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Fisica Livro I - 2010-1
Fisica Livro I - 2010-1
Física I
Unidade I
Grandezas Físicas .............................. 1
Unidade II
Cinemática ....................................... 17
Unidade III
Leis de Newton ................................ 63
UNIDADE I
GRANDEZAS FÍSICAS
1 – Grandezas Físicas
2 – Soma de Vetores
3 – Decomposição de Vetores
1. GRANDEZA ESCALAR
É a grandeza física que só precisa do módulo (valor) para ser caracterizada.
2. GRANDEZA VETORIAL
Além do módulo (valor) precisamos indicar outras duas características para realmente descrevermos uma
grandeza vetorial. As duas características são a direção e o sentido. A direção indica se por exemplo, o vetor é
vertical, diagonal ou horizontal, e é definida por uma reta. O sentido indica para onde o vetor aponta, por exemplo,
da esquerda para direita ou de baixo para cima.
Toda grandeza vetorial é representada em um desenho por uma SETA (VETOR). O tamanho da SETA (VETOR)
medida em uma escala é o seu MÓDULO (VALOR). A linha pontilhada representa a DIREÇÃO e a seta na ponta do
vetor indica o sentido.
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
ATENÇÃO
Não confunda direção e sentido de um vetor. A direção é determinada por uma reta e o sentido
é determinado para onde a seta do vetor aponta.
D=L 2 ⇒ D = 100 2 m
Nota – Essa fórmula da diagonal do quadrado é também obtida com a simples aplicação do Teorema de Pitágoras.
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
D1 = 8 cm e D2 = 6 cm
R = D1 + D2
R é o vetor resultante, o vetor que representa a ação conjunta dos vetores D1 e D2.
O valor de R nesse caso é a simples soma dos valores dos dois vetores, por estarem na mesma direção e
sentido. Esse é o único caso que a soma de dois vetores tem o mesmo módulo da soma de seus valores.
R = 14 cm.
R = D1 + D2
Cuidado. O valor de R NÃO é a simples soma dos valores dos dois vetores.
Podemos obter o valor do vetor resultante nesse caso usando a lei dos cossenos.
R = D1 + D2
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
R = D1 + D2
O valor de R é a simples subtração dos módulos dos dois vetores por estarem na mesma direção e em sentidos
opostos. R = 2,0 cm.
Dica importante. Todos os quatro casos citados até agora foram desenhados com o
segundo vetor começando no final do primeiro vetor (vetores consecutivos). Sempre que
isso ocorrer o vetor resultante, que representa a ação conjunta dos dois vetores, ligará o
início do primeiro vetor ao final do segundo.
R = D1 + D2 + D3 + D4
Vamos imaginar agora um corpo sendo puxado por duas pessoas através de duas cordas.
Figura 3 Figura 4
Figura 5
4 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
R = F1 + F2
Podemos obter o valor do vetor resultante nesse caso usando a lei dos cossenos.
As componetes ortogonais somadas realizam a mesma função do vetor que deu origem a essas. A vantagem
de se decompor e trabalhar com as componentes é, por exemplo, no caso estudado, podermos comparar Fy com
a força peso que está atuando na mesa na mesma direção vertical e também compararmos Fx com a força de atrito
que está atuando na mesa horizontalmente. Assim saberemos se existirá força resultante e se a mesa irá ou não
escorregar.
O cálculo dos valores das componentes é simples. Acompanhe o desenvolvimento abaixo.
• F, o segmento pontilhado pequeno à direita (que tem o mesmo tamanho de Fy) e Fx formam um triângulo
retângulo.
• F é a hipotenusa.
• Fx e Fy são os catetos.
• Fx = F . cos α (equação para o cálculo do cateto adjacente).
• Fy = F . sen α (equação para o cálculo do cateto oposto).
• F2 = Fx2 + Fy2 (Teorema de Pitágoras).
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
QUESTÕES RESOLVIDAS
1. Uma pessoa sai para dar um passeio pela cidade, fazendo o seguinte percurso: sai de casa e anda 2
quarteirões para o Norte; logo após, dobra à esquerda e anda mais três quarteirões para Oeste, virando,
a seguir, novamente à esquerda e andando mais 6 quarteirões para o Sul. Sabendo que um quarteirão
mede 100 m :
2. No gráfico anexo estão representados três vetores, A, B e C. Os vetores K e L são unitários. Analise as
expressões:
I- A+B=2K+L
II - A + C = 3 K + L
III - A + B + C = 3 K + 3 L
I- A+B=2K+5L
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
Resposta letra C.
Vx
= cos 37o ⇒ Vx = V × cos 37o = 50m s × 0,80
V
Vx = 40 m s
Vy
= sen37o ⇒ Vy = V × sen37o = 50 m s × 0,60
V
Vx = 30m s
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
Para o sistema permanecer parado a força resultante no nó tem que ser nula (Primeira Lei de Newton).
A componente T2Y é o cateto oposto de 30° e a componente T2X é o cateto adjacente de 30°. Assim teremos:
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Sobre o bloco da figura atuam as forças F1, F2 e F3 de módulos F1 = 20N, F2 = 30N e F3 = 35N. DETERMINE o
módulo da força resultante.
F1
F2
F3
F5
F1
F6 F4
c)
8 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
3. Na figura abaixo estão representadas duas forças F1, de módulo F1 = 100N e F2 de módulo F2 = 60N formando entre
si um ângulo = 60°.
FF1
a = 60º
FF22
DETERMINE o módulo F da força F resultante dessas duas forças (Dados: cos 60° = 0,50 e sen 60° = 0,87)
4. Um barco atravessa um rio perpendicularmente à correnteza. Sabendo que os módulos das velocidades do barco
e da correnteza do rio são, respectivamente, vB = 4,0 m/s e vC = 3,0 m/s. DETERMINE o módulo da velocidade
resultante.
VB
VC
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (PUC-SP) Um móvel desloca-se 6 km para o norte e 5. (UFAL) Uma partícula está sob ação das forças
em seguida 8 km para o leste. O módulo do desloca- coplanares conforme o esquema abaixo. A resultante
mento resultante é delas é uma força de intensidade, em N, igual a:
a) 14 km a) 110
b) 2 km b) 70
c) 10 km c) 60
d) 5 km d) 50
e) n.d.a. e) 30
10 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
a) f2 b) f2
f1 f1
R R a) A
b) B
c) C
c) f2 d) d) D
f1 R
e) E
R f1
f2
10. (UFPI) A resultante dos vetores v1 e v 2 é mais bem
representada por
v1
v2
a) b) c) d) e) T1 3 T1 3
a) = b) =
T2 1 T2 2
T1 3 T1 2
c) = d) =
T2 3 T2 2
T1 1
11. Duas forças concorrentes F1 e F2 , de mesmo =
e)
módulo, têm como resultante T2 1
uma força F cujo módulo
é, também, o mesmo de F1 e F2 . Essa situação física
a) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é nulo.
b) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 45º.
c) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 60º.
d) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 120º.
e) é impossível.
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
3
c) vezes o módulo de um vetor componente.
2
d) n.d.a.
18. (UEL-PR) Duas forças, uma de módulo 30N e outra
de módulo 50 N, são aplicadas simultaneamente num
16. Um bloco de peso P é suspenso por dois fios de
corpo. A força resultante R vetorial certamente tem
massa desprezível, presos a paredes em A e B, como
mostra a figura. Pode-se afirmar que o módulo da força módulo R tal que
que tensiona o fio preso em B, vale a) R > 30 N.
b) R > 50 N.
c) R = 80 N.
d) 20 N ≤ R ≤ 80 N
e) 30 N ≤ R ≤ 50 N
a) P/2
b) P / 2
c) P
d) 2P
e) 2P
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
19. A figura mostra 5 forças representadas por vetores 22. (UFMG) Dois barcos – I e II – movem-se, em um
de origem comum, dirigindo-se aos vértices de um lago, com velocidade constante, de mesmo módulo,
hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da força como representado nesta figura:
FC, a intensidade da resultante dessas 5 forças é
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
a) máximo quando o gancho se encontra no centro do Assinale a opção que representa a força que a parede
varal. exerce sobre o prego, quando olhamos a peça de
b) sempre constante e não nulo, independentemente perfil.
da posição do gancho. a) I d) IV
c) mínimo quando o gancho se encontra no centro do b) II e) V
varal. c) III
d) sempre nulo, independentemente da posição do
gancho. 26. A figura ao lado mostra a fotografia estroboscópica
e) nulo somente quando o gancho se encontra no do movimento horizontal de uma partícula. A
centro do varal. aceleração da mesma, no ponto P da trajetória, é
melhor representada pelo vetor
P
24. (UNIMONTES) Um bloco de massa m = 8,0 kg I
encontra-se em equilíbrio preso conforme a figura.
Supondo g = 10,0 m/s2, calcule as intensidades das
IV II
trações nos fios, na ordem T1, T2 e T3. III
a) I
b) II
c) III
d) IV
Dado: sen θ = 0,80 e cos θ = 0,60
__________________________________________
__________________________________________
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__________________________________________
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__________________________________________
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
QUESTÕES ABERTAS
1. Um bloco de peso 6 N está suspenso por um fio, que se junta a dois outros num ponto P, como mostra a figura
a seguir.
Dois estudantes, tentando representar as forças que atuam em P e que o mantêm em equilíbrio, fizeram os
seguintes diagramas vetoriais, usando a escala indicada na figura.
2. (FAAP-SP) A intensidade da resultante entre duas forças concorrentes, perpendiculares entre si, é de 75 N.
Sendo a intensidade de uma força igual a 60N, calcule a intensidade da outra.
3. (UFRJ) Sejam três cartazes idênticos em tamanho e massa, pendurados, como mostra a figura. Os cabos têm
massas desprezíveis. As tensões nas cordas são, respectivamente, T1, T2 e T3.
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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I
ANOTAÇÕES
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
UNIDADE II
CINEMÁTICA
1 – Introdução
2 – Conceitos Iniciais
3 – Movimento Uniforme (MU)
4 – Movimento Uniformemente Variado (MUV)
5 – Composição de Movimentos
II.1 - INTRODUÇÃO
A Cinemática é a parte da Física que estuda os movimentos sem a preocupação de suas causas. Vamos
descrever os movimentos dos corpos através de quatro grandezas físicas muito importantes:
1. Posição (distância).
2. Tempo.
3. Velocidade.
4. Aceleração.
• Móvel – É o corpo cujo movimento será descrito. Pode ser considerado como uma partícula quando suas
dimensões forem muito menores do que as do fenômeno descrito. Em outros casos, quando as dimensões do
móvel forem comparáveis com as distâncias envolvidas no fenômeno, não poderemos desprezá-las e o
chamaremos de corpo extenso.
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
www.flickr.com/photos/eduardorebello/688184406/
A figura ilustra um quarteirão em que estão representados um restaurante, uma farmácia e uma padaria. A
farmácia está localizada na posição zero, também chamada de origem O. O restaurante está localizado em uma
posição igual a 30 m e a padaria na posição –40 m.
Você pode estar se perguntando se está certo representarmos posições com números negativos. A resposta
é sim. Para diferenciarmos posições à direita e à esquerda da origem utilizamos esse recurso matemático. Por
conveção, nesse exemplo dado, posições à direita da origem serão positivas e à esquerda serão negativas.
Vamos supor agora que você acabou de comprar um remédio na farmácia e foi almoçar. Depois do almoço,
você lembrou que só na padaria vende a sua goma de mascar favorita e então dirige-se até lá. Nos movimentos
descritos você é considerado uma partícula já que as dimensões do seu corpo serão desprezadas.
Da farmácia até o restaurante o tempo gasto foi de 20 s. Do restaurante até a padaria passaram 14 s.
Consideremos que você manteve o rítimo constante nos dois movimentos.
d1 = 30 m e t1 = 20 s
Dividindo a distância pelo tempo teremos a velocidade mantida durante a primeira etapa.
30m
v1 = ⇒ v1 = 1,5m / s
20s
18 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
d2 = 70 m e t2 = 14 s
Dividindo a distância pelo tempo teremos a velocidade mantida durante a segunda etapa.
70m
v2 = ⇒ v 2 = 5,0m / s
14s
Um ponto importante é que os valores calculados são somente os módulos das velocidades. A velocidade é
uma grandeza vetorial e na segunda etapa aponta para a esquerda, que é o sentido negativo no referencial adotado.
Já na primeira etapa, o vetor da velocidade aponta para a direita (sentido positivo). Portanto está correto afirmarmos
que a velocidade na etapa 1 era de 1,5 m/s e na etapa 2 era de – 5,0 m/s, não há nenhum problema em afirmarmos
que a velocidade é negativa. O sinal nos mostra que os movimentos ocorreram em sentidos contrários.
Outro detalhe importante é a diferença entre distância percorrida e deslocamento. Veja essa tabela a seguir.
A distância percorrida é uma grandeza escalar e só precisa do módulo para ser caracterizada. Não tem valor
negativo. Não importa para qual sentido foi o movimento, a distância é sempre positiva. Em qualquer movimento a
distância percorrida é a simples soma dos valores das distâncias percorridas nos trechos.
Já o deslocamento é uma grandeza vetorial e por isso necessita de módulo, direção e sentido para ser
caracterizada. Veja a figura abaixo que representa os deslocamentos das duas etapas (D1 e D2) e o deslocamento
total (DR).
d
v= ⇒ d= v⋅t (Equação 1)
t
Vamos a seguir construir os gráficos que representam um Movimento Uniforme. Para isso vamos utilizar os
dados do exemplo do item anterior.
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
Através dos dados da tabela podemos construir o seguinte gráfico. Podemos representar as duas etapas
através dos mesmos eixos, assim como obter informações sobre o movimento como um todo.
1. As duas etapas têm gráficos retilíneos, o que significa que a posição é proporcional ao tempo. Sempre que
um gráfico de posição em função do tempo for retilíneo, a velocidade terá módulo constante.
2. A reta da primeira etapa tem inclinação positiva. A reta da segunda etapa tem inclinação negativa. Isso está
relacionado com a velocidade. A velocidade da primeira etapa era de 1,5 m/s e da segunda etapa era de
–5,0 m/s. Inclinação positiva representa velocidade positiva e a inclinação negativa representa velocidade
negativa.
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
3. Temos uma reta na primeira etapa que forma um ângulo θ com o eixo do tempo e na segunda etapa outra reta
que forma um ângulo α com o eixo do tempo.
θ<α
cateto oposto
tg (ângulo qualquer) =
cateto adjacente
tgθ < tgα
deslocamento
tg (ângulo qualquer) = = velocidade
tempo
tgθ = v1 e tgα = v 2
tgθ < tgα ⇒ v1 < v 2
Podemos concluir que a inclinação da reta, dada pelo cálculo da tangente do ângulo formado pela reta com o
eixo do tempo, representa a velocidade daquela etapa. Quanto maior a inclinação da reta, maior o módulo da
velocidade.
4. Comparando as posições no tempo inicial (0s) e no tempo final (34s) encontramos o deslocamento total.
1. Delimitamos no gráfico áreas de dois retângulos (regiões escuras) e sabemos que a área de um retângulo
equivale ao produto da base pela altura. A base dos retângulos representa o tempo e a altura a velocidade.
P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
Os cálculos dessas áreas resultam nos valores dos deslocamentos realizados ao caminhar pela calçada.
Podemos concluir então que a área delimitada em um gráfico de velocidade em função do tempo corresponde
aos deslocamentos realizados pelo móvel.
2. Os gráficos das duas etapas têm inclinação nula. São gráficos paralelos ao eixo do tempo. Isso tem um
significado muito importante e mostra que são movimentos de aceleração nula, movimentos sem variação no
módulo da velocidade.
Atenção! Se em um exercício for pedido simplesmente o cálculo da velocidade média sem a especificação de qual
dos dois tipos, faça o cálculo da velocidade média escalar.
22 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
1. O gráfico é retilíneo e a reta possui uma inclinação que é calculada pela tangente
do ângulo formado pelo gráfico com o eixo do tempo. Nesse caso o cateto oposto
é uma variação de velocidade e o cateto adjacente é um intervalo de tempo.
cateto oposto Δv
tg (ângulo de inclinação do gráfico) = =
cateto adjacente Δt
30m / s
tg = = 10m / s2 ⇒ aceleração da gravidade
3,0s
Δv
tg (ângulo de inclinação do gráfico) = aceleração =
Δt
Δv
a= (Equação 2)
Δt
Retas de Gráficos de Velocidade x tempo mais inclinadas significam movimentos mais acelerados.
Desenvolvendo a equação da aceleração dada acima, obteremos uma nova equação muito usada na cinemática.
Δv
a= ⇒ a ⋅ Δt = ( v final − v inicial )
Δt
2. Sabemos que em um gráfico de velocidade em função do tempo a área delimitada corresponde ao deslocamento
do corpo. A área nesse gráfico não é a de um retângulo e sim de um triângulo.
base × altura t ⋅ Δv
Áreatriânglo = ⇒ d=
2 2
já sabemos que Δv = a . t.
t ⋅a⋅t a ⋅ t2
d= ⇒ d=
2 2
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
Caso o movimento possua velocidade inicial, a equação acima ganha outro termo e fica completa como
representada abaixo.
a ⋅ t2
d = v inicial ⋅ t + (Equação 4)
2
Notamos que a diferença dos deslocamentos está sempre crescendo de um segundo para o outro. Isso
mostra que a velocidade está crescendo. O móvel está percorrendo cada vez mais metros a cada um único
segundo.
Com os valores dessa tabela vamos construir o gráfico das posições ocupadas ao longo da queda em
relação ao ponto de partida em função do tempo.
v 2final = v inicial
2
+ 2⋅a⋅d (Equação 5)
24 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
Não será nossa preocupação nesse curso a dedução dessa equação. Para os alunos que se interessarem
fica aí a dica de um bom exercício.
A) O que acontecerá quando o garoto subir correndo os degraus de uma escada rolante programada também
para subir?
O garoto chegará em menos tempo ao andar de cima. O movimento da escada elevando o garoto somado as
seus passos no mesmo sentido farão com que sua velocidade em relação a um objeto parado no solo seja a maior
possível. A velocidade resultante em relação ao solo será obtida através da soma dos módulos da velocidade do
garoto em relação à escada e da velocidade da escada em relação ao solo.
vR = v garoto →escada + v escada →solo
P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
B) O que acontecerá quando o garoto descer correndo os degraus da mesma escada rolante ainda programada
para subir?
O garoto gastará mais tempo para percorrer a mesma distância do exemplo A. O movimento da escada
elevando o garoto é agora contrário ao movimento criado por seus passos, já que ele desce. A sua velocidade em
relação a um objeto parado no solo será a menor possível. A velocidade resultante em relação ao solo será obtida da
subtração dos módulos da velocidade do garoto em relação à escada e da velocidade da escada em relação ao solo.
150m
dentre m arg ens = vM ⋅ t ⇒ =t ⇒ t = 50s
3,0m / s
A travessia iria durar 50 s, más nós sabemos que não existem rios
sem correnteza. A ação da correnteza acontece em conjunto com a ação
do motor. O barco atravessa e, ao mesmo tempo, a correnteza o arrasta
rio abaixo.
Pensando sobre essa situação, qual será o tempo de travessia do
mesmo rio e com o mesmo barco? Será maior, igual ou menor do que
50 s? Podemos chegar à conclusão correta através de um desenho que
simula a atravessia nesses novos parâmetros. A figura ao lado mostra as
posições que o barco ocupa ao longo do tempo. Vamos considerar que
as velocidades V M e V C tenham os mesmos módulos dados
anteriormente. Os cálculos a seguir são das distâncias percorridas pelo
barco na direção de VM (d1) e na direção de VC (d2) durante 10 s. Essas
distâncias estão marcadas no quadriculado da figura
Observe na figura que a cada 10 s o barco desce 40 m pelo rio e atravessa outros 30 m. O barco descerá em
50 s 200 m pelo rio e se deslocará 150 m na direção perpendicular às margens. Isso significa que o tempo de
travessia não foi afetado pela ação da correnteza. A posição final foi modificada, mas isso não atrasou nem adiantou
a travessia.
26 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
vR2 = vM
2
+ v C2 ⇒ vR2 = 32 + 42 ⇒ vR = 5,0m / s (direção diagonal)
O deslocamento resultante pode ser calculado multiplicando a velocidade resultante pelo tempo de travessia
e será igual a 250 m.
Você pode estar se perguntando por que o barco percorre 250 m, bem mais do que antes, e mesmo assim
o tempo de travessia não se modifica? A distância maior de 250 m está em uma direção diagonal, a mesma direção
da velocidade resultante, que é também proporcionalmente maior valendo 5,0 m/s. Uma coisa compensa a outra. O
tempo não se modifica.
⎧ g ⋅ t2
⎪ dY =
⎪ 2
Parte horizontal ⇒ dX = VOX ⋅ t Parte Vertical ⇒ ⎨ VY = g ⋅ t
⎪V 2 = 2 ⋅ g ⋅ d
⎪ y Y
⎩
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
Uma dúvida que surge rotineiramente é sobre o tempo de queda e a velocidade inicial do lançamento horizontal.
Será que o tempo de queda é afetado pela velocidade inicial horizontal? Muitos acham que quanto maior for VOX,
maior será o tempo de queda. Isto é um engano. A velocidade horizontal não tem nenhuma componente para baixo
nem para cima. Não ajuda nem atrapalha a queda e não afeta o tempo de queda, que só irá depender da gravidade
e da altura inicial.
A figura abaixo mostra quatro objetos que iniciam o movimento no mesmo instante. A primeira bola foi
simplesmente abandonada e as demais foram lançadas horizontalmente com velocidades diferentes.
VO1 < VO2 < VO3.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/04_44.asp
Percebemos que todas chegam ao solo após um intervalo de tempo igual a 4t. A quarta bolinha teve o maior
alcance, mas não porque passou mais tempo no ar, já que esses foram exatamente iguais. O motivo de atingir uma
distância horizontal maior é o fato da sua velocidade horizontal ser maior em módulo.
Vamos de novo considerar desprezível a força de resistência do ar. Uma bola de basquete arremessada para
a cesta é um bom exemplo para um lançamento oblíquo. A bola descreve no ar a trajetória mostrada ao lado, que
é um arco de parábola. A velocidade inicial faz um ângulo è com a direção horizontal, como mostra a figura, e será
decomposta em duas parcelas; VOX a componente horizontal e VOY a componente vertical.
⎧ g ⋅ t2
⎪dY = VOY ⋅ t +
⎪ 2
Parte horizontal ⇒ dX = VOX ⋅ t Parte Vertical ⇒ ⎨ VY = VOY + g ⋅ t
⎪V 2 = V 2 + 2 ⋅ g ⋅ d
⎪ y OY Y
⎩
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
QUESTÕES RESOLVIDAS
1. Quando dois carros se movem uniformemente em sentidos opostos, na mesma estrada reta, eles se
aproximam 9 metros a cada décimo de segundo. Quando eles se deslocam no mesmo sentido, com
velocidades de módulos iguais às anteriores, aproximam-se de 10 m a cada segundo.
Calcule as velocidades dos carros.
Situação 1
Os carros em movimento em sentidos opostos têm a
velocidade resultante obtida pela soma de suas velocidades
em relação à Terra.
9m
vR1 = v A + vB ⇒ vR1 = = 90m / s
0,1s
Situação 2
Os carros em movimento no mesmo sentido têm a velocidade
resultante obtida pela subtração de suas velocidades em relação à
Terra.
10m
vR2 = v A − vB ⇒ vR2 = = 10m / s
1s
P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
⎧v A + vB = 90m / s
⎨v − v = 10m / s v A = 50m / s ⇒ substituindo
⎩ A B
2v A + 0 = 100m / s 50m / s + v B = 90m / s ⇒ v B = 40m / s
30 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
que ocorre a inversão do movimento. A altura máxima é atingida então, no tempo de 120s.
4. A figura a seguir reproduz a fotografia do movimento de uma esfera. A seta indica o sentido do movimento.
Entre duas posições consecutivas o intervalo de tempo é sempre o mesmo.
Um detalhe importante é que em momento algum o móvel retornou, sempre avançou no mesmo sentido.
Com essa informação já eliminamos duas opções. Letras A e E.
A letra D é absurda, pois na parte final do gráfico o objeto ocupa duas posiçôes diferentes ao mesmo
tempo!!!!!!!!!!!!!
Pelo desenho percebemos que no início as marcas têm distâncias cada vez maiores em intervalos de
tempo iguais, o que significa que a velocidade está crescendo.
Já na segunda metade as marcas têm distâncias cada vez menores também em intervalos de tempo
iguais, o que mostra que a velocidade foi diminuindo.
Sabemos que em um gráfico de posição em função do tempo a inclinação
da reta tangente ao gráfico representa a velocidade. Fazendo a análise ponto a
ponto teremos a informação de como varia a velocidade.
No gráfico B a inclinação da reta tangente cresce no início e diminui no
fim, que é exatamente o comportamento representado, já que a velocidade
primeiro cresce e depois diminui.
Resposta: Letra B.
P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I
A) P. B) Q. C) R. D) S.
Resposta: Letra C.
g ⋅ t2 10m / s2 ⋅ t 2 10m
dY = VOY ⋅ t + ⇒ 5m = 0 + ⇒ = t2 ⇒ t = 1s2 ⇒ t = 1s
2 2 10m / s2
Sabendo o tempo podemos encontrar as velocidade horizontais máxima e mínima. (Lembre-se que a
parte horizontal é um MU).
⎧ dMáxima 4m
⎪máxima velocidade → VX Máxima = t =
1s
= 4m / s
⎪ queda
dX = VX ⋅ t ⇒⎨
⎪mínima velocidade → VX Mínima = dMínima = 1m = 1m / s
⎪⎩ t queda 1s
32 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
g ⋅ t2
dY = VOY ⋅ t +
2
Vamos precisar da velocidade inicial vertical (VOY). O cálculo será através do seno de 45º.
Precisaremos também do tempo. O cálculo será feito baseado no movimento horizontal até atingir a
parede, já que o ângulo é de 45° os catetos x e y são iguais (VOY = VOX).
2,8m
dX = VOX ⋅ t ⇒ 2,8m = 5 2m / s ⋅ t ⇒ t= ⇒ t = 0,40s
7,0m / s
Substituindo os valores na primeira equação, temos:
2
g ⋅ t2 10m / s2 ⋅ (0, 40s )
dY = VOY ⋅ t + ⇒ dY = 7,0m / s ⋅ 0,40s −
2 2
dY = 2,8m − 0,8m ⇒ dY = 2,0m
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. O gráfico abaixo, representa a posição em função do tempo para o movimento de dois veículos em uma mesma
estrada.
20 20
15 15
10 10
5 5
P R É - V E S T I B U L A R
33
Unidade II Cinemática FÍSICA I
Comentário:
As inclinações dos dois gráficos são as mesmas, embora pareçam diferentes. Elas pareceriam iguais somente
quando representadas na mesma escala ou no mesmo gráfico.
3. (UFMG) Uma escola de samba, ao se movimentar numa reta e muito extensa, mantém um comprimento
constante de 2 km. Se ela gasta 90 min para passar completamente por uma arquibancada de 1 km de
comprimento, sua velocidade média deve ser
a) 2/3 km/h
b) 1 km/h
c) 4/3 km/h
d) 2 km/h
e) 3 km/h
4. Analise o gráfico (posição-tempo) que representa o movimento de uma automóvel e descubra os intervalos nos quais
a velocidade está aumentando, ou diminuindo e em quais momentos aconteceu uma mudança no sentido do
movimento.
X
(posição)
t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9 t
5. O gráfico abaixo representa a velocidade – tempo para o movimento de um automóvel. À partir das informações
contidas no gráfico determine a velocidade média desenvolvida durante a viagem.
D
60
B
Velocidade (Km/h)
40
A
C E
20
O gráfico acima representa o movimento de um carro que se move com diferentes velocidades durante diferentes intervalos de tempo.
A distância percorrida em um intervalo qualquer é medida pela área abaixo das retas.
34 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
6. Tente calcular, aproximadamente, a distância percorrida, pelo automóvel cujo gráfico da velocidade x tempo está
representado acima, entre os instantes t1 = 0,050h a t2 = 0,100h.
Em geral, a distância percorrida Δx é dada pela área limitada pelo gráfico velocidade x tempo, independentemente
das variações da velocidade.
7. Um objeto desloca-se em linha reta aumentando a sua velocidade de modo a caracterizar um movimento retilíneo
uniformemente variado (MRUV). Neste caso podemos concluir que o móvel apresenta
a) aceleração igual a zero.
b) aceleração constante.
c) aceleração variável.
d) velocidade constante.
e) velocidade variável negativa.
8. (PUC/RS) Dizer que um movimento se realiza com uma aceleração escalar constante de 5 m/s2 significa que
a) em cada segundo o móvel se desloca 5 m.
b) em cada segundo a velocidade do móvel aumenta de 5 m/s.
c) em cada segundo a aceleração do móvel aumenta de 5 m/s.
d) a velocidade é constante e igual a 5 m/s.
P R É - V E S T I B U L A R
35
Unidade II Cinemática FÍSICA I
S (m)
1,5
0,5
0 t (s)
1 2
14. Um vôo, com origem em Belo Horizonte, tem por destino a cidade de Salvador, após uma escala em Ilhéus. O
registro correto da viagem é apresentado aos passageiros, na tela de um televisor, através de um gráfico que
indica a posição do avião em função do tempo. O gráfico vai sendo construído em tempo real e é mantido na tela
até que todos os passageiros deixem o avião. Num vôo normal, sem incidentes, ao descer em Salvador, um
passageiro olha para o televisor e vê o gráfico completo. Assinale, entre as alternativas abaixo, a única que
representa a imagem vista pelo passageiro.
A) B)
Posição (km) Posição (km)
C) D)
Posição (km) Posição (km)
36 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
15. Atira-se em um poço uma pedra verticalmente para baixo com uma velocidade inicial v0 = 10 m/s. sendo a
aceleração local da gravidade igual a 10 m/s2 e sabendo que a pedra gasta 2 s para chegar ao fundo do poço,
podemos concluir que a profundidade deste é, em metros:
a) 30 d) 20
b) 40 e) n.d.a.
c) 50
16. Na figura abaixo estão representadas as velocidades dos carros 1 e 2, respectivamente v1 e v2, de módulos
iguais, em relação a um observador fixo à Terra. Na figura abaixo, representamos vários vetores de diferentes
direções e sentidos.
V2
V1
A alternativa que contém o vetor que melhor representa, em direção e sentido, a velocidade do carro 1, vista por
um observador situado no carro 2, é:
I II III IV V
17. Uma bola rola sobre a superfície de uma mesa até cair de sua extremidade com uma certa velocidade.
A alternativa que melhor representa a trajetória da bola é
A) B)
C) D)
P R É - V E S T I B U L A R
37
Unidade II Cinemática FÍSICA I
18. (UFSC) Suponha um bombardeiro voando horizontalmente com velocidade constante. Em certo instante, uma
bomba é solta do avião. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que
I) a bomba cai verticalmente, para um observador na terra.
II) O movimento da bomba pode ser interpretado como sendo composto por dois movimentos: MRUV na vertical e
MRU na horizontal.
III) A bomba atingirá o solo exatamente abaixo do avião.
IV) A bomba adquire uma aceleração vertical igual à aceleração da gravidade, g.
Estão corretas
a) II, III e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) Todas.
24
A distância percorrida pelo automóvel nos primeiros 12 s é
a) 24 m.
b) 2,0 m.
c) 288 m.
0 12 t (s)
d) 144 m.
20. Cada uma das figuras abaixo ilustra a trajetória (linha pontilhada) de um projétil (círculo preto), lançado da
superfície da Terra. Desprezando a resistência do ar, em qual das figuras estão mostrados CORRETAMENTE o
vetor velocidade (V) do projétil e o vetor força (F) que age sobre o projétil?
38 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (UFMG) Uma pessoa vê um relâmpago e, três 4. (Unesp) Nas provas dos 200 m rasos, no atletismo,
segundos (3,00 s) depois, escuta o trovão. Sabendo os atletas partem de marcas localizadas em
que a velocidade da luz no ar é de aproximadamente posições diferentes na parte curva da pista e não
300.000 km/s e a do som, no ar, é de 330 m/s, ela podem sair de suas raias até a linha de chegada.
estima a distância a que o raio caiu. Dessa forma, podemos afirmar que, durante a prova,
para todos os atletas, o
A melhor estimativa para esse caso é
a) 110 m. a) espaço percorrido é o mesmo mas o deslocamento e
b) 330 m. a velocidade vetorial média são diferentes.
c) 660 m. b) espaço percorrido e o deslocamento são os mesmos,
d) 990 m. mas a velocidade vetorial média é diferente.
c) deslocamento é o mesmo, mas o espaço percorrido
2. (FCCMG) Dez alunos deram-se as mãos formando e a velocidade vetorial média são diferentes.
uma roda. Um deles, de posse de um cronômetro, d) deslocamento e a velocidade vetorial média são
apertou a mão do colega ao lado, enquanto disparou iguais, mas o espaço percorrido é diferente.
o relógio. 0 colega, ao sentir o aperto de mão, e) espaço percorrido, o deslocamento e a velocidade
apertou a mão do aluno seguinte e essa informação vetorial média são iguais.
foi sendo transmitida até que o décimo aluno
apertasse a mão do primeiro, que por sua vez travou 5. (Fuvest-SP) Após chover na cidade de São Paulo, as
o cronômetro acusando 3,0 segundos. Considere águas da chuva descerão o rio Tietê até o rio Paraná,
que a distância média entre a mão de cada aluno e percorrendo cerca de 1 000 km. Sendo de 4 km/h a
seu cérebro é de 60 cm e que, para essa informação velocidade média das águas, o percurso mencionado
ser transmitida, é necessário que ela passe pelo será cumprido pelas águas da chuva em
cérebro. Pode-se afirmar que a velocidade escalar aproximadamente
média da transmissão desta informação é de a) 30 dias.
a) 20 cm/s b) 10 dias.
b) 40 cm/s c) 25 dias.
c) 180 cm/s d) 2 dias.
d) 200 cm/s e) 4 dias.
e) 400 cm/s
6. Uma pessoa se afasta de um espelho plano com
3. Na última Olimpíada, o vencedor da prova dos 100m velocidade constante. O gráfico que melhor
rasos foi o canadense Donovan Bailey e o da representa a distância entre a pessoa e sua imagem,
maratona (42,2 km) foi o sul-africano Josia Thugwane. em função do tempo, é:
Os valores mais próximos para as velocidades
médias desses atletas são, respectivamente,
P R É - V E S T I B U L A R
39
Unidade II Cinemática FÍSICA I
7. Um automóvel faz uma viagem em 6 horas e sua 9. (Fuvest-SP) O gráfico ilustra a posição s, em função
velocidade escalar varia em função do tempo do tempo t, de uma pessoa caminhando em linha
aproximadamente, como mostra o gráfico ao lado. reta durante 400 s. Indique a alternativa correta
A velocidade escalar média do automóvel na viagem
é:
t (h
40 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
11. A respeito do movimento da partícula, pode se afirmar a) o carro A alcança o carro B no instante 8s.
que b) a aceleração do carro A é o dobro da aceleração de B.
a) é acelerado para a direita todo o tempo, ou seja, de c) nos primeiros 8s o carro A percorreu o dobro da
0 ao 5 o
segundo. distância de B.
b) é uniforme e sempre para a direita. d) os carros possuem movimento uniforme.
c) é uniforme para a direita, até o 3o segundo; depois
fica retardado para a esquerda, até o 5o segundo. 14. (Unesp-SP) Dois planos inclinados, unidos por um
plano horizontal, estão colocados um em frente ao
d) é uniforme para a direita, até o 2o segundo; torna-se
outro, como mostra a figura. Se não houvesse atrito,
retardado ainda para a direita, até o 3o segundo;
um corpo que fosse abandonado num dos planos
neste instante, torna-se acelerado para a esquerda, indicados desceria por ele e subiria pelo outro até
até o 5o segundo. alcançar a altura original H.
e) é retardado para a direita, até o 3o segundo; a partir
daí, torna-se uniforme para a esquerda, até o 5o
segundo.
13. (FCMMG) O gráfico velocidade versus tempo mostra 15. Um ônibus está parado em um sinal. Quando o sinal
o movimento de dois carros A e B numa estrada abre, esse ônibus entra em movimento e aumenta
retilínea. No tempo 0 os carros A e B estão lado a lado sua velocidade até um determinado valor. Ele mantêm
essa velocidade até se aproximar de um ponto de
ônibus quando, então diminui a velocidade até parar.
O gráfico posição x em função do tempo t que melhor
representa esse movimento é
P R É - V E S T I B U L A R
41
Unidade II Cinemática FÍSICA I
16. Este gráfico mostra como varia a posição em função 18. Uma partícula se movimenta ao longo de uma reta.
do tempo para um carro que se desloca em linha Suas posições era função do tempo estão
reta.
representadas na tabela
42 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
20. (Ufscar - SP) A figura abaixo representa uma situação 23. Uma criança arremessa uma bola, verticalmente, para
física em que o carro de Airton Senna “largou” 3 s cima. Desprezando-se a resistência do ar, o gráfico
após o de Prost. Supondo que eles “largaram” de que melhor representa a altura h da bola, em função
um mesmo ponto, percorrendo uma trajetória
do tempo t, é
retilínea, em que instante Senna alcançou Prost?
a) 6 s.
b) 8 s.
c) 11 s.
d) 4 s.
e) 7,6 s.
a) FG
b) CD
c) CE
24. (UFES) Um objeto é abandonado do alto de um
d) BC e EF
edifício. Um observador, de dentro do edifício, numa
e) AB e DE
janela cuja borda está a 15 m do solo, vê o objeto
passar pela borda 1s antes de atingir o solo.
22. Uma esfera de aço cai sobre uma placa de metal e Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar
salta praticamente até a altura anterior que a altura do edifício é de:
(aceleração da gravidade = 10 m/s2)
a) 20 m
b) 25 m
c) 30 m
d) 35 m
e) 40 m
Qual dos gráficos representa melhor a velocidade v
da esfera em função do tempo t.
