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Os jogos e a matemática: O xadrez como ferramenta pedagógica nas concepções de

professores do ensino fundamental das escolas públicas e urbanas do município de


Cametá - PA.

Naiara da silva1
Maikon valente da cruz2

O contexto no ensino de matemática é necessário, uma vez que dá significado


aos conceitos estudados em sala de aula, sendo uma estratégia que visa relacionar o
conteúdo educacional com eventos da vida cotidiana, pretendendo construir alunos
críticos de sua realidade. Desse modo, o presente trabalho objetiva verificar os jogos,
especialmente o jogo de xadrez se faz presente no ensino da matemática, enfatizando as
opiniões de professores em escolas públicas urbanas do ensino fundamental no
município de Cametá sobre o papel que o jogo de xadrez desempenha como ferramenta
educacional nas práticas de ensino, bem como identificar de que forma o ensino de
matemática vem sendo trabalhado no ensino fundamental; ponderar os possíveis fatores
que contribuem para a não utilização dos jogos em relação ao ensino de matemática e
avaliar os possíveis fatores que dificultam a prática docente. Neste sentido, para o
desenvolvimento da pesquisa, a abordagem se deu sob uma perspectiva qualitativa, na
qual foi aplicado um questionário com quatro professores de quatro escolas do ensino
fundamental. Assim, constatou-se que os professores consideram os conhecimentos
matemáticos apresentados em sala de aula tem relação com o cotidiano, sendo, também,
importantes para a vida social. Entretanto, Contudo, ainda percebe-se o quanto é
importante e se faz necessário práticas pedagógicas diversificas que possam despertar o
interesse e a motivação nos educando, isso se justifica através das opiniões dos
professores, quando estes mencionam a formação inicial que tiveram, como a falta de
estrutura e de materiais nas escolas onde trabalham. Percebe-se logo que os jogos são
um importante recurso no processo de ensino-aprendizagem, a fim de fornecer
ferramentas que ajudam o professor a tornar o conteúdo de matemática criativo e
inovador.

Palavras-Chaves: Jogo de Xadrez, Lúdico, Ensino de Matemática.

1
2
INTRODUÇÃO

Apesar de muitos estudiosos afirmarem a importância de atividades lúdicas


permeadas por jogos serem fundamentais para o desenvolvimento das crianças, nossas
escolas ainda estão baseadas numa pedagogia tradicional, na qual não há espaços para a
prática de atividades lúdicas. A escola tradicional visa apenas à transmissão de
conteúdo, não englobando as novas propostas metodológicas vigentes, sendo as práticas
lúdicas uma delas. E, assim sendo, afastando do aluno uma das ferramentas mais
importantes para a sua formação e seu desenvolvimento educacional.
As dificuldades dos alunos na matemática fazem com que os professores
procurem novos métodos de ensino, disponibilizando de recurso pedagógico como o
lúdico oferecendo atratividade para chamar a atenção dos alunos procurando uma
maneira de ensinar brincando já que brincadeira faz parte do dia-a-dia de todas as
crianças. Através do lúdico as crianças divertem-se e aprendem ao mesmo tempo, entre
os meios lúdicos o xadrez se destaca pelas diversas maneiras de desenvolver a
aprendizagem, na matemática, geografia, história, artes e outros. A prática do jogo traz
também inúmeros benefícios para seus adeptos, além de proporcionar emoção durante o
jogo. Todos esses benefícios são de grande valor aos alunos, pois seu desenvolvimento
ajuda no aprendizado das disciplinas.
Na educação, o xadrez tem um caráter pedagógico e lúdico que permite ao
praticante desenvolver o raciocínio lógico, estratégias para solucionar problemas,
aprender noções de cálculos e geometria. O jogo de xadrez possibilita um trabalho
interdisciplinar. Como: Melhora a interação na relação professor- aluno; Proporciona a
melhoria do poder de concentração; Estimula a autoestima dos alunos; memorização e
criatividade; concentração e atitude.
Com essas preocupações, a intenção deste trabalho é analisar a importância da
ludicidade no contexto educacional, mais precisamente, do jogo educativo,
especialmente o jogo de xadrez, no ensino fundamental voltado para o processo de
ensino-aprendizagem na disciplina de matemática e sua aplicação no cotidiano da sala
de aula. Uma vez que percebemos que nos últimos anos a educação básica no Brasil, em
relação à matemática, tem sofrido acirrada críticas sobre os procedimentos
metodológicos que as escolas vêm desenvolvendo, onde o ensino dessa ciência exata
ganha destaque pelo grau de deficiência em rendimento escolar.
Nesse sentido, surgem os questionamentos dos futuros educadores, como
também daqueles que já exercem a profissão, sobre: como o lúdico pode ser importante
para o crescimento intelectual das crianças? Muitos professores falam da importância da
ludicidade e discutem conceitos de ludicidade, mas não desenvolvem tais metodologias
por não saber relacioná-los a Matemática.
Nessa perspectiva, delineamos como questão chave de nossa pesquisa a
seguinte investigação: Que metodologias de ensino são adequadas à aprendizagem
significativa da matemática a partir da utilização dos jogos lúdicos?
Partindo desse ponto de vista e com a tentativa de responder o problema
levantado, acredita-se que a metodologia de ensino adequado deve conter uma melhor
articulação entre os jogos educativos e a Matemática aliada a um melhor interesse do
professor em desenvolver atividades lúdicas em seu espaço de atuação. Logo, o trabalho
enfatiza os jogos lúdicos como instrumento motivador para o ensino de matemática,
tendo como objetivo analisar as concepções e estratégias metodológicas desenvolvidas
pelos professores no ensino fundamental em relação ao ensino de matemática através do
lúdico. Procurar-se-á também identificar de que forma o ensino de matemática vem
sendo trabalhado no ensino fundamental; ponderar os possíveis fatores que contribuem
para a não utilização dos jogos em relação ao ensino de matemática e avaliar os
possíveis fatores que dificultam a prática docente.
Portanto, a relevância desta proposta de pesquisa estará relacionada com os
saberes matemáticos através dos jogos lúdicos, que faz parte do contexto do aluno e,
transmitir aos professores a importância da efetivação desses propósitos de renovação
nas metodologias docentes, que se revela à mobilidade de construir e aprimorar práticas
educativas progressivas de modo a facilitar o aprendizado a que se almeja à propagação
de uma educação digna e revolucionária.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 O ENSINO E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA


