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SAEB - Simulado Aluno
SAEB - Simulado Aluno
NOME:__________________________________________________________________________
Caro(a) aluno(a),
FIGURA A FIGURA B
BLOCO 1
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leia o texto abaixo.
A importância do censo
No ano de 1200, o murano já era uma atividade consagrada em Veneza. O vidro e o cristal
preciosos se transformam em arte por meio de uma técnica tão refinada que os artesãos ganhavam o
título de nobreza.
Ainda na Idade Média, o setor se mudou para Murano, uma pequena ilha da Lagoa Veneta. A
tradição e os segredos da técnica única pertencem a poucos homens. Da pasta de materiais, fundidos
a 1.400 graus de temperatura, são criadas peças inigualáveis, presentes em museus do mundo inteiro.
A primeira grande crise da história de Murano aconteceu no século 15, quando começou a
fabricação dos cristais tchecos e de toda a região da Boêmia. A atual pode ser considerada a segunda
maior recessão da pequena ilha.
Já não bastassem as falsificações feitas em vários países a preços muito menores, a crise
econômica mundial está trazendo a Murano um quadro pessimista demais. As vendas caíram 50%.
Um vidreiro diz que muitos deles estão em casa, parados, e que os ateliês estão fechando as
portas. “Numa crise como esta, objetos exclusivamente de decoração tornam-se desnecessários”,
lembra um trabalhador.
Um empresário do ramo propõe mudar de mercado. “Os Estados Unidos e a Europa estão
saturados. Temos que vender no Leste Europeu, na Rússia, China, Índia, e Emirados Árabes”,
acredita.
Todo ano, cinco milhões de turistas visitam a ilha de Murano. Conversamos com uma
americana que não pode comprar os objetos coloridos e caros, mas se encanta com eles:
“Se eu fosse colecionadora, viria pra cá só pra conhecer esta arte”, diz.
Mas Murano não ganha com os turistas: 95% da sua produção sempre foram exportados.
Agora, correm o risco de não sair dos canais de Veneza.
A técnica do vidro soprado, inventada no século 1 antes de Cristo, era praticada na Antiga
Roma, no tempo do Imperador Nero. Hoje, o governo italiano está estudando medidas para evitar que
a arte dos cristais de Murano seja extinta.
No título desse texto, a palavra “verde” foi usada com a intenção de mostrar que é preciso
A) baratear o preço dos produtos orgânicos.
B) melhorar o lanche nas escolas.
C) participar de manifestações ecológicas.
D) recuperar reservas naturais.
E) ter atitudes sustentáveis.
No verso “Se na ponta de um fio longo e fino” (v. 5), a expressão destacada refere-se à palavra
A) lago.
B) peixe.
C) isca.
D) anzol.
E) pescador.
A morte do escorpião
O escorpião estava faminto. Não havia comida por perto do local onde se encontrava, e partiu à
caça de algo para alimentar-se. No caminho, perseguiu uma aranha que, ao sentir o perigo, fugiu em
desespero e conseguiu safar-se de sua investida. E o escorpião prosseguiu sua tarefa.
Mais adiante, um ganso que perambulava ao redor, percebeu sua presença e partiu para o
ataque, porém o escorpião conseguiu se livrar do ganso e socou-se embaixo do tronco de uma árvore
até que o inimigo, cansado de esperar, retirou-se em busca de outra presa.
E o escorpião prosseguiu sua tarefa. Localizou a casa de um farinheiro e lá conseguiu penetrar
de mansinho sem ninguém notar. Acomodou-se nos entulhos do quintal e logo divisou a figura de
uma barata, o que avivou seu instinto de conservação.
O escorpião estava prestes a dar um bote na barata, e assim, saciar sua fome, quando alguém,
que não o havia percebido, matou a barata e jogou-a na lixeira. O escorpião ficou furioso e, na
primeira oportunidade, atacou o agressor que foi parar no hospital.
Em seguida, quedou-se a espreitar outro inseto, pois, a fome o atormentava. Nesse ínterim,
descobriram sua presença, e ele não pôde defender-se das pauladas que lhe eram dirigidas, e assim,
sucumbiu de estômago vazio.
ZEFERINO, Givaldo. Disponível em: <http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=15579&cat=Contos>. Acesso em: 2
jun. 2009.
No trecho “... o que avivou seu instinto de conservação.” (final do 3° parágrafo), o termo destacado
refere-se ao fato de o escorpião
O papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico aqui, a lata de refrigerante acolá. No
primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para bueiros e depois para algum rio que atravessa a
cidade. Quem não viu um monte dessas coisas flutuando na água?
Mas essa é a poluição que enxergamos. A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,
que lança nos rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de bactéria que deles se alimenta: são
as chamadas bactérias aeróbicas, que consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, além de
causarem problemas de saúde se ingeridas.
Outro problema são as indústrias localizadas nas margens dos rios e lagos. Só recentemente
foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a fim de diminuir a quantidade de
poluentes químicos que elas despejam nas águas e que foram responsáveis pela “morte de muitos rios
e lagos de todo o mundo”.