25. (FCMMG) Os astronautas que estiveram na Lua em
1969, comprovaram a teoria de queda dos corpos no
vácuo. Como a Lua não possui atmosfera, deixaram
cair, ao mesmo tempo e de uma mesma altura uma
pedra e uma pena. Puderam observar que
a) a pedra tem maior aceleração que a pena.
b) a pedra e a pena chegaram simultaneamente ao solo.
c) a pedra chega ao solo com maior velocidade que a
pena.
d) a força gravitacional que a lua exerce sobre a pedra
e igual a que exerce sobre a pena.
P R É - V E S T I B U L A R
43
Unidade II Cinemática FÍSICA I
26. Um pequeno bote, que navega a uma velocidade de A opção que melhor representa o correspondente
2,0 m/s em relação à margem de um rio, é alcançado gráfico velocidade-tempo é
por um navio de 50 m de comprimento, que se move
paralelamente a ele, no mesmo sentido, como
mostrado nesta figura:
Esse navio demora 20 segundos para ultrapassar o 28. Nas planícies africanas, o jogo entre predador e presa
bote. Ambos movem-se com velocidades encontra um limite delicado. A gazela, sempre atenta
constantes. vive em grupos. É rápida e seu corpo sustenta a
aceleração de 0 m/s a 14 m/s em 3s. O guepardo,
Nessas condições, a velocidade do navio em relação
com sua cabeça pequena e mandíbulas curtas
à margem do rio é de, aproximadamente, projetadas para um abate preciso por
a) 0,50 m/s. estrangulamento, está bem camuflado e com seu
b) 2,0 m/s. corpo flexível, amplia sua passada, sobrevoando o
c) 2,5 m/s. solo na maior parte de sua corrida. Mais ágil que a
d) 4,5 m/s. gazela, vai de 0 m/s a 20 m/s em 3 s. O esforço, no
entanto, eleva sua temperatura a níveis perigosos
de sobrevivência e, em virtude disto, as perseguições
27. (UFF-RJ) O gráfico posição-tempo do movimento de
não podem superar 20 s. Um guepardo aproxima-
uma partícula é representado por arcos de parábolas se 27 m de uma gazela. Parados, gazela e guepardo
consecutivos, conforme a figura. fitam-se simultaneamente, quando, de repente,
começa a caçada. Supondo que ambos corram em
uma trajetória retilínea comum e, considerando o
gráfico do desempenho de cada animal, a duração
da caçada, em s, será
a) 3,0.
b) 4,0.
c) 6,0.
d) 10,0.
e) 11,0.
44 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
29. Um automóvel e um ônibus trafegam em uma 31. (UFMG) Um carro está andando ao longo de uma
estrada plana, mantendo velocidades constantes em estrada reta e plana. Sua posição em função do
torno de 100 km/h e 75 km/h, respectivamente. Os tempo está representada neste gráfico:
dois veículos passam lado a lado em um posto de
pedágio. Quarenta minutos (2/3 hora) depois, nessa
mesma estrada, o motorista do ônibus vê o
automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então, que o
automóvel deve ter realizado, nesse período, uma
parada com duração aproximada de
a) 4 minutos
b) 7 minutos
c) 10 minutos
d) 15 minutos
e) 25 minutos Sejam vP, vQ e vR os módulos das velocidades do
carro, respectivamente, nos pontos P, Q e R,
30. (FMTM) Neste antigo cartum, o atleta de meia idade, indicados nesse gráfico.
em total concentração durante sua corrida, não Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
percebe a aproximação do rolo compressor que que
desce a ladeira, desligado e sem freio, com a) vQ < vP < vR
aceleração de 0,4 m/s2. b) vP < vR < vQ
c) vQ < vR < vP
d) vP < vQ < vR
Vr
Vb
No momento registrado pelo cartum, a máquina já
está com velocidade de 4 m/s, enquanto o atleta
mantém velocidade constante de 6 m/s. Se a
v r = velocidade da água do rio em relação às
distância que separa o homem da máquina é de
margens.
5 m, e ambos, máquina e corredor, mantiverem sua
marcha sobre o mesmo caminho retilíneo, o tempo v b = velocidade gerada pelo motor do barco em
de vida que resta ao desatento corredor é, em s, de relação às margens do rio.
aproximadamente,
Um rio de largura l é atravessado por um barco de
a) 6
maneira perpendicular à margem, com velocidade
b) 10
constante v b .
c) 12
d) 14 O tempo que o barco leva para atravessar o rio é
e) 16 a) maior quando a velocidade v r aumenta.
b) menor quando a velocidade v r aumenta.
c) independente da velocidade v r .
d) maior quando a velocidade v r diminui.
e) menor quando a velocidade v r diminui.
P R É - V E S T I B U L A R
45
Unidade II Cinemática FÍSICA I
O enunciado a seguir se refere às questões 33 e 34. 36. (PUC-RS) Um barco atravessa um rio cuja correnteza
tem uma velocidade de 3 m/s em relação à margem.
Uma pessoa, dentro de um ônibus parado, deixa Se a velocidade do barco em relação à água for
cair uma moeda. A moeda gasta 0,4 s para atingir perpendicular à correnteza e igual a 4m/s, a velocidade
o piso do ônibus. A experiência é repetida, quando resultante do barco em relação à margem do rio será
o ônibus se desloca horizontalmente com movimento
a) 1m/s
retilíneo uniforme, de velocidade V = 10m/s.
b) 5 m/s
33. O tempo de queda da moeda, na segunda c) 6 m/s
experiência, é d) 5 m/s
a) menor do que 0,4 s. e) 6 m/s
b) igual a 0,4 s.
c) maior do que 0,4 s e menor do que 1,0 s.
37. (AEUDF) O dispositivo A lança horizontalmente uma
d) igual a 0,8 s.
bala com velocidade v. Essa bala deve atingir o alvo
e) é um valor impossível de se determinar.
que dista 20 m do pé da rampa de lançamento. O
valor da velocidade v, para que a bala atinja o alvo,
34. Os pontos em que a moeda toca o piso do ônibus,
deve ser de
na primeira e na segunda experiência, estão
separados pela distância de
a) 0,0 m
b) 0,4 m a) 5m/s
b) 20m/s
c) 4,0 m
c) 10m/s
d) 8,0 m
d) 100m/s
e) 9,8 m
46 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
40. (Universidade de Viçosa-MG) Uma pessoa atira com 42. O gráfico abaixo mostra as curvas de velocidade
uma carabina na horizontal, de uma certa altura. em função do tempo de dois corpos A e B que foram
Outra pessoa atira, também na horizontal e da soltos de uma mesma altura e que estão em queda
mesma altura, com uma espingarda de ar livre, na ausência de atrito com o ar.
comprimido. Desprezando a resistência do ar, pode-
se afirmar que
a) a bala mais pesada atinge o solo em um tempo menor.
b) o tempo de queda das balas é o mesmo,
independendo de suas massas.
c) a bala da carabina atinge o solo em um tempo menor
que a bala da espingarda.
d) a bala da espingarda atinge o solo em um tempo
menor que a bala da carabina.
e) Nada se pode dizer a respeito do tempo de queda,
porque não se sabe qual das armas é mais possante.
Considere as seguintes afirmativas:
I. O corpo A alcança o solo antes que o corpo B.
41. As experiências de Galileu estabeleceram as
II. Os dois corpos alcançam o solo no mesmo instante.
características fundamentais do movimento de um
III. O corpo B é solto do repouso.
corpo solto verticalmente na ausência de atrito com
o ar. Considere as seguintes afirmativas acerca
Pode-se então afirmar que:
desse movimento:
a) apenas II e III são verdadeiras.
b) todas são verdadeiras.
I. Duas bolas maciças, de mesmo raio, uma de c) apenas I e III são verdadeiras.
chumbo e outra de isopor, soltas do mesmo lugar, d) apenas III é verdadeira.
caem com a mesma aceleração. e) apenas I e II são verdadeiras.
II. Duas bolas maciças, de mesma massa, uma de
chumbo e outra de isopor, soltas do mesmo lugar, 43. Em uma situação real atuam sobre um corpo em
caem com a mesma aceleração. queda o seu peso e a força de atrito com o ar. Essa
III. Duas bolas maciças, uma de chumbo e outra de última força se opõe ao movimento do corpo e tem
isopor, soltas do mesmo lugar, caem com o módulo proporcional ao módulo da velocidade do
acelerações diferentes. A bola de chumbo possui corpo.
aceleração maior do que a de isopor. Com base nestas informações, é CORRETO afirmar
que:
Pode-se então afirmar que:
a) apenas I e II são verdadeiras. a) a aceleração do corpo em queda cresce
b) apenas II e III são verdadeiras. continuamente.
c) apenas I é verdadeira. b) a aceleração do corpo em queda é constante.
d) apenas II é verdadeira. c) para uma queda suficientemente longa, a força de
e) apenas I e III são verdadeiras. atrito atuando no corpo torna-se maior do que o
peso do corpo.
d) a energia mecânica do corpo em queda é
conservada.
e) para uma queda suficientemente longa, a resultante
das forças sobre o corpo tende a zero.
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47
Unidade II Cinemática FÍSICA I
a) 0,60 m
b) 0,80 m
c) 1,20 m
d) 1,60 m
e) 3,20 m
48 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
47. (UFMG) Um barco tenta atravessar um rio com 50. (UFMG) Uma pessoa observa o movimento parabó-
1,0 km de largura. A correnteza do rio é paralela às lico de uma pedra lançada horizontalmente com
margens e tem velocidade de 4,0 km/h. A velocidade velocidade v0. A pessoa poderia ver a pedra cair
do barco, em relação à água, é de 3,0 km/h verticalmente se se deslocasse
perpendicularmente às margens. a) com velocidade v´ = 2v0, paralela a v0 e no mesmo
sentido.
Nessas condições, pode-se afirmar que o barco
a) atravessará o rio em 12 minutos. b) com velocidade v´ = v0, paralela a v0 e no sentido
oposto.
b) atravessará o rio em 15 minutos.
c) atravessará o rio em 20 minutos. c) com velocidade v´ = v0, paralela a v0 e no mesmo
d) nunca atravessará o rio. sentido.
d) com velocidade v´ = 2v0, paralela a v0 e no sentido
48. (UFMG) Marcelo Negrão, numa partida de vôlei, deu oposto.
uma cortada na qual a bola partiu com uma e) com velocidade v´ = v0, em qualquer direção e em
qualquer sentido.
velocidade de 126 km/h (35 m/s). Sua mão golpeou
a bola a 3,0 m de altura, sobre a rede, e ela tocou o
chão do adversário a 4,0 m da base da rede, como 51. Uma pedra é lançada verticalmente para cima a partir
do solo. Duas pessoas em repouso no solo, para
mostra a figura. Nessa situação pode-se considerar,
explicarem o movimento descrito pelas pedras,
com boa aproximação, que o movimento da bola é
construíram os gráficos v x t, mostrados abaixo.
retilíneo e uniforme. A ALTERNATIVA CORRETA É :
P R É - V E S T I B U L A R
49
Unidade II Cinemática FÍSICA I
a) erradas, pois somente é possível atribuir à bola uma 55. (UFRS – Modificado) O gráfico do módulo x da
única velocidade, correspondente ao percurso total, posição em função do tempo t representa dois
e não a cada ponto da trajetória. movimentos retilíneos: o de um móvel A e o de um
b) erradas, pois a velocidade nula da bola ocorre no outro móvel B.
ponto mais alto de sua trajetória.
c) erradas, pois sua velocidade máxima ocorre no
instante em que ela abandona o pé do jogador.
d) corretas, desde que a gravação da partida de futebol
não seja analisada em “câmera lenta”, o que
compromete as medidas de tempo.
e) corretas, pois a bola parte do repouso e deve
percorrer uma certa distância até alcançar a
velocidade máxima.
Qual das afirmações a respeito dos movimentos
53. (FCMMG) Um jogador de futebol irá bater um pênalti. de A e de B é falsa?
Considere que: a) B ultrapassa A, mas é posteriormente ultrapassado
- O tempo de reflexo do goleiro entre ver o jogador por A.
tocar na bola e agir é de 0,30s; b) Nos pontos de encontro, A e B possuem mesma
- A distância do goleiro até a trave é de 3,6m. velocidade.
- A velocidade da bola, suposta constante nesse c) A e B partem da mesma origem, embora não
trecho, é de 108 km/h. simultaneamente.
50 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
51
Unidade II Cinemática FÍSICA I
61. (FMTM) Um cientista, estudando a aceleração 63. (FMTM) Uma flecha é atirada do topo de um muro
média de três diferentes carros, obteve os seguintes de 8,0 m de altura com velocidade inicial de
resultados: 6,0 m/s, conforme a figura. Sendo g = 10 m/s2 e
– o carro I variou sua velocidade de v para 2v num desprezando-se a resistência do ar, a velocidade
intervalo de tempo igual a t; da flecha, ao atingir o solo no ponto B será, em
m/s, igual a
– o carro II variou sua velocidade de v para 3v num
intervalo de tempo igual a 2t;
– o carro III variou sua velocidade de v para 5v num
intervalo de tempo igual a 5t. a) 12,6.
b) 14,0.
Sendo, respectivamente, a1, a2 e a3 as acelerações c) 16,3.
dos carros I, II e III, pode-se afirmar que d) 18,0.
a) a1 = a2 = a3. e) 19,4.
b) a1 > a2 > a3.
c) a1 < a2 < a3. 64. Uma bolinha, lançada horizontalmente da
d) a1 = a2 > a3. extremidade de uma mesa, descreve a trajetória
e) a1 = a2 < a3. mostrada na figura. O intervalo de tempo que a
bolinha leva para percorrer a distancia entre duas
posições sucessivas é (1/8)s. Considerando-se a
62. (FMTM) Um passageiro, dentro de um elevador aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, qual é a
parado no 20º andar de um edifício, deixa cair uma altura aproximada da mesa?
moeda. Se, no instante em que esta adquire uma
velocidade de 1,0 m/s em relação ao passageiro,
os cabos que sustentam o elevador se partirem, o
movimento posterior da moeda em relação ao a) 0,31 m
passageiro será b) 0.80 m
a) uniforme, com v = 1,0 m/s, no mesmo sentido do c) 1.25 m
deslocamento do elevador.
d) 2.50 m
b) uniforme, com v = 1,0 m/s, no sentido contrário ao
e) 5.00 m
do deslocamento do elevador.
c) nulo, com v = 0, pois a moeda estará em repouso
em relação ao passageiro. 65. (UFJF) Um objeto realiza um movimento que é
registrado no gráfico espaço x tempo abaixo.
d) variado, com a = 1,0 m/s2, no sentido contrário ao
do deslocamento do elevador. Assinale a alternativa CORRETA:
52 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
53
Unidade II Cinemática FÍSICA I
3
Dados: g = 10m/s 2 , sen 60° = e cos
2
60° = 1/2
a) 19.
b) 25.
c) 34.
d) 41.
e) 47.
54 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
74. Dizer que um automóvel tem aceleração igual a c) Entre os instantes t2 e t3 o movimento é retrógrado.
1,0 m/s2 equivale a se afirmar que d) Os itens a e b são incorretos.
a) a cada segundo sua velocidade aumenta de 3,6 km/
h. 77. O gráfico posição (d) versus tempo (t) abaixo
b) a cada hora sua velocidade aumenta de 1,0 m/s. representa o movimento de um carro numa estrada
c) a cada hora sua velocidade aumenta de 60 km/h. retilínea
d
d) a cada segundo sua velocidade diminui de
1
km/h.
3,6
e) a cada segundo sua velocidade diminui de 60 km/h.
0 t
P R É - V E S T I B U L A R
55
Unidade II Cinemática FÍSICA I
79. (UFG 2006) O Visconde de Sabugosa vê uma jaca Supondo que cada pingo abandone a torneira com
cair da árvore na cabeça da Emília e filosofa: “Este velocidade nula e desprezando a resistência do
movimento poderia ser representado, A
qualitativamente, pelos gráficos de posição e ar, pode-se afirmar que a razão , entre a
B
velocidade, em função do tempo...”
distância A e B, mostrada na figura (fora de escala),
vale:
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.
56 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
81. (PUC-SP) Suponha que, em uma partida de futebol, 83. Um pequeno corpo é abandonado de uma certa
o goleiro, ao bater o tiro de meta, chute a bola, altura e cai sob a ação do seu peso e da resistência
imprimindo-lhe uma velocidade v0 cujo vetor forma, do ar. A velocidade terminal é atingida após um tempo
com a horizontal, um ângulo a. Desprezando a T de queda. Nas alternativas que se seguem, os
resistência do ar, são feitas as afirmações abaixo: pontos representam posições do corpo separados
I – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vetorial por intervalos de tempos iguais.
da bola é nula. Indique a alternativa que MELHOR representa o
II – A velocidade inicial v0 pode ser decomposta segundo movimento de queda do corpo.
as direções horizontal e vertical.
III – No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor da
aceleração da gravidade.
IV – No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor vy do
componente vertical da velocidade.
ESTÃO CORRETAS
a) III e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) I, II e III.
a) b)
x x
Rt Rt
Rt Rt
a) a1 < a2 < a3. b) a1 < a3 e a2 = 0.
c) a1 = a2 e a3 = 0. d) a1 = a3 e a2 = 0.
P R É - V E S T I B U L A R
57
Unidade II Cinemática FÍSICA I
a)
58 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
89. (UFMG) Este gráfico, velocidade versus tempo, 91. Uma pessoa passeia durante 30 minutos. Nesse
representa o movimento de um automóvel ao longo tempo ela anda, corre e também pára por alguns
de uma estrada reta. instantes. O gráfico representa a distância (X)
percorrida por essa pessoa em função do tempo de
v (m/s)
passeio (t).
24
0 12 t (s)
P Q
P R É - V E S T I B U L A R
59
Unidade II Cinemática FÍSICA I
93. Em uma corrida de Fórmula 1, o piloto Miguel 94. (UFMG) Numa corrida, Rubens Barrichelo segue atrás
Sapateiro passa, com seu carro, pela linha de de Felipe Massa, em um trecho de pista reto e plano.
chegada e avança em linha reta, mantendo Inicialmente, os dois carros movem-se com
velocidade constante. Antes do fim da reta, porém, velocidade constante, de mesmos módulo, direção
acaba a gasolina do carro, que diminui a velocidade e sentido.
progressivamente, até parar. No instante t1, Felipe aumenta a velocidade de seu
Considere que, no instante inicial, t = 0, o carro carro com aceleração constante; e, no instante t2,
passa pela linha de chegada, onde x = 0. Barrichelo também aumenta a velocidade do seu
carro com a mesma aceleração.
Assinale a alternativa cujo gráfico da posição x em Considerando essas informações, assinale a
função do tempo t melhor representa o movimento alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo da
desse carro. velocidade relativa entre os dois veículos, em função
do tempo.
a)
b)
c)
d)
60 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1
Na figura, estão representadas as velocidades, em função do tempo, desenvolvidas por um atleta, em dois
treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos.
v(m/s)
A
12
10
6 B
4
2 4 6 8 10 12 t(s)
QUESTÃO 2 (UFJF)
Dois carros estão se movendo em uma rodovia, em pistas distintas. No instante t = 0 s, a posição do carro 1 é
s01 = 75 m e a do carro 2 é s02 = 50 m. O gráfico da velocidade em função do tempo para cada carro é dado a
seguir.
QUESTÃO 3 (UFOP)
Um malabarista de circo deseja ter três facas no ar em todos os instantes. Ele arremessa uma faca a cada
0,4 s. Considerando g = 10 m/s2, responda às questões seguintes.
P R É - V E S T I B U L A R
61
Unidade II Cinemática FÍSICA I
QUESTÃO 4
Um carro está parado no sinal fechado. Quando o sinal abre, o carro parte com aceleração constante de
2,0 m/s2. Nesse mesmo instante, um ônibus, que se move com velocidade constante de 10 m/s, passa pelo
carro. Os dois veículos continuam a se mover dessa mesma maneira.
1. No diagrama abaixo, QUANTIFIQUE a escala no eixo de velocidades e REPRESENTE as velocidades do carro
e do ônibus em função do tempo nos primeiros 12 s após a abertura do sinal, IDENTIFICANDO-AS.
QUESTÃO 5 (UFES)
Em uma região plana, um projétil é lançado do solo para cima, com velocidade de 400m/s, em uma direção que
faz 60° com a horizontal.
Calcule a razão entre a distância do ponto de lançamento até o ponto no qual o projétil atinge novamente o solo
e a altura máxima por ele alcançada.
62 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
UNIDADE III
LEIS DE NEWTON
1 – Introdução
2 – Tipos de Forças
3 – 1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)
4 – 2ª Lei de Newton
5 – 3ª Lei de Newton (Lei da Ação e Reação)
6 – Roldanas
7 – Forças de Atrito
8 – Plano Inclinado
9 – Sistemas de Corpos
III.1 - INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos começar o estudo da Dinâmica, que é o ramo da Física que estuda a relação dos
movimentos com suas causas. A base desse estudo está na compreensão das Leis de Newton.
Por volta da metade do século XVII Sir Isaac Newton propôs uma série de teorias importantíssimas e que
deram origem ao que chamamos atualmente de Mecânica Clássica.
Vamos estudar também algumas das aplicações das Leis de Newton, em situações que envolvam atrito,
plano inclinado e roldanas.
As forças não provêm só do esforço muscular exercido por uma pessoa. Falamos também em força
quando um ímã atrai um prego, quando uma mesa apóia um livro etc.
As forças são medidas com balanças ou dinamômetros, e suas unidades mais comuns são o quilograma
força (kgf) e o newton (N), esta última sendo a unidade do SI.
Podemos classificar as forças, macroscopicamente, em forças de contato e forças de ação à distância.
Neste texto apresentaremos e discutiremos alguns tipos de forças que aparecem com freqüência nas situações
de nosso cotidiano. Algumas delas não serão analisadas em profundidade agora.
P R É - V E S T I B U L A R
63
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
caem porque são atraídos pela Terra. Essa força atrativa, que a Terra exerce sobre os corpos, é chamada
força da gravidade ou simplesmente peso (P).
Embora seja usual se falar em peso de um corpo, podendo isso sugerir que
o peso seja uma propriedade “interna” do corpo, como se imaginava antes de
Newton, é importante destacar e ter sempre em mente que o peso é uma ação
externa: é a força exercida sobre o corpo pela Terra.
A força peso tem a direção vertical e atua no sentido do centro da Terra.
Como a Terra é esférica, em cada ponto da superfície ela tem o sentido indicado
na figura ao lado.
A força com que a Terra atrai um corpo – o peso – depende da posição do
corpo.
Sendo o peso uma ação externa, é fácil perceber que, em outro planeta( ou na Lua), um corpo poderá ter
peso diferente do que tem na Terra. Você teria muito mais facilidade para pular na Lua (peso cerca de 6 vezes
menor do que na Terra), mas suas pernas não suportariam o seu peso em Júpiter (cerca de 3 vezes maior
que na Terra).
Nos pólos, uma pessoa é atraída com mais força que no Equador. Essa diferença, do ponto de vista prático, é insignificante.
No alto do Everest (8 . 103 m) uma pedra é mais leve que ao nível do mar.
A figura está exagerando na diferença, que é muito pequena.
Não é difícil perceber que as molas serão comprimidas e exercerão sobre a tábua uma força, de baixo
para cima, “buscando” voltar à posição inicial. Quanto maior a força com que se comprimir a tábua, maior
será a deformação das molas e mais força elas farão sobre a tábua, de baixo para cima.
Começaremos discutindo esse exemplo bem concreto porque algo análogo ocorre quando comprimimos,
por exemplo, a superfície de uma mesa. As moléculas (ou átomos) que constituem a mesa estão dispostas
de maneira regular; não são molas que as ligam, mas sim forças de origem elétrica. Quando comprimimos
a mesa, haverá uma deformação, ainda que imperceptível, fazendo com que diminua a distância entre as
partículas. Forças elétricas de repulsão farão então o mesmo papel das molas no exemplo anterior; a mesa
forçará para cima aquilo que lhe está comprimindo (sua mão, um livro apoiado etc).
Essa força é usualmente representada por N (de Normal, sinônimo de perpendicular).
64 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Os vetores representam as força que a mesa exerce sobre sua mão e sobre o livro que nela se apóia. Essas forças têm
origem na deformação (imperceptível, quase sempre) produzida na mesa. Quanto maior a deformação, maior a força.
P R É - V E S T I B U L A R
65
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
O exemplo mostra uma aplicação para a 1ª Lei de Newton ou, simplesmente, Lei da Inércia. Podemos
resumi-la da seguinte forma:
66 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Se nenhuma força atuar em um corpo ou o total de todas as forças que atuam for nulo, o
corpo tende a continuar da forma que estiver. Se estiver inicialmente parado irá permanecer
parado. Se estiver inicialmente em movimento continuará em linha reta e com o módulo da
velocidade constante.
• Trenzinho Misterioso
O trem é solto do alto da rampa
e, logo antes do túnel, pelo funil uma
esfera de aço é lançada para cima.
Muitos pensariam que a esfera lançada
para cima ficaria para trás, pois ao
perder contato com o trem perderia
também o movimento para a direita.
Esse raciocínio está errado. A bolinha
passa por cima do túnel. Enquanto
sobe e desce mantém seu movimento
horizontal. Como a resistência do ar é
http://www.clubedeciencias.com/experimentos/trem.htm
desprezível nesse caso, não teremos
força resultante atuando na horizontal.
Assim, uma vez que o movimento horizontal já existe, ele tende a continuar existindo naturalmente.
FR = 0 → aceleração nula.
Não há mudança alguma na velocidade do corpo.
Lembre-se de que essa primeira lei é mutio importante para análise de situações em que os
corpos estão sob ação de forças em equilíbrio.
P R É - V E S T I B U L A R
67
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Ao dobramos a força resultante dobraremos o ritmo de variação da velocidade da caixa, ou seja, a aceleração.
Se triplicarmos a força resultante triplicaremos a aceleração. Se reduzirmos a força resultante para a metade a
aceleração também ficará pela metade.
O que é essa constante? Fisicamente falando essa constante ganha a designação de massa inercial do
corpo. Quanto maior for o resultado dessa constante, maior será a dificuldade para alterar a velocidade do corpo e,
portanto, maior será a sua massa.
FR
=m ⇒ FR = m ⋅ a
a
→ →
FR = m ⋅ a
Podemos concluir então que a massa de um corpo é a medida de sua inércia. Quanto maior a massa mais
difícil colocá-lo em movimento ou pará-lo.
Ao analisarmos as unidades do Sistema Internacional (SI) presentes na equação percebemos que a força é
kg ⋅ m
medida em , ou simplesmente N (Newton).
s2
Uma força igual a 1,0 N aplicada em um corpo de massa 1,0 kg produz uma aceleração de módulo 1,0 m/s2
na mesma direção e no mesmo sentido da própria força. Outra unidade comum para medirmos força, principalmente
pesos, é o quilograma-força (kgf).
68 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
1. Tanto a ação quanto a reação atuam na mesma direção, uma reta www.infoescola.com
horizontal.
2. Apontam em sentidos opostos.
3. Têm o mesmo módulo.
4. Nunca atuam no mesmo corpo, sempre em corpos distintos.
5. Nunca se anulam.
Muito cuidado nas análises de forças que formam pares de ação e reação, se as duas forças em questão
atuarem no mesmo corpo elas nunca formarão um par de ação e reação. Faça sempre o uso da seguinte frase:
“corpo A faz força sobre o corpo B e corpo B faz força sobre o corpo A”. Sempre que essa frase for usada teremos
aí um par de ação e reação.
Exemplos:
• Um nadador empurra a água para trás e a água empurra o nadador para frente.
www.teneteide.com/social.htm
www.geocities.com/leisdenewton/3.htm
www.o20nivel.blogspot.com/
P R É - V E S T I B U L A R
69
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Quais os pares de ação e reação teríamos no exemplo de uma caixa em repouso sobre a superfície da Terra?
Veja a figura ao lado que está fora de escala. Nela aparecem quatro forças.
N e P atuam na caixa e N´ e P´ atuam na Terra. Muitos erram considerando
esses os pares de ação e reação. O primeiro par, N e P, atua na caixa e o
segundo par, N' e P', atua na Terra. A Terra atrai a caixa com a força P e a
caixa atrai a Terra com a força P´. Identificamos aí o primeiro par de ação
e reação. A caixa aperta a Terra com a força N´ e a Terra sustenta a caixa
com a força N. Identificamos aí o segundo par de ação e reação. Os
pares de ação e reação da figura são (P e P´) e (N e N´). Nunca se
engane achando que peso e normal formam par de ação e reação.
Outro engano comum é achar que a força com a qual um corpo que
está por cima comprime o outro que está por baixo é o peso. Essa força na
verdade é a força Normal. Em muitos casos os módulos são iguais e por
isso se estabelece a confusão, o fato de uma força ter o mesmo valor de
outra não faz com que essa se transforme na outra.
III.6 - ROLDANAS
As roldanas são equipamentos utilizados para facilitar a execução de tarefas. Consistem em uma rodinha
com uma canaleta na sua periferia, por onde passa a corda. Podem ser classificadas em
roldanas de eixo fixo ou roldanas de eixo móvel. As roldanas de eixo fixo, ou simplesmente
roldanas fixas, só podem girar em torno do seu eixo sem poderem sair da posição na qual
se encontram (ilustrado na primeira figura abaixo). Esse tipo de roldana serve para transmitir
integralmente a força exercida de um lado da corda para o outro, portanto desprezamos o
peso da corda e atrito da roldana com o suporte. A pessoa que sustentar o sistema em
equilíbrio fará uma força igual ao peso do bloco. A segunda figura abaixo mostra a associação
de uma roldana de eixo móvel, ou simplesmente móvel, e uma fixa. A corda passa por baixo
da roldana móvel e a abraça. Veja que a roldana móvel fica sustentada pelos dois lados do
fio. Cada lado só precisa atuar exercendo uma força igual a metade do peso sustentado.
Desprezando os pesos da roldana móvel e da corda, só será necessário do outro lado da
roldana fixa um esforço igual ao valor da metade do peso do bloco.
efisica.if.usp.br/mecanica/basico/maquinas/polia/
70 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Faça uma análise das montagens abaixo e responda qual o valor indicado em cada dinamômetro supondo
desprezíveis os pesos das roldanas móveis, os pesos das cordas e os atritos. Considere o bloco R pesando 80 N.
Lembre-se de que o dinamômetro é um instrumento usado para medir força.
oficina.cienciaviva.pt
O esquema ao lado mostra uma pessoa dentro do elevador segurando a corda que sustenta
o conjunto do elevador.
Isso é possível?
Se sim, qual seria a tensão na corda segurada pela pessoa?
http://www.castrol.com
P R É - V E S T I B U L A R
71
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Níquel Náusea
Na figura A, o homem puxou o armário realizando uma força de módulo 50 N sem conseguir que esse
escorregasse, permanecendo parado. Logo, a força de atrito estático será de 50 N, já que é uma situação de
equilíbrio de forças. A força resultante foi nula.
Na figura B, o homem acabou puxando com mais força do que antes. Sua força passou para 150 N e mesmo
assim o armário não escorregou, permanecendo parado em relação ao solo. A força de atrito estático passou a
valer 150 N e o equilíbrio foi mantido.
O interessante é que em um certo momento a força do homem crescerá tanto que as irregularidades das
superfícies não irão mais aguentar. Nesse instante o homem terá feito uma força superior à força de atrito estático
máxima e o armário começará a escorregar.
E se esse armário fosse colocado sobre dois pisos bem diferentes? Teríamos a mesma dificuldade para
fazer com que ele escorregasse? Com certeza não! No piso mais áspero a força de atrito estático máxima será
maior, o armário terá mais dificuldade para escorregar.
Vamos fazer umas continhas. Ao dividirmos a força de atrito estático máxima pela força normal encontraremos
valores iguais nos dois casos de pisos diferentes? A resposta é não.
72 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
fe MAX 1 fe MAX2
≠
N N
Esse cálculo produz um resultado maior para o caso em que o piso for mais áspero e é chamado de
coeficiente de atrito, ì. O coeficiente de atrito é um número adimensional, que qualifica as superfícies em contato
com relação às suas asperezas. Quanto mais ásperas forem as superfícies, maiores serão os valores dos coeficientes
de atrito.
fe MAX
= μe
N
fe MÁX = μ e ⋅ N
fc
= μc → fc = μc ⋅ N
N
moreedu.vilabol.uol.com.br
P R É - V E S T I B U L A R
73
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
O atrito estático máximo é sempre maior do que o atrito cinético. O pico desse gráfico mostra o valor do
atrito estático máximo e é o ponto chave para entendermos o comportamento do atrito. Até o pico a força de atrito
cresce e se mantém do mesmo valor da força aplicada. É a etapa do atrito estático, que simplesmente evita o início
do escorregamento. Após o pico, temos uma redução no atrito; é a etapa do atrito cinético e o corpo já está
escorregando. Perceba que o gráfico na parte final, permanece com o valor constante, já que o atrito cinético não
varia.
PY cateto adjacente
= = cos α ⇒ PY = P ⋅ cos α
P hipotensa
PX cateto oposto
= = senα ⇒ PX = P ⋅ senα
P hipotensa
EXEMPLO 1
Os blocos A e B , de massas mA = 5,0 kg e mB = 8,0 kg estão sobre uma
superfície horizontal sem atrito. Uma força F = 52 N , horizontal, atua no bloco A
empurrando o conjunto, inicialmente parado. Sobre essa situação responda:
74 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
52N
FR Conjunto = mConjunto ⋅ a ⇒ 52N = 13 kg ⋅ a ⇒ a= = 4,0m / s2
13kg
EXEMPLO 2
A figura mostra dois corpos A e B, de massas mA = 6,0 kg e mB = 8,0 kg , unidos
por um fio ideal. Calcule: (utilize g = 10 m/s2 )
a) A aceleração do sistema.
Teremos FR = PB - PA
20N
FR = PB − PA ⇒ mconjunto ⋅ a = 80N − 60N ⇒ a= ⇒ a = 1, 4m / s2
14kg
FRA = TBA − PA ⇒ mA ⋅ a = TBA − 60N ⇒ 6,0kg ⋅ 1,4 m / s2 = TBA − 60N ⇒ TBA = 68,4N
A tensão na corda vale aproximadamente 68 N.
EXEMPLO 3
Na figura ao lado, temos dois corpos A e B ligados por um fio e uma roldana,
ambos ideais e de massas desprezíveis. A massa do corpo A vale 8,0 kg e o sistema
possui uma aceleração a = 2,0 m/s2.
Considerando o sistema em movimento com coeficiente de atrito cinético entre o
corpo A e o plano igual a 0,20, calcule:
P R É - V E S T I B U L A R
75
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
FRA = TBA - fC
b) A massa do corpo B.
Fazendo o cálculo utilizando somente o corpo B, temos:
FRB = PB - TAB
TBA = TAB
(Isso sempre acontecerá quando a massa da corda for desprezível)
A força resultante no bloco B aponta para baixo (o peso do bloco B é superior ao valor da tensão da corda).
QUESTÕES RESOLVIDAS
1. A prateleira inclinada onde são expostos os pães de forma nos
supermercados, geralmente faz com que, uma vez retirado o pão à
mostra, o que está por trás escorregue pela pequena rampa para tomar
a posição daquele que foi retirado. Em algumas ocasiões, no entanto,
ao retirar-se o pão que está na frente, o de trás permanece em repouso
em seu local original. Isso se deve à força de atrito que, nesse caso,
tem seu módulo, em N, igual a
a) 0,85. d) 4,90.
b) 1,70. e) 5,00.
c) 3,25.
Dados:
massa do pão e sua embalagem = 0,500 kg
aceleração da gravidade local = 10 m/s2
inclinação da prateleira com a horizontal = 10°
sen 10° = 0,17 e cos 10° = 0,98
76 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
A figura abaixo mostra as forças que atuam no pacote de pão (o peso já foi decomposto).
⎧PX = fe
FR = 0 ⇒ ⎨P = N
⎩ Y
o
PX = P ⋅ sen10 ⇒ PX = 5,00N ⋅ 0,17
fe = PX = 0,85N
Resposta letra A.
FRB = TX ⇒ mB ⋅ a = 22,5N
3,0kg ⋅ a = 22,5N
a = 7,5 m / s2
Resposta letra D.
P R É - V E S T I B U L A R
77
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
4. Um bloco de massa M = 2,0 kg desliza sobre uma superfície com atrito. Ao passar pelo ponto O, o bloco
possui velocidade v0 = 2,0 m/s, como ilustrado na figura abaixo.
Sabendo que: o coeficiente de atrito cinético entre o bloco
e a superfície é μK = 0,10; que o coeficiente de atrito estático é
μE = 0,20 e que a aceleração da gravidade no local é g = 10 m/
s2, responda aos seguintes itens:
v 2final = v inicial
2
+ 2 ⋅ a ⋅ d ⇒ 0 = (2m / s)2 + 2 ⋅ ( −1m / s2 ) ⋅ d
4m2 / s2
d= ⇒ d = 2m
2m / s2
78 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
c) Faça o diagrama de forças na figura abaixo para o bloco quando este estiver parado.
5. Uma balança na portaria de um prédio indica que o peso de Chiquinho é de 600 newtons. A seguir, outra
pesagem é feita na mesma balança, no interior de um elevador, que sobe com aceleração de sentido
contrário ao da aceleração da gravidade e módulo a = g/10, em que g = 10 m/s2.
Nessa nova situação, o ponteiro da balança aponta para o valor que está indicado corretamente na
seguinte figura:
A figura ao lado mostra as forças que atuam no Chiquinho (P e N) no momento que o elevador está
acelerado para cima. Mostra também a força com a qual ele pressiona a balança para baixo, N’.
Muito cuidado para não fazer confusão. A maioria das pessoas acredita que a força com a qual uma
pessoa aperta a balança que está abaixo dela é o seu peso. ISSO ESTÁ TOTALMENTE ERRADO!!!!!!!!!!!!!