Vivemos em uma sociedade marcada por inúmeros problemas de ordem social,
política, econômica e educacional. A escola, uma das mais importantes instituições da
sociedade contemporânea parece ter se estagnado no tempo, apesar de todo esse
processo de transformação que o mundo vive atualmente, nossas escolas ainda utilizam
o modelo tradicional para se trabalhar, com isso prevalece um ensino que visa apenas à
transmissão de conteúdo, não englobando novas perspectivas vigentes. Nesse sentido,
Fossa (2001) coloca que:

No ensino tradicional, toda a atenção é centrada no professor. É este


que explica, que resolve os problemas, que modela o procedimento
correto que o aluno deveria copiar fielmente. Mas, se o conhecimento
é uma construção ativa do indivíduo, o aluno tem de se tornar o
elemento mais ativo dentro da sala de aula, pois o foco deveria ser
levar o aluno a desenvolver seu próprio pensamento. (FOSSA, p.33,
2001).

Tal processo histórico-cultural representa o despreparo de nosso sistema de


integrar e se transformar, na medida em que o homem e a sociedade se modificam.
Aliado a isso, a completa ausência de infraestruturas e de recursos didáticos nas escolas.
No entanto, o maior problema parece está no fato dos professores não conseguirem
trabalhar adequadamente essas novas propostas em sala de aula ou de seu próprio
desinteresse em utiliza-las.
Nesse sentido, que vem sendo tratada a disciplina Matemática, com relação à
utilização de novas propostas metodológicas de ensino no contexto escolar. Essa
disciplina se resume numa mera transmissora de conteúdos e que o aluno, por sua vez,
decore uma serie de numerações impostas pelo professor. Essa área do ensino
geralmente é tratada como uma disciplina que “transmite” uma série de regras
arbitrárias e ensina uma linguagem de signos, sem garantir o desenvolvimento de
estruturas cognitivas que sustentem a possibilidade do real entendimento que se
pretende ensinar.
O ensino é quase todo centrado em memorização de regras e na aprendizagem
de “truques” através dos quais não se obtém a compreensão dos porquês, mas, tem-se de
utilizá-los porque “funcionam”. Assim, a avaliação escolar se torna superficial e
mecânica. A esse respeito percebe-se “Claramente, as avaliações como vem sendo
conduzidas, utilizando exames e testes, tanto de indivíduos como de sistemas, pouca
resposta tem dado à deplorável situação dos nossos sistemas escolares” (D’
AMBROSIO, p. 63, 1996). Ainda segundo D’ Ambrosio (1996),

Nenhuma pesquisa é conveniente o suficiente para dizer o quanto as


avaliações, da maneira como são atualmente conduzidas, são
indicadores de rendimento escolar. Importantes pesquisas têm
mostrado que os resultados obtidos numa série têm pouca relação com
o desempenho em séries posteriores, contraindo expectativas.
Principalmente em matemática, a incapacidade de transferir
conhecimento para uma situação nova é constatada”. (D’
AMBROSIO, p. 65, 1996).

O ensino da Matemática ocupa um vasto espaço na formação escolar, ou seja,


um grande tempo de permanência do aluno na escola é exclusivamente dedicado à
aprendizagem da Matemática, e seu desempenho tem importância fundamental na
definição de seu sucesso ou insucesso escolar, significando, para grande maioria,
reprovação e até abandono escolar.

Frequentemente se afirma que a Matemática aprendida com a vivência


escolar está presente em todos os momentos de nossas vidas, contudo,
essa Matemática vem enfrentando inúmeros bloqueios de aprendizado,
pois é grande a parcela da população estudantil que afirma não gostar
de Matemática. (SILVA, p. 62, 2005).

