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Volume I

Física I

Unidade I
Grandezas Físicas .............................. 1

Unidade II
Cinemática ....................................... 17

Unidade III
Leis de Newton ................................ 63

Antônio Fernando Fonseca


Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I

UNIDADE I
GRANDEZAS FÍSICAS
1 – Grandezas Físicas
2 – Soma de Vetores
3 – Decomposição de Vetores

I.1 - GRANDEZAS FÍSICAS


O que é uma grandeza física?
Tudo aquilo que medimos ou calculamos para entendermos um fenômeno físico é chamado de grandeza
física.

Quais são os tipos?

1. GRANDEZA ESCALAR
É a grandeza física que só precisa do módulo (valor) para ser caracterizada.

Exemplos de grandezas escalares:


Tempo, massa, volume e distância percorrida.

2. GRANDEZA VETORIAL
Além do módulo (valor) precisamos indicar outras duas características para realmente descrevermos uma
grandeza vetorial. As duas características são a direção e o sentido. A direção indica se por exemplo, o vetor é
vertical, diagonal ou horizontal, e é definida por uma reta. O sentido indica para onde o vetor aponta, por exemplo,
da esquerda para direita ou de baixo para cima.

Exemplos de grandezas vetoriais:


Velocidade, força, aceleração, deslocamento, campo elétrico e campo magnético.

Toda grandeza vetorial é representada em um desenho por uma SETA (VETOR). O tamanho da SETA (VETOR)
medida em uma escala é o seu MÓDULO (VALOR). A linha pontilhada representa a DIREÇÃO e a seta na ponta do
vetor indica o sentido.

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ATENÇÃO
Não confunda direção e sentido de um vetor. A direção é determinada por uma reta e o sentido
é determinado para onde a seta do vetor aponta.

A diferença entre Deslocamento (D) e Distância Percorrida (d)

Imagine um estudante caminhando por um quarteirão em forma


de um quadrado como na figura ao lado. Cada lado desse quadrado tem
100 m de comprimento. Ele sai da esquina A, passa pela esquina B e
pára na esquina C. O caminho percorrido está marcado pelos segmentos
tracejados.

Se somarmos o lado AB com o lado BC teremos o total de 200 m.


Esse resultado é a DISTÂNCIA PERCORRIDA que é uma grandeza
escalar e é simplesmente a soma de tudo que foi percorrido sem se
importar com a direção e o sentido. Figura 1

Já a Figura 2 representada ao lado mostra o vetor do


DESLOCAMENTO realizado pelo estudante no percurso ABC. O
DESLOCAMENTO é dado pela diferença da posição final para a posição
inicial. A caracterização do vetor deslocamento envolve o módulo (valor),
a direção e o sentido.

O MÓDULO DO VETOR DESLOCAMENTO


Como mostra a figura, o vetor do deslocamento tem o tamanho da
diagonal do quadrado. Usando a fórmula matemática para a diagonal do
Figura 2 quadrado teremos:

D=L 2 ⇒ D = 100 2 m

Nota – Essa fórmula da diagonal do quadrado é também obtida com a simples aplicação do Teorema de Pitágoras.

A DIREÇÃO DO VETOR DESLOCAMENTO


É a reta sobre a qual o vetor está representado. Na figura 2, é a reta que contém os pontos A e C representada
pelo traço pontilhado na diagonal.

O SENTIDO DO VETOR DESLOCAMENTO


É para onde aponta a seta do vetor. Para o nosso deslocamento o sentido é de A para C.

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I.2 - SOMA DE VETORES


Neste tópico veremos que grandezas vetoriais não podem ser somadas da mesma forma que grandezas escalares,
não é simplesmente o módulo de um vetor somado ao módulo do outro vetor. Depende da direção e do sentido dos
vetores.
Para aprendermos a lidar com vetores vamos imaginar dois deslocamentos sucessivos de uma formiguinha
sobre uma mesa. Os módulos desses dois deslocamentos são:

D1 = 8 cm e D2 = 6 cm

1º CASO – VETORES NA MESMA DIREÇÃO E NO MESMO SENTIDO


A formiguinha sai de A, vai para B e de B vai para C terminando nesse ponto.
A equação da soma dos vetores é a seguinte:

R = D1 + D2

R é o vetor resultante, o vetor que representa a ação conjunta dos vetores D1 e D2.

O valor de R nesse caso é a simples soma dos valores dos dois vetores, por estarem na mesma direção e
sentido. Esse é o único caso que a soma de dois vetores tem o mesmo módulo da soma de seus valores.
R = 14 cm.

2º CASO – VETORES EM DIREÇÕES DIFERENTES


A formiguinha sai de A, vai para B e de B vai para D terminando nesse ponto.
A equação da soma dos vetores é a mesma do caso anterior.

R = D1 + D2

Cuidado. O valor de R NÃO é a simples soma dos valores dos dois vetores.
Podemos obter o valor do vetor resultante nesse caso usando a lei dos cossenos.

R2 = D12 + D22 − 2 ⋅ D1 ⋅ D2 ⋅ cos θ

Esse valor será inferior a 14 cm.

3º CASO – VETORES EM DIREÇÕES PERPENDICULARES


A formiguinha sai de A, vai para B e de B vai para E terminando nesse ponto.
A equação da soma dos vetores é a mesma dos casos anteriores.

R = D1 + D2

O ângulo formado pelos dois deslocamentos sucessivos é de 90°.


O valor do vetor resultante será obtido através do teorema de pitágoras.
R2 = D12 + D22. R = 10 cm.

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4º CASO – VETORES EM SENTIDOS OPOSTOS


A formiguinha sai de A, vai para B e de B vai para F terminando nesse ponto.
A equação da soma dos vetores é a mesma dos casos anteriores.

R = D1 + D2

O valor de R é a simples subtração dos módulos dos dois vetores por estarem na mesma direção e em sentidos
opostos. R = 2,0 cm.

Dica importante. Todos os quatro casos citados até agora foram desenhados com o
segundo vetor começando no final do primeiro vetor (vetores consecutivos). Sempre que
isso ocorrer o vetor resultante, que representa a ação conjunta dos dois vetores, ligará o
início do primeiro vetor ao final do segundo.

5º CASO – VETORES DESENHADOS EM SEQUÊNCIA


A formiguinha sai de A e segue fazendo vários
deslocamentos em linha reta com direções e sentidos aleatórios.
A equação da soma dos vetores é a mesma dos casos
anteriores.

R = D1 + D2 + D3 + D4

O valor do vetor resultante não é a simples soma dos valores


de todos os vetores representados. Temos que medir com a régua
e assim saberemos o valor do vetor resultante.

Vamos imaginar agora um corpo sendo puxado por duas pessoas através de duas cordas.

6º CASO – VETORES DESENHADOS A PARTIR DO MESMO PONTO


Cada uma dessas pessoas faz uma força em uma direção diferente. A ação das duas pessoas poderia ser
substituida por uma única ação. Para encontrarmos o vetor da força resultante usameros a chamada regra do
paralelogramo. Traçamos segmentos de reta paralelos aos vetores como na figura 4. O ponto de interseção desses
segmentos de reta marca o final do vetor resultante. Agora ligamos a origem dos dois vetores com o ponto de
interseção das duas retas pontilhadas. Veja a sequência das figuras.

Figura 3 Figura 4

Figura 5

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A equação para a soma dos vetores é a mesma dos casos anteriores.

R = F1 + F2

Podemos obter o valor do vetor resultante nesse caso usando a lei dos cossenos.

I.3 - DECOMPOSIÇÃO DE VETORES


Em certas situações as direções dos vetores desenhados não coincidem com as direções necessárias à
resolução do problema. Esses vetores precisam ser decompostos.
Decompor um vetor é encontrar qual a contribuição em cada uma das duas direções escolhidas e que serão
perpendiculares entre si. Isso é feito como auxílio de um pouco de matemática. Usaremos as funções seno,
cosseno e o teorema de Pitágoras.
Veja o exemplo a seguir. Uma mesa é puxada por uma pessoa com uma força diagonal já representada na
figura. Essa força diagonal tem uma parcela atuando para cima (Fy) e oura parcela atuando para a direita (Fx).
Essas parcelas são chamadas de componetes ortogonais do vetor.

As componetes ortogonais somadas realizam a mesma função do vetor que deu origem a essas. A vantagem
de se decompor e trabalhar com as componentes é, por exemplo, no caso estudado, podermos comparar Fy com
a força peso que está atuando na mesa na mesma direção vertical e também compararmos Fx com a força de atrito
que está atuando na mesa horizontalmente. Assim saberemos se existirá força resultante e se a mesa irá ou não
escorregar.
O cálculo dos valores das componentes é simples. Acompanhe o desenvolvimento abaixo.
• F, o segmento pontilhado pequeno à direita (que tem o mesmo tamanho de Fy) e Fx formam um triângulo
retângulo.
• F é a hipotenusa.
• Fx e Fy são os catetos.
• Fx = F . cos α (equação para o cálculo do cateto adjacente).
• Fy = F . sen α (equação para o cálculo do cateto oposto).
• F2 = Fx2 + Fy2 (Teorema de Pitágoras).

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QUESTÕES RESOLVIDAS

1. Uma pessoa sai para dar um passeio pela cidade, fazendo o seguinte percurso: sai de casa e anda 2
quarteirões para o Norte; logo após, dobra à esquerda e anda mais três quarteirões para Oeste, virando,
a seguir, novamente à esquerda e andando mais 6 quarteirões para o Sul. Sabendo que um quarteirão
mede 100 m :

a) Faça uma figura representando os vetores dos deslocamentos


descritos. (Escala: 1 cm – 100 m)
A figura ao lado representa os vetores dos deslocamentos descritos.

b) Represente o vetor resultante do deslocamento.


O vetor resultante está representado no desenho por DR .

c) Qual o seu módulo?


Podemos calcular usando o teorema de Pitágoras. Os catetos são
os segmentos pontilhados na figura.
DR2 = (4)2 + (3)2 → DR = 5 cm

2. No gráfico anexo estão representados três vetores, A, B e C. Os vetores K e L são unitários. Analise as
expressões:
I- A+B=2K+L
II - A + C = 3 K + L
III - A + B + C = 3 K + 3 L

É CORRETO afirmar que


a) apenas I e II são verdadeiras.
b) apenas I e III são verdadeiras.
c) apenas II e III são verdadeiras.
d) são todas verdadeiras.
e) há apenas uma verdadeira.

Vamos analisar os três itens separadamente.


Para analisar o item 1 deslocamos o vetor A para o final do vetor B.
Percebemos que o vetor resultante é composto por dois segmentos K e
cinco segmentos L (segmentos pontilhados). O item I está errado. A soma
correta deveria ser a seguinte:

I- A+B=2K+5L

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Para analisar o item 2 deslocamos o vetor C para o final do vetor A.


Percebemos que o vetor resultante é composto por três segmentos K e um
segmento L (segmentos pontilhados). O item II está correto.

Para analisar o item 3 deslocamos o vetor B para o início de A e o vetor C


para o final de A.
Percebemos que o vetor resultante é composto por três segmentos K e
três segmentos L (segmentos pontilhados). O item III está correto.

Resposta letra C.

3. Determine as componentes do vetor indicado ao lado.

O primeiro passo é desenhar os vetores componentes nas


direções X e Y mostradas na figura. Para isso projetamos o
vetor V nessas duas direções

Vx
= cos 37o ⇒ Vx = V × cos 37o = 50m s × 0,80
V
Vx = 40 m s

Vy
= sen37o ⇒ Vy = V × sen37o = 50 m s × 0,60
V
Vx = 30m s

Resposta : Vx = 30 m/s e Vy = 40 m/s.

4. Sabendo-se que o fio 1 é horizontal e que o fio 2 forma com o


teto um ângulo de 30°, pede-se calcular as tensões nos dois
fios. O corpo M tem peso igual a 500 N e está em equilíbrio.
(sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,87 )

O esquema abaixo mostra o diagrama de forças que atuam


no nó que une os três fios. A força do fio 2 já está decomposta.

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Para o sistema permanecer parado a força resultante no nó tem que ser nula (Primeira Lei de Newton).
A componente T2Y é o cateto oposto de 30° e a componente T2X é o cateto adjacente de 30°. Assim teremos:

T2Y = T3 = Peso do bloco M = 500N


TT2Y ==TT o 500N
2 ×= Peso ⇒
sen30 2 =
do Tbloco M =0,50
500N
2Y 3
→ T2 = 500N/0,50
T2 = 1000N
T2Y = T2 . sen30°
T2 = 1000N
T2X = T1
T2X = T2 × cos 30o ⇒ T2X = 1000N × 0,87
T2X = T1 = 870N

Resposta : T1 = 870 N e T2 = 1000 N

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
  
1. Sobre o bloco da figura atuam as forças F1, F2 e F3 de módulos F1 = 20N, F2 = 30N e F3 = 35N. DETERMINE o
módulo da força resultante.

F1
F2
F3

2. REPRESENTE em cada figura abaixo o vetor resultante



a) b) F3

F2


 F5
F1

 
F6 F4
c)

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3. Na figura abaixo estão representadas duas forças F1, de módulo F1 = 100N e F2 de módulo F2 = 60N formando entre
si um ângulo  = 60°.


FF1

a = 60º 
FF22

DETERMINE o módulo F da força F resultante dessas duas forças (Dados: cos 60° = 0,50 e sen 60° = 0,87)

4. Um barco atravessa um rio perpendicularmente à correnteza. Sabendo que os módulos das velocidades do barco
e da correnteza do rio são, respectivamente, vB = 4,0 m/s e vC = 3,0 m/s. DETERMINE o módulo da velocidade
resultante.

VB

VC

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QUESTÕES PROPOSTAS
1. (PUC-SP) Um móvel desloca-se 6 km para o norte e 5. (UFAL) Uma partícula está sob ação das forças
em seguida 8 km para o leste. O módulo do desloca- coplanares conforme o esquema abaixo. A resultante
mento resultante é delas é uma força de intensidade, em N, igual a:
a) 14 km a) 110
b) 2 km b) 70
c) 10 km c) 60
d) 5 km d) 50
e) n.d.a. e) 30

2. (Mack-SP) No esquema de vetores, podemos afirmar:


   6. (ACAFE) Os módulos das forças representadas na
a) N = T + M
   figura são F1 = 30N, F2 = 20N e F3 = 10N. Determine o
b) M = N − T
módulo da força resultante.
  
c) T = M − N
  
d) T = M + N a) 14,2N
b) 18,6N
c) 25,0N
 d) 21,3N
3. (UNIV. SÃO FRANCISCO) - Um vetor A é dado por:
   e) 28,1N
 
A = 8,0 x + 6,0 y onde x e y são os vetores de um sis-
tema de coordenadas cartesianas em um plano. Qual o

módulo do vetor A ? 7. (UnB-DF) Sobre a composição dos vetores ao lado,
a) 2,0 podemos dizer que
   
b) 10 a) V1 + V2 + V3 = V4
c) 14     
b) V1 + V2 + V3 + V4 = 0
d) 28
   
e) 48 c) V1 + V2 + V 3 ≠ − V4
   
d) V4 + V1 + V2 = V3
4. (Medicina de Pouso Alegre - MG) Uma pessoa sai
para dar um passeio pela cidade, fazendo o seguinte
percurso: sai de casa e anda 2 quarteirões para o Norte; 8. (UNIV. SÃO FRANCISCO) Em relação aos vetores
logo após, dobra à esquerda e anda mais 3 quarteirões representados na figura é correto afirmar que
para Oeste, virando, a seguir, novamente à esquerda e
   
andando mais 2 quarteirões para o Sul. a) a + b + c = d
   
b) a + d = b + c
Sabendo que um quarteirão mede 100 m, o deslocamento
   
da pessoa é de c) a + b + d = c
   
a) 700 m para Sudeste. d) a + b + c = − d
b) 300 m para Oeste.    
e) a + b = c + d
c) 200 m para o Norte.
d) 700 m em direções variadas.
e) 0 m.

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  12. Um mesmo pacote pode ser carregado com cordas


9. (FATEC) Sobre o corpo C atuam duas forças f1 e f2 ,
amarradas de várias maneiras. A situação, dentre as
conforme esquema. O diagrama que fornece a resultante
   apresentadas, em que as cordas estão sujeitas a maior
R = f1 + f2 é tensão é

a) f2 b) f2
f1 f1

R R a) A
b) B
c) C
c) f2 d) d) D
f1 R
e) E
R f1
f2

13. No sistema em equilíbrio (ao lado) as intensidades


e) R
das forças de tração T1 e T2 nos fios ideais deverão guardar
f1
a seguinte relação:
f

 
10. (UFPI) A resultante dos vetores v1 e v 2 é mais bem
representada por

v1
v2

a) b) c) d) e) T1 3 T1 3
a) = b) =
T2 1 T2 2

T1 3 T1 2
c) = d) =
T2 3 T2 2
  T1 1
11. Duas forças concorrentes F1 e F2 , de mesmo =
 e)
módulo, têm como resultante T2 1
 uma força F cujo módulo
é, também, o mesmo de F1 e F2 . Essa situação física
 
a) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é nulo.
 
b) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 45º.
 
c) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 60º.
 
d) só ocorre quando o ângulo entre F1 e F2 é 120º.
e) é impossível.

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14. (UnB-DF) Considere um relógio com mostrador  


17. (Fuvest-SP) Duas forças F1 e F2 agem sobre um
circular de 10 cm de raio e cujo ponteiro dos minutos corpo A, como mostra a figura a seguir.
tem comprimento igual ao raio do mostrador. Considere
esse ponteiro como um vetor de origem no centro do
relógio e direção variável. O módulo da soma dos três
vetores determinados pela posição desse ponteiro,
quando o relógio marca exatamente 12 horas, 12 horas
e 20 minutos e, por fim, 12 horas e 40 minutos, é, em
cm, igual a
a) 30

b) 10 (1+ 3) O esquema vetorial que corresponde a esta situação,


c) 20 com a respectiva resultante vetorial, é:
d) zero

15. (UnB-DF) Seis vetores fecham um hexágono regular,


dando uma resultante nula. Se trocarmos o sentido de três
deles, alternadamente, a resultante terá módulo igual a:
a) 2 vezes o módulo de um vetor componente.
b) 2 3 vezes o módulo de um vetor componente.

3
c) vezes o módulo de um vetor componente.
2
d) n.d.a.
18. (UEL-PR) Duas forças, uma de módulo 30N e outra
de módulo 50 N, são aplicadas simultaneamente num
16. Um bloco de peso P é suspenso por dois fios de
corpo. A força resultante R vetorial certamente tem
massa desprezível, presos a paredes em A e B, como
mostra a figura. Pode-se afirmar que o módulo da força módulo R tal que
que tensiona o fio preso em B, vale a) R > 30 N.
b) R > 50 N.
c) R = 80 N.
d) 20 N ≤ R ≤ 80 N
e) 30 N ≤ R ≤ 50 N
a) P/2
b) P / 2
c) P
d) 2P
e) 2P

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19. A figura mostra 5 forças representadas por vetores 22. (UFMG) Dois barcos – I e II – movem-se, em um
de origem comum, dirigindo-se aos vértices de um lago, com velocidade constante, de mesmo módulo,
hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da força como representado nesta figura:
FC, a intensidade da resultante dessas 5 forças é

Em relação à água, a direção do movimento do barco


a) 50 N I é perpendicular à do barco II e as linhas tracejadas
b) 45 N indicam o sentido do deslocamento dos barcos.
c) 40 N Considerando-se essas informações, é CORRETO
d) 35 N afirmar que a velocidade do barco II, medida por
uma pessoa que está no barco I, é mais bem
e) 30 N
representada pelo vetor
a) P
20. Três vetores fecham um triângulo dando soma
vetorial nula. Se invertermos o sentido de um b) Q
deles, A SOMA VETORIAL DOS TRÊS VETORES: c) R
a) será igual ao dobro do vetor invertido. d) S
b) será sempre nula
c) poderá ser zero, dependendo do módulo dos
23. (UFV) A figura abaixo ilustra uma situação de
vetores.
equilíbrio de um bloco, suspenso em um varal de fio
d) será igual ao vetor invertido. de aço por intermédio de um gancho.

21. A figura apresenta uma “árvore vetorial” cuja


resultante da soma de todos os vetores
representados tem módulo, em cm, igual a
a) 8.
b) 26.
c) 34.
d) 40. Deslocando-se o gancho para outra posição e
e) 52. configurando-se uma nova situação de equilíbrio,
observa-se que as tensões nos dois ramos do fio
se alteram. Quando se varia a posição do gancho,
o módulo da resultante das tensões nos dois ramos
do varal é:

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a) máximo quando o gancho se encontra no centro do Assinale a opção que representa a força que a parede
varal. exerce sobre o prego, quando olhamos a peça de
b) sempre constante e não nulo, independentemente perfil.
da posição do gancho. a) I d) IV
c) mínimo quando o gancho se encontra no centro do b) II e) V
varal. c) III
d) sempre nulo, independentemente da posição do
gancho. 26. A figura ao lado mostra a fotografia estroboscópica
e) nulo somente quando o gancho se encontra no do movimento horizontal de uma partícula. A
centro do varal. aceleração da mesma, no ponto P da trajetória, é
melhor representada pelo vetor
P
24. (UNIMONTES) Um bloco de massa m = 8,0 kg I
encontra-se em equilíbrio preso conforme a figura.
Supondo g = 10,0 m/s2, calcule as intensidades das
IV II
trações nos fios, na ordem T1, T2 e T3. III

a) I
b) II
c) III
d) IV
Dado: sen θ = 0,80 e cos θ = 0,60

a) 80N, 60N, 100N.


b) 60N, 80N, 100N.
c) 100N, 80N, 60N. ANOTAÇÕES:

d) 80N, 100N, 60N. __________________________________________


__________________________________________
25. (CESGRANRIO-RJ) A figura ao lado mostra uma peça
__________________________________________
de madeira, no formato de uma forca, utilizada para
suspender vasos de plantas. O conjunto todo é __________________________________________
suspenso por um gancho e um prego P cravado em
__________________________________________
uma parede. Ao lado da figura, estão indicados cinco
vetores I, II, III, IV e V. __________________________________________

__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

__________________________________________
__________________________________________

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QUESTÕES ABERTAS
1. Um bloco de peso 6 N está suspenso por um fio, que se junta a dois outros num ponto P, como mostra a figura
a seguir.

Dois estudantes, tentando representar as forças que atuam em P e que o mantêm em equilíbrio, fizeram os
seguintes diagramas vetoriais, usando a escala indicada na figura.

a) Algum dos diagramas está correto?


b) Justifique sua resposta.

2. (FAAP-SP) A intensidade da resultante entre duas forças concorrentes, perpendiculares entre si, é de 75 N.
Sendo a intensidade de uma força igual a 60N, calcule a intensidade da outra.

3. (UFRJ) Sejam três cartazes idênticos em tamanho e massa, pendurados, como mostra a figura. Os cabos têm
massas desprezíveis. As tensões nas cordas são, respectivamente, T1, T2 e T3.

Compare as tensões T1, T2 e T3 e ordene-as de maneira crescente. Justifique sua resposta.

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Unidade I Grandezas Físicas FÍSICA I

ANOTAÇÕES

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Unidade II Cinemática FÍSICA I

UNIDADE II
CINEMÁTICA
1 – Introdução
2 – Conceitos Iniciais
3 – Movimento Uniforme (MU)
4 – Movimento Uniformemente Variado (MUV)
5 – Composição de Movimentos

II.1 - INTRODUÇÃO
A Cinemática é a parte da Física que estuda os movimentos sem a preocupação de suas causas. Vamos
descrever os movimentos dos corpos através de quatro grandezas físicas muito importantes:
1. Posição (distância).
2. Tempo.
3. Velocidade.
4. Aceleração.

II.2 - CONCEITOS INICIAIS


Primeiramente vamos discutir os conceitos de móvel, trajetória, movimento e repouso.

• Móvel – É o corpo cujo movimento será descrito. Pode ser considerado como uma partícula quando suas
dimensões forem muito menores do que as do fenômeno descrito. Em outros casos, quando as dimensões do
móvel forem comparáveis com as distâncias envolvidas no fenômeno, não poderemos desprezá-las e o
chamaremos de corpo extenso.

Uma pedra caindo do topo da cachoeira Um trem atravessando uma ponte é um


do Acará na Amazônia, com 365m de exemplo de corpo extenso.
altura é um exemplo de partícula.

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Unidade II Cinemática FÍSICA I

• Trajetória – É o conjunto de todas as posições ocupadas pelo móvel durante


o movimento. Pdemos dizer que é o rastro deixado pelo móvel.

www.flickr.com/photos/eduardorebello/688184406/

• Relatividade entre Movimento e Repouso – Um corpo estará em movimento ou em repouso dependendo do


referencial adotado. Um exemplo seria uma pessoa de chapéu passando por você. Em relação à você o
chapéu está em movimento e em relação à pessoa o chapéu está parado sobre a cabeça dela.

Vamos agora imaginar outro exemplo como representado na figura.

A figura ilustra um quarteirão em que estão representados um restaurante, uma farmácia e uma padaria. A
farmácia está localizada na posição zero, também chamada de origem O. O restaurante está localizado em uma
posição igual a 30 m e a padaria na posição –40 m.
Você pode estar se perguntando se está certo representarmos posições com números negativos. A resposta
é sim. Para diferenciarmos posições à direita e à esquerda da origem utilizamos esse recurso matemático. Por
conveção, nesse exemplo dado, posições à direita da origem serão positivas e à esquerda serão negativas.

Vamos supor agora que você acabou de comprar um remédio na farmácia e foi almoçar. Depois do almoço,
você lembrou que só na padaria vende a sua goma de mascar favorita e então dirige-se até lá. Nos movimentos
descritos você é considerado uma partícula já que as dimensões do seu corpo serão desprezadas.
Da farmácia até o restaurante o tempo gasto foi de 20 s. Do restaurante até a padaria passaram 14 s.
Consideremos que você manteve o rítimo constante nos dois movimentos.

Na primeira etapa (farmácia - restaurante) temos:

d1 = 30 m e t1 = 20 s

Dividindo a distância pelo tempo teremos a velocidade mantida durante a primeira etapa.

30m
v1 = ⇒ v1 = 1,5m / s
20s

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Na segunda etapa (restaurante - farmácia) temos:

d2 = 70 m e t2 = 14 s

Dividindo a distância pelo tempo teremos a velocidade mantida durante a segunda etapa.

70m
v2 = ⇒ v 2 = 5,0m / s
14s

Um ponto importante é que os valores calculados são somente os módulos das velocidades. A velocidade é
uma grandeza vetorial e na segunda etapa aponta para a esquerda, que é o sentido negativo no referencial adotado.
Já na primeira etapa, o vetor da velocidade aponta para a direita (sentido positivo). Portanto está correto afirmarmos
que a velocidade na etapa 1 era de 1,5 m/s e na etapa 2 era de – 5,0 m/s, não há nenhum problema em afirmarmos
que a velocidade é negativa. O sinal nos mostra que os movimentos ocorreram em sentidos contrários.
Outro detalhe importante é a diferença entre distância percorrida e deslocamento. Veja essa tabela a seguir.

Primeira Etapa Segunda Etapa Todo o movimento


Distância percorrida 30 m 70 m 100 m
Módulo = 30m Módulo = 70m Módulo = 40m
Direção - reta determinada pelo Direção - reta determinada pelo Direção - reta determinada pelo
Deslocamento
comprimento da calçada. comprimento da calçada. comprimento da calçada.
Sentido - positivo Sentido - negativo Sentido - negativo

A distância percorrida é uma grandeza escalar e só precisa do módulo para ser caracterizada. Não tem valor
negativo. Não importa para qual sentido foi o movimento, a distância é sempre positiva. Em qualquer movimento a
distância percorrida é a simples soma dos valores das distâncias percorridas nos trechos.
Já o deslocamento é uma grandeza vetorial e por isso necessita de módulo, direção e sentido para ser
caracterizada. Veja a figura abaixo que representa os deslocamentos das duas etapas (D1 e D2) e o deslocamento
total (DR).

II.3 - MOVIMENTO UNIFORME (MU)


Teremos um Movimento Uniforme sempre que um móvel estiver mudando de posição em um ritmo
constante em relação a um certo referencial, ou seja, o módulo de sua velocidade não aumenta nem diminui,
permanecendo constante. O exemplo dado no item anterior, você caminhando pela calçada, é composto de dois
movimentos uniformes.
Vimos nesse exemplo uma maneira simples de calcular a velocidade. Dessa equação podemos tirar a equação de
distância em função do tempo para qualquer Movimento Uniforme.

d
v= ⇒ d= v⋅t (Equação 1)
t

Vamos a seguir construir os gráficos que representam um Movimento Uniforme. Para isso vamos utilizar os
dados do exemplo do item anterior.

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II.3.1 - GRÁFICO DA POSIÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO (S X T)


A tabela 1 mostra as posições ocupadas por você em função do tempo nas duas etapas.

ETAPA 1 (farmácia - restaurante) ETAPA 2 (restaurante - padaria)

Através dos dados da tabela podemos construir o seguinte gráfico. Podemos representar as duas etapas
através dos mesmos eixos, assim como obter informações sobre o movimento como um todo.

A seguir, obteremos algumas informações importantes do gráfico.

1. As duas etapas têm gráficos retilíneos, o que significa que a posição é proporcional ao tempo. Sempre que
um gráfico de posição em função do tempo for retilíneo, a velocidade terá módulo constante.

2. A reta da primeira etapa tem inclinação positiva. A reta da segunda etapa tem inclinação negativa. Isso está
relacionado com a velocidade. A velocidade da primeira etapa era de 1,5 m/s e da segunda etapa era de
–5,0 m/s. Inclinação positiva representa velocidade positiva e a inclinação negativa representa velocidade
negativa.

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3. Temos uma reta na primeira etapa que forma um ângulo θ com o eixo do tempo e na segunda etapa outra reta
que forma um ângulo α com o eixo do tempo.

θ<α
cateto oposto
tg (ângulo qualquer) =
cateto adjacente
tgθ < tgα

No caso analisado, o cateto oposto é um deslocamento e o cateto adjacente é um tempo.

deslocamento
tg (ângulo qualquer) = = velocidade
tempo
tgθ = v1 e tgα = v 2
tgθ < tgα ⇒ v1 < v 2

Podemos concluir que a inclinação da reta, dada pelo cálculo da tangente do ângulo formado pela reta com o
eixo do tempo, representa a velocidade daquela etapa. Quanto maior a inclinação da reta, maior o módulo da
velocidade.

4. Comparando as posições no tempo inicial (0s) e no tempo final (34s) encontramos o deslocamento total.

deslocamento total = S final − Sinicial = −40m − 0m


deslocamento total = −40m

II.3.2 - GRÁFICO DA VELOCIDADE EM FUNÇÃO DO TEMPO (V X t)


As velocidades das duas etapas do movimento da pessoa pela calçada foram calculadas no item anterior e
serão usadas para construirmos o gráfico da velocidade em função do tempo. Os valores são 1,5 m/s para a
primeira etapa e –5,0 m/s para a segunda etapa.

A seguir, obteremos algumas informações importantes do gráfico.

1. Delimitamos no gráfico áreas de dois retângulos (regiões escuras) e sabemos que a área de um retângulo
equivale ao produto da base pela altura. A base dos retângulos representa o tempo e a altura a velocidade.

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Árearetângulo = base × altura ⇒ Árearetângulo = tempo × velocidade = deslocamento


Área1 = 20s × 1,5m / s = 30m e Área2 = 14s × ( −5,0m / s) = −70m
d1 = 30m e d2 = −70m

Os cálculos dessas áreas resultam nos valores dos deslocamentos realizados ao caminhar pela calçada.
Podemos concluir então que a área delimitada em um gráfico de velocidade em função do tempo corresponde
aos deslocamentos realizados pelo móvel.

2. Os gráficos das duas etapas têm inclinação nula. São gráficos paralelos ao eixo do tempo. Isso tem um
significado muito importante e mostra que são movimentos de aceleração nula, movimentos sem variação no
módulo da velocidade.

3. Podemos calcular dois tipos de velocidade média.

Velocidade Média Escalar Velocidade Média Vetorial

distância total percorrida deslocamento total


VMÉDIA ESCALAR = VMÉDIA VETORIAL =
tempo total tempo total
100m −40m
VMÉDIA ESCALAR = VMÉDIA VETORIAL =
34s 34s
VMÉDIA ESCALAR = 2,9m / s VMÉDIA VETORIAL = 1,2m / s

Atenção! Se em um exercício for pedido simplesmente o cálculo da velocidade média sem a especificação de qual
dos dois tipos, faça o cálculo da velocidade média escalar.

II.4 - MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV)


Teremos um Movimento Uniformemente Variado sempre que um móvel estiver mudando o módulo da
velocidade em um ritmo constante em relação a um certo referencial, ou seja, o valor de sua velocidade aumenta
ou diminui sempre de uma mesma quantidade em um mesmo intervalo de tempo. Vamos agora analisar outro
exemplo.
Imagine que um pedreiro deixa cair um tijolo do alto de um prédio em construção. A altura total da queda é
desconhecida e o tempo para atingir o solo é de 3,0 s. Por sorte o tijolo se espatifou no chão sem atingir nem
machucar ninguém. Para esse movimento, vamos imaginar que a força de resistência do ar é desprezível, o tijolo
cai em Queda Livre.
A Terra atrai os corpos ao seu redor e isso causa nos corpos uma aceleração de 10m/s2.
Já que o pedreiro deixa o tijolo cair a velocidade inicial de queda é nula. Como a aceleração da gravidade g
vale 10m/s2 teremos a velocidade crescendo ao longo da queda livre 10 m/s a cada segundo. Com essas informações
montamos a tabela abaixo da velocidade de queda em função do tempo.

