma folha na qual deverão


escrever em letras grandes o sonho Ubuntu que na altura partilharam com os
colegas no púlpito. Caso o participante não se recorde/queira reformular, poderá
escrever outro sonho, lembrando sempre que um sonho Ubuntu é algo que está
relacionado com o pilar do serviço e que está direta ou indiretamente ligado aos
outros.
3º PASSO Depois de todos terem escrito em letras grandes, o animador reflete
sobre como às vezes os sonhos parecem muito grandes e fora das nossas mãos, mas
que há uma possibilidade de os trazer para mais perto da realidade de cada um,
através de objetivos concretos que ajudem a chegar a esse sonho.

4º PASSO Pede então que cada um deles reflita e escreva objetivos concretos que
os façam atingir esse sonho. Os objetivos têm de ser PPP, ou seja, Prático, Pequeno
e Possível. Para ajudar os participantes o animador pode dar exemplos – se o meu
sonho é que ninguém se sinta sozinho, posso ter como objetivo ajudar aquele meu
amigo que eu sei que se sente mais sozinho agora.

5º PASSO Depois de escreverem vários objetivos (pelo menos três), o animador


pede aos participantes que olhem para os seus objetivos e que se relembrem das
primeiras sessões de autoconhecimento e autoconfiança (nomeadamente a
dinâmica SWOT). Através dessa revisão os participantes devem conseguir identificar
aquilo que eles acham que são as características deles que os ajudam a atingir esses
objetivos e aquelas que os dificultam.

6ºPASSO No final, reflete-se em grande grupo sobre a construção da folha e dos


objetivos. Alguns jovens podem partilhar os seus objetivos e sonhos novamente.
diário

A metodologia Ubuntu dá uma especial relevância ao personal storytelling e às


histórias de vida de todos os participantes. Desta forma, à semelhança do que
foi feito pela Professora Erin Gruwell com a sua turma, surge a ideia de se ir
desenvolvendo individualmente um diário, em que os jovens possam trabalhar
a sua própria história de vida e a significação da mesma ao longo de todo o ano
letivo.
Os jovens podem ser convidados a escrever num caderno próprio ou até no
caderno Ubuntu (entregue na formação) ao longo do ano letivo e, de forma
voluntária, partilhar excertos do seu diário.
O espaço “diário” é recorrente e não implica dedicar uma sessão específica do
Clube ao mesmo, mas sim fazer um acompanhamento e partilha quando e como
se achar mais adequado. A partilha das histórias de vida é uma das melhores
formas de se aprender e trabalhar características como o autoconhecimento, a
autoconfiança, a resiliência e a empatia.
Visando fomentar a reflexão individual sobre a história de vida de cada um e
respetiva significação, propõe-se que esta dinâmica seja explicada numa das sessões
iniciais do Clube, mas que os momentos de reflexão e/ou escrita sejam realizados de
forma individual, autónoma e voluntária ao longo do ano letivo. Quando for
adequado, podem ser criados momentos no final de sessões do Clube para que os
jovens possam partilhar algumas das reflexões feitas.
O animador deve recordar a importância de mergulharmos dentro de nós próprios
no processo de autoconhecimento – apesar do desconforto que tal processo
envolve. Admitindo que uns preferem refletir em voz alta e outros preferem fazê-lo
através da escrita, o animador deve convidar os jovens a fazer este exercício de
forma individual fora das sessões do Clube.
Explica que, no final de cada sessão do Clube (à saída, por exemplo), o animador
tirará um papel com uma proposta de reflexão do frasco. O objetivo é que, entre
uma sessão e a seguinte, os jovens encontrem um tempo para refletirem
individualmente sobre a pergunta e para escreverem no seu diário sobre o tema em
questão.
ANEXO

Quais são as minhas principais forças e Qual é o maior elogio que me podem
qualidades? fazer?
Quais foram os grandes desafios na minha Atualmente, quais são os meus principais
vida? Como os venci? objetivos?
O que gosto em mim mesmo/a? O quê/quem é que me inspira na vida?

O que me dá mais prazer fazer? Sinto-me grato por…

O que é que mais me preocupa neste O que é que eu gostava de ter sabido mais
momento? cedo?
Que competências diferentes/distintas
Um sítio que me inspira.
tenho?

Do que é que tenho mais orgulho na vida? 10 coisas que me fazem sorrir.
O que é que consigo fazer hoje que não
O que é que me traz tranquilidade?
conseguia fazer há um ano atrás?
Quem são as três pessoas mais próximas Se pudesse acordar amanhã com uma nova
de mim? Como é que elas influenciam a qualidade ou atributo que hoje não
forma como me vejo? possuo, qual escolheria?
Qual é o super-herói com quem mais me
Já perdi alguém por orgulho? Porquê?
identifico?
O que é que me faz “ferver em pouca
Que superpoder gostava de ter?
água”?

O que é para mim a coragem? O que é para mim a confiança?

O que é que gosto de fazer quando estou


Como é que lido com a pressão do tempo?
triste?
Como é que reajo a uma opinião diferente
Qual é o meu maior arrependimento?
da minha?

Qual é a causa social que mais me motiva? Como é que reajo à rejeição?

O que é que eu aprendi hoje? O que é um dia perfeito para mim?

Que crenças limitadoras tenho sobre mim Que mentiras conto a mim próprio/a com
próprio/a? frequência?