Poluição Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p. 4-5 – adaptado.
No trecho “A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,“, a palavra destacada refere-se à
A) bactéria.
B) comida.
C) garrafa.
D) poluição.
E) quantidade.
Esse Eça!
Talvez por ter nascido sem pai, talvez por ter sido um menino solitário, talvez porque ainda não
havia televisão nem videogame, ou talvez porque fosse mesmo tímido, logo que pude decifrar as
“formiguinhas pretas”, meu lazer passou a ser a leitura. Nada de “estudo”, nada de “busca do saber”.
Ler para sonhar, para sentir-me na pele dos protagonistas, para me divertir mesmo.
Quanto dessas leituras habita ainda em mim!
Mas, pulando Lobato e os queridos autores de literatura juvenil, lembro-me de O suave milagre,
do escritor português Eça de Queirós. Que impacto! Eu lia e relia o conto, lágrimas, frissons,
emoções que acredito nunca mais ter conseguido sentir ao ler um texto. [...] O suave milagre
continua como uma das minhas narrativas favoritas. Que conto! Esse Eça!
BANDEIRA, Pedro. Carta Fundamental, fev. 2011. Fragmento.
No trecho “... logo que pude decifrar as ‘formiguinhas pretas’”, a expressão destacada estabelece
uma relação:
A) condicional.
B) consecutiva.
C) final.
D) modal.
E) temporal.
Quando vemos TV, lemos revistas ou navegamos na internet, costumamos encontrar anúncios
que encorajam o exercício mental. Diversos programas de exercício cerebral estimulam a agilidade
mental das pessoas dando-lhes treinamento diário – executar tarefas que vão desde memorizar listas e
solucionar quebra-cabeças até calcular o número de árvores de um parque. Isso pode parecer um
recurso publicitário, mas, na realidade, tem embasamento real na neurobiologia. pesquisas recentes,
embora feitas principalmente com ratos, indicam que o aprendizado potencializa a sobrevivência de
novos neurônios no cérebro adulto. E quanto mais desafiador for o problema, maior o número de
neurônios envolvidos no processo.
Acredita-se que esses neurônios estão disponíveis para ajudar em situações em que a mente é
sobrecarregada. Parece que o treinamento mental fortalece o cérebro da mesma maneira que o
exercício físico modela os músculos. (...)
Revista Scientific American – Edição Especial – Nº 40 - p.63.
No trecho “E quanto mais desafiador for o problema, maior o número de neurônios envolvidos no
processo.”, as palavras destacadas expressam relação de
A) comparação.
B) consequência.
C) finalidade.
D) proporção
E) Conclusão
Piada
A menina foi visitar a avó no campo. A avó tinha uma criação enorme de aves, e a menina, que
morava na cidade, ficou encantada. E de repente, passeando pela fazenda da avó, ela viu um pavão.
Voltou correndo para casa e, toda alegre, avisou à vovó: – Vovó! Vovó! Uma de suas galinhas está
dando flor!
Pônei glutão
Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos doces,
frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.
A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em
comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um
macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.
Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro
vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.
LÍNGUA PORTUGUESA
14. Leia o texto abaixo e responda.
A charge destina-se a
(A) criticar o conflito existente entre gerações.
(B) conscientizar os leitores da importância de
preservar a natureza.
(C) apontar o desperdício de um desmatamento mal
planejado.
(D) salientar um processo
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal no organismo. Mas cientistas do Roswell Park
Center Institute, nos EUA, afirmam que ela é bem mais do que isso. Segundo um artigo publicado
por eles na “Nature Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa do
organismo a identificar a causa de uma infecção e combatê-la.
Num estudo com camundongos, eles viram que quando há febre, o número de linfócitos (tipo
de célula de defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de
infecções.
Ana Lúcia Azevedo – revista O Globo, n. 123
O primeiro dia do programa “Mais Médicos” foi marcado por faltas e desistências por parte
dos médicos brasileiros. Em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhum dos
profissionais selecionados compareceu às unidades de saúde a que foram alocados — entre os que
faltaram, uma parte nem sequer justificou sua ausência. Segundo as secretarias de saúde, alguns
profissionais chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do programa federal.
Na capital carioca, o número de faltosos foi maior do que o de presentes. Eram esperados dezesseis
profissionais, mas para o azar da população e descrédito do programa, só seis se apresentaram. Todos
os que trabalharão na cidade são brasileiros e apenas um passa pelo curso de requalificação por ter se
formado na Espanha — o que explica a ausência.
O propósito do texto é
(A) criticar.
(B) ensinar.
(C) vender.
(D) informar.
(E) comover.
17. Leia o texto abaixo e responda.
Bater na madeira
Esse costume vem de tempos bem antigos. Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma
árvore para afugentar o azar, com base no fato de que os raios caem frequentemente sobre as árvores,
sinal de que elas seriam a morada terrestre dos deuses. A pessoa estaria mantendo contato com o deus
e lhe pedindo ajuda.