Tempo (s) Velocidade (m/s)


0 0
1,0 10
2,0 20
3,0 30

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II.4.1 - GRÁFICO DA VELOCIDADE EM FUNÇÃO DO TEMPO (V X t)


Vamos construir o gráfico da velocidade em função do tempo para a queda do tijolo do exemplo anterior,
usando os valores da tabela acima.

A seguir, obteremos algumas informações importantes do gráfico.

1. O gráfico é retilíneo e a reta possui uma inclinação que é calculada pela tangente
do ângulo formado pelo gráfico com o eixo do tempo. Nesse caso o cateto oposto
é uma variação de velocidade e o cateto adjacente é um intervalo de tempo.

cateto oposto Δv
tg (ângulo de inclinação do gráfico) = =
cateto adjacente Δt
30m / s
tg = = 10m / s2 ⇒ aceleração da gravidade
3,0s

A inclinação da reta em um gráfico de velocidade em função do tempo representa o módulo da aceleração.

Δv
tg (ângulo de inclinação do gráfico) = aceleração =
Δt

Δv
a= (Equação 2)
Δt

Retas de Gráficos de Velocidade x tempo mais inclinadas significam movimentos mais acelerados.

Desenvolvendo a equação da aceleração dada acima, obteremos uma nova equação muito usada na cinemática.

Δv
a= ⇒ a ⋅ Δt = ( v final − v inicial )
Δt

isolando a velocidade final teremos

vfinal = vinicial + a . t (Equação 3)

2. Sabemos que em um gráfico de velocidade em função do tempo a área delimitada corresponde ao deslocamento
do corpo. A área nesse gráfico não é a de um retângulo e sim de um triângulo.

base × altura t ⋅ Δv
Áreatriânglo = ⇒ d=
2 2

já sabemos que Δv = a . t.

Substituindo Δv, obteremos:

t ⋅a⋅t a ⋅ t2
d= ⇒ d=
2 2

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Caso o movimento possua velocidade inicial, a equação acima ganha outro termo e fica completa como
representada abaixo.

a ⋅ t2
d = v inicial ⋅ t + (Equação 4)
2

II.4.2 - GRÁFICO DA POSIÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO (S X t)


Usando a equação do deslocamento acima para todos os tempos da queda do tijolo, construimos a seguinte
tabela.

Tempo (s) Deslocamento (m) Diferença (m)


0 0 –
1 5 5
2 20 15
3 45 25

Notamos que a diferença dos deslocamentos está sempre crescendo de um segundo para o outro. Isso
mostra que a velocidade está crescendo. O móvel está percorrendo cada vez mais metros a cada um único
segundo.
Com os valores dessa tabela vamos construir o gráfico das posições ocupadas ao longo da queda em
relação ao ponto de partida em função do tempo.

A seguir, obteremos algumas informações importantes do gráfico.

1. Percebemos que é o gráfico não é uma reta. A equação do deslocamento é


uma função do segundo grau em relação ao tempo (Equação 4). Por isso,
o gráfico ao lado, tem o aspecto de uma parábola.

2. No Movimento Uniforme o gráfico (S x t) é um segmento de reta. Uma única


inclinação corresponde a uma única velocidade no MUV. Temos um gráfico
parabólico e por isso várias retas tangentes ao gráfico. A inclinação de
cada reta tangente ao gráfico representa a velocidade daquele instante
específico (velocidade instantânea).

Nesse caso as retas tangentes à parábola estão ficando com ângulos


de inclinação cada vez maiores e isso indica que o módulo da velocidade
está crescendo.

Se isolarmos o tempo na equação 3 e substituirmos na equação 4


teremos a Equação de Torriceli:

v 2final = v inicial
2
+ 2⋅a⋅d (Equação 5)

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Não será nossa preocupação nesse curso a dedução dessa equação. Para os alunos que se interessarem
fica aí a dica de um bom exercício.

II.5 - COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS


Vamos discutir agora algumas aplicações sobre a teoria dos movimentos uniforme e uniformemente variado
vistos anteriormente em uma e em duas dimensões.

II.5.1 - MOVIMENTOS NA MESMA DIREÇÃO

1º Caso – Carros em movimento em uma avenida comprida e retilínea.

A) Quando os carros estiverem em movimento na mesma


direção e no mesmo sentido, qual será a velocidade de um
em relação ao outro?
Sabendo que as velocidades dos carros 1 e 2 são
20 m/s e 15 m/s, respectivamente, podemos dizer que o
carro 1 avança 5,0 m a mais que o carro 2 a cada segundo, diminuindo a distância entre eles. Encontramos nesse
caso a velocidade resultante subtraindo os módulos de suas velocidades.

vR = v1 − v 2 ⇒ vR = 20m / s − 15m / s ⇒ vR = 5,0m / s

B) Quando os carros estiverem em movimento na


mesma direção e sentidos opostos, qual será a nova
velocidade de um em relação ao outro?
Sabendo que as velocidades dos carros 1 e 2
foram mantidas em módulo, podemos dizer que o carro
1 avança 20 m para a direita por segundo enquanto que
o carro 2 avança 15 m para a esquerda por segundo. Os dois portanto se aproximam 35 m a cada segundo,
diminuindo a distância entre eles até o encontro. Nesse novo caso a velocidade resultante foi obtida somando os
módulos de suas velocidades.

vR = v1 + v 2 ⇒ vR = 20m / s + 15m / s ⇒ vR = 35m / s

2º Caso – Um garoto brincando em uma escada rolante de uma loja de departamentos.

A) O que acontecerá quando o garoto subir correndo os degraus de uma escada rolante programada também
para subir?
O garoto chegará em menos tempo ao andar de cima. O movimento da escada elevando o garoto somado as
seus passos no mesmo sentido farão com que sua velocidade em relação a um objeto parado no solo seja a maior
possível. A velocidade resultante em relação ao solo será obtida através da soma dos módulos da velocidade do
garoto em relação à escada e da velocidade da escada em relação ao solo.
vR = v garoto →escada + v escada →solo

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B) O que acontecerá quando o garoto descer correndo os degraus da mesma escada rolante ainda programada
para subir?
O garoto gastará mais tempo para percorrer a mesma distância do exemplo A. O movimento da escada
elevando o garoto é agora contrário ao movimento criado por seus passos, já que ele desce. A sua velocidade em
relação a um objeto parado no solo será a menor possível. A velocidade resultante em relação ao solo será obtida da
subtração dos módulos da velocidade do garoto em relação à escada e da velocidade da escada em relação ao solo.

vR = v garoto →escada − v escada →solo

5.2) Movimentos em Direções Ortogonais (Perpendiculares Entre Si).

1º Caso – Travessia de um Rio de Margens Paralelas

A figura ao lado mostra um barco orientado perpendicularmente às margens


de um rio. A velocidade produzida pela ação do motor do barco é dada por VM
e a velocidade que a correnteza produz movimentando o barco rio abaixo é
representada por VC.
Se o barco atravessasse um rio sem correnteza atingiria a outra margem no
ponto C e descreveria uma trajetória perpendicular às margens de comprimento
igual a 150 m. Para isso, gastaria um certo tempo t.
O cálculo desse tempo é bem simples já que o movimento é uniforme.
Supondo para o exemplo os módulos das velocidades VM = 3,0 m/s e
VC = 4,0 m/s, temos:

150m
dentre m arg ens = vM ⋅ t ⇒ =t ⇒ t = 50s
3,0m / s

A travessia iria durar 50 s, más nós sabemos que não existem rios
sem correnteza. A ação da correnteza acontece em conjunto com a ação
do motor. O barco atravessa e, ao mesmo tempo, a correnteza o arrasta
rio abaixo.
Pensando sobre essa situação, qual será o tempo de travessia do
mesmo rio e com o mesmo barco? Será maior, igual ou menor do que
50 s? Podemos chegar à conclusão correta através de um desenho que
simula a atravessia nesses novos parâmetros. A figura ao lado mostra as
posições que o barco ocupa ao longo do tempo. Vamos considerar que
as velocidades V M e V C tenham os mesmos módulos dados
anteriormente. Os cálculos a seguir são das distâncias percorridas pelo
barco na direção de VM (d1) e na direção de VC (d2) durante 10 s. Essas
distâncias estão marcadas no quadriculado da figura

d1 = v M ⋅ t ⇒ d1 = 3,0m / s ⋅ 10s ⇒ d1 = 30m


d2 = v C ⋅ t ⇒ d2 = 4,0m / s ⋅ 10s ⇒ d2 = 40m

Observe na figura que a cada 10 s o barco desce 40 m pelo rio e atravessa outros 30 m. O barco descerá em
50 s 200 m pelo rio e se deslocará 150 m na direção perpendicular às margens. Isso significa que o tempo de
travessia não foi afetado pela ação da correnteza. A posição final foi modificada, mas isso não atrasou nem adiantou
a travessia.

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Os movimentos perpendiculares entre si que o barco possui acontecem independentemente um do outro. A


correnteza não faz o barco atravessar mais rápido nem mais devegar.
Podemos calcular a velocidade resultante do barco em relação a um observador parado nas margens.

vR2 = vM
2
+ v C2 ⇒ vR2 = 32 + 42 ⇒ vR = 5,0m / s (direção diagonal)

O deslocamento resultante pode ser calculado multiplicando a velocidade resultante pelo tempo de travessia
e será igual a 250 m.
Você pode estar se perguntando por que o barco percorre 250 m, bem mais do que antes, e mesmo assim
o tempo de travessia não se modifica? A distância maior de 250 m está em uma direção diagonal, a mesma direção
da velocidade resultante, que é também proporcionalmente maior valendo 5,0 m/s. Uma coisa compensa a outra. O
tempo não se modifica.

2º Caso – Lançamento Horizontal

Quando uma bolinha rola por uma mesa,


atinge a borda e cai descrevendo no ar a trajetória
mostrada na figura ao lado; uma curva em forma
de meia parábola.
Podemos descrever o lançamento
horizontal como a composição de dois
movimentos. Uma parte do movimento se dá na
direção horizontal (eixo x) e a outra parte na
direção vertical (eixo y). No momento em que a
bolinha abandonou a mesa já havia uma
velocidade horizontal denominada V OX . Na
direção vertical não havia velocidade, VOY = 0.
Logo após abandonar a mesa, a velocidade
vertical, devido à ação da gravidade, começa a
aumentar (vamos considerar que a força de
resistência do ar é desprezível). A velocidade
horizontal não cresce nem diminui, porque a
gravidade não atua na horizontal e a resistência
do ar foi desprezada. Teremos assim na parte
horizontal um MU (movimento uniforme) e na parte
vertical um MUV (movimento uniformemente http://www.colegioweb.com.br/
fisica/movimentos-de-projeteis/1
variado).
Na figura mostrada (estroboscópica) as
posições da bolinha foram marcadas em intervalos iguais de tempo. Na base os segmentos L mostram que a bolinha
avançou horizontalmente sempre a mesma distância no mesmo intervalo de tempo, ou seja, manteve a velocidade
constante. Na vertical, as alturas de queda tornam-se cada vez maiores em intervalos iguais de tempo indicando
crescimento da velocidade vertical (a ação da gravidade se dá somente na vertical).
Na análise quantitativa do lançamento horizontal separaremos os movimentos. O único fator comum às partes
horizontal e vertical será o tempo. As equações de MU e MUV ficam da seguinte forma:

⎧ g ⋅ t2
⎪ dY =
⎪ 2
Parte horizontal ⇒ dX = VOX ⋅ t Parte Vertical ⇒ ⎨ VY = g ⋅ t
⎪V 2 = 2 ⋅ g ⋅ d
⎪ y Y

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Uma dúvida que surge rotineiramente é sobre o tempo de queda e a velocidade inicial do lançamento horizontal.
Será que o tempo de queda é afetado pela velocidade inicial horizontal? Muitos acham que quanto maior for VOX,
maior será o tempo de queda. Isto é um engano. A velocidade horizontal não tem nenhuma componente para baixo
nem para cima. Não ajuda nem atrapalha a queda e não afeta o tempo de queda, que só irá depender da gravidade
e da altura inicial.
A figura abaixo mostra quatro objetos que iniciam o movimento no mesmo instante. A primeira bola foi
simplesmente abandonada e as demais foram lançadas horizontalmente com velocidades diferentes.
VO1 < VO2 < VO3.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/04_44.asp

Percebemos que todas chegam ao solo após um intervalo de tempo igual a 4t. A quarta bolinha teve o maior
alcance, mas não porque passou mais tempo no ar, já que esses foram exatamente iguais. O motivo de atingir uma
distância horizontal maior é o fato da sua velocidade horizontal ser maior em módulo.

3º Caso – Lançamento Oblíquo

Vamos de novo considerar desprezível a força de resistência do ar. Uma bola de basquete arremessada para
a cesta é um bom exemplo para um lançamento oblíquo. A bola descreve no ar a trajetória mostrada ao lado, que
é um arco de parábola. A velocidade inicial faz um ângulo è com a direção horizontal, como mostra a figura, e será
decomposta em duas parcelas; VOX a componente horizontal e VOY a componente vertical.

cateto adjacente VOX


cos θ = = ⇒ VOX = VO ⋅ cos θ
hipotenusa VO

cateto oposto VOY


senθ = = ⇒ VOY = VO ⋅ senθ
hipotenusa VO

Como no caso do lançamento horizontal, faremos a


análise decompondo o movimento em duas partes, a vertical
(MUV) e a horizontal (MU). http://www.colegioweb.com.br/
fisica/movimentos-de-projeteis/1

⎧ g ⋅ t2
⎪dY = VOY ⋅ t +
⎪ 2
Parte horizontal ⇒ dX = VOX ⋅ t Parte Vertical ⇒ ⎨ VY = VOY + g ⋅ t
⎪V 2 = V 2 + 2 ⋅ g ⋅ d
⎪ y OY Y

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Da mesma forma anterior o único fator em


comum será o tempo. O tempo que a bola gasta para
subir e descer é o mesmo para avançar na horizontal.
A figura estroboscópica ao lado mostra instantes
sucessivos em intervalos iguais de tempo. Durante a
subida a velocidade diminui e durante a descida
aumenta, voltando a ter o mesmo valor inicial. Perceba
que na horizontal o corpo avança sempre L em todos
os intervalos de tempo, mantendo a velocidade VOX
constante. A distância horizontal percorrida no total é
chamada de alcance.

Tome bastante cuidado com um detalhe: no ponto mais


alto a velocidade do móvel não é nula. Só uma parcela da
velocidade realmente se anulou, a parcela vertical. A parcela
horizontal, V OX, é constante e não se anula em nenhum
momento. Portanto, no topo, há somente a velocidade horizontal.
A figura ao lado faz uma comparação de lançamentos
oblíquos, com o mesmo módulo de velocidade inicial. Há
somente uma variação no ângulo de lançamento. Pela figura
percebemos que o ângulo de 45° nos dá o maior alcance
possível. Isso sempre acontece, mas qual será o motivo? A
resposta para essa pergunta envolve um pouco de esforço. Fica
como um desafio para você, aluno que fará alguma prova aberta
de Física nos vestibulares, encontrar a solução matemática para esse fato.

QUESTÕES RESOLVIDAS
1. Quando dois carros se movem uniformemente em sentidos opostos, na mesma estrada reta, eles se
aproximam 9 metros a cada décimo de segundo. Quando eles se deslocam no mesmo sentido, com
velocidades de módulos iguais às anteriores, aproximam-se de 10 m a cada segundo.
Calcule as velocidades dos carros.

Situação 1
Os carros em movimento em sentidos opostos têm a
velocidade resultante obtida pela soma de suas velocidades
em relação à Terra.

9m
vR1 = v A + vB ⇒ vR1 = = 90m / s
0,1s
Situação 2
Os carros em movimento no mesmo sentido têm a velocidade
resultante obtida pela subtração de suas velocidades em relação à
Terra.

10m
vR2 = v A − vB ⇒ vR2 = = 10m / s
1s

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Formando um sistema com as duas equações, resolvemos o problema.

⎧v A + vB = 90m / s
⎨v − v = 10m / s v A = 50m / s ⇒ substituindo
⎩ A B
2v A + 0 = 100m / s 50m / s + v B = 90m / s ⇒ v B = 40m / s

Resposta: VA = 50 m/s e VB = 40 m/s.

2. A figura representa o gráfico espaço (posição) em função


do tempo do movimento de um corpo lançado verticalmente
para cima com velocidade inicial v0, na superfície de um
planeta.
a) Qual o valor da aceleração da gravidade na superfície do
planeta?
Através do gráfico, percebemos que a altura máxima
atingida pelo corpo foi de 9m. O tempo de subida, que é o
mesmo de descida, vale 3s (não podemos nos esquecer
que a velocidade vertical no topo é nula).

Aplicando a equação seguinte de MUV na etapa da


descida teremos:
2
g ⋅ t2 g ⋅ (3s )
dY = VOY ⋅ t + ⇒ 9m = 0 + ⇒ 18m = g ⋅ 9s2 ⇒ g = 2m / s2
2 2

b) Qual o valor da velocidade inicial v0?


Outra equação de MUV pode ser aplicada, desta vez na etapa da subida, para encontrarmos a velocidade
inicial vertical. A aceleração da gravidade encontrada no item anterior será usada neste cálculo. O sinal
negativo da aceleração se deve ao fato dela estar contra a velocidade inicial.

VY = VOY + g ⋅ t ⇒ 0 = VOY − 2m / s2 ⋅ 3s ⇒ VOY = 6m / s


Respostas:
a) g = 2 m/s2
b) VOY = 6 m/s

3. (UFPE) O gráfico da figura representa a veocidade de um foguete


lançado verticalmente.

Qual a altitude máxima, em km, atingida pelo foguete?

Precisamos encontrar um deslocamento ocorrido para cima e


temos um gráfico de (V x t). Sabemos que nesse tipo de gráfico,
a área delimitada nos dá exatamente o deslocamento.
Agora precisamos saber qual a área certa a calcular. Se
precisamos da altitude máxima, precisamos saber até que instante o foguete subiu.
No tempo 20s a velocidade positiva, que aponta para cima, deixa de crescer e passa a diminuir. (Isso
não indica o ponto mais alto, só significa que o foguete passa a subir diminuindo a velocidade).
No tempo 120s a velocidade que era positiva se anula e passa a ser negativa. É nesse exato momento

30 P R É - V E S T I B U L A R
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que ocorre a inversão do movimento. A altura máxima é atingida então, no tempo de 120s.

base × altura 120s × 1000m / s


d = área = ⇒ d= ⇒ d = 60000m ⇒ d = 60km
2 2

Resposta: altura atingida de 60 km.

4. A figura a seguir reproduz a fotografia do movimento de uma esfera. A seta indica o sentido do movimento.
Entre duas posições consecutivas o intervalo de tempo é sempre o mesmo.

Qual dos gráficos de posição x tempo ( S x t ) a seguir representa esse movimento?

Um detalhe importante é que em momento algum o móvel retornou, sempre avançou no mesmo sentido.
Com essa informação já eliminamos duas opções. Letras A e E.
A letra D é absurda, pois na parte final do gráfico o objeto ocupa duas posiçôes diferentes ao mesmo
tempo!!!!!!!!!!!!!
Pelo desenho percebemos que no início as marcas têm distâncias cada vez maiores em intervalos de
tempo iguais, o que significa que a velocidade está crescendo.
Já na segunda metade as marcas têm distâncias cada vez menores também em intervalos de tempo
iguais, o que mostra que a velocidade foi diminuindo.
Sabemos que em um gráfico de posição em função do tempo a inclinação
da reta tangente ao gráfico representa a velocidade. Fazendo a análise ponto a
ponto teremos a informação de como varia a velocidade.
No gráfico B a inclinação da reta tangente cresce no início e diminui no
fim, que é exatamente o comportamento representado, já que a velocidade
primeiro cresce e depois diminui.
Resposta: Letra B.

5. (UFMG) Dois barcos – I e II – movem-se, em um lago, com velocidade


constante, de mesmo módulo, como representado nesta figura ao
lado.
Em relação à água, a direção do movimento do barco I é perpendicular
à do barco II e as linhas tracejadas indicam o sentido do
deslocamento dos barcos.
Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que a
velocidade do barco II, medida por uma pessoa que está no barco I,
é mais bem representada pelo vetor

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A) P. B) Q. C) R. D) S.

Vamos imaginar os quatro pontos cardeais. Um passageiro do barco II vê o


barco I ir para o norte. Como sabemos que o movimento dos corpos é relativo,
podemos imaginar que ao invés disso um passageiro do barco I verá o barco
II ir para o sul. Não devemos esquecer que ele já percebia que o barco II
deslocava para oeste. Compondo os dois movimentos do barco II com relação
a um observador do barco I teremos o resultado da figura.

Resposta: Letra C.

6. Uma correia transportadora horizontal joga minério no


funil conforme indicado na figura. A correia tem
velocidade constante VC.
Determine os limites máximo e mínimo da
velocidade VC para que isso seja possível.
Utilize g = 10 m/s2.

Temos nessa questão um lançamento horizontal.


O minério deve cair na boca do funil, para isso ele
deve descer 5 m ao mesmo tempo que avança horizontalmente no mínimo 1 m e no máximo 4 m.
Vamos encontrar o tempo de queda usando uma das equações de MUV.

g ⋅ t2 10m / s2 ⋅ t 2 10m
dY = VOY ⋅ t + ⇒ 5m = 0 + ⇒ = t2 ⇒ t = 1s2 ⇒ t = 1s
2 2 10m / s2
Sabendo o tempo podemos encontrar as velocidade horizontais máxima e mínima. (Lembre-se que a
parte horizontal é um MU).

⎧ dMáxima 4m
⎪máxima velocidade → VX Máxima = t =
1s
= 4m / s
⎪ queda
dX = VX ⋅ t ⇒⎨
⎪mínima velocidade → VX Mínima = dMínima = 1m = 1m / s
⎪⎩ t queda 1s

Respostas: Máximo (4 m/s) e Mínimo (1 m/s).

7. Um garoto, parado num plano horizontal a 2,8 m de


uma parede, chuta uma bola, comunicando-lhe
velocidade de 10 m/s, de tal modo que a sua direção
forme com a horizontal um ângulo de 45o . A aceleração
da gravidade do local é 10 m/s2 e a resistência do ar
pode ser desprezada.
Calcule a altura na qual a bola choca-se com a parede.

Temos na questão, um lançamento oblíquo e por isso


vamos trabalhar decompondo o movimento. A parte horizontal é MU, a vertical é MUV e a altura que
queremos é vertical (dY).

32 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

g ⋅ t2
dY = VOY ⋅ t +
2
Vamos precisar da velocidade inicial vertical (VOY). O cálculo será através do seno de 45º.

cateto oposto VOY 2


sen45o = = ⇒ VOY = ⋅ 10m / s ⇒ VOY = 5 2m / s = 7,0m / s
hipotenusa VO 2

Precisaremos também do tempo. O cálculo será feito baseado no movimento horizontal até atingir a
parede, já que o ângulo é de 45° os catetos x e y são iguais (VOY = VOX).

2,8m
dX = VOX ⋅ t ⇒ 2,8m = 5 2m / s ⋅ t ⇒ t= ⇒ t = 0,40s
7,0m / s
Substituindo os valores na primeira equação, temos:

2
g ⋅ t2 10m / s2 ⋅ (0, 40s )
dY = VOY ⋅ t + ⇒ dY = 7,0m / s ⋅ 0,40s −
2 2
dY = 2,8m − 0,8m ⇒ dY = 2,0m

Resposta: altura é de 2,0 m.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. O gráfico abaixo, representa a posição em função do tempo para o movimento de dois veículos em uma mesma
estrada.

De acordo com as informações contidas no gráfico,


RESPONDA:
1 - Qual era a posição inicial do carro A? E a do
carro B?
2 - Determine as velocidades dos carros A e B.
3 - Escreva a Equação Horária para o movimento
dos dois carros.
4 - Em que instante o carro A alcançará o carro
B?

2. Os gráficos abaixo representam a posição de um automóvel em uma estrada, em função do tempo.


Determine, a partir do gráfico a velocidade do automóvel.

Posição X (Km) Posição X (Km)

20 20

15 15

10 10

5 5

0 Tempo (h) 0 Tempo (h)


0,00 0,30 0,00 0,10 0,20 0,30

P R É - V E S T I B U L A R
33
Unidade II Cinemática FÍSICA I

Comentário:
As inclinações dos dois gráficos são as mesmas, embora pareçam diferentes. Elas pareceriam iguais somente
quando representadas na mesma escala ou no mesmo gráfico.

3. (UFMG) Uma escola de samba, ao se movimentar numa reta e muito extensa, mantém um comprimento
constante de 2 km. Se ela gasta 90 min para passar completamente por uma arquibancada de 1 km de
comprimento, sua velocidade média deve ser
a) 2/3 km/h
b) 1 km/h
c) 4/3 km/h
d) 2 km/h
e) 3 km/h

4. Analise o gráfico (posição-tempo) que representa o movimento de uma automóvel e descubra os intervalos nos quais
a velocidade está aumentando, ou diminuindo e em quais momentos aconteceu uma mudança no sentido do
movimento.

X
(posição)

t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9 t

5. O gráfico abaixo representa a velocidade – tempo para o movimento de um automóvel. À partir das informações
contidas no gráfico determine a velocidade média desenvolvida durante a viagem.

D
60
B
Velocidade (Km/h)

40

A
C E
20

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20


Tempo (horas)

O gráfico acima representa o movimento de um carro que se move com diferentes velocidades durante diferentes intervalos de tempo.
A distância percorrida em um intervalo qualquer é medida pela área abaixo das retas.

34 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

6. Tente calcular, aproximadamente, a distância percorrida, pelo automóvel cujo gráfico da velocidade x tempo está
representado acima, entre os instantes t1 = 0,050h a t2 = 0,100h.

Em geral, a distância percorrida Δx é dada pela área limitada pelo gráfico velocidade x tempo, independentemente
das variações da velocidade.

7. Um objeto desloca-se em linha reta aumentando a sua velocidade de modo a caracterizar um movimento retilíneo
uniformemente variado (MRUV). Neste caso podemos concluir que o móvel apresenta
a) aceleração igual a zero.
b) aceleração constante.
c) aceleração variável.
d) velocidade constante.
e) velocidade variável negativa.

8. (PUC/RS) Dizer que um movimento se realiza com uma aceleração escalar constante de 5 m/s2 significa que
a) em cada segundo o móvel se desloca 5 m.
b) em cada segundo a velocidade do móvel aumenta de 5 m/s.
c) em cada segundo a aceleração do móvel aumenta de 5 m/s.
d) a velocidade é constante e igual a 5 m/s.

9. Em todas as situações abaixo há aceleração, EXCETO em


a) Um corredor arremetendo para a frente no início de uma corrida.
b) Uma bicicleta encostando e parando no meio-feio.
c) Uma bicicleta subindo um morro reto, em linha reta e com velocidade constante.
d) Um carro fazendo uma conversão à esquerda com velocidade constante.
e) Um elevador parando no terceiro andar, vindo do primeiro andar de um edifício.

10. O gráfico ao lado nos informa sobre a velocidade de uma partícula


em função de tempo. Analise cuidadosamente a figura e responda
1 - O movimento é uniforme?
2 - Qual o significado da inclinação da tangente à curva no instante t?
3 - Qual o significado físico da área hachurada mostrada na figura?

P R É - V E S T I B U L A R
35
Unidade II Cinemática FÍSICA I

(Efoa/MG) Este enunciado refere-se às questões 11, 12 e 13.


O gráfico abaixo representa um movimento retilíneo de aceleração constante; s(m) é o deslocamento em metros
e t (s) é o tempo em segundos.

S (m)

1,5

0,5

0 t (s)
1 2

11. Podemos afirmar que a aceleração do movimento é


a) 0 m/s2 d) 1,5 m/s2
b) 0,5 m/s2 e) 2 m/s2
c) 1 m/s2

12. A velocidade do móvel no instante 1 segundo é


a) 0 m/s d) 1,5 m/s
b) 0,5 m/s e) 2 m/s.
c) 1 m/s

13. O deslocamento do corpo após o tempo de 2 segundos é


a) 0 m d) 1,5 m
b) 0,5 m e) 2m
c) 1 m

14. Um vôo, com origem em Belo Horizonte, tem por destino a cidade de Salvador, após uma escala em Ilhéus. O
registro correto da viagem é apresentado aos passageiros, na tela de um televisor, através de um gráfico que
indica a posição do avião em função do tempo. O gráfico vai sendo construído em tempo real e é mantido na tela
até que todos os passageiros deixem o avião. Num vôo normal, sem incidentes, ao descer em Salvador, um
passageiro olha para o televisor e vê o gráfico completo. Assinale, entre as alternativas abaixo, a única que
representa a imagem vista pelo passageiro.

A) B)
Posição (km) Posição (km)

tempo (min.) tempo (min.)

C) D)
Posição (km) Posição (km)

tempo (min.) tempo (min.)

36 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

15. Atira-se em um poço uma pedra verticalmente para baixo com uma velocidade inicial v0 = 10 m/s. sendo a
aceleração local da gravidade igual a 10 m/s2 e sabendo que a pedra gasta 2 s para chegar ao fundo do poço,
podemos concluir que a profundidade deste é, em metros:
a) 30 d) 20
b) 40 e) n.d.a.
c) 50

16. Na figura abaixo estão representadas as velocidades dos carros 1 e 2, respectivamente v1 e v2, de módulos
iguais, em relação a um observador fixo à Terra. Na figura abaixo, representamos vários vetores de diferentes
direções e sentidos.

V2
V1

A alternativa que contém o vetor que melhor representa, em direção e sentido, a velocidade do carro 1, vista por
um observador situado no carro 2, é:

I II III IV V

17. Uma bola rola sobre a superfície de uma mesa até cair de sua extremidade com uma certa velocidade.
A alternativa que melhor representa a trajetória da bola é

A) B)

C) D)

P R É - V E S T I B U L A R
37
Unidade II Cinemática FÍSICA I

18. (UFSC) Suponha um bombardeiro voando horizontalmente com velocidade constante. Em certo instante, uma
bomba é solta do avião. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que
I) a bomba cai verticalmente, para um observador na terra.
II) O movimento da bomba pode ser interpretado como sendo composto por dois movimentos: MRUV na vertical e
MRU na horizontal.
III) A bomba atingirá o solo exatamente abaixo do avião.
IV) A bomba adquire uma aceleração vertical igual à aceleração da gravidade, g.

Estão corretas
a) II, III e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) Todas.

19. Este gráfico, velocidade versus tempo, representa o movimento V (m/s)


de um automóvel ao longo de uma estrada reta.

24
A distância percorrida pelo automóvel nos primeiros 12 s é
a) 24 m.
b) 2,0 m.
c) 288 m.
0 12 t (s)
d) 144 m.

20. Cada uma das figuras abaixo ilustra a trajetória (linha pontilhada) de um projétil (círculo preto), lançado da
superfície da Terra. Desprezando a resistência do ar, em qual das figuras estão mostrados CORRETAMENTE o
vetor velocidade (V) do projétil e o vetor força (F) que age sobre o projétil?

38 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

QUESTÕES PROPOSTAS
1. (UFMG) Uma pessoa vê um relâmpago e, três 4. (Unesp) Nas provas dos 200 m rasos, no atletismo,
segundos (3,00 s) depois, escuta o trovão. Sabendo os atletas partem de marcas localizadas em
que a velocidade da luz no ar é de aproximadamente posições diferentes na parte curva da pista e não
300.000 km/s e a do som, no ar, é de 330 m/s, ela podem sair de suas raias até a linha de chegada.
estima a distância a que o raio caiu. Dessa forma, podemos afirmar que, durante a prova,
para todos os atletas, o
A melhor estimativa para esse caso é
a) 110 m. a) espaço percorrido é o mesmo mas o deslocamento e
b) 330 m. a velocidade vetorial média são diferentes.
c) 660 m. b) espaço percorrido e o deslocamento são os mesmos,
d) 990 m. mas a velocidade vetorial média é diferente.
c) deslocamento é o mesmo, mas o espaço percorrido
2. (FCCMG) Dez alunos deram-se as mãos formando e a velocidade vetorial média são diferentes.
uma roda. Um deles, de posse de um cronômetro, d) deslocamento e a velocidade vetorial média são
apertou a mão do colega ao lado, enquanto disparou iguais, mas o espaço percorrido é diferente.
o relógio. 0 colega, ao sentir o aperto de mão, e) espaço percorrido, o deslocamento e a velocidade
apertou a mão do aluno seguinte e essa informação vetorial média são iguais.
foi sendo transmitida até que o décimo aluno
apertasse a mão do primeiro, que por sua vez travou 5. (Fuvest-SP) Após chover na cidade de São Paulo, as
o cronômetro acusando 3,0 segundos. Considere águas da chuva descerão o rio Tietê até o rio Paraná,
que a distância média entre a mão de cada aluno e percorrendo cerca de 1 000 km. Sendo de 4 km/h a
seu cérebro é de 60 cm e que, para essa informação velocidade média das águas, o percurso mencionado
ser transmitida, é necessário que ela passe pelo será cumprido pelas águas da chuva em
cérebro. Pode-se afirmar que a velocidade escalar aproximadamente
média da transmissão desta informação é de a) 30 dias.
a) 20 cm/s b) 10 dias.
b) 40 cm/s c) 25 dias.
c) 180 cm/s d) 2 dias.
d) 200 cm/s e) 4 dias.
e) 400 cm/s
6. Uma pessoa se afasta de um espelho plano com
3. Na última Olimpíada, o vencedor da prova dos 100m velocidade constante. O gráfico que melhor
rasos foi o canadense Donovan Bailey e o da representa a distância entre a pessoa e sua imagem,
maratona (42,2 km) foi o sul-africano Josia Thugwane. em função do tempo, é:
Os valores mais próximos para as velocidades
médias desses atletas são, respectivamente,

a) 1,0 m/s e 0,5 m/s .


b) 10 m/s e 0,5 m/s .
c) 10 m/s e 5,0 m/s .
d) 50 m/s e 5,0 m/s .