Partindo dessa problemática do ensino, e do que já fora anteriormente


mencionado, infelizmente, nosso sistema de ensino ainda está baseado na tradicional
pedagogia que a escola impõe, onde os alunos assumem um caráter passivo tornando-se
meramente seguidores de regras, como também, assumindo uma postura descritiva
dessas mesmas regras, ou seja, tornando o ensino como algo estático, pronto e acabado,
sem espaço para as novas propostas metodológicas vigentes, sendo as práticas lúdicas
uma delas.

1.2 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA


O conhecimento matemático tem urgência em ser ensinado através de
instrumentos que possibilitem a interpretação das coisas que rodeiam nossas vidas e o
mundo, formando assim pessoas conscientes para o exercício da cidadania, através de
sua ação-reflexão e não memorização, alienação e exclusão. A esse respeito Silva
(2005) coloca que,

O conhecimento matemático resulta das interlocuções estabelecidas


pelo homem com os elementos culturais do contexto no qual é
produzido. Quando assumido como linguagem, esse conhecimento
torna-se um recurso fundamental no exercício da leitura da realidade,
voltadas à elaboração de soluções aos problemas cotidianos a
caminhada pela melhoria da qualidade de vida. (SILVA, p. 62, 2005).
Partindo dessa problemática do ensino-aprendizagem, é importante está
mencionando como os professores e alunos se entrelaçam e se configuram nesse
processo, enfocando as concepções práticas de jogos lúdicos e sua aplicação no
cotidiano da sala de aula.
A importância dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras na educação tem se
fortalecido ao longo do tempo. Principalmente nos momentos de crítica e reformulação
de documentos que regem a educação, esses elementos lúdicos são lembrados como
alternativas interessantes para a solução de problemas da prática pedagógica e da
educação tanto de crianças como de jovens e adultos, sempre direcionado a aquisição de
um novo conhecimento. Esses avanços dependem, basicamente, das restruturações
políticas de cada país acerca da educação, considerando- se principalmente as políticas
de valorização e formação de professores, os investimentos feitos às escolas equipando-
as com materiais didáticos, ampliação, reforma e adequação dos prédios escolares etc.
Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todas as fases da vida,
acrescentando características indispensáveis para o relacionamento entre as pessoas e
para o reconhecimento do meio em que vivemos. Nesse sentido, “Percebemos então que
se os jogos são tão importantes para o desenvolvimento, devem estar presentes em todos
os processos que o envolvam, principalmente o meio escolar” (GOULART; FREI, p.
723, [?]). Assim, é importante desenvolver conceitos matemáticos através de atividades
lúdicas, pois a partir do momento que surgimos estamos contidos nesse espaço e que
dessa forma a criança e sujeito de sua própria aprendizagem.
Existem vários estudos que demonstra o quanto atividades lúdicas são
fundamentais para a formação, a orientação e o desenvolvimento da criança. Sendo
assim é importante desenvolver atividades matemáticas nas escolas, uma vez que
estamos inseridos no universo dos números desde que nascemos e que as crianças são
capazes de desenvolver noções matemáticas mesmo antes de entrar na escola,
considerando assim o conhecimento que utilizam na sua vida.
Assim é importante mencionar que “É na idade escolar que a criança sente
necessidade de agrupar-se para praticar diversas atividades, uma delas é o jogo”
(GOULART; FREI, p. 723, [?]). Partindo desse referencial acreditamos que frequentar
o ambiente escolar significa, além da convivência entre pares e a relação com o outro,
ter acesso a muitas oportunidades para construção e novos conhecimentos, graças às
ações que a criança exerce sobre o mundo real.
1.3 A IMPORTÂNCIA DO XADREZ COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
ESCOLAR
A valorização do jogo do xadrez na educação matemática, passa pela grande
importância que esta ciência possui em nossa vida. A matemática está intimamente
relacionada com as transformações existentes na sociedade atual. Como a modernização
de computadores, de aparelhos celulares, televisivos e etc. Por se tratar de uma ciência
que tem como uma das finalidades o desenvolvimento de estudos e mecanismos
tecnológicos que possam estar modernizando produtos essencialmente importantes na
busca do bem estar da sociedade. Dessa forma, se menciona que “As transformações do
mundo globalizado, a rapidez com que as informações chegam e se transformam
exigem que a escola se renove na mesma velocidade”. (ALMEIDA, p.16, 2010).
Existem, hoje na literatura, diversos trabalhos referentes ao jogo do xadrez,
abordando diferentes aspectos. O trabalho de Silva (2009), por exemplo, em seu
trabalho sobre Raciocínio lógico e o jogo de xadrez: em busca de relações, O presente
estudo teve por objetivo pesquisar se há correlação positiva entre os desempenhos no
jogo de xadrez e na Escala de Desenvolvimento do Pensamento Lógico (EDPL). Nesse
sentido, o autor conclui em seu estudo que:

O interesse pela utilização do jogo de xadrez em contextos educativos


vem crescendo nos últimos anos, a julgar pela extensa lista de artigos
disponíveis no site da Federação de Xadrez dos Estados Unidos
(USCF, 2009), que possui um acervo com os principais artigos e
pesquisas que versam sobre esse tema. Esse interesse crescente se
baseia, na maioria das vezes, na premissa que o estudo e a prática
sistemática do xadrez podem auxiliar na aprendizagem escolar dos
alunos. (SILVA, p. 217, 2009).