Os pés da pessoa comprimem a balança para baixo com uma força normal, N’.
N e N’ formam um par de ação e reação e por isso têm o mesmo módulo. Ao encontrarmos o módulo de
N teremos encontrado também o módulo de N’ e assim o valor indicado pela balança.
Como na primeira pesagem foi informado o peso de Chiquinho podemos calcular sua massa.
Resposta letra D.
P R É - V E S T I B U L A R
79
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. O bloco da figura, de
r massa 50 kg, sobe o plano inclinado perfeitamente liso, com velocidade constante, sob a
ação de uma força F, constante e paralela ao plano.
6,0 m
F
8,0 m
r
Adotando g = 10 m/s2, o módulo de F, em newtons, vale
a) 400
b) 250
c) 200
d) 350
e) 300
a) 0 N
b) 5 N
c) 10 N
d) 40 N
e) 50 N
4. (UFPR) Os princípios básicos da mecânica foram estabelecidos por Newton e publicados em 1686, sob o título
“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”.
Com base nestes princípios é correto afirmar
80 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
6. Suponha que o bloco da figura abaixo esteja em repouso sobre o plano inclinado. O peso do bloco é de 10 Kgf
37°
30º
P R É - V E S T I B U L A R
81
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
7. (FEI-SP) Um caminhão, partindo do repouso, carrega uma bobina de aço de massa m sobre a sua carroceria
sem que haja escorregamento. Quanto à força de atrito de escorregamento na bobina, quando o caminhão
estiver acelerando podemos afirmar que:
a) não há força de atrito entre a bobina e a carroceria.
b) tem direção normal à carroceria e sentido igual ao de deslocamento do caminhão.
c) tem direção paralela à carroceria e sentido igual ao de deslocamento do caminhão.
d) Tem direção paralela à carroceria e sentido contrário ao de deslocamento do caminhão.
e) Tem direção normal à carroceria e sentido contrário ao de deslocamento do caminhão.
8. (CESVRE-RJ) No que se refere ao atrito seco entre sólidos, é correto afirmar que
a) a força de atrito não depende da área de contato.
b) O coeficiente de atrito depende da reação normal.
c) O coeficiente de atrito cinético é maior que o estático.
d) A força de atrito só se manifestará se houver movimento relativo.
e) O sentido da força de atrito será o mesmo do movimento.
9. Uma pessoa, parada à margem de um lago congelado cuja superfície é perfeitamente horizontal, observa um
objeto em forma de disco que, em certo trecho, desliza com movimento retilíneo uniforme, tendo uma de suas
faces planas em contato com o gelo. Do ponto de vista desse observador, considerado inercial, qual das alternativas
indica o melhor diagrama para representar as forças exercidas sobre o disco nesse trecho? (Supõe-se a ausência
total de forças dissipativas, como o atrito com a pista ou com o ar).
A) B) C)
D) E)
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
QUESTÕES PROPOSTAS
1. A figura mostra dois blocos idênticos, cada um com d) Maior que o peso desse ímã e menor que o dobro
massa m, em situações diferentes. Na situação I, do seu peso.
eles estão em repouso, presos ao teto do
laboratório por cabos inextensíveis e de massas
3. Uma bolinha rola em uma superfície curva,
desprezíveis. Já em II, eles estão em queda livre,
perfeitamente polida, sem sofrer os efeitos da
presos por um cabo idêntico aos da situação I. Os
resistência do ar, conforme representa a figura. À
valores das trações no cabo que une um bloco ao
medida que a bola desce sobre essa superfície, na
outro, nas situações I e II, são, NESTA ORDEM
direção tangente à trajetória, é correto afirmar que:
a) a velocidade aumenta e a
aceleração diminui.
b) a velocidade diminui e a
aceleração aumenta.
m m c) tanto a velocidade como a
aceleração aumentam.
d) tanto a velocidade como a
m m aceleração diminuem.
e) a velocidade aumenta e a aceleração permanece
Situação I Situação II
constante.
a) 0 e mg.
b) mg e 0. 4. Um professor, querendo demonstrar a existência das
c) mg e 1/2 mg. forças de atrito estático e cinético, fez a seguinte
d) 1/2 mg e mg. experiência: puxou um bloco sobre uma superfície
horizontal com uma força F, medida por um
e) mg e mg
dinamômetro, como mostra a figura. Observando o
dinamômetro, o professor fez as seguintes
2. Na figura, dois ímãs iguais, em forma de anel, são anotações em relação à intensidade da força de
atravessados por um bastão que está preso em a atrito Fat, entre o bloco e a superfície:
base. O bastão e a base são de madeira. Considere
que os ímãs se encontram em equilíbrio e que o
atrito entre eles e o bastão é desprezível.
Bastão
I. Bloco em repouso: fat = F1, mas não na eminência
Ímãs do movimento.
II. Bloco em repouso, mas na eminência de
movimento: fat = F2.
III. Bloco em movimento retilíneo uniforme: Fat = F3.
Base
Em relação aos valores de F1, F2 e F3, é CORRETO
afirmar:
Nessas condições, o módulo da força que a base a) F1 = F2 > F3.
exerce sobre o ímã de baixo é b) F1 < F2 e F2 > F3
a) Igual ao peso desse ímã. c) F1 = F2 e F2 > F3
b) Nulo. d) F1 = F2 e F2 = F3
c) Igual a duas vezes o peso desse ímã. e) F1 > F2 e F2 < F3
P R É - V E S T I B U L A R
83
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
5. Duas bolinhas de massas iguais são puxadas por Enquanto o objeto se desloca, quatro alunos fizeram
uma pessoa que exerce uma força F, ao longo de as seguintes considerações:
um plano inclinado muito longo, e sobem em
movimento acelerado. Despreze a massa da corda Beatriz: A aceleração do objeto está diminuindo
e os atritos. Quando as bolinhas chegam ao meio com o tempo.
do plano, no instante t, a pessoa deixa de exercer Antônio: A força resultante sobre o objeto no ponto
a força. Analise as afirmações abaixo. O é a maior de todas, uma vez que a mola tem
tamanho máximo nesse ponto.
0 d) 3e6
II
A 0
84 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
85
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
11. Na situação abaixo, a caixa A é mais pesada que a 13. (UFMG) Uma jogadora de basquete arremessa uma
caixa B. Os dois bonecos são idênticos e cada um bola tentando atingir a cesta. Parte da trajetória
apresenta um peso de intensidade P. Com o seguida pela bola está representada nesta figura
sistema abandonado, os bonecos comprimem as
bases das caixas com forças de intensidades FA e
FB, respectivamente. Considerando a polia e o fio
ideais e desprezando a influência do ar, aponte a
alternativa correta:
a) FA = P = F B .
b) FA < P < FB.
c) FA < FB < P.
d) FA > P > F B .
e) FA > FB > P.
12. (Fuvest-SP) Na pesagem de um caminhão, no posto 14. Um paraquedista, alguns minutos após saltar do
fiscal de uma estrada, são utilizadas três balanças. avião, abre seu pára-quedas. As forças que atuam
Sobre cada balança, são posicionadas todas as sobre o conjunto paraquedista/equipamentos são,
rodas de um mesmo eixo. As balanças indicaram então, o seu peso e a força de resistência do ar.
30000 N, 20000 N e 10000 N. A partir deste Essa força é proporcional à velocidade.
procedimento, é possível concluir que o peso do
caminhão é de Desprezando-se qualquer interferência de ventos,
pode-se afirmar que:
a) A partir de um certo momento, o paraquedista
descerá com velocidade constante.
b) Antes de chegar ao chão, o paraquedista poderá
atingir velocidade nula.
c) Durante toda a queda, a força resultante sobre o
conjunto será vertical para baixo.
a) 20000 N d) Durante toda a queda, o peso do conjunto é menor
b) 25000 N do que a força de resistência do ar.
c) 30000 N
d) 50000 N
e) 60000 N
86 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
87
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
20. (FMTM-MG) A figura representa dois blocos, A e B, 22. (Unesp-SP) Uma moeda está deitada em cima de
ligados por uma vareta rígida, de massa não despre- uma folha de papel, que está em cima de uma mesa
zível. O conjunto está apoiado sobre um plano hori- horizontal. Alguém lhe diz que, se você puxar a folha
zontal sem atrito e sobre ele atua a força horizontal de papel, a moeda vai escorregar e ficar sobre a
r
F, de módulo F. mesa. Pode-se afirmar que isso
88 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
24. (UERJ) Um caminhão-tanque, transportando Desprezando o atrito, a força mínima com que o
gasolina, se move no sentido indicado com carregador deve puxar o bloco, enquanto este sobe
aceleração . Uma pequena bóia b flutua na superfície a rampa, será, em N, de:
do líquido como indica a figura.
a) 100
b) 150
c) 200
d) 400
25. (UERJ) Na figura abaixo, a corda ideal suporta um O diagrama que melhor representa o perfil da rampa
homem pendurado num ponto eqüidistante dos dois na qual se movimenta o bloco é
apoios ( A1 e A2 ), a uma certa altura do solo,
formando um ângulo θ de 120º. A razão T/P entre
as intensidades da tensão na corda ( T ) e do peso
do homem ( P ) corresponde a:
a) 1/4
b) 1/2
c) 1
d) 2
P R É - V E S T I B U L A R
89
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
28. Analise as três situações apresentadas e a 30. Um pescador está sentado sobre o banco de uma
afirmação relativa a cada uma. canoa. A Terra aplica-lhe uma força de atração
Situação 1: Um vagão que está transportando líquido é gravitacional chamada peso. De acordo com a 3a
acelerado por uma força e a superfície do líquido fica Lei de Newton, a reação dessa força atua sobre:
inclinada. a) a canoa.
b) o banco da canoa.
c) a água.
d) a Terra.
e) a canoa ou a água, dependendo de a canoa estar
Afirmação 1: A força está puxando o vagão para a direita. parada ou em movimento.
Situação 2: Dois meninos estão parados sobre uma pista
de gelo (atrito desprezível). Uma bola, lançada pelo 31. Na figura abaixo, o atrito entre o carrinho e o trilho
menino da esquerda é apanhada pelo da direita. horizontal e a resistência do ar são desprezíveis. A
altura H é bem menor que o comprimento L. Qual
das figuras propostas pode representar uma
fotografia estroboscópica do movimento do carrinho
ao longo de L?
90 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
O menor número possível de roldanas móveis para e) A parede não fez nenhuma força sobre o carro. O
manter esse novo sistema em equilíbrio deverá ser carro ficou amassado simplesmente porque a parede
igual a: estava em seu caminho.
a) 8 c) 10
b) 9 d) 11 35. Em um ginásio esportivo há dois pontos fixos A e
B, aos quais se suspende uma luminária de peso
P = 600N, mediante fios leves AC e BC, conforme o
33. (UFJF) Um urso polar está correndo em linha reta
esquema anexo.
com uma velocidade de módulo igual a 10 m/s sobre
uma superfície uniforme, plana e horizontal. Parando
bruscamente de correr, ele desliza durante 10 s,
como mostra a figura ao lado, com um movimento
uniformemente variado, até atingir o repouso.
c) 0,10 e) 400N
34. (UFJF) Ao estacionar seu carro na garagem, o pé 36. (UFMT) Dois blocos idênticos, A e B, estão sujeitos
r
do Sr. João escorrega do freio e pressiona a uma força F, como se vê na figura a seguir, sendo
acidentalmente o acelerador, fazendo com que o o bloco A puxado e o bloco B empurrado. Sabe-se
carro vá de encontro à parede, amassando a frente que μc dos blocos em relação ao plano é o mesmo.
do carro. Marque o item abaixo que melhor explica
por que o carro ficou amassado: F F
q q
a) O carro fez uma força sobre a parede e esta fez
uma força de reação menor sobre o carro. Como a
força da parede sobre o carro é menor do que a A B
força do carro sobre a parede, o carro ficou
amassado.
Com base em sua análise, julgue os itens a seguir.
b) O carro fez uma força sobre a parede e esta fez
uma força de reação maior sobre o carro. Como a ( ) A força de atrito entre o bloco A e o plano é o menor
força da parede sobre o carro é maior do que a força que a força de atrito entre o bloco B e o plano.
do carro sobre a parede, o carro ficou amassado.
( ) A aceleração dos blocos, A e B, em relação à Terra
c) A parede fez uma força sobre o carro, igual em é a mesma.
módulo à força que o carro fez sobre a parede,
( ) A força normal que age no corpo A vale: NA = PA – F
fazendo com que ele ficasse amassado.
sen θ.
d) Como o carro estava andando ao chegar à parede, r
o peso do carro esmagou sua frente contra a parede. ( ) A força F, aplicada no bloco A, é igual à força, apli-
cada no bloco B.
P R É - V E S T I B U L A R
91
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
37. (UFTM) As confusões entre os conceitos de peso e 40. Um médico excêntrico colocou uma placa com seu
massa são muitas, mas sabemos que em um cor- nome pendurada no teto através de dois fios, como
po qualquer, essas grandezas são distintas. Anali- mostra a figura abaixo.
se as afirmações:
39. (UFMG) A terra atrai um pacote de arroz com uma b) maior do que a força que B exerce sobre A.
força de 49 N. c) diretamente proporcional à diferença entre as mas-
sas dos corpos.
Pode-se, então, afirmar que o pacote de arroz: d) inversamente proporcional à diferença entre as mas-
sas dos corpos.
a) atrai a Terra com uma força de 49 N.
e) igual à força que B exerce sobre A.
b) atrai a Terra com uma força menor do que 49 N.
c) não exerce força nenhuma sobre a Terra.
d) repele a Terra com uma força de 49 N.
e) repele a Terra com uma força menor do que 49 N.
92 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
42. (Unirio/RJ) Um carro é freado e suas rodas travadas 44. (PUC-SP) Um satélite em órbita ao redor da Terra é
ao descer uma rampa. atraído pelo nosso planeta e, como reação (3ª Lei
de Newton), atrai a Terra.
A figura que representa corretamente esse par ação-
reação é
P R É - V E S T I B U L A R
93
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Assinale as afirmativas:
r
I) A força F que o soalho do elevador exerce nos pés
do homem é igual, em módulo, ao peso P vetorial do
homem, nas três situações.
II) As situações 1 e 3 são dinamicamente as mesmas;
não há aceleração, pois a força resultante é nula.
III) Na situação 2, o rhomem está acelerado para cima,
devendo a força F que atua nos seus pés ser maior
que o peso, em módulo.
94 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
95
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
52. (UFES) Um navio de 10.000 toneladas tem uma Nestas condições, pode-se afirmar que o bloco:
velocidade de 5m/s no início do processo de a) deslizará qualquer que seja o valor de F.
frenagem por um rebocador na entrada de um porto. b) deslizará para qualquer valor de F < 80 newtons.
Considerando que a força exercida pelo rebocador c) deslizará para qualquer valor de F < 50 newtons.
seja uniforme e de intensidade 106N, determine a
d) não deslizará se F > 40 newtons.
distância, em metros, necessária para parar o navio.
e) não deslizará qualquer que seja o valor de F.
Essa distância é de
a) 1,25 55. (UFMG) Um menino flutua em uma bóia que está se
movimentando, levada pela correnteza de um rio.
b) 25
Uma outra bóia, que flutua no mesmo rio a uma certa
c) 125 distância do menino, também está descendo com a
d) 162 correnteza.
e) 250 A posição das duas bóias e o sentido da correnteza
estão indicados nesta figura.
53 (UFES) Um caminhão segue uma trajetória retilínea
plana com velocidade constante de módulo v = 20
m/s. Sobre sua carroceria há uma caixa em repouso
em relação ao próprio caminhão. O coeficiente de
atrito estático entre a caixa e a carroceria é μ = 0,4.
O caminhão é freado, com aceleração constante,
até parar. A distância mínima que o caminhão deve
percorrer antes de parar, de modo que a caixa não
deslize sobre a carroceria é de
a) 100 m. Considere que a velocidade da correnteza é a mesma
b) 70 m. em todos os pontos do rio.
c) 50 m.
Nesse caso, para alcançar a segunda bóia, o menino
d) 40 m. deve nadar na direção indicada pela linha
e) 20 m.
a) M
b) N
54. (UFPE) Um bloco homogêneo cúbico, de peso 40
newtons,encontra-se inicialmente em repouso, c) K
pressionado contra uma parede vertical por uma d) L
força de módulo F, aplicada perpendicularmente no
centro de uma das faces do bloco, como mostra a
figura. Os coeficientes de atrito cinético e estático
entre o bloco e a parede valem, respectivamente,
0,5 e 0,8.
96 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
56. Um observador A, dentro de um vagão que se desloca 58. (Fei-SP) No sistema representado abaixo, o atrito
horizontalmente, em linha reta, com velocidade entre o corpo de massa m = 10 kg e a pista tem
constante de 10m/s, lança para cima uma esferinha, coeficiente μ = 0,5. Qual deve ser a força F para que
que sobe verticalmente em relação a esse observador. a aceleração do corpo seja de 10 m/s2?
Um observador B, no solo, em repouso em relação
à Terra, vê o vagão passar. Sejam VA e VB ,
respectivamente, os valores da velocidade da esfera,
em relação a cada observador, no instante em que a) 200 N
ela atinge um ponto mais alto de sua trajetória. b) 75 N
Suponha que sobre a esfera atue apenas o seu peso.
c) 150 N
Considerando essas informações, pode-se afirmar que
d) 37,5 N
a) VA=0 e VB=0
e) 150 kgf
b) VA=10m/s e VB=0
c) VA=0 e VB=10m/s 59. (UFV) Uma partícula de massa igual a 10 kg é
d) VA =10m/s e VB =10m/s submetida a duas forças perpendiculares entre si,
e) VA = 0 e VB = 5m/s cujos módulos são 3,0 N e 4,0 N. Pode-se afirmar
que o módulo de sua aceleração é:
a) 5,0 m/s2
57. (PUC-MG) Um homem, em pé sobre a carroceria de
b) 50 m/s2
um caminhão que se move em uma estrada reta
com velocidade constante, lança uma pedra c) 0,5 m/s2
verticalmente para cima. Com relação ao movimento d) 7,0 m/s2
da pedra, desprezando o atrito com o ar, é correto e) 0,7 m/s2
afirmar que
60. (Vunesp-SP) Dois blocos, A e B, de massas 2,0 kg
e 6,0 kg, respectivamente, e ligados por um fio, estão
em repouso sobre um plano horizontal. Quando
puxado para a direita pela força F, mostrada na figura,
o conjunto adquire aceleração de 2,0 m/s2.
P R É - V E S T I B U L A R
97
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
a) b)
c) d)
98 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
65. Considere uma bola de massa m submetida 67. Um objeto de massa constante se move em linha
unicamente às forças F 1 e F 2 mostradas no reta sob ação de uma força resultante cujo módulo
diagrama de forças abaixo: varia com o tempo t, conforme o gráfico abaixo:
No instante representado nessa figura, pode-se
afirmar que, necessariamente:
a) b)
P R É - V E S T I B U L A R
99
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
100 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
a) 0,12.
b) 0,16.
c) 0,20.
d) 0,40.
e) 0,80. e)
73. Analise:
No sistema indicado, os blocos e as roldanas não
estão sujeitos a forças dissipativas, e os cabos 74. Um cilindro homogêneo, inicialmente em repouso
conectados entre os blocos são inextensíveis e têm sobre uma superfície horizontal, lisa e polida, é
massa desprezível. empurrado por uma força constante de intensidade
F desde o instante t = 0 até o instante t = T. Do
instante t = T em diante, a força F deixa de agir
sobre o cilindro até o instante t = 2T. Durante o
intervalo de tempo total, o gráfico que melhor
representa a velocidade do centro de massa do
cilindro em função do tempo é
a)
b)
b)
c)
P R É - V E S T I B U L A R
101
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
e)
102 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
P R É - V E S T I B U L A R
103
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
83. (UNIRIO-RJ) Considere as duas situações a seguir, d) O trem se move para a frente porque a locomotiva
representadas na figura, para um cabo ideal e uma puxa os vagões para a frente com uma força maior
roldana de atrito desprezível, estando o sistema em do que a força com a qual os vagões puxam a
equilíbrio. locomotiva para trás.
e) Porque a ação é sempre igual à reação, a locomotiva
não consegue puxar os vagões.
104 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
87. (FCMMG) Nos “saltos livres”, a pessoa se desprende a) somente nos trechos I e II a velocidade cresce.
de um avião, a grandes altitudes, e fica um tempo
b) a redução da velocidade é maior no trecho III do que
relativamente longo descendo livremente, com o pára-
quedas fechado. Após ela ter atingido a velocidade no trecho IV.
terminal, pode-se dizer que todas as afirmações c) o ponto A do gráfico indica o instante de maior
abaixo são corretas, EXCETO: aceleração.
a) Se a pessoa encolhe-se, adquire maior velocidade. d) o ponto B do gráfico indica o instante em que a
b) Quando a pessoa abre o pára-quedas, sua velocidade velocidade do corpo volta a ser nula.
diminui.
c) Se a pessoa não abrir nem fechar os braços e as
pernas, descerá com velocidade constante. 90. Uma partícula P de massa
d) Se num certo momento em que a pessoa está 20Kg, colocada sobre uma
encolhida ela abre os braços e as pernas, sua mesa horizontal de atrito
velocidade aumenta. desprezível, está presa a uma
corda que passa por uma
roldana, ideais. Uma outra
88. (PUC) A mesma força horizontal é aplicada a objetos
partícula Q, de massa 1,0Kg, pende livremente
de diferentes massas. Assinale o gráfico que melhor
representa a aceleração em função da massa. conforme mostrado. Abandonado-se o sistema, pode-
se afirmar que a partícula P
a) b)
a) permanece em repouso, porque o peso de Q é muito
menor que o de P.
b) entra em movimento com velocidade constante, pois
a força resultante sobre ela é constante.
c) entra em movimento e aumenta a velocidade a uma
c) d) taxa constante, pois a força que atua é constante.
d) inicialmente aumenta de velocidade até que, depois
de certo tempo, ela fique constante.
Patins
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105
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
92. A figura a seguir mostra os corpos 1 e 2, de massas 94. (PUC) A figura representa duas
m1= 4,0Kg e m2= 6,0Kg pendurados em equilíbrio massas idênticas, ligadas por
sustentados pelas cordas A e B. uma corda de massa desprezível,
que passa por uma polia sem
atrito; as massas estão a
diferentes alturas em relação ao
A
mesmo referencial. Pode-se
1
afirmar que:
B
a) a massa da esquerda irá descer.
2
b) a massa da direita irá descer.
c) as massas não se movem.
Analise as informações que se seguem e assinale a
VERDADEIRA. d) só haverá movimento das massas se houver impulso
inicial.
a) Sobre o corpo 1 atuam o peso de 1 e o peso de 2.
b) A tensão na corda B tem maior módulo que a tensão
na corda A. 95. Um corpo de massa m é preso á extremidade de
c) Se a corda A for cortada, a tensão na corda B não se uma mola helicoidal que possui a outra extremidade
altera. fixa. O corpo é afastado até o ponto A e, após
abandonado, oscila entre os pontos A e B.
d) As tensões nas cordas valem TA= 10Kgf e TB= 6,0Kgf.
106 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
Considere um avião monomotor, com hélice na cauda, O diagrama que melhor representa a trajetória da
voando horizontalmente, em movimento retilíneo uni- nave, após o motor ser desligado em Z, é
forme.
Na figura, estão representadas as direções e os
sentidos das seguintes forças
: força do ar, sustentando o avião;
: força do ar sobre a hélice, impulsionando o avião;
: força da hélice sobre o ar, deslocando-o para
trás;
: força de atrito do ar sobre o avião;
: peso do avião;
P R É - V E S T I B U L A R
107
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
ANOTAÇÕES:
108 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1
Na figura deste problema, considere que o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano vale μc = 0,10.
Calcule o valor da força F que a pessoa está fazendo, supondo que:
P = 50,0kgf
30°
QUESTÃO 2
Dois blocos, de massas M e m, mantidos em repouso por um fio A preso a A
uma parede e ligados entre si por um outro fio B, leved e inextensível, que M
B
passa por roldana de massa desprezível, estão dispostos conforme a figura. O
bloco de massa M está apoiado sobre uma superfície plana e horizontal, en- m
quanto o de massa m encontra-se suspenso. A roldana pode girar livremente.
a) a tensão T0 existente no fio B antes do corte em A ser efetuado, e a tensão T1 no fio B durante o período de
aceleração.
b) a massa M.
QUESTÃO 3
Um caixote de massa 20 kg está em repouso sobre a carroceria de um caminhão que percorre uma estrada
plana, horizontal, com velocidade constante de 72 km/h. Os coeficientes de atrito estático e dinâmico, entre o
caixote e o piso da carroceria, são aproximadamente iguais e valem μ = 0,25. Admitir g = 10 m/s2.
P R É - V E S T I B U L A R
109
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I
QUESTÃO 4
Um tênis está pendurado num varal, com o fio do varal formando ângulos de 15º e 30º respectivamente com a
horizontal. A massa do tênis é 300 gramas. Calcule as tensões na corda do varal.
QUESTÃO 5 (FUVEST-SP)
A figura I, a seguir, indica um sistema composto por duas roldanas leves, capazes de girar sem atrito, e um fio
inextensível que possui dois suportes em suas extremidades. O suporte A possui um certo número de formigas
idênticas, com 20 mg cada. O sistema está em equilíbrio. Todas as formigas migram então para o suporte B e
o sistema movimenta-se de tal forma que o suporte B se apóia numa mesa, que exerce uma força de 40 mN
sobre ele,conforme ilustra a figura II.
Determine:
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Volume I
Física II
Unidade I
Eletrostática - Estrutura da Matéria e
Lei de Coulomb ................................... 111
Unidade II
Campo e Potencial Elétrico.............. 147
UNIDADE I
ELETROSTÁTICA
ESTRUTURA DA MATÉRIA E LEI DE COULOMB
1 – Conceito de carga elétrica
2 – Processos de eletrização
3 – Detectando cargas elétricas
4 – Modelo padrão para entender as partículas
5 – Experimento crucial
6 – Fatores que influenciam na força elétrica
7 – A Lei de Coulomb
A partir de agora, você começará o estudo do Eletromagnetismo, uma ciência repleta de aplicações práticas e
responsável pelo grande desenvolvimento econômico ao longo do século XX. Sem as descobertas realizadas no século
XIX e suas aplicações, não teríamos em nossas residências a maior parte dos aparelhos elétricos.
A história do Eletromagnetismo acompanha a próprio evolução humana. Há muito tempo já se percebia que objetos
atritados passam a se atrair, e pessoas ficam encantadas e amedrontadas com a beleza dos raios.
O Eletromagnetismo é a ciência que estuda a carga elétrica e suas conseqüências fundamentais. Veremos, nesta
unidade, a Eletrostática, que trata da carga elétrica em repouso e procura entender as forças, os campos e os potenciais
de natureza elétrica.
Vamos lá!
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111
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Uma fonte de partículas alfa (compostas por dois prótons e dois nêutrons) as emite contra uma fina lâmina de ouro.
A tela de material fluorescente emite um pequeno lampejo, quando uma partícula alfa colide com ela. Foi observado por
Geiger e Marsden que a maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro e somente uma em 10 000 partículas alfa
era significativamente desviada. Isso levou Rutherford a afirmar, por volta de 1911, que uma fração de somente
1/10 000 do espaço da matéria é, efetivamente, preenchido.
Da análise de Rutherford, resulta a idéia de que o átomo possui muito espaço vazio e o núcleo, que é onde a
matéria se concentra, ocupa uma fração muito pequena de todo o volume atômico. O átomo de Rutherford, portanto,
pode ser dividido (uma aparente contradição, uma vez que o termo “átomo” significa “não divisível”). A região externa,
chamada eletrosfera, contém os elétrons, que possuem massas desprezíveis em relação ao núcleo e carga elétrica
negativa. O núcleo possui os prótons, que são positivos, e os nêutrons, que não possuem carga elétrica, e é aí que
reside praticamente toda a massa do átomo.
Cabe ressaltar que a descoberta do nêutron aconteceu mais tarde. Alguns textos de Rutherford sugerem que
ele já tinha uma certa idéia da partícula que hoje conhecemos como nêutron. No entanto, sua detecção ocorreu em
1932, pelo inglês James Chadwick.
Eletrosfera elétrons
QUESTÃO RESOLVIDA
1. A figura 2 não está em escala correta. A proporção que foi apresentada, 1 em 10 000, é muito grande
para que seja possível representar, nessa folha, o núcleo e a eletrosfera. Para que você tenha uma idéia
a respeito do que está sendo dito, leia os dados acerca do Estádio Mário Filho, vulgo Maracanã, no Rio
de Janeiro.
O formato do estádio é oval, medindo 317 metros no eixo maior e 279 metros no menor. Sua altura
máxima é de 32 metros. A distância entre o centro do campo e o espectador mais afastado é de 126
metros. O gramado tem 110 metros de comprimento por 75 de largura. É circundado por um fosso de 3
metros de largura e profundidade, com bordas em desnível. O acesso ao gramado é feito por intermédio
de 4 túneis subterrâneos.
Imagine que um átomo fosse do tamanho do estádio do Maracanã. Se assim fosse, qual seria o tamanho
do núcleo?
Resolução:
Se tomarmos como referência o eixo maior do estádio, 317 m, o tamanho do núcleo deveria ser 10 000
vezes menor, ou seja, (317/10 000) = 31,7 mm.
Uma outra análise possível a partir desse modelo é a de que um átomo para ser neutro eletricamente deve
apresentar um mesmo número de prótons e elétrons, não interessando o número de nêutrons. Essa característica
é muito importante, pois assegura que a quantidade de carga elétrica que há em um próton seja igual à que há em
um elétron e que, além disso, essas cargas são opostas. Somente assim, é possível que cada próton existente em
um átomo tenha o seu efeito elétrico anulado por, exatamente, um elétron. Outra conclusão possível é a de que o
nêutron não possui qualquer tipo de atividade elétrica.
112 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Um objeto está eletrizado (ou carregado, como dizemos no cotidiano), quando tiver um excesso de prótons ou de
elétrons. Quando esse corpo tiver um excesso de prótons, dizemos que está eletricamente positivo. Se o excesso for de
elétrons, o objeto estará eletricamente negativo. Para qualquer uma das situações apresentadas, a carga elétrica do
corpo está relacionada com a quantidade de prótons ou elétrons que ele possuir em excesso.
A B C
Figura 3: esquema que mostra (A) um objeto neutro, (B) um objeto negativo e (C) um objeto positivo.
A carga elétrica do próton ou a do elétron representa a menor quantidade de carga que pode ser obtida livre
na natureza e, por isso, é chamada de carga elétrica elementar ou fundamental (e). Essa quantidade mínima de carga
elétrica foi determinada experimentalmente pelo americano Robert Millikan e, no sistema internacional de unidades,
vale e = 1,6 x 10-19 coulomb (C). Essa unidade – o coulomb – é uma homenagem ao físico francês Charles de Coulomb
que determinou os fatores que influenciam na força elétrica entre duas cargas elétricas.
A determinação da carga elementar, feita por Millikan, foi um feito memorável no início do século XX e lhe rendeu
o prêmio Nobel de Física em 1923. Essa determinação hoje pode ser facilmente feita em laboratórios de Física Básica.
No entanto, no início do século XX, medir a carga de um elétron parecia praticamente impossível.
Para realizar essa tarefa, Millikan analisou o comportamento de pequenas gotas de água com carga elétrica,
quando submetidas a duas forças – o peso e a força elétrica produzida por duas placas carregas com sinais
opostos. Mais tarde, substituiu a água por óleo. Quanto mais cargas as gotas possuíam, maiores eram as variações
em seu movimento de queda. Medindo cuidadosamente a quantidade de carga que provocava a menor alteração
possível, Miilikan concluiu ser ela exatamente a carga de um elétron. Em seguida, verificou que todos os demais
valores da carga da gota eram múltiplos daquele valor unitário.
A carga elétrica de um objeto não pode assumir qualquer valor real, mas somente valores múltiplos da carga
elementar. Grandezas como essa, que são múltiplas de um valor fundamental, são chamadas de quantizadas.
A fórmula matemática é
Q = ± n.e
onde
Q = quantidade de carga elétrica
n = número de prótons ou elétrons em excesso
e = carga elétrica elementar
QUESTÃO RESOLVIDA
2. Qual é a quantidade de elétrons que deve ser retirada de um objeto para que a sua carga elétrica adquira
um valor igual a 1,0 C?
Resolução:
Pela expressão Q = ± n.e , temos Q = 1,0 C; e = 1,6 x 10-19 C e queremos determinar o número de
cargas.
−19 1 18
1 = n.1, 6 x10 ⇒n= −19
⇒ n = 6, 25 x10 elétrons
1, 6 x10
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
O resultado da questão resolvida surpreende? Note que é uma quantidade absurdamente grande de elétrons:
seis quintilhões e duzentos e cinqüenta quatrilhões de elétrons para que a carga elétrica de um objeto seja
igual à unidade.
Na prática, é comum que sejam utilizados submúltiplos do coulomb. Os mais comuns são:
I. 2 - PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Há muito tempo que o homem utiliza processos de eletrização, seja como passatempo ou para fins científicos.
Esses processos servem para transformar um objeto neutro em um eletrizado. São vários os processos de eletrização
e, neste momento, serão estudados apenas três: atrito, contato e indução.
Este experimento você já deve ter feito várias vezes. Pegue uma régua, uma caneta ou um pente de plástico
e esfregue várias vezes no cabelo. Em seguida, aproxime a parte atritada de pequenos pedaços de papel.
O processo feito por você é chamado de Eletrização por Atrito e é o mais antigo de que se tem notícia.
Desde o século VI antes de Cristo os gregos já atritavam uma resina fossilizada chamada âmbar (em grego:
elektron) em tecido e, com isso, conseguiam atrair objetos leves como pequenos pedaços de palha ou algodão.
Atribui-se a Tales de Mileto as primeiras experiências científicas com a eletrização do âmbar.
Ainda utilizando a eletrização por atrito, Du Fay, em 1733, descobriu que é possível produzir duas formas de
eletricidade diferentes: a eletricidade vítrea (utilizando o atrito com o vidro) e a resinosa (produzidas a partir de
substâncias como o âmbar). Em 1753, John Canton descobriu que é possível produzir as duas eletricidades com o
vidro, dependendo do objeto que nele é atritado. Por isso, os termos eletricidade vítrea e resinosa perderam o
sentido, sendo trocadas por eletricidade positiva e eletricidade negativa.
O processo de eletrização por atrito se inicia com dois objetos neutros, por exemplo, a seda e o vidro, e
termina com os dois objetos eletrizados com cargas de mesmo módulo e de sinais opostos. No caso do exemplo,
o vidro fica positivo e a seda, negativa. Isso ocorre porque, durante o atrito, elétrons que estavam no vidro são
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
transportados para a seda. Sempre que atritamos dois materiais distintos, há aquele com maior capacidade de absorver
e outro com maior capacidade de ceder elétrons. Esse fluxo de elétrons entre os objetos é responsável pela eletrização
de ambos.
Há várias aplicações práticas da eletrização por atrito. Ao longo desta unidade, você verificará diversas situações
em que objetos são eletrizados por terem sido esfregados em outros.
Quando você tira uma camisa de seda ou de material sintético e escuta alguns “estalinhos” ou quando “toma
choque” ao sair de um carro, experimentou efeitos que tiveram origem na eletrização por atrito. No primeiro caso,
a roupa entra em atrito com seu corpo e há pequenas descargas elétricas entre regiões eletrizadas. Se você tirar
essa camisa no escuro com os olhos abertos, poderá ver pequenos lampejos! Os estalinhos são conseqüência das
descargas elétricas.
No segundo caso, você se eletrizou pelo atrito com o banco do carro. Estanto eletrizado, você transfere suas
cargas ele excesso para o carro, ao tocá-lo.
As duas esferas são postas em contato. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de um fino fio condutor de
eletricidade que as conecta. Nesse caso, alguns elétrons da esfera A serão empurrados para a esfera B, tornando-
a negativa.
Essa transferência de elétrons ocorre até que haja equilíbrio eletrostático entre as eferas. Nessa situação,
a força elétrica sobre os elétrons em excesso é nula.
As conclusões tiradas são idênticas, se a esfera A estiver carregada positivamente. É importante lembrar, no
entanto, que são os elétrons que se movem entre as esferas. Dessa forma, elétrons de B irão migrar para A até que
o equilíbrio eletrostático seja atingido, sendo que as duas esferas ficam carregadas positivamente.
Particularmente, quando as duas esferas possuem o mesmo raio, a quantidade total de carga do sistema é
igualmente distribuído entre as que fizeram contato. A carga final de cada esfera é a média aritmética (considerando
as cargas com o respectivo sinal) das cargas iniciais.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Esse é o processo mais longo dos já vistos e requer bastante atenção à seqüência correta dos passos. Um
objeto já eletrizado (que será chamado de indutor) deve ser aproximado do objeto neutro que será eletrizado. Esse
objeto a ser eletrizado deve ser condutor de eletricidade. Aproximamos os dois objetos, sem que haja contato entre
eles.
Apesar de não haver contato, alguns elétrons do objeto neutro irão se deslocar ao longo de sua estrutura, em
função da atração elétrica aplicada pelo indutor.
Caso o indutor seja positivo, alguns elétrons do corpo neutro irão se acumular na região mais próxima do
indutor. Caso contrário, esses elétrons irão para a região oposta. O corpo neutro tem, nesse momento, certa
separação de cargas elétricas, ou seja, está induzido.
A figura a seguir mostra essa fase do processo para um indutor negativo.
A seguir, o induzido deve ser ligado à Terra para que haja um fluxo de elétrons dela para o corpo (se o indutor
for positivo) ou do induzido para a Terra (se o indutor for negativo). Ao final do processo, o induzido adquire carga de
sinal oposto ao do indutor.
É interessante notar que, mesmo o objeto B estando neutro, há uma força de atração entre ele e o objeto A.