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I

7. Um automóvel faz uma viagem em 6 horas e sua 9. (Fuvest-SP) O gráfico ilustra a posição s, em função
velocidade escalar varia em função do tempo do tempo t, de uma pessoa caminhando em linha
aproximadamente, como mostra o gráfico ao lado. reta durante 400 s. Indique a alternativa correta
A velocidade escalar média do automóvel na viagem
é:

a) A velocidade no instante t = 200s vale O,5 m/s.


a) 35 km/h b) Em nenhum instante a pessoa parou.
b) 40 km/h c) A distância total percorrida durante os 400 s foi de
c) 45 km/h 120 m.
d) 48 km/h d) O deslocamento durante os 400s foi de 180 m.
e) 50km/h e) O valor de sua velocidade no instante t = 50 s é
menor do que no instante t = 350 s.
8. (UFPA) O gráfico representa os deslocamentos de
duas partículas, A e B. Pela interpretação do gráfico, INSTRUÇÃO: As questões 10 e 11 baseiam-se
podemos garantir que no enunciado e na figura que se segue.
A velocidade de uma partícula que se
movimenta em linha reta é representada, em
S (m )
função do tempo, pelo gráfico
B

t (h

a) as partículas partem de pontos diferentes com


velocidades diferentes.
b) as partículas partem de pontos diferentes com a
No instante inicial, t = 0, a partícula se encontrava
mesma velocidade.
em x = 0.
c) as partículas partem de pontos diferentes com
velocidades distintas e conservam suas velocidades.
d) as partículas partem do mesmo ponto com a mesma 10. No fim de 5 segundos, a partícula estará afastada da
velocidade. origem (x = 0)
e) as partículas partem do mesmo ponto com a) 5m
velocidades diferentes. b) 10 m
c) 15 m
d) 25 m
e) 45 m

40 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

11. A respeito do movimento da partícula, pode se afirmar a) o carro A alcança o carro B no instante 8s.
que b) a aceleração do carro A é o dobro da aceleração de B.
a) é acelerado para a direita todo o tempo, ou seja, de c) nos primeiros 8s o carro A percorreu o dobro da
0 ao 5 o
segundo. distância de B.
b) é uniforme e sempre para a direita. d) os carros possuem movimento uniforme.
c) é uniforme para a direita, até o 3o segundo; depois
fica retardado para a esquerda, até o 5o segundo. 14. (Unesp-SP) Dois planos inclinados, unidos por um
plano horizontal, estão colocados um em frente ao
d) é uniforme para a direita, até o 2o segundo; torna-se
outro, como mostra a figura. Se não houvesse atrito,
retardado ainda para a direita, até o 3o segundo;
um corpo que fosse abandonado num dos planos
neste instante, torna-se acelerado para a esquerda, indicados desceria por ele e subiria pelo outro até
até o 5o segundo. alcançar a altura original H.
e) é retardado para a direita, até o 3o segundo; a partir
daí, torna-se uniforme para a esquerda, até o 5o
segundo.

12. (UFJF-MG) Um carro desce por um plano inclinado,


continua movendo-se por um plano horizontal e, em Nestas condições, qual dos gráficos melhor
seguida, colide com um poste. Ao investigar o descreve a velocidade v do corpo em função do tempo
acidente, um perito de trânsito verificou que o carro t nesse trajeto?
tinha um vazamento de óleo que fazia pingar no chão
gotas em intervalo de tempo iguais. Ele verificou
também que a distância entre as gotas era
constante no plano inclinado e diminuía
gradativamente no plano horizontal. Desprezando a
resistência do ar, o perito pode concluir que o carro
a) vinha acelerando na descida e passou a frear no
plano horizontal;
b) descia livremente no plano inclinado e passou a frear
no plano horizontal;
c) vinha freando desde o trecho no plano inclinado;
d) não reduziu a velocidade até o choque.

13. (FCMMG) O gráfico velocidade versus tempo mostra 15. Um ônibus está parado em um sinal. Quando o sinal
o movimento de dois carros A e B numa estrada abre, esse ônibus entra em movimento e aumenta
retilínea. No tempo 0 os carros A e B estão lado a lado sua velocidade até um determinado valor. Ele mantêm
essa velocidade até se aproximar de um ponto de
ônibus quando, então diminui a velocidade até parar.
O gráfico posição x em função do tempo t que melhor
representa esse movimento é

A partir desse gráfico, pode-se afirmar que

P R É - V E S T I B U L A R
41
Unidade II Cinemática FÍSICA I

16. Este gráfico mostra como varia a posição em função 18. Uma partícula se movimenta ao longo de uma reta.
do tempo para um carro que se desloca em linha Suas posições era função do tempo estão
reta.
representadas na tabela

X (metros) 0,25 0,50 0,75 1,50

I (segundos) 1,50 2,00 2,50 4,00

Qual dos gráficos representa melhor esses dados?

No tempo t = 60s, a velocidade do carro é


a) 5,0 m/s
b) 7,0 m/s
c) 10 m/s
d) 12 m/s
e) 15 m/s

17. (FMTM-MG) O gráfico representa a variação da


velocidade em função do tempo para um móvel que
se desloca em linha reta.

19. (Mack-SP) A velocidade escalar de uma partícula em


movimento retilíneo varia com o tempo segundo o
diagrama abaixo.

Entre os instantes 6,0s e 10,0s pode-se afirmar que


seu movimento e seu deslocamento são, respectiva-
mente,
a) acelerado e nulo.
b) retardado e nulo.
O diagrama que melhor representa o espaço
c) acelerado e 40 m.
percorrido pela partícula em função do tempo é
d) retardado e 40 m.
e) retardado e 80 m.

42 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

20. (Ufscar - SP) A figura abaixo representa uma situação 23. Uma criança arremessa uma bola, verticalmente, para
física em que o carro de Airton Senna “largou” 3 s cima. Desprezando-se a resistência do ar, o gráfico
após o de Prost. Supondo que eles “largaram” de que melhor representa a altura h da bola, em função
um mesmo ponto, percorrendo uma trajetória
do tempo t, é
retilínea, em que instante Senna alcançou Prost?

a) 6 s.
b) 8 s.
c) 11 s.
d) 4 s.
e) 7,6 s.

21. (Puc-SP) O diagrama da velocidade de um móvel é


dado pelo esquema abaixo. O movimento é
uniformemente acelerado no ou nos trechos

a) FG
b) CD
c) CE
24. (UFES) Um objeto é abandonado do alto de um
d) BC e EF
edifício. Um observador, de dentro do edifício, numa
e) AB e DE
janela cuja borda está a 15 m do solo, vê o objeto
passar pela borda 1s antes de atingir o solo.
22. Uma esfera de aço cai sobre uma placa de metal e Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar
salta praticamente até a altura anterior que a altura do edifício é de:
(aceleração da gravidade = 10 m/s2)
a) 20 m
b) 25 m
c) 30 m
d) 35 m
e) 40 m
Qual dos gráficos representa melhor a velocidade v
da esfera em função do tempo t.
25. (FCMMG) Os astronautas que estiveram na Lua em
1969, comprovaram a teoria de queda dos corpos no
vácuo. Como a Lua não possui atmosfera, deixaram
cair, ao mesmo tempo e de uma mesma altura uma
pedra e uma pena. Puderam observar que
a) a pedra tem maior aceleração que a pena.
b) a pedra e a pena chegaram simultaneamente ao solo.
c) a pedra chega ao solo com maior velocidade que a
pena.
d) a força gravitacional que a lua exerce sobre a pedra
e igual a que exerce sobre a pena.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade II Cinemática FÍSICA I

26. Um pequeno bote, que navega a uma velocidade de A opção que melhor representa o correspondente
2,0 m/s em relação à margem de um rio, é alcançado gráfico velocidade-tempo é
por um navio de 50 m de comprimento, que se move
paralelamente a ele, no mesmo sentido, como
mostrado nesta figura:

Esse navio demora 20 segundos para ultrapassar o 28. Nas planícies africanas, o jogo entre predador e presa
bote. Ambos movem-se com velocidades encontra um limite delicado. A gazela, sempre atenta
constantes. vive em grupos. É rápida e seu corpo sustenta a
aceleração de 0 m/s a 14 m/s em 3s. O guepardo,
Nessas condições, a velocidade do navio em relação
com sua cabeça pequena e mandíbulas curtas
à margem do rio é de, aproximadamente, projetadas para um abate preciso por
a) 0,50 m/s. estrangulamento, está bem camuflado e com seu
b) 2,0 m/s. corpo flexível, amplia sua passada, sobrevoando o
c) 2,5 m/s. solo na maior parte de sua corrida. Mais ágil que a
d) 4,5 m/s. gazela, vai de 0 m/s a 20 m/s em 3 s. O esforço, no
entanto, eleva sua temperatura a níveis perigosos
de sobrevivência e, em virtude disto, as perseguições
27. (UFF-RJ) O gráfico posição-tempo do movimento de
não podem superar 20 s. Um guepardo aproxima-
uma partícula é representado por arcos de parábolas se 27 m de uma gazela. Parados, gazela e guepardo
consecutivos, conforme a figura. fitam-se simultaneamente, quando, de repente,
começa a caçada. Supondo que ambos corram em
uma trajetória retilínea comum e, considerando o
gráfico do desempenho de cada animal, a duração
da caçada, em s, será

a) 3,0.
b) 4,0.
c) 6,0.
d) 10,0.
e) 11,0.

44 P R É - V E S T I B U L A R
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29. Um automóvel e um ônibus trafegam em uma 31. (UFMG) Um carro está andando ao longo de uma
estrada plana, mantendo velocidades constantes em estrada reta e plana. Sua posição em função do
torno de 100 km/h e 75 km/h, respectivamente. Os tempo está representada neste gráfico:
dois veículos passam lado a lado em um posto de
pedágio. Quarenta minutos (2/3 hora) depois, nessa
mesma estrada, o motorista do ônibus vê o
automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então, que o
automóvel deve ter realizado, nesse período, uma
parada com duração aproximada de
a) 4 minutos
b) 7 minutos
c) 10 minutos
d) 15 minutos
e) 25 minutos Sejam vP, vQ e vR os módulos das velocidades do
carro, respectivamente, nos pontos P, Q e R,
30. (FMTM) Neste antigo cartum, o atleta de meia idade, indicados nesse gráfico.
em total concentração durante sua corrida, não Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
percebe a aproximação do rolo compressor que que
desce a ladeira, desligado e sem freio, com a) vQ < vP < vR
aceleração de 0,4 m/s2. b) vP < vR < vQ
c) vQ < vR < vP
d) vP < vQ < vR

32. Observe a figura.


Vr


Vb
No momento registrado pelo cartum, a máquina já
está com velocidade de 4 m/s, enquanto o atleta
mantém velocidade constante de 6 m/s. Se a 
v r = velocidade da água do rio em relação às
distância que separa o homem da máquina é de
margens.
5 m, e ambos, máquina e corredor, mantiverem sua 
marcha sobre o mesmo caminho retilíneo, o tempo v b = velocidade gerada pelo motor do barco em
de vida que resta ao desatento corredor é, em s, de relação às margens do rio.
aproximadamente,
Um rio de largura l é atravessado por um barco de
a) 6
maneira perpendicular à margem, com velocidade
b) 10 
constante v b .
c) 12
d) 14 O tempo que o barco leva para atravessar o rio é

e) 16 a) maior quando a velocidade v r aumenta.

b) menor quando a velocidade v r aumenta.

c) independente da velocidade v r .

d) maior quando a velocidade v r diminui.

e) menor quando a velocidade v r diminui.

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Unidade II Cinemática FÍSICA I

O enunciado a seguir se refere às questões 33 e 34. 36. (PUC-RS) Um barco atravessa um rio cuja correnteza
tem uma velocidade de 3 m/s em relação à margem.
Uma pessoa, dentro de um ônibus parado, deixa Se a velocidade do barco em relação à água for
cair uma moeda. A moeda gasta 0,4 s para atingir perpendicular à correnteza e igual a 4m/s, a velocidade
o piso do ônibus. A experiência é repetida, quando resultante do barco em relação à margem do rio será
o ônibus se desloca horizontalmente com movimento
a) 1m/s
retilíneo uniforme, de velocidade V = 10m/s.
b) 5 m/s
33. O tempo de queda da moeda, na segunda c) 6 m/s
experiência, é d) 5 m/s
a) menor do que 0,4 s. e) 6 m/s
b) igual a 0,4 s.
c) maior do que 0,4 s e menor do que 1,0 s.
37. (AEUDF) O dispositivo A lança horizontalmente uma
d) igual a 0,8 s.
bala com velocidade v. Essa bala deve atingir o alvo
e) é um valor impossível de se determinar.
que dista 20 m do pé da rampa de lançamento. O
valor da velocidade v, para que a bala atinja o alvo,
34. Os pontos em que a moeda toca o piso do ônibus,
deve ser de
na primeira e na segunda experiência, estão
separados pela distância de
a) 0,0 m
b) 0,4 m a) 5m/s
b) 20m/s
c) 4,0 m
c) 10m/s
d) 8,0 m
d) 100m/s
e) 9,8 m

38. (Universidade de São Carlos - SP) Um barco a motor,


35. Dois rifles são disparados com os canos na desenvolvendo toda a potência, sobe um rio a
horizontal, paralelos ao plano do solo e ambos à
20 km/h e desce a 48 km/h. Qual a velocidade das
mesma altura acima do solo. À saída dos canos, a
águas do rio?
velocidade da bala do rifle A é três vezes maior que
a) 18 km/h
a velocidade da bala do rifle B. Após intervalos de
b) 28 km/h
tempo t A e t B , as balas atingem o solo a,
c) 10 km/h
respectivamente, distâncias dA e dB das saídas dos
d) 14 km/h
respectivos canos. Desprezando-se a resistência do
e) Nenhuma das anteriores.
ar, pode-se afirmar que

a) tA = tB , dA = dB 39. (Universidade de Uberlândia-MG) Da borda de uma


mesa são lançadas horizontalmente duas esferas:
b) tA = 1/3 tB , dA = dB
uma com velocidade V e outra com velocidade 2V.
c) tA = 1/3 tB , dA = 3dB
Desprezando a resistência do ar, assinale a
d) tA = tB , dA = 3dB
alternativa correta:
e) tA = 3tB , dA = 3dB a) A aceleração correspondente ao movimento da
segunda esfera é maior.
b) O tempo de queda da primeira esfera é menor.
c) Os alcances horizontais das esferas são iguais.
d) Os tempos de queda das esferas são iguais.
e) A energia cinética final será igual para as duas
esferas.

46 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

40. (Universidade de Viçosa-MG) Uma pessoa atira com 42. O gráfico abaixo mostra as curvas de velocidade
uma carabina na horizontal, de uma certa altura. em função do tempo de dois corpos A e B que foram
Outra pessoa atira, também na horizontal e da soltos de uma mesma altura e que estão em queda
mesma altura, com uma espingarda de ar livre, na ausência de atrito com o ar.
comprimido. Desprezando a resistência do ar, pode-
se afirmar que
a) a bala mais pesada atinge o solo em um tempo menor.
b) o tempo de queda das balas é o mesmo,
independendo de suas massas.
c) a bala da carabina atinge o solo em um tempo menor
que a bala da espingarda.
d) a bala da espingarda atinge o solo em um tempo
menor que a bala da carabina.
e) Nada se pode dizer a respeito do tempo de queda,
porque não se sabe qual das armas é mais possante.
Considere as seguintes afirmativas:
I. O corpo A alcança o solo antes que o corpo B.
41. As experiências de Galileu estabeleceram as
II. Os dois corpos alcançam o solo no mesmo instante.
características fundamentais do movimento de um
III. O corpo B é solto do repouso.
corpo solto verticalmente na ausência de atrito com
o ar. Considere as seguintes afirmativas acerca
Pode-se então afirmar que:
desse movimento:
a) apenas II e III são verdadeiras.
b) todas são verdadeiras.
I. Duas bolas maciças, de mesmo raio, uma de c) apenas I e III são verdadeiras.
chumbo e outra de isopor, soltas do mesmo lugar, d) apenas III é verdadeira.
caem com a mesma aceleração. e) apenas I e II são verdadeiras.
II. Duas bolas maciças, de mesma massa, uma de
chumbo e outra de isopor, soltas do mesmo lugar, 43. Em uma situação real atuam sobre um corpo em
caem com a mesma aceleração. queda o seu peso e a força de atrito com o ar. Essa
III. Duas bolas maciças, uma de chumbo e outra de última força se opõe ao movimento do corpo e tem
isopor, soltas do mesmo lugar, caem com o módulo proporcional ao módulo da velocidade do
acelerações diferentes. A bola de chumbo possui corpo.
aceleração maior do que a de isopor. Com base nestas informações, é CORRETO afirmar
que:
Pode-se então afirmar que:
a) apenas I e II são verdadeiras. a) a aceleração do corpo em queda cresce
b) apenas II e III são verdadeiras. continuamente.
c) apenas I é verdadeira. b) a aceleração do corpo em queda é constante.
d) apenas II é verdadeira. c) para uma queda suficientemente longa, a força de
e) apenas I e III são verdadeiras. atrito atuando no corpo torna-se maior do que o
peso do corpo.
d) a energia mecânica do corpo em queda é
conservada.
e) para uma queda suficientemente longa, a resultante
das forças sobre o corpo tende a zero.

P R É - V E S T I B U L A R
47
Unidade II Cinemática FÍSICA I

44. Da aresta superior do tampo retangular de uma


mesa de 80 cm de altura, um pequeno corpo é
disparado obliquamente, com velocidade inicial de
módulo 5,00 m/s, conforme mostra a figura a seguir.
O tampo da mesa é paralelo ao solo e o plano da
trajetória descrita, perpendicular a ele. Sabendo que
o corpo tangencia a aresta oposta, podemos afirmar
que a distância d é de:

46. (UFMG) Clarrisa chuta, em seqüência, três bolas –


Despreze a resistência do ar e considere: P, Q e R –, cujas trajetórias estão representadas
sen α = 0,60; cos α = 0,80; g = 10 m/s2 nesta figura.

a) 0,60 m
b) 0,80 m
c) 1,20 m
d) 1,60 m
e) 3,20 m

45. Um projétil é lançado da origem de um sistema de


coordenadas e segue uma trajetória parabólica,
caindo a uma distância R da origem, conforme a
figura abaixo.

Sejam tP, tQ e tR os tempos gastos, respectivamente,


pelas bolas P, Q e R, desde o momento do chute
até o instante em que atingem o solo.
Desprezando a resistência do ar, assinale a Considerando-se essas informações, é CORRETO
alternativa que representa as velocidades do projétil afirmar que
nas direções y e x, respectivamente, e a aceleração a) tQ > tP = tR
do projétil na direção y, em função de sua posição b) tR > tQ = tP
x. c) tQ > tR > tP
d) tR > tQ > tP

48 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

47. (UFMG) Um barco tenta atravessar um rio com 50. (UFMG) Uma pessoa observa o movimento parabó-
1,0 km de largura. A correnteza do rio é paralela às lico de uma pedra lançada horizontalmente com
margens e tem velocidade de 4,0 km/h. A velocidade velocidade v0. A pessoa poderia ver a pedra cair
do barco, em relação à água, é de 3,0 km/h verticalmente se se deslocasse
perpendicularmente às margens. a) com velocidade v´ = 2v0, paralela a v0 e no mesmo
sentido.
Nessas condições, pode-se afirmar que o barco
a) atravessará o rio em 12 minutos. b) com velocidade v´ = v0, paralela a v0 e no sentido
oposto.
b) atravessará o rio em 15 minutos.
c) atravessará o rio em 20 minutos. c) com velocidade v´ = v0, paralela a v0 e no mesmo
d) nunca atravessará o rio. sentido.
d) com velocidade v´ = 2v0, paralela a v0 e no sentido
48. (UFMG) Marcelo Negrão, numa partida de vôlei, deu oposto.
uma cortada na qual a bola partiu com uma e) com velocidade v´ = v0, em qualquer direção e em
qualquer sentido.
velocidade de 126 km/h (35 m/s). Sua mão golpeou
a bola a 3,0 m de altura, sobre a rede, e ela tocou o
chão do adversário a 4,0 m da base da rede, como 51. Uma pedra é lançada verticalmente para cima a partir
do solo. Duas pessoas em repouso no solo, para
mostra a figura. Nessa situação pode-se considerar,
explicarem o movimento descrito pelas pedras,
com boa aproximação, que o movimento da bola é
construíram os gráficos v x t, mostrados abaixo.
retilíneo e uniforme. A ALTERNATIVA CORRETA É :

a) Os dois gráficos estão errados..


b) O gráfico 2 está errado, porque mostra somente a
trajetória de descida.
Considerando essa aproximação, pode-se afirmar
c) O gráfico 1 está errado, porque representa um
que o tempo decorrido entre o golpe do jogador e o
movimento apenas de subida
toque da bola no chão é de
d) Os dois gráficos estão corretos, dependendo
a) 1/7 s
apenas do referencial adotado.
b) 2/63 s
e) O gráfico 1 está correto, porque adota como positivo
c) 3/35 s o movimento de subida.
d) 4/35 s
e) 5/126 s
52. (UFV-MG) Um telejornal reproduziu o gol de um
famoso jogador de futebol, assinalando, ao lado da
49. Uma pessoa lança uma bola verticalmente para cima. trajetória, a velocidade instantânea da bola.
Sejam v o módulo da velocidade e a o módulo da
aceleração da bola no ponto mais alto de sua
trajetória.
Assim sendo, é correto afirmar que, nesse ponto.
a) v = 0 e a ≠ 0.
b) v≠0ea ≠ 0.
c) v = o e a = 0.
d) v ≠ 0 e a = 0. As velocidades atribuídas à bola estão:

P R É - V E S T I B U L A R
49
Unidade II Cinemática FÍSICA I

a) erradas, pois somente é possível atribuir à bola uma 55. (UFRS – Modificado) O gráfico do módulo x da
única velocidade, correspondente ao percurso total, posição em função do tempo t representa dois
e não a cada ponto da trajetória. movimentos retilíneos: o de um móvel A e o de um
b) erradas, pois a velocidade nula da bola ocorre no outro móvel B.
ponto mais alto de sua trajetória.
c) erradas, pois sua velocidade máxima ocorre no
instante em que ela abandona o pé do jogador.
d) corretas, desde que a gravação da partida de futebol
não seja analisada em “câmera lenta”, o que
compromete as medidas de tempo.
e) corretas, pois a bola parte do repouso e deve
percorrer uma certa distância até alcançar a
velocidade máxima.
Qual das afirmações a respeito dos movimentos
53. (FCMMG) Um jogador de futebol irá bater um pênalti. de A e de B é falsa?
Considere que: a) B ultrapassa A, mas é posteriormente ultrapassado
- O tempo de reflexo do goleiro entre ver o jogador por A.
tocar na bola e agir é de 0,30s; b) Nos pontos de encontro, A e B possuem mesma
- A distância do goleiro até a trave é de 3,6m. velocidade.

- A velocidade da bola, suposta constante nesse c) A e B partem da mesma origem, embora não
trecho, é de 108 km/h. simultaneamente.

- A distância da marca do pênalti até a trave é de d) A desloca-se com velocidade constante.


12m.
- O jogador lançará a bola rente à trave. 56. (PUC – RJ) Você observa da janela do seu quarto
um carro deslocando-se atrás de um caminhão do
Rio-Cidade. Ambos estão à mesma velocidade V.
Lembre-se que 3,6 km/h = 1,0 m/s.
Ao passar por um buraco, uma pedrinha cai do
O goleiro somente conseguirá defender o pênalti, caminhão, como mostrado na figura.
se o tempo gasto para ele pular até a trave for
exatamente de:
a) 0,10 s.
b) 0,30 s.
c) 0,60 s.
d) 1,0 s.
Qual das alternativas abaixo descreve o que você
observa?
54. (ITA-SP) Um barco, com motor em regime constante,
a) A pedra segue trajetória retilínea inclinada para trás
desce um trecho de um rio em 2,0 horas e sobe o
até atingir o carro.
mesmo trecho em 4,0 horas. Quanto tempo levará
o barco para percorrer o mesmo trecho, rio abaixo, b) A pedra segue trajetória parabólica para traz até
com o motor desligado? atingir o carro.

a) 3,5 horas c) A pedra cai em queda vertical e atinge o chão.

b) 6,0 horas d) A pedra segue trajetória retilínea inclinada para frente


até atingir o chão.
c) 8,0 horas
e) A pedra segue trajetória parabólica para frente até
d) 4,0 horas
atingir o chão.
e) 4,5 horas

50 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

57. (Fuvest – SP) Num vagão ferroviário, que se move a) 3,75 s.


com velocidade Vo = 3 m/s em relação ao trilho, se b) 5,00 s.
encontram dois garotos A e B, que se movem com
c) 7,50 s.
velocidades Va = 6m/s e Vb = 3 m/s em relação ao
vagão. As velocidades dos meninos A e B, em d) 10,0 s.
relação aos trilhos, serão, respectivamente: e) 15,0 s.

60. (CEFET-PR) A figura representa o movimento de


uma bolinha que, entre A e B, tem uma velocidade
constante quando abandona a mesa “quicando” nos
demais pontos. Admita um sentido para baixo como
sendo positivo e que a resistência do ar é
insignificante e assinale a opção que mostra
corretamente a variação da aceleração com a
distância.
a) 6 m/s e 0 m/s.
b) 3 m/s e 3 m/s.
c) 0 m/s e 9 m/s.
d) 9 m/s e 0 m/s.
e) 0 m/s e 6 m/s.

58. Uma torneira está pingando, soltando uma gota a


cada intervalo igual de tempo. As gotas abandonam
a torneira com velocidade nula. Considere
desprezível a resistência do ar.
No momento em que a quinta gota sai da torneira,
as posições ocupadas pelas cinco gotas são
melhor representadas pela seqüência:

59. (UFOP) Um homem parado em uma escada rolante


leva 10 s para descê-la em sua totalidade. O mesmo
homem leva 15 s para subir toda a escada rolante
de volta, caminhando contra o movimento dos
degraus. Quanto tempo o homem levará para descer
a mesma escada rolante, caminhando com
velocidade relativa de mesmo módulo do que quando
subiu?

P R É - V E S T I B U L A R
51
Unidade II Cinemática FÍSICA I

61. (FMTM) Um cientista, estudando a aceleração 63. (FMTM) Uma flecha é atirada do topo de um muro
média de três diferentes carros, obteve os seguintes de 8,0 m de altura com velocidade inicial de
resultados: 6,0 m/s, conforme a figura. Sendo g = 10 m/s2 e
– o carro I variou sua velocidade de v para 2v num desprezando-se a resistência do ar, a velocidade
intervalo de tempo igual a t; da flecha, ao atingir o solo no ponto B será, em
m/s, igual a
– o carro II variou sua velocidade de v para 3v num
intervalo de tempo igual a 2t;
– o carro III variou sua velocidade de v para 5v num
intervalo de tempo igual a 5t. a) 12,6.
b) 14,0.
Sendo, respectivamente, a1, a2 e a3 as acelerações c) 16,3.
dos carros I, II e III, pode-se afirmar que d) 18,0.
a) a1 = a2 = a3. e) 19,4.
b) a1 > a2 > a3.
c) a1 < a2 < a3. 64. Uma bolinha, lançada horizontalmente da
d) a1 = a2 > a3. extremidade de uma mesa, descreve a trajetória
e) a1 = a2 < a3. mostrada na figura. O intervalo de tempo que a
bolinha leva para percorrer a distancia entre duas
posições sucessivas é (1/8)s. Considerando-se a
62. (FMTM) Um passageiro, dentro de um elevador aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, qual é a
parado no 20º andar de um edifício, deixa cair uma altura aproximada da mesa?
moeda. Se, no instante em que esta adquire uma
velocidade de 1,0 m/s em relação ao passageiro,
os cabos que sustentam o elevador se partirem, o
movimento posterior da moeda em relação ao a) 0,31 m
passageiro será b) 0.80 m
a) uniforme, com v = 1,0 m/s, no mesmo sentido do c) 1.25 m
deslocamento do elevador.
d) 2.50 m
b) uniforme, com v = 1,0 m/s, no sentido contrário ao
e) 5.00 m
do deslocamento do elevador.
c) nulo, com v = 0, pois a moeda estará em repouso
em relação ao passageiro. 65. (UFJF) Um objeto realiza um movimento que é
registrado no gráfico espaço x tempo abaixo.
d) variado, com a = 1,0 m/s2, no sentido contrário ao
do deslocamento do elevador. Assinale a alternativa CORRETA:

e) variado, com a = 9,8 m/s2, no mesmo sentido do


deslocamento do elevador.

52 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

a) Até chegar ao ponto A, a velocidade é menor que


entre os pontos A e B, e essa, por sua vez, é menor
que entre os pontos B e C.
b) Até chegar ao ponto A, a velocidade é maior que entre
os pontos A e B, e essa, por sua vez, é maior que
entre os pontos B e C.
c) A velocidade média entre a origem do sistema de
coordenadas e o ponto B é menor que a velocidade
entre a origem e o ponto A.
d) O corpo move-se com velocidade de módulo
constante durante todo o percurso, variando apenas
sua direção.
67. (UERJ) O tempo de vôo desse atleta, em segundos,
e) A velocidade é zero na origem do sistema de corresponde aproximadamente a:
coordenadas.
a) 0,1
b) 0,3
66. (UFJF) O atleta de maratona Newton corre com
c) 0,6
velocidade constante de aproximadamente 5 m/s
(18 km/h). Quando Newton está a 2000 m da d) 0,9
chegada, o concorrente Sócrates está 400 m atrás
de Newton. Nesse instante, Sócrates resolve 68. (UERJ) A velocidade inicial do centro de gravidade
aumentar a sua velocidade para alcançar Newton. desse atleta ao saltar, em metros por segundo, foi
Qual deve ser o valor da velocidade média (vS ) que da ordem de:
Sócrates deve adquirir para chegar junto com
a) 1
Newton na linha de chegada?
b) 3
Suponha que Newton não aumente a sua velocidade
c) 6
durante todo o percurso.
d) 9
a) vS = 5 m/s
b) vS = 5,5 m/s
69. (UERJ) O esquema abaixo representa uma pista
c) vS = 6 m/s
de corrida na qual os competidores 1, 2 e 3, em um
d) vS = 6,5 m/s
determinado instante, encontravam-se alinhados,
e) vS = 7 m/s na reta X, a 100 m da linha de chegada Y. A partir
dessa reta X, as velocidades de cada um
UTILIZE AS INFORMAÇÕES A SEGUIR PARA permaneceram constantes. Quando o corredor 1
RESPONDER ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 67 E cruzou, em primeiro lugar, a linha de chegada, os
68. corredores 2 e 3 estavam, respectivamente, a 4 m
e a 10 m dessa linha.

Em um jogo de voleibol, denomina-se tempo de vôo


o intervalo de tempo durante o qual um atleta que
salta para cortar uma bola está com ambos os pés
fora do chão, como ilustra a fotografia.
Considere um atleta que consegue elevar o seu No instante em que o corredor 2 cruzar a linha de
centro de gravidade a 0,45 m do chão e a aceleração chegada Y, o corredor 3 estará a uma distância
da gravidade igual a 10m/s2 . dessa linha, em metros, igual a:
a) 6,00
b) 6,25
c) 6,50
d) 6,75

P R É - V E S T I B U L A R
53
Unidade II Cinemática FÍSICA I

70. (UFTM) Ainda usada pelos índios do amazonas, a


zarabatana é uma arma de caça que, com o treino,
é de incrível precisão. A arma constituída por um
simples tubo, lança dardos impelidos por um forte
sopro em uma extremidade. Suponha que um índio
aponte sua zarabatana a um ângulo de 60º com a
horizontal e lance um dardo, que sai pela outra
extremidade da arma, com velocidade de 30 m/s.
Se a resistência do ar pudesse ser desconsiderada,
a máxima altitude alcançada pelo dardo,
relativamente à altura da extremidade da qual ele
sai seria, em m, de aproximadamente

3
Dados: g = 10m/s 2 , sen 60° = e cos
2
60° = 1/2

a) 19.
b) 25.
c) 34.
d) 41.
e) 47.