Qual é a minha memória mais feliz? Qual foi o melhor conselho que já recebi?

Quem é a pessoa que mais admiro?


Como reajo a uma situação de injustiça?
Porquê?
FILMES

Os filmes, tal como durante a Semana Ubuntu, têm um grande papel na


aprendizagem informal. Permitem, através de retratos da realidade, fictícia ou
não, gerar reflexões, conhecimentos e visões do mundo que muitas vezes não
conseguiríamos aceder de outra forma.
Assim sendo, para os Clubes, propomos três sessões de filmes, com reflexão:
Amigos Improváveis, Os Coristas e O Rapaz Que Roubou o Vento.
REFLEXÃO

Baseado numa história verídica, o filme tem como personagem principal William
Kamkwamba, um rapaz de 13 anos do Maláui.
Nasceu numa família pobre que dependia principalmente da agricultura para
sobreviver. A fome e a pobreza marcaram a sua vida desde cedo e teve de
abandonar a instituiçãoporque a família não podia pagar a mensalidade.
Inspirado pela leitura de um livro de ciências, William construiu uma turbina
eólica para salvar a família e a sua aldeia da fome.

Questões de reflexão
1. O que vos marcou mais no filme?
2. O que diriam ao William se o conhecessem?
3. Que aprendizagens retiram para a vossa vida da atitude de William?
REFLEXÃO

Philippe (interpretado por François Cluzet) é um aristocrata branco, rico e


extremamente culto. Driss (interpretado por Omar Sy) é um imigrante
senegalês, negro e com uma série de problemas financeiros e pessoais. O
caminho dos dois cruza-se quando Philippe, que é tetraplégico, anuncia que
precisa de contratar um novo cuidador.
Mesmo sem nunca ter trabalhado na função, Driss resolve candidatar-se à vaga.
Assim tem início uma amizade muito improvável, de encontro entre dois
mundos diametralmente opostos.
A história é baseada na amizade real entre o empresário Philippe Pozzo di
Borgo com o argelino Abdel Yasmin Sellou.
O filme é trazido para o Clube uma vez que aborda a construção de pontes entre
dois homens aparentemente opostos, bem como a humanização de cada um
deles, com a sua dignidade reconhecida na plenitude apesar de todas as suas
características que, à partida, poderiam suscitar pena ou medo.

Questões de reflexão
1. Qual foi a parte do filme que mais te marcou?
2. Quais eram os preconceitos envolvidos neste filme?
3. Como se sentiriam se estivessem no lugar de Driss? E de Philippe?
REFLEXÃO

A história passa-se depois da Segunda Guerra Mundial, na década de 1940, num


internato para meninos órfãos no interior de França.
Este orfanato é administrado com "mão de ferro" por Rachin, a quem os miúdos
temem, mas não respeitam. Quando o professor Clément Mathieu vai dar aulas
encontra crianças e adolescentes difíceis de disciplinar, acostumados a
combater os métodos repressivos do internato.
Com a sua formação musical, Mathieu desenvolve uma forma criativa e
eficiente de cativar as crianças. Contra a vontade do diretor Rachin, Mathieu
forma um coro, revolucionando assim os métodos de ensino. O professor volta
a compor, revelando um grande talento e torna-se um grande maestro,
mudando para sempre a vida dos estudantes.
O filme permite também uma reflexão sobre a mudança de paradigma da forma
como Mathieu passou a olhar para os seus jovens – não como delinquentes, mas
como crianças com dignidade completa.

Questões de reflexão
1. Qual era a imagem que o diretor tinha dos jovens?
2. Qual foi a estratégia utilizada por Mathieu para conquistar os jovens?
3. Como se sentiriam se estivessem no lugar daqueles jovens?
FILME “A VIDA DE PI”

Pi Patel, um homem nascido na Índia e a viver no Canadá, conta a um escritor exausto


a história da sua vida numa tentativa de o fazer escrever novamente. Pi nasceu no
jardim zoológico do seu pai em Pondicherry, na Índia francesa. Em busca de novas
oportunidades, a família Patel e os seus animais embarcam rumo ao Canadá. No meio
do Oceano Pacífico, uma tempestade afunda o navio cargueiro onde viajam. Apenas
Pi e uns poucos animais sobreviverão, todos reunidos a bordo num salva- vidas.

Este filme ensina-nos que cada um é a história que conta sobre si e sobre as suas
circunstâncias, e que a veracidade da existência não está tanto no que realmente
aconteceu, mas no que é verdadeiramente contado, aos outros e a nós próprios.

Questões de reflexão

1. O que leva ao encontro dos dois protagonistas?


2. Como é que os dois protagonistas se acolhem um ao outro? Onde se
encontram? Porque e como iniciam a conversa? Como é a transformação que
se vai verificando à medida que a história avança?
3. Ambos sabem como falar e sabem como manter-se calados?
4. Qual é a história que conta Pi? Será realmente a sua vida: uma fábula com
animais ao estilo de Esopo, ou uma história real?
5. Que significado tem para ambos, para o narrador e para aquele que o escuta?
6. Ambos foram transformados? Estão de alguma forma diferentes, melhores
do que no início?
A conversa entre Pi e o escritor é um desabafo, um debate, um diálogo ou um
testemunho?

Adaptado de É o nosso momento: o paradigma do cuidado como desafio educativo. https://bit.ly/2Xrxcrx

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