Observação: a atração eletrostática pode ocorrer entre dois objetos eletrizados com cargas de sinais opostos ou
entre um objeto neutro e outro eletrizado.
No caso do objeto neutro ser um isolante, não haverá indução, tal como mostrado anteriormente. Apesar
disso, haverá uma força de atração entre o objeto carregado e o neutro. A razão para isso é a polarização das
partículas (átomos ou moléculas) que compõem o objeto neutro. A figura a seguir mostra uma carga elétrica à
esquerda e a partícula polarizada, apresentando dois pólos (um dipolo elétrico) bem distintos.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Esse fenômeno pode ocorrer com o conjunto de partículas de um objeto e, com isso, conduzir a uma força elétrica
de atração, como pode ser visto na figura a seguir.
Figura 10: atração elétrica entre dois corpos, um eletrizado negativamente e o outro, neutro e isolante.
QUESTÕES RESOLVIDAS
3. Michel é um aluno da terceira série do ensino médio. Após assistir a uma aula de Eletricidade, ele ficou
empolgado e resolveu pôr em prática toda a teoria a respeito dos processos de eletrização.
Chegando em casa, ele atritou um pedaço de seda com um bastão de vidro; e um pedaço de lã com um
bastão de borracha. Michel percebeu que a seda e a lã se atraem, o mesmo acontecendo com o vidro
e a borracha. Assim, ele conclui que há dois grupos de corpos, cada um com carga elétrica de mesmo
sinal. Quais são os grupos descobertos por Michel?
Resolução:
Seda e vidro adquirem cargas de sinais opostos, o mesmo acontecendo entre a lã e a borracha. A seda
e a lã se atraem, o que indica que elas também possuem sinais opostos. Dessa forma, seda e borracha
possuem cargas de mesmo sinal, o mesmo acontecendo entre a lã e o vidro.
4. Michel pediu, então, ajuda ao seu colega Charles para dar prosseguimento às suas pesquisas. Michel
segurou um bastão de borracha e Charles pegou um bastão de ferro, ambos os bastões inicialmente
neutros. Os dois estudantes (que estavam em contato direto com a Terra) atritaram os respectivos
bastões em pedaços de pano seco, segurando-os com as mãos. Aproximando um bastão do outro,
Michel e Charles notaram que eles se atraiam. Ouviu-se, então, o seguinte diálogo:
Charles: - “Os dois bastões estão certamente eletrizados com cargas de sinais opostos.”
Michel: - “É possível que um bastão esteja neutro.”
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Resolução:
O bastão atritado por Michel foi eletrizado por ser isolante. O bastão atritado por Charles não permaneceu
eletrizado, pois o contato com o rapaz e com a Terra o neutralizou.
5. Michel e Charles foram procurar um terceiro colega, Benjamin, que se prontificou a ajudá-los. A experiência
realizada agora consistia em aproximar um objeto eletrizado negativamente de uma esfera metálica que
estava inicialmente neutra, sem que houvesse contato entre os dois corpos. Logo em seguida, ainda
sob a presença do objeto eletrizado, os três aplicados estudantes ligaram a esfera metálica à Terra
durante alguns segundos, por meio de um fio condutor.
Trocando as suas impressões, afirmaram o seguinte:
Michel: “- A esfera metálica está eletrizada negativamente, pois ganhou elétrons da Terra.”
Benjamin: “- A esfera metálica continua neutra, pois foi conectada à Terra.”
Charles: “- A esfera metálica está eletrizada positivamente, pois perdeu elétrons para a Terra.”
Uma outra forma de se construir um eletroscópio, mais complexa e que conduz a resultados mais precisos, é o
eletroscópio de folhas ou de hastes. Nele, um corpo condutor é formado por uma “cabeça”, geralmente esférica, um
“corpo” metálico e hastes metálicas de pequena massa e que podem mover-se facilmente. A figura a seguir mostra um
eletroscópio desse tipo.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Figura 11: Eletroscópio de folhas, usado para detectar cargas elétricas. Na primeira figura, o eletroscópio está descarregado e, na
segunda, carregado.
Na primeira figura, o eletroscópio está descarregado e as hastes estão na vertical. Quando o eletroscópio é
eletrizado, as cargas em excesso se distribuem ao longo de seu corpo e, com isso, as hastes passam a se repelir.
Com isso, elas se separam, como indicado na segunda figura.
Com um eletroscópio inicialmente neutro, é possível determinar se um corpo está ou não eletrizado. Para
isso, basta aproximar o corpo em questão da “cabeça” do eletroscópio e verificar o que acontece com suas hastes.
Se o corpo estiver neutro, não haverá indução do eletroscópio e as hastes permanecerão na vertical. No entanto, se
o corpo estiver eletrizado, este induzirá o eletroscópio e, com isso, as hastes irão separar-se.
Figura 12: Quando um objeto carregado (bastão preto) é aproximado do eletroscópio, a haste move-se pelo efeito da indução.
A) neutro.
B) eletrizado positivamente.
C) eletrizado negativamente.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
como fogo, ar, terra e água. Já na China antiga, acreditava-se que os cinco componentes básicos do universo físico
eram terra, madeira, metal, fogo e água. E, na Índia, o Samkhya-karikas de Ishvarakrsna (século III a.C.) afirmava que
os cinco elementos básicos eram o espaço, ar, fogo, água e terra.
A idéia de que a matéria é composta por átomos remonta também da Grécia Antiga, com Demócrito. Segundo
esse modelo, tudo é composto por partículas indivisíveis chamadas de átomos. Mais tarde, a noção de átomo foi
revista, uma vez que os modelos atômicos que se sucederam, já a partir do século XX, davam conta de que havia
uma estrutura interna para o átomo. A interpretação dos resultados do experimento conduzido por Geiger e Marsden,
descrito na primeira parte deste capítulo, permite concluir que há partículas mais fundamentais que os átomos, que
são os prótons e os elétrons (mais tarde, o nêutron seria descoberto).
Com o avanço das pesquisas sobre essas partículas, alguns cientistas, como o americano Murray Gell-
Mann, apresentaram modelos nos quais os prótons e os nêutrons possuem estrutura interna, sendo formados por
partículas menores chamadas quarks.
Os quarks são partículas que não aparecem livres na natureza e que podem se associar em duplas (formando
os chamados mésons) ou em trios (formandos os hádrons). Eles podem ter cargas positivas ou negativas e os
valores dessas cargas são frações da carga elétrica elementar.
Toda essa discussão conduziu à construção de um modelo capaz de explicar a constituição da matéria e as
forças que existem na natureza, chamado de Modelo Padrão.
O Modelo Padrão é uma teoria que procura explicar do que a matéria é feita e o que mantém essa matéria
unida. Essa teoria procura sintetizar todas as forças e partículas, utilizando somente 6 quarks, 6 léptons e
partículas transportadoras de força. Para cada partícula fundamental, há também sua antipartícula, ou seja,
uma partícula idêntica à original, mas com carga elétrica de sinal trocado.
Os tipos de quarks são apresentados na tabela a seguir.
Os prótons e os nêutrons são os exemplos mais conhecidos de hádrons, pois são formados de trincas de
quarks.
Já os léptons podem ser encontrados livres na natureza e possuem cargas elétricas que ou são nulas ou são
iguais à carga elementar. O lépton mais conhecido é o elétron, cuja carga elétrica é, como sabemos, igual à carga
elementar. Outros léptons, como o múon, possuem vida muito curta. Além disso, os neutrinos e suas antipartículas
são de difícil detecção, já que não possuem carga elétrica e sua massa é muito pequena. A tabela a seguir mostra
os léptons.
Elétron –1 0.000511
Múon –1 0.1056
Táu –1 1.777
Neutrino do Elétron 0 ~0
Neutrino do Múon 0 ~0
Neutrino do Táu 0 ~0
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em suportes
isolantes, todos os corpos eletricamente neutros. Atrita-se a barra de vidro com o pano de lã; a seguir, coloca-se a
barra de vidro em contato com a esfera A e o pano de lã com a esfera B. Após essas operações
a) o pano de lã e a barra de vidro estarão neutros.
b) o pano de lã atrairá a esfera A.
c) as esferas A e B continuarão neutras.
d) a barra de vidro repelirá a esfera B.
2. Se você pudesse tirar um elétron de cada uma das moléculas de água de um balde com 18 litros de água, qual
seria a carga elétrica adquirida?
3. Um objeto qualquer ficará com mais ou menos massa ao adquirir uma carga negativa? E ao adquirir uma carga
positiva?
4. Qual o erro na afirmação: “Uma caneta é considerada neutra eletricamente, pois não possui nem cargas positivas
nem cargas negativas”?
5. Para evitar a formação de centelhas elétricas, os caminhões transportadores de gasolina costumam andar com
uma corrente metálica arrastando-se pelo chão. Explique.
6. Segurando na mão uma esfera de metal, é possível torná-la eletrizada? Por quê? Como se deve proceder para
eletrizar essa esfera?
7. Em dias úmidos, é difícil perceber os resultados esperados em experiências de Eletrostática, pois os objetos
eletrizados são facilmente descarregados. Tente construir um modelo explicativo para o fato de, em dias úmidos,
um corpo eletrizado perder sua carga com relativa rapidez.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
I. 5 - EXPERIMENTO CRUCIAL
Os corpos eletrizados podem ser positivos ou negativos e sabe-se que as cargas negativas e as positivas atraem-
se mutuamente. Quando dois corpos eletrizados são colocados nas proximidades um do outro, teremos uma força de
atração ou de repulsão, dependendo dos sinais dos objetos. Esse fato é conhecido desde o século XVIII, a partir do
trabalho realizado em 1734 por Charles Du Fay, e pode ser resumido pela frase “cargas iguais se repelem e cargas
opostas se atraem”.
No século XVIII, o físico francês Charles Augustin de Coulomb conduziu experimentos sobre a força elétrica entre
duas cargas de tamanhos pequenos. Esse experimento foi realizado com uma balança de torção, dispositivo que será
explicado a seguir.
A balança de torção de Coulomb ocupa um lugar importante na história da Física. É um instrumento que permite a
verificação experimental da lei que rege as interações entre cargas elétricas. De um modo geral, a balança é constituída
por uma caixa de vidro fechada por uma tampa, também de vidro, da qual se eleva um tubo que termina num disco
metálico de onde está suspenso um fio de torção que sustenta uma agulha horizontal. Essa agulha tem numa das
extremidades um pequeno disco vertical de latão e, na outra, uma esfera. A altura da agulha é regulada por meio de um
botão que faz rodar um eixo horizontal onde se enrola o fio que a suspende. Esse eixo está montado sobre um disco
giratório no qual se encontra gravada uma escala dividida em graus. A escala avança em relação a uma marca de
referência, fixa na coluna de vidro, de modo a possibilitar a medição de deslocamentos angulares.
Figura 14: fotografia de uma balança de torção como a utilizada por Coulomb. Extraído de museu.fis.uc.pt/129.htm em 22/01/2008.
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
No início da experiência, o disco de latão toca uma esfera metálica que se encontra na extremidade de uma vareta
de vidro suspensa do tampo da balança. Nessas condições, tanto o disco como a esfera devem estar descarregados e
o fio de suspensão da agulha não deve estar sob torção. Isso é feito para definir uma posição de referência. Em
seguida, retira-se a esfera suspensa da tampa da balança e eletriza-se. A esfera, ao ser recolocada no interior da
balança, eletriza o disco de latão com carga do mesmo sinal, observando-se uma repulsão entre ambos.
Nessas condições, a agulha começa a descrever um movimento oscilatório amortecido, até que pára. O conjunto
permanece então estático, numa posição correspondente ao equilíbrio entre o momento da força de repulsão e o da
força de torção do fio. O ângulo de torção do fio pode ser medido através de uma escala dividida em graus.
Ao aproximar o disco da esfera, verifica-se que o ângulo de torção aumenta, já que ambos estão eletrizados com
carga do mesmo sinal. A nova distância entre os corpos eletrizados pode ser obtida através da escala existente na
parte superior da caixa da balança. O registro de sucessivos ângulos de torção do fio e das correspondentes distâncias
entre a esfera e o disco permitem a verificação da relação entre a intensidade da força de repulsão e a distância entre
os corpos eletrizados.
A fim de verificar a relação entre a intensidade da força e a carga elétrica dos corpos, Coulomb utilizava uma bola
de medula de sabugueiro suspensa da agulha. Após registrar o ângulo de torção do fio de suspensão, tal como no caso
anterior, retirava a esfera da vareta de vidro, colocando-a em contacto com outra de iguais dimensões. Dessa operação,
resultava uma diminuição do valor da sua carga para metade. Ao ser recolocada na balança, observava-se que a
repulsão elétrica entre a esfera metálica e a bola de medula de sabugueiro era menos intensa. O novo ângulo de torção
do fio, correspondente à nova posição de equilíbrio, era menor do que no caso anterior. Repetindo esse procedimento
algumas vezes, obtinha-se uma relação experimental válida.
Tais conclusões só foram totalmente aceitas depois que Charles de Coulomb executou medidas muito cuidadosas,
em 1785, elaborando depois a expressão matemática que ficou conhecida como “Lei de Coulomb”.
I. 7 - A LEI DE COULOMB
A afirmação de que “a força elétrica é diretamente proporcional à quantidade de carga contida em cada corpo” é
escrita em linguagem matemática como uma multiplicação entre as duas cargas. A força é também inversamente
proporcional ao quadrado da distância, então fazemos uma divisão pela distância elevada ao quadrado. Fica assim:
Q1 . Q2
F∝
d2
A expressão anterior não é ainda uma equação, porque nela não aparece o sinal de “igual”. O símbolo “ ∝ ”
significa “proporcional”. Como transformar a expressão em equação?
P R É - V E S T I B U L A R
123
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Foi esse o trabalho de Coulomb. Fazendo suas medições minuciosas, ele verificou que, para transformar a
“proporcionalidade” em “igualdade”, estava faltando um fator multiplicativo. Representando esse fator pela letra k0,
podemos escrever:
Q1 . Q 2
F = k0
d2
124 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
QUESTÕES RESOLVIDAS
6. Três cargas estão dispostas nos vértices de um triângulo equilátero, conforme indica a figura a seguir.
INDIQUE a orientação da força elétrica resultante sobre a carga do vértice superior.
Resolução:
A citada carga elétrica é repelida pelas outras duas. Usando a soma de vetores, temos
7. Duas cargas elétricas, Q1 e Q2, se atraem eletrostaticamente com uma força F. Se dobrarmos o valor de Q1,
triplicarmos o valor de Q2 e duplicarmos a distância entre as cargas, qual será o novo valor de F ?
Resolução:
Inicialmente, a força eletrostática entre as duas cargas era
Q1 . Q2
F=k
d2
2 Q 1 .3 Q 2 6 Q1 . Q 2 Q1 . Q 2
F' = k 2
=k 2
= 1,5k
(2d) 4d d2
Assim, F’ = 1,5F
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
8. Duas cargas elétricas idênticas são colocadas em uma pista sem atrito e muito comprida. Uma das cargas
está fixa, enquanto que a outra pode mover-se livremente. DESCREVA o que irá acontecer com a velocidade
e a aceleração da carga livre à medida que ela se move.
Resolução:
Se as cargas são idênticas, possuem o mesmo sinal e, com isso, se repelem. Dessa forma, a carga livre irá
se afastar da fixa. A força entre elas é eletrostática e, portanto, obedece à lei de Coulomb. Tal força estará,
em todos os instantes de tempo, no mesmo sentido da velocidade, o que irá fazer com que esta última
aumente. Por outro lado, temos que a força eletrostática diminui com a distância. Como ela é a força resultante
na carga móvel, haverá uma diminuição da aceleração.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
8. Um bastão negativamente eletrizado é trazido para perto de alguns pedacinhos de papel neutros. Os lados positivos
das moléculas do papel são atraídos para o bastão, enquanto os lados negativos das moléculas são repelidos.
Como as cargas positivas e negativas nas moléculas possuem o mesmo valor, por que as forças de atração e
repulsão não se anulam?
9. Com relação às forças gravitacional e elétrica, em que elas se parecem? E em que se diferem?
10. É relativamente mais fácil arrancar elétrons mais externos de átomos de grande número atômico, como os de
urânio, mas não seus elétrons mais internos. A que você atribui essa diferença de comportamento?
11. Consulte a tabela 1 e responda: porque o sal de cozinha (NaCl, composto iônico) é mais facilmente dissolvido em
água que em óleo?
ANOTAÇÕES:
126 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (UFV) Um sistema é constituído por um corpo de c) uma neutra, uma com carga positiva e uma com
massa M, carregado positivamente com carga Q, e carga negativa;
por outro corpo de massa M, carregado d) duas neutras e uma com carga negativa.
negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
4. (FUVEST) Três esferas metálicas iguais, A, B e C,
a) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M.
estão apoiadas em suportes isolantes, tendo a
b) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M. esfera A carga elétrica negativa. Próximas a ela, as
c) sua carga total é nula e sua massa total é 2M. esferas B e C estão em contato entre si, sendo que
d) sua carga total é nula e sua massa total é nula. C está ligada à terra por um fio condutor, como na
figura.
e) sua carga total é +Q e sua massa total é nula.
P R É - V E S T I B U L A R
127
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
6. (FEI) Em um corpo eletricamente neutro o número 8. (UFMG) Duas esferas metálicas idênticas — uma
de cargas positivas é igual ao número de cargas carregada com carga elétrica negativa e a outra
negativas. Assim, os efeitos das cargas se anulam. eletricamente descarregada — estão montadas
Em um corpo eletrizado o número de cargas sobre suportes isolantes. Na situação inicial,
positivas e negativas são diferentes. Deste modo, a mostrada na figura I, as esferas estão separadas
carga elétrica de um corpo depende do excesso ou uma da outra. Em seguida, as esferas são colocadas
da falta de cargas negativas. Este excesso é medido em contato, como se vê na figura II. As esferas
a partir do estado neutro. A força entre dois corpos são, então, afastadas uma da outra, como mostrado
carregados depende da distância entre eles e cresce na figura III.
com o excesso de cargas positivas ou negativas de
cada corpo. Com base no texto podemos afirmar
que:
a) somente os corpos eletrizados possuem cargas
elétricas
b) mesmo em corpos neutros existem cargas elétricas Considerando-se as situações representadas nas
figuras I e III, é CORRETO afirmar que,
c) os corpos neutros não possuem cargas elétricas
a) em I, as esferas se atraem e em III, elas se repelem.
d) a força elétrica entre dois corpos varia
proporcionalmente à distância entre eles
b) em I, as esferas se repelem e, em III, elas se
e) a existência de corpos neutros mostra que a carga
atraem.
elétrica não é um elemento na constituição da
matéria c) em I, não há força entre as esferas.
d) em III, não há força entre as esferas.
a)
e)
128 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Considerando-se essas informações, é CORRETO b) o pente está eletricamente carregado, o papel está
afirmar que, após a transferência de carga, neutro e F1 > F2.
a) em cada montagem, ambas as esferas estão c) o pente e o papel estão eletricamente carregados
carregadas. com sinais opostos e F1 = F2.
b) em cada montagem, apenas uma das esferas está d) o pente e o papel estão eletricamente carregados
carregada. com sinais opostos e F1 > F2.
c) na montagem I, ambas as esferas estão carregadas
e, na II, apenas uma delas está carregada. 12. (PUCMG) Um bastão isolante eletricamente
d) na montagem I, apenas uma das esferas está carregado atrai uma bolinha condutora A e repele
carregada e, na II, ambas estão carregadas. uma outra bolinha condutora B, penduradas, cada
uma, na ponta de um fio leve e isolante. Pode-se
concluir que:
10. (UFV) As figuras abaixo ilustram dois eletroscópios.
O da esquerda está totalmente isolado da vizinhança a) a bolinha B não está carregada.
e o da direita está ligado à Terra por um fio condutor b) a bolinha A pode não estar carregada.
de eletricidade. c) ambas as bolinhas estão carregadas igualmente.
d) a bolinha B está carregada positivamente.
tabela.
+
- -
+ - -
+ + - -
+ - -
+
- -
+
+ -
c)
d) -
-
- -
-
-
- -
-
- -
-
-
-
- - - -
- - - -
- - - -
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129
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
Em seguida, o professor toca o dedo, rapidamente, Após essas duas operações, as cargas nas esferas
na esfera S, como representado na Figura II. Isso serão cerca de
feito, ele afasta a esfera isolante das outras duas
esferas, como representado na Figura III.
130 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
17. (UFMG) Em uma aula, o Prof. Antônio apresenta Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
uma montagem com dois anéis dependurados, a) I, apenas. c) I e II, apenas.
como representado na figura ao lado.
b) II, apenas. d) I, II, e III.
P R É - V E S T I B U L A R
131
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
23. Duas esferinhas P e Q, suspensas por fios isolantes e 26. (DIAM) Em relação a uma substância eletricamente
próximas uma da outra, se repelem. Pode–se concluir neutra, é INCORRETO afirmar que ela
com certeza que a) possui cargas elétricas positivas e negativas.
a) ambas têm cargas positivas. b) pode ser eletrizada por atrito.
b) ambas têm cargas negativas. c) pode ser atraída por uma outra carregada.
c) uma tem carga positiva e a outra, negativa. d) pode ser eletrizada por indução.
d) uma tinha carga negativa e a outra, ao se aproximar e) atrai eletricamente uma outra descarregada.
dela, adquiriu carga positiva por indução.
e) ambas têm carga de mesmo sinal, positivo ou negativo.
27. Um eletroscópio acha–se
induzido conforme ilustra a
24. (FMABC–SP) Passando–se um pente nos cabelos, figura. Ligando–se a esfera
verifica–se que ele pode atrair pequenos pedaços de E à Terra, por meio de um
papel. fio condutor, observa–se
A explicação mais coerente com este fato é que, ao que as lâminas L se fecham
passar o pente nos cabelos, ocorreu completamente porque
a) eletrização do pente e não dos cabelos, que faz cargas
passarem aos pedaços de papel e os atrai. a) As cargas positivas de L sobem e neutralizam a esfera E.
b) Aquecimento do pente por atrito, provocando b) As cargas negativas de E descem e neutralizam L.
convecção do ar e por isso o pedaço de papel sobe c) As cargas negativas de E escoam para a Terra e as
em direção ao pente positivas sobem para E.
c) Aquecimento do pente, com conseqüente eletrização d) As cargas de E e de L escoam para a Terra.
do ar próximo, que provoca o fenômeno descrito.
d) Eletrização do pente, que induz cargas no papel,
28. O eletroscópio da figura foi
provocando a sua atração.
carregado com uma carga Q,
e) Deseletrização do pente, que agora passa a ser de sinal desconhecido.
atraído pelos pedaços de papel que sempre estão Aproximando–se do mesmo
eletrizados. um corpo C, carregado
positivamente, a abertura das
25. (FCMMG) Uma lata colocada sobre um pedaço de folhas do eletroscópio diminui.
isopor é carregada negativamente. Uma outra lata Pode–se afirmar que
idêntica, também sobre um isopor, está inicialmente
neutra. a) Não é possível determinar o sinal da carga do
eletroscópio.
b) O eletroscópio está carregado positivamente.
c) Uma parte da carga do eletroscópio passa para o
corpo C.
d) Uma parte da carga de C passa para o eletroscópio.
Empurra–se um dos suportes isolantes até que as latas e) O eletroscópio está carregado negativamente.
se toquem. Ao afastá–las, ainda através do suporte
isolante, verifica–se que: 29. Duas esferas metálicas são dependuradas no teto de
a) as duas latas ficarão neutras. uma sala por meio de fios isolantes, de tal modo que
b) as latas ficarão com cargas opostas. fiquem próximas. A esfera 1 é então eletrizada
c) as duas latas ficarão com cargas iguais. positivamente. Podemos afirmar que
d) a carga negativa da lata passará toda para a outra lata.
e) a lata que inicialmente estava carregada negati-
vamente ficará carregada positivamente.
132 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
a) aparecerá uma força de atração eletrostática entre as 32. (UFPA) Um corpo A, eletricamente positivo, eletriza um
duas esferas. corpo B, que inicialmente estava eletricamente neutro,
b) a esfera 2 também ficará carregada positivamente, por por indução eletrostática. Nestas condições, pode-se
indução. afirmar que o corpo B ficou eletricamente
c) a esfera 2 ficará carregada negativamente, por a) positivo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
indução. corpo.
d) ligando–se as duas esferas por meio de um fio condutor b) positivo, pois prótons do corpo foram para a Terra.
a carga induzida na esfera 2 será neutralizada. c) negativo, pois prótons do corpo foram para a Terra.
e) a esfera 2 se afastará da esfera 1, por ser repelida d) negativo, pois elétrons da Terra são absorvidos pelo
por ela. corpo.
e) negativo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
30. (PUC-MG) Atrita–se um bastão de vidro com pêlo de corpo.
gato e uma régua de madeira com lã. Verifica–se que
o bastão de vidro passa a atrair a régua de madeira e 33. (Fuvest-SP) Duas pequenas esferas metálicas
repelir a lã. Sabendo–se que a pêlo do gato ficou idênticas, inicialmente neutras, encontram-se
carregada negativamente, é CORRETO afirmar que suspensas por fios inextensíveis e isolantes. Um jato
a) o vidro ficou carregado negativamente e a lã de ar perpendicular ao plano da figura é lançado
positivamente. durante um certo intervalo de tempo sobre as esferas.
b) a lã ficou carregada negativamente. Observa-se então que ambas as esferas estão
fortemente eletrizadas. Quando o sistema alcança
c) o vidro ficou neutro e a madeira positiva.
novamente o equilíbrio estático, podemos afirmar que
d) a régua de madeira não ficou carregada porque é as tensões nos fios
isolante.
e) o vidro e a lã ficaram carregados positivamente.
P R É - V E S T I B U L A R
133
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
35. Três bolas metálicas podem ser carregadas 38. (ITA) Duas partículas têm massas iguais a m e cargas
eletricamente. Observa-se que cada uma das três iguais a Q. Devido a sua interação eletrostática, elas
bolas atrai, separadamente, cada uma das outras sofrem uma força F quando estão separadas de uma
duas. Três hipóteses são apresentadas: distância d. Em seguida, estas partículas são
I) Apenas uma das bolas está carregada. penduradas, a partir de um mesmo ponto, por fios de
comprimento L e ficam equilibradas quando a
II) Duas das bolas estão carregadas.
distância entre elas é d?. A cotangente do ângulo que
III) As três bolas estão carregadas. cada fio forma com a vertical, em função de m, g, d,
O fenômeno pode ser explicado d1, F e L, é
a) somente pela hipótese I. a) m g d1 / (F d)
b) somente pela hipótese II. b) m g L d1 / (F d2)
c) somente pela hipótese III. c) m g d12 / (F d2)
d) somente pela hipótese II ou III. d) m g d2 / (F d12)
e) somente pela hipótese I ou II. e) (F d2) / (mg d12)
36. (FESP) Três esferas condutoras A, B e C têm mesmo 39. (PUCMG) Duas cargas elétricas -q e +q são fixadas,
diâmetro. A esfera A está inicialmente neutra, e as respectivamente, sobre os pontos A e B, conforme a
outras duas carregadas com qB = 6μC e qC = 7μC. figura. Uma terceira carga Q, positiva, é colocada
Com a esfera A, toca-se primeiramente B e depois C. livremente sobre um ponto da reta AB.
As cargas elétricas de A, B e C, depois dos contatos,
são respectivamente -q +q
a) zero, zero e 13μC.
b) 7μC, 3μC e 5μC.
c) 5μC, 3μC e 5μC.
A B
d) 6μC, 7μC e zero
e) todas iguais a 4,3μC.
Sobre a carga Q, é CORRETO afirmar que:
a) permanecerá em repouso, se for colocada no meio
37. (UFMG) Duas cargas elétricas idênticas estão fixas, do segmento AB.
separadas por uma distância L. Em um certo instante, b) ela se moverá para a direita, se for colocada no meio
uma das cargas é solta e fica livre para se mover. do segmento AB.
Considerando essas informações, assinale a
c) ela se moverá para a direita, se for colocada à
alternativa cujo gráfico melhor representa o módulo esquerda de A.
da força elétrica F, que atua sobre a carga que se
d) permanecerá em repouso, se for colocada à direita
move, em função da distância d entre as cargas, a
de B.
partir do instante em que a carga é solta.
a) c)
40. (MACKENZIE) Duas esferas metálicas idênticas,
separadas pela distância d, estão eletrizadas com
cargas elétricas Q e –5Q. Essas esferas são
colocadas em contato e em seguida são separadas
de uma distância 2d. A força de interação eletrostática
a) 1 b) 2
c) 3 d) 4
e) 5
134 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
41. (UFMG) Duas pequenas esferas isolantes . I e II ., 43. (UFJF) Duas cargas puntiformes, A e B, estão
eletricamente carregadas com cargas de sinais separadas por uma distância r. Em seguida, a
contrários, estão fixas nas posições representadas distância entre as cargas passa a ser 2r. A figura
nesta figura: abaixo mostra o que foi narrado. Os módulos das
cargas A e B são iguais a Q.
a) d)
Considere as seguintes situações de equilíbrio: após
o sistema ser levemente deslocado de sua posição
inicial
Estável tende a retornar ao equilíbrio inicial;
Instável tende a afastar-se do equilíbrio inicial;
b) e)
Indiferente permanece em equilíbrio na nova posição.
b) instável e instável.
c) estável e indiferente.
d) estável e instável.
P R É - V E S T I B U L A R
135
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
45. (UFSC) Uma placa de vidro eletrizada com carga 47. (UFU) Três cargas estão fixas em um semi-círculo
positiva é mantida próxima a uma barra metálica de raio R que está centrado no ponto P, conforme
isolada e carregada com carga +q, conforme mostra ilustra figura a seguir.
a figura a seguir.
barra metálica placa de vidro
+ + + + +
+ + + + +
+ + + +
suporte
isolante
b)
46. (UFSCAR) Considere dois corpos sólidos envolvidos
em processos de eletrização. Um dos fatores que
pode ser observado tanto na eletrização por contato
quanto na por indução é o fato de que, em ambas,
a) torna-se necessário manter um contato direto entre
os corpos. c)
b) deve-se ter um dos corpos ligado temporariamente a
um aterramento.
c) ao fim do processo de eletrização, os corpos
adquirem cargas elétricas de sinais opostos.
d)
d) um dos corpos deve, inicialmente, estar carregado
eletricamente.
e) para ocorrer, os corpos devem ser bons condutores
elétricos.
136 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
49. (CEFET) A figura representa duas cargas puntuais 51. (PUC–SP) Uma carga puntiforme e livre Q acha–se
de mesmo módulo e sinal, mantidas fixas em pontos no centro do quadrado mostrado na figura. Nos vértices
eqüidistantes de um ponto P. Um elétron é lançado do quadrado são fixadas as cargas A, B, C e D. A
ao longo da linha YX, no sentido de X para Y. carga Q não entra em movimento se
C B
D A
a) A=B≠C=D
b) A = –C e B = D
Considerando-se apenas as forças de origem
c) A = 2C e B = 2D
elétrica, o movimento da partícula, ao se aproximar
do ponto P, é ________________ e, ao se afastar, é d) A = B = C = 2D
________________ . e) A=C≠B=D
A alternativa que preenche, correta e respectivamente,
as lacunas é 52. Uma esfera carregada de massa m, está suspensa
a) uniforme, uniforme. por um fio inextensível e sem massa. Uma força elétrica
b) acelerado, uniforme. age horizontalmente sobre ela mantendo o equilíbrio
quando o fio faz um ângulo de 45° com a vertical.
c) retardado, acelerado.
Sabendo que g é a aceleração da gravidade, podemos
d) acelerado, retardado. afirmar que
e) retardado, retardado.
e)
P R É - V E S T I B U L A R
137
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
54. (FCM) Duas cargas 1 e 2, idênticas, estão a uma 57. (UFMG) Observe a figura:
distância 2r como mostra a figura abaixo:
nessa situação, a força de interação elétrica em cada Uma carga elétrica puntual + Q encontra–se fixada
uma delas vale, em módulo, F. Deslocando–se a carga sobre uma mesa isolante, conforme mostrado na figura.
1 para o ponto P, a força de interação em cada uma Um pequeno corpo C eletrizado com uma carga
das duas cargas passa a valer também positiva +q, é abandonado sobre a mesa,
a) 1/2 F nas proximidades de +Q. Em virtude da repulsão
b) 1/4 F elétrica entre as cargas, o corpo C se desloca em linha
reta sobre a mesa. Considere que a força resultante
c) 2/3 F
que atua sobre C é devida apenas à carga Q. Sendo
d) 1/3 F
a sua aceleração e v sua velocidade, pode–se
e) 4/9 F afirmar que, enquanto C se desloca,
a) | a | diminui e | v | aumenta.
55. (FCM) F1 e F2 são forças de interação entre duas b) | a | diminui e | v | diminui.
pequenas esferas que possuem cargas elétricas +Q1
c) | a | aumenta e | v | aumenta.
e +Q2 , sendo Q1 > Q2 . Sobre essas forças a afirmação
d) | a | aumenta e | v | não varia.
CORRETA é
e) | a | não varia e | v | aumenta.
a) F1 = F2 , possuem a mesma direção e sentidos
contrários e cada uma está aplicada em uma esfera.
b) F1 > F2 porque Q1 > Q2 e em cada esfera está 58. (UFMG) Um corpo possui carga elétrica de 1,6 μC.
aplicada a resultante dessas forças. Sabendo–se que a carga elétrica fundamental é
1,6 x 10–19 C, pode-se afirmar que no corpo há uma
c) F1 < F2 porque Q1 > Q2 e em cada esfera está
falta de aproximadamente
aplicada a resultante dessas forças.
a) 1018 prótons
d) F1 e F2 , possuem direções diferentes e por isso não
se equilibram. b) 1013 elétrons
138 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
60. (Cesgranrio-RJ) Seja F a força de repulsão entre duas a) é maior que no primeiro caso.
partículas de mesma carga q, separadas por uma b) é menor que no primeiro caso.
distância r. Assim, qual das figuras abaixo melhor ilustra
c) é igual à do primeiro caso.
as forças de repulsão entre duas partículas de cargas
2q e 3q, separadas pela mesma distância? d) torna-se nula.
e) transforma-se em força de atração.
a)
63. Na situação representada na figura, a carga q3 está
em equilíbrio sob a ação das forças elétricas exercidas
b) por q1 e q2. Podemos então afirmar
c)
a) 40 N
b) 32 N
c) 36 N
d) 27 N
e) 9,0 N
62. (Combimed-RJ) Uma esfera eletrizada com carga +3q a) 2,0 . 10–6 N
é colocada a uma distância d de outra esfera b) 6,0 . 10–6 N
eletrizada, do mesmo diâmetro, com carga +q. Pondo-
c) 12 . 10–6 N
se as duas esferas em contato e depois afastando-as
da mesma distância d, a força de repulsão entre d) 24 . 10–6 N
elas e) 30 . 10–6 N
P R É - V E S T I B U L A R
139
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
66. A figura mostra três situações diferentes em relação a 68. Observe a figura que representa um triângulo
uma esfera metálica “A”. Em (1) vê-se que “A” está equilátero.
neutra e isolada de outros objetos. Em (2) uma esfera
“B”, eletrizada positivamente, é aproximada de “A”, e
em (3) a esfera “A”, ainda próxima de “B”, é ligada à
terra.
140 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
71. Um professor mostra uma situação em que duas 73. (PUC-MG-2008) Duas esferas condutoras idênticas (1
esferas metálicas idênticas estão suspensas por fios e 2) têm, cada uma delas, uma carga Q. Uma terceira
isolantes. As esferas se aproximam uma da outra, como esfera idêntica, com um suporte isolante e inicialmente
indicado na figura. descarregada, é tocada primeiro com a esfera 1 e,
em seguida, com a esfera 2 e, então, removida.
As novas cargas nas esferas 1 e 2, são
respectivamente:
a) 3Q/4 e Q/2
b) 2Q/3 e 2Q/3
Três estudantes fizeram os seguintes comentários c) Q/2 e 3Q/4
sobre essa situação. d) Q/2 e 3Q/3
Cecília – uma esfera tem carga positiva, e a outra está e) Q/3 e Q/3
neutra;
Heolisa – uma esfera tem carga negativa, e a outra 74. ( UFAM-2008) Três cargas elétricas puntiformes A, B
tem carga positiva; e C, estão dispostas conforme a figura
Rodrigo – uma esfera tem carga negativa, e a outra
está neutra.
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141
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
76. (VUNESP) Um corpo A, eletricamente positivo, eletriza 80. Em dias secos, em ambientes acarpetados, é comum
um corpo B que inicialmente estava eletricamente as pessoas receberem pequenas descargas elétricas
neutro, por indução eletrostática. Neestas condições, ao tocarem em maçanetas e outros objetos metálicos.
pode-se afirmar que o corpo B ficou eletricamente. Isto se deve:
a) Positivo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo a) aos objetos metálicos, por serem bons condutores,
corpo absorverem facilmente energia elétrica e se
b) Positivo, pois elétrons do corpo foram para a Terra descarregarem ao serem tocados.
c) Negativo, pois prótons do corpo foram para a Terra b) ao corpo da pessoa, eletrizado pelo atrito com o
carpete, se descarregar nesses objetos.
d) Negativo, pois elétrons da Terra são absorvidos pelo
corpo c) aos metais se carregarem negativamente e os
dielétricos positivamente, gerando uma corrente
e) Negativo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
elétrica ao se fechar o circuito.