71. (UFMG) Uma caminhonete move-se, com


aceleração constante, ao longo de uma estrada
plana e reta, como representado nesta figura:

72. (FCMMG) Pedro está caminhando, dando três


passos por segundo, e vê sua tia Rita à sua frente,
caminhando também na mesma direção e sentido,
A seta indica o sentido da velocidade e o da
dando dois passos por segundo. Pedro sabe que o
aceleração dessa caminhonete.
comprimento de seu passo é o dobro do passo de
Ao passar pelo ponto P, indicado na figura, um sua tia. Pedro inicia a contagem de tempo para
passageiro, na carroceria do veículo, lança uma bola alcançar Rita, sabendo que ela já havia dado 40
para cima, verticalmente em relação a ele. passos do local onde se encontrava Pedro.
Despreze a resistência do ar. O tempo gasto para que ele a alcance será de:
Considere que, nas alternativas abaixo, a a) 10 s.
caminhonete está representada em dois instantes
b) 20 s.
consecutivos.
c) 30 s.
Assinale a alternativa em que está mais bem
representada a trajetória da bola vista por uma d) 40 s.
pessoa, parada, no acostamento da estrada.

54 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

73. (UNIMONTES) Duas partículas A e B, deslocam-se Sejam V A e VB, respectivamente, os valores da


ao longo de uma mesma reta. A figura abaixo mostra velocidade da esfera, em relação a cada observador,
o gráfico da velocidade x tempo para o movimento no instante em que ela atinge um ponto mais alto de
das duas partículas. sua trajetória. Suponha que sobre a esfera atue
apenas o seu peso.

Considerando essas informações, pode-se afirmar


que
a) VA = 0 e V B = 0
b) VA = 10m/s e VB = 0
c) VA = 0 e VB = 10m/s
d) VA = 10m/s e VB = 10m/s
e) VA = 0 e VB = 5m/s

76. (Mack-SP) É dado o gráfico horário de um móvel


Todas as afirmações seguintes, relacionadas com o
movimento dessas duas partículas, são corretas,
EXCETO:
a) Ambas as partículas deslocam-se com movimento
uniformemente acelerado.
b) De t = 0s a t = 4,0s, A percorreu 60m e B percorreu
100m.
c) No instante t = 4,0s, a distância entre as partículas
A e B é de 10 m.
Assinale a alternativa INCORRETA:
d) Ambas as partículas têm acelerações constantes,
sendo aA = 7,5 m/s2 e aB = 2,5 m/s2. a) Entre os instantes 0 a t1 o movimento é progressivo.
b) Entre os instantes t1 e t2 o móvel está em repouso.

74. Dizer que um automóvel tem aceleração igual a c) Entre os instantes t2 e t3 o movimento é retrógrado.
1,0 m/s2 equivale a se afirmar que d) Os itens a e b são incorretos.
a) a cada segundo sua velocidade aumenta de 3,6 km/
h. 77. O gráfico posição (d) versus tempo (t) abaixo
b) a cada hora sua velocidade aumenta de 1,0 m/s. representa o movimento de um carro numa estrada
c) a cada hora sua velocidade aumenta de 60 km/h. retilínea
d
d) a cada segundo sua velocidade diminui de
1
km/h.
3,6
e) a cada segundo sua velocidade diminui de 60 km/h.
0 t

Este gráfico está mostrando que o carro


75. Um observador A, dentro de um vagão que se desloca
horizontalmente, em linha reta, com velocidade a) Partiu com uma certa velocidade, que foi
constante de 10m/s, lança para cima uma esferinha, aumentando, e depois freou um pouco.
que sobe verticalmente em relação a esse observa- b) Partiu do repouso, aumentou de velocidade, freou
dor. até parar e começou a voltar.
Um observador B, no solo, em repouso em relação c) Partiu com uma certa velocidade, mantendo esta
à Terra, vê o vagão passar. por um tempo, e começou a voltar.
d) Partiu do repouso, mantendo uma mesma
velocidade, freando logo depois.

P R É - V E S T I B U L A R
55
Unidade II Cinemática FÍSICA I

78. (UFPR 2006) Quatro bolas de futebol, com raios e


massas iguais, foram lançadas verticalmente para
cima, a partir do piso de um ginásio, em instantes
diferentes. Após um intervalo de tempo, quando as
bolas ocupavam a mesma altura, elas foram
fotografadas e tiveram seus vetores velocidade
identificados conforme a figura a seguir:

Desprezando a resistência do ar, considere as


seguintes afirmativas:
I. No instante indicado na figura, a força sobre a bola 80. (FUVEST-SP) Uma torneira mal fechada pinga a
b1 é maior que a força sobre a bola b3. intervalos de tempo iguais. A figura a seguir mostra
II. É possível afirmar que b4 é a bola que atingirá a a situação no instante em que uma das gotas está
maior altura a partir do solo. se soltando.

III. Todas as bolas estão igualmente aceleradas para


baixo.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

79. (UFG 2006) O Visconde de Sabugosa vê uma jaca Supondo que cada pingo abandone a torneira com
cair da árvore na cabeça da Emília e filosofa: “Este velocidade nula e desprezando a resistência do
movimento poderia ser representado, A
qualitativamente, pelos gráficos de posição e ar, pode-se afirmar que a razão , entre a
B
velocidade, em função do tempo...”
distância A e B, mostrada na figura (fora de escala),
vale:
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.

56 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

81. (PUC-SP) Suponha que, em uma partida de futebol, 83. Um pequeno corpo é abandonado de uma certa
o goleiro, ao bater o tiro de meta, chute a bola, altura e cai sob a ação do seu peso e da resistência
imprimindo-lhe uma velocidade v0 cujo vetor forma, do ar. A velocidade terminal é atingida após um tempo
com a horizontal, um ângulo a. Desprezando a T de queda. Nas alternativas que se seguem, os
resistência do ar, são feitas as afirmações abaixo: pontos representam posições do corpo separados
I – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vetorial por intervalos de tempos iguais.
da bola é nula. Indique a alternativa que MELHOR representa o
II – A velocidade inicial v0 pode ser decomposta segundo movimento de queda do corpo.
as direções horizontal e vertical.
III – No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor da
aceleração da gravidade.
IV – No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor vy do
componente vertical da velocidade.

ESTÃO CORRETAS
a) III e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) I, II e III.

82. A figura a seguir reproduz uma fotografia


estroboscópica do movimento de uma partícula.
84. Uma bola inicialmente sobre um plano inclinado
(trecho 1), depois, sobre um plano horizontal (trecho
2) e, finalmente, cai livremente (trecho 3) como
0
mostra a figura.
O gráfico abaixo que melhor representa a posição
(x) em função do tempo (t) para esta partícula é:

a) b)
x x

Rt Rt

Desconsidere as forças de atrito durante todo o


movimento.
c) d) Considere os módulos das acelerações da bola nos
x x
trechos 1, 2 e 3 como sendo a 1 , a 2 e a 3
respectivamente.
Sobre os módulos dessas acelerações nos três
trechos do movimento da bola, pode-se afirmar que

Rt Rt
a) a1 < a2 < a3. b) a1 < a3 e a2 = 0.
c) a1 = a2 e a3 = 0. d) a1 = a3 e a2 = 0.

P R É - V E S T I B U L A R
57
Unidade II Cinemática FÍSICA I

85. (UFLA) O gráfico abaixo foi elaborado considerando


o movimento de um veículo ao longo de uma rodovia.
Nos primeiros 15 minutos, o veículo desenvolveu
velocidade constante de 80 km/h. Nos 15 minutos
seguintes, 60 km/h e, na meia hora final, velocidade
constante de 100 km/h. Pode-se afirmar que a
velocidade média do veículo durante essa 1 hora de
movimento foi de:

88. A figura mostra uma bola descendo uma rampa. Ao


longo da rampa, estão dispostos cinco cronômetros,
C1 , C 2, ... C 5, igualmente espaçados. Todos os
cronômetros são acionados, simultaneamente (t =
a) 80 km/h 0), quando a bola começa a descer a rampa partindo
b) 85 km/h do topo. Cada um dos cronômetros pára quando a
bola passa em frente a ele. Desse modo, obtêm-se
c) 70 km/h
os tempos que a bola gastou para chegar em frente
d) 90 km/h de cada cronômetro.

86. (PUC-SP) Um móvel desloca-se a partir da origem


com velocidade constante de 5 m/s. Após
10 segundos de movimento, os freios são acionados
e sua velocidade é alterada de acordo com o gráfico.

A figura que melhor representa as marcações dos


cronômetros em um eixo de tempo é

a)

O espaço total percorrido vale:


a) 57,5 m
b) 52,5 m b)
c) 50,0 m
d) 48,5 m

87. Uma torneira está pingando, soltando uma gota a c)


cada intervalo de tempo. As gotas abandonam a
torneira com velocidade nula. Considere desprezível
a resistência do ar.
No momento em que a quinta gota sai da torneira, d)
as posições ocupadas pelas cinco gotas são
MELHOR representadas pela seqüência

58 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

89. (UFMG) Este gráfico, velocidade versus tempo, 91. Uma pessoa passeia durante 30 minutos. Nesse
representa o movimento de um automóvel ao longo tempo ela anda, corre e também pára por alguns
de uma estrada reta. instantes. O gráfico representa a distância (X)
percorrida por essa pessoa em função do tempo de
v (m/s)
passeio (t).

24

0 12 t (s)

A distância percorrida pelo automóvel nos primeiros


12s é
a) 144 m Pelo gráfico pode-se afirmar que, na seqüência do
passeio da pessoa, ela
b) 288 m
a) andou (1), correu (2), parou (3) e andou (4)
c) 2,0 m
b) andou (1), parou (2), correu (3) e andou (4)
d) 24 m
c) correu (1), andou (2), parou (3) e correu (4)
d) correu (1), parou (2), andou (3) e correu (4)
90. (UFMG) Um corpo P é lançado horizontalmente de
uma determinada altura. No mesmo instante, um
outro corpo Q é solto em queda livre, a partir do 92. Observe esta figura
repouso, dessa mesma altura, como mostra a figura.

P Q

Daniel está andando de skate em uma pista hori-


zontal.
No instante t1, ele lança uma bola, que, do seu pon-
to de vista, sobe verticalmente.
Sejam vP e v Q os módulos das velocidades dos A bola sobe alguns metros e cai, enquanto Daniel
corpos P e Q , respectivamente, imediatamente continua a se mover em trajetória retilínea, com velo-
antes de tocarem o chão e t P e t Q os tempos cidade constante.
despendidos por cada corpo nesse percurso. Des- No instante t2, a bola retorna à mesma altura de que
preze os efeitos da resistência do ar. foi lançada.
Nessas condições, pode-se afirmar que Despreze os efeitos da resistência do ar.
a) vP = vQ e tP > tQ. Assim sendo, no instante t2, o ponto em que a bola
estará, mais provavelmente, é
b) vP = vQ e tP = tQ.
a) K. b) L.
c) vP > vQ e tP > tQ.
c) M. d) qualquer um, dependendo do
d) vP > vQ e tP = tQ. módulo da velocidade de lan-
çamento.

P R É - V E S T I B U L A R
59
Unidade II Cinemática FÍSICA I

93. Em uma corrida de Fórmula 1, o piloto Miguel 94. (UFMG) Numa corrida, Rubens Barrichelo segue atrás
Sapateiro passa, com seu carro, pela linha de de Felipe Massa, em um trecho de pista reto e plano.
chegada e avança em linha reta, mantendo Inicialmente, os dois carros movem-se com
velocidade constante. Antes do fim da reta, porém, velocidade constante, de mesmos módulo, direção
acaba a gasolina do carro, que diminui a velocidade e sentido.
progressivamente, até parar. No instante t1, Felipe aumenta a velocidade de seu
Considere que, no instante inicial, t = 0, o carro carro com aceleração constante; e, no instante t2,
passa pela linha de chegada, onde x = 0. Barrichelo também aumenta a velocidade do seu
carro com a mesma aceleração.
Assinale a alternativa cujo gráfico da posição x em Considerando essas informações, assinale a
função do tempo t melhor representa o movimento alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo da
desse carro. velocidade relativa entre os dois veículos, em função
do tempo.

a)

b)

c)

d)

60 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Cinemática FÍSICA I

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1
Na figura, estão representadas as velocidades, em função do tempo, desenvolvidas por um atleta, em dois
treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos.

Em qual treino ele gastou menos tempo? Quanto tempo a menos?

v(m/s)
A

12

10

6 B
4

2 4 6 8 10 12 t(s)

QUESTÃO 2 (UFJF)
Dois carros estão se movendo em uma rodovia, em pistas distintas. No instante t = 0 s, a posição do carro 1 é
s01 = 75 m e a do carro 2 é s02 = 50 m. O gráfico da velocidade em função do tempo para cada carro é dado a
seguir.

a) A partir do gráfico, encontre a aceleração de cada carro.


b) Escreva a equação horária para cada carro.
c) Descreva, a partir da análise do gráfico, o que ocorre no instante t = 5s.

QUESTÃO 3 (UFOP)
Um malabarista de circo deseja ter três facas no ar em todos os instantes. Ele arremessa uma faca a cada
0,4 s. Considerando g = 10 m/s2, responda às questões seguintes.

a) Quanto tempo cada faca fica no ar?


b) Com que velocidade inicial deve o malabarista atirar cada faca para cima?
c) A que altura se elevará cada faca acima de suas mãos?

P R É - V E S T I B U L A R
61
Unidade II Cinemática FÍSICA I

QUESTÃO 4
Um carro está parado no sinal fechado. Quando o sinal abre, o carro parte com aceleração constante de
2,0 m/s2. Nesse mesmo instante, um ônibus, que se move com velocidade constante de 10 m/s, passa pelo
carro. Os dois veículos continuam a se mover dessa mesma maneira.
1. No diagrama abaixo, QUANTIFIQUE a escala no eixo de velocidades e REPRESENTE as velocidades do carro
e do ônibus em função do tempo nos primeiros 12 s após a abertura do sinal, IDENTIFICANDO-AS.

2. Considerando a situação descrita, CALCULE:


a) o tempo decorrido entre o instante em que o ônibus passa pelo carro e o instante em que o carro alcança o
ônibus.
b) a distância percorrida pelo carro desde o sinal até o ponto em que ele alcança o ônibus.

QUESTÃO 5 (UFES)
Em uma região plana, um projétil é lançado do solo para cima, com velocidade de 400m/s, em uma direção que
faz 60° com a horizontal.
Calcule a razão entre a distância do ponto de lançamento até o ponto no qual o projétil atinge novamente o solo
e a altura máxima por ele alcançada.

62 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

UNIDADE III
LEIS DE NEWTON
1 – Introdução
2 – Tipos de Forças
3 – 1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)
4 – 2ª Lei de Newton
5 – 3ª Lei de Newton (Lei da Ação e Reação)
6 – Roldanas
7 – Forças de Atrito
8 – Plano Inclinado
9 – Sistemas de Corpos

III.1 - INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos começar o estudo da Dinâmica, que é o ramo da Física que estuda a relação dos
movimentos com suas causas. A base desse estudo está na compreensão das Leis de Newton.
Por volta da metade do século XVII Sir Isaac Newton propôs uma série de teorias importantíssimas e que
deram origem ao que chamamos atualmente de Mecânica Clássica.
Vamos estudar também algumas das aplicações das Leis de Newton, em situações que envolvam atrito,
plano inclinado e roldanas.

III.2 - TIPOS DE FORÇAS

As forças não provêm só do esforço muscular exercido por uma pessoa. Falamos também em força
quando um ímã atrai um prego, quando uma mesa apóia um livro etc.
As forças são medidas com balanças ou dinamômetros, e suas unidades mais comuns são o quilograma
força (kgf) e o newton (N), esta última sendo a unidade do SI.
Podemos classificar as forças, macroscopicamente, em forças de contato e forças de ação à distância.
Neste texto apresentaremos e discutiremos alguns tipos de forças que aparecem com freqüência nas situações
de nosso cotidiano. Algumas delas não serão analisadas em profundidade agora.

III.2.1 - A FORÇA PESO


É um fato observável que, para sustentar um objeto na mão, devemos exercer uma força, e que se o
largarmos, ele cai; dizemos que isso se deve ao seu peso. Essa palavra teve, no decorrer da história da
Física, diferentes interpretações. Durante muitos séculos, se pensou no peso como algo “interno” ao corpo,
uma causa própria ao corpo, uma espécie de “motor interno” que o faria cair. No século XVII, Newton sugeriu
uma outra interpretação para o peso, que se mostrou mais adequada e que é aceita até hoje: os corpos

P R É - V E S T I B U L A R
63
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

caem porque são atraídos pela Terra. Essa força atrativa, que a Terra exerce sobre os corpos, é chamada
força da gravidade ou simplesmente peso (P).
Embora seja usual se falar em peso de um corpo, podendo isso sugerir que
o peso seja uma propriedade “interna” do corpo, como se imaginava antes de
Newton, é importante destacar e ter sempre em mente que o peso é uma ação
externa: é a força exercida sobre o corpo pela Terra.
A força peso tem a direção vertical e atua no sentido do centro da Terra.
Como a Terra é esférica, em cada ponto da superfície ela tem o sentido indicado
na figura ao lado.
A força com que a Terra atrai um corpo – o peso – depende da posição do
corpo.
Sendo o peso uma ação externa, é fácil perceber que, em outro planeta( ou na Lua), um corpo poderá ter
peso diferente do que tem na Terra. Você teria muito mais facilidade para pular na Lua (peso cerca de 6 vezes
menor do que na Terra), mas suas pernas não suportariam o seu peso em Júpiter (cerca de 3 vezes maior
que na Terra).

Nos pólos, uma pessoa é atraída com mais força que no Equador. Essa diferença, do ponto de vista prático, é insignificante.
No alto do Everest (8 . 103 m) uma pedra é mais leve que ao nível do mar.
A figura está exagerando na diferença, que é muito pequena.

III.2.2 - FORÇA DE APOIO EXERCIDA POR SUPERFÍCIES (NORMAL)


Imagine uma tábua apoiada sobre molas, como mostra a figura. O que acontecerá se você apertá-la no
sentido indicado?

Não é difícil perceber que as molas serão comprimidas e exercerão sobre a tábua uma força, de baixo
para cima, “buscando” voltar à posição inicial. Quanto maior a força com que se comprimir a tábua, maior
será a deformação das molas e mais força elas farão sobre a tábua, de baixo para cima.
Começaremos discutindo esse exemplo bem concreto porque algo análogo ocorre quando comprimimos,
por exemplo, a superfície de uma mesa. As moléculas (ou átomos) que constituem a mesa estão dispostas
de maneira regular; não são molas que as ligam, mas sim forças de origem elétrica. Quando comprimimos
a mesa, haverá uma deformação, ainda que imperceptível, fazendo com que diminua a distância entre as
partículas. Forças elétricas de repulsão farão então o mesmo papel das molas no exemplo anterior; a mesa
forçará para cima aquilo que lhe está comprimindo (sua mão, um livro apoiado etc).
Essa força é usualmente representada por N (de Normal, sinônimo de perpendicular).

64 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Os vetores representam as força que a mesa exerce sobre sua mão e sobre o livro que nela se apóia. Essas forças têm
origem na deformação (imperceptível, quase sempre) produzida na mesa. Quanto maior a deformação, maior a força.

III.2.3 - FORÇA DE ATRITO


Nem sempre a força exercida por uma superfície sobre um corpo é perpendicular (normal) à superfície. É
comum existir uma componente paralela à superfície, e você pode verificar isso com uma experiência muito
simples: comprima sua mão sobre a mesa e ao mesmo tempo tente movê-la horizontalmente. Além da força
normal, perpendicular à mesa, você “sentirá” a presença de uma força que se opõe à tendência de
escorregamento de sua mão. Essa é a força de atrito, que aparece quando tentamos mover duas superfícies
em contato, uma em relação à outra. Experimente empurrar ou arrastar qualquer objeto no chão que você
perceberá a presença da força de atrito, exercida pelo chão sobre o objeto.
Essa força de atrito depende do polimento e da natureza das superfícies em contato.
O atrito que atua evitando o escorregamento entre as superfícies é chamado de atrito estático. Ele tem
valor variável, de acordo com o solicitado, até um máximo. O valor máximo depende da força de compressão
entre as superfícies de contato.
Após o início do escorregamento, passa a atuar um atrito diferente, chamado de atrito cinético. Seu valor
é constante ao longo do escorregamento das superfícies.

III.2.4 - FORÇAS EXERCIDAS POR CORDAS, FIOS E CABOS


É muito comum, quando se quer arrastar alguma coisa, amarrar a ponta de uma corda no objeto e puxar
pela outra extremidade. A corda “transmite” a força exercida e puxa o objeto.
Cordas e fios também são usados para sustentar objetos,
mantendo-os em equilíbrio suspensos no ar. O passarinho representado
na figura ao lado tem seu peso equilibrado pela força, vertical e para
cima, que o fio exerce sobre ele.
Usualmente, essas forças são representadas por T (de tração ou
tensão) e pode-se dizer que a força exercida por um fio sobre um
corpo tem a direção do fio e atua no sentido de puxar o corpo.

III.2.5 - FORÇA DE RESISTÊNCIA DO AR


Embora “invisível”, a presença do ar pode ser sentida, entre outras coisas, pela força que exerce sobre
um objeto que se move em relação a ele. Você pode percebê-la quando corre, quando está ventando ou
quando coloca a mão para fora de um carro em movimento. Essa força tem origem nas colisões das moléculas
que compõe o ar contra o objeto que se move e é chamada de força de resistência do ar.
A resistência do ar pode, muitas vezes, ser desprezada, de tão pequena. Outras vezes, pode ser uma
força importante, como por exemplo, nas corridas automobilísticas ou na queda de um pára-quedista. Se
não houver movimento do corpo em relação ao ar não haverá força de resistência do ar.
Em resumo, a resistência do ar é uma força que se opõe ao movimento de um corpo e ela é tanto maior
quanto maior for a velocidade do corpo.
Fonte: GUIMARÃES, Luiz; BOA, Marcelo Fonte. Física para o 2º grau - mecânica. Ed. Harbra

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65
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

III.2.6 - FORÇA SERVE PARA QUÊ?


Você já se fez essa pergunta? Alguma vez você parou para pensar sobre isso?
Os itens anteriores mostraram alguns tipos de forças e algumas de suas características. Mas não foi dito
quase nada sobre as suas conseqüências.
Preste atenção no exemplo a seguir.
Imagine um carrinho de brinquedo parado sobre uma mesa. Um garoto dá um empurrão e o carrinho começa
um movimento, o módulo de sua velocidade aumenta. Depois de um certo tempo o carrinho vai perdendo velocidade
até parar novamente.
Na primeira etapa, durante o empurrão, a força que o garoto fez sobre o carrinho gerou mudanças na velocidade.
Durante a segunda etapa, quando o carrinho vai parando, atritos com o solo e com o ar geraram novas mudanças
na velocidade.
Com esse exemplo, percebemos que as forças servem para alterar o estado que o corpo se encontra. Força
serve para mudar a velocidade de um corpo de alguma maneira. As forças servem para gerarem aumento, redução
ou mudança de direção no vetor da velocidade (casos em que o corpo faz uma curva). Podemos concluir que as
forças podem gerar aceleração.
Quando temos alguma força sobrando e atuando em um corpo teremos alguma mudança no vetor da velocidade,
ou seja, aceleramos o móvel de alguma forma. Quando não estiver sobrando nenhuma força não teremos mudanças
no vetor da velocidade e a aceleração será nula.
Não faça confusão. Algumas pessoas acreditam que quando a força aumenta a velocidade também aumenta
e que quando a força diminui a velocidade diminui. Isso é um erro.
A relação direta não é entre força e velocidade e sim entre força e aceleração. Quando a força resultante
cresce a aceleração cresce e portanto a velocidade varia em um rítimo mais intenso. Quando a força resultante
diminui a aceleração também diminui e a velocidade varia em um rítimo mais lento.

III.3 - 1ª LEI DE NEWTON (LEI DA INÉRCIA)


A tirinha de jornal mostra uma situação muito comum do nosso dia-a-dia.
Quem nunca presenciou em um ônibus algo parecido?

O exemplo mostra uma aplicação para a 1ª Lei de Newton ou, simplesmente, Lei da Inércia. Podemos
resumi-la da seguinte forma:

66 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Se nenhuma força atuar em um corpo ou o total de todas as forças que atuam for nulo, o
corpo tende a continuar da forma que estiver. Se estiver inicialmente parado irá permanecer
parado. Se estiver inicialmente em movimento continuará em linha reta e com o módulo da
velocidade constante.

Outros exemplos simples relacionados com a Lei da Inércia:

• Trenzinho Misterioso
O trem é solto do alto da rampa
e, logo antes do túnel, pelo funil uma
esfera de aço é lançada para cima.
Muitos pensariam que a esfera lançada
para cima ficaria para trás, pois ao
perder contato com o trem perderia
também o movimento para a direita.
Esse raciocínio está errado. A bolinha
passa por cima do túnel. Enquanto
sobe e desce mantém seu movimento
horizontal. Como a resistência do ar é
http://www.clubedeciencias.com/experimentos/trem.htm
desprezível nesse caso, não teremos
força resultante atuando na horizontal.
Assim, uma vez que o movimento horizontal já existe, ele tende a continuar existindo naturalmente.

• Quem vai e quem fica?


Faça uma pilha com peças de jogo de dama. Com a
borda larga de uma faca (largura não superior à largura de
cada peça), dê um golpe rápido na peça mais baixa. Esta
será expulsa da pilha sem que as demais saiam do lugar. (No
lugar da peças de dama você pode usar moedas ou qualquer
peças que possibilitem o empilhamento). O motivo é simples:
A força de atrito entre as peças é muito pequena para conseguir
produzir aceleração necessária nas peças de cima. Essas
não ganham velocidade da mesma forma que a de baixo
ganhou ao ser impulsionada pela faca. Como as peças de
http://br.geocities.com/saladefisica10/experimentos/e35.htm
cima estavam paradas e nenhuma força resultante
considerável atuou nelas, a tendência natural é permanecerem paradas.

O quadro abaixo resume a 1ª Lei de Newton de forma esquemática.

FR = 0 → aceleração nula.
Não há mudança alguma na velocidade do corpo.

Um corpo inicialmente parado Um corpo inicialmente em movimento


permanecerá parado. seguirá em linha reta com velocidade
constante

Lembre-se de que essa primeira lei é mutio importante para análise de situações em que os
corpos estão sob ação de forças em equilíbrio.

P R É - V E S T I B U L A R
67
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

III.4 - 2ª LEI DE NEWTON


Vamos analisar a figura de uma caixa sendo
puxada por um operário. Se a força feita pelo homem
fosse de mesmo módulo que a força de atrito, a caixa
estaria parada ou em linha reta com velocidade
constante, mas percebemos pelos tamanhos dos
vetores que há uma força resultante para a direita. Isso
implica em alguma mudança no vetor da velocidade.
Considerando que a seta representada na figura indica
o sentido do movimento da caixa, podemos afirmar que
o módulo de sua velocidade aumenta.
E se o operário puxar com mais força ainda,
sobrando agora uma força resultante o dobro da
primeira. O que ocorrerá? E se a força resultante for o
triplo da inicial? É simples: mais força sobrando significa
mais aceleração, a velocidade passa a variar em um http://br.geocities.com/saladefisica8/dinamica/segundalei.htm
ritmo mais rápido. Medindo a aceleração para cada
caso e usando um pouco de matemática, chegaremos a uma conclusão importante. Ao dividirmos a força resultante
pela aceleração em cada experimento com a mesma caixa teremos um resultado constante.

FR1 FR2 FR3


= = = constante
a1 a2 a3

Ao dobramos a força resultante dobraremos o ritmo de variação da velocidade da caixa, ou seja, a aceleração.
Se triplicarmos a força resultante triplicaremos a aceleração. Se reduzirmos a força resultante para a metade a
aceleração também ficará pela metade.
O que é essa constante? Fisicamente falando essa constante ganha a designação de massa inercial do
corpo. Quanto maior for o resultado dessa constante, maior será a dificuldade para alterar a velocidade do corpo e,
portanto, maior será a sua massa.

FR
=m ⇒ FR = m ⋅ a
a

Escrevendo a expressão na forma vetorial, temos:

→ →
FR = m ⋅ a

Podemos concluir então que a massa de um corpo é a medida de sua inércia. Quanto maior a massa mais
difícil colocá-lo em movimento ou pará-lo.
Ao analisarmos as unidades do Sistema Internacional (SI) presentes na equação percebemos que a força é
kg ⋅ m
medida em , ou simplesmente N (Newton).
s2
Uma força igual a 1,0 N aplicada em um corpo de massa 1,0 kg produz uma aceleração de módulo 1,0 m/s2
na mesma direção e no mesmo sentido da própria força. Outra unidade comum para medirmos força, principalmente
pesos, é o quilograma-força (kgf).

1,0 kgf = 10 N (aproximadamente)

68 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

III.5 - 3ª LEI DE NEWTON (LEI DA AÇÃO E REAÇÃO)


Observe a figura ao lado que mostra uma pessoa caminhando. Graças ao
atrito, que muitas pessoas desprezam, podemos nos movimentar.
Vamos a seguir fazer uma análise detalhada do que está realmente
acontecendo. A pessoa atua empurrando com a sola do tênis o solo para trás,
só que essa força de atrito não surge sozinha. Ao mesmo tempo, aparece uma
outra força, feita pelo solo, empurrando o tênis e por fim o seu corpo para frente.
Esse é um exemplo clássico de uma situação na qual existem duas forças
constituindo um par de ação e reação. Estão relacionadas abaixo as
características que definem bem esse par de ação e reação:

1. Tanto a ação quanto a reação atuam na mesma direção, uma reta www.infoescola.com
horizontal.
2. Apontam em sentidos opostos.
3. Têm o mesmo módulo.
4. Nunca atuam no mesmo corpo, sempre em corpos distintos.
5. Nunca se anulam.

Muito cuidado nas análises de forças que formam pares de ação e reação, se as duas forças em questão
atuarem no mesmo corpo elas nunca formarão um par de ação e reação. Faça sempre o uso da seguinte frase:
“corpo A faz força sobre o corpo B e corpo B faz força sobre o corpo A”. Sempre que essa frase for usada teremos
aí um par de ação e reação.

Exemplos:

• Um nadador empurra a água para trás e a água empurra o nadador para frente.

www.teneteide.com/social.htm

• Um foguete através das suas turbinas impulsiona um gás para


trás e o gás impulsiona o foguete para frente.

www.geocities.com/leisdenewton/3.htm

• Um ímã atrai um pedaço de ferro e esse pedaço de ferro atrai o ímã.

www.o20nivel.blogspot.com/

P R É - V E S T I B U L A R
69
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Quais os pares de ação e reação teríamos no exemplo de uma caixa em repouso sobre a superfície da Terra?

Veja a figura ao lado que está fora de escala. Nela aparecem quatro forças.
N e P atuam na caixa e N´ e P´ atuam na Terra. Muitos erram considerando
esses os pares de ação e reação. O primeiro par, N e P, atua na caixa e o
segundo par, N' e P', atua na Terra. A Terra atrai a caixa com a força P e a
caixa atrai a Terra com a força P´. Identificamos aí o primeiro par de ação
e reação. A caixa aperta a Terra com a força N´ e a Terra sustenta a caixa
com a força N. Identificamos aí o segundo par de ação e reação. Os
pares de ação e reação da figura são (P e P´) e (N e N´). Nunca se
engane achando que peso e normal formam par de ação e reação.
Outro engano comum é achar que a força com a qual um corpo que
está por cima comprime o outro que está por baixo é o peso. Essa força na
verdade é a força Normal. Em muitos casos os módulos são iguais e por
isso se estabelece a confusão, o fato de uma força ter o mesmo valor de
outra não faz com que essa se transforme na outra.

III.6 - ROLDANAS
As roldanas são equipamentos utilizados para facilitar a execução de tarefas. Consistem em uma rodinha
com uma canaleta na sua periferia, por onde passa a corda. Podem ser classificadas em
roldanas de eixo fixo ou roldanas de eixo móvel. As roldanas de eixo fixo, ou simplesmente
roldanas fixas, só podem girar em torno do seu eixo sem poderem sair da posição na qual
se encontram (ilustrado na primeira figura abaixo). Esse tipo de roldana serve para transmitir
integralmente a força exercida de um lado da corda para o outro, portanto desprezamos o
peso da corda e atrito da roldana com o suporte. A pessoa que sustentar o sistema em
equilíbrio fará uma força igual ao peso do bloco. A segunda figura abaixo mostra a associação
de uma roldana de eixo móvel, ou simplesmente móvel, e uma fixa. A corda passa por baixo
da roldana móvel e a abraça. Veja que a roldana móvel fica sustentada pelos dois lados do
fio. Cada lado só precisa atuar exercendo uma força igual a metade do peso sustentado.
Desprezando os pesos da roldana móvel e da corda, só será necessário do outro lado da
roldana fixa um esforço igual ao valor da metade do peso do bloco.

efisica.if.usp.br/mecanica/basico/maquinas/polia/

70 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Faça uma análise das montagens abaixo e responda qual o valor indicado em cada dinamômetro supondo
desprezíveis os pesos das roldanas móveis, os pesos das cordas e os atritos. Considere o bloco R pesando 80 N.
Lembre-se de que o dinamômetro é um instrumento usado para medir força.

oficina.cienciaviva.pt

O esquema ao lado mostra uma pessoa dentro do elevador segurando a corda que sustenta
o conjunto do elevador.
Isso é possível?
Se sim, qual seria a tensão na corda segurada pela pessoa?