Na mesma linha, os druidas batiam na madeira para espantar os maus espíritos. Já na Roma
Antiga, batia-se na madeira da mesa das refeições, considerada sagrada, para invocar os deuses
protetores da família e do lar.
Historicamente, a árvore preferida para neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por
sua força, imponência e longevidade. Ele teria poderes sobrenaturais por suportar a força dos raios.
Acreditava-se que nele vivia o deus dos relâmpagos. Bater no carvalho era, portanto, um ato para
afastar perigos e riscos diversos.
O pessoal do Íbis, de Pernambuco, considerado o pior time do mundo, andou batendo na
madeira durante anos tentando dar um xô para o azar, mas nem assim adiantou. Continuou sofrendo
goleadas até ser brindado com o vexaminoso título que hoje o identifica no futebol. Só restou a
lembrança de, inutilmente, bater tanto na madeira.
O berço da palavra. Revista do Correio. Correio Braziliense. 13 nov. 2009, p. 38.
No trecho “... dar um xô para o azar,...” (Último parágrafo), a palavra destacada é própria da
linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) literária.
D) regional.
E) técnica.
Mundo grande
Antes e depois
O salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite
à janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas
algibeiras. Perto do piano, cantavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...
O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...
II
– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar...
– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga
Clarinha...
O desembargador olhava outra vez para os astros...
III
Rola o tempo...
Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...
Os vizinhos dizem cousas... ih!
IV
– Como vais, Belmiro?
– Mal!
– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha...
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive; é de feijões...
– Então...
– Devo até a roupa com que me cubro!...
– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho...
V
É noite.
D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite.
D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...]
amarrada em nós sobre o cóccix.
Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...
O Dr. Belmiro vem da rua zangado.
– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as suas
músicas e vá-se com elas!
POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931.
Ah, olha só, isso não é só coisa de gato. Os cachorros também imitam o que os donos fazem.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, treinou oito cachorros
para ver mesmo se eles imitam ou não o que a gente faz. Primeiro, os donos tiveram de ensinar:
fizeram algo (tipo enfiar a cabeça num balde que estava no chão, ou andar em volta de um cone) e,
alguns segundos depois, deram a ordem “faça como eu”. Fizeram o teste 19 vezes, com tarefas
diferentes e em intervalos maiores (os cães tinham de imitar a ação até 10 minutos depois que os
donos haviam feito). Em algumas situações, até levavam o cachorro para longe do cone (ou do
balde). E, em todas as tentativas, os bichinhos refizeram os passos do dono.
Segundo a pesquisa, isso mostra que os cães têm memória declarativa – memória de longo
prazo sobre fatos e eventos que podem ser relembrados conscientemente. “Eles fazem isso [nos
imitar] naturalmente, porque são predispostos a aprender socialmente com a gente”, explica Ádám
Miklós, um dos pesquisadores.
Espertinhos, não? Vai ver é por isso que eles gostam tanto de dormir na sua cama. Só estão te
imitando…
Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/caes-imitam-os-donos/>. Acesso em:
24 fev. 2014.
O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na
área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo
corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um
mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.
Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta
de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de
compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras
reunidas.
Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas
(12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes
de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não
é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia
diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser
vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua
parte.
Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.
Nesse texto, qual é o trecho que apresenta uma opinião a respeito dos sebos?
A) “... notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.”. (final do 1° parágrafo)
B) “Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias,...”. (1° parágrafo)
C) “Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários,...”. (3° parágrafo)
D) “... os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura.”. (3° parágrafo)
E) “O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.”. (final
do último parágrafo)
Não é sem frequência que à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem
namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns
13 anos, o corpo elástico metido num blues jeans e num suéter folgado, os cabelos puxados para trás
num rabinho de cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo,
dezesseis, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a
fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao
outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para
pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais
antiga que há no parque, incluindo as velhas árvores que por ali espaçam sua verde sombra; e as
momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arquelogia do
amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam [...]
MORAIS, Vinícius de. Para viver um grande amor – Crônicas e poemas. São Paulo, Companhia das
Letras, 1991.
Zap
Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que se trata agora
de um instrumento sem o qual eu não saberia viver. Passo os dias sentado na velha poltrona,
mudando de um canal para outro – uma tarefa que antes exigia certa movimentação, mas que agora
ficou muito fácil. Estou num canal, não gosto – zap, mudo para outro. Não gosto de novo – zap,
mudo de novo. Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca de canal
em uma hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão fantasiosa, mas pelo menos indica
disposição para o humor, admirável nessa mulher.
SCLIAR, Moacyr. Disponível em: <http://www.releituras.com/mscliar_zap.asp>. Acesso em: 10
nov. 2010. Fragmento.
Nesse texto, o narrador emite uma opinião sobre o controle remoto no trecho:
A) “Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto,...”.
B) “... se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver.”.
C) “Passo os dias [...], mudando de um canal para outro...”.
D) “... uma tarefa que [...] agora ficou muito fácil.”.
E) “Estou num canal, não gosto – zap, mudo para outro.”.