Corpo
d) aos objetos metálicos produzirem um aumento local
do campo elétrico, tornando-se eletrizados e causando
77. (UNIFOR) Se dois corpos inicialmente neutros são descargas ao serem tocados.
atritados, qual das alternativas abaixo indica a carga
e) aos carpetes, em ambientes secos e quentes, emitirem
final desses objetos após o atrito?
elétrons livres, carregando-se positivamente e
a) -3 mC e +3 mC descarregando-se pelo contato.
b) +2 mC e +2 mC
c) -1 mC e +2 mC 81. Um bastão de alumínio eletricamente neutro é fixado
d) -4 mC e +2 mC em suporte de plástico como indica a figura:
142 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
82. Quando se aproxima um bastão B, eletrizado a) de repulsão e tem módulo igual a 6,4 N
positivamente, de uma esfera metálica, isolada e b) de atração e tem módulo de 6,4 N
inicialmente descarregada, observa-se a distribuição
c) de repulsão e tem módulo igual a 1,6 N
de cargas representada na Figura 1.
d) de atração e tem módulo igual a 1,6 N
e) de repulsão e tem módulo igual a 6,4 · 108 N
P R É - V E S T I B U L A R
143
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1 (UFRJ)
Um aluno montou um eletroscópio para a Feira de Ciências da escola,
conforme ilustrado na figura abaixo.
QUESTÃO 2 (UFV)
Deseja-se, dispondo do material ilustrado abaixo, carregar as esferas metálicas com cargas de mesmo módulo e
sinais opostos, sem encostar o bastão nas esferas. DESCREVA, em etapas, e apresentando as respectivas
ilustrações, o procedimento necessário para se atingir este objetivo.
Esfera 1 Esfera 2
Suportes isolantes
QUESTÃO 3 (UNICAMP)
Uma pequena esfera isolante de massa igual a 5×10-2 kg e
carregada com uma carga positiva de 5×10-7 C está presa ao teto
através de um fio de seda. Uma segunda esfera com carga
negativa de 5×10 -7 C, movendo-se na direção vertical, é
aproximada da primeira.
144 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
QUESTÃO 4 (FUVEST–SP)
Um dos pratos de uma balança em equilíbrio é uma esfera
eletrizada A. Aproxima–se de A uma esfera B com carga
igual, mas de sinal contrário. O equilíbrio é restabelecido, isolante
colocando–se uma massa de 2,5 g no prato da balança. A A
figura ilustra a situação.
3 cm
QUESTÃO 5 (UFRJ)
Um bastão positivamente carregado é levado às proximidades de uma esfera condutora (de massa pequena),
suspensa por um fio isolante e flexível a um suporte, como mostra a figura. Para termos certeza de que a esfera está
carregada, é necessário que ela seja atraída ou repelida pelo bastão? Neste caso, qual é o sinal da carga da esfera?
Justifique sua resposta.
P R É - V E S T I B U L A R
145
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II
ANOTAÇÕES:
146 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
UNIDADE II
CAMPO E POTENCIAL ELÉTRICO
1 – Noção de campo elétrico
6 – Cargas puntiformes
7 – Esferas condutoras
8 – Blindagem eletrostática
9 – Rigidez dialétrica
P R É - V E S T I B U L A R
147
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
A discussão central desse experimento é como a carga elétrica adquirida pelo pente modificou o espaço em torno
dele e esse fato permitiu ao pente aplicar uma força de atração nas moléculas de água (lembre-se de que as moléculas
de água são polares, o que facilita a ação).
É importante notar que o campo elétrico, apesar de não poder ser visto diretamente, não é uma entidade puramente
conceitual, criada pelos físicos como um mecanismo de aplicação de força. Ao contrário, ele tem uma existência física
e transporta energia e quantidade de movimento.
No caso de haver duas cargas elétricas puntiformes de mesmo módulo, as linhas de força são deformadas de tal
forma que representem o campo elétrico resultante da ação das duas cargas simultaneamente.
Figura 17: linhas de força de cargas puntiformes de mesmo módulo. Note que o número de linhas que sai de uma carga é igual ao
número de linhas que chega na outra.
148 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
No caso de uma carga puntiforme possuir maior módulo que a outra, o número de linhas de força na carga de
maior módulo é maior que na outra.
Figura 18: linhas de força de cargas puntiformes de módulos diferentes. Há mais linhas na carga de maior módulo.
QUESTÃO RESOLVIDA
1. A figura a seguir mostra duas cargas elétricas puntiformes, A e B, e algumas linhas de força do campo
elétrico gerado por elas.
Resolução:
A carga B é fonte de um maior número de linhas de força. Assim, o módulo de sua carga é maior que o de A.
Rafael acertou!
Em um ponto da reta que liga A e B, acima de A, é possível que os campos elétricos gerados por A e B
tenham módulos iguais. Como eles são opostos, nesse ponto o campo elétrico resultante é nulo. Júlia errou!
P R É - V E S T I B U L A R
149
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Figura 19: na região central, as linhas de força são paralelas e igualmente espaçadas, o que indica a existência de um campo elétrico
uniforme.
B) Duas linhas de força nunca se cruzam. Como as linhas de força representam a trajetória de cargas de prova
positivas abandonadas na região em que há o campo elétrico, não é possível que as linhas se cruzem, pois não
é possível que uma mesma carga siga dois caminhos simultaneamente.
QUESTÕES RESOLVIDAS
2. Para cada uma das figuras a seguir, INDIQUE qual a relação entre os módulos das cargas elétricas.
Resolução:
Começando pela figura de cima à esquerda e seguindo no sentido horário temos:
Carga da esquerda é menor que a da direita
Carga da esquerda é menor que a da direita
Carga da direita é menor que a da direita
Carga da direita é menor que a da direita
150 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
3. Considere a figura a seguir que contém as linhas de força do campo elétrico. Os dois objetos mostrados
estão eletrizados. Considere que as cargas elétricas de C e D sejam, respectivamente, QC e QD.
Resolução:
As linhas de força saem da carga positiva e chegam ‘a negativa. Dessa forma, há, na figura, uma carga
positiva e a outra negativa. Assim, o produto das cargas é negativo. Não é possível determinar quem é
positivo e quem é negativo.
4. Um professor apresenta a figura abaixo aos seus alunos e pede que eles digam o que ela representa.
Andréa diz que a figura pode representar as linhas de campo elétrico de duas cargas elétricas idênticas.
Beatriz diz que a figura pode representar as linhas de campo elétrico de duas cargas elétricas de sinais
contrários.
Qual das estudantes fez um comentário correto?
Resolução:
Apenas a estudante Beatriz fez um comentário correto, pois as linhas de força saem de uma das cargas e
chegam ‘a outra.
P R É - V E S T I B U L A R
151
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Por uma questão de coerência, leva-se em consideração o sentido das linhas de força para a identificação do
sentido do vetor campo elétrico. Dessa forma, a convenção para a determinação do vetor campo elétrico é a seguinte:
a orientação (direção e sentido) do vetor campo elétrico em certo ponto do espaço é a mesma da força elétrica
que atuaria em uma carga de prova (positiva) colocada nesse ponto.
Daí, decorre uma propriedade muito útil para o vetor campo elétrico: ele é sempre tangente à linha de força em
qualquer ponto do espaço.
Considere uma carga Q positiva que gera um campo elétrico no espaço ao seu redor. Como você já sabe, as
linhas de força são divergentes. O vetor campo elétrico, portanto, deve ser radial em relação à carga geradora e apontar
“para fora” dela. A figura a seguir ilustra esse fato.
Figura 20: representação de alguns vetores campo elétrico gerados por uma carga positiva.
Se a carga elétrica fosse negativa, a direção do vetor seria a mesma, mas o seu sentido seria invertido.
Figura 21: representação de alguns dos vetores campo elétrico gerados por uma carga negativa.
A direção do vetor campo elétrico é, portanto, radial em relação à carga geradora; e o sentido segue a seguinte
relação: (1) cargas positivas geram campo elétrico que aponta “para fora” delas; (2) cargas negativas geram campo
elétrico que aponta “para dentro” delas.
152 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Figura 22: representação do campo elétrico gerado por cargas positivas e negativas.
É possível que seja necessário determinar o campo elétrico resultante de uma série de cargas elétricas. Nesse
caso, você divide-se determinar o vetor campo elétrico de cada uma das cargas isoladamente e efetuar a soma vetorial.
Figura 23: três cargas elétricas geradoras de campo elétrico e seus respectivos campos elétricos em um ponto P do espaço. Para
determinar o campo elétrico resultante é necessário que os vetores sejam somados.
O vetor campo elétrico, além de ser determinado graficamente, pode ser determinado formalmente por meio de
uma equação matemática. A idéia central está associada à quantidade de força aplicada em uma carga prova colocada
em dada região do espaço.
A carga cujo campo elétrico será estudado recebe o nome de carga geradora. Para a determinação de seu
campo elétrico, uma segunda carga, q, chamada
carga de prova, será utilizada. Por convenção,
essa carga de prova tem o sinal positivo. Ela deve
ser colocada em um ponto do espaço qualquer.
Note, ela sofre a ação de uma força elétrica F. A
figura seguir exemplifica a situação.
P R É - V E S T I B U L A R
153
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
O vetor campo elétrico ( E ) é definido como sendo a razão entre a força, que é aplicada na carga de prova, e o
valor dessa carga. Assim:
F
E=
q
No sistema internacional, a unidade do vetor campo elétrico é o Newton / Coulomb (N/C). A partir da análise dessa
unidade, é possível que você conclua que o significado físico do módulo do campo elétrico é a quantidade de força que
uma determinada carga consegue aplicar em uma carga de prova de valor unitário. Quanto maior a intensidade do vetor
campo elétrico, mais força a carga geradora consegue aplicar na carga de prova.
QUESTÃO RESOLVIDA
5. O que deve acontecer com o campo elétrico gerado por uma determinada carga elétrica puntiforme em um
ponto se, nesse ponto, a carga de prova for trocada por outra de módulo 2 vezes maior?
Resolução:
Se a carga de prova for duplicada, a força elétrica também será duplicada e, por isso, o vetor campo elétrico
no ponto continuará o mesmo. Veja que a carga de prova utilizada não influi no campo elétrico determinado.
A análise da figura anterior mostra que as cargas positivas recebem força elétrica no mesmo sentido do campo
elétrico e cargas negativas no sentido oposto ao do campo elétrico. É importante lembrar que a aceleração adquirida
pela carga q será sempre no sentido da força nela aplicada.
Ao variar a distância entre as duas cargas, a intensidade da força elétrica também varia (lembre-se da Lei de
154 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Coulomb). Assim, para cada posição em que a carga q estiver, a intensidade do campo elétrico é diferente. Quando q
se aproximar de Q, a intensidade do campo elétrico aumenta. Quando q se afastar de Q, a intensidade do campo
elétrico diminui.
A figura a seguir mostra a mesma carga q abandonada em três diferentes
pontos de um campo elétrico uniforme. Esse campo elétrico é horizontal e aponta
da esquerda para a direita (sempre orientado da carga positiva para a negativa).
Sendo o campo elétrico uniforme, a força elétrica aplicada na carga q é a mesma
em qualquer ponto do espaço, não interessando se o ponto está mais próximo
da placa positivo ou da negativa. Isso pode ser deduzido a partir da análise da
definição do vetor campo elétrico, .
A análise do movimento seria a mesma, caso a carga q fosse negativa. O sentido de seu movimento, porém, seria
invertido em relação ao que está mostrado na figura anterior.
QUESTÃO RESOLVIDA
6. Uma interessante aplicação do campo elétrico é o funcionamento das impressoras a jato de tinta. A figura
mostra, esquematicamente, as partes principais de uma impressora a jato de tinta.
Durante o processo de impressão, um campo elétrico é aplicado nas placas defletoras de modo a desviar
as gotas eletrizadas. Dessa maneira as gotas incidem exatamente no lugar programado da folha de papel
onde se formará, por exemplo, parte de uma letra. Considere que as gotas são eletrizadas negativamente.
Para que elas atinjam o ponto P da figura, o vetor campo elétrico entre as placas defletoras é melhor
representado por
Resposta letra A
A gota de tinta está eletrizada negativamente e é desviada para cima. Por isso, a placa superior deve ser
positiva e a inferior, negativa. Assim, o vetor campo elétrico é dirigido de cima para baixo.
P R É - V E S T I B U L A R
155
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Q.q
EP = k
d
Na expressão, Q e q são as cargas que interagem, cujos valores algébricos devem ser considerados. Por isso, a
energia potencial pode ser positiva quando houver repulsão (cargas de mesmo sinal) ou negativa (cargas de sinais
opostos). Quanto mais afastadas as cargas, mais próximo de zero é o valor da energia potencial.
Dessa forma, entre dois pontos quaisquer de um campo elétrico, é possível que haja uma diferença entre as
energia potenciais adquiridas por certa carga. Essa diferença representa exatamente o trabalho necessário para
transportar a carga entre os dois pontos.
Considere uma carga elétrica q abandonada em uma região do espaço onde existe um campo elétrico criado por
Q e que se desloca de A para B devido à ação exclusiva da força elétrica.
rA
rB r
q
F
B A
nível zero da energia potencial (infinito)
Figura 27: representação da movimentação de uma carga de prova entre os pontos A e B.
Em cada ponto que a carga q estiver, podemos associar um número que estará relacionado com a energia potencial
do sistema. Esse número recebe o nome de potencial elétrico (V) e é definido, matematicamente, como sendo a razão
entre o trabalho realizado para transportar a citada carga de um ponto A até o infinito e o valor da carga transportada.
WA∞
VA =
q
A carga elétrica move-se entre dois pontos A e B, se houver entre eles uma diferença de potencial, pois, assim,
haverá a realização de trabalho por parte da força elétrica. Dessa forma, o trabalho realizado pela força elétrica no
deslocamento entre dois pontos A e B pode ser calculado por
WAB = q(VA − VB )
156 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Onde é chamada de diferença de potencial (d.d.p.) ou tensão elétrica. É exatamente por causa da diferença
de potencial entre dois pontos que uma carga elétrica entra em movimento.
A unidade do potencial no S. I. é:
joule
⎡⎣ V ⎤⎦ = = volt (V)
coulomb
Note que o potencial elétrico está relacionado com a quantidade de energia que uma carga elétrica possui em
um ponto qualquer de um campo elétrico. O potencial elétrico depende da posição ocupada por uma carga elétrica.
Uma unidade de energia muito utilizada em Física Nuclear é o elétron-volt, que corresponde ao trabalho realizado
sobre um elétron em uma d.d.p. de 1 volt. A relação entre o joule e o elétron-volt é a seguinte:
QUESTÃO RESOLVIDA
7. Uma carga elétrica de 3,0 C é levada de um ponto cujo potencial vale V1 = 150 V para um outro ponto de
potencial V2 = 30 V. Quanto de energia é gasto nesse transporte?
Resolução:
O trabalho realizado pela força elétrica é WAB = q.(VA - VB), onde a diferença de potencial é sempre calculada
pela diferença entre o potencial inicial e o final. Assim, teremos:
W1-2 = 3,0 x 10-6 (150 - 30) = 3,0 x 10-6 (120) = 360 x 10-6
W1-2 = 3,6 x 10-4 J
Quando uma carga ficar sujeita a um campo elétrico uniforme de módulo E, podemos estabelecer que a diferença
de potencial elétrico entre dois pontos A e B é dada por , onde “d” é a distância entre os pontos considerados. Daí a
existência de uma outra unidade para campo elétrico, equivalente ao N/C, chamada de V/m.
SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS
A A
C C
B B
Item I Item II
Figura 28: representação de uma superfície equipotencial e algumas linhas de força do campo elétrico de duas cargas, uma positiva
e a outra negativa.
P R É - V E S T I B U L A R
157
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
De acordo com a definição de Energia Potencial Elétrica, é possível concluir que, se dois ou mais pontos estiverem
a uma mesma distância da carga geradora, seus potenciais elétricos serão idênticos. Nos itens I e II da figura acima, os
pontos A, B e C pertencem a uma esfera cujo centro coincide com a posição da carga Q, portanto, possuem o mesmo
potencial elétrico. A superfície composta pelos pontos que possuem o mesmo potencial é chamada de Superfície
Eqüipotencial. No caso de uma carga puntiforme, as eqüipotenciais serão esferas cujo centro é a própria carga. Em
relação a um campo elétrico uniforme, a superfície eqüipotencial é uma superfície plana e paralela às placas, cujo
tamanho é aproximadamente igual ao das placas.
Observações:
1. As linhas de força de um campo elétrico são perpendiculares à superfície eqüipotencial em todos os seus pontos.
2. O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga em uma trajetória qualquer depende exclusivamente
da carga elétrica e da diferença de potencial entre os pontos, não interessando qual foi o caminho seguido entre
esses pontos.
3. O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga ao longo de uma superfície eqüipotencial é nulo,
uma vez que não há diferença de potencial entre os pontos de saída e de chegada.
QUESTÕES RESOLVIDAS
8. Qual o motivo de as linhas de força serem perpendiculares às superfícies eqüipotenciais?
Resolução:
A explicação não é trivial. Recomendamos que seja apresentada como desafio à turma. Sabemos que não
há trabalho, quando uma carga elétrica é transportada em uma mesma eqüipotencial. Além disso, não há
trabalho quando a força é perpendicular ao deslocamento. As linhas de força indicam o sentido do campo
elétrico e, portanto, a direção da força elétrica. Por isso, elas devem ser perpendiculares às eqüipotenciais.
9. A figura abaixo representa um campo elétrico uniforme e algumas eqüipotenciais desse campo (representadas
pelas linhas pontilhadas).
Calcule:
A) A intensidade do campo elétrico entre as placas.
B) O trabalho realizado para transportar uma carga de 30 μC do ponto A até ao ponto C.
Resolução:
A) a diferença de potencial entre as superfícies eqüipotenciais A e C é, em módulo, igual a –120V; e a
distância entre elas, rAC = 3,0 m.
Como o potencial elétrico V = E.d, concluímos que a d.d.p. pode ser escrita como sendo:
VA - VC = E.dAC
158 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
CARGAS EM MOVIMENTO
I II
Na próxima figura, as cargas Q estão fixas e as cargas q podem mover-
+Q +q -Q +q
se em função da força aplicada pelo campo elétrico. São as quatro situações
possíveis em relação aos sinais de Q e q.
III IV
+Q -q -Q -q
Figura 29: representação das 4 formas de movimentação que uma carga de prova
tem se for abandonada em um campo elétrico
Nos itens I e II, a carga de prova é positiva e se movimenta, espontaneamente, no sentido dos menores potenciais
elétricos. Em I, afasta-se da carga Q positiva e em II se aproxima de Q negativa. Nos itens III e IV, a carga de prova é
negativa e, espontaneamente, migra para pontos de maior potencial. Em III, aproxima-se de Q positiva e em IV se afasta
de Q negativa.
Portanto, naturalmente as cargas positivas “procuram” pontos de menor potencial, enquanto que cargas negativas
migram para pontos de maior potencial. Essa noção é muito útil na Eletrodinâmica, em que temos de estudar a corrente
elétrica, ou seja, o que um fluxo ordenado de cargas elétricas que aparece por causa de uma diferença de potencial
elétrico aplicado a um condutor qualquer.
Q
E=k
d2
Nela, é possível concluir que há três fatores que influenciam na intensidade do campo elétrico gerado por uma
carga elétrica:
P R É - V E S T I B U L A R
159
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QUESTÕES RESOLVIDAS
10. Os pontos A, B, C e D da figura estão alinhados e separados por uma distância de um metro. O ponto A está
a um metro da carga Q, positiva, e o campo elétrico medido nele é de 144 N/C.
Resolução:
O módulo do campo elétrico é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a carga geradora
e o ponto.
a distância entre Q e o ponto B é o dobro da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do campo
elétrico em B é 4 (22) vezes menor do que em A.
Assim, EB = 144/4 = 36 N/C
a distância entre Q e o ponto C é o triplo da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do campo
elétrico em B é 9 (32) vezes menor do que em A.
Assim, EC = 144/9 = 16 N/C
a distância entre Q e o ponto D é o quádruplo da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do
campo elétrico em B é 16 (42) vezes menor do que em A.
Assim, ED = 144/16 = 9 N/C
11. As cargas mostradas na figura, q1 e q2, são idênticas e estão fixas nas posições x = -a e x = +a,
respectivamente. A carga Q é positiva, está livre e pode ser colocada em qualquer ponto do espaço.
INDIQUE a região em que a carga +Q deve ser abandonada para permanecer em equilíbrio.
Resolução:
Para que a carga +Q fique em equilíbrio, a força resultante sobre ela deve ser nula. Isso irá acontecer no
ponto em que o campo elétrico resultante for nulo. Como as cargas fixas são idênticas, o campo elétrico
resultante será nulo no ponto médio do segmento que liga as duas cargas, ou seja, x = 0.
Além disso, o potencial elétrico gerado por uma carga elétrica puntiforme pode ser dado por
QQ
V=
V =K
Kr
r
Observações:
01 - Cargas positivas geram potenciais positivos e cargas negativas geram potenciais negativos. Lembre-se de
que, no cálculo do campo elétrico e da força elétrica, sempre considerávamos o módulo das cargas. A partir
de agora, iremos considerar o valor algébrico da carga elétrica.
02 - O potencial elétrico resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas é a SOMA ALGÉBRICA dos
potenciais individuais gerados pelas cargas ao seu redor.
160 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QB
12. Três cargas elétricas, Q A , Q B e Q C cujos módulos são,
respectivamente, a 1,0C, -2,0C e 3,0C estão próximas a um ponto X,
no vácuo, conforme mostra a figura a seguir.
2m
QC
Sendo K0 = 9,0 x 10 N.m /C , calcule:
9 2 2 3m
Resolução:
A) O potencial elétrico que cada carga elétrica gera no ponto X é dado por:
Q
V =K
r
Assim, teremos:
1,0 × 10 −6
VA = 9,0 × 109 = 9,0 × 103 V
1
( −2,0 × 10 −6 )
VB = 9,0 × 109 = −9,0 × 103 V
2
3,0 × 10 −6
VC = 9,0 × 109 = 9,0 × 103 V
3
B) O potencial elétrico resultante no ponto X será a soma algébrica dos potenciais que cada carga gera
neste ponto. Dessa forma:
Vresultante = VA + VB + VC = 9,0 x 103 + (-9,0 x 103) + 9,0 x 103
Vresultante = 9,0 x 103 V
P R É - V E S T I B U L A R
161
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Para os pontos externos à esfera, o campo elétrico deve ser calculado considerando-se que toda a sua carga
está concentrada em seu centro. Veja o gráfico.
Se o campo elétrico é nulo no interior da esfera, não há movimento de cargas para lá. Dessa forma, não pode
haver uma diferença de potencial elétrico entre os pontos internos e da superfície. Portanto, o potencial elétrico da
esfera condutora em equilíbrio é constante. Para pontos externos, o potencial deve ser determinado de forma análoga
à determinação do campo elétrico.
Uma aplicação muito interessante das características das esferas eletrizadas é o Gerador de Van der Graaf. Nele,
uma correia é posta em movimento (por manivela ou por motor elétrico) e, com isso, eleriza o equipamento. Na parte
superior, há uma cúpula (esfera oca de metal) que recobre a correia. A figura a seguir mostra o Gerador de Van der
Graaf.
Na parte superior do aparelho, há um coletor de cargas que as transfere para a cúpula. Com o funcionamento do
gerador, as cargas geradas no processo são acumuladas na cúpula, o que faz com que ela atinja potenciais elétricos
altíssimos. Alguns geradores desse tipo são utilizados em escolas e chegam e gerar 100.000V.
Com uma tensão tão grande, é possível atrair os pelos de seu braço, seus cabelos e vários objetos próximos.
Além disso, é conhecida a situação em que uma pessoa encosta no gerador e seus cabelos ficam eriçados.
162 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Figura 33: as cargas do gerador são parcialmente transferidas para a pessoa e por apresentarem cargas iguais, os cabelos
repelem-se e lavantam-se. Extraído de http://www6.cssmi.qc.ca/pdm/article.php3?id_article=513 em 22/01/2008.
P R É - V E S T I B U L A R
163
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
1. Temperatura.
2. Espessura do dielétrico.
3. Tempo de aplicação da diferença de potencial
4. Taxa de crescimento da tensão.
5. Para um gás, a pressão é fator importante.
164 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
A seção anterior mostrou que os objetos que, normalmente, são isolantes elétricos podem ser transformados em
condutores de eletricidade, desde que seja aplicado neles um campo elétrico grande o suficiente. No caso do ar, o
campo elétrico que o faz conduzir eletricidade é da ordem de 3,0 x 106 N/C.
Esse fenômeno da quebra da rigidez dielétrica é verificado, por exemplo, na formação dos raios, em tempestades
elétricas. As nuvens, por um processo até hoje não descrito totalmente pela ciência, se eletrizam e acumulam uma
grande quantidade de carga elétrica. Isso faz com que elas promovam uma indução no solo que está abaixo delas. Cria-
se, então, um campo elétrico entre a nuvem e o solo. Com o passar do tempo, mais cargas elétricas se acumulam, o que
ocasiona o aumento progressivo do campo elétrico local. Quando o valor da rigidez dielétrica é superado, temos uma
forte descarga elétrica.
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165
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Na verdade, não se sabe se Benjamin Franklin de fato realizou esse experimento para demonstrar a natureza
elétrica dos raios. Escritos do próprio cientista demonstram que ele sabia dos riscos de tal experiência, que consistia
em empinar pipas com uma chave amarrada na linha (a linha era revestida com material levemente condutor). Nesse
processo, a chave ficava eletrizada e, ao aproximar a mão dela, faíscas saltavam.
Ao contrário do que muita gente pensa, o fato de você estar protegido das descargas elétricas dentro de um
automóvel não se deve ao fato de os pneus serem isolantes elétricos. São dois motivos que se ajudam. O primeiro é a
blindagem eletrostática, uma vez que a lataria do carro é condutora elétrica e isso ocorre quando a distribuição de
cargas torna-se estática. O outro motivo, mais importante, está relacionado com a penetração do campo elétrico em
metais e exige uma formulação matemática além do que é tratado no ensino médio. Portanto, não vamos trabalhar com
isso.
Figura 39: desenho de uma descarga elétrica passando pelo carro e escoando para o chão.
QUESTÕES RESOLVIDAS
13. Como o raio pode danificar os eletrodomésticos de uma casa mesmo que os aparelhos estejam desligados?
Resolução:
Quando um raio atinge um fio de alta tensão, transmite quantias enormes de carga elétrica para aquele fio.
Essas cargas iguais repelem-se umas as outras e se distribuem rapidamente por todo o fio. Se esse fio
entrar em sua casa, as cargas fluirão até qualquer dispositivo, como interruptores ou tomadas. Se o interruptor
estiver desligado, a carga dará uma parada, pelo menos temporariamente.
O que passa a importar, então, é quanta carga elétrica entra no dispositivo. O interruptor aberto bloqueia a
passagem de eletricidade normal, mas, como a carga elétrica se acumula em um lado do interruptor, a
voltagem naquele ponto sobe muito. Quando a voltagem ficar alta o bastante, como acontece facilmente
depois da queda de um raio, as cargas podem saltar no ar e viajar para o outro lado do interruptor, mesmo
que os dois lados não se toquem. Como resultado desse movimento de cargas elétricas pelo ar, forma-se
um arco elétrico. Se essa corrente exceder o que o aparelho pode tolerar, ela irá fluir incontrolavelmente
atraves dele, podendo atingir e destruir componentes sensíveis e danifica-lo irreversivelmente.
166 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
14. Se há tanta energia associada a um raio, porque não utilizamos essa energia em nossas residências?
Resolução:
Em geral, a maior parte da energia de um raio é dissipada sob forma de luz, som e calor. A parcela que
é, realmente, energia elétrica, gira em torno de 250 kWh, o equivalente ao consumo mensal de uma
residência de classe média.
Resolução:
Podemos considerar que o relâmpago (clarão) é instantâneo, ou seja, tão logo houve o raio, a luz já
chegou aos nossos olhos. Quando você vir o raio, conte o tempo em segundos até ouvir o trovão
(barulho). Divida o tempo obtido por três e você terá, aproximadamente, a distância em quilômetros
desejada.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. A reprodução de muitas plantas depende de insetos, abelhas por exemplo, que levam pólen de uma flor para a
outra. As abelhas ficam positivamente carregadas ao voar, tornando-se capazes de coletar eletricamente o
pólen, que é levemente condutor e está, inicialmente, neutro. A antera (em que fica o pólen) indicada na figura
é eletricamente isolada. Quando uma abelha se aproxima da antera, um grão de pólen é atraído e faz contato
com seu corpo.
P R É - V E S T I B U L A R
167
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
Desse modo, entre a parte superior e a parte inferior da nuvem, bem como entre a parte inferior da nuvem e o
solo, são produzidos campos elétricos da ordem de 100N/C. Considere que um elétron foi abandonado no
ponto Y e ficou sujeito a, apenas, duas forças: seu peso e a força eletrostática aplicada pelo campo elétrico da
região. A massa de um elétron é de 9x10-31 kg e a aceleração da gravidade é g = 10m/s².
Com base nessas informações,
a) DESENHE as linhas de força dos campos elétricos entre os pontos X e Y e entre Z e W.
b) CALCULE a intensidade da força eletrostática que atua no elétron que foi abandonado no ponto Y.
c) DESCREVA o movimento do elétron que foi abandonado no ponto Y.
ANOTAÇÕES:
168 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (UFLA) Placas metálicas eletrizadas são utilizadas 3. (UFMG) Na figura, um elétron desloca-se na direção
para acelerar e/ou defletir feixe de elétrons em x, com velocidade inicial V0 . Entre os pontos x1 e x2
cinescópios (tubo de TV). Duas placas metálicas , existe um campo elétrico uniforme, cujas linhas
eletrizadas e distantes 1 cm uma da outra geram um de força também estão representadas na figura.
campo elétrico de 3.104 N/C. Uma carga elétrica q =
3.10-8 C é colocada nesse campo e se realiza um
trabalho eletrostático de 9.10-6 J. Pode-se afirmar que,
devido a esse trabalho, a carga elétrica sofre um
deslocamento de
a) 1.10-3 m d) 5.10-3 m
b) 10.10-3 m e) 27.10-2 m
c) 18.10-3 m
Despreze o peso do elétron nessa situação.
Considerando a situação descrita, assinale a
2. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas
alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo
da eletrostática foi a invenção da impressora a jato
da velocidade do elétron em função de sua posição
de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas
x.
gotas de tinta, que podem ser eletricamente neutras
ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas
gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico
uniforme E , atingindo, então, o papel para formar
as letras. A figura a seguir mostra três gotas de
tinta, que são lançadas para baixo, a partir do
emissor. Após atravessar a região entre as placas,
essas gotas vão impregnar o papel. (O campo
elétrico uniforme está representado por apenas uma
linha de força.)
EMISSOR
DE GOTAS PLACA
PLACA
PAPEL
3 2 1
P R É - V E S T I B U L A R
169
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
4. (UFMG) A figura mostra duas esferas carregadas 6. (UFRGS) A figura abaixo representa, em corte, três
com cargas de mesmo módulo e de sinais contrários, objetos de formas geométricas diferentes, feitos de
mantidas fixas em pontos eqüidistantes do ponto material bom condutor, que se encontram em
O. repouso. Os objetos são ocos, totalmente fechados,
e suas cavidades internas se acham vazias. A
superfície de cada um dos objetos está carregada
com carga elétrica estática de mesmo valor Q.
B A
++
Considere que o campo elétrico entre as placas é ++
uniforme e que a gota está apenas sob a ação desse
campo e da gravidade. Para um certo valor do campo
elétrico, o Professor Ladeira observa que a gota cai
com velocidade constante. Com base nessa
situação, é CORRETO afirmar que a carga da gota
é
a) negativa e a resultante das forças sobre a gota não a) é positiva.
é nula.
b) é negativa.
b) positiva e a resultante das forças sobre a gota é
c) é positiva, na esfera A , e negativa, na esfera B.
nula.
d) é negativa, na esfera A , e positiva, na esfera B.
c) negativa e a resultante das forças sobre a gota é
nula.
d) positiva e a resultante das forças sobre a gota não
é nula.
170 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
8. (PUCMG) Uma placa isolante bem comprida tem d) As tiras de papel de seda são atraídas pelas
uma camada superficial de cargas positivas em uma superfícies interna e externa da lata, mantendo-se
face e outra camada de cargas negativas em outra fortemente presas .
face, como indicado na figura.
+ -
+ -
+ -
a)
P R É - V E S T I B U L A R
171
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
172 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
17. (PUCMG) Escolha a opção que contenha valores Analise as afirmativas e marque de acordo com o
coerentes para os potenciais elétricos, numa código.
mesma unidade, nos pontos A, B, C e D, NESSA I. A distância da placa positiva onde as duas partículas
ORDEM: irão se cruzar é proporcional ao módulo E do campo
a) 4,0; 3,0; 2,0; 1,0 elétrico.
b) 4,8; 4,8; 4,0; 3,0 II. A diferença de potencial entre as duas placas é Ed2.
c) zero; zero; 4,0; 3,0 III. O elétron se desloca no sentido dos potenciais
d) 4,8; 4,8; 4,8; 4,8 decrescentes.
e) zero; zero; zero; zero IV. A razão entre a aceleração do próton e a do elétron
é m/M.
19. (UFU) Entre duas placas metálicas carregadas e Está correto apenas o que se afirma em
separadas por uma distância d, há um campo a) I
elétrico uniforme de módulo E. Um elétron (massa
b) I e II
m) sai da placa negativa ao mesmo tempo em que
um próton (massa M) sai da placa positiva. c) I e III
Despreza-se a força elétrica entre as duas d) II e III
partículas. e) I, II e III
P R É - V E S T I B U L A R
173
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
- +
a) Permitem obter a direção do deslocamento de uma
carga positiva submetida ao campo.
21. (PUCMG) Escolha a opção que contenha a b) Permitem obter a direção da aceleração de uma
configuração ou configurações em que o campo partícula carregada submetida ao campo.
elétrico no centro do quadrado tenha o MAIOR c) A quantidade de linhas pode ser calculada pelas
VALOR: leis do eletromagnetismo.
a) A d) B e C d) A força elétrica é proporcional à curvatura dessas
b) B e) A, B e C linhas.
c) C e) Estão direcionadas das cargas negativas para as
positivas.
174 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
c) se moverá do ponto B para o ponto D, percorrendo 28. (UFRN) O tubo de imagem, também denominado
a trajetória pontilhada, e então permanecerá em cinescópio, é um elemento essencial no aparelho
repouso no ponto D. de TV tradicional. Ele possui um emissor de
d) se moverá em linha reta do ponto B para o ponto A elétrons, que são acelerados por campos elétricos
e então permanecerá em repouso no ponto A. em direção à parte interna da tela. Esta, ao ser
atingida, emite luz. Cada figura abaixo representa
e) permanecerá em repouso no ponto B.
um modelo simplificado de cinescópio. Nesses
modelos, é mostrada a trajetória de um elétron que
27. (FUVEST) Três grandes placas P1, P2 e P3, com, passa entre as placas de um capacitor carregado
respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q, geram com carga Q, entre as quais existe um campo
campos elétricos uniformes em certas regiões do elétrico E, e atinge a tela da TV. A opção de resposta
espaço. As figuras abaixo mostram, cada uma, que representa corretamente a direção do campo
intensidade, direção e sentido dos campos criados elétrico, E, entre as placas do capacitor e a trajetória
pelas respectivas placas P1, P2 e P3, quando vistas do elétron é:
de perfil.
a)
b)
c)
c)
d)
d)
e)
P R É - V E S T I B U L A R
175
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
29. (UFU) Uma pequena bolinha de metal, carregada 30. (PUCMG) Duas cargas pontuais (q1 e q 2) estão
com uma carga elétrica –Q, encontra-se presa por separadas entre si pela distância r. O campo elétrico
um fio no interior de uma fina casca esférica é zero em um ponto P entre as cargas no segmento
condutora neutra, conforme a figura a seguir: da linha reta que as une. É CORRETO concluir que:
a) q1 e q2 podem ter o mesmo valor e devem ter o
mesmo sinal.
b) P deve estar necessariamente mais próximo de uma
das cargas.
c) q1 e q2 devem ter sinais opostos e podem ter valores
diferentes.
d) q1 e q2 podem ter sinais opostos, mas devem ter o
mesmo valor.
A bolinha encontra-se em uma posição não
concêntrica com a casca esférica. Com base
31. (PUCMG) No início do século XX (1910), o cientista
nessas informações, assinale a alternativa que
norte-americano ROBERT MILLIKAN conseguiu
corresponde a uma situação física verdadeira.
determinar o valor da carga elétrica do ELÉTRON
a) Se o fio for de material isolante, a bolinha não trocará como q = –1,6 x 10–19C. Para isso colocou gotículas
cargas elétricas com a casca esférica condutora, de óleo eletrizadas dentro de um campo elétrico
porém induzirá uma carga total +Q na casca, a qual vertical, formado por duas placas eletricamente
ficará distribuída sobre a parte externa da casca, carregadas, semelhantes a um capacitor de placas
assumindo uma configuração conforme planas e paralelas, ligadas a uma fonte de tensão
representação abaixo. conforme ilustração a seguir.
176 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
P R É - V E S T I B U L A R
177
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
36. (UFRN) Uma célula de fibra nervosa exibe uma 37. (UCS) Uma carga elétrica q fica sujeita a uma força
diferença de potencial entre o líquido de seu interior elétrica de 4,0 mN ao ser colocada num campo
e o fluido extracelular. Essa diferença de potencial, elétrico de 2,0 kN/C. O valor da carga elétrica q em
denominada potencial de repouso, pode ser medida microcoulombs é de
por meio de microeletrodos localizados no líquido a) 4,0 d) 1,0
interior e no fluido extracelular, ligados aos terminais
b) 3,0 e) 0,5
de um milivoltímetro, conforme a Figura 1.
c) 2,0
A carga +q apresenta
+Q –Q
tendência de movimento na
direção e sentido melhor representados pela seta
a) A d) D
b) B e) E
c) C
178 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
a) b) c) P
N N (zero) N
a) F E
E P F
b)
–q 0 +q M –q 0 +q M –q 0 +q M
P F E
d) e) c)
P
(zero) N (zero) N
E F
d)
F P
e)
–q 0 +q M –q 0 +q M
q +
E
v0
q
42. (UFMG) Na figura abaixo, Q é uma carga puntual 44. Uma partícula carregada negativamente movimenta–
positiva e v representa a velocidade de um elétron se na horizontal, com velocidade constante, em uma
ao passar pelo ponto P, situado a uma certa distância região próxima à superfície da Terra como mostra a
de Q. Seja E o campo elétrico estabelecido por Q
figura. A situação de equilíbrio dessa partícula
em P e F a força que este campo exerce sobre o (velocidade constante) é proporcionada por uma força
elétron ao passar por P. Que alternativa melhor igual e de sentido contrário ao seu peso.
representa os vetores E e F em P?