III.7 - FORÇAS DE ATRITO


As forças de atrito são mais comuns no nosso dia-a-dia do que imaginamos; quando escrevemos com um
lápis, quando caminhamos, quando puxamos uma corda ou quando giramos
uma maçaneta. O atrito é uma força que está sempre atuando no sentido
contrário ao do escorregamento de uma superfície sobre a outra.
A origem do atrito pode ser explicada por um modelo mecânico
bem simples. Ao analisarmos microscopicamente as superfícies
dos corpos perceberemos que elas são cheias de irregularidades.
efisica.if.usp.br
Mesmo corpos que são considerados lisos, como um pau de sebo,
na realidade não são. Todas as superfícies possuem irregularidades
e são ásperas. Umas mais e outras menos. Essas irregularidades se
penetram e se conectam dando origem ao atrito. Quando derramamos
óleo, graxa ou outra substância denominada lubrificante reduzimos o
atrito entre as superfícies, porque esse material penetra nas
irregularidades e cria uma camada de
separação. A figura mostra duas superfícies em contato, primeiramente sem o
lubrificante e em seguida com o lubrificante.

http://www.castrol.com

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71
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Níquel Náusea

Fernando Gonzales - Folha de São Paulo

Quanto a classificação, as forças de atrito de escorregamento são divididas em dois tipos:


1. Atrito Estático.
2. Atrito Cinético (ou Dinâmico).

III.7.1 - ATRITO ESTÁTICO


Vamos analisar o caso de um armário sendo puxado para a direita conforme as figuras.

Na figura A, o homem puxou o armário realizando uma força de módulo 50 N sem conseguir que esse
escorregasse, permanecendo parado. Logo, a força de atrito estático será de 50 N, já que é uma situação de
equilíbrio de forças. A força resultante foi nula.
Na figura B, o homem acabou puxando com mais força do que antes. Sua força passou para 150 N e mesmo
assim o armário não escorregou, permanecendo parado em relação ao solo. A força de atrito estático passou a
valer 150 N e o equilíbrio foi mantido.
O interessante é que em um certo momento a força do homem crescerá tanto que as irregularidades das
superfícies não irão mais aguentar. Nesse instante o homem terá feito uma força superior à força de atrito estático
máxima e o armário começará a escorregar.
E se esse armário fosse colocado sobre dois pisos bem diferentes? Teríamos a mesma dificuldade para
fazer com que ele escorregasse? Com certeza não! No piso mais áspero a força de atrito estático máxima será
maior, o armário terá mais dificuldade para escorregar.
Vamos fazer umas continhas. Ao dividirmos a força de atrito estático máxima pela força normal encontraremos
valores iguais nos dois casos de pisos diferentes? A resposta é não.

72 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

fe MAX 1 fe MAX2

N N

Esse cálculo produz um resultado maior para o caso em que o piso for mais áspero e é chamado de
coeficiente de atrito, ì. O coeficiente de atrito é um número adimensional, que qualifica as superfícies em contato
com relação às suas asperezas. Quanto mais ásperas forem as superfícies, maiores serão os valores dos coeficientes
de atrito.

fe MAX
= μe
N

fe MÁX = μ e ⋅ N

Em resumo, as características da força de atrito estático são:


• Atua sempre tentando evitar o início do escorregamento entre as superfícies.
• Tem valor variável, até um máximo, sempre o suficiente para manter o equilíbrio.
• O valor máximo é calculado pela equação acima.

III.7.2 - ATRITO CINÉTICO


Observe a figura desse automóvel freando e derrapando na pista. Observe
a fumaça produzida pelo atrito dos pneus com o solo. Nesse caso não temos
mais o atrito estático. As superfícies já estão em escorregamento. Sempre
que acontecer o escorregamento entre as superfícies, teremos atuando a força
de atrito cinético.
A força de atrito cinético não tem um valor variável até um máximo
como o atrito estático, seu valor é fixo e não importa com qual velocidade o
corpo escorrega. Pode ser calculado de uma maneira bem semelhante ao
atrito estático máximo (não se esqueça que o coeficiente de atrito cinético é diferente do coeficiente de atrito
estático).

fc
= μc → fc = μc ⋅ N
N

Outro fato importante está representado no gráfico a seguir.

moreedu.vilabol.uol.com.br

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O atrito estático máximo é sempre maior do que o atrito cinético. O pico desse gráfico mostra o valor do
atrito estático máximo e é o ponto chave para entendermos o comportamento do atrito. Até o pico a força de atrito
cresce e se mantém do mesmo valor da força aplicada. É a etapa do atrito estático, que simplesmente evita o início
do escorregamento. Após o pico, temos uma redução no atrito; é a etapa do atrito cinético e o corpo já está
escorregando. Perceba que o gráfico na parte final, permanece com o valor constante, já que o atrito cinético não
varia.

III.8 - PLANO INCLINADO


Os planos inclinados estão presentes em nossa vida, seja
subindo uma rua, uma rampa ou quando uma criança escorrega em
um brinquedo de parque. Para trabalharmos fisicamente essas
situações e entendermos o que está se passando em termos de
forças vamos precisar decompor a força peso, como mostra a figura
ao lado. Nessa situação temos um bloco descendo uma rampa
sem atrito. As forças que atuam sobre ele são o peso (P) e a normal
(N).
Na figura já estão desenhadas essas forças, inclusive as
componentes do peso. A componente P X está associada ao
movimento de descida do bloco e é essa parcela do peso que acelera
o bloco. Já a outra componete, PY, está associada à sustentação
do plano inclinado e por isso tem o mesmo módulo que a força
normal.

PY cateto adjacente
= = cos α ⇒ PY = P ⋅ cos α
P hipotensa

PX cateto oposto
= = senα ⇒ PX = P ⋅ senα
P hipotensa

III.9 - SISTEMAS DE CORPOS


A análise sobre sistemas de corpos segue algumas regras, vamos então resolver alguns exercícios para
entendermos como se faz.

EXEMPLO 1
Os blocos A e B , de massas mA = 5,0 kg e mB = 8,0 kg estão sobre uma
superfície horizontal sem atrito. Uma força F = 52 N , horizontal, atua no bloco A
empurrando o conjunto, inicialmente parado. Sobre essa situação responda:

a) Qual a aceleração do sistema de blocos?


Vamos imaginar que os dois blocos formam um corpo só.
As forças normais sustentam os pesos. Não temos atrito. A força resultante
atuando no conjunto é F.
FR = F

74 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Utilizando a 2ª Lei de Newton para o sistema, teremos:

52N
FR Conjunto = mConjunto ⋅ a ⇒ 52N = 13 kg ⋅ a ⇒ a= = 4,0m / s2
13kg

b) Qual o módulo da força que o bloco A faz no bloco B?


Temos que analisar os blocos separadamente agora. O bloco A
empurra o bloco B para a direita (FAB) e o bloco B empurra o bloco A
para a esquerda (FBA). (Ação e reação.)
Utilizando a 2ª Lei de Newton para o bloco B apenas, temos:

FRB = FAB ⇒ FAB = mB ⋅ a ⇒ FAB = 8,0kg ⋅ 4,0m / s2


FAB = 32N

EXEMPLO 2
A figura mostra dois corpos A e B, de massas mA = 6,0 kg e mB = 8,0 kg , unidos
por um fio ideal. Calcule: (utilize g = 10 m/s2 )

a) A aceleração do sistema.

Para encontrarmos a aceleração precisamos analisar todo o sistema. As tensões


na corda (TAB e TBA) são forças internas e só serão importantes para as análises dos
blocos separadamente.

Teremos FR = PB - PA

20N
FR = PB − PA ⇒ mconjunto ⋅ a = 80N − 60N ⇒ a= ⇒ a = 1, 4m / s2
14kg

b) A tensão no fio que une os blocos.


Temos agora que escolher somente um dos blocos para analisar. O bloco A está acelerado para cima por ser
mais leve, por isso temos:

FRA = TBA − PA ⇒ mA ⋅ a = TBA − 60N ⇒ 6,0kg ⋅ 1,4 m / s2 = TBA − 60N ⇒ TBA = 68,4N
A tensão na corda vale aproximadamente 68 N.

EXEMPLO 3
Na figura ao lado, temos dois corpos A e B ligados por um fio e uma roldana,
ambos ideais e de massas desprezíveis. A massa do corpo A vale 8,0 kg e o sistema
possui uma aceleração a = 2,0 m/s2.
Considerando o sistema em movimento com coeficiente de atrito cinético entre o
corpo A e o plano igual a 0,20, calcule:

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

a) A tensão no fio que une os blocos.

As forças que atuam nos blocos estão representadas no desenho ao lado.


Fazendo o cálculo somente para o bloco A podemos encontrar a tensão no
fio. A força normal do bloco A sustenta o peso de A e a força resultante em A será a
diferença entre a tensão do fio e a força de atrito cinético:

FRA = TBA - fC

FRA = TBA − fc ⇒ mA ⋅ a = TBA − (NA ⋅ μC )


8,0kg ⋅ 2,0 m / s2 = TBA − (80N ⋅ 0,20) ⇒ TBA = 16N + 16N
TBA = 32N

b) A massa do corpo B.
Fazendo o cálculo utilizando somente o corpo B, temos:
FRB = PB - TAB

TBA = TAB
(Isso sempre acontecerá quando a massa da corda for desprezível)

A força resultante no bloco B aponta para baixo (o peso do bloco B é superior ao valor da tensão da corda).

FRB = PB − TAB ⇒ mB ⋅ a = mB ⋅ g − 32N ⇒ mB ⋅ 2,0m / s2 = mB ⋅ 10m / s2 − 32N


32N
−8,0m / s2 mB = −32N ⇒ mB =
8,0m / s2
mB = 4,0kg

QUESTÕES RESOLVIDAS
1. A prateleira inclinada onde são expostos os pães de forma nos
supermercados, geralmente faz com que, uma vez retirado o pão à
mostra, o que está por trás escorregue pela pequena rampa para tomar
a posição daquele que foi retirado. Em algumas ocasiões, no entanto,
ao retirar-se o pão que está na frente, o de trás permanece em repouso
em seu local original. Isso se deve à força de atrito que, nesse caso,
tem seu módulo, em N, igual a
a) 0,85. d) 4,90.
b) 1,70. e) 5,00.
c) 3,25.

Dados:
massa do pão e sua embalagem = 0,500 kg
aceleração da gravidade local = 10 m/s2
inclinação da prateleira com a horizontal = 10°
sen 10° = 0,17 e cos 10° = 0,98

76 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

A figura abaixo mostra as forças que atuam no pacote de pão (o peso já foi decomposto).

Como o pacote não escorrega, mas permanece parado,


temos o equilíbrio das forças:

⎧PX = fe
FR = 0 ⇒ ⎨P = N
⎩ Y
o
PX = P ⋅ sen10 ⇒ PX = 5,00N ⋅ 0,17
fe = PX = 0,85N

Resposta letra A.

2. (FMTM) A figura mostra um carrinho A, com


massa mA, que pode se mover sem atrito sobre
outro carro, no qual está fixa uma roldana. O
carrinho A está ligado por um fio ideal, passando
pela roldana, a um corpo B de massa 3,0 kg.
Quando o conjunto todo está sob uma
aceleração a, o carrinho A e o corpo B não se
movem em relação ao carrinho maior e a parte
do fio entre o corpo B e a roldana forma um
ângulo de 53° com a horizontal. Nestas condições, a aceleração vale, em m/s2,
Dados: g = 10 m/s2, sen 53° = 0,800 e cos 53° = 0,600
a) 2,5. d) 7,5.
b) 3. e) 10.
c) 5.

A figura abaixo mostra todas sa forças que atuam


nos dois corpos, A e B.

Podemos encontrar o módulo da aceleração


analisando somente a esfera B. Veja o diagrama
abaixo que mostra as forças que atuam em B, sendo
que a tensão da corda já está decomposta.

TY = PB ⇒ TY = 3,0kg ⋅ 10m / s2 ⇒ TY = 30N


T sen53o 0,8 0,6
tg53o = Y = o
= ⇒ TX = 30N ⋅ ⇒ TX = 22,5N
TX cos 53 0,6 0,8

FRB = TX ⇒ mB ⋅ a = 22,5N
3,0kg ⋅ a = 22,5N
a = 7,5 m / s2

Resposta letra D.

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77
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

3. Dois blocos iguais estão ligados por um fio de massa desprezível,


como mostra a figura. A força máxima que o fio suporta sem arrebentar
é de 70N.
Em relação à situação apresentada, assinale a alternativa correta.
a) O maior valor para o peso de cada bloco que o fio pode suportar é 70N.
b) O maior valor para o peso de cada bloco que o fio pode suportar é de
35N.
c) O maior valor para o peso de cada bloco que o fio pode suportar é de 140N.
d) O fio não arrebenta porque as forças se anulam.

As forças que atuam sobre os blocos estão representados


na figura ao lado. Como os blocos são iguais seus pesos também
serão.
Já que o sistema está parado, dos dois lados a tensão da
corda sustenta o peso do bloco para que haja o equilíbrio. T = P.
T = 70 N pois este é o valor máximo que a corda suporta.
Alguns acreditam que a corda suportando 70 N deveria
exercer 35 N de cada lado. Cuidado para não cometer esse engano. A tensão da corda não é a soma
das forças aplicadas dos dois lados. Quando se estica uma corda, puxando de cada lado com 70 N, a
tensão na corda será de 70 N.
Resposta letra A.

4. Um bloco de massa M = 2,0 kg desliza sobre uma superfície com atrito. Ao passar pelo ponto O, o bloco
possui velocidade v0 = 2,0 m/s, como ilustrado na figura abaixo.
Sabendo que: o coeficiente de atrito cinético entre o bloco
e a superfície é μK = 0,10; que o coeficiente de atrito estático é
μE = 0,20 e que a aceleração da gravidade no local é g = 10 m/
s2, responda aos seguintes itens:

a) Faça o diagrama de forças para o bloco no ponto O e calcule a aceleração do


bloco.
A força normal sustenta o peso do bloco. A força resultante é a força de atrito.

FR = fC ⇒ mbloco ⋅ a = N ⋅ μK ⇒ 2,0kg ⋅ a = 20N ⋅ 0,10


2,0N
a= ⇒ a = 1,0m / s2
2,0kg

b) Calcule a distância que o bloco irá percorrer antes de parar.


A aceleração calculada vale 1,0 m/s2. A velocidade inicial vale 2,0 m/s e a velocidade final é nula pois o
corpo pára. Como temos um MUV podemos usar a seguinte equação:

v 2final = v inicial
2
+ 2 ⋅ a ⋅ d ⇒ 0 = (2m / s)2 + 2 ⋅ ( −1m / s2 ) ⋅ d
4m2 / s2
d= ⇒ d = 2m
2m / s2

78 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

c) Faça o diagrama de forças na figura abaixo para o bloco quando este estiver parado.

5. Uma balança na portaria de um prédio indica que o peso de Chiquinho é de 600 newtons. A seguir, outra
pesagem é feita na mesma balança, no interior de um elevador, que sobe com aceleração de sentido
contrário ao da aceleração da gravidade e módulo a = g/10, em que g = 10 m/s2.
Nessa nova situação, o ponteiro da balança aponta para o valor que está indicado corretamente na
seguinte figura:

A figura ao lado mostra as forças que atuam no Chiquinho (P e N) no momento que o elevador está
acelerado para cima. Mostra também a força com a qual ele pressiona a balança para baixo, N’.
Muito cuidado para não fazer confusão. A maioria das pessoas acredita que a força com a qual uma
pessoa aperta a balança que está abaixo dela é o seu peso. ISSO ESTÁ TOTALMENTE ERRADO!!!!!!!!!!!!!
Os pés da pessoa comprimem a balança para baixo com uma força normal, N’.
N e N’ formam um par de ação e reação e por isso têm o mesmo módulo. Ao encontrarmos o módulo de
N teremos encontrado também o módulo de N’ e assim o valor indicado pela balança.

Como na primeira pesagem foi informado o peso de Chiquinho podemos calcular sua massa.

PChiquinho = mChiquinho ⋅ g ⇒ 600N = mChiquinho ⋅ 10m / s2 ⇒ mChiquinho = 60kg

Analisando as forças que atuam na pessoa teremos:

FChiquinho = N − PChiquinho ⇒ mChiquinho ⋅ a = N − 600N


2
60kg ⋅ 1,0 m / s = N − 600N ⇒ N = 660N
N = N’ = 660 N

Resposta letra D.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. O bloco da figura, de
r massa 50 kg, sobe o plano inclinado perfeitamente liso, com velocidade constante, sob a
ação de uma força F, constante e paralela ao plano.

6,0 m
F

8,0 m
r
Adotando g = 10 m/s2, o módulo de F, em newtons, vale
a) 400
b) 250
c) 200
d) 350
e) 300

2. (Fuvest-SP) Um homem tenta levantar uma caixa de 5 kg, que


está sobre uma mesa, aplicando uma força vertical de 10 N.
Nesta situação, o valor da força que a mesa aplica na caixa é g = 10 m/s

a) 0 N
b) 5 N
c) 10 N
d) 40 N
e) 50 N

3. (UEL-PR) Um jogador de tênis, ao acertar a bola com a raquete,


devolve-a para o campo do adversário. Sobre isso, é CORRETO afirmar
a) de acordo com a Terceira Lei de Newton, a força que a bola exerce sobre a raquete é igual, em módulo, à força
que a raquete exerce sobre a bola.
b) de acordo com a Primeira Lei de Newton, após o impacto com a raquete, a aceleração da bola é grande porque
a sua massa é pequena.
c) a força que a raquete exerce sobre a bola é maior que a força que a bola exerce sobre a raquete, porque a massa
da bola é menor que a massa da raquete.
d) a bola teve o seu movimento alterado pela raquete. A Primeira Lei de Newton explica esse comportamento.
e) conforme a segunda Lei de Newton, a raquete adquire, em módulo, a mesma aceleração que a bola.

4. (UFPR) Os princípios básicos da mecânica foram estabelecidos por Newton e publicados em 1686, sob o título
“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”.
Com base nestes princípios é correto afirmar

80 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

a) A aceleração de um corpo em queda livre depende da massa desse corpo.


b) As forças de ação e reação são forças de mesmo módulo e estão aplicadas em um mesmo corpo.
c) A massa de um corpo é propriedade intrínseca desse corpo.
d) As leis de Newton são válidas somente para referenciais inerciais.
e) Quanto maior for a massa de um corpo, maior será a sua inércia.
f) A lei da inércia, que é uma síntese das idéias de Galileu sobre a inércia, afirma que, para manter um corpo em
movimento retilíneo uniforme, é necessária a ação de uma força.

5. (UFSC) Com relação às Leis de Newton, é CORRETO afirmar:


a) A velocidade adquirida por um corpo é proporcional à força nele aplicada. Este é o conteúdo da 1ª Lei de Newton.
b) A velocidade adquirida por um corpo é proporcional à força nele aplicada. Este é o conteúdo da 2ª Lei de Newton.
c) Um avião a jato ou um foguete tem seu movimento explicado pela 3ª Lei de Newton, ou lei da ação e reação.
d) A 1ª Lei de Newton, também conhecida como lei da inércia, só pode ser utilizada para os corpos que estão
parados, em relação a um sistema de referencial inercial, porque inércia e repouso são sinônimos na mecânica.
e) Se num dado instante, um corpo se desloca em linha reta com velocidade constante, então, nesse instante, a
resultante de todas as forças que atuam no corpo também é uma constante não nula em módulo.
f) A lei da ação e reação diz que a força de reação é igual a e oposta ao que se denomina de ação, desde que
ambas as forças estejam aplicadas sobre o mesmo corpo.
g) Dois corpos dotados das mesmas massas inerciais, animados de movimentos retilíneos, estarão sujeitos a
acelerações iguais, em módulo, quando a resultante das forças que sobre eles atuarem tiver a mesma intensidade.

6. Suponha que o bloco da figura abaixo esteja em repouso sobre o plano inclinado. O peso do bloco é de 10 Kgf

37°
30º

Dados: sen 37° = 0,60


cos 37° = 0,80

a) Represente, na figura, as forças que atuam sobre o bloco.


b) Determine a força de atrito que atua sobre o bloco.
c) Suponha que para um ângulo ligeiramente superior a 37º o bloco entra em movimento. Qual é o valor da força de
atrito estático máxima?
d) Determine o coeficiente de atrito estático.

P R É - V E S T I B U L A R
81
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

7. (FEI-SP) Um caminhão, partindo do repouso, carrega uma bobina de aço de massa m sobre a sua carroceria
sem que haja escorregamento. Quanto à força de atrito de escorregamento na bobina, quando o caminhão
estiver acelerando podemos afirmar que:
a) não há força de atrito entre a bobina e a carroceria.
b) tem direção normal à carroceria e sentido igual ao de deslocamento do caminhão.
c) tem direção paralela à carroceria e sentido igual ao de deslocamento do caminhão.
d) Tem direção paralela à carroceria e sentido contrário ao de deslocamento do caminhão.
e) Tem direção normal à carroceria e sentido contrário ao de deslocamento do caminhão.

8. (CESVRE-RJ) No que se refere ao atrito seco entre sólidos, é correto afirmar que
a) a força de atrito não depende da área de contato.
b) O coeficiente de atrito depende da reação normal.
c) O coeficiente de atrito cinético é maior que o estático.
d) A força de atrito só se manifestará se houver movimento relativo.
e) O sentido da força de atrito será o mesmo do movimento.

9. Uma pessoa, parada à margem de um lago congelado cuja superfície é perfeitamente horizontal, observa um
objeto em forma de disco que, em certo trecho, desliza com movimento retilíneo uniforme, tendo uma de suas
faces planas em contato com o gelo. Do ponto de vista desse observador, considerado inercial, qual das alternativas
indica o melhor diagrama para representar as forças exercidas sobre o disco nesse trecho? (Supõe-se a ausência
total de forças dissipativas, como o atrito com a pista ou com o ar).

A) B) C)

D) E)

82 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

QUESTÕES PROPOSTAS

1. A figura mostra dois blocos idênticos, cada um com d) Maior que o peso desse ímã e menor que o dobro
massa m, em situações diferentes. Na situação I, do seu peso.
eles estão em repouso, presos ao teto do
laboratório por cabos inextensíveis e de massas
3. Uma bolinha rola em uma superfície curva,
desprezíveis. Já em II, eles estão em queda livre,
perfeitamente polida, sem sofrer os efeitos da
presos por um cabo idêntico aos da situação I. Os
resistência do ar, conforme representa a figura. À
valores das trações no cabo que une um bloco ao
medida que a bola desce sobre essa superfície, na
outro, nas situações I e II, são, NESTA ORDEM
direção tangente à trajetória, é correto afirmar que:
a) a velocidade aumenta e a
aceleração diminui.
b) a velocidade diminui e a
aceleração aumenta.
m m c) tanto a velocidade como a
aceleração aumentam.
d) tanto a velocidade como a
m m aceleração diminuem.
e) a velocidade aumenta e a aceleração permanece
Situação I Situação II
constante.
a) 0 e mg.
b) mg e 0. 4. Um professor, querendo demonstrar a existência das
c) mg e 1/2 mg. forças de atrito estático e cinético, fez a seguinte
d) 1/2 mg e mg. experiência: puxou um bloco sobre uma superfície
horizontal com uma força F, medida por um
e) mg e mg
dinamômetro, como mostra a figura. Observando o
dinamômetro, o professor fez as seguintes
2. Na figura, dois ímãs iguais, em forma de anel, são anotações em relação à intensidade da força de
atravessados por um bastão que está preso em a atrito Fat, entre o bloco e a superfície:
base. O bastão e a base são de madeira. Considere
que os ímãs se encontram em equilíbrio e que o
atrito entre eles e o bastão é desprezível.

Bastão
I. Bloco em repouso: fat = F1, mas não na eminência
Ímãs do movimento.
II. Bloco em repouso, mas na eminência de
movimento: fat = F2.
III. Bloco em movimento retilíneo uniforme: Fat = F3.
Base
Em relação aos valores de F1, F2 e F3, é CORRETO
afirmar:
Nessas condições, o módulo da força que a base a) F1 = F2 > F3.
exerce sobre o ímã de baixo é b) F1 < F2 e F2 > F3
a) Igual ao peso desse ímã. c) F1 = F2 e F2 > F3
b) Nulo. d) F1 = F2 e F2 = F3
c) Igual a duas vezes o peso desse ímã. e) F1 > F2 e F2 < F3

P R É - V E S T I B U L A R
83
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

5. Duas bolinhas de massas iguais são puxadas por Enquanto o objeto se desloca, quatro alunos fizeram
uma pessoa que exerce uma força F, ao longo de as seguintes considerações:
um plano inclinado muito longo, e sobem em
movimento acelerado. Despreze a massa da corda Beatriz: A aceleração do objeto está diminuindo
e os atritos. Quando as bolinhas chegam ao meio com o tempo.
do plano, no instante t, a pessoa deixa de exercer Antônio: A força resultante sobre o objeto no ponto
a força. Analise as afirmações abaixo. O é a maior de todas, uma vez que a mola tem
tamanho máximo nesse ponto.

F Isabel: No ponto O, a velocidade do objeto é


-T máxima.

T Tales: O gráfico velocidade x tempo para o objeto é


uma reta que passa pela origem.

O número de considerações corretas e pertinentes


I. As tensões T e - T mostradas na figura, formam é
um par de ação e reação. a) 1
II. As bolinhas começam a descer o plano, a partir do b) 2
instante t.
c) 3
III. A força normal, exercida pelo chão, é reação da
d) 4
componente do peso perpendicular ao plano.
IV. A partir do instante em que as bolinhas começam
a descer o plano, as tensões mudam de sentido. 7. (UERJ) Na figura abaixo, o dente incisivo central X
estava deslocado alguns milímetros para a frente.
Um ortodontista conseguiu corrigir o problema
Estão incorretas as afirmativas
usando apenas dois elásticos idênticos, ligando o
a) II e IV, apenas. dente X a dois dentes molares indicados na figura
b) I e III, apenas. pelos números de 1 a 6. A correção mais rápida e
c) I e IV, apenas. eficiente corresponde ao seguinte par de molares:
d) I, II, III e IV.

6. A figura I mostra uma mola, em seu tamanho


natural, presa a um cano cuja extremidade direita
está aberta. Um objeto é colocado dentro do cano
de modo a comprimir a mola até o ponto A. Os
atritos entre os elementos podem ser desprezados.
O objeto é abandonado na posição na figura II e a
mola o ejeta para fora do cano.
a) 1e4
b) 2e5
I
c) 3e4

0 d) 3e6

II

A 0

84 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

8. (UFMG) Uma pequena esfera, presa por um 10. Observe a figura


barbante, gira em movimento circular uniforme,
sobre uma mesa horizontal sem atrito.
Indique a figura que melhor representa a trajetória
da esfera, imediatamente após ela se desprender
do barbante no ponto X.

Essa figura representa um automóvel acelerado,


durante uma “arrancada” para a esquerda. Sabe-se
que o automóvel possui tração nas rodas dianteiras.
Indique a alternativa que representa, adequada-
mente, o sentido das forças de atrito que, no instante
mostrado, o solo está exercendo sobre as rodas
dianteiras e traseiras do carro

9. Um homem empurra um caixote para a direita, com


velocidade constante, sobre uma superfície horizontal:
Desprezando-se a resistência do ar, o diagrama que
melhor representa as forças que atuam no caixote é

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

11. Na situação abaixo, a caixa A é mais pesada que a 13. (UFMG) Uma jogadora de basquete arremessa uma
caixa B. Os dois bonecos são idênticos e cada um bola tentando atingir a cesta. Parte da trajetória
apresenta um peso de intensidade P. Com o seguida pela bola está representada nesta figura
sistema abandonado, os bonecos comprimem as
bases das caixas com forças de intensidades FA e
FB, respectivamente. Considerando a polia e o fio
ideais e desprezando a influência do ar, aponte a
alternativa correta:

Considerando a resistência do ar, assinale a


alternativa cujo diagrama melhor representa as
forças que atuam sobre a bola no ponto P dessa
trajetória.

a) FA = P = F B .
b) FA < P < FB.
c) FA < FB < P.
d) FA > P > F B .
e) FA > FB > P.

12. (Fuvest-SP) Na pesagem de um caminhão, no posto 14. Um paraquedista, alguns minutos após saltar do
fiscal de uma estrada, são utilizadas três balanças. avião, abre seu pára-quedas. As forças que atuam
Sobre cada balança, são posicionadas todas as sobre o conjunto paraquedista/equipamentos são,
rodas de um mesmo eixo. As balanças indicaram então, o seu peso e a força de resistência do ar.
30000 N, 20000 N e 10000 N. A partir deste Essa força é proporcional à velocidade.
procedimento, é possível concluir que o peso do
caminhão é de Desprezando-se qualquer interferência de ventos,
pode-se afirmar que:
a) A partir de um certo momento, o paraquedista
descerá com velocidade constante.
b) Antes de chegar ao chão, o paraquedista poderá
atingir velocidade nula.
c) Durante toda a queda, a força resultante sobre o
conjunto será vertical para baixo.
a) 20000 N d) Durante toda a queda, o peso do conjunto é menor
b) 25000 N do que a força de resistência do ar.

c) 30000 N
d) 50000 N
e) 60000 N

86 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

15. (UFMG) Todas as alternativas contêm um par de


forças de ação e reação, EXCETO
a) A força com que a Terra atrai um tijolo e a força com
que o tijolo atrai a Terra.
b) A força com que uma pessoa, andando, empurra o
chão para trás e a força com que o chão empurra a
pessoa para a frente.
c) A força com que um avião empurra o ar para trás e a
força com que o ar empurra o avião para a frente.
d) A força com que um cavalo puxa uma carroça e a
força com que a carroça puxa o cavalo.
e) peso de um corpo colocado sobre uma mesa 17. Se F = 50N, então a reação normal e a força de
horizontal e a força da mesa sobre ele. atrito que atuam sobre o bloco valem,
respectivamente
16. (UFMG) Uma pessoa cujo peso é 60 Kgf está sobre a) 20 N e 6,0 N.
uma balança (graduada em kgf) e segura uma mola,
cujo peso é 1 kgf (figura 1). b) 20 N e 10 N.
Essa pessoa coloca a mola sobre o piso da balança, c) 50 N e 20 N.
comprimindo-a para baixo com uma força de 5 kgf d) 50 N e 25 N.
(figura 2). A balança marcará então
e) 70 N e 35 N.

18. A força mínima F que pode ser aplicada ao bloco


para que ele não deslize na parede é
a) 10 N b) 20 N
c) 30 N d) 40 N
e) 50 N

a) 55 kgf. 19. (UFJF-MG) Considere um carrinho movendo-se


b) 56 kgf. uniformemente sobre uma trajetória retilínea, plana
e horizontal. Num certo instante, uma pessoa que
c) 61 kgf.
está no carrinho arremessa uma bolinha
d) 65 kgf.
verticalmente para cima. Desprezando a resistência
e) 66 kgf. do ar, indique a alternativa correta
a) Uma pessoa que está no referencial da Terra dirá
As questões 17 e 18 referem-se ao enunciado e que a bola se moveu para trás e não poderá retornar
à figura que se seguem. ao ponto de partida;
b) Uma pessoa que está no referencial do carrinho dirá
que a bola se moveu para trás e não poderá retornar
Nessa figura está representado um bloco de
ao carrinho.
2,0 kg sendo pressionado contra a parede por
c) Uma pessoa que está no referencial do carrinho verá
uma força F.
a bola realizar uma trajetória parabólica, caindo
O coeficiente de atrito estático vale 0,5 e o novamente sobre o carrinho.
coeficiente de atrito cinético vale 0,3. Considere
d) Uma pessoa que está no referencial da Terra, verá a
g = 10 m/s2. bola realizar uma trajetória parabólica, caindo
novamente sobre o carrinho.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

20. (FMTM-MG) A figura representa dois blocos, A e B, 22. (Unesp-SP) Uma moeda está deitada em cima de
ligados por uma vareta rígida, de massa não despre- uma folha de papel, que está em cima de uma mesa
zível. O conjunto está apoiado sobre um plano hori- horizontal. Alguém lhe diz que, se você puxar a folha
zontal sem atrito e sobre ele atua a força horizontal de papel, a moeda vai escorregar e ficar sobre a
r
F, de módulo F. mesa. Pode-se afirmar que isso

a) sempre acontece porque, de acordo com o princípio


da inércia, a moeda tende a manter-se na mesma
B A posição em relação a um referencial fixo na mesa.

b) sempre acontece porque a força aplicada à moeda,


transmitida pelo atrito com a folha de papel, é sempre
Sendo TAV o módulo da tração exercida pelo bloco A menor que a força aplicada à folha de papel.
sobre a vareta e TBV o módulo de tração exercida
pelo bloco B sobre a vareta, pode-se afirmar que c) só acontece se o módulo da força de atrito estático
a) TAV = TBV = F máxima entre a moeda e o papel for maior que o
b) TAV = TBV < F produto da massa da moeda pela aceleração do
c) TAV = TBV > F papel
d) F > TAV > TBV
e) F < TAV < TBV d) só acontece se o módulo da força de atrito estático
máxima entre a moeda e o papel for menor que o
produto da massa da moeda pela aceleração do
21. (UFES) A figura mostra um plano inclinado, no qual papel.
os blocos de massas m1 e m2 estão em equilíbrio
estático. Seja θ o ângulo de inclinação do plano, T1, e) só acontece se o coeficiente de atrito estático entre
T2 os módulos das trações que a corda transmite, a folha de papel e a moeda for menor que o
respectivamente, aos blocos. Desprezando os atritos coeficiente de atrito estático entre a folha de papel
e sabendo que a massa m2 é o dobro da massa m1, e a mesa.
podemos afirmar que

23. Pai e filho passeiam por um parque em uma bela


manhã de sábado. Uma das brincadeiras que a
criança mais gosta é a de subir nas costas do pai e
“andar de cavalinho”.