Ainda sobre essa questão, Silva (2009), destaca que:

[...] a maioria dos estudos sobre o xadrez escolar carece de suporte


empírico, e os que apresentam suporte empírico possuem graves
problemas metodológicos. Entretanto, mestres e professores de xadrez
têm plena convicção dos benefícios das aulas de xadrez, propondo que
o xadrez desenvolve, dentre outras coisas, a inteligência geral, a
habilidade para concentração, fortalece o ego, o autocontrole, a
habilidade para análise, e a habilidade para leitura. (SILVA, p. 217,
2009).

A educação matemática, assim como outras áreas do conhecimento, sofre com


a pouco ou total falta de concentração como também de estímulo ao raciocínio lógico.
Os jogos, em especial o jogo de xadrez, como ferramenta pedagógica se apresenta com
importância significativa para os alunos e contém vários estudiosos de diversas áreas
que defendem a relevância que o xadrez desempenha na educação matemática,
essencialmente no que se refere ao desenvolvimento de diversas habilidades, como as
relacionadas ao raciocínio lógico. A esse respeito, Oliveira e Castilho ([?]), afirma que,

Sobre o aspecto do raciocínio lógico, no jogo de xadrez, a criança


passa a ter contato com diversos exercícios que lhe são propostos, nos
quais ela deve buscar a melhor combinação dos lances a serem
realizados, tendo a sua disposição inúmeras possibilidades. Isto
resultará em um ganho, podendo ser material (peças) ou posicional
(deixando com uma posição que reverterá para a vitória).
(OLIVEIRA; CASTILHO, p. [?], [?]).

Na matemática o cálculo é um dos meios mais importantes na resolução de


problemas. Nesse sentido, a introdução do xadrez no ambiente escolar propicia ao
educando a compreensão de conteúdos matemáticos comuns no seu dia-a-dia, porém
quando trabalhados de forma sistemática em sala de aula ainda são considerados difíceis
e longe de despertar o interesse de quem os estuda.
Diante do exposto certamente podemos está associando e trabalhando o xadrez
na matemática tendo em vista as possibilidades de benefícios que este jogo pode agregar
ao ensino bem como ao estímulo e ao desenvolvimento cognitivo.

2. METODOLOGIA

A pesquisa teve como referência a abordagem qualitativa, que em


princípio utilizou-se para seu desenvolvimento a pesquisa bibliográfica (D’
AMBROSIO, 1996; SILVA, 2009; ALMEIDA, 2010; SANTOS, 2009). Desse modo,
procurou-se expressar os dados obtidos na pesquisa em termos qualificáveis, dando
importância à análise qualitativa dos resultados, pois segundo Chizzotti (2006) a
abordagem qualitativa consiste numa relação dinâmica entre o sujeito da análise e o
objeto a ser analisado. Com isso, foi possível perceber que a pesquisa qualitativa
forneceu uma base sólida no momento em que se entrou em contato com diversas
situações pelas quais foram feitas as devidas análises, atribuindo-lhes sentidos e
levando-se em conta o contexto ao qual está inserida. A esse respeito Chizzotti (2006)
coloca,
O conhecimento não se reduz a um rol de dados isolados, conectados
por uma teoria explicativa; o sujeito-observador é parte integrante do
processo de conhecimento e interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes
um significado. O objeto não é um dado inerte e neutro; está possuído
de significados e relações que sujeitos concretos criam em suas ações.
(CHIZZOTTI, p, 79, 2006).

O lócus da pesquisa foi o município de Cametá/PA que possui tanto escolas de


ensino fundamental público e quanto privadas. Contudo, a pesquisa foi restrita as
escolas públicas municipais do ensino fundamental que funcionam na região
metropolitana, por se tratar de escolas tradicionais do município atendendo o foco da
pesquisa além ser de fácil acesso.
A técnica de coleta de dados que foi utilizada perpassa muito pelos objetivos
da pesquisa, que através das informações, dos documentos, favorece o alcance dos
mesmos.
Realizou-se, então, a aplicação de questionários distribuídos para 04 (quatro)
professores (Apêndice A), atuantes no ensino de matemática em quatro escolas
diferentes, caracterizando assim a amostra da pesquisa para o registro dos dados.
Procurou-se preservar o anonimato das respostas dadas pelos professores de modo a
assegurar que o desenvolvimento da pesquisa não causaria nenhum tipo de risco ou
desconforto para estes. O instrumento consistiu em treze questões para os professores,
com cinco questões fechadas e oito abertas, e ambas estruturadas (apêndice A), que
permitiram, em relação aos professores, obter informações a respeito do perfil, da
existência ou não de obstáculos em adotar aulas contextualizadas, se a formação inicial
prepara esse profissional dar suporte para realizar aulas contextualizadas, concepções a
respeito dos jogos como ferramentas pedagógicas, especialmente o jogo de xadrez.
O questionário procurou obter informações sobre determinadas questões por
meio de perguntas que segue uma ordem, sendo assim, destacamos algumas vantagens,
de acordo com Marconi e Lakatos (2010), sobre esse instrumento de coleta de dados:

a) Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados; b)


Atinge maior número de pessoas simultaneamente; c) Obtém respostas
mais rápidas e mais precisas; d) Há maior liberdade nas respostas, em
razão do anonimato. (MARCONI; LAKATOS, p. 184, 2010).