Q
P Se a força que se opõe ao peso da partícula é de
origem elétrica, as linhas de força que indicam a
direção e o sentido do campo elétrico na região estão
indicadas, corretamente, na alternativa:
P R É - V E S T I B U L A R
179
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
q
a) a=
45. (U.F. Santa Maria–RS) Seja E o vetor campo elétrico E
em um ponto P, gerado por uma carga puntiforme
mE
negativa Q. Colocando–se uma carga puntiforme q b) a=
q
em P, a força elétrica
que atua em q tem a mesma
direção e sentido E . qE
c) a=
Das afirmações abaixo, escolha a que melhor se m
ajusta à afirmativa acima:
qE2
a) O sinal de q é o mesmo de Q. d) a=
m
b) O sentido da força não depende do sinal de q.
c) A direção da força depende do sinal de q e o sentido q
e) a= −E
não. m
d) O sinal de q é oposto ao de Q.
e) Tanto a direção como o sentido da força dependem 48. (UCSAL–BA) Duas cargas elétricas puntiformes,
do sinal de q. q1 = 1,0 μC e q2 = 16 μC, estão fixas a uma distância
de 30 cm uma da outra:
180 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
49. Duas pequenas esferas com cargas elétricas 51. As figuras mostram as linhas de força dos campos
idênticas encontram-se no vácuo, separadas por elétricos gerados por várias cargas de mesmo valor.
uma distância 3d, como mostra a figura. Em qual situação haverá campo elétrico nulo próximo
às cargas?
P
+q +q a)
d d d
d)
Com relação aos sinais das cargas, podemos afirmar 52. (Mack–SP) Uma carga elétrica q = 1μC, de 0,5 g de
que massa, colocada num campo elétrico uniforme de
intensidade E, sobe com aceleraçào de 2 m/s2 .
a) a, f e g são negativas.
Sendo g = 10 m/s2 a aceleraçào da gravidade local,
b) b, f e g são positivas. podemos afirmar que a intensidade do campo elétrico
c) b, c e d são positivas é de
d) a, c e d são positivas.. a) 500 N/C
e) c, d, f e g são negativas. b) 1.000 N/C
c) 2.000 N/C
d) 4.000 N/C
e) 6.000 N/C
P R É - V E S T I B U L A R
181
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
53. (FEI–SP) Um corpo de massa 8 mg, eletrizado com 56. Observe a figura:
carga q igual a 2 μC, é abandonado em ponto A de
um campo elétrico uniforme e fica sujeito somente à
ação de forças elétricas. Esse corpo adquire
movimento retilíneo uniformemente variado e passa
por um ponto B, distante 20 cm de A, com velocidade
de 20 m por segundo. Nessas condições podemos
concluir que o campo elétrico em A e B, em N/C,
valem, respectivamente
Nessa figura, duas placas paralelas estão carregadas
3 3
a) 4 . 10 e 8 . 10 com cargas de mesmo valor absoluto e de sinais
b) 4 . 10 3 e 8 . 10 2
contrários. Um elétron penetra entre essas placas
c) 8 . 10 3
e 8 . 10 2 com velocidade V paralela às placas. Considerando
d) 8 . 10 3
e 8 . 10 3 que apenas o campo elétrico atua sobre o elétron,
3 3
a sua trajetória entre as placas será
e) 4 . 10 e 4 . 10
a) um arco de circunferência.
b) um arco de parábola.
54. (PUC-MG) Uma carga elétrica puntiforme, de massa
igual a 1,0 x 10–3 Kg e carga –2μC, penetra numa c) uma reta inclinada em relação às placas.
região de campo elétrico uniforme de módulo igual a d) uma reta paralela às placas.
3 x 106 N/C, dirigido da direita para a esquerda. O e) uma reta perpendicular às placas.
módulo do vetor aceleração e o sentido são
respectivamente
57. (UFRS) A figura representa as linhas de força do
–6 campo elétrico que existe em certa região do espaço.
Dados: 1μC = 1,0 x 10 C
Sobre a carga de prova positiva colocada em P agirá
uma força
a) 6,0 x 102 m/s2, da direita para a esquerda.
b) 6,0 x 102 m/s2, da esquerda para a direita.
c) 6,0 m/s2, da esquerda para a direita.
d) 6,0 x 103 m/s2, da esquerda para a direita.
e) 6,0 x 103 m/s2, da direita para a esquerda.
182 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
58. Se a esfera da questão de número 61. Consideremos uma esfera metálica oca provida de
56 for ligada à Terra, conforme a um orifício e eletrizada com carga Q. Uma pequena
figura abaixo, e, depois de algum esfera metálica neutra é posta em contato com a
tempo, for desligada, pode-se dizer primeira.
que a carga remanescente na esfera
será
P R É - V E S T I B U L A R
183
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
–q –q –q +q
65. (UnB–DF) Duas cargas elétricas puntiformes, de
mesmo valor absoluto | q | e de sinais contrários,
estão em repouso em dois pontos A e B. Traz–se de 68. (SANTA CASA–SP) Uma pequena gota de óleo com
muito longe uma terceira carga positiva, ao longo de massa de 1,28 . 10 –14 kg tem carga elétrica igual a
trajetória que passa mais perto de B do que de A. 1,6 . 10 –19 C. Ela permanece em equilíbrio quando
Coloca–se esta carga num ponto C, tal que ABC é colocada entre duas placas paralelas, planas,
um triângulo equilátero. Podemos afirmar que o horizontais e eletrizadas com quantidades de carga
trabalho necessário para trazer a terceira carga opostas, distanciadas 5mm uma da outra. A
aceleração da gravidade no local é igual a 10 m/s2.
a) é menor, se em B estiver a carga q do que se em B
A ddp entre as placas, em volts, é
estiver – | q |.
a) 1,0 . 103
b) é maior, se em B estiver a carga q do que se em B
estiver – | q |. b) 8,0 . 103
184 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
69. (Cefet-MG) Duas cargas puntuais Q1 e Q2 , ambas 73. Tem-se uma carga elétrica Q > 0 fixa num ponto 0.
positivas e de mesmo valor, estão separadas de uma Coloca-se, num ponto A, uma carga elétrica q.
distância d. É falso afirmar que
a) as cargas Q1 e Q2 se repelem.
b) as cargas Q1 e Q2 interagem com forças iguais em
módulos e de sentidos contrários.
I) Se q for positiva, ao transportá-la de A para C, sua
c) no ponto médio da reta que une as duas cargas, o energia potencial elétrica aumenta e, ao transportá-
campo elétrico é diferente de zero. la de A para B, diminui.
d) no ponto médio da reta que une as duas cargas, o II) Se q for negativa, ao transportá-la de A para C, sua
potencial elétrico é diferente de zero. energia potencial elétrica diminui e, ao transportá-la
e) as cargas Q 1 e Q 2 se interagem com forças de A para B, aumenta.
proporcionais ao inverso do quadrado da distância III) Quando uma carga q, quer seja positiva quer seja
entre elas. negativa, se desloca espontaneamente, sua energia
potencial elétrica diminui.
70. (PUC-MG) Considere três esferas condutoras, a) Só I é correta.
idênticas, A, B e C. A esfera A tem carga 18 Q, a b) Só II é correta.
esfera B está carregada com –6 Q e a terceira esfera
c) Só III é correta.
está neutra. Inicialmente, toca–se a esfera A na esfera
B e, separando–as, toca–se a esfera B com a C. As d) Todas são corretas.
cargas finais destas esferas são respectivamente e) Nenhuma das anteriores.
a) 6 Q, 6 Q, 6 Q.
b) 4 Q, 4 Q, 4 Q. 74. Três esferas condutoras, uma de raio R com uma
c) 12 Q, 6 Q, 3 Q. carga Q denominada esfera A, outra de raio 2R e
carga 2Q, denominada esfera B e a terceira de raio
d) 6 Q, 3 Q, 3 Q.
2R e carga - 2Q denominada esfera C, estão
e) 12 Q, 6 Q, –6 Q. razoavelmente afastadas. Quando elas são ligadas
entre si por fios condutores longos, é CORRETO
71. Com relação ao trabalho realizado pelo campo prever que
elétrico, quando abandonarmos uma carga elétrica
Q
em repouso nesse campo, ele
A
R
a) será sempre positivo.
-2Q
b) será sempre negativo.
C 2R
c) será sempre nulo.
d) será negativo, se a carga abandonada for negativa.
e) será nulo, se a carga for abandonada sobre uma B
linha equipotencial.
2Q
2R
72. Com relação à variação de energia de uma carga
elétrica abandonada em repouso no campo elétrico a) cada uma delas terá uma carga de Q/3.
a) durante seu movimento espontâneo, sua energia b) A terá carga Q e B e C, cargas nulas.
cinética diminui. c) cada uma terá uma carga de 5 Q/3.
b) durante seu movimento espontâneo, sua energia d) A terá Q/5 e B e C terão 2 Q/5 cada uma.
potencial diminui.
e) A terá Q, B terá 2Q e C terá -2Q.
c) durante seu movimento espontâneo, sua energia
cinética fica constante.
d) durante seu movimento espontâneo, sua energia total
diminui.
P R É - V E S T I B U L A R
185
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
ANOTAÇÕES
186 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1 (UNICAMP)
Considere uma esfera de massa m e carga q pendurada no teto e sob a ação da gravidade e do campo elétrico
E como indicado na figura abaixo.
QUESTÃO 2 (UNICAMP)
Nas impressoras a jato de tinta, os caracteres são feitos a partir de minúsculas gotas de tinta que são
arremessadas contra a folha de papel. O ponto no qual as gotas atingem o papel é determinado eletrostaticamente.
As gotas são inicialmente formadas, e depois carregadas eletricamente. Em seguida, elas são lançadas com
velocidade constante v em uma região onde existe um campo elétrico uniforme entre duas pequenas placas
metálicas. O campo deflete as gotas conforme a figura abaixo. O controle da trajetória é feito escolhendo-se
convenientemente a carga de cada gota. Considere uma gota típica com massa m = 1,0 x 10–10 kg, carga
elétrica q = 2,0 x 10–13 C, velocidade horizontal v = 6,0 m/s atravessando uma região de comprimento
L = 8,0 x 10–3 m onde há um campo elétrico E = 1,5 x 106 N/C.
L Papel
+++++
m m,q ++
Gerador Carregador
de gotas v
-------
Placas -
defletoras
A) Determine a razão FE/FP entre os módulos da força elétrica e da força peso que atuam sobre a gota de tinta.
B) Calcule a componente vertical da velocidade da gota após atravessar a região com campo elétrico.
P R É - V E S T I B U L A R
187
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QUESTÃO 3 (FUVEST)
Duas pequenas esferas, com cargas positivas e iguais a Q, encontram-se fixas sobre um plano, separadas por uma
distância 2a. Sobre esse mesmo plano, no ponto P, a uma distância 2a de cada uma das esferas, é abandonada
uma partícula com massa m e carga q negativa. Desconsidere o campo gravitacional e efeitos não eletrostáticos.
Determine, em função de Q, K, q, m e a,
A) A diferença de potencial eletrostático V = VO – VP, entre os pontos O e P.
B) A velocidade v com que a partícula passa por O.
C) A distância máxima Dmax, que a partícula consegue afastar-se de P. Se essa distância for muito grande,
escreva Dmax = infinito.
QUESTÃO 4 (UFJF)
Na figura abaixo está representado um aparato experimental, bastante simplificado, para a produção de raios X.
Nele, elétrons, com carga elétrica q = –1,6 x 10–19 C, partem do repouso da placa S1 e são acelerados, na região
entre as placas S1 e S2, por um campo elétrico uniforme, de módulo E = 8 x 104 V/m, que aponta de S2 para S1.
A separação entre as placas é d = 2 x 10–1 m. Ao passar pela pequena fenda da placa S2, eles penetram em uma
região com campo elétrico nulo e chocam-se com a placa A, emitindo então os raios X.
188 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
QUESTÃO 5 (UFRJ)
Considere duas cargas pontuais +Q e –Q fixas e uma terceira carga pontual q > 0, localizada num ponto A eqüidistante
das duas primeiras, como mostra a figura:
a) Determine a direção e o sentido da força resultante de origem elétrica sobre a carga q. Justifique sua resposta.
b) Verifique se o trabalho realizado pela força resultante de origem elétrica sobre a carga q, enquanto ela se desloca do
ponto A até outro ponto B, também eqüidistante de +Q e –Q, é positivo, negativo ou nulo. Justifique sua resposta.
P R É - V E S T I B U L A R
189
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II
ANOTAÇÕES:
190 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I
Física III
Unidade I
Temperatura e Dilatação ................ 191
Unidade II
O Calor e sua Propagação................ 215
Unidade III
Mudanças de fase e transferência
de calor........................................... 227
UNIDADE I
TEMPERATURA E DILATAÇÃO
1 - Temperatura
2 - Medidores de Temperatura
3 - Escalas Termométricas
4 - Equilíbrio Térmico
5 - Dilatação Térmica dos Sólidos
6 - Dilatação Térmica dos Líquidos
I.1-TEMPERATURA
A temperatura é uma medida do grau de agitação térmica das moléculas de um corpo e informa o quanto
quente ou frio é um objeto. O termômetro é um medidor de temperatura e foi inventado por Galileu Galilei no séc.
XVII.Utilizamos hoje os termômetros de mercúrio e termômetros digitais, mas existem outros tipos de medidores
de temperatura, como veremos a seguir.
P R É - V E S T I B U L A R
191
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
ESCALA CELSIUS
Essa escala utiliza-se da temperatura de congelamento e de ebulição da água, a uma pressão atmosférica
normal e foi sugerida pelo astrônomo Anders Celsius. O número zero (0) é atribuído à temperatura de congelamento
e o número cem (100) a temperatura de ebulição da água e o espaço entre esses números é dividido em 100 partes
iguais.
ESCALA FAHRENHEIT
Essa escala é muito usada nos Estados Unidos e o seu inventor, o
cientista alemão Fahrenheit, escolheu para 0º a temperatura do dia mais frio
na Islândia, marcada por seu amigo. A temperatura de 100º, ele atribuiu à
temperatura de sua esposa e, se isso for realmente verdade, eIa deveria
estar com febre, como verificaremos a seguir. Comparamos a escala fahrenheit
à escala Celsius, que estamos mais habituados. O número 32 corresponde
à temperatura que a água congela; e o numero 212 à temperatura de ebulição
da água, como mostra a figura ao lado. Podemos verificar que um intervalo
de cem unidades da escala Celsius corresponde a um intervalo de 180
unidades na escala Fahrenheit, permitindo fazer uma conversão entre as
duas escalas, como mostraremos a seguir.
Vamos escolher a temperatura da esposa do cientista Fahrenheit (100º)
e transformá-la para a escala Celsius. Atribuiremos um valor x para a
temperatura correspondente na escala Celsius e utilizaremos uma proporção
entre as escalas.
ESCALA KELVIN
192 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Dois termômetros, um graduado na escala Celsius e outro na escala Fahrenheit, fornecem a mesma leitura
para a temperatura de um gás. Determine o valor dessa temperatura.
2. A temperatura do corpo humano pode variar entre 35º e 41º na escala Celsius.Determine esses valores na
escala kelvin e calcule a variação entre as temperaturas máxima e mínima nas duas escalas.
3. (Mackenzie-SP) Uma pessoa mediu a temperatura de seu corpo, utilizando-se de um termômetro graduado na
escala Fahrenheit e encontrou o valor 97,7 ºF. Essa temperatura, na escala Celsius, corresponde a:
a) 36,5 ºC. d) 38,0 ºC.
b) 37,0 ºC. e) 38,5 ºC.
c) 37,5 ºC.
4. (Mackenzie-SP) Numa cidade da Europa, no decorrer de um ano, a temperatura mais baixa no inverno foi de 23
ºF e a mais alta no verão foi de 86 ºF. A variação da temperatura, em graus Celsius, ocorrida nesse período,
naquela cidade, foi:
a) 28,0 ºC. d) 50,4 ºC.
b) 35,0 ºC. e) 63,0 ºC.
c) 40,0 ºC.
QUESTÕES RESOLVIDAS
1. (Ita-SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala linear de
temperaturas. Nessa nova escala, os valores de 0 (zero) e 10 (dez) correspondem respectivamente a
37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas escalas é aproximadamente
Solução: Escala médico Escala celsius
Construindo uma tabela para as escalas, de acordo 10 40ºC
com a questão, temos
x xºC
0 37ºC
Como podemos observar uma variação de 10 unidades na escala do médico corresponde a uma
variação de três unidades na escala celsius. O valor de mesma temperatura nas duas escalas será
o valor x. Fazendo uma relação entre as escalas temos.
10 − x 40 − x
=
10 − 0 40 − 37
10 − x 40 − x
=
10 3
x = 52,9°C
que é o valor numérico idêntico em ambas escalas
P R É - V E S T I B U L A R
193
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
“Se um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo B e este em equilíbrio térmico com um
terceiro C, então o primeiro, no caso o corpo A, estará em equilíbrio térmico com o terceiro, no caso, o
corpo C”.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
5. (UNIPAC) Se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, pode-se e concluir que:
a) Não existe um fluxo de calor entre os corpos.
b) A temperatura do terceiro corpo aumenta.
c) Os dois corpos cedem calor ao terceiro.
d) Os Três corpos estão em repouso.
e) Os Três corpos estão a 0ºC.
Quando aumentamos a temperatura de uma substância, suas moléculas ou átomos passam, em média, a
oscilar mais rapidamente e tendem a se afastar umas das outras, e o resultado disso é a dilatação da substância.
Vamos começar nosso estudo pela dilatação linear dos sólidos. Esse tipo de dilatação depende do seu
comprimento inicial do sólido, da temperatura que este irá atingir e do material de que é feito. A equação que
relaciona a variação de comprimento de uma barra que sofre dilatação é:
ΔL = L0αΔθ em que ΔL é a variação de comprimento da barra; L0 o comprimento inicial da barra ,α é o
coeficiente de dilatação do material e Δθ a variação de temperatura da barra .
O coeficiente de dilatação é uma constante de proporcionalidade característica de cada material e sua unidade
de medida é o °C–1.
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
Ao aumentarmos a temperatura da placa até uma temperatura θ tal que θ > θ0 , temos um aumento das dimensões
da placa e sua área passa a valer L 2. A variação da área da placa é dada pela equação ΔA = A0 2αΔθ , em que ΔA é a
variação da área superficial, a área inicial A0, o coeficiente de dilatação volumétrica e a variação de temperatura da
placa. Definimos na dilatação superficial um coeficiente de dilatação superficial β = 2α , logo a equação acima é
normalmente apresentada como ΔA = A 0βΔθ .
Da mesma forma a variação volumétrica de um sólido é dada pela equação ΔV = V0 γΔθ , em que ΔV é a variação
da volume, V0 o volume inicial, γ = 3α o coeficiente de dilatação volumétrica e Δθ a variação de temperatura do sólido.
Caso o sólido possua um orifício ou uma cavidade, esses orifícios dilatarão como se estivessem preenchidos
pelo material do sólido. O mesmo ocorre em uma superfície com um orifício, que se dilatará como se estivesse
preenchida pelo material da placa.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
6. (Efoa-MG) Na figura está representada uma lâmina bimetálica. O coeficiente de dilatação do metal da parte
superior (1) é o dobro do coeficiente do metal da parte inferior (2). Á temperatura ambiente, a lâmina é horizontal.
Se a temperatura for aumentada 150 ºC, a lâmina:
a) continuará horizontal
b) curvará para baixo
c) curvará para cima
d) curvará para a direita
e) curvará para a esquerda
7. (Cesgranrio-RJ) O comprimento l de uma barra de latão varia, em função da temperatura θ, segundo o gráfico a
seguir.
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
QUESTÕES RESOLVIDAS
2. (Mapofei-SP) Entre dois trilhos consecutivos de uma via férrea deixa-se um espaço apenas suficiente
para facilitar livremente a dilatação térmica dos trilhos até a temperatura de 50ºC. O coeficiente de
dilatação térmica dos trilhos é de 1,0 . 10–5ºC–1. Cada trilho mede 20m. Qual o espaço entre dois trilhos
consecutivos na temperatura de 20°C?
Solução:
O espaço deixado entre os trilhos é suficiente para não danificar os trilhos dentro da varição de
temperatura de 20°C a 50°C.
O comprimento inicial dos trilhos é de 20m.
ΔL = L0 . α . Δt
ΔL = 20 . 1,0 . 10–5 . 30
ΔL = 600 . 10–5m = 6,0 . 10–3m (isto é a variação do comprimento dos trilhos)
O espaço deixado entre os trilhos deve ser igual a variação dos comprimentos dos trilhos que é de
0,006 m (6 milímetros).
Na figura acima aquecemos um frasco que possui um ladrão, permitindo que o líquido derrame.A quantidade
de líquido extravasado é a dilatação aparente e a dilatação real do líquido corresponde ao volume de líquido derramado
mais a variação de volume do recipiente.
ΔVreal = ΔVrecipiente + ΔVaparente
A maioria dos líquidos aumenta de volume quando aquecido. No entanto a água de 0° a 4° tem o seu volume
diminuído.A 4° a água possui volume mínimo e portanto, maior massa específica.Essa dilatação irregular da água,
justifica o congelamento de lagos somente na superfície garantindo a vida nos ambientes em regiões muito frias.
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A Dilatação da Água
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
A razão para a existência de um mínimo na curva da figura é que há dois tipos de variação de volume
ocorrendo na água gelada. Os cristais com estrutura predominantemente aberta, que formam o gelo sólido,
estão presentes, em menor extensão, ná água gelada – uma espécie de "neve molhada" microscópica. Esses
cristais são incessantemente golpeados por moléculas vizinhas e duram curtos períodos de tempo – alguns
são quebrados, enquanto outros se formam. A qualquer momento existe uma quantidade suficiente deles para
alterar a densidade da água. A cerca de 10°C praticamente todos os cristais de gelo se desfizeram. O gráfico
da esquerda da figura indica como o volume da água gelada varia conforme mais cristais microscópicos de
gelo se desfazem. Ao mesmo tempo em que os cristais estão se desfazendo com o aumento da temperatura,
o crescente movimento molecular resulta em dilatação. Esse efeito é mostrado no gráfico central da figura
abaixo. Estando os cristais de gelo presentes ou não na água, o aumento da energia cinética das moléculas
aumenta o volume da água. Quando combinamos esses dois efeitos, de contração e de expansão, a curva
resultante se parece com o gráfico da direita da figura abaixo.
Cristais de gelo possuem uma estrutura aberta, de forma hexagonal tipo a de uma
gaiola tridimensional, e esta característica explica a dilatação quando a água
líquida
Esse comportamento da
água é de grande importân-
cia na natureza. Suponha
que á máxima densidade da
água ocorresse em seu pon-
to de congelamento, e que
ela encolhesse sob conge-
lamento, como acontece
com a maioria dos líquidos. Quando a água, inicilamente a 0°C, tem sua temperatura elevada, o colapso dos
Então, a água mais fria se cristais de gelo e o aumento simultâneo do movimento molecular produzem o efeito
global pelo qual a água é mais densa a 4°C.
acomodaria no fundo, e as
lagoas congelariam do fun-
do para cima. Os organismos vivos da lagoa, então, seriam mortos durante os meses de inverno. Felizmente
não é isso que acontece. A água mais densa, que se acomoda no fundo de um lagoa, está 4°C acima da
temperatura de congelamento. A água no ponto de congelamento, 0°C, é menos densa e "flutua", de modo
que o gelo se forma na superfície, enquanto a lagoa permanece líquida abaixo do gelo.
Vamos examinar isso com mais detalhe. A maior parte do congelamento de uma lagoa acontece na superfície,
quando o ar superficial é mais frio do que a água. Quando a água superficial é resfriada, ela torna-se mais
densa e afunda. A água "flutuará" na superfície e se resfriará mai sainda apenas se ela for igualmente densa e
ou menos densa do que a água logo abaixo dela.
Considere uma lagoa que está inicialmente a, digamos, 10°C. Ela provavelmente não poderá ser resfriada a
0°C sem passar por 4°C. E a água a 4°C não pode permanecer na superfície se resfriando mais, a não ser que
toda a água abaixo dela tenha, no mínimo, uma densidade igual – ou seja, a não ser que toda a água abaixo
esteja a 4°C. Para qualquer outra temperatura diferente dessa, a água superficial a 4°C será mais densa e
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
afundará antes que consiga se resfriar mais. Portanto, antes que qualquer gelo possa se formar, toda a água
da lagoa deve se resfriar até 4°C. Apenas quando essa condição é alcançada é que a água superficial pode se
resfriar a 3°C, 2°C, 1°C e 0°C sem afundar. Então o gelo pode se formar.
O resfriamento gradual da lagoa resulta no resfriamento da água justamente abaixo do gelo, de modo que uma
lagoa congela da superfície para baixo. Durante um inverno rigoroso, o gelo será mais espesso do que em um
inverno moderado. Volumes muito grandes de água não são cobertos pelo gelo mesmo nos invernos mais
frios. Isso porque toda a água de um lago deve ser resfriada a 4°C antes que temperaturas mais baixas do que
esta possam ser alcançadas, e porque o inverno não é longo o bastante para que toda essa água possa ser
resfriada a 4°C. Se apenas uma parte da água está a 4°C, então ela fica no fundo. Por causa do grande calor
específico da água e se dua pobre capacidade de conduzir calor, em regiões frias o fundo de lagos profundos
permanece a 4°C o ano todo. Os peixes deveriam ser gratos por isso.
Quando a água esfria, ela afunda até que toda a lagoa esteja a 4°C. Então, quando a água
superficial é resfriada um pouco mais, ela se mantém na superfície, onde congela. Uma
vez que o gelo é formado, temperaturas menores do que 4°C podem ser atingidas nas
partes mais fundas da lagoa.
FONTE: HEWITT, Paul G. Física conceitual. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
9. (GREF) Um posto recebeu 5000 litros de gasolina num dia em que a temperatura era de 35°C. Com a chegada
de uma frente fria, a temperatura ambiente baixou para 15°C, assim Permanecendo até que a gasolina fosse
totalmente vendida. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação da gasolina é 1,1 x 10-3°C–1, calcule em litros o
prejuízo sofrido pelo dono do posto.
10. (UFRS) A expressão “dilatação anômala da água” refere-se ao fato de uma determinada massa de água, à
pressão constante:
a) possuir volume máximo a 4°C.
b) aumentar sua massa específica quando sua temperatura aumenta de 0°C para 4°C.
c) aumentar de volume quando sua temperatura aumenta de 0°C para 4°C.
d) reduzir de volume quando sua temperatura aumenta a partir de 4°C.
200 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
QUESTÃO RESOLVIDA
3. (Ufes-SP) Um caminhão tanque com capacidade para 10.000 litros é cheio de gasolina quando a temperatura
é de 30°C. Qual a redução de volume sofrida pelo líquido ao ser descarregado numa ocasião em que a
temperatura é de 10°C? (O coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina é igual a 9,6 . 10–4°C–1)
Solução:
O tanque está cheio de gasolina a 30ºC. Quando é descarregado a 10ºC há uma redução de volume
tanto na gasolina quanto do tanque.
ΔVtotal = ΔVgasolina + ΔVtanque
ΔV = 192 litros
ANOTAÇÕES
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (Acafe-SC) A tabela apresenta as substâncias com 5. (PUC-Campinas-SP) Um termômetro, graduado
suas respectivas temperaturas de fusão, θ F, e numa escala X, indica -32 ºX para o ponto de fusão
ebulição, θE, nas CNTP: do gelo e 148 ºX no ponto de ebulição da água. A
Substância F (ºC) E (ºC) indicação 58 ºX corresponde, em graus Celsius, a:
Nitrogênio (N2) -210 -196
Éter -114 34 a) 18 b) 45 c) 50 d) 96 e) 106
Mercúrio -39 357
Água 0 100
Álcool etílico -115 78 6. (UFSP) Em uma experiência de laboratório, um
Na construção de um termômetro para medir aluno mede a temperatura de uma pequena
temperaturas entre –60 ºC e +60 ºC, deve-se quantidade de água contida em um tubo de ensaio
utilizar, como substância termométrica: (a água e o tubo foram previamente aquecidos e
a) mercúrio. d) água. estão em equilíbrio térmico). Para isso, imerge
nessa água um termômetro de mercúrio em vidro
b) álcool etílico. e) nitrogênio. que, antes da imersão, marcava a temperatura
c) éter. ambiente: 20°C. Assim que todo o bulbo do
termômetro é imerso na água, a coluna de mercúrio
2. (Fatec-SP) Ao aferir-se um termômetro mal sobe durante alguns segundos até atingir 60°C e
construído, verificou-se que os pontos 100 ºC e 0 logo começa a baixar. Pode-se afirmar que a
ºC de um termômetro correto correspondiam, temperatura da água no instante em que o
respectivamente, a 97,0 ºC e -1,0 ºC do primeiro.Se termômetro nela foi imerso era
esse termômetro mal construído marcar 19,0 ºC, a) de 60°C, pois o termômetro nunca interfere na
a temperatura correta deverá ser: medida da temperatura e o calor perdido para o
a) 18,4 ºC. d) 23,4 ºC. ambiente, nesse caso, é desprezível.
b) 19,4 ºC. e) 28,4 ºC. b) de 60°C porque, nesse caso, embora possa haver
perda de calor para o termômetro e para o
c) 20,4 ºC.
ambiente, essas perdas não se manifestam, pois
a medida da temperatura é instantânea.
3. (Mackenzie-SP) Na escala termométrica X, ao nível c) maior do que 60°C; a indicação é menor
do mar, a temperatura do gelo fundente é -30 ºX e exclusivamente por causa da perda de calor para
a temperatura de ebulição da água é 120 ºX. A o ambiente, pois o termômetro não pode interferir
temperatura na escala Celsius que corresponde a na medida da temperatura.
0 ºX é:
d) maior do que 60°C e a indicação é menor
a) 15 ºC. d) 28 ºC. principalmente por causa da perda de calor para o
b) 20 ºC. e) 30 ºC. termômetro.
c) 25 ºC. e) menor do que 60°C porque, nesse caso, a água
absorve calor do ambiente e do termômetro.
4. (Uniube-MG) O gráfico mostra a relação de um
termômetro y com as correspondentes indicações 7. (Fatec-SP) Lord Kelvin (título de nobreza dado ao
de um termômetro graduado na escala Celsius. célebre físico William Thompson, 1824-1907)
estabeleceu uma associação entre a energia de
agitação das moléculas de um sistema e a sua
temperatura. Deduziu que a uma temperatura de -
273,15 ºC, também chamada de zero absoluto, a
agitação térmica das moléculas deveria
cessar.Considere um recipiente com gás, fechado
e de variação de volume desprezível nas condições
As indicações em que os valores numéricos das do problema e, por comodidade, que o zero
escalas coincidem são: absoluto corresponde a -273 ºC. É correto afirmar:
a) 20 ºy ou 20 ºC. d) -20 ºy ou -20 ºC. a) O estado de agitação é o mesmo para as
b) 40 ºy ou 40 ºC. e) -10 ºy ou -10 ºC. temperaturas de 100 ºC e 100 K.
c) -40 ºy ou -40 ºC. b) À temperatura de 0 ºC o estado de agitação das
moléculas é o mesmo que a 273 K.
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Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
c) As moléculas estão mais agitadas a -173 ºC do e) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de
que a -127 ºC. cobre é menor do que a variação de temperatura
d) A -32 ºC as moléculas estão menos agitadas que sofrida pela água.
a 241 K.
e) A 273 K as moléculas estão mais agitadas que a 11. (U.F. Viçosa/MG) Quando dois corpos de materi-
100 ºC. ais diferentes estão em equilíbrio térmico, isolados
do meio ambiente, pode-se afirmar que
a) o mais quente é o que possui menor massa.
8. (Mackenzie-SP) Temos visto ultimamente uma farta
divulgação de boletins meteorológicos nos diversos b) apesar do contato, suas temperaturas não variam.
meios de comunicação e as temperaturas são c) o mais quente fornece calor ao mais frio.
geralmente indicadas nas escalas Fahrenheit e/ d) o mais frio fornece calor ao mais quente.
ou Celsius. Entretanto, embora seja a unidade de e) suas temperaturas dependem de suas densidades.
medida de temperatura do SI, não temos visto
nenhuma informação de temperatura em Kelvin. 12. Considere o seguinte experimento
Se o boletim meteorológico informa que no dia as Dispõe de três bacias iguais contendo iguais quan-
temperaturas mínima e máxima numa determinada tidades de água. A bacia B1 contém água quente,
cidade serão, respectivamente, 23 ºF e 41 ºF, a a bacia B2 água fria e a bacia B3, água morna.
variação dessa temperatura na escala Kelvin é: Uma pessoa inicialmente coloca a mão direita na
a) -7,8 K. d) 283 K. bacia B1 e a esquerda na B2. Depois de uns 30
b) 10 K. e) 291 K. segundos transfere as duas mãos para a bacia B3
c) 32,4 K. e nesse momento sente que a mão que estava
inicialmente na água quente parece estar fria e a
outra mão parece estar quente.
9. (Fatec-SP) Um cientista coloca um termômetro
em um béquer contendo água no estado líquido.
Através desse experimento, constata-se que
Supondo que o béquer esteja num local ao nível a) temperatura e calor são conceitos diferentes.
do mar, a única leitura que pode ter sido feita pelo
b) a percepção do ser humano não serve como um
cientista é:
termômetro.
a) -30 K. d) 250 K. c) calor é a energia transferida no do corpo mais quen-
b) 36 K. e) 350 K. te par ao corpo mais frio.
c) 130 ºC. d) a temperatura do corpo humano pode variar com o
contato com o meio exterior.
10. (OBF) Um bloco de 1 kg cobre, inicialmente a
temperatura de 15°C, é colocado em 1 kg de água 13. (FEI/SP) Um sistema isolado termicamente do meio
contida num calorímetro ideal a temperatura de possui três corpos; um de ferro, um de alumínio e
85°C. Admita que as trocas de calor ocorram outro de cobre. Após um certo tempo verifica-se
apenas entre a água e o cobre e despreze perdas as temperaturas do ferro e do alumínio aumentam.
para o meio externo. Qual das afirmações abaixo Podemos concluir que
é correta após o sistema atingir o equilíbrio a) o corpo de cobre também aumentou a sua tempe-
térmico? ratura.
a) A energia térmica recebida pelo bloco de cobre é b) o corpo de cobre ganhou calor do corpo de alumí-
maior do que a energia térmica perdida pela água. nio e cedeu calor para o corpo de ferro.
b) A energia térmica recebida pelo bloco de cobre é c) o corpo de cobre cedeu calor para o corpo de alu-
menor do que a energia térmica perdida pela água. mínio e recebeu calor do corpo de ferro.
c) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de d) o corpo de cobre permaneceu com a mesma tem-
cobre é maior do que a variação de temperatura peratura.
sofrida pela água. e) o corpo de cobre diminui a sua temperatura.
d) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de
cobre é igual do que a variação de temperatura
sofrida pela água.
P R É - V E S T I B U L A R
203
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
14. (Vunesp-SP) Quando uma enfermeira coloca um ter- 18. (UEL) Uma barra metálica, inicialmente à
mômetro clínico de mercúrio sob a língua de um pa- temperatura de 20 °C, é aquecida até 260 °C e
ciente, ela sempre aguarda um tempo antes de fazer sofreu uma dilatação igual a 0,6% do seu
a leitura. Esse intervalo de tempo é necessário comprimento inicial. O coeficiente de dilatação
a) para que o termômetro entre em equilíbrio térmico linear médio do metal, nesse intervalo de
com o corpo do paciente. temperatura, em ° C-1, vale:
b) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa a) 2,5 . 10-4.
subir pelo tubo capilar. b) 4 . 10-4
c) para que o mercúrio passe pelo estrangulamento
c) 2,5 . 10-5
do tubo capilar.
d) 4 . 10-5
d) por causa da diferença entre os valores do calor
específico do mercúrio e do corpo humano. e) 2,5 . 10-6
e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é dife-
rente do coeficiente de dilatação do mercúrio. 19. (FATEC) Uma barra metálica, quando aquecida de
0 °C a 100 ° C, sofre um acréscimo de
15. (Fatec/SP) Um sistema A está em equilíbrio térmico comprimento igual a um milésimo do seu
com um outro B e este não está em equilíbrio térmicom comprimento a 0 °C. Podemos afirmar que o seu
com um outro C. Então, podemos dizer que coeficiente de dilatação linear, suposto constante,
a) os sistemas A e C possuem a mesma quantidade vale, em °C-1:
de calor. a) 1 . 10-3.
b) a temperatura de A é diferente da de B.
b) 1 . 10-4.
c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura.
c) 2 . 10-4.
d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C
pode ter temperatura igual à do sistema A. d) 1 . 10-5.
e) nenhuma das anteriores. e) 2 . 10-5.
16. (UFU) Uma ponte de aço tem 1 000 m de 20. (MACK) Uma barra metálica de coeficiente de
comprimento. O coeficiente de dilatação linear do dilatação linear médio de 2 . 10–5 °C –1 a 20 °C é
aço é de 11.10-6 °C -1 . A expansão da ponte, quando colocada no interior de um forno. Após a barra ter
a temperatura sobe de 0 para 30 °C, é de: atingido o equilíbrio térmico, verifica-se que seu
a) 33 cm. comprimento é 1 % maior. A temperatura do forno
é de:
b) 37 cm
a) 520 °C.
c) 41 cm.
b) 400 °C.
d) 52 cm.
c) 350 °C.
e) 99 cm.
d) 200 °C.
e) 100 °C.