Durante essa brincadeira, é CORRETO afirmar que:

a) a Terra atrai o garoto com a força peso e é com


essa força que o garoto aperta as costas do pai.

b) o peso do pai aumenta em função da força exercida


pelo garoto em suas costas.

c) a força peso atua no garoto e tem um par de ação e


reação atuando na Terra.
a) T1 > T2 e θ = 30° d) sobre o pai atuam três forças: o peso do garoto, o
b) T1 = T2 e θ = 45° peso do próprio pai e uma força normal feita pelo
c) T1 < T2 e θ = 60° chão.
d) T1 = T2 e θ = 30°
e) T1 < T2 e θ = 45°

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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

24. (UERJ) Um caminhão-tanque, transportando Desprezando o atrito, a força mínima com que o
gasolina, se move no sentido indicado com carregador deve puxar o bloco, enquanto este sobe
aceleração . Uma pequena bóia b flutua na superfície a rampa, será, em N, de:
do líquido como indica a figura.
a) 100
b) 150
c) 200
d) 400

27. Um pequeno bloco deslizou, sem atrito, ao longo de


A inclinação do líquido no interior do tanque, uma rampa. Medições realizadas durante o
expressa pela tangente do ângulo θ, é igual a: movimento do bloco forneceram os seguintes dados
a) a/g
b) 2a/g
Tempo (s) 0 1 2 3 4 5 6.
c) 3a/g
d) 4a/g Veloc. (m/s) 0 6 12 18 20 22 24

25. (UERJ) Na figura abaixo, a corda ideal suporta um O diagrama que melhor representa o perfil da rampa
homem pendurado num ponto eqüidistante dos dois na qual se movimenta o bloco é
apoios ( A1 e A2 ), a uma certa altura do solo,
formando um ângulo θ de 120º. A razão T/P entre
as intensidades da tensão na corda ( T ) e do peso
do homem ( P ) corresponde a:

a) 1/4
b) 1/2
c) 1
d) 2

26. (UERJ) O carregador deseja levar um bloco de 400


N de peso até a carroceria do caminhão, a uma
altura de 1,5 m, utilizando-se de um plano inclinado
de 3,0 m de comprimento, conforme a figura:

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

28. Analise as três situações apresentadas e a 30. Um pescador está sentado sobre o banco de uma
afirmação relativa a cada uma. canoa. A Terra aplica-lhe uma força de atração
Situação 1: Um vagão que está transportando líquido é gravitacional chamada peso. De acordo com a 3a
acelerado por uma força e a superfície do líquido fica Lei de Newton, a reação dessa força atua sobre:
inclinada. a) a canoa.
b) o banco da canoa.
c) a água.
d) a Terra.
e) a canoa ou a água, dependendo de a canoa estar
Afirmação 1: A força está puxando o vagão para a direita. parada ou em movimento.
Situação 2: Dois meninos estão parados sobre uma pista
de gelo (atrito desprezível). Uma bola, lançada pelo 31. Na figura abaixo, o atrito entre o carrinho e o trilho
menino da esquerda é apanhada pelo da direita. horizontal e a resistência do ar são desprezíveis. A
altura H é bem menor que o comprimento L. Qual
das figuras propostas pode representar uma
fotografia estroboscópica do movimento do carrinho
ao longo de L?

Afirmação 2: O menino que lançou a bola se moverá


para a esquerda e o outro continuará parado.
Situação 3: Dois corpos são acelerados pelas forças
indicadas nos dinamômetros ligados a cada um.

Afirmação 3: O corpo I sofrerá maior aceleração. a)


Quais são as afirmativas CORRETAS? b)
a) Somente 1.
c)
b) Somente 2.
c) Somente 3. d)
d) Somente 1 e 3. e)
e) Somente 2 e 3.
32. (UERJ) A figura ao lado
representa um sistema
29. Se você saltar de um ônibus em movimento, para
composto por uma roldana com
não cair:
eixo fixo e três roldanas móveis,
a) deve tocar o solo com um pé e seguir correndo para no qual um corpo R é mantido
trás.
em equilíbrio pela aplicação de
b) deve tocar o solo com um pé e seguir correndo para uma força F, de uma
frente. determinada intensidade.
c) deve saltar tocando o solo com os dois pés juntos. Considere um sistema análogo,
d) deve saltar na direção perpendicular ao movimento com maior número de roldanas
do ônibus. móveis e intensidade de F
e) se esborrachará no solo de qualquer forma. inferior a 0,1% do peso de R.

90 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

O menor número possível de roldanas móveis para e) A parede não fez nenhuma força sobre o carro. O
manter esse novo sistema em equilíbrio deverá ser carro ficou amassado simplesmente porque a parede
igual a: estava em seu caminho.
a) 8 c) 10
b) 9 d) 11 35. Em um ginásio esportivo há dois pontos fixos A e
B, aos quais se suspende uma luminária de peso
P = 600N, mediante fios leves AC e BC, conforme o
33. (UFJF) Um urso polar está correndo em linha reta
esquema anexo.
com uma velocidade de módulo igual a 10 m/s sobre
uma superfície uniforme, plana e horizontal. Parando
bruscamente de correr, ele desliza durante 10 s,
como mostra a figura ao lado, com um movimento
uniformemente variado, até atingir o repouso.

A força de tração de cada fio tem intensidade:


Nesta situação, pode-se afirmar que o coeficiente
a) 300N
de atrito cinético entre as patas do animal e o chão
é: b) 600N

a) 0,50 d) 0,40 c) 500N

b) 0,20 e) 0,60 d) 450N

c) 0,10 e) 400N

34. (UFJF) Ao estacionar seu carro na garagem, o pé 36. (UFMT) Dois blocos idênticos, A e B, estão sujeitos
r
do Sr. João escorrega do freio e pressiona a uma força F, como se vê na figura a seguir, sendo
acidentalmente o acelerador, fazendo com que o o bloco A puxado e o bloco B empurrado. Sabe-se
carro vá de encontro à parede, amassando a frente que μc dos blocos em relação ao plano é o mesmo.
do carro. Marque o item abaixo que melhor explica
por que o carro ficou amassado: F F
q q
a) O carro fez uma força sobre a parede e esta fez
uma força de reação menor sobre o carro. Como a
força da parede sobre o carro é menor do que a A B
força do carro sobre a parede, o carro ficou
amassado.
Com base em sua análise, julgue os itens a seguir.
b) O carro fez uma força sobre a parede e esta fez
uma força de reação maior sobre o carro. Como a ( ) A força de atrito entre o bloco A e o plano é o menor
força da parede sobre o carro é maior do que a força que a força de atrito entre o bloco B e o plano.
do carro sobre a parede, o carro ficou amassado.
( ) A aceleração dos blocos, A e B, em relação à Terra
c) A parede fez uma força sobre o carro, igual em é a mesma.
módulo à força que o carro fez sobre a parede,
( ) A força normal que age no corpo A vale: NA = PA – F
fazendo com que ele ficasse amassado.
sen θ.
d) Como o carro estava andando ao chegar à parede, r
o peso do carro esmagou sua frente contra a parede. ( ) A força F, aplicada no bloco A, é igual à força, apli-
cada no bloco B.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

37. (UFTM) As confusões entre os conceitos de peso e 40. Um médico excêntrico colocou uma placa com seu
massa são muitas, mas sabemos que em um cor- nome pendurada no teto através de dois fios, como
po qualquer, essas grandezas são distintas. Anali- mostra a figura abaixo.
se as afirmações:

I. A massa de um corpo é uma medida da inércia


desse corpo.

II. Peso está relacionado à força com que a Terra atrai


um corpo.

III. O peso é uma grandeza vetorial. Já a massa é uma


grandeza escalar.
Em relação a essa situação, pode-se afirmar que
a) a tensão no fio P e maior do que no fio Q, pois o
É correto o contido em
ângulo α é maior que o ângulo β.
a) I, apenas.
b) a tensão no fio Q é maior do que no fio P, pois o
b) I e II, apenas. comprimento do fio Q é maior que o do fio P.
c) I e III, apenas. c) a tensão no fio Q é maior do que no fio P, pois o
d) II e III, apenas. ângulo β é menor que o ângulo α.
e) I, II e III. d) a tensão no fio P é maior do que no fio Q, pois o
comprimento do fio P é menor que o do fio Q.
38. (UFMG) Um corpo de massa m está sujeito à ação
r
de uma força F que o desloca segundo um eixo ver- 41.
tical em sentido contrário ao da gravidade.

Se esse corpo se move com velocidade constante é


porque
r
a) a força F é maior do que a da gravidade.
b) a força resultante sobre o corpo é nula.
r
c) a força F é menor do que a gravidade. A figura representa dois corpos
r A e B que, sendo
d) a diferença entre os módulos das duas forças é dife- empurrados por uma força F, em uma superfície sem
rente de zero. atrito, movem-se com a mesma aceleração.

e) a afirmação da questão está errada, pois qualquer


r
que seja F o corpo estará acelerado porque sempre Pode-se, então, afirmar que a força que o corpo A
existe a aceleração da gravidade. exerce sobre o corpo B é, em módulo,
a) menor do que a força que B exerce sobre A.

39. (UFMG) A terra atrai um pacote de arroz com uma b) maior do que a força que B exerce sobre A.
força de 49 N. c) diretamente proporcional à diferença entre as mas-
sas dos corpos.

Pode-se, então, afirmar que o pacote de arroz: d) inversamente proporcional à diferença entre as mas-
sas dos corpos.
a) atrai a Terra com uma força de 49 N.
e) igual à força que B exerce sobre A.
b) atrai a Terra com uma força menor do que 49 N.
c) não exerce força nenhuma sobre a Terra.
d) repele a Terra com uma força de 49 N.
e) repele a Terra com uma força menor do que 49 N.

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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

42. (Unirio/RJ) Um carro é freado e suas rodas travadas 44. (PUC-SP) Um satélite em órbita ao redor da Terra é
ao descer uma rampa. atraído pelo nosso planeta e, como reação (3ª Lei
de Newton), atrai a Terra.
A figura que representa corretamente esse par ação-
reação é

Num dia seco, o carro pára antes do final da desci-


da. Num dia chuvoso, isto ocorrerá se

a) Fat < P sen θ, em qualquer circunstância.

b) Fat < P sen θ, dependendo do local onde se inicia a


freada e da velocidade naquele instante.

c) Fat = P sen θ, em qualquer circunstância.

d) Fat = P sen θ, dependendo do local onde se inicia a


freada e da velocidade naquele instante.

e) Fat > P sen θ, dependendo do local onde se inicia a


freada e da velocidade naquele instante.

43. (Fuvest-SP) Um sistema mecânico é formado por


duas polias ideais que suportam três corpos A, B e
C de mesma massa m, suspensos por fios ideais
como representado na figura. O corpo B está
suspenso simultaneamente por dois fios, um ligado 45. (UERJ) Considere um carro de tração dianteira que
a A e o outro a C. podemos afirmar que a aceleração acelera no sentido indicado na figura em destaque.
do corpo B será

O motor é capaz de impor às rodas de tração um


determinado sentido de rotação. Só há movimento
quando há atrito estático, pois na sua ausência, as
rodas de tração patinam sobre o solo, como aconte-
a) zero. ce em um terreno enlameado.

b) (g/3) para baixo.


c) (g/3) para cima. O diagrama que representa corretamente as forças
de atrito estático que o solo exerce sobre as rodas é:
d) (2g/3) para baixo.
e) 2g/3) para cima.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Assinale as afirmativas:
r
I) A força F que o soalho do elevador exerce nos pés
do homem é igual, em módulo, ao peso P vetorial do
homem, nas três situações.
II) As situações 1 e 3 são dinamicamente as mesmas;
não há aceleração, pois a força resultante é nula.
III) Na situação 2, o rhomem está acelerado para cima,
devendo a força F que atua nos seus pés ser maior
que o peso, em módulo.

Está(ão) correta(s) somente:


a) I
b) II
c) I e III
d) II e III

48. (UFTM) O sistema de roldanas apresentado encon-


tra-se em equilíbrio devido à aplicação da força de
ntensidade F = 1 000 N.

46. (UFMG) Uma pessoa entra no elevador e aperta o


botão para subir. Seja P o módulo do peso da pes-
soa e N o módulo da força que o elevador faz sobre
ela.

Pode-se afirmar que, quando o elevador começa a


subir,
a) P aumenta e N não se modifica.
Essa circunstância permite entender que, ao
b) P não se modifica e N aumenta. considerar o sistema ideal, o peso da barra de aço
c) P e N aumentam. é, em N, de
d) P e N não se modificam. a) 1 000.
e) P e N diminuem. b) 2 000.
c) 3 000.
d) 4 000.
47. (UECE) Um homem de peso P encontra-se no interi- e) 8 000.
or de um elevador. Considere as seguintes situa-
ções:

1. O elevador está em repouso, ao nível do solo;


r
2) O elevador sobe com aceleração uniforme a, duran-
te alguns segundos;
3) Após esse tempo, o elevador continua a subir, a uma
r
velocidade constante v .

94 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

49. (UFSC) Um caminhão trafega num trecho reto de


uma rodovia, transportando sobre a carroceria duas
caixas A e B de massas mA = 600kg e mB = 1000kg,
dipostas conforme a figura. Os coeficientes de atrito
estático e de atrito dinâmico entre as superfícies da
carroceria e das caixas são, respectivamente, 0,80
e 0,50. O velocímetro indica 90 km/h quando o mo-
torista, observando perigo na pista, pisa no freio. O
caminhão se imobiliza após percorrer 62,5 metros.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S):

A trajetória do foguete no espaço, de II até III, pode


ser representada por:

1. O caminhão é submetido a uma desaceleração de


módulo igual a 5,0 m/s2.

2. O caminhão pára, mas a inércia das caixas faz com


que elas continuem em movimento, colidindo com a
cabina do motorista.

04. Somente a caixa B escorrega sobre a carroceria


porque, além da desaceleração do caminhão, a cai-
xa A exerce uma força sobre ela igual a 3.000 N.

8. A caixa A não escorrega e, assim, a força que ela


exerce sobre a caixa B é nula. INSTRUÇÃO: A questão 51 deve ser respondida com
base no enunciado e nas figuras que se seguem.
16. As duas caixas não escorregam, permanecendo em
repouso com relação à carroceria do caminhão. As figuras mostram uma pessoa erguendo um blo-
co, até uma altura h em três situações distintas.
32. As caixas escorregam sobre a superfície da
carroceria, se o módulo da desaceleração do cami-
nhão fosse maior do que 8,0 m/s2.

64. A caixa A não escorrega porque a inércia da caixa B


a impede.

50. (Vunesp-SP) Um foguete, livre no espaço, se deslo-


ca em movimento retilíneo e uniforme em direção a
um referencial inercial, na direção indicada na figura
e no sentido de I para II, com seu eixo perpendicular
à direção do movimento.
Quando atinge II, os motores são ligados e o fogue-
te fica sujeito á ação de uma força constante, que Na situação I, o bloco é erguido verticalmente; na II,
atua perpendicularmente à direção do deslocamen- é arrastado sobre um plano inclinado; e, na III, é
to inicial, até que atinja um certo ponto III. elevado utilizando-se uma roldana fixa.
Considere que o bloco se move com velocidade cons-
tante e que são desprezíveis a massa da corda e
qualquer tipo de atrito.

P R É - V E S T I B U L A R
95
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

51. Considerando-se as três situações descritas, a for-


ça que a pessoa faz é
a) igual ao peso do bloco em II é maior que o peso do
bloco em I e III.
b) igual ao peso do bloco em I, II e III.
c) Igual ao peso do bloco em I e menor que o peso do
bloco em II e III.
d) Igual ao peso do bloco em I e III e menor que o peso
do bloco em II.

52. (UFES) Um navio de 10.000 toneladas tem uma Nestas condições, pode-se afirmar que o bloco:
velocidade de 5m/s no início do processo de a) deslizará qualquer que seja o valor de F.
frenagem por um rebocador na entrada de um porto. b) deslizará para qualquer valor de F < 80 newtons.
Considerando que a força exercida pelo rebocador c) deslizará para qualquer valor de F < 50 newtons.
seja uniforme e de intensidade 106N, determine a
d) não deslizará se F > 40 newtons.
distância, em metros, necessária para parar o navio.
e) não deslizará qualquer que seja o valor de F.

Essa distância é de
a) 1,25 55. (UFMG) Um menino flutua em uma bóia que está se
movimentando, levada pela correnteza de um rio.
b) 25
Uma outra bóia, que flutua no mesmo rio a uma certa
c) 125 distância do menino, também está descendo com a
d) 162 correnteza.
e) 250 A posição das duas bóias e o sentido da correnteza
estão indicados nesta figura.
53 (UFES) Um caminhão segue uma trajetória retilínea
plana com velocidade constante de módulo v = 20
m/s. Sobre sua carroceria há uma caixa em repouso
em relação ao próprio caminhão. O coeficiente de
atrito estático entre a caixa e a carroceria é μ = 0,4.
O caminhão é freado, com aceleração constante,
até parar. A distância mínima que o caminhão deve
percorrer antes de parar, de modo que a caixa não
deslize sobre a carroceria é de
a) 100 m. Considere que a velocidade da correnteza é a mesma
b) 70 m. em todos os pontos do rio.
c) 50 m.
Nesse caso, para alcançar a segunda bóia, o menino
d) 40 m. deve nadar na direção indicada pela linha
e) 20 m.
a) M
b) N
54. (UFPE) Um bloco homogêneo cúbico, de peso 40
newtons,encontra-se inicialmente em repouso, c) K
pressionado contra uma parede vertical por uma d) L
força de módulo F, aplicada perpendicularmente no
centro de uma das faces do bloco, como mostra a
figura. Os coeficientes de atrito cinético e estático
entre o bloco e a parede valem, respectivamente,
0,5 e 0,8.

96 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

56. Um observador A, dentro de um vagão que se desloca 58. (Fei-SP) No sistema representado abaixo, o atrito
horizontalmente, em linha reta, com velocidade entre o corpo de massa m = 10 kg e a pista tem
constante de 10m/s, lança para cima uma esferinha, coeficiente μ = 0,5. Qual deve ser a força F para que
que sobe verticalmente em relação a esse observador. a aceleração do corpo seja de 10 m/s2?
Um observador B, no solo, em repouso em relação
à Terra, vê o vagão passar. Sejam VA e VB ,
respectivamente, os valores da velocidade da esfera,
em relação a cada observador, no instante em que a) 200 N
ela atinge um ponto mais alto de sua trajetória. b) 75 N
Suponha que sobre a esfera atue apenas o seu peso.
c) 150 N
Considerando essas informações, pode-se afirmar que
d) 37,5 N
a) VA=0 e VB=0
e) 150 kgf
b) VA=10m/s e VB=0
c) VA=0 e VB=10m/s 59. (UFV) Uma partícula de massa igual a 10 kg é
d) VA =10m/s e VB =10m/s submetida a duas forças perpendiculares entre si,
e) VA = 0 e VB = 5m/s cujos módulos são 3,0 N e 4,0 N. Pode-se afirmar
que o módulo de sua aceleração é:
a) 5,0 m/s2
57. (PUC-MG) Um homem, em pé sobre a carroceria de
b) 50 m/s2
um caminhão que se move em uma estrada reta
com velocidade constante, lança uma pedra c) 0,5 m/s2
verticalmente para cima. Com relação ao movimento d) 7,0 m/s2
da pedra, desprezando o atrito com o ar, é correto e) 0,7 m/s2
afirmar que
60. (Vunesp-SP) Dois blocos, A e B, de massas 2,0 kg
e 6,0 kg, respectivamente, e ligados por um fio, estão
em repouso sobre um plano horizontal. Quando
puxado para a direita pela força F, mostrada na figura,
o conjunto adquire aceleração de 2,0 m/s2.

a) ela cairá ao chão, atrás do caminhão, se a velocidade


deste for grande.
b) ela cairá nas mãos do homem, qualquer que seja a
velocidade do caminhão.
c) em relação à estrada, a pedra tem movimento retilíneo
uniformemente acelerado.
Nestas condições, pode-se afirmar que o módulo da
d) em relação ao caminhão, o movimento da pedra é resultante das forças que atuam em A e o módulo
retilíneo uniforme. da resultante das forças que atuam em B valem, em
e) era relação ao homem, a trajetória da pedra é a de newtons, respectivamente,
um projétil.
a) 4 e 16.
b) 16 e 16.
c) 8 e 12.
d) 4 e 12.
e) 1 e 3.

P R É - V E S T I B U L A R
97
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

61. O esquema representa um sistema em equilíbrio, 63. A figura mostra um bloco A, de


sendo os fios ideais. As massas de A e B são, 3 kg, apoiado sobre um bloco
respectivamente, iguais a 200kg e 100kg. O B de 4 kg. O bloco B, por sua
coeficiente de atrito estático entre A e a superfície vez, está apoiado sobre uma
é: superfície horizontal muito lisa,
de modo que o atrito entre eles
é desprezível. O conjunto é acelerado para a direita
por uma força horizontal F, de modulo igual a 14 N,
aplicada no bloco B. Sobre esse sistema de corpos
a) não inferior a 0,50 é correto afirmar que:
b) igual a 0,50 a) somente o bloco A exerce uma força de atrito sobre
c) menor ou igual a 0,50 o bloco B e o seu sentido é da direita para a
esquerda.
d) igual a 0,67
b) somente o bloco B exerce uma força de atrito sobre
e) nenhuma das anteriores
o bloco A e o seu sentido é da direita para a
esquerda.
62. Uma caminhonete sobe uma rampa inclinada com c) o bloco A exerce uma força de atrito sobre o B no
velocidade constante, levando um caixote em sua sentido da direita para a esquerda e o bloco B
carroceria, conforme ilustrado na figura abaixo. também exerce uma força de atrito sobre o bloco
A, mas no sentido oposto.
d) o bloco A exerce uma força de atrito sobre o B no
sentido da esquerda para a direita e o bloco B
também exerce uma força de atrito sobre o bloco
A, mas no sentido oposto.

64. A figura I, abaixo, ilustra um bloco A apoiado sobre


um bloco B, estando o conjunto em repouso sobre
uma mesa horizontal. Na figura II são apresentados
Sabendo-se que P é o peso do caixote, N a força
diagramas que representam as forças que agem
normal do piso da caminhonete sobre o caixote e fa
sobre cada um dos blocos, considerados como
a força de atrito entre a superfície inferior do caixote
sistemas isolados. Nessa figura, as linhas
e o piso da caminhonete, o diagrama de corpo livre
tracejadas são igualmente espaçadas e os
que melhor representa as forças que atuam sobre o
tamanhos dos vetores são proporcionais aos
caixote é:
módulos das respectivas forças.

a) b)

c) d)

Das forças representadas nos diagramas, aquelas


que podem configurar um par ação-reação são:
a) F1 e F4 d) F2 e F5
e) b) F1 e F2 e) F1 e F3
c) F3 e F4

98 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

65. Considere uma bola de massa m submetida 67. Um objeto de massa constante se move em linha
unicamente às forças F 1 e F 2 mostradas no reta sob ação de uma força resultante cujo módulo
diagrama de forças abaixo: varia com o tempo t, conforme o gráfico abaixo:
No instante representado nessa figura, pode-se
afirmar que, necessariamente:

O gráfico que ilustra CORRETAMENTE o


comportamento da aceleração desse objeto em
função do tempo t é:

a) a aceleração da bola é horizontal.


b) a bola pode estar em equilíbrio.
c) a aceleração da bola é vertical. a) b)

d) a bola não está em equilíbrio.


e) a bola está em repouso.

66. Um jogador de futebol chuta a bola em uma c) d)


cobrança de pênalti. Desconsiderando as forças de
atrito, o gráfico que representa CORRETAMENTE
o comportamento do módulo da velocidade da bola
em função do tempo, antes que ela seja tocada pelo
goleiro adversário, é:
e)

a) b)

68. Uma esfera de massa m0 está pendurada por um


fio, ligado em sua outra extremidade a um caixote,
c) d)
de massa M = 3 m0, sobre uma mesa horizontal.
Quando o fio entre eles permanece não esticado e
a esfera é largada, após percorrer uma distancia
H0, ela atingirá uma velocidade V0, sem que o caixote
se mova. Na situação em que o fio entre eles estiver
esticado, a esfera, puxando o caixote, após percorrer
e)
a mesma distancia H0, atingirá uma velocidade V
igual a

P R É - V E S T I B U L A R
99
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

É correto afirmar que o barbante poderá arrebentar:

a) No momento em que o elevador entrar em


movimento, no 6º. Andar.
b) No momento em que o elevador parar no térreo.
c) Quando o elevador estiver em movimento, entre o
5º. E o 2º. Andares.
a) 1/4 V0 d) Somente numa situação em que o elevador estiver
subindo.
b) 1/3 V0
c) 1/2 V0
71. Na figura abaixo, dois blocos encontram-se sobre
d) 2 V0
uma superfície horizontal sem atrito e estão ligados
e) 3 V0 por um fio de massa desprezível.

69. (UFV) Em uma situação real atuam sobre um corpo


em queda o seu peso e a força de atrito com o ar.
Essa última força se opõe ao movimento do corpo
e tem o módulo proporcional ao módulo da
velocidade do corpo.

Com base nestas informações, é CORRETO afirmar


Sabendo que o conjunto é puxado para a direita por
que:
uma força F de módulo igual a 12 N, das alternativas
a) a aceleração do corpo em queda cresce
abaixo aquela que apresenta o valor CORRETO da
continuamente.
tensão no fio é:
b) a aceleração do corpo em queda é constante.
a) 10 N.
c) para uma queda suficientemente longa, a força de
b) 12N.
atrito atuando no corpo torna-se maior do que o peso
do corpo. c) 6 N.
d) para uma queda suficientemente longa, a resultante d) 8 N.
das forças sobre o corpo tende a zero. e) 4 N.

70. (UFMG) Uma pessoa entra num elevador carregando


72. Uma mulher usando o pequeno gancho da
uma caixa pendurada por um barbante frágil, como
extremidade do cabo da vassoura pendura-a no
mostra a figura. O elevador sai do 6º. Andar e só
varal. O varal, muito tenso e de comprimento igual
pára no térreo.
a 5 m, mantém uma ligeira inclinação com o
horizonte, devido ao desnível de 10 cm entre os dois
pregos nos quais é preso.

100 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Considerando-se que para a pequena massa da c)


vassoura, 0,8 kg, o cordame não sofre envergadura
considerável, a força de atrito que impede a vassoura
de escorregar até o prego mais baixo, em N, é
igual a
Dado: g = 10 m/s2
d)

a) 0,12.
b) 0,16.
c) 0,20.
d) 0,40.
e) 0,80. e)

73. Analise:
No sistema indicado, os blocos e as roldanas não
estão sujeitos a forças dissipativas, e os cabos 74. Um cilindro homogêneo, inicialmente em repouso
conectados entre os blocos são inextensíveis e têm sobre uma superfície horizontal, lisa e polida, é
massa desprezível. empurrado por uma força constante de intensidade
F desde o instante t = 0 até o instante t = T. Do
instante t = T em diante, a força F deixa de agir
sobre o cilindro até o instante t = 2T. Durante o
intervalo de tempo total, o gráfico que melhor
representa a velocidade do centro de massa do
cilindro em função do tempo é

Nos gráficos que seguem, a linha pontilhada indica


o instante em que o bloco C se apóia na superfície
horizontal. A aceleração do bloco A fica esboçada
a)
pelo gráfico

a)

b)

b)

c)

P R É - V E S T I B U L A R
101
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

d) 77. (UFLA) Dois corpos de massa M e 3M estão ligados


por um fio que passa por uma polia no interior de
um elevador, conforme figura abaixo. Para um
observador no interior do elevador, as massas
permanecem em repouso quando o elevador

e)

75. (PUCMINAS) Quando um cavalo puxa uma


charrete, a força que possibilita o movimento do
cavalo é a força que: a) sobe com aceleração g

a) o solo exerce sobre o cavalo. b) sobe com aceleração nula

b) ele exerce sobre a charrete. c) desce com aceleração 1/3 g

c) a charrete exerce sobre ele. d) desce com aceleração g

d) a charrete exerce sobre o solo.


78. (PUCPR) Complete corretamente a frase a seguir,
relativa à primeira lei de Newton: “Quando a força
76. (FCMMG) A figura Q mostra as quatro posições resultante, que atua numa partícula, for nula, então
sucessivas que uma bola de chumbo atinge, após a partícula:
cada segundo de sua queda livre na superfície da
a) estará em repouso ou em movimento retilíneo
Terra. As figuras A, B, C e D mostram previsões
uniforme”.
desenhadas, respectivamente, pelos alunos Alonso,
Betina, Carlos e Daniela para a mesma bola, b) poderá estar em movimento circular e uniforme”.
descendo num plano inclinado com atrito c) terá uma aceleração igual à aceleração da gravidade
desprezível. As linhas tracejadas foram desenhadas local”.
para facilitar a comparação das respectivas figuras. d) estará com uma velocidade que se modifica com o
passar do tempo”.
e) poderá estar em movimento uniformemente
retardado”.

79. (UNIFESP 2006) A figura representa um bloco B de


massa m½ apoiado sobre um plano horizontal e um
bloco A de massa mÛ a ele pendurado. O conjunto
não se movimenta por causa do atrito entre o bloco
B e o plano, cujo coeficiente de atrito estático é ˜½.

O aluno cuja figura se aproximou mais da realidade


foi:
a) Alonso b) Betina
c) Carlos d) Daniela

102 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Não leve em conta a massa do fio, considerado


inextensível, nem o atrito no eixo da roldana. Sendo
g o módulo da aceleração da gravidade local, pode-
se afirmar que o módulo da força de atrito estático
entre o bloco B e o plano

a) é igual ao módulo do peso do bloco A.


b) não tem relação alguma com o módulo do peso do
bloco A.
c) é igual ao produto m½ . g . ˜½, mesmo que esse
valor seja maior que o módulo do peso de A.
d) é igual ao produto m½ . g . ˜½, desde que esse valor
seja menor que o módulo do peso de A.
e) é igual ao módulo do peso do bloco B.

80. (UFRRJ 2006) Um bloco de massa M , preso por


uma corda, encontra-se em repouso sobre um plano
inclinado perfeitamente liso que faz um ângulo š com
a horizontal.

82. (ITA-SP) No campeonato mundial de arco e flecha


dois concorrentes discutem sobre a física que está
contida no arco do arqueiro. Surge então a seguinte
dúvida: quando o arco está esticado, no momento
do lançamento da flecha, a força exercida sobre a
Sendo N a força exercida pelo plano no bloco, corda pela mão do arqueiro é igual à:
podemos afirmar que N é
a) igual, em módulo, à força peso. I. força exercida pela sua outra mão sobre a madeira
do arco.
b) o par ação-reação da força peso.
II. tensão da corda.
c) igual, em módulo, à projeção da força peso na
III. força exercida sobre a flecha pela corda no momento
direção da normal ao plano.
em que o arqueiro larga a corda.
d) igual, em módulo, à projeção da força peso na
direção da corda.
Nesse caso:
e) maior, em módulo, que a força exercida pela corda. a) todas as afirmativas são verdadeiras.
b) todas as afirmativas são falsas.
81. (UFRRJ 2006) Um homem está puxando uma caixa c) somente I e III são verdadeiras.
sobre uma superfície, com velocidade constante, d) somente I e II são verdadeiras.
conforme indicado na figura 1. e) somente II é verdadeira.
Escolha, dentre as opções a seguir, os vetores que
poderiam representar as resultantes das forças que
a superfície exerce na caixa e no homem.

P R É - V E S T I B U L A R
103
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

83. (UNIRIO-RJ) Considere as duas situações a seguir, d) O trem se move para a frente porque a locomotiva
representadas na figura, para um cabo ideal e uma puxa os vagões para a frente com uma força maior
roldana de atrito desprezível, estando o sistema em do que a força com a qual os vagões puxam a
equilíbrio. locomotiva para trás.
e) Porque a ação é sempre igual à reação, a locomotiva
não consegue puxar os vagões.

85. (UFCE) O bloco mostrado na figura está em repouso


sob a ação da força horizontal F, de módulo igual a
10 N, e da força de atrito entre o bloco e a superfície.
Se uma outra força horizontal F, de módulo igual a
2 N e sentido contrário, for aplicada ao bloco, a força
resultante sobre o mesmo será:

I) Um bloco de massa m preso em uma das


extremidades do cabo e a outra presa no solo.
II) Um bloco de massa m preso em cada extremidade a) nula.
do cabo. b) 2 N.
c) 8 N.
A probabilidade de o cabo partir-se é: d) 10 N.
a) igual nas duas situações, porque a tração é a mesma e) 12 N.
tanto em I como em II.
b) maior na situação I, porque a tração no cabo é maior
86. (UFPA) Para revestir uma rampa foram encontrados
em I do que em II.
5 (cinco) tipos de piso, cujos coeficientes de atrito
c) maior na situação I, mas a tração no cabo é igual estático, com calçados com sola de couro, são
tanto em I como em II. dados na tabela a seguir.
d) maior na situação II, porque a tração no cabo é maior
em II do que em I.
e) maior na situação II, mas a tração no cabo é igual
em I e em II.