Assim, procurou-se através dessas técnicas de pesquisa não está apenas


complementando informações de outra técnica, mas conseguir dados relevantes para
termos, através de procedimentos de análise, uma compreensão mais aprofundada da
problemática que nos propomos estudar.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos resultados obtidos na pesquisa de campo, conforme descrita,
foi possível realizar diversas análises e discussões acerca do ensino de matemática,
assim com relação a metodologia trabalhada pelos professores através de ferramentas
pedagógicas, especialmente o jogo de xadrez na visão do docente.

3.2 CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES PESQUISADOS

3.2.1 Perfil dos Professores

No que diz respeito aos 4 (quatro) professores de matemática das escolas


públicas municipais de Cametá pesquisados, todos responderam e entregaram o
questionário. No qual, em relação à formação acadêmica, verificou-se que, todos são
graduados em Licenciatura Plena em matemática e entre os quatros professores 2 dois
possuem pós-graduação, com o título de especialistas. Sendo que quando questionados
sobre o seu tempo de atuação na área de ensino de matemática, 3 (três) relataram
estarem trabalhando a 5 (cinco), 7 (sete) e 8 (oito) anos com essa profissão, enquanto
apenas 1 (um) disse ter 20 (vinte) anos de atuação.
A prática de ensino é absolutamente necessária que seja exercida por
profissionais que estejam preparados para desempenhar uma série de habilidades e
conhecimentos imprescindíveis para a sua área de trabalho, para que então possam
desenvolver propostas, estratégias e metodologias de ensino, tais como a
contextualização, a transposição didática e a interdisciplinaridade, que tornem o
educando conhecedor de sua função na sociedade. Nesse sentido, sobre a educação
matemática, D’ Ambrosio, 1996, destaca que,

A formação de professores de matemática é, portanto, um dos grandes


desafios para o futuro. A proposta de Beatriz S. D’ Ambrosio sobre
quais deverão ser as características desejadas em um professor de
matemática. Ela diz que o professor de matemática deverá ter: 1.
Visão do que vem a ser matemática; 2. Visão do que constitui a
atividade matemática; 3. Visão do que constitui a aprendizagem
matemática; 4. Visão do que constitui um ambiente propício à
aprendizagem da matemática. (D’ AMBROSIO, p. 87, 1996).
No entanto, muitos profissionais não se sentem preparados para o bom
desempenho da educação durante o seu período de formação acadêmica, de fato, quando
indagados se consideram que a universidade prepara o profissional da educação para o
ensino de matemática contextualizado, preparando o aluno para o exercício consciente
da cidadania, dos 4 (quatro) professores pesquisados, 2 (dois) responderam que sim e
outros 2 (dois) não. Nesse sentido, Hage ([?])

A necessidade urgente de hoje é de se redimensionar o papel da


educação, da escola, e consequentemente da formação de professores
para que se efetive uma educação realmente de qualidade, e que
considere o conhecimento do professor e do aluno como algo que
pode ser revisto, analisado e redimensionado a todo o momento.
(HAGE, p. 4, [?]).

Assim, imprescindível se faz a procura pelo contínuo aperfeiçoamento tendo


em vista a demanda cada vez maior da sociedade pela renovação e pelo conhecimento.
Contudo, como veremos nos itens a seguir, mesmo que parte dos professores não
considere a formação inicial como a ideal para trabalharem os conteúdos de forma
contextualizada para o aprimoramento da postura cidadã, ainda assim dizem utilizar
dessa abordagem em suas aulas.

3.2.2 O Ensino de Matemática na Formação da Cidadania

Com relação aos questionamentos referentes à matemática cidadã foram


abordados os seguintes aspectos: caráter conscientizador da matemática e a
aprendizagem dos educandos no desenvolvimento consciente da cidadania.
Nesse sentido, quando indagados sobre o caráter conscientizador da
matemática, os professores foram unânimes ao considerá-lo relevante para o ensino da
disciplina, englobando questões sociais, ambientais e tecnológicas, haja vista que o
ensino deve, entre outras coisas, ajudar o aluno a entender, compreender os fenômenos,
bem como as transformações que influenciam no mundo em que vive e,
consequentemente nos modos de vida de forma geral, tendo em vista que, de acordo
com D’ Ambrosio, 1996,

A educação para a cidadania, que é um dos grandes objetivos da


educação de hoje, exige uma “apreciação” do conhecimento moderno,
impregnado de ciência e tecnologia. Assim, o papel do professor de
matemática é particularmente importante para ajudar o aluno nessa
apreciação, assim como para destacar alguns dos importantes
princípios éticos a ela associados. (D’ Ambrosio, p. 87,1996).