17. (PUC-RS) Coloca-se água quente num copo de
vidro comum e em outro de vidro pirex. O vidro
comum trinca com maior facilidade que o vidro 21. (Fatec-SP) Uma barra de aço de 5,000 m, quando
pirex porque: submetida a uma variação de temperatura de
a) o calor específico do pirex é menor que o do Vidro 100 °C, sofre uma variação de comprimento de
comum. 6,0 mm. 0 coeficiente de dilatação linear do
alumínio é o dobro do aço. Então, uma barra de
b) o calor específico do pirex é maior que o do vidro
alumínio de 5,000 m, submetida a uma variação
comum.
de 50 °C, sofre uma dilatação de:
c) a variação de temperatura no vidro comum é maior.
a) 3,0 mm. d) 12,0 mm.
d) o coeficiente de dilatação do vidro comum é maior
b) 6,0 mm. e) 18,0 mm.
que o do vidro pirex.
c) 9,0 mm.
e) o coeficiente de dilatação do vidro comum é menor
que o do vidro pirex.
204 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
22. (UFU) No continente europeu uma linha férrea da 25. (UEMG) Considere as duas barras metálicas
ordem de 600 km de extensão tem sua temperatura descritas a seguir, ambas feitas de mesmo material
variando de - 10°C no inverno até 30 °C-1 no verão. e mesma área de secção transversal.
O coeficiente de dilatação linear do material de Barra 1: de comprimento 10 cm, sendo aquecida
que é feito o trilho é 10-5 °C -1 . A variação de de 20 ºC para 70 ºC. Seu comprimento aumenta
comprimento que os trilhos sofrem na sua extensão em um valor x.
é, em m, igual a:
Barra 2: de comprimento 20 cm, sendo aquecida
a) 40 de 20 ºC para 120 ºC.
b) 100 O comprimento da barra 2 sofrerá um aumento de
c) 140 valor:
d) 200 a) x.
e) 240 b) 2x.
c) 4x.
23. (Olimpíada Paulista de Física) É muito comum d) x/2.
acontecer de, quando copos iguais são
empilhados, colocando-se um dentro do outro, dois
26. (Mackenzie - SP) Três barras metálicas, A, B e C,
deles ficarem emperrados, tornando-se difícil
têm, a 0 ºC, seus comprimentos na proporção.
separá-los. Considerando o efeito da dilatação
térmica, pode-se afirmar que é possível retirar um
copo de dentro do outro se:
a) os copos emperrados forem mergulhados em água
bem quente. Para que esta proporção se mantenha constante
b) no copo interno for despejada água quente e o copo em qualquer temperatura (enquanto não houver
externo for mergulhado em água bem fria. mudança de estado de agregação molecular), os
c) os copos emperrados forem mergulhados em água coeficientes de dilatação linear dos materiais das
bem fria. respectivas barras deverão estar na proporção:
P R É - V E S T I B U L A R
205
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
Se na temperatura ambiente (27 ºC) ela é (01) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
horizontal, a afirmativa correta sobre o A é αa = 4.10–4 ºC–1.
comportamento da lâmina (α é o coeficiente de (02) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
dilatação linear) é: B é αb = 2.10–4 ºC–1.
a) Sempre se curva para baixo quando muda a (04) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
temperatura. B é αb = 4.10–4 ºC–1.
b) Sempre se curva para cima quando muda a (08) Quando a temperatura da barra A e da barra B
temperatura. chegarem em 100 ºC, a diferença de comprimento
c) Curva-se para baixo se θ > 27 ºC e para cima de entre as barras será de 13 cm.
θ < 27 ºC. (16) Se a temperatura da barra A e da barra B chegarem
d) Curva-se para cima se θ > 27 ºC e para baixo se em 120 ºC, a diferença de comprimento entre as
θ < 27 ºC. barras será de 9 cm.
e) Somente se curva se θ > 27 ºC. Dê como resposta a soma dos números que
precedem as afirmações corretas.
28. (Mackenzie-SP) O gráfico adiante nos permite
acompanhar o comprimento de uma haste
metálica em função de sua temperatura. O
coeficiente de dilatação linear do material que
30. (UFF-RJ) O gráfico mostra como varia o
constitui essa haste vale:
comprimento L de uma barra metálica em função
da temperatura θ. Podemos afirmar que o
coeficiente de dilatação volumétrica do metal é:
a) 2,0.10-5/ºC.
b) 6,0.10-5/ºC.
c) 4,0.10-5/ºC.
a) 2.10-5 ºC-1. d) 6.10-5 ºC-1. d) 8,0.10-5/ºC.
b) 4.10-5 ºC-1. e) 7.10-5 ºC-1. e) 10,0.10-5/ºC.
c) 5.10-5 ºC-1.
29. (Unemat-MT) A variação de comprimento, em 31. A figura abaixo ilustra a variação dos comprimentos
função da temperatura de duas barras metálicas, de duas barras A e B, que são aquecidas a partir
está representada no gráfico abaixo. Analise o de uma mesma temperatura.
gráfico e julgue as afirmações que seguem.
206 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
ΔY
Assinale a alternativa que contém valores de t1, t2 a) ΔX = ΔY. c) ΔX =
2
e t3, NESSA ORDEM, compatíveis com a figura
a) 20°C, 50°C, -10°C. b) ΔX = 4 ΔY. d) ΔX = 2 ΔY.
b) 20°C, – 10°C, 50°C.
c) – 10°C, 20°C, 50°C. 35. Uma régua foi utilizada para medir o comprimento de
d) 50°C, – 10°C, 20°C. um objeto, estando ambos a uma temperatura de
15°C, Utilizando esta mesma régua para medir o com-
e) 50°C, 20°C, – 10°C.
primento do mesmo objeto em uma sala onde a tem-
peratura ambiente é de 40°C, pode-se afirmar que:
33. (UFMG) Duas lâminas de metais diferentes, M e
N, são unidas rigidamente. Ao se aquecer o con- a) o valor da medida de comprimento será menor que
junto até certa temperatura, este se deforma, con- aquele medido a 15°C, independentemente dos
forme mostra a figura a seguir: valores dos coeficientes de dilatação da régua e
do objeto a ser medido.
b) o valor da medida de comprimento será sempre
maior que aquele medido a 15°C, independente-
mente dos valores dos coeficientes de dilatação
da régua e do objeto a ser medido.
c) o valor da medida de comprimento será sempre o
mesmo em ambas as temperaturas, independen-
temente dos valores dos coeficientes de dilatação
da régua e do objeto a ser medido.
Com base na deformação observada, pode-se con- d) o valor da medida de comprimento poderá ser mai-
cluir que: or ou menor que aquele medido a 15°C, dependen-
a) a capacidade térmica do metal M é maior do que a do dos valores dos coeficientes de dilatação da
capacidade térmica do metal N. régua e do objeto a ser medido.
P R É - V E S T I B U L A R
207
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
e) o valor da medida de comprimento poderá ser mai- 38. (UFMG) A figura mostra um disco metálico de raio
or ou menor que aquele medido a 15°C, dependen- R com um orifício também circular, concêntrico,
do apenas do tamanho do objeto a ser medido. de raio r.
37. (UFRN) João precisa abrir um recipiente de con- 39. (UFMG-MG) Uma lâmina bimetálica é constituída
serva cuja tampa está emperrada. O recipiente é de duas placas de materiais diferentes, M1 e M2
de vidro comum, e a tampa é de alumínio. Para presas uma à outra. Essa lâmina pode ser utilizada
facilitar a abertura, sugeriu-se que ele colocasse a como interruptor térmico para ligar ou desligar um
tampa próximo da chama do fogão por alguns se- circuito elétrico, como representado, esquema-
gundos e, imediatamente após afastar o recipiente ticamente, na figura I:
de chama, tentasse abri-lo. O procedimento suge- Quando a temperatura das placas aumenta, elas
rido vai favorecer a separação entre a tampa e o dilatam-se e a lâmina curva-se, fechando o circuito
recipiente, facilitando a tarefa de destampá-lo, por- elétrico, como mostrado na figura II. Esta tabela
que mostra o coeficiente de dilatação linear α de
a) o coeficiente de dilatação térmica do vidro é maior diferentes materiais:
que o do alumínio.
b) o coeficiente de dilatação térmica do alumínio é
maior que o do vidro.
c) o calor da chama diminui a pressão interna do lí-
quido da conserva.
d) o calor da chama diminui o volume do recipiente.
208 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
P R É - V E S T I B U L A R
209
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
210 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
52. (Mack-SP) Um corpo de capacidade térmica de 56. (Cesgranrio-RJ) Um bloco de certo metal tem seu
50 cal/°C, ao receber 5,0 .103 cal, varia seu volume volume dilatado de 200 cm3 para 206 cm3 quando
de 10,0 litros para 10,3 litros. O coeficiente de sua temperatura aumenta de 20 ºC para 520 ºC.
di-latação linear do material que constitui esse Se um fio desse mesmo metal, tendo 100 cm de
corpo, nessa variação de temperatura, vale: comprimento a 20 ºC, for aquecido até a
a) 1,0 . 10-4 °C-1 . temperatura de 520 ºC, então seu comprimento
em centímetros passará a valer:
b) 2,0 . 10-4 °C-1 .
a) 101.
c) 3,0 . 10-4 °C-1 .
b) 102.
d) 1,0 . 10-5 °C-1 .
c) 103.
e) 3,0 . 10-5 °C-1 .
d) 106.
e) 112.
53. (Santa Casa) A temperatura de um corpo
homogêneo aumen-ta de 20 °C para 920 °C e ele
continua em esta-do sólido. A variação percentual 57. (Uesb-BA) Um tanque cheio de gasolina de um
do volume do corpo foi de 3,24%. O coeficiente de automóvel, quando exposto ao sol por algum
dilatação linear médio do material, em 10-6 °C-1 , tempo, derrama uma certa quantidade desse
vale: combustível. Desse fato, conclui-se que:
a) 12,0 a) só a gasolina se dilatou.
b) 24,0 b) a quantidade de gasolina derramada representa
c) 32,4 sua dilatação real.
d) 120 c) a quantidade de gasolina derramada representa
sua dilatação aparente.
e) 240
d) o tanque dilatou mais que a gasolina.
e) a dilatação aparente da gasolina é igual à dilatação
54. (UEL-PR) Uma peça sólida tem uma cavidade cujo
do tanque.
volume vale 8 cm3 a 20 °C-1 . A temperatura da
peça varia para 920 °C e o coeficiente de dilatação
linear do sólido (12 . 10-6 °C-1 ) pode ser considerado 58. (UEL-PR) Um copo de vidro de capacidade 100
constante. Supondo que a pres-são interna da cm3, a 20,0 ºC, contém 98,0 cm3 de mercúrio a
cavidade seja sempre igual à externa, a variação essa temperatura. O mercúrio começará a
percentual do volume da cavidade foi de: extravasar quando a temperatura do conjunto, em
a) 1,2% ºC, atingir o valor de:
b) 2,0%
c) 3,2% Dados:
d) 5,8% Coeficientes de dilatação cúbica:
e) 12% mercúrio = 180.10-6 ºC-1
vidro = 9,00.10-6 ºC-1
55. (ITA-1994) Um bulbo de vidro cujo coeficiente de
dilatação linear é 3 ·10-6 ºC-1 está ligado a um capilar a) 300.
do mesmo material. À temperatura de -10,0 ºC a b) 240.
área da secção do capilar é 3,0·10-4 cm² e todo o
c) 200.
mercúrio cujo coeficiente de dilatação volumétrica
é 180·10-6 ºC-1 ocupa o volume total do bulbo, que d) 160.
a esta temperatura é 0,500 cm³. O comprimento e) 140.
da coluna de mercúrio a 90,0 ºC será:
a) 270 mm. d) 300 mm.
b) 540 mm. e) 257 mm.
c) 285 mm.
P R É - V E S T I B U L A R
211
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
59. (FCC-SP) Uma peça sólida tem uma cavidade cujo b) pela diminuição da densidade da água de 0 ºC a 4
volume vale 8 cm3 a 20 ºC. A temperatura da peça ºC, seguido do aumento da densidade a partir de
varia para 920 ºC e o coeficiente de dilatação linear 4 ºC.
do sólido (12.10 -6 ºC -1) pode ser considerado c) pelo aumento do volume da água a partir de 0 ºC.
constante. Supondo que a pressão interna da
d) pelo aumento da densidade da água de 0 ºC a 4
cavidade seja sempre igual à externa, a variação
ºC, seguido da diminuição da densidade a partir
percentual do volume da cavidade foi de:
de 4 ºC.
a) 1,2%. d) 5,8%.
e) pela diminuição do volume da água a partir de 0
b) 2,0%. e) 12%. ºC.
c) 3,2%.
62. (FUVEST-SP) Um termômetro especial, com
60. (PUC-PR) Sobre a dilatação térmica dos corpos, líquido dentro de um recipiente de vidro, é
é correto afirmar: constituído de um bulbo de 1 cm3 e um tubo com
I. A água, ao ser aquecida, sempre diminui de seção transversal de 1 mm2. À Temperatura de
volume. 20°C, o líquido preenche completamente o bulbo
até a base do tubo. À temperatura de 50°C o líquido
II. Quando uma chapa metálica com um furo se dilata,
preenche o tubo até uma altura de 12 mm.
o furo diminui.
Considere desprezíveis os efeitos da dilatação do
III. O aumento do comprimento de uma haste vidro e da pressão do gás acima da coluna do
metálica é diretamente proporcional ao seu líquido. Podemos afirmar que o coeficiente de
comprimento inicial. dilatação volumétrica médio do líquido vale:
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) As afirmativas II e III são verdadeiras.
e) As afirmativas I e III são verdadeiras.
61. (Ufla-MG) Um bulbo de vidro conectado a um tubo a) 3 . 10-4 °C-1 d) 20 . 10-4 °C-1
fino, com coeficiente de dilatação desprezível,
b) 4 . 10-4 °C-1 e) 36 . 10-4 °C-1
contendo certa massa de água na fase líquida, é
mostrado a seguir em três situações de c) 12 . 10-4 °C-1
temperatura. Na primeira, o sistema está a 4 ºC;
na segunda, a 1 ºC e, na terceira, a 10 ºC. Conforme 63. O diagrama mostra o volume V de uma amostra de
a temperatura, a água ocupa uma certa porção do água, em função da temperatura t.
tubo.
212 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
ANOTAÇÕES:
P R É - V E S T I B U L A R
213
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1 (PUC-PR)
Dois termômetros graduados em Celsius e Fahrenheit medem, simultaneamente, a temperatura de um vaso com
água quente. Se os termômetros acusam uma diferença de 50 graus na leitura, qual a temperatura da água em ºC?
QUESTÃO 2 (Mackenzie-SP)
Dispões-se de um termômetro calibrado numa escala arbitrária que adota -10 ºX para a temperatura 10 ºC e 70 ºX
para a temperatura 110 ºC. Com este termômetro mediu-se a temperatura de uma cidade que registra, no momento,
77ºF. Determine esta medida em ºX.
QUESTÃO 3 (UFRJ)
Em uma escala termométrica, que chamaremos de escala médica, o grau é chamado de grau médico e é
representado por ºM. A escala médica é definida por dois procedimentos básicos: no primeiro faz-se corresponder
0 ºM a 36 ºC e 100 ºM a 44ºC; no segundo, obtém-se uma unidade de ºM pela divisão 0ºM a 100ºM em cem
partes iguais.
A) Calcule a variação, em graus médicos, que corresponde à variação de 1ºC.
B) Calcule, em graus médicos, a temperatura de um paciente que apresenta uma febre de 40ºC.
QUESTÃO 4 (FEI-SP)
Um alarme de incêndio funciona com uma barra que quando dilata aciona um circuito que dispara o alarme. O
coeficiente de dilatação linear do material da barra é á = 10-3 ºC-1 e a distância que fecha o circuito é 4 mm.
Sabendo-se que o comprimento da barra é 5 cm quando T = 20 ºC, qual a mínima temperatura do ambiente
para disparar o alarme?
QUESTÃO 5 (UFRRJ)
Pela manhã, com temperatura de 10 ºC, João encheu completamente o tanque de seu carro com gasolina e
pagou R$ 33,00. Logo após o abastecimento, deixou o carro no mesmo local, só voltando para buscá-lo mais
tarde, quando a temperatura atingiu a marca de 30 ºC.
Sabendo-se que o combustível extravasou, que o tanque não dilatou e que a gasolina custou R$ 1,10 o litro,
quanto João perdeu em dinheiro?
Dado: Coeficiente de dilatação térmica da gasolina igual a 1,1.10-3 ºC-1.
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Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III
UNIDADE II
O CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO
1 - O Calor
2 - Os Processos de Transferência de Calor
II.1- O CALOR
O sentido da transferência espontânea de energia é sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio.
Essa energia que é transferida é o que chamamos de calor. O calor não está contido em um objeto, mas é
transferido de um corpo a outro, por isso é definido como energia em trânsito. Referimo-nos à energia interna do
corpo, ou seja, à soma das energias cinética de translação das molédulas, de rotação das moléculas e a energia
dos átomos dentro das moléculas.
QUESTÃO DE FIXAÇÃO
1. (UFRS) De acordo com os modernos conceitos de Física, quando a temperatura de um corpo é aumentada, a
energia que ele possui em seu interior, denominada energia interna, também aumenta. Se esse corpo é colocado
em contato com outro, de temperatura mais elevada, haverá transferência de energia do segundo para o primeiro,
energia essa que é denominada calor. Qual das alternativas interpreta corretamente o que foi afirmado acima?
a) Calor é a quantidade de energia interna que o corpo possui.
b) O trânsito de calor entre dois corpos, de resto isolados, implica variação de suas energias internas.
c) Um corpo isolado possui uma certa quantidade de calor.
d) Calor é o mesmo que temperatura.
e) Calor é sinônimo de trabalho.
Existem três maneiras distintas de transferir calor de um corpo a outro; CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E
RADIAÇÃO.
CONDUÇÃO
Quando colocamos o pé na areia quente, parte da energia térmica
contida na areia passou para o nosso pé que sofre um aumento rápido de
temperatura, daí a sensação de queimadura. Esse modo de propagação
de energia térmica é chamado de condução e ocorre sempre que dois
corpos de diferentes temperaturas são colocados em contato. É uma
maneira muito comum de propagação de calor, que ocorre no nosso dia-a-
dia. É importante observar também que as partículas nesse processo
permanecem vibrando em torno das suas posições de equilíbrio, não se
deslocam, ao contrário do que acontece com a energia. Esse tipo de
transferência de calor ocorre necessariamente com a existência de um meio
P R É - V E S T I B U L A R
215
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III
material de propagação. Por exemplo: quando colocamos uma panela com água para aquecer, a chama do fogo
fornece energia térmica para o metal da panela. O metal, por sua vez, conduz o calor para o interior da panela, aquecendo
a água que lá se encontra.
Os metais são ótimos condutores térmicos por possuírem elétrons externos fracamente ligados, que são livres
para transportar energia por meio de colisões.Maus condutores de calor possuem elétrons externos muito fortemente
ligados e são chamados isolantes (madeira, lã, papel, cortiça, etc).
CONVECÇÃO
Líqüidos e gases transferem calor principalmente por
convecção, pois esse processo depende do movimento
do fluido. A energia transferida, diferentemente do
processo condução, que envolve transmissão de calor
através das colisões dos átomos, necessita do
movimento de massa.Quando aquecemos um líquido
armazenado em um recipiente qualquer, aquecemos
primeiramente as moléculas em contato com o recipiente,
que passam a se mover mais rapidamente, afastando-se
uma das outras, tornando o líquido menos denso. O
líquido que está em cima, mais denso, ocupa o lugar do
menos denso, criando aí uma movimentação no fluido,
mais conhecida como correntes de convecção. As brisas
marítimas e terrestres são formadas por essas
correntes.Durante o dia, o ar que está sobre a areia se
torna menos denso sobe e abre um espaço. que é
rapidamente ocupado pelo ar mais frio, aquele que está
sobre o mar. Forma-se assim, uma corrente de ar que
chamamos de brisa marítima, pois sopra do mar para a
terra. Depois que o Sol se põe, a água e a areia deixam
de receber calor e começam a esfriar. Mas a areia esfria
rapidamente (à noite ela fica
gelada), e a água do mar demora a esfriar. Por isso, à
noite, o mar fica quentinho. O ar que está sobre o mar fica
mais quente do que o ar que está sobre a areia. Mais
aquecido fica menos denso e sobe. Assim, o ar que está
sobre a areia se desloca em direção ao mar: é a brisa
terrestre (observe as duas figuras ao lado).
Em uma geladeira
também ocorre o mesmo processo, o congelador, ao resfriar o ar, permite que esse ar
ocupe o lugar do ar mais quente logo abaixo, criando assim uma circulação de ar e
resfriando toda a geladeira, como mostra a figura a seguir. O mesmo princípio é levado
em conta ao se instalar aparelhos de ar condicionado, normalmente estrategicamente
localizados na parte de cima dos ambientes.
216 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III
RADIAÇÃO
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217
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Se você tivesse de entrar num forno quente, preferiria ir:
a) nu
b) envolto em roupa de seda
c) envolta em roupa de lã recoberta com alumínio
d) envolta em roupa de lã
e) envolta em roupa de linho preto.
2. (FAAP-SP) As garrafas térmicas são frascos de paredes duplas, entre as quais é feito o vácuo. As faces destas
paredes que estão frente a frente são espelhadas.
As faces das paredes são espelhadas para evitar:
a) a dilatação do vidro.
b) a irradiação.
c) a condução.
d) a convecção.
e) a condução e a irradiação.
218 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III
QUESTÃO RESOLVIDA
ANOTAÇÕES:
P R É - V E S T I B U L A R
219
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (PUC MG ). Quando seguramos uma casquinha 5. (Ufscar–SP) Um grupo de amigos compra barras
com uma generosa bola de sorvete, sentimos de gelo para um churrasco, num dia de calor. Como
nossa mão esfriar quando ela está abaixo da bola, as barras chegam com algumas horas de
mas não temos essa sensação se posicionarmos antecedência, alguém sugere que sejam envolvidas
a mão alguns centímetros acima da bola. Isso
num grosso cobertor para evitar que derretam
indica que a transferência de calor está se dando
demais.
preferencialmente por:
a) condução.
Essa sugestão
b) convecção.
a) é absurda, porque o cobertor vai aquecer o gelo,
c) radiação.
derretendo–o ainda mais depressa.
d) condução e radiação.
b) é absurda, porque o cobertor facilita a troca de calor
e) convecção e radiação.
entre o ambiente e o gelo, fazendo com que ele
derreta ainda mais depressa.
2. (UNIPAC) Usando um agasalho de lã, as pessoas c) é inócua, pois o cobertor não fornece nem absorve
sentem-se aquecidas. Isso acontece porque: calor ao gelo, não alterando a rapidez com que o
a) a lã fornece calor ao corpo. gelo derrete.
b) a lã reduz a transferência de calor do corpo para o d) faz sentido, porque o cobertor facilita a troca de
meio exterior. calor entre o ambiente e o gelo, retardando o seu
c) a lã é boa condutora de calor. derretimento.
d) a lã impede a transpiração. e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a troca de
calor entre o ambiente e o gelo, retardando o seu
3. (Uniube–MG) Quando, numa noite de baixa derretimento.
temperatura, vamos para a cama, nós a
encontramos fria, mesmo que sobre ela estejam 6. Leia atentamente cada uma das afirmações que
vários cobertores de lã. Passado algum tempo nos se seguem:
esquecemos porque
a) o cobertor de lã impede a entrada do frio.
I. O congelador de uma geladeira comum é sempre
b) o cobertor de lã não é aquecedor, mas sim um
posto na parte superior do aparelho.
bom isolante térmico.
II. Um pedaço de carne assa mais rapidamente em
c) o cobertor de lã só produz calor quando em contato
um forno convencional se houver palitos de metal
com o nosso corpo.
penetrando–o.
d) o cobertor de lã não é um bom absorvedor de frio.
III. Um satélite espacial em órbita transmite, para o
e) o corpo humano é um absorvedor de frio. espaço vazio, o calor produzido pelo funcionamento
de seus componentes eletrônicos.
4. Considere três fenômenos simples
I. Circulação do ar no interior de uma geladeira. Em cada fato descrito acima, predomina uma forma
II. Aquecimento de uma barra de ferro em contato de transferência de calor. A alternativa que relaciona
com uma chama. CORRETAMENTE cada fato com essa forma
predominante é:
III. Aquecimento da Terra pelo sol.
O principal tipo de transferência de calor que ocorre
nesses fenômenos, respectivamente, é a) I – condução; II – convecção; III – radiação.
a) convecção, condução, irradiação. b) I – convecção; II – condução; III – radiação.
b) convecção, condução, condução. c) I – radiação; II – condução; III – radiação.
c) irradiação, condução, convecção. d) I – convecção; II – condução; III – condução.
d) condução, irradiação, convecção.
220 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
7. (PUC–SP) Observe as figuras a seguir sobre a 8. (FAAP–SP) Uma estufa para flores, construída em
formação das brisas marítima e terrestre. alvenaria, com cobertura de vidro, mantém a
temperatura interior bem mais elevada do que a
exterior. Das seguintes afirmações
I. O calor entra por condução e sai muito pouco por
convecção.
II. O calor entra por radiação e sai muito pouco por
convecção.
III. O calor entra por radiação e sai muito pouco por
condução.
IV. O calor entra por condução e convecção e só pode
sair por radiação.
A(s) alternativa(s) que pode(m) justificar a elevada
temperatura do interior da estufa é(são):
a) I, III c) IV e) II
b) I, II d) II, III
P R É - V E S T I B U L A R
221
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
No coletor, a água circula através de dois canos 12. (UFRN) Em qual dos meios o calor se propaga
horizontais ligados por vários canos verticais. A por convecção?
água fria sai do reservatório, entra no coletor, onde a) água
é aquecida, e retorna ao reservatório por
b) vidro
convecção.
c) madeira
Na página seguinte, nas quatro alternativas, estão
representadas algumas formas de se conectar o d) metal
reservatório ao coletor. As setas indicam o sentido e) vácuo
de circulação da água.
Assinale a alternativa em que estão
CORRETAMENTE representados o sentido da 13. (UFMA) A irradiação é o único processo possível
circulação da água e a forma mais eficiente para de transmissão de energia:
se aquecer toda a água do reservatório.
a) nos gases
b) nos sólidos em geral
c) nos líquidos
a) b)
d) nos cristais
e) no vácuo.
11. (UFRS) Se o vácuo existente entre as paredes de As transferências de calor que ocorrem nestes
vidro de uma garrafa térmica fosse total, propagar- fenômenos são respectivamente:
se-ia calor de uma parede para a outra, apenas a) Convecção, condução, irradiação.
por: b) Convecção, condução, condução.
a) convecção c) Irradiação, condução, convecção.
b) radiação d) Condução, irradiação, convecção.
c) condução e) Condução, condução, convecção.
d) convecção e radiação
e) condução e convecção.
222 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
16. (Mackenzie-SP) Numa noite de inverno, o dormitório Só nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, foram
de Serginho apresentava uma temperatura ambiente duas medalhas de ouro das quatro conquistadas.
de 10 ºC. Para não sentir frio durante a madrugada,
ele esticou sobre a cama três cobertores de lã bem
espessos e aguardou alguns minutos. Em seguida,
deitou-se e percebeu que a cama continuava muito
fria. Após um certo tempo na cama, bem coberto,
sentiu que o “frio passou” e que a cama estava
quente. Tal fato explica-se, pois:
a) o frio não existe e a sensação de Serginho era Sabendo que a prática desse esporte exige uma
apenas psicológica. forte interação com o espaço geográfico e a
b) os cobertores não são aquecedores, mas isolantes natureza, caracterize corretamente a brisa
térmicos. Depois de Serginho deitar-se, seu corpo marítima.
aqueceu a cama. a) Sopra durante o dia do oceano (com menor
c) a cama provavelmente não tinha lençóis de lã e, temperatura) para o continente (com maior
então, o calor produzido pelos cobertores foi perdido temperatura).
para o ambiente. Quando Serginho se deitou, b) Sopra durante o dia do oceano (com menor
interrompeu esse processo. pressão) para o continente (com maior pressão).
d) os cobertores de lã provavelmente eram de cor clara c) Sopra durante a noite do continente (com maior
e, por isso, demoraram muito para aquecer a cama. temperatura) para o oceano (com menor
Após Serginho ter-se deitado, foi necessário mais temperatura).
algum tempo para que a cama ficasse quente.
d) Sopra durante a noite do continente (com maior
e) a lã utilizada para a confecção dos cobertores é pressão) para o oceano (com menor pressão).
um aquecedor natural muito lento e a temperatura
e) Sopra durante o dia ou durante a noite, sempre
de Serginho, de aproximadamente 37 ºC, não era
que ocorrem chuvas que reduzem a temperatura.
suficiente para aquecer a cama.
P R É - V E S T I B U L A R
223
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
c) absorvem mais a radiação térmica do que as residência típica. Para diminuir as perdas térmicas
roupas escuras. de uma geladeira, podem ser tomados alguns
d) impedem a formação de correntes de convecção cuidados operacionais:
com maior facilidade do que as roupas escuras. I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando
e) favorecem a condução do calor por apresentarem espaços vazios entre eles, para que ocorra a
maior condutibilidade térmica do que as roupas circulação do ar frio para baixo e do quente para
escuras. cima.
II. Manter as paredes do congelador com camada bem
22. (UFRGS) A seguir são feitas três afirmações sobre espessa de gelo, para que o aumento da massa de
processos termodinâmicos envolvendo gelo aumente a troca de calor no congelador.
transferência de energia de um corpo para outro. III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás)
I. A radiação é um processo de transferência de periodicamente, para que a gordura e a poeira que
energia que não ocorre se os corpos estiverem no nele se depositam não reduzam a transferência
vácuo. de calor o ambiente.
II. A convecção é um processo de transferência de Para uma geladeira tradicional é correto indicar,
energia que ocorre em meios fluidos. apenas,
III. A condução é um processo de transferência de a) a operação I
energia que não ocorre se os corpos estiverem à
b) a operação II
mesma temperatura.
c) as operações I e II
Quais estão corretas?
d) as operações I III
a) Apenas I. d) Apenas I e II.
e) as operações II e III
b) Apenas II. e) Apenas II e III.
c) Apenas III.
25. (FAZ-UBERABA-MG) Algumas pessoas usam
toalhas plásticas para forrar as prateleiras das
23. (FUVEST, SP) A figura ilustra um sistema de
suas geladeiras. Este procedimento:
aquecimento solar: uma placa metálica P, pintada
de preto, e, em contato com ela, um tubo metálico a) melhora a conservação dos alimentos, pois
encurvado; um depósito de água D e tubos de aumenta o isolamento térmico das geladeiras.
borracha T, que o ligam ao tubo metálico. 0 b) Aumenta o consumo de energia da geladeira, pois
aquecimento da água contida no depósito D pela reduz o fluxo do ar interno.
absorção de energia solar é devido basicamente
c) Reduz o consumo de energia da geladeira, pois o
aos seguintes fenômenos, pela ordem:
motor não precisa ficar ligado o tempo todo.
d) Melhora o desempenho da geladeira, pois reduz
as perdas de calor por convecção.
e) Não interfere no funcionamento da geladeira desde
que a placa de resfriamento não seja coberta.
224 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
27. Um corpo I é colocado dentro de uma campânula IV. O fenômeno da inversão térmica ocorre mais
de vidro transparente evacuada. Do lado externo, frequentemente no inverno e acentua a poluição,
em ambiente à pressão atmosférica, um corpo II é já que não ocorre convecção.
colocado próximo à campânula, mas não em
contato com ela, como mostra a figura.
É correto o contido em apenas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
P R É - V E S T I B U L A R
225
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II
ANOTAÇÕES
226 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
UNIDADE III
MUDANÇAS DE FASE E TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1 - As Mudanças de Estado Físico
2 - Influência da Pressão nas Mudanças de Fase
3 - Diagramas de Estado
4 - Calor Latente
5 - Calor Específico
6 - Capacidade Térmica
7 - Calorímetro
As substâncias possuem estados de agregação diferentes, o que caracteriza o seu estado físico. Os estados
sólido, líquido e gasoso estão relacionados com o grau das liberdades das moléculas. No estado sólido as partículas
não têm grande liberdade de movimentação e vibram em posições definidas, definindo assim as formas para as
substâncias sólidas. No estado líquido existe uma maior liberdade de movimentação do que no estado sólido, mas
ainda existe uma coesão considerável entre as moléculas. As substâncias líquidas têm forma variável, mas volumes
bem definidos, pelo recipiente que estão contidas. No estado gasoso as partículas têm liberdade de movimentação
muito maior do que nos outros estados, o que é garantido pela fraca força de coesão entre as moléculas.
As mudanças de fase ocorrem com absorção ou liberação de energia conforme está esquematizado na
figura abaixo.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Um líquido libera ou absorve energia quando se transforma em um gás? E quando se transforma em sólido?
P R É - V E S T I B U L A R
227
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
2. Um gás libera ou absorve energia quando se transforma em líquido? E quando um sólido se transforma em
liquido?
Quando aumentamos a pressão sobre um cubo de gelo, ao apertar um pedaço de gelo contra o outro ou ao
patinarmos no gelo, provocamos um derretimento do gelo nos pontos em que a pressão aumenta, ao parar de
apertar um cubo de gelo contra o outro ou parar de pressionar com a lamina dos patins determinada região, o gelo
volta ao seu estado sólido. O aumento da pressão baixa o ponto de fusão do gelo, já que favorece a aproximação
das moléculas.Uma experiência bastante conhecida que ilustra esse fenômeno é suspender dois pesos por um
arame fino sobre um bloco de gelo e conseguir passar o arame pelo bloco sem que esse se divida em duas partes,
como ilustra a figura.A pressão sobre o fio faz com que este penetre lentamente no gelo e à medida que o arame se
move lentamente à água acima se congelará novamente (regelo).
Quando a água entra em ebulição significa que as bolhas que são formadas e
vêm para a superfície tem a mesma pressão de vapor da superfície do líquido. Se a
pressão de vapor na superfície do liquido for maior as bolhas não se formariam e a
água não entraria em ebulição. Um aumento na pressão provoca então um aumento
no ponto de ebulição da água, já que o ponto de ebulição de um líquido é definido
como a temperatura em que a pressão de vapor é igual à pressão sobe o líquido. As
panelas de pressão utilizam desse fenômeno físico para cozinhar os alimentos mais
rapidamente já que atingem pressões maiores que a pressão atmosférica.
228 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
(ENEM) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamente do que
em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor escapar, a não
ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que controla a pressão. Quando em uso,
desenvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para a sua operação segura, é necessário observar a
limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, normalmente situada na tampa.
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água são apresentados abaixo.
3. A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição da água no local.
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns.
4. Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor pela
válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento.
a) será maior porque a panela “esfria”.
b) será menor, pois diminui a perda de água.
c) será maior, pois a pressão diminui.
d) será maior, pois a evaporação diminui.
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.
P R É - V E S T I B U L A R
229
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
O diagrama de estado de uma substancia é um gráfico que representa suas curvas de fusão, vaporização e
sublimação, como mostrado nos diagramas de estado do CO2 e da água, a seguir:
A temperatura crítica para o CO2 é de 31°C e para a água de 374 °C, como podemos verificar nos gráficos
acima.
A quantidade de calor fornecido a um corpo que não está sofrendo mudança de fase é utilizada para modificar
a energia cinética média de translação das moléculas, diferentemente de quando o corpo muda de fase, em que a
energia é utilizada para modificar o arranjo físico das partículas do sistema e provocar a mudança de estado. Esse
calor necessário à mudança do estado físico é chamado de calor latente e é dado pela equação abaixo:
230 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
ΔQ = mcΔ
ΔT , em que ΔQ é a quantidade de calor fornecida, m é a massa da substância e ΔT a variação de
cal
temperatura da substância. A água é uma substância abundante no nosso planeta e seu calor específico é 1 g°C ,
o que significa que para um grama de água sofrer um aumento de um grau de temperatura é necessária, uma
caloria.
A seguir apresentamos uma tabela com os calores específicos de algumas substâncias, observe que o calor
J
específico pode ser dado também nas unidades do Sistema Internacional, kg.k .
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
5. (UECE) O clima de regiões próximas de grandes massas de água, como mares e lagos, caracteriza-se por uma
grande estabilidade térmica, ao contrário de regiões no interior do continente, onde há acentuadas variações de
temperatura entre o dia e a noite. A propriedade que torna a água um regulador de temperatura é
a) sua grande condutividade térmica.
b) sua grande densidade.
c) seu elevado calor específico.
d) seu pequeno calor específico.
P R É - V E S T I B U L A R
231
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
6. (Fatec-SP) O calor específico de certa areia seca vale 0,20 cal/g . °C. Com essa informação, analise as afirmações seguintes:
I. Para que 20g dessa areia sofram elevação 10°C em sua temperatura, é necessário o recebimento de 40 cal.
II. A capacidade térmica de 50g de areia é 10 cal/°C.
III. Ao sofrer abaixamento de 2°C em sua temperatura, cada kg de areia libera 400 cal.
7. Que quantidade de calor é necessária para aquecer 60g de água de 30°C a 100°C e transformá-la em vapor de
água? Dado cH O = 1 cal/g°C e LVAPORIZAÇÃO = 540 cal/g
2
9. Mil e duzentos gramas de vapor a 100°C condensam-se em água num radiador de vapor. Que quantidade de calor
é liberada? Dado L = 540 cal/g
VAPORIZAÇÃO
232 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
QUESTÃO RESOLVIDA
Calcule
a) o calor latente de fusão Lf.
A fusão ocorre na temperatura de 0°C, em que a temperatura é constante, e dura 5,5 minutos.Sabemos
que 5,5 minutos é equivalente a 330 s, já que um minuto tem 50 s. O problema informa que 1,5 KJ são
transferidos por segundo, logo em 330s a quantidade ΔQ será 330s x 1,5KJ/s.