A rampa possui as dimensões indicadas na figura


84. (PUC-RJ) Uma locomotiva puxa uma série de vagões,
abaixo.
a partir do repouso. Qual é a análise correta da
situação?

a) A locomotiva pode mover o trem somente se for mais


pesada do que os vagões.
b) A força que a locomotiva exerce nos vagões é tão
intensa quanto a que os vagões exercem na
locomotiva; no entanto, a força de atrito na
Considere que o custo do piso é proporcional ao
locomotiva é grande e é para a frente, enquanto a
coeficiente de atrito indicado na tabela.
que ocorre nos vagões é pequena e para trás.
Visando economia e eficiência, qual o tipo de piso
c) O trem se move porque a locomotiva dá um rápido
que deve ser usado para o revestimento da rampa?
puxão nos vagões, e, momentaneamente, esta força
Justifique sua resposta com argumentos e cálculos
é maior do que a que os vagões exercem na
necessários.
locomotiva.

104 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

87. (FCMMG) Nos “saltos livres”, a pessoa se desprende a) somente nos trechos I e II a velocidade cresce.
de um avião, a grandes altitudes, e fica um tempo
b) a redução da velocidade é maior no trecho III do que
relativamente longo descendo livremente, com o pára-
quedas fechado. Após ela ter atingido a velocidade no trecho IV.
terminal, pode-se dizer que todas as afirmações c) o ponto A do gráfico indica o instante de maior
abaixo são corretas, EXCETO: aceleração.
a) Se a pessoa encolhe-se, adquire maior velocidade. d) o ponto B do gráfico indica o instante em que a
b) Quando a pessoa abre o pára-quedas, sua velocidade velocidade do corpo volta a ser nula.
diminui.
c) Se a pessoa não abrir nem fechar os braços e as
pernas, descerá com velocidade constante. 90. Uma partícula P de massa
d) Se num certo momento em que a pessoa está 20Kg, colocada sobre uma
encolhida ela abre os braços e as pernas, sua mesa horizontal de atrito
velocidade aumenta. desprezível, está presa a uma
corda que passa por uma
roldana, ideais. Uma outra
88. (PUC) A mesma força horizontal é aplicada a objetos
partícula Q, de massa 1,0Kg, pende livremente
de diferentes massas. Assinale o gráfico que melhor
representa a aceleração em função da massa. conforme mostrado. Abandonado-se o sistema, pode-
se afirmar que a partícula P

a) b)
a) permanece em repouso, porque o peso de Q é muito
menor que o de P.
b) entra em movimento com velocidade constante, pois
a força resultante sobre ela é constante.
c) entra em movimento e aumenta a velocidade a uma
c) d) taxa constante, pois a força que atua é constante.
d) inicialmente aumenta de velocidade até que, depois
de certo tempo, ela fique constante.

91. Juca, de massa 80Kg, e Pedro, de massa 50Kg,


encontram-se de patins sobre uma superfície lisa,
89. Um corpo está inicialmente parado sobre uma como mostra a figura. Num determinado instante,
superfície horizontal e o gráfico abaixo mostra a força Juca começa gradativamente a tensionar a corda
resultante FR que atua nele em função do tempo. que os une.
Juca Pedro
FR

Patins

II Em relação à essa situação foram feitas duas


I
III afirmativas
IV I- Pedro, por ser mais leve, moverá primeiro.
B t
II- Juca e Pedro terão a mesma aceleração
Assinale a alternativa CORRETA:
Sobre o movimento desse corpo é CORRETO afirmar
que a) Somente a afirmativa I é correta.
b) Somente a afirmativa II é correta.
c) As afirmativas I e II são corretas.
d) As afirmativas I e II são incorretas.

P R É - V E S T I B U L A R
105
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

92. A figura a seguir mostra os corpos 1 e 2, de massas 94. (PUC) A figura representa duas
m1= 4,0Kg e m2= 6,0Kg pendurados em equilíbrio massas idênticas, ligadas por
sustentados pelas cordas A e B. uma corda de massa desprezível,
que passa por uma polia sem
atrito; as massas estão a
diferentes alturas em relação ao
A
mesmo referencial. Pode-se
1
afirmar que:

B
a) a massa da esquerda irá descer.
2
b) a massa da direita irá descer.
c) as massas não se movem.
Analise as informações que se seguem e assinale a
VERDADEIRA. d) só haverá movimento das massas se houver impulso
inicial.
a) Sobre o corpo 1 atuam o peso de 1 e o peso de 2.
b) A tensão na corda B tem maior módulo que a tensão
na corda A. 95. Um corpo de massa m é preso á extremidade de
c) Se a corda A for cortada, a tensão na corda B não se uma mola helicoidal que possui a outra extremidade
altera. fixa. O corpo é afastado até o ponto A e, após
abandonado, oscila entre os pontos A e B.
d) As tensões nas cordas valem TA= 10Kgf e TB= 6,0Kgf.

93. Uma partícula desce um plano inclinado e, depois,


movimenta-se em um plano horizontal. A figura
mostra uma fotografia das posições ocupadas pela
partícula. O intervalo de tempo entre duas posições
sucessivas da partícula é sempre o mesmo. A O B

Pode-se afirmar corretamente que a


a) aceleração é nula no ponto O.
b) aceleração é nula nos pontos A e B.
c) velocidade é nula no ponto O.
d) força é nula nos pontos A e B.

Analisando a figura, pode-se concluir que (UFMG) INSTRUÇÃO: A questão 96 baseia-se na


a) velocidade e a aceleração da partícula são nulas no figura e no enunciado que se seguem.
ponto P.
b) entre os pontos P e Q, o atrito entre a partícula e o
plano é desprezível.
c) entre os pontos Q e R, a força de atrito é maior do
que a velocidade da partícula.
d) a aceleração da partícula é nula entre P e Q e opõe-
se à velocidade entre Q e R.

106 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

Considere um avião monomotor, com hélice na cauda, O diagrama que melhor representa a trajetória da
voando horizontalmente, em movimento retilíneo uni- nave, após o motor ser desligado em Z, é
forme.
Na figura, estão representadas as direções e os
sentidos das seguintes forças
: força do ar, sustentando o avião;
: força do ar sobre a hélice, impulsionando o avião;
: força da hélice sobre o ar, deslocando-o para
trás;
: força de atrito do ar sobre o avião;

: peso do avião;

: força de atração do avião sobre a Terra.

99. Esta figura mostra um bloco que esta sendo


96. Considerando essas informações, indique a alternativa pressionado contra uma parede vertical com uma
em que se apresenta uma relação correta entre os força horizontal F e que desliza para baixo com
módulos de algumas dessas forças. velocidade constante.
a) F1 + F6 = F5
b) F2 > F4
c) F2 = F3
d) F5 < F6

97. Suponha, agora, que o avião esteja voando


horizontalmente, mas que o módulo de sua velocidade
esteja aumentando.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que
O diagrama que melhor representa as forças que
a) F1 + F6 = F5 b) F2 > F4 atuam nesse bloco é
c) F2 > F3 d) F5 < F6

98. (UFMG) Uma nave espacial se movimenta numa


região do espaço onde as forças gravitacionais são
desprezíveis. A nave desloca-se de X para Y com
velocidade constante e em linha reta. No ponto Y,
um motor lateral da nave é adicionado e exerce sobre
ela uma força constante, perpendicular à sua trajetória
inicial. Depois de um certo intervalo de tempo, ao
ser atingida a posição Z, o motor é desligado.

P R É - V E S T I B U L A R
107
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

100. Dois ímãs, presos nas extremidades de dois fios


finos, estão em equilíbrio, alinhados verticalmente,
como mostrado nesta figura

Nessas condições, o módulo da tensão no fio que


está preso no ímã de cima é

a) igual ao módulo da tensão no fio de baixo.


b) igual ao módulo do peso desse ímã.
c) maior que o módulo do peso desse ímã.
d) menor que o módulo da tensão no fio de baixo

ANOTAÇÕES:

108 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1
Na figura deste problema, considere que o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano vale μc = 0,10.
Calcule o valor da força F que a pessoa está fazendo, supondo que:

P = 50,0kgf

30°

a) O bloco está subindo com velocidade constante.


b) O bloco está descendo com velocidade constante.

QUESTÃO 2
Dois blocos, de massas M e m, mantidos em repouso por um fio A preso a A

uma parede e ligados entre si por um outro fio B, leved e inextensível, que M
B
passa por roldana de massa desprezível, estão dispostos conforme a figura. O
bloco de massa M está apoiado sobre uma superfície plana e horizontal, en- m
quanto o de massa m encontra-se suspenso. A roldana pode girar livremente.

Num dado instante, o fio A é cortado e os blocos passam a se mover com


aceleração constante e igual a 2,5 m/s2, sem encontrar qualquer resistência.
Sabendo que m = 0,80 kg e considerando g = 10 m/s2, determine

a) a tensão T0 existente no fio B antes do corte em A ser efetuado, e a tensão T1 no fio B durante o período de
aceleração.
b) a massa M.

QUESTÃO 3
Um caixote de massa 20 kg está em repouso sobre a carroceria de um caminhão que percorre uma estrada
plana, horizontal, com velocidade constante de 72 km/h. Os coeficientes de atrito estático e dinâmico, entre o
caixote e o piso da carroceria, são aproximadamente iguais e valem μ = 0,25. Admitir g = 10 m/s2.

a) Qual a intensidade da força de atrito que está atuando no caixote? Justifique.


b) Determine o menor tempo possível para que esse caminhão possa frear sem que o caixote escorregue.

P R É - V E S T I B U L A R
109
Unidade III Leis de Newton FÍSICA I

QUESTÃO 4
Um tênis está pendurado num varal, com o fio do varal formando ângulos de 15º e 30º respectivamente com a
horizontal. A massa do tênis é 300 gramas. Calcule as tensões na corda do varal.

QUESTÃO 5 (FUVEST-SP)
A figura I, a seguir, indica um sistema composto por duas roldanas leves, capazes de girar sem atrito, e um fio
inextensível que possui dois suportes em suas extremidades. O suporte A possui um certo número de formigas
idênticas, com 20 mg cada. O sistema está em equilíbrio. Todas as formigas migram então para o suporte B e
o sistema movimenta-se de tal forma que o suporte B se apóia numa mesa, que exerce uma força de 40 mN
sobre ele,conforme ilustra a figura II.

Determine:

a) o peso de cada formiga;


b) o número total de formigas.

110 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I
Física II

Unidade I
Eletrostática - Estrutura da Matéria e
Lei de Coulomb ................................... 111

Unidade II
Campo e Potencial Elétrico.............. 147

Gabriel Dias de Carvalho Júnior


Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

UNIDADE I
ELETROSTÁTICA
ESTRUTURA DA MATÉRIA E LEI DE COULOMB
1 – Conceito de carga elétrica
2 – Processos de eletrização
3 – Detectando cargas elétricas
4 – Modelo padrão para entender as partículas
5 – Experimento crucial
6 – Fatores que influenciam na força elétrica
7 – A Lei de Coulomb

A partir de agora, você começará o estudo do Eletromagnetismo, uma ciência repleta de aplicações práticas e
responsável pelo grande desenvolvimento econômico ao longo do século XX. Sem as descobertas realizadas no século
XIX e suas aplicações, não teríamos em nossas residências a maior parte dos aparelhos elétricos.
A história do Eletromagnetismo acompanha a próprio evolução humana. Há muito tempo já se percebia que objetos
atritados passam a se atrair, e pessoas ficam encantadas e amedrontadas com a beleza dos raios.
O Eletromagnetismo é a ciência que estuda a carga elétrica e suas conseqüências fundamentais. Veremos, nesta
unidade, a Eletrostática, que trata da carga elétrica em repouso e procura entender as forças, os campos e os potenciais
de natureza elétrica.
Vamos lá!

I.1 – CONCEITO DE CARGA ELÉTRICA


Para compreender o conceito de carga elétrica, é necessário analisar com bastante atenção o modelo atômico de
Rutherford. Apesar de apresentar algumas incoerências conceituais, esse modelo já é suficiente para sustentar a
discussão, não sendo, portanto, necessária a utilização de modelos mais sofisticados, como o de Bohr.
O físico neozelandês Ernest Rutherford deu uma importante contribuição para o entendimento do átomo. A partir
de um famoso experimento conduzido por dois de seus alunos, Geiger e Marsden, Rutherford construiu uma teoria que,
pela primeira vez, atribui uma descontinuidade ao átomo. A figura a seguir representa o arranjo feito nesse experimento.

Figura 1: representação do experimento utilizado por Rutherford para a sua teoria.

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Uma fonte de partículas alfa (compostas por dois prótons e dois nêutrons) as emite contra uma fina lâmina de ouro.
A tela de material fluorescente emite um pequeno lampejo, quando uma partícula alfa colide com ela. Foi observado por
Geiger e Marsden que a maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro e somente uma em 10 000 partículas alfa
era significativamente desviada. Isso levou Rutherford a afirmar, por volta de 1911, que uma fração de somente
1/10 000 do espaço da matéria é, efetivamente, preenchido.
Da análise de Rutherford, resulta a idéia de que o átomo possui muito espaço vazio e o núcleo, que é onde a
matéria se concentra, ocupa uma fração muito pequena de todo o volume atômico. O átomo de Rutherford, portanto,
pode ser dividido (uma aparente contradição, uma vez que o termo “átomo” significa “não divisível”). A região externa,
chamada eletrosfera, contém os elétrons, que possuem massas desprezíveis em relação ao núcleo e carga elétrica
negativa. O núcleo possui os prótons, que são positivos, e os nêutrons, que não possuem carga elétrica, e é aí que
reside praticamente toda a massa do átomo.
Cabe ressaltar que a descoberta do nêutron aconteceu mais tarde. Alguns textos de Rutherford sugerem que
ele já tinha uma certa idéia da partícula que hoje conhecemos como nêutron. No entanto, sua detecção ocorreu em
1932, pelo inglês James Chadwick.

Eletrosfera elétrons

Núcleo prótons e nêutrons

Figura 2: representação de um átomo de oxigênio.

QUESTÃO RESOLVIDA
1. A figura 2 não está em escala correta. A proporção que foi apresentada, 1 em 10 000, é muito grande
para que seja possível representar, nessa folha, o núcleo e a eletrosfera. Para que você tenha uma idéia
a respeito do que está sendo dito, leia os dados acerca do Estádio Mário Filho, vulgo Maracanã, no Rio
de Janeiro.
O formato do estádio é oval, medindo 317 metros no eixo maior e 279 metros no menor. Sua altura
máxima é de 32 metros. A distância entre o centro do campo e o espectador mais afastado é de 126
metros. O gramado tem 110 metros de comprimento por 75 de largura. É circundado por um fosso de 3
metros de largura e profundidade, com bordas em desnível. O acesso ao gramado é feito por intermédio
de 4 túneis subterrâneos.
Imagine que um átomo fosse do tamanho do estádio do Maracanã. Se assim fosse, qual seria o tamanho
do núcleo?

Resolução:
Se tomarmos como referência o eixo maior do estádio, 317 m, o tamanho do núcleo deveria ser 10 000
vezes menor, ou seja, (317/10 000) = 31,7 mm.

Uma outra análise possível a partir desse modelo é a de que um átomo para ser neutro eletricamente deve
apresentar um mesmo número de prótons e elétrons, não interessando o número de nêutrons. Essa característica
é muito importante, pois assegura que a quantidade de carga elétrica que há em um próton seja igual à que há em
um elétron e que, além disso, essas cargas são opostas. Somente assim, é possível que cada próton existente em
um átomo tenha o seu efeito elétrico anulado por, exatamente, um elétron. Outra conclusão possível é a de que o
nêutron não possui qualquer tipo de atividade elétrica.

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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

Um objeto está eletrizado (ou carregado, como dizemos no cotidiano), quando tiver um excesso de prótons ou de
elétrons. Quando esse corpo tiver um excesso de prótons, dizemos que está eletricamente positivo. Se o excesso for de
elétrons, o objeto estará eletricamente negativo. Para qualquer uma das situações apresentadas, a carga elétrica do
corpo está relacionada com a quantidade de prótons ou elétrons que ele possuir em excesso.

A B C
Figura 3: esquema que mostra (A) um objeto neutro, (B) um objeto negativo e (C) um objeto positivo.

A carga elétrica do próton ou a do elétron representa a menor quantidade de carga que pode ser obtida livre
na natureza e, por isso, é chamada de carga elétrica elementar ou fundamental (e). Essa quantidade mínima de carga
elétrica foi determinada experimentalmente pelo americano Robert Millikan e, no sistema internacional de unidades,
vale e = 1,6 x 10-19 coulomb (C). Essa unidade – o coulomb – é uma homenagem ao físico francês Charles de Coulomb
que determinou os fatores que influenciam na força elétrica entre duas cargas elétricas.
A determinação da carga elementar, feita por Millikan, foi um feito memorável no início do século XX e lhe rendeu
o prêmio Nobel de Física em 1923. Essa determinação hoje pode ser facilmente feita em laboratórios de Física Básica.
No entanto, no início do século XX, medir a carga de um elétron parecia praticamente impossível.
Para realizar essa tarefa, Millikan analisou o comportamento de pequenas gotas de água com carga elétrica,
quando submetidas a duas forças – o peso e a força elétrica produzida por duas placas carregas com sinais
opostos. Mais tarde, substituiu a água por óleo. Quanto mais cargas as gotas possuíam, maiores eram as variações
em seu movimento de queda. Medindo cuidadosamente a quantidade de carga que provocava a menor alteração
possível, Miilikan concluiu ser ela exatamente a carga de um elétron. Em seguida, verificou que todos os demais
valores da carga da gota eram múltiplos daquele valor unitário.
A carga elétrica de um objeto não pode assumir qualquer valor real, mas somente valores múltiplos da carga
elementar. Grandezas como essa, que são múltiplas de um valor fundamental, são chamadas de quantizadas.
A fórmula matemática é
Q = ± n.e
onde
Q = quantidade de carga elétrica
n = número de prótons ou elétrons em excesso
e = carga elétrica elementar

QUESTÃO RESOLVIDA
2. Qual é a quantidade de elétrons que deve ser retirada de um objeto para que a sua carga elétrica adquira
um valor igual a 1,0 C?
Resolução:
Pela expressão Q = ± n.e , temos Q = 1,0 C; e = 1,6 x 10-19 C e queremos determinar o número de
cargas.

−19 1 18
1 = n.1, 6 x10 ⇒n= −19
⇒ n = 6, 25 x10 elétrons
1, 6 x10

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O resultado da questão resolvida surpreende? Note que é uma quantidade absurdamente grande de elétrons:
seis quintilhões e duzentos e cinqüenta quatrilhões de elétrons para que a carga elétrica de um objeto seja
igual à unidade.
Na prática, é comum que sejam utilizados submúltiplos do coulomb. Os mais comuns são:

Submúltiplo Símbolo Conversão


milicoulomb mC 10-3 C
microcoulomb μ C 10-6 C
nanocoulomb nC 10-9 C
picocoulomb pC 10-12 C

I. 2 - PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Há muito tempo que o homem utiliza processos de eletrização, seja como passatempo ou para fins científicos.
Esses processos servem para transformar um objeto neutro em um eletrizado. São vários os processos de eletrização
e, neste momento, serão estudados apenas três: atrito, contato e indução.

ELETRIZAÇÃO POR ATRITO

Este experimento você já deve ter feito várias vezes. Pegue uma régua, uma caneta ou um pente de plástico
e esfregue várias vezes no cabelo. Em seguida, aproxime a parte atritada de pequenos pedaços de papel.
O processo feito por você é chamado de Eletrização por Atrito e é o mais antigo de que se tem notícia.
Desde o século VI antes de Cristo os gregos já atritavam uma resina fossilizada chamada âmbar (em grego:
elektron) em tecido e, com isso, conseguiam atrair objetos leves como pequenos pedaços de palha ou algodão.
Atribui-se a Tales de Mileto as primeiras experiências científicas com a eletrização do âmbar.

Figura 4: fotografia de pedaços de âmbar. Extraído de http://www.geocities.com/paulac_onofre/page7.htm em 22/01/2008.

Ainda utilizando a eletrização por atrito, Du Fay, em 1733, descobriu que é possível produzir duas formas de
eletricidade diferentes: a eletricidade vítrea (utilizando o atrito com o vidro) e a resinosa (produzidas a partir de
substâncias como o âmbar). Em 1753, John Canton descobriu que é possível produzir as duas eletricidades com o
vidro, dependendo do objeto que nele é atritado. Por isso, os termos eletricidade vítrea e resinosa perderam o
sentido, sendo trocadas por eletricidade positiva e eletricidade negativa.
O processo de eletrização por atrito se inicia com dois objetos neutros, por exemplo, a seda e o vidro, e
termina com os dois objetos eletrizados com cargas de mesmo módulo e de sinais opostos. No caso do exemplo,
o vidro fica positivo e a seda, negativa. Isso ocorre porque, durante o atrito, elétrons que estavam no vidro são

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transportados para a seda. Sempre que atritamos dois materiais distintos, há aquele com maior capacidade de absorver
e outro com maior capacidade de ceder elétrons. Esse fluxo de elétrons entre os objetos é responsável pela eletrização
de ambos.
Há várias aplicações práticas da eletrização por atrito. Ao longo desta unidade, você verificará diversas situações
em que objetos são eletrizados por terem sido esfregados em outros.
Quando você tira uma camisa de seda ou de material sintético e escuta alguns “estalinhos” ou quando “toma
choque” ao sair de um carro, experimentou efeitos que tiveram origem na eletrização por atrito. No primeiro caso,
a roupa entra em atrito com seu corpo e há pequenas descargas elétricas entre regiões eletrizadas. Se você tirar
essa camisa no escuro com os olhos abertos, poderá ver pequenos lampejos! Os estalinhos são conseqüência das
descargas elétricas.
No segundo caso, você se eletrizou pelo atrito com o banco do carro. Estanto eletrizado, você transfere suas
cargas ele excesso para o carro, ao tocá-lo.

ELETRIZAÇÃO POR CONTATO


O caso em que um corpo já eletrizado transfere parte de sua carga para outro, neutro, é chamado de Eletrização
por Contato. Nesse processo, sendo os objetos condutores de eletricidade, há um fluxo de elétrons entre eles no
sentido de, ao final, ambos ficarem com cargas de mesmo sinal.
Imagine a situação da figura a seguir, na qual temos duas esferas metálicas, A e B. A primeira está eletrizada
negativamente. Os seus elétrons em excesso repelem-se mutuamente e, assim, tendem a se afastar uns dos
outros. Dessa forma, estão na superfície externa da esfera. A esfera B está neutra, ou seja, possui o mesmo
número de prótons e elétrons.

Figura 5: esferas metálicas, uma negativa e a outra neutra.

As duas esferas são postas em contato. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de um fino fio condutor de
eletricidade que as conecta. Nesse caso, alguns elétrons da esfera A serão empurrados para a esfera B, tornando-
a negativa.

Figura 6: elétrons de A são transferidos para B.

Essa transferência de elétrons ocorre até que haja equilíbrio eletrostático entre as eferas. Nessa situação,
a força elétrica sobre os elétrons em excesso é nula.
As conclusões tiradas são idênticas, se a esfera A estiver carregada positivamente. É importante lembrar, no
entanto, que são os elétrons que se movem entre as esferas. Dessa forma, elétrons de B irão migrar para A até que
o equilíbrio eletrostático seja atingido, sendo que as duas esferas ficam carregadas positivamente.
Particularmente, quando as duas esferas possuem o mesmo raio, a quantidade total de carga do sistema é
igualmente distribuído entre as que fizeram contato. A carga final de cada esfera é a média aritmética (considerando
as cargas com o respectivo sinal) das cargas iniciais.

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ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO

Esse é o processo mais longo dos já vistos e requer bastante atenção à seqüência correta dos passos. Um
objeto já eletrizado (que será chamado de indutor) deve ser aproximado do objeto neutro que será eletrizado. Esse
objeto a ser eletrizado deve ser condutor de eletricidade. Aproximamos os dois objetos, sem que haja contato entre
eles.
Apesar de não haver contato, alguns elétrons do objeto neutro irão se deslocar ao longo de sua estrutura, em
função da atração elétrica aplicada pelo indutor.
Caso o indutor seja positivo, alguns elétrons do corpo neutro irão se acumular na região mais próxima do
indutor. Caso contrário, esses elétrons irão para a região oposta. O corpo neutro tem, nesse momento, certa
separação de cargas elétricas, ou seja, está induzido.
A figura a seguir mostra essa fase do processo para um indutor negativo.

Figura 7: esquema da indução eletrostática.

A seguir, o induzido deve ser ligado à Terra para que haja um fluxo de elétrons dela para o corpo (se o indutor
for positivo) ou do induzido para a Terra (se o indutor for negativo). Ao final do processo, o induzido adquire carga de
sinal oposto ao do indutor.
É interessante notar que, mesmo o objeto B estando neutro, há uma força de atração entre ele e o objeto A.
Observação: a atração eletrostática pode ocorrer entre dois objetos eletrizados com cargas de sinais opostos ou
entre um objeto neutro e outro eletrizado.

Figura 8: representação da atração eletrostática entre um objeto neutro e um eletrizado.

No caso do objeto neutro ser um isolante, não haverá indução, tal como mostrado anteriormente. Apesar
disso, haverá uma força de atração entre o objeto carregado e o neutro. A razão para isso é a polarização das
partículas (átomos ou moléculas) que compõem o objeto neutro. A figura a seguir mostra uma carga elétrica à
esquerda e a partícula polarizada, apresentando dois pólos (um dipolo elétrico) bem distintos.

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Figura 9: esquema da polarização de átomos e moléculas.

Esse fenômeno pode ocorrer com o conjunto de partículas de um objeto e, com isso, conduzir a uma força elétrica
de atração, como pode ser visto na figura a seguir.

Figura 10: atração elétrica entre dois corpos, um eletrizado negativamente e o outro, neutro e isolante.

QUESTÕES RESOLVIDAS
3. Michel é um aluno da terceira série do ensino médio. Após assistir a uma aula de Eletricidade, ele ficou
empolgado e resolveu pôr em prática toda a teoria a respeito dos processos de eletrização.
Chegando em casa, ele atritou um pedaço de seda com um bastão de vidro; e um pedaço de lã com um
bastão de borracha. Michel percebeu que a seda e a lã se atraem, o mesmo acontecendo com o vidro
e a borracha. Assim, ele conclui que há dois grupos de corpos, cada um com carga elétrica de mesmo
sinal. Quais são os grupos descobertos por Michel?

Resolução:
Seda e vidro adquirem cargas de sinais opostos, o mesmo acontecendo entre a lã e a borracha. A seda
e a lã se atraem, o que indica que elas também possuem sinais opostos. Dessa forma, seda e borracha
possuem cargas de mesmo sinal, o mesmo acontecendo entre a lã e o vidro.

4. Michel pediu, então, ajuda ao seu colega Charles para dar prosseguimento às suas pesquisas. Michel
segurou um bastão de borracha e Charles pegou um bastão de ferro, ambos os bastões inicialmente
neutros. Os dois estudantes (que estavam em contato direto com a Terra) atritaram os respectivos
bastões em pedaços de pano seco, segurando-os com as mãos. Aproximando um bastão do outro,
Michel e Charles notaram que eles se atraiam. Ouviu-se, então, o seguinte diálogo:
Charles: - “Os dois bastões estão certamente eletrizados com cargas de sinais opostos.”
Michel: - “É possível que um bastão esteja neutro.”

A respeito dessa situação, julgue as afirmativas dos dois estudantes.

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Resolução:
O bastão atritado por Michel foi eletrizado por ser isolante. O bastão atritado por Charles não permaneceu
eletrizado, pois o contato com o rapaz e com a Terra o neutralizou.

5. Michel e Charles foram procurar um terceiro colega, Benjamin, que se prontificou a ajudá-los. A experiência
realizada agora consistia em aproximar um objeto eletrizado negativamente de uma esfera metálica que
estava inicialmente neutra, sem que houvesse contato entre os dois corpos. Logo em seguida, ainda
sob a presença do objeto eletrizado, os três aplicados estudantes ligaram a esfera metálica à Terra
durante alguns segundos, por meio de um fio condutor.
Trocando as suas impressões, afirmaram o seguinte:
Michel: “- A esfera metálica está eletrizada negativamente, pois ganhou elétrons da Terra.”
Benjamin: “- A esfera metálica continua neutra, pois foi conectada à Terra.”
Charles: “- A esfera metálica está eletrizada positivamente, pois perdeu elétrons para a Terra.”

A respeito dessa situação, julgue as afirmativas dos três estudantes.


Resolução:
O processo descrito é o da eletrização por indução, no qual a esfera adquire carga elétrica de sinal
oposto ao do indutor.

I. 3 - DETECTANDO CARGAS ELÉTRICAS


A figura 8 da seção anterior mostra uma situação muito interessante. Nela, um corpo eletrizado atrai um objeto
neutro por indução. Esse fenômeno pode ser utilizado para verificar se um determinado corpo está ou não eletrizado. O
aparelho que pode ser utilizado para esse fim é chamado de eletroscópio.
O primeiro tipo de eletroscópio é muito simples de ser feito e é chamado de eletroscópio de pêndulo.
Pegue um pouco de papel alumínio e enrole, formando uma bola. Prenda nessa bola uma linha de costura bem
fina. Amarre a linha de costura em uma extremidade qualquer (pode ser em uma maçaneta, por exemplo).
Agora, esfregue uma régua de acrílico ou plástico no cabelo e aproxime-a da bola de alumínio.
Como você explica o resultado encontrado? O resultado obtido é suficiente para determinar o sinal da carga da
régua? O que você espera que aconteça se a régua tocar a bola de alumínio?
O experimento descrito serve para ilustrar a indução eletrostática. A régua eletrizada consegue induzir a bola de
alumínio e, em conseqüência disso, gerar uma força de atração entre elas. Esse resultado é válido, se a régua estiver
eletrizada positiva ou negativamente e, portanto, o eletroscópio de pêndulo não serve para identificar o sinal da carga,
apenas para mostrar se o objeto está ou não eletrizado. Se a régua tocar a bola de alumínio, poderá haver (atenção ao
fazer o experimento, porque nem sempre a eletrização é forte o suficiente) uma transferência de cargas de tal forma que
ambos os objetos fiquem com cargas de mesmo sinal e se repelem mutuamente.

Uma outra forma de se construir um eletroscópio, mais complexa e que conduz a resultados mais precisos, é o
eletroscópio de folhas ou de hastes. Nele, um corpo condutor é formado por uma “cabeça”, geralmente esférica, um
“corpo” metálico e hastes metálicas de pequena massa e que podem mover-se facilmente. A figura a seguir mostra um
eletroscópio desse tipo.

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Figura 11: Eletroscópio de folhas, usado para detectar cargas elétricas. Na primeira figura, o eletroscópio está descarregado e, na
segunda, carregado.

Na primeira figura, o eletroscópio está descarregado e as hastes estão na vertical. Quando o eletroscópio é
eletrizado, as cargas em excesso se distribuem ao longo de seu corpo e, com isso, as hastes passam a se repelir.
Com isso, elas se separam, como indicado na segunda figura.
Com um eletroscópio inicialmente neutro, é possível determinar se um corpo está ou não eletrizado. Para
isso, basta aproximar o corpo em questão da “cabeça” do eletroscópio e verificar o que acontece com suas hastes.
Se o corpo estiver neutro, não haverá indução do eletroscópio e as hastes permanecerão na vertical. No entanto, se
o corpo estiver eletrizado, este induzirá o eletroscópio e, com isso, as hastes irão separar-se.

Figura 12: Quando um objeto carregado (bastão preto) é aproximado do eletroscópio, a haste move-se pelo efeito da indução.

Esta é para você pensar:


Considere que o eletroscópio de hastes já esteja eletrizado com carga negativa. Nesse caso, as hastes
já estão separadas. O que você espera acontecer com a distância entre as hastes, se aproximarmos da “cabeça”
do eletroscópio um objeto

A) neutro.
B) eletrizado positivamente.
C) eletrizado negativamente.

I. 4 - MODELO PADRÃO PARA ENTENDER AS PARTÍCULAS


As concepções a respeito da constituição básica do mundo modificaram-se profundamente ao longo da história.
No mundo antigo, por exemplo, várias explicações apareciam a respeito do que o mundo é feito.
O pensador grego Empédocles, que viveu no século V antes de Cristo, foi o primeiro a classificar os elementos

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como fogo, ar, terra e água. Já na China antiga, acreditava-se que os cinco componentes básicos do universo físico
eram terra, madeira, metal, fogo e água. E, na Índia, o Samkhya-karikas de Ishvarakrsna (século III a.C.) afirmava que
os cinco elementos básicos eram o espaço, ar, fogo, água e terra.
A idéia de que a matéria é composta por átomos remonta também da Grécia Antiga, com Demócrito. Segundo
esse modelo, tudo é composto por partículas indivisíveis chamadas de átomos. Mais tarde, a noção de átomo foi
revista, uma vez que os modelos atômicos que se sucederam, já a partir do século XX, davam conta de que havia
uma estrutura interna para o átomo. A interpretação dos resultados do experimento conduzido por Geiger e Marsden,
descrito na primeira parte deste capítulo, permite concluir que há partículas mais fundamentais que os átomos, que
são os prótons e os elétrons (mais tarde, o nêutron seria descoberto).
Com o avanço das pesquisas sobre essas partículas, alguns cientistas, como o americano Murray Gell-
Mann, apresentaram modelos nos quais os prótons e os nêutrons possuem estrutura interna, sendo formados por
partículas menores chamadas quarks.
Os quarks são partículas que não aparecem livres na natureza e que podem se associar em duplas (formando
os chamados mésons) ou em trios (formandos os hádrons). Eles podem ter cargas positivas ou negativas e os
valores dessas cargas são frações da carga elétrica elementar.
Toda essa discussão conduziu à construção de um modelo capaz de explicar a constituição da matéria e as
forças que existem na natureza, chamado de Modelo Padrão.
O Modelo Padrão é uma teoria que procura explicar do que a matéria é feita e o que mantém essa matéria
unida. Essa teoria procura sintetizar todas as forças e partículas, utilizando somente 6 quarks, 6 léptons e
partículas transportadoras de força. Para cada partícula fundamental, há também sua antipartícula, ou seja,
uma partícula idêntica à original, mas com carga elétrica de sinal trocado.
Os tipos de quarks são apresentados na tabela a seguir.