Portanto, a educação, quando empregada de forma séria, é capaz de trabalhar


como agente catalisador da transformação social, cabendo ao educador saber trabalhar
em sala de aula, articulando o conhecimento cientifico e o conhecimento social. Dessa
forma, fez-se necessário perguntar-lhes se a aprendizagem de matemática pelos seus
alunos contribui na formação destes como cidadãos conscientes, os 4 (quatro)
professores responderam positivamente a pergunta. Assim, nota-se, de modo geral, que
os professores, reconhecerem o valor social da matemática e as suas várias implicações
na vida diária, bem como se pode considerar que aprendizagem matemática pode ser
considerada algo prazeroso, despertando interesse e motivação.

3.2.3 O Ensino de Matemática Contextualizado em Sala de Aulas

Num mundo globalizado no qual estamos inseridos, onde os avanços da


tecnologia tornam-se bastante frequentes em nossas vidas faz-se necessário que o ensino
de matemática deixe de possuir um caráter centrado no tradicionalismo pedagógico no
qual consiste em memorizações de fórmulas, de postulados, de nomenclatura e
resoluções de exercícios passando a ter um caráter motivador, consciente, que leve em
consideração o cotidiano dos alunos na busca de uma aprendizagem sólida
transformando os alunos em cidadãos críticos de sua realidade, pois esta ciência está
estritamente relacionada com o avanço citado.

A responsabilidade maior do professor vai, portanto, além da sua


disciplina específica. Mas hoje cidadania implica conhecimento.
Afinal, estamos numa “sociedade do conhecimento” como diz Peter F.
Drucker [...]. O conhecimento está subordinado ao exercício pleno da
cidadania e, consequentemente, deve ser contextualizado no momento
atual, com projeções para o futuro. (D’ Ambrosio, p. 86, 1996).
E no que se refere à contextualização do ensino de matemática em salas de
aulas, todos os professores afirmaram que utilizam de aulas contextualizadas para
promover o aprendizado de seus alunos. Tal afirmação se confirma na resposta dos
professores quando perguntado “Se sim de que modo a sua aula é contextualizada?”.
Também, todos os professores responderam que relacionam as explicações
com acontecimentos do dia-a-dia, outros ainda mencionaram que promovem debates e
seminários a partir de temas transversais. Nas palavras do professor:

Dessa forma o estudante consegue visualizar o que foi dito em sala de


aula com sua realidade (etnomatemática). Os seminários ajudam no
entendimento do estudante e apoiando a desenvoltura para melhor se
expressar no futuro. (PROFESSOR INVESTIGADO, 2014).

Enfatizando o comentário exposto acima, percebe-se que o ensino da


matemática, de alguma forma, apresenta uma abordagem inovadora trazendo temas
sociais que possibilitem preparar os educandos para o exercício consciente da cidadania,
contudo, alguns professores ainda encontram dificuldades em seguir práticas distintas
das tradicionais. Assim sendo, a contextualização deve facilitar o aprendizado dos
estudantes tendo em vista que o conhecimento matemático dar-se-á entre a relação entre
o sujeito e objeto.
Dessa forma, além da utilização dos conhecimentos de matemática que
abordam a contextualização, parte dos professores ainda ressalta ser de fundamental
importância o uso de explicações através de acontecimentos da realidade dos alunos na
sala de aula, bem como atividades práticas, por exemplo, a realização de “oficinas
focadas em situações específicas”. (PROFESSOR INVESTIGADO, 2014).
Todavia, para o desenvolvimento de tais atividades, é imprescindível dispor
para os educadores suporte estrutural nos ambientes onde esses profissionais trabalham,
valorizando o emprego de aulas práticas com materiais alternativos de baixo custo e
fácil aquisição, tornando as aulas mais aprazíveis e um entendimento mais fácil de
temas a e serem estudados, motivando os alunos a participarem, tornando-as mais
dinâmicas e, por conseguinte, levando a uma aprendizagem mais significativa.
Portanto não se esgotam as formas de aproximar os conteúdos curriculares de
matemática, conduzir os conhecimentos matemáticos na obtenção de facilitar o
aprendizado dos alunos é um desafio para os professores, mas como visto os debates
através de temas pode ser uma saída de aulas rotineiras, sonolentas, enfim,
descontextualizadas.