ΔQ 495 KJ
Da equação ΔQ = mLf, temos que L f = m = 1,5 = 330 Kg .
KJ
Temos então P.Δt = 1,5 300s = 450KJ .
s
Define-se capacidade térmica de um corpo como a quantidade de calor que esse precisa receber para que
sua temperatura varie uma unidade.
ΔQ
C= em que ΔQ é a quantidade de calor recebida e ΔT a variação de temperatura. Usando a equação
ΔT
mcΔT
ΔQ = mcΔ
ΔT temos que C = = mc , ou seja a capacidade térmica de um corpo pode ser expressa pelo produto
ΔT
da sua massa e dos seu calor específico.
III.7- CALORÍMETRO.
Dois corpos com diferentes temperaturas quando colocados são colocados em contato entre si e trocam
calor até atingirem o equilíbrio térmico. Nessa troca de calor o módulo da quantidade de calor recebida e cedida é
o mesmo.Temos então a equação:
ΔQcedida + ΔQabsorvida = 0
Os corpos que trocam calor são colocados no interior de dispositivos chamados calorímetros.Este é constituído
P R É - V E S T I B U L A R
233
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
por um recipiente onde se coloca água; possui uma tampa que permite fechá-lo perfeitamente e é isolado
termicamente do ambiente exterior. Um termômetro, que fica sempre imerso, assinala a temperatura da água
contida no calorímetro.
QUESTÃO RESOLVIDA
2. (UFPE) Uma bebida refrescante pode ser obtida pela mistura de chá quente com água gelada. Qual a
temperatura final (em °C) de uma mistura preparada a partir de 100 g de chá a 80°C com 400 g de água
a 5°C? considere o calor específico do chá igual ao da água (1,0 cal/g°C).
a) 20
b) 18
c) 16
d) 14
e) 12
Resolução: Alternativa a.
A quantidade de calor cedida pelo chá quente é igual em módulo a quantidade de calor absorvida
pela água gelada. Pela conservação de energia.
ΔQ cedida pelo chá + ΔQ absorvida pela água = 0
mchá . cchá . Δt + mágua cágua Δt = 0
100 . 1. (tf – 80) + 400 . 1 (tf – 5) = 0
100 (tf – 80) = – 400 (tf – 5)
tf – 80 = – 4 tf + 20
5 tf = 100
tf = 20°
234 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
QUESTÕES PROPOSTAS
1. (Mackenzie - SP) No rótulo da embalagem de um 4. (Cefet-PR) A experiência de Tyndall mostra que um
produto importado está escrito: “conservar sob arame pode atravessar um bloco de gelo sem
temperaturas de 5 °F a 23 °F”. Se o ponto de fusão separá-lo em partes. Tal experiência comprova que:
deste produto é -4 °C e o de ebulição é 40 °C, conclui- a) o arame é um bom condutor de calor.
se que, no intervalo de temperatura recomendado,
b) aumentando-se a pressão, todas as substâncias
o produto se encontra:
aumentam seu ponto de fusão.
a) sempre no estado sólido.
c) aumentando-se a pressão, todas as substâncias
b) sempre no estado líquido. diminuem seu ponto de fusão.
c) sempre no estado gasoso. d) sob pressão maior, o gelo pode fundir numa
d) no estado líquido e no estado gasoso. temperatura até 4 °C.
e) no estado sólido e no estado líquido. e) aumentando-se a pressão, a temperatura de fusão
do gelo diminui.
2. (UFES) Os cozinheiros sabem que um bom pudim
deve ser cozido em banho-maria: a fôrma contendo 5. (UFMT) Como a maioria das substâncias, a água
o pudim é mergulhada em um recipiente no qual se pode existir como sólido, líquido, gás e até atingir o
mantém água fervendo. A razão física para esse estado de plasma. Sobre os estados físicos da
procedimento é que: água, julgue as afirmativas seguintes:
a) o cozimento se dá a pressão controlada.
(01) Aquecido, o gelo pode se transformar em água
b) o cozimento se dá a temperatura controlada. líquida. Essa mudança ocorre a uma determinada
c) a água é um bom isolante térmico. temperatura, normalmente 0 °C. Sob pressão
d) o peso aparente do pudim é menor, devido ao empuxo normal, a água se mantém líquida até 100 °C.
(Princípio de Arquimedes).
(02) O calor necessário para transformar gelo em água
e) a expansão volumétrica do pudim é controlada. líquida, ou esta em vapor, é chamado calor latente.
P R É - V E S T I B U L A R
235
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
6. (FESP-SP) Dois recipientes contendo água são c) resfriando-o até uma temperatura abaixo da crítica
mantidos em cidades A e B à mesma temperatura. e comprimindo-o.
Sabe-se que em A a água está fervendo, mas em B d) comprimindo-o a uma temperatura acima da crítica.
a água não está fervendo. Pode-se dizer que:
e) diminuindo sua pressão acima da temperatura
a) a altitude de A é maior que a de B. crítica.
b) a altitude de B é maior que a de A.
c) a temperatura ambiente em A é maior que em B. 10. (UFC-CE-modificado) O quociente entre a quanti-
d) A e B estão em latitudes diferentes. dade de vapor de água realmente contida em certo
e) A e B estão em longitudes diferentes. volume de ar e a quantidade máxima que esse
volume poderá suportar para atingir o ponto de
saturação representa a:
7. (Unimes-SP) A água entra em ebulição em Santos,
a) Evaporação.
ao nível do mar, a 100 °C. Já no alto do Monte
Everest, cuja altitude é de aproximadamente 8000 b) Umidade absoluta.
m, a água entra em ebulição a 72 °C. Esta diferença c) Nebulosidade atmosférica.
é justificada pelo fato de que: d) Umidade relativa.
a) no Monte Everest, a pressão atmosférica é muito
menor que a de Santos.
11. (UFSM-RS) Considere uma certa quantidade de água
b) no Monte Everest, o ar frio impede o maior à pressão atmosférica e à temperatura ambiente
aquecimento da água. (25 °C). Indique se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada
c) em Santos, o calor é transferido com maior uma das afirmativas a seguir:
facilidade para a água.
d) no Monte Everest, a força gravitacional é muito ( ) A água pode ferver mantendo-se a pressão constante
menor do que a de Santos. e aumentando-se a temperatura.
e) em grandes altitudes, há a formação natural de ( ) A água pode solidificar mantendo-se constante a
geleiras que impedem altas temperaturas. pressão e diminuindo-se a temperatura.
( ) A água pode evaporar mesmo que a temperatura e
8. (Efoa-MG) Uma panela de pressão com água até a a pressão permaneçam constantes.
metade é colocada no fogo. Depois que a água está
fervendo, a panela é retirada do fogo e, assim que a
A seqüência correta é:
água pára de ferver, ela é colocada debaixo de uma
torneira de onde sai água fria. É observado que a a) F F V.
água dentro da panela volta a ferver. Isto se deve ao b) F V V.
fato de: c) V F F.
a) a água fria esquentar ao entrar em contato com a d) F V F.
panela, aumentando a temperatura interna. e) V V V.
b) a água fria fazer com que o vapor dentro da panela
condense, abaixando a pressão interna.
12. (UERJ) Na evaporação de um líquido:
c) a temperatura da panela abaixar, contraindo o metal
a) a velocidade é maior em ambiente saturado.
e aumentando a pressão interna.
b) a velocidade não depende da pressão de vapor do
d) a água fria fazer com que o vapor dentro da panela
líquido no ambiente em que ela se processa.
condense, aumentando a pressão interna.
c) a velocidade é constante, mesmo em ambiente
e) a temperatura da panela abaixar, dilatando o metal
fechado.
e abaixando a pressão interna.
d) a velocidade não depende da temperatura.
e) a velocidade é proporcional à área da superfície do
9. (UF-Viçosa-MG) É possível liquefazer-se um gás:
líquido.
a) comprimindo-o a qualquer temperatura.
b) aumentando sua temperatura a qualquer pressão.
236 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
13. (Unemat-MT-modificado) Se deixarmos um copo d) o botijão ficará muito quente, porque o gás escapa
com água sob a ação das intempéries do dia-a-dia, com grande velocidade.
vamos constatar que, passado algum tempo, ele e) o botijão ficará com temperatura inalterada, pois o
se encontra vazio, mesmo não sendo sujeitado ao processo ocorre sem trocas de calor.
processo de ebulição. Analise os itens seguintes
relacionados à passagem da água do estado líquido
para o estado de vapor: 16. A figura mostra os gráficos das temperaturas em
função do tempo de aquecimento, em dois
(01) O copo ficou vazio devido ao processo da experimentos separados, de dois sólidos, A e B, de
evaporação, que é uma vaporização espontânea da massas iguais, que se liquefazem durante o
água que ocorre qualquer que seja a temperatura processo. A taxa com que o calor é transferido no
em que esteja a água. aquecimento é constante e igual nos dois casos.
P R É - V E S T I B U L A R
237
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
18. (Fuvest–SP) Em uma panela aberta, aquece-se a) a temperatura de fusão do estanho é 232°C.
água, observando–se uma variação da temperatura b) entre 100 s e 200 s do início da experiência, o
da água com o tempo, como indica o gráfico. estanho se apresenta totalmente no estado líquido.
c) suponha que a capacidade calorífica dos pedaços
de estanho seja igual a 100 cal/°C. Então, nos
primeiros 100 s da experiência, os pedaços de
estanho absorvem uma quantidade de calor igual a
20,7 kcal.
d) entre 100 s e 200 s do início da experiência, o
estanho não absorve calor.
e) a temperatura do estanho no instante 300 s do início
da experiência é igual a 673 K.
238 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
Assinale a alternativa cujo gráfico melhor descreve 23. Uma determinada quantidade de calor é fornecida a
a variação da temperatura do bloco com o tempo. uma amostra formada por um bloco de 1 kg de gelo,
que se encontra inicialmente a – 50°C, até que toda
a água obtida do gelo seja completamente vaporizada.
O gráfico abaixo representa a variação de
temperatura da amostra e a quantidade mínima de
calor necessária para completar cada uma das
transformações sofridas pela amostra.
Pressão (mmHg)
é aquecida até ser totalmente convertida em vapor, uma camada de gelo 760
a 120°C. A variação da temperatura em função do no fundo de uma ponto
sólido triplo
calor absorvido durante esse processo está cratera na superfície
representada neste gráfico. de Marte. Nesse 4579
vapor
planeta, o gelo
0,0098 100
desaparece nas Temperatura (°C)
estações quentes e
reaparece nas estações frias, mas a água nunca
foi observada na fase líquida. Com auxílio do
diagrama de fase da água, analise as três afirmações
seguintes.
I. O desaparecimento e o reaparecimento do gelo,
sem a presença da fase líquida, sugerem a
ocorrência de sublimação.
Por conveniência, nesse gráfico, o eixo corresponde
ao calor absorvido não está em escala. II. Se o gelo sofre sublimação, a pressão atmosférica
local deve ser muito pequena, inferior à pressão do
Sejam L f e L v os calores latentes de,
ponto triplo da água.
respectivamente, fusão e vaporização da água e Cg
e Cv os calores específicos, respectivamente, do III. O gelo não sofre fusão porque a temperatura no
gelo e do vapor. interior da cratera não ultrapassa a temperatura do
ponto triplo da água.
Com base nas informações contidas nesse gráfico,
é CORRETO afirmar que De acordo com o texto e com o diagrama de fases,
pode-se afirmar que está correto o contido em
a) Lf > Lv e Cg > Cv.
a) I, II e III. d) I e II, apenas.
b) Lf > Lv e Cg < Cv.
b) II e III, apenas. e) I, apenas.
c) Lf < L v e C g > C v .
c) I e III, apenas.
d) Lf < L v e C g < C v .
P R É - V E S T I B U L A R
239
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
25. (UFMG) Considere estas informações: 28. (Mackenzie-SP) Uma fonte térmica fornece
• a temperaturas muito baixas, a água está sempre 55 cal/s com potência constante. Um corpo de
na fase sólida; massa 100 g absorve totalmente a energia
proveniente da fonte e tem temperatura variando em
• aumentando-se a pressão, a temperatura de fusão
função do tempo, conforme o gráfico abaixo.
da água diminui.
Assinale a alternativa em que o diagrama de fases
pressão versus temperatura para a água está de
acordo com essas informações.
240 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
30. (ITA-SP) O ar dentro de um automóvel fechado tem 34. (UEL-PR) Os cinco corpos, apresentados na tabela
massa de 2,6 kg e calor específico de 720 J/kg ºC. abaixo, estavam à temperatura ambiente de 15 °C
Considere que o motorista perde calor a uma taxa quando foram, simultaneamente, colocados num
constante de 120 joules por segundo e que o recipiente que continha água a 60 °C.
aquecimento do ar confinado se deva
exclusivamente ao calor emanado pelo motorista. Massa Calor específico
Material
Quanto tempo levará para a temperatura variar de (g) (cal/g °C)
2,4 ºC a 37 ºC? Alumínio 20 0,21
a) 540 s. d) 360 s.
Chumbo 200 0,031
b) 480 s. e) 300 s.
c) 420 s. Cobre 100 0,092
Ferro 30 0,11
31. (Unifesp-SP) Dois corpos, A e B, com massas
iguais e a temperaturas tA = 50 – tF°C e tB = tF – 10 Latão 150 0,092
°C, são colocados em contato até atingirem a
temperatura de equilíbrio. O calor específico de A é
o triplo do de B. Se os dois corpos estão isolados
Ao atingirem o equilíbrio térmico, o corpo que
termicamente, a temperatura de equilíbrio é:
recebeu maior quantidade de calor foi o de:
a) mACAΔtA + mBCBΔtB = 0
a) alumínio.
b) mA3CB(tF – 50) + mBCB(tF – 10) = 0
b) chumbo.
c) tF – 50 = tF – 10
c) cobre.
d) 3tF – 150 = – tF + 10
d) ferro.
e) 4tF = 160 tF = 40
e) latão.
P R É - V E S T I B U L A R
241
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
final de equilíbrio foi obtida a 30 °C. Nessas integralmente pela água, o tempo decorrido somente
condições, o calor específico da liga, em cal/g °C, para a vaporização total da água será de:
vale: Dado: calor latente de vaporização da água = 540 cal/g
a) 0,044.
b) 0,036. a) 9 minutos.
c) 0,030. b) 12 minutos.
d) 0,36. c) 15 minutos.
e) 0,40. d) 18 minutos.
e) 21 minutos.
37. (Fuvest-SP) Num forno de microondas é colocado
um vasilhame contendo 3 kg d’água a 10 ºC. Após
40. (Mackenzie-SP) Um pequeno bloco de gelo (água
manter o forno ligado por 14 min, verifica-se que a
em estado sólido), que se encontra inicialmente a -
água atinge a temperatura de 50 ºC. O forno é então
20 °C, é colocado rapidamente no interior de uma
desligado e dentro do vasilhame d’água é colocado
garrafa de capacidade térmica desprezível, que
um corpo de massa 1 kg e calor específico c = 0,2
contém 250 cm3 de água pura a 18 °C. O equilíbrio
cal/(g ºC), à temperatura inicial de 0 ºC. Despreze
térmico do sistema dá-se a 0 °C e, a esta
o calor necessário para aquecer o vasilhame e
temperatura, toda a água existente no interior da
considere que a potência fornecida pelo forno é
garrafa encontra-se em estado líquido. A massa
continuamente absorvida pelos corpos dentro dele.
deste bloco de gelo é:
O tempo a mais que será necessário manter o forno
Dados:
ligado, na mesma potência, para que a temperatura calor específico da água líquida = 1,00 cal/(g °C)
de equilíbrio final do conjunto retorne a 50 ºC é: calor específico da água sólida (gelo) = 0,50 cal/(g °C)
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
a) 56 s. d) 280 s. densidade da água líquida = 1,00 g/cm3
b) 60 s. e) 350 s.
c) 70 s. a) 25 g.
b) 50 g.
38. (UFRGS) Um sistema consiste de um cubo de 10 g c) 56,25 g.
de gelo, inicialmente à temperatura de 0 °C. Esse d) 272 g.
sistema passa a receber calor proveniente de uma
e) 450 g.
fonte térmica e, ao fim de algum tempo, está
transformado em uma massa de 10 g de água a 20
°C. Qual foi a quantidade de energia transferida ao 41. (PUC-RS) Colocam-se 420 g de gelo a 0 °C num
sistema durante a transformação? calorímetro com água a 30 °C. Após atingida a
Dados: temperatura de equilíbrio térmico, verifica-se que
calor específico da água = 4,18 J/g °C; sobraram 20 g de gelo. Sendo de 80 cal/g o calor
calor latente de fusão do gelo = 334,4 J/g.
de fusão da água, é correto afirmar que a
temperatura final de equilíbrio térmico e a quantidade
a) 418 J. de calor ganho pelo gelo são, respectivamente:
b) 836 J. Dados:
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
c) 4,18 kJ. calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
d) 6,77 kJ.
e) 8,36 kJ. a) 30 °C e 50 kcal.
b) 30 °C e 45 kcal.
39. (Mackenzie-SP) Sob pressão normal, uma chama c) 15 °C e 40 kcal.
constante gasta 3 minutos para elevar a temperatura d) 0 °C e 38 kcal.
de certa massa de água (calor específico = 1 cal/g
e) 0 °C e 32 kcal.
°C) de 10 °C até 100 °C. Nessa condição, admitido
que o calor proveniente da chama seja recebido
242 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
42. (UFPE) Uma jarra de capacidade térmica igual a 60 45. (PUC-RS) Numa garrafa térmica a 20 °C, contendo
cal/°C contém 300 g de água em equilíbrio a uma água também a 20 °C, é colocado um pedaço de
determinada temperatura. Adicionam-se 36 g de gelo com 200 g a 0 °C. Na situação final de equilíbrio
gelo a 0 °C e mantém-se a jarra em um ambiente térmico, verifica-se uma mistura de água e 100 g de
isolado termicamente. Quando o sistema entra em gelo. Sendo 80 cal/g o calor latente de fusão do
equilíbrio, a sua temperatura final é igual a 20 °C. gelo e 1,0 cal/g °C o calor específico da água, o
Qual a redução na temperatura da água? calor absorvido (da garrafa térmica e da água que
Dados: nela se encontrava) pelo gelo e a temperatura final
calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C são, respectivamente:
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g a) 1,6 kcal e 20 °C. d) 6,4 kcal e 0 °C.
b) 3,0 kcal e 10 °C. e) 8,0 kcal e 0 °C.
a) 10 °C. d) 16 °C. c) 6,0 kcal e 10 °C.
b) 12 °C. e) 18 °C.
c) 14 °C. 46. (Unirio-RJ) Um calorímetro, de capacidade térmica
desprezível, contém 200 g de água a 50 °C. Em
seu interior é introduzido um bloco de ferro com
43. (FMTM) Deseja-se resfriar 100 g de vapor de água a
massa de 200 g a 50 °C. O calor específico de ferro
120°C para 90°C.
é 0,11 cal/g °C. Em seguida, um bloco de gelo de
Dados:
500 g a 0 °C é também colocado dentro do
calor específico da água = 1 cal/g.°C;
calor latente de condensação = – 540 cal/g; calorímetro. O calor específico da água é de
calor específico do vapor ≈ 0,5 cal/g.°C. 1,0 cal/g °C e o calor latente da fusão do gelo é de
Se o experimento ocorre no nível do mar, a 80 cal/g. Não há trocas de calor com o ambiente.
quantidade de calor que deve ser retirada para essa Nestas circunstâncias, qual a temperatura de
transformação, em kcal, deve ser de equilíbrio deste sistema, em °C?
Dados:
a) 50. densidade da água = 1,0 g/cm3
b) 54. calor específico da água = 1,0 cal/(g °C)
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
c) 55. calor específico do gelo = 0,5 cal/(g °C)
d) 56. a) 0 d) 30.
e) 60. b) 10. e) 40.
c) 20.
44. O morador da cidade de São Paulo, relativamente
àquele que mora no litoral, pode economizar gás de 47. (Mackenzie-SP) Num copo de capacidade térmica
cozinha toda manhã, ao ferver a água para o café. desprezível tem-se inicialmente 170 cm3 de água a
De fato, em São Paulo, a água ferve a cerca de 20 °C. Para resfriar a água colocam-se algumas
98°C, diferente do litoral, onde ela ferve a 100°C. Se “pedras” de gelo, de massa total 100 g, com
a água que sai da torneira, em ambos os lugares, temperatura de -20 °C. Desprezando as perdas de
estiver inicialmente a 20°C, a energia economizada calor com o ambiente e sabendo que após um
pelo santista para que 800 mL de água atinjam a intervalo de tempo há o equilíbrio térmico entre a
temperatura de ebulição é, em cal, relativamente ao água líquida e o gelo, a massa de gelo remanescente
paulistano, no copo é:
Dados:
Dados:
densidade da água = 1 g/mL
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor específico da água = 1 cal/(g.°C)
calor específico do gelo = 0,5 cal/g °C
a) 1.600 calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
b) 1.800 densidade da água = 1,0 g/cm3
densidade do gelo = 0,8 g/cm3
c) 2.400
a) zero. d) 38 g.
d) 3.400
b) 15 g. e) 70 g.
e) 7.850
c) 30 g.
P R É - V E S T I B U L A R
243
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
48. (Mackenzie-SP) Uma pessoa tem em suas mãos 50. (FEI-SP) Em um recipiente isolado do meio existem
uma jarra contendo 576 ml de água pura a 25 °C. 40 garrafas de vidro cheias de água a 20 °C. Se
Querendo tomar “água gelada”, essa pessoa coloca cada garrafa, quando vazia, possui massa de 125 g
na jarra 20 cubos de gelo de 2 cm de aresta cada e capacidade de 200 ml, qual a massa de gelo a 0
um, a -10 °C, e aguarda o equilíbrio térmico. °C que deve ser acrescentada no recipiente, para
Considerando que apenas gelo e água troquem calor que no equilíbrio térmico a temperatura seja de
entre si, a temperatura de equilíbrio térmico é: 10 °C?
Dados: Despreze as trocas de calor com o recipiente e
calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C
calor específico da água = 1,0 cal/g °C considere o calor específico do vidro igual a 0,2 cal/
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g g °C e o calor latente de fusão do gelo igual a 80
densidade do gelo = 0,80 g/ml cal/g.
a) m = 0,5 kg.
a) 0 °C. b) m = 1,0 kg.
b) 2 °C. c) m = 2,0 kg.
c) 5 °C. d) m = 10,0 kg.
d) 6,1 °C. e) m = 200 kg.
e) 7,2 °C.
Dado:
calor latente de fusão do gelo = 320 kJ/kg Dados:
calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
densidade do gelo: 0,92g/cm3
Esses dados permitem estimar a transferência de
calor pelo isopor, como sendo, aproximadamente,
a) 0,050.
de:
b) 0,092.
a) 0,5 kJ/h.
c) 0,096.
b) 5 kJ/h.
d) 0,10.
c) 120 kJ/h.
e) 1,0.
d) 160 kJ/h.
e) 320 kJ/h.
244 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
52. (UFG-GO) Um recipiente de material termicamente O bloco de metal, a 115°C, foi colocado em contato
isolante contém 300 g de chumbo derretido à sua com o líquido, a 10°C, em um recipiente ideal e
temperatura de fusão de 327 °C. Quantos gramas isolado termicamente.
de água fervente devem ser despejados sobre o Considerando que ocorreu troca de calor somente
chumbo para que, ao final do processo, toda a água entre o bloco e o líquido, e que este não se evaporou,
tenha se vaporizado e o metal solidificado se o equilíbrio térmico ocorrerá a
encontre a 100 °C? Suponha que a troca de calor
a) 70°C.
se dê exclusivamente entre a água e o chumbo.
b) 60°C.
Dados:
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g c) 55°C.
calor latente de fusão do chumbo = 5,5 cal/g
calor específico do chumbo = 0,03 cal/g °C d) 50°C.
e) 40°C.
a) 3,0 g. d) 6,2 g.
b) 3,4 g. e) 6,8 g. 55. Calor é absorvido por uma amostra de certa
c) 5,5 g. substância, em condições nas quais sua massa é
mantida constante e é nulo o trabalho realizado pela
amostra.
53. (OBF) Uma estudante colocou em um recipiente
O gráfico abaixo representa, em unidades arbitrárias,
2,0 litros (2,0 kg) de água, inicialmente a 20 °C,
o calor (Q) absorvido pela amostra, como função
para ferver. Distraindo-se, esqueceu a água no fogo
da variação de temperatura (ΔT) que este calor
por um certo tempo e, quando percebeu, metade
provoca na mesma.
da água havia se evaporado. Curiosa, desejou saber
que quantidade de calor a água havia consumido
no processo. Sendo o calor específico e o calor de
vaporização da água, respectivamente, iguais a
1,0 cal/g°C e 540 cal/g, encontrou
a) 700 kcal
b) 620 kcal
c) 160 kcal
d) 540 kcal
e) 80 kcal
P R É - V E S T I B U L A R
245
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
Quais estão corretas? 59. (Vunesp–SP) Massas iguais de cinco líquidos distintos,
a) Apenas I. cujos calores específicos estão dados na tabela,
encontram–se armazenadas, separadamente e a
b) Apenas II.
mesma temperatura, dentro de cinco recipientes com
c) Apenas III. boa isolação e capacidade térmica desprezível.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III. Líquido Calor específico (J/g . ºC)
Água 4,19
56. (UFMG) Um cozinheiro quer comprar uma panela que Petróleo 2,09
esquente rápida e uniformemente. Glicerina 2,43
Ele deve procurar uma panela feita de um material que Leite 3,93
tenha
Mercúrio 0,14
a) alto calor específico e alta condutividade térmica.
b) alto calor específico e alta condutividade térmica.
c) baixo calor específico e alta condutividade térmica. Se cada líquido receber a mesma quantidade de calor,
suficiente apenas para aquecê–lo, mas seu ponto de
d) baixo calor específico e baixa condutividade térmica.
ebulição, aquele que apresentará temperatura mais
alta após o aquecimento será:
57. (FEI–SP) Para determinar o calor específico do ferro,
a) a água.
um aluno misturou em um calorímetro ideal 200g de
b) o petróleo.
água a 20°C com 50g de ferro a 100°C e obteve a
temperatura final da mistura T = 22°C. Qual é o calor c) a glicerina.
específico do ferro? d) o leite.
a) 0,05 cal/g . °C. e) o mercúrio.
b) 0,08 cal/g . °C
c) 0,10 cal/g . °C 60. (Fuvest–SP) Um pedaço de gelo de 150 g à
d) 0,25 cal/g . °C temperatura de – 20°C é colocado dentro de uma
garrafa térmica contendo 400g de água à
e) 0,40 cal/g . °C
temperatura de 22°C.
246 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
P R É - V E S T I B U L A R
247
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
248 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
72. Uma determinada quantidade de calor é fornecida sem misturá–los. Para isso é usado um bloco de 100g
a uma amostra formada por um bloco de 1 kg de de uma liga metálica inicialmente a uma temperatura
gelo, que se encontra inicialmente a – 50°C, até de 90°C. O bloco é imerso durante certo tempo num
que toda a água obtida do gelo seja completamente dos recipientes e depois transferido para o outro, nele
vaporizada. permanecendo até ser atingido o equilíbrio térmico.
O gráfico abaixo representa a variação de O calor específico da água é dez vezes maior que o
temperatura da amostra e a quantidade mínima de da liga. A temperatura do bloco, por ocasião da
calor necessária para completar cada uma das transferência, deve ser então igual a
transformações sofridas pela amostra. a) 10°C
b) 20°C
c) 40°C
d) 60°C
e) 80°C
P R É - V E S T I B U L A R
249
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
250 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
P R É - V E S T I B U L A R
251
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
calor sensível de vaporização da água 540 cal/g Examinando o gráfico, podemos afirmar a respeito
dos calores específicos da substância nas fases
O diagrama de aquecimento da água, quando sólida (Cs), líquida (Cl) e gasosa (Cg):
submetida a uma fonte térmica de fluxo constante, a) Cs > Cg > Cl
está mais bem esquematizado na alternativa b) Cs < Cg = Cl
c) Cs = Cl = Cg
d) Cs < Cl < Cg
a) e) Cl > Cs > Cg
ANOTAÇÕES
b)
c)
d)
e)
252 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1
(Unifesp-SP-modificado) Em dias muito quentes e secos, como os do último verão europeu, quando as temperaturas
atingiram a marca de 40 °C, nosso corpo utiliza-se da transpiração para transferir para o meio ambiente sua energia
excedente. Por meio desse mecanismo, a temperatura de nosso corpo é regulada e mantida em torno de 37 °C. No
processo de transpiração, a água das gotas de suor sofre uma mudança de fase à temperatura constante, na qual
passa lentamente da fase líquida para a gasosa, consumindo energia, que é cedida pelo nosso corpo. Se, nesse
processo, uma pessoa perde energia a uma razão de 113 J/s, e se o calor latente de vaporização da água é de
2,26.103 J/g, determine a quantidade de água perdida na transpiração pelo corpo dessa pessoa, em 1 hora.
QUESTÃO 2
(Ufla-MG-modificado) Considere a seguinte experiência. Numa cidade situada ao nível do mar, uma panela com
água é colocada sobre o fogo e deixada até que comece a ferver, a 100 °C. Em seguida, o fogo é desligado e
a água pára de ferver. Logo depois retira-se, com uma seringa, um pouco dessa água. O orifício da seringa é
vedado e o êmbolo é puxado até o fim. Verifica-se que a água na seringa começa novamente a ferver. Como
você explica o fenômeno?
QUESTÃO 3
(Olimpíada Brasileira de Física) Para cozinhar um alimento em água, o mais rápido possível e sem desperdiçar
energia, uma pessoa procede da seguinte forma: coloca a panela no fogão com fogo lento e, quando a mistura
estiver fervendo, aumenta a intensidade da chama. Este procedimento é correto? Justifique.
QUESTÃO 4
(UFScar-SP) Um exercício sobre trocas de calor propunha que 235 g de água, à temperatura de 25 ºC e a
pressão de 1 atm, fossem misturadas a 63 g de gelo, à temperatura de -18 ºC, num calorímetro ideal mantido
sob agitação. Para resolvê-lo, um estudante testou as cinco hipóteses seguintes:
P R É - V E S T I B U L A R
253
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III
QUESTÃO 5
(Fuvest-SP) Em um local onde a água ferve a 100 °C, aquece-se 1 litro de água. A temperatura da água varia
conforme o gráfico a seguir.
Dados:
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g
densidade da água = 1,0 kg/l
254 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA I
GABARITO
FÍSICA I – VOLUME I
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1) FR = 25 N
2) a)
F2
R
F1
b)
F3 − F4
R
F5
c)
F6
R
3) 140N
F7
4) ⎢VR ⎢ = 5m/s
P R É - V E S T I B U L A R
255
Volume I Gabarito FÍSICA I
QUESTÕES PROPOSTAS
1. C 8. D 15. D 22. C
2. C 9. D 16. D 23. B
3. B 10. A 17. C 24. A
4. B 11. D 18. D 25. B
5. D 12. A 19. E 26. D
6. D 13. C 20. A
7. B 14. D 21. C
QUESTÕES ABERTAS
1. a) Não
b) No 1º diagrama o corpo não está em equilíbrio na direção x. No 2º diagrama o corpo não está em equilíbrio nas
duas direções.
2. 45N
3. T1 > T2 > T3
UNIDADE II - CINEMÁTICA
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
256 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA I
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES ABERTAS
1. Treino A
0,4s a menos
2. a) a1 = 2,0 m/s2 a2 = -4,0 m/s2
b) S1 = 75 - 10t + t2 S2 = 50 + 20t - 2t2
c) Nesse momento os dois carros tem V = 0 e invertem o sentido de seus movimentos.
3. a) 1,2 s
b) 6,0 m/s
c) 1,8 m
4. a) 10 s
b) 100 m
5. 2,3
P R É - V E S T I B U L A R
257
Volume I Gabarito FÍSICA I
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. E 5. CeG 7. C
2. D 6. b) 5 kgf 8. A
3. A c) 6 kgf 9. A
4. CeE d) 0,75
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES ABERTAS
3. a) fa = 0
b) 8,0 s
258 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA II
GABARITO
FÍSICA II - VOLUME I
UNIDADE I - ESTRUTURA DA MATÉRIA E LEI DE COULOMB
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. A barra de vidro e o pano de lã adquirem cargas de sinais opostos, pois foram eletrizadas por atrito. A esfera A fica
com carga de mesmo sinal que a barra de vidro, pois foi eletrizada por contato. O mesmo se pode dizer para a
esfera B em relação à lã. Assim, o pano de lã e a esfera A terão cargas de sinais opostos e se atrairão.
2. Sabe-se que a massa de 18 litros de água é de 18 kg. A massa molar da água é 18, ou seja, em 1 mol de moléculas
de água, temos a massa de 18g. Assim, em 18kg (18.000 g), há 1 mol de água ou, ainda, aproximadamente, 6 x
1023 moléculas. Se um elétron for retirado de cada molécula, a carga
3. Apesar de ser uma quantidade muito pequena, há um certo aumento de massa quando o corpo fica negativo, pois
ele ganha elétrons; e há uma ligeira redução de massa, pois ele perde elétrons. Essa diferença, apesar de existir,
é muito pequena e não pode ser detectada por balanças comuns.
4. Uma caneta possui cargas positivas e negativas em mesmo número, por isso é neutra.
5. A corrente metálica funciona como fio terra, efetuando a ligação da lataria do carro com a Terra. Como esta é muito
maior que o carro, as cargas em excesso na lataria fluem para a Terra e, com isso, protegem o caminhão de
possíveis centelhas elétricas.
6. Não é possível, uma vez que o corpo humano é condutor. Por um lado, você eletriza a barra, por outro, retira as
cargas em excesso. Para eletrizar assim, é necessário utilizar luvas de material isolante elétrico.
7. A resposta aqui é pessoal. Em geral, o fato de a molécula de água ser polar facilita a atração em relação ao corpo
eletrizado. Cada molécula de água que toca no corpo contribui para que ele perca parte de suas cargas. Em dias
muito úmidos, os objetos descarregam-se rapidamente.
8. A força eletrostática varia inversamente com o quadrado da distância. Assim, a parte do papel que estiver próxima
do bastão sofrerá uma atração mais intensa do que a repulsão verificada na parte oposta. Dessa forma, a força
elétrica resultante será de atração.
9. Ambas as forças variam inversamente com o quadrado da distância. No entanto, as forças elétricas podem ser de
atração ou de repulsão. Já as gravitacionais só são de atração.
10. A força que mantém elétrons ligados aos núcleos é de natureza elétrica. Como a força elétrica varia com o inverso
do quadrado da distância, quanto mais afastadas estiverem as partículas, menor é a intensidade da força e, portanto,
mais fácil o deslocamento do elétron.
11. O que mantém os íons ligados são forças de natureza elétrica. A constante eletrostática da água é muito menor que
a do óleo. Assim, quando o sal é colocado em água, as forças de ligação tornam-se muito menores e, com isso, a
separação dos íons é facilitada.
P R É - V E S T I B U L A R
259
259
Volume I Gabarito FÍSICA II
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1
a) descrever a eletrização por contato
b) α 2 > α1
QUESTÃO 2
Em primeiro lugar, devemos garantir que as duas esferas estejam neutras. Para isso, podemos colocá-las em
contato e ligá-las à Terra pelo fio terra. Em seguida, já sem o fio terra e com as esferas em contato, aproximamos
o bastão carregado. Por último, ainda na presença do bastão, as esferas são afastadas uma da outra.
QUESTÃO 3
a) 9 x 10-3N
b) 1,4N
QUESTÃO 4
a) 2,5 x 10–2 N
b) 5,0 x 10–8 C
QUESTÃO 5
Repelida
260 P R É - V E S T I B U L A R
260
Volume I Gabarito FÍSICA II
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1 QUESTÃO 4
a) negativa pois a força está oposta ao campo. a) 1,6 x 104V
b) 2,6 x 10-15J
Eq
b) θ = arctg( )
mg
QUESTÃO 5
QUESTÃO 2 a) vertical para baixo
a) 3x10². b) nulo, pois a força é perpendicular ao deslocamento
b) 4m/s
QUESTÃO 3
Q
a) k
a
b) DMÁX = a 3
P R É - V E S T I B U L A R
261
261
Volume I Gabarito FÍSICA III
GABARITO
FÍSICA III – VOL. I
UNIDADE I - TEMPERATURA E DILATAÇÃO
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. -40º ou -40ºF. 6. B
2. 308 K e 315 K. As variações nas duas escalas são 7. A
as mesmas. 8. C
3. A 9. 110 litros
4. B 10. B
5. A 11. C
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES ABERTAS
1. 22,5 ºC
2. 2 ºX
3. (A) _tM = 12,5 ºM
(B) 50 ºM
4. 100 ºC
5. R$ 0,726
262 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA III
QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Absorve. Libera. 4. E 7. 36.600 cal.
2. Libera. Absorve. 5. C 8. 27.000 cal.
3. B 6. E 9. 648.000 cal.
QUESTÕES PROPOSTAS
P R É - V E S T I B U L A R
263
Volume I Gabarito FÍSICA III
QUESTÕES ABERTAS
1. 180 g
2. Diminui a pressão do vapor sobre a água, reduzindo a temperatura de ebulição: a água ferve numa temperatura
inferior a 100 °C.
3. Aumentar a intensidade da chama não altera a temperatura em que está ocorrendo a mudança de fase e, portanto,
não acelera o cozimento.
4. a) A segunda hipótese é possível, pois o gelo necessita de 5616 calorias para ter sua temperatura se elevando até
0 °C e para se derreter completamente. A água pode fornecer até 5875 calorias (indo de 25 °C até 0 °C).
b) Se a pressão aumentar, diminui a temperatura de fusão. A massa de gelo que se funde não se modifica.
5. a) 1,6·104 cal
b) 120 g
264 P R É - V E S T I B U L A R
P R É - V E S T I B U L A R
L1 / Física / S1 – 2010
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