Nome Carga Massa (MeV)

Up (u) +2/3 1.5 a 4.0

Down (d) –1/3 4a8

Strange (s) –1/3 80 a 130

Charm (c) +2/3 1150 a 1350

Botton (b) –1/3 4100 a 4400

Top (t) +2/3 172700 ± 2900

Os prótons e os nêutrons são os exemplos mais conhecidos de hádrons, pois são formados de trincas de
quarks.
Já os léptons podem ser encontrados livres na natureza e possuem cargas elétricas que ou são nulas ou são
iguais à carga elementar. O lépton mais conhecido é o elétron, cuja carga elétrica é, como sabemos, igual à carga
elementar. Outros léptons, como o múon, possuem vida muito curta. Além disso, os neutrinos e suas antipartículas
são de difícil detecção, já que não possuem carga elétrica e sua massa é muito pequena. A tabela a seguir mostra
os léptons.

Nome Carga Massa (GeV)

Elétron –1 0.000511

Múon –1 0.1056

Táu –1 1.777

Neutrino do Elétron 0 ~0

Neutrino do Múon 0 ~0

Neutrino do Táu 0 ~0

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QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em suportes
isolantes, todos os corpos eletricamente neutros. Atrita-se a barra de vidro com o pano de lã; a seguir, coloca-se a
barra de vidro em contato com a esfera A e o pano de lã com a esfera B. Após essas operações
a) o pano de lã e a barra de vidro estarão neutros.
b) o pano de lã atrairá a esfera A.
c) as esferas A e B continuarão neutras.
d) a barra de vidro repelirá a esfera B.

2. Se você pudesse tirar um elétron de cada uma das moléculas de água de um balde com 18 litros de água, qual
seria a carga elétrica adquirida?

3. Um objeto qualquer ficará com mais ou menos massa ao adquirir uma carga negativa? E ao adquirir uma carga
positiva?

4. Qual o erro na afirmação: “Uma caneta é considerada neutra eletricamente, pois não possui nem cargas positivas
nem cargas negativas”?

5. Para evitar a formação de centelhas elétricas, os caminhões transportadores de gasolina costumam andar com
uma corrente metálica arrastando-se pelo chão. Explique.

6. Segurando na mão uma esfera de metal, é possível torná-la eletrizada? Por quê? Como se deve proceder para
eletrizar essa esfera?

7. Em dias úmidos, é difícil perceber os resultados esperados em experiências de Eletrostática, pois os objetos
eletrizados são facilmente descarregados. Tente construir um modelo explicativo para o fato de, em dias úmidos,
um corpo eletrizado perder sua carga com relativa rapidez.

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I. 5 - EXPERIMENTO CRUCIAL
Os corpos eletrizados podem ser positivos ou negativos e sabe-se que as cargas negativas e as positivas atraem-
se mutuamente. Quando dois corpos eletrizados são colocados nas proximidades um do outro, teremos uma força de
atração ou de repulsão, dependendo dos sinais dos objetos. Esse fato é conhecido desde o século XVIII, a partir do
trabalho realizado em 1734 por Charles Du Fay, e pode ser resumido pela frase “cargas iguais se repelem e cargas
opostas se atraem”.

Figura 13: corpos eletrizados e as forças elétricas de atração ou de repulsão.

No século XVIII, o físico francês Charles Augustin de Coulomb conduziu experimentos sobre a força elétrica entre
duas cargas de tamanhos pequenos. Esse experimento foi realizado com uma balança de torção, dispositivo que será
explicado a seguir.
A balança de torção de Coulomb ocupa um lugar importante na história da Física. É um instrumento que permite a
verificação experimental da lei que rege as interações entre cargas elétricas. De um modo geral, a balança é constituída
por uma caixa de vidro fechada por uma tampa, também de vidro, da qual se eleva um tubo que termina num disco
metálico de onde está suspenso um fio de torção que sustenta uma agulha horizontal. Essa agulha tem numa das
extremidades um pequeno disco vertical de latão e, na outra, uma esfera. A altura da agulha é regulada por meio de um
botão que faz rodar um eixo horizontal onde se enrola o fio que a suspende. Esse eixo está montado sobre um disco
giratório no qual se encontra gravada uma escala dividida em graus. A escala avança em relação a uma marca de
referência, fixa na coluna de vidro, de modo a possibilitar a medição de deslocamentos angulares.

Figura 14: fotografia de uma balança de torção como a utilizada por Coulomb. Extraído de museu.fis.uc.pt/129.htm em 22/01/2008.

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No início da experiência, o disco de latão toca uma esfera metálica que se encontra na extremidade de uma vareta
de vidro suspensa do tampo da balança. Nessas condições, tanto o disco como a esfera devem estar descarregados e
o fio de suspensão da agulha não deve estar sob torção. Isso é feito para definir uma posição de referência. Em
seguida, retira-se a esfera suspensa da tampa da balança e eletriza-se. A esfera, ao ser recolocada no interior da
balança, eletriza o disco de latão com carga do mesmo sinal, observando-se uma repulsão entre ambos.
Nessas condições, a agulha começa a descrever um movimento oscilatório amortecido, até que pára. O conjunto
permanece então estático, numa posição correspondente ao equilíbrio entre o momento da força de repulsão e o da
força de torção do fio. O ângulo de torção do fio pode ser medido através de uma escala dividida em graus.
Ao aproximar o disco da esfera, verifica-se que o ângulo de torção aumenta, já que ambos estão eletrizados com
carga do mesmo sinal. A nova distância entre os corpos eletrizados pode ser obtida através da escala existente na
parte superior da caixa da balança. O registro de sucessivos ângulos de torção do fio e das correspondentes distâncias
entre a esfera e o disco permitem a verificação da relação entre a intensidade da força de repulsão e a distância entre
os corpos eletrizados.
A fim de verificar a relação entre a intensidade da força e a carga elétrica dos corpos, Coulomb utilizava uma bola
de medula de sabugueiro suspensa da agulha. Após registrar o ângulo de torção do fio de suspensão, tal como no caso
anterior, retirava a esfera da vareta de vidro, colocando-a em contacto com outra de iguais dimensões. Dessa operação,
resultava uma diminuição do valor da sua carga para metade. Ao ser recolocada na balança, observava-se que a
repulsão elétrica entre a esfera metálica e a bola de medula de sabugueiro era menos intensa. O novo ângulo de torção
do fio, correspondente à nova posição de equilíbrio, era menor do que no caso anterior. Repetindo esse procedimento
algumas vezes, obtinha-se uma relação experimental válida.

I. 6 - FATORES QUE INFLUENCIAM NA FORÇA ELÉTRICA


A partir dos experimentos conduzidos por Coulomb, é possível estabelecer alguns fatores que influenciam na força
elétrica entre duas cargas:
A) a força elétrica (de atração ou de repulsão) é diretamente proporcional à quantidade de carga contida em cada
corpo (quanto mais carregados, maior a força);
B) a força age segundo a direção da linha imaginária que une os dois corpos;
C) a força é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os dois corpos.

Tais conclusões só foram totalmente aceitas depois que Charles de Coulomb executou medidas muito cuidadosas,
em 1785, elaborando depois a expressão matemática que ficou conhecida como “Lei de Coulomb”.

I. 7 - A LEI DE COULOMB
A afirmação de que “a força elétrica é diretamente proporcional à quantidade de carga contida em cada corpo” é
escrita em linguagem matemática como uma multiplicação entre as duas cargas. A força é também inversamente
proporcional ao quadrado da distância, então fazemos uma divisão pela distância elevada ao quadrado. Fica assim:

Q1 . Q2
F∝
d2

A expressão anterior não é ainda uma equação, porque nela não aparece o sinal de “igual”. O símbolo “ ∝ ”
significa “proporcional”. Como transformar a expressão em equação?

P R É - V E S T I B U L A R
123
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

Foi esse o trabalho de Coulomb. Fazendo suas medições minuciosas, ele verificou que, para transformar a
“proporcionalidade” em “igualdade”, estava faltando um fator multiplicativo. Representando esse fator pela letra k0,
podemos escrever:

Q1 . Q 2
F = k0
d2

Essa é a Lei de Coulomb.


Essa Lei é muito utilizada em diversas aplicações práticas da Química, da Física e da Engenharia. Para que
se tenha uma idéia, é uma das poucas formulações da Física Clássica (produzida antes do século XX) que foi
mantida na Física Quântica.
A unidade de força no Sistema Internacional é o “newton” (símbolo N). Por coerência, as cargas devem ser
expressas em coulombs (C), e a distância em metros (m). Nesse sistema de unidades, o valor da constante de
proporcionalidade k0 será de 9,0×109 N.m2 / C2.
Para o ar e para o vácuo, pode-se usar esse valor sem correções. No entanto, em outros meios materiais, o
valor da força eletrostática é menor que no ar ou vácuo. Por isso, é necessário corrigir o valor da força, dividindo-
a por um fator chamado de constante dielétrica do meio.
A tabela a seguir mostra alguns exemplos de constantes dielétricas de alguns materiais.

Meio Material Constante Dielétrica (k)


Vácuo 1,0000
Ar 1,0005
Água 78
Óleo 4,6
Vidro 4,5
Papel 3,5
Polietileno 2,3
Mica 5,4

Tabela 1: fator de redução (constante dielétrica) da força elétrica em função do material.

124 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

QUESTÕES RESOLVIDAS
6. Três cargas estão dispostas nos vértices de um triângulo equilátero, conforme indica a figura a seguir.
INDIQUE a orientação da força elétrica resultante sobre a carga do vértice superior.

Resolução:

A citada carga elétrica é repelida pelas outras duas. Usando a soma de vetores, temos

Logo, a força elétrica resultante é vertical para cima.

7. Duas cargas elétricas, Q1 e Q2, se atraem eletrostaticamente com uma força F. Se dobrarmos o valor de Q1,
triplicarmos o valor de Q2 e duplicarmos a distância entre as cargas, qual será o novo valor de F ?

Resolução:
Inicialmente, a força eletrostática entre as duas cargas era

Q1 . Q2
F=k
d2

Após as alterações, teremos

2 Q 1 .3 Q 2 6 Q1 . Q 2 Q1 . Q 2
F' = k 2
=k 2
= 1,5k
(2d) 4d d2

Assim, F’ = 1,5F

P R É - V E S T I B U L A R
125
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

8. Duas cargas elétricas idênticas são colocadas em uma pista sem atrito e muito comprida. Uma das cargas
está fixa, enquanto que a outra pode mover-se livremente. DESCREVA o que irá acontecer com a velocidade
e a aceleração da carga livre à medida que ela se move.

Resolução:
Se as cargas são idênticas, possuem o mesmo sinal e, com isso, se repelem. Dessa forma, a carga livre irá
se afastar da fixa. A força entre elas é eletrostática e, portanto, obedece à lei de Coulomb. Tal força estará,
em todos os instantes de tempo, no mesmo sentido da velocidade, o que irá fazer com que esta última
aumente. Por outro lado, temos que a força eletrostática diminui com a distância. Como ela é a força resultante
na carga móvel, haverá uma diminuição da aceleração.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
8. Um bastão negativamente eletrizado é trazido para perto de alguns pedacinhos de papel neutros. Os lados positivos
das moléculas do papel são atraídos para o bastão, enquanto os lados negativos das moléculas são repelidos.
Como as cargas positivas e negativas nas moléculas possuem o mesmo valor, por que as forças de atração e
repulsão não se anulam?
9. Com relação às forças gravitacional e elétrica, em que elas se parecem? E em que se diferem?
10. É relativamente mais fácil arrancar elétrons mais externos de átomos de grande número atômico, como os de
urânio, mas não seus elétrons mais internos. A que você atribui essa diferença de comportamento?
11. Consulte a tabela 1 e responda: porque o sal de cozinha (NaCl, composto iônico) é mais facilmente dissolvido em
água que em óleo?

ANOTAÇÕES:

126 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

QUESTÕES PROPOSTAS

1. (UFV) Um sistema é constituído por um corpo de c) uma neutra, uma com carga positiva e uma com
massa M, carregado positivamente com carga Q, e carga negativa;
por outro corpo de massa M, carregado d) duas neutras e uma com carga negativa.
negativamente com carga Q. Em relação a este
sistema pode-se dizer que:
4. (FUVEST) Três esferas metálicas iguais, A, B e C,
a) sua carga total é -Q e sua massa total é 2M.
estão apoiadas em suportes isolantes, tendo a
b) sua carga total é +2Q e sua massa total é 2M. esfera A carga elétrica negativa. Próximas a ela, as
c) sua carga total é nula e sua massa total é 2M. esferas B e C estão em contato entre si, sendo que
d) sua carga total é nula e sua massa total é nula. C está ligada à terra por um fio condutor, como na
figura.
e) sua carga total é +Q e sua massa total é nula.

2. (PUCMG) Existem dois tipos de cargas elétricas:


as cargas positivas e as cargas negativas. Marque
a opção CORRETA.
a) Cargas positivas se atraem, e cargas negativas se
repelem.
b) Cargas positivas se repelem, e cargas negativas se
atraem.
A partir dessa configuração, o fio é retirado e, em
c) Cargas de mesmo sinal se repelem, e cargas de seguida, a esfera A é levada para muito longe.
sinais opostos se atraem. Finalmente, as esferas B e C são afastadas uma
d) Não importam os sinais das cargas, elas vão sempre da outra. Após esses procedimentos, as cargas das
se atrair. três esferas satisfazem as relações
a) QA < 0 QB > 0 QC > 0
3. (UFJF) Três esferas metálicas neutras, b) QA < 0 QB = 0 QC = 0
eletricamente isoladas do ambiente, estão c) QA = 0 QB < 0 QC < 0
encostadas umas nas outras com seus centros
d) QA > 0 QB > 0 QC = 0
alinhados. Carrega-se um dos extremos de um
bastão de vidro positivamente. Este extremo e) QA > 0 QB < 0 QC > 0
carregado é aproximado a uma das esferas ao longo
da linha formada por seus centros (veja a figura 5. (PUCMG) Um corpo não eletrizado (neutro) possui
abaixo para uma ilustração). Mantendo o bastão um número de prótons igual ao número de elétrons.
próximo, mas sem que ele toque nas esferas, estas A partir dessa afirmativa, é CORRETO afirmar que:
são afastadas umas das outras, sem que se lhes a) se esse corpo for atritado e ganhar elétrons, ficará
toque, continuando ao longo da mesma linha que eletrizado positivamente.
formavam enquanto estavam juntas. Podemos
b) se esse corpo for atritado e ganhar elétrons, ficará
afirmar que após afastar-se o bastão, as esferas
eletrizado negativamente.
ficam:
c) se esse corpo for atritado e perder elétrons, ficará
eletrizado negativamente.
d) se esse corpo for atritado e perder elétrons, ficará
neutro.

a) duas delas com carga positiva e uma com carga


negativa;
b) duas delas neutras e uma com carga positiva;

P R É - V E S T I B U L A R
127
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

6. (FEI) Em um corpo eletricamente neutro o número 8. (UFMG) Duas esferas metálicas idênticas — uma
de cargas positivas é igual ao número de cargas carregada com carga elétrica negativa e a outra
negativas. Assim, os efeitos das cargas se anulam. eletricamente descarregada — estão montadas
Em um corpo eletrizado o número de cargas sobre suportes isolantes. Na situação inicial,
positivas e negativas são diferentes. Deste modo, a mostrada na figura I, as esferas estão separadas
carga elétrica de um corpo depende do excesso ou uma da outra. Em seguida, as esferas são colocadas
da falta de cargas negativas. Este excesso é medido em contato, como se vê na figura II. As esferas
a partir do estado neutro. A força entre dois corpos são, então, afastadas uma da outra, como mostrado
carregados depende da distância entre eles e cresce na figura III.
com o excesso de cargas positivas ou negativas de
cada corpo. Com base no texto podemos afirmar
que:
a) somente os corpos eletrizados possuem cargas
elétricas
b) mesmo em corpos neutros existem cargas elétricas Considerando-se as situações representadas nas
figuras I e III, é CORRETO afirmar que,
c) os corpos neutros não possuem cargas elétricas
a) em I, as esferas se atraem e em III, elas se repelem.
d) a força elétrica entre dois corpos varia
proporcionalmente à distância entre eles
b) em I, as esferas se repelem e, em III, elas se
e) a existência de corpos neutros mostra que a carga
atraem.
elétrica não é um elemento na constituição da
matéria c) em I, não há força entre as esferas.
d) em III, não há força entre as esferas.

7. (UFRGS) A superfície de uma esfera isolante é


carregada com carga elétrica positiva, concentrada 9. (UFMG) Em seu laboratório, o Professor Ladeira
em um dos seus hemisférios. Uma esfera condutora prepara duas montagens – I e II –, distantes uma
descarregada é, então, aproximada da esfera da outra, como mostrado nestas figuras:
isolante. Assinale, entre as alternativas abaixo, o
esquema que melhor representa a distribuição final
de cargas nas duas esferas.

a)

Em cada montagem, duas pequenas esferas


metálicas, idênticas, são conectadas por um fio e
b)
penduradas em um suporte isolante. Esse fio pode
ser de material isolante ou condutor elétrico. Em
seguida, o professor transfere certa quantidade de
c) carga para apenas uma das esferas de cada uma
das montagens. Ele, então, observa que, após a
transferência de carga, as esferas ficam em
equilíbrio, como mostrado nestas figuras:
d)

e)

128 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

Considerando-se essas informações, é CORRETO b) o pente está eletricamente carregado, o papel está
afirmar que, após a transferência de carga, neutro e F1 > F2.
a) em cada montagem, ambas as esferas estão c) o pente e o papel estão eletricamente carregados
carregadas. com sinais opostos e F1 = F2.
b) em cada montagem, apenas uma das esferas está d) o pente e o papel estão eletricamente carregados
carregada. com sinais opostos e F1 > F2.
c) na montagem I, ambas as esferas estão carregadas
e, na II, apenas uma delas está carregada. 12. (PUCMG) Um bastão isolante eletricamente
d) na montagem I, apenas uma das esferas está carregado atrai uma bolinha condutora A e repele
carregada e, na II, ambas estão carregadas. uma outra bolinha condutora B, penduradas, cada
uma, na ponta de um fio leve e isolante. Pode-se
concluir que:
10. (UFV) As figuras abaixo ilustram dois eletroscópios.
O da esquerda está totalmente isolado da vizinhança a) a bolinha B não está carregada.
e o da direita está ligado à Terra por um fio condutor b) a bolinha A pode não estar carregada.
de eletricidade. c) ambas as bolinhas estão carregadas igualmente.
d) a bolinha B está carregada positivamente.

13. (UFRN) Qualquer objeto eletricamente carregado


Fio condutor

possui uma carga que é um múltiplo inteiro da carga


de um elétron. Dizemos que a carga elétrica é
quantizada e o menor valor absoluto possível de ser
terra observado no estado livre é de e = 1,6 x 10-19 C.
Porém, em 1964, Gell-Mann propôs que existem
Das figuras abaixo, a que melhor representa as partículas elementares, às quais denominou quarks,
configurações das partes móveis dos eletroscópios cujos valores de carga elétrica são frações de e.
quando aproximarmos das partes superiores de Os quarks não existem no estado livre, mas podem
ambos um bastão carregado negativamente é: combinar-se para formar partículas elementares
observadas nesse estado.
a)
+
+

Considere a tabela periódica dos quarks, reproduzida


+ +
+ +
+ +
+
+

a seguir, cuja leitura deve ser feita de acordo com a


nomenclatura indicada no quadrado à esquerda da
b)
+
+ - -

tabela.
+
- -
+ - -
+ + - -
+ - -
+
- -
+
+ -

c)

d) -
-
- -
-
-
- -
-
- -
-
-
-
- - - -
- - - -
- - - -

11. (UFMG) Aproximando-se um pente de um pedacinho


de papel, observa-se que não há força entre eles.
No entanto, ao se passar o pente no cabelo e, em
seguida, aproximá-lo do pedacinho de papel, este A combinação CORRETA de quarks que resulta em
será atraído pelo pente. Sejam F1 e F2 os módulos uma partícula elementar eletricamente carregada é
das forças que atuam, respectivamente, sobre o a) u d s;
pente e sobre o papel. Com base nessas b) d d s;
informações, é CORRETO afirmar que:
c) u d d;
a) o pente está eletricamente carregado, o papel está
d) d d c.
neutro e F1 = F2.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

14. (UFJF) Considere um bastão de PVC carregado com


um excesso de cargas positivas e três esferas
metálicas condutoras neutras e eletricamente
isoladas do ambiente. Elas são postas em contato,
lado a lado, alinhadas. O bastão carregado é
aproximado de uma das esferas das extremidades,
de maneira a estar posicionado na mesma linha,
mas não a toca, conforme esquematicamente
mostrado na Figura A. A seguir, a esfera do centro é
Considerando-se essas informações, é CORRETO
afastada das outras duas por meio de um objeto
afirmar que, na situação representada na Figura III,
isolante e, só após, o bastão é afastado, como
mostrado na Figura B. a) a esfera R fica com carga negativa e a S permanece
neutra.
b) a esfera R fica com carga positiva e a S permanece
neutra.
d) a esfera R permanece neutra e a S fica com carga
negativa.
D) a esfera R permanece neutra e a S fica com carga
Após afastar o bastão e com as esferas em equilíbrio positiva.
eletrostático, é CORRETO afirmar que a esfera 1
ficou com um excesso cargas
16. (FUVEST) Três esferas metálicas, M1, M2 e M3, de
a) positivas, a esfera 2 ficou neutra e a esfera 3 ficou mesmo diâmetro e montadas em suportes isolantes,
com um excesso de cargas negativas. estão bem afastadas entre si e longe de outros
b) negativas e as esferas 2 e 3 ficaram, cada uma, objetos.
com um excesso de cargas positivas.
c) positivas e as esferas 2 e 3 ficaram, cada uma,
com um excesso de cargas negativas.
d) negativas, a esfera 2 ficou neutra e a esfera 3 ficou
com um excesso de cargas positivas.

Inicialmente M1 e M3 têm cargas iguais, com valor


15. (UFMG) Durante uma aula de Física, o Professor
Q, e M2 está descarregada. São realizadas duas
Carlos Heitor faz a demonstração de eletrostática
operações, na seqüência indicada:
que se descreve a seguir.
I. A esfera M1 é aproximada de M2 até que ambas
Inicialmente, ele aproxima duas esferas metálicas
fiquem em contato elétrico. A seguir, M1 é afastada
– R e S –, eletricamente neutras, de uma outra esfera
até retornar à sua posição inicial.
isolante, eletricamente carregada com carga
negativa, como representado na Figura I. Cada uma II. A esfera M3 é aproximada de M2 até que ambas
dessas esferas está apoiada em um suporte fiquem em contato elétrico. A seguir, M3 é afastada
isolante. até retornar à sua posição inicial.

Em seguida, o professor toca o dedo, rapidamente, Após essas duas operações, as cargas nas esferas
na esfera S, como representado na Figura II. Isso serão cerca de
feito, ele afasta a esfera isolante das outras duas
esferas, como representado na Figura III.

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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

17. (UFMG) Em uma aula, o Prof. Antônio apresenta Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
uma montagem com dois anéis dependurados, a) I, apenas. c) I e II, apenas.
como representado na figura ao lado.
b) II, apenas. d) I, II, e III.

20. (UFMG) Uma bolinha I carregada positivamente atrai


duas outras bolinhas, II e III. As bolinhas II e III também
se atraem.
A alternativa que explica esses fatos é
a) as bolinhas II e III têm cargas negativas.
b) as bolinhas II e III têm cargas positivas.
Um dos anéis é de plástico – material isolante – e o c) a bolinha II tem carga negativa e a III, carga positiva.
outro é de cobre – material condutor. Inicialmente, d) a bolinha II tem carga posiativa e a III, carga negativa.
o Prof. Antônio aproxima um bastão eletricamente
e) a bolinha II estava neutra e a III, com carga negativa.
carregado, primeiro, do anel de plástico e, depois,
do anel de cobre. Com base nessas informações, é
CORRETO afirmar que 21. (UF Uberlândia – MG) Uma barra eletrizada
a) os dois anéis se aproximam do bastão. negativamente é colocada próxima de um corpo
metálico AB (não eletrizado). Podemos afirmar que
b) o anel de plástico não se movimenta e o de cobre
se afasta do bastão.
c) os dois anéis se afastam do bastão.
A B
d) o anel de plástico não se movimenta e o de cobre
se aproxima do bastão.
a) não haverá movimento de elétrons livres no corpo
18. Duas esferas metálicas neutras, apoiadas em bases AB.
isolantes, estão colocadas em contato. Aproxima- b) os elétrons livres do corpo AB deslocam–se para a
se delas, sem tocá-las, um bastão de ebonite extremidade A.
carregado negativamente. Afastam-se estas esferas c) o sinal da carga que aparece em B é positivo.
com uma régua de plástico, mantendo o bastão de d) ocorreu no corpo metálico a indução eletrostática.
ebonite próximo a elas. Nesta situação, a esfera
e) após a separaçào de cargas, a carga total do corpo
A B é não–nula.

22. (Fuvest–SP) Três esferas de isopor, M, N e P, estão


susoensas por fios isolantes. Quando se aproxima
a) B permanecerá neutra. N de P, nota–se uma repulsão entre essas esferas;
b) A permanecerá neutra. quando se aproxima M de N, nota–se uma atração.

c) A ficará eletrizada negativamente. Das possibilidades apontadas na tabela, quais são


compatíveis com as observações?
d) B ficará eletrizada negativamente.
cargas
Possibilidades M N P
19. Analise as afirmativas abaixo: 1ª + + –

I. Ao atritarmos um bastão de vidro com seda, há 2ª – – +


3ª zero – zero
passagem de prótons da seda para o vidro.
4ª – + +
II. Ao aproximarmos um corpo eletrizado de um 5ª + – –
condutor, observamos, nesse condutor uma
separação de cargas. a) A 1a e a 3a . d) A 4a e a 5a .
III. Ao encostarmos uma esfera metálica neutra num b) A 2a e a 4a . e) A 1a e a 2a .
corpo eletrizado com carga positiva, esta ficará c) A 3a e a 5a .
eletrizada negativamente.

P R É - V E S T I B U L A R
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Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

23. Duas esferinhas P e Q, suspensas por fios isolantes e 26. (DIAM) Em relação a uma substância eletricamente
próximas uma da outra, se repelem. Pode–se concluir neutra, é INCORRETO afirmar que ela
com certeza que a) possui cargas elétricas positivas e negativas.
a) ambas têm cargas positivas. b) pode ser eletrizada por atrito.
b) ambas têm cargas negativas. c) pode ser atraída por uma outra carregada.
c) uma tem carga positiva e a outra, negativa. d) pode ser eletrizada por indução.
d) uma tinha carga negativa e a outra, ao se aproximar e) atrai eletricamente uma outra descarregada.
dela, adquiriu carga positiva por indução.
e) ambas têm carga de mesmo sinal, positivo ou negativo.
27. Um eletroscópio acha–se
induzido conforme ilustra a
24. (FMABC–SP) Passando–se um pente nos cabelos, figura. Ligando–se a esfera
verifica–se que ele pode atrair pequenos pedaços de E à Terra, por meio de um
papel. fio condutor, observa–se
A explicação mais coerente com este fato é que, ao que as lâminas L se fecham
passar o pente nos cabelos, ocorreu completamente porque
a) eletrização do pente e não dos cabelos, que faz cargas
passarem aos pedaços de papel e os atrai. a) As cargas positivas de L sobem e neutralizam a esfera E.
b) Aquecimento do pente por atrito, provocando b) As cargas negativas de E descem e neutralizam L.
convecção do ar e por isso o pedaço de papel sobe c) As cargas negativas de E escoam para a Terra e as
em direção ao pente positivas sobem para E.
c) Aquecimento do pente, com conseqüente eletrização d) As cargas de E e de L escoam para a Terra.
do ar próximo, que provoca o fenômeno descrito.
d) Eletrização do pente, que induz cargas no papel,
28. O eletroscópio da figura foi
provocando a sua atração.
carregado com uma carga Q,
e) Deseletrização do pente, que agora passa a ser de sinal desconhecido.
atraído pelos pedaços de papel que sempre estão Aproximando–se do mesmo
eletrizados. um corpo C, carregado
positivamente, a abertura das
25. (FCMMG) Uma lata colocada sobre um pedaço de folhas do eletroscópio diminui.
isopor é carregada negativamente. Uma outra lata Pode–se afirmar que
idêntica, também sobre um isopor, está inicialmente
neutra. a) Não é possível determinar o sinal da carga do
eletroscópio.
b) O eletroscópio está carregado positivamente.
c) Uma parte da carga do eletroscópio passa para o
corpo C.
d) Uma parte da carga de C passa para o eletroscópio.
Empurra–se um dos suportes isolantes até que as latas e) O eletroscópio está carregado negativamente.
se toquem. Ao afastá–las, ainda através do suporte
isolante, verifica–se que: 29. Duas esferas metálicas são dependuradas no teto de
a) as duas latas ficarão neutras. uma sala por meio de fios isolantes, de tal modo que
b) as latas ficarão com cargas opostas. fiquem próximas. A esfera 1 é então eletrizada
c) as duas latas ficarão com cargas iguais. positivamente. Podemos afirmar que
d) a carga negativa da lata passará toda para a outra lata.
e) a lata que inicialmente estava carregada negati-
vamente ficará carregada positivamente.

132 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

a) aparecerá uma força de atração eletrostática entre as 32. (UFPA) Um corpo A, eletricamente positivo, eletriza um
duas esferas. corpo B, que inicialmente estava eletricamente neutro,
b) a esfera 2 também ficará carregada positivamente, por por indução eletrostática. Nestas condições, pode-se
indução. afirmar que o corpo B ficou eletricamente
c) a esfera 2 ficará carregada negativamente, por a) positivo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
indução. corpo.
d) ligando–se as duas esferas por meio de um fio condutor b) positivo, pois prótons do corpo foram para a Terra.
a carga induzida na esfera 2 será neutralizada. c) negativo, pois prótons do corpo foram para a Terra.
e) a esfera 2 se afastará da esfera 1, por ser repelida d) negativo, pois elétrons da Terra são absorvidos pelo
por ela. corpo.
e) negativo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
30. (PUC-MG) Atrita–se um bastão de vidro com pêlo de corpo.
gato e uma régua de madeira com lã. Verifica–se que
o bastão de vidro passa a atrair a régua de madeira e 33. (Fuvest-SP) Duas pequenas esferas metálicas
repelir a lã. Sabendo–se que a pêlo do gato ficou idênticas, inicialmente neutras, encontram-se
carregada negativamente, é CORRETO afirmar que suspensas por fios inextensíveis e isolantes. Um jato
a) o vidro ficou carregado negativamente e a lã de ar perpendicular ao plano da figura é lançado
positivamente. durante um certo intervalo de tempo sobre as esferas.
b) a lã ficou carregada negativamente. Observa-se então que ambas as esferas estão
fortemente eletrizadas. Quando o sistema alcança
c) o vidro ficou neutro e a madeira positiva.
novamente o equilíbrio estático, podemos afirmar que
d) a régua de madeira não ficou carregada porque é as tensões nos fios
isolante.
e) o vidro e a lã ficaram carregados positivamente.

31. (FUVEST–SP) Uma esfera condutora A, de peso P,


eletrizada positivamente, é presa por um fio isolante
que passa por uma roldana. A esfera A se aproxima
com velocidade constante, de uma esfera B, idêntica a) aumentaram e as esferas se atraem.
à anterior, mas neutra e isolada. A esfera A toca em B b) diminuíram e as esferas se repelem
e, em seguida, é puxada para cima, com velocidade
c) aumentaram e as esferas se repelem.
também constante. Quando A passa pelo ponto M a
tração no fio é T1 na descida e T2 na subida. Podemos d) diminuíram e as esferas se atraem.
afirmar que: e) não sofreram alterações.

34. (Fatec-SP) Se um condutor eletrizado positivamente


a) T1 < T2 < P for aproximado de um condutor neutro, sem tocá-lo,
pode-se afirmar que o condutor neutro
b) T1 < P < T2
a) conserva sua carga total nula, mas é atraído pelo
c) T2 < T1 < P
A eletrizado.
d) T2 < P < T1
b) eletriza-se negativamente e é atraído pelo eletrizado.
e) P < T1 < T2
M c) eletriza-se positivamente e é repelido pelo eletrizado.
d) conserva a sua carga total nula