3.2.4 O Jogo, especialmente o jogo de xadrez, Enquanto Instrumento De Ensino Na


Concepção Dos Professores.
Segundo Almeida (2010), os jogos cada vez mais se fazem presentes no ensino
da matemática por estes possuírem relevância no desenvolvimento cognitivo, social e
afetivo, tendo em vista que os jogos se apresentam como atividades que vão além da
diversão.
Nesse sentido, procurou-se expressar as concepções dos professores por meio
de questões referentes aos jogos, com atenção especial ao jogo de xadrez. A primeira
questão tratada foi com relação à função dos jogos pedagógicos, sobre esse aspecto
destacam-se a seguir algumas respostas dadas pelos professores:

O lúdico ainda é uma ferramenta indispensável para o ensino da


matemática uma vez que ajuda a desenvolver o raciocínio mais
rapidamente [...].
A função dos jogos é facilitar a aprendizagem da matemática de uma
forma descontraída e despertar o raciocínio lógico. (PROFESSORES
INVESTIGADOS, 2014).

Como se observa nas respostas dadas pelos professores que a função primeira
dos jogos é ajudar no ensino da matemática, facilitando o processo de aprendizagem nos
alunos. Contudo, essa concepção não se restringe apenas aos professores de matemática
como enfatiza Almeida (2010),

Qualquer que seja a área do conhecimento, em qualquer


disciplina, passa a ter alguma utilidade para a aprendizagem, o
professor deve situá-la, relacioná-la com situações concretas.
Portanto, as atividades lúdicas podem estar concretamente
organizadas no planejamento para que os professores possam
utilizá-las de maneira significativa e, assim, alcancem os
resultados desejados. (ALMEIDA, p. 21, 2010).

Nessa perspectiva, procurou-se questionar os professores se trabalham com


jogos pedagógicos e de que forma utilizam os jogos em suas aulas. Sobre essa questão,
1 (um) professor não respondeu, 2 (dois) responderam que não trabalham com jogos, 1
(um) professor citou trabalhar muito pouco, porém não comentou a respeito de como
utiliza os jogos em suas aulas. Como se observa, mesmo diante da importância de se
trabalhar com jogos, estes, em alguns casos, nem mencionados são em ambientes
escolares, muito menos trabalhados em sala de aula. E, um dos entraves para que isso se
evidencie, pode estar na formação inicial dos professores que, na maioria das vezes, não
verdadeiramente os forma para lidar com determinadas situações e diante destas criarem
condições criativas e inovadoras. A esse respeito, Santos apud Almeida (2010), coloca
que,

Os cursos de licenciatura têm recebido algumas críticas, e se fala em


repensar a formação de professores, para realmente atender as
necessidades das escolas e de se introduzir em sua estrutura curricular
um novo elemento que é: a formação lúdica. É inexistente nos
currículos oficiais essa formação, algumas experiências têm mostrado
sua validade e não são poucos os educadores que têm afirmado ser a
ludicidade a alavanca da educação para o terceiro milênio.
(ALMEIDA, p. 21, 2010).

Percebe-se logo, que as dificuldades de professores em adotar e buscar práticas


metodológicas criativas e inovadoras acaba por priorizar o ensino tradicional com a
ênfase no conteúdo pelo conteúdo sem qualquer relação com questões da vida social do
aluno, com a intenção de dar alguma condição do estudante fazer a resolução dos
exercícios apresentados no livro didático como preparação para um sistema de avaliação
baseado em provas, bem como para a realização de exames vestibulares.
Nesse ponto de vista, questionamos os professores a respeito da contemplação
pelas ferramentas pedagógicas, em especial do jogo do xadrez na matemática, de
questões sociais, ambientais e tecnológicas necessárias para vincularem os conteúdos
trabalhados em sala de aula com o contexto social no qual o aluno está inserido. Dos
professores que responderam ao questionário, destacamos alguns comentários:

Sim, pois o jogo do xadrez estimula o aluno a pensar com mais


clareza e decidir com mais responsabilidade.
O xadrez é uma ferramenta também indispensável para o
estudante, uma vez que ajudará no seu raciocínio intelectual e
científico. [...]. (PROFESSORES INVESTIGADOS, 2014).

Também questionamos os professores com relação as possibilidades que o jogo


do xadrez está desenvolvendo habilidades no aluno para que este possa ter um melhor
rendimento escolar e social. Diante disso, destaca-se alguns comentários pelos
professores investigados:

Sim, além de fortalecer seu raciocínio com muitas estratégias,


isso fará com que o estudante possa ter uma visão melhor
quando se tratar de problemas desafiadores do mundo da
matemática.
Sim, pois o xadrez precisa de muito raciocínio, contudo leva o
aluno a pensar antes de agir nos problemas do cotidiano.
(PROFESSORES INVESTIGADOS, 2014).

Decorrente dessa visão dos professores sobre o jogo do xadrez percebe-se que
“A abstração requisitada nas ciências exatas é grandemente desenvolvida no jogo de
xadrez. Essa abstração é a capacidade de desenvolver as idéias mentalmente, antes de
passá-las a um plano material”. (SANTOS, p. 66, 2009). O jogo de xadrez sendo uma
importante ferramenta pedagógica na matemática para o desenvolvimento, não somente
da abstração, como também desenvolve várias habilidades, dentre elas o raciocínio
lógico tão importante na educação matemática.
Ainda nessa perspectiva, percebe-se ser de fundamental importância o jogo de
xadrez como ferramenta pedagógica nas práticas de ensino dos professores de modo a
propiciar uma aprendizagem com significado para os alunos. Nesse sentido, segundo
Almeida (2010) o jogo de xadrez, no ensino e na aprendizagem matemática, pode ser
utilizado pelos professores e alunos tendo um caráter inovador e motivador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento dessa pesquisa possibilitou fazer algumas reflexões


acerca da contextualização nas aulas de matemática. Para tanto, enfatizou-se os jogos,
especialmente o jogo de xadrez, nas concepções de professores das escolas municipais
públicas urbanas do município de Cametá.
A partir da análise das respostas apresentadas no questionário aplicado junto
aos professores do ensino fundamental, constataram-se as preocupações e os anseios dos
sujeitos pesquisados. Nesse sentido, evidencia-se, através dos comentários dos
professores, que a maioria considera os conhecimentos matemáticos como importantes
para sua vida social. Também se constatou nas respostas da maioria dos professores, no
diz respeito aos conhecimentos matemáticos abordados em sala de aula, que os mesmos
procuram relacionar conteúdo da matemática com fatos do cotidiano, seja por meio de
explicações de acontecimentos do dia-a-dia ou promovendo debates e seminários a
partir de temas transversais que abrangem os conteúdos curriculares.
Contudo, ainda percebe-se o quanto é importante e se faz necessário de práticas
pedagógicas diversificas que possam despertar o interesse e a motivação no educando.
Nota-se logo, que vários podem ser os fatores que, articulados, podem estar
contribuindo para o desinteresse e falta de motivação nos alunos. Nesse sentido,
observa-se, por meio das palavras dos professores, pretensões e preocupações com
relação à qualidade do ensino, que vai desde questões referentes à formação inicial que
lhes foi proporcionada, à falta de estrutura adequada no ambiente de trabalho, como
também a carência de materiais que possam dar suporte as atividades práticas que se
pretende ser realizadas pelos professores.
Portanto, no que se referem aos jogos como ferramenta pedagógica, estes
passam, na maioria dos casos, a serem dos meios aos quais os professores podem estar
recorrendo para desenvolverem suas atividades em sala de aula, uma vez que
relacionados com conteúdo da matemática possibilitam maior interesse e motivação,
bem como o desenvolvimento de inúmeras habilidades nos alunos.
Nesse contexto de análises e reflexões acerca do trabalho/pesquisa realizado, é
interessante mencionar, que mesmo diante de todas as condições sejam elas favoráveis
ou não ao processo ensino/aprendizagem, não se pode acomodar, tão pouco deixar de
acreditar na educação. Dessa forma, espera-se que tal pesquisa, ao fornecer
experiências, muitas das vezes vista como consequências negativas ao processo
educacional, seja uma oportunidade para se refletir sobre o que pode ser feito a partir de
tudo o que os sentidos puderam perceber, e não somente lançar críticas, sem antes
conhecer, intervir sobre o que acontece e se conhece.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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integral: um estudo exploratório. 2010. 139f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de
Brasília, Centro de Ciências e Tecnologias, Paraíba, 2010.

ALMEIDA, J. W. Q. O jogo de xadrez e a educação matemática: como e onde no


ambiente escolar. 2010. 157f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de
Paraíba, Faculdade de Educação, Brasília, 2010.

SILVA, Wilson da. Raciocínio Lógico e jogo de xadrez: em busca de relações. 2009.
278f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação,
Campinas, SP. 2009.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 8. ed. São Paulo:


Cortez, 2006.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed.


São Paulo: Atlas 2010.
D’ AMBROSIO, Ubiratan. Educação matemática: Da teoria à prática. Campinas,
SP, Papirus. (Coleção Perspectiva em Educação Matemática), 1996.

FOSSA, John A. Ensaios sobre educação matemática. Belém: EDUEPA, 2001.

GOULART, Edson; FREI, Fernando. O jogo de xadrez como ferramenta para o


ensino da matemática à crianças do ensino fundamental. Disponível em:
http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2005/artigos/capitulo%2010/ojogodexadrez.pdf.
Acesso em: 13 de Out. 2014.

HAGE, M. S. C. Formação de professores: reflexões sobre seu saber/fazer.


Disponível em:
http://faculdadefundetec.com.br/img/revista_academica/pdf/artigo_socorro.pdf. Acesso
em: 13 de Out. 2014.

OLIVEIRA, C. A. S. O.; CASTILHO, J. E. O xadrez como ferramenta pedagógica


complementar na educação matemática. Disponível em:
https://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/22006/CleberAlexandreSoaresdeOliveira.pdf.
Acesso em: 13 de Out. 2014.

SANTOS, M. S. A abstratividade das ciências químicas, físicas e matemáticas – o


xadrez como auxílio no desenvolvimento das habilidades cognitivas. SABER
CIENTÍFICO, Porto Velho, 2 (2): 63 - 79, jul./dez.,2009.

SILVA, F. H. S. Tendências metodológicas no ensino de matemática. Belém:


EDUFPA, 2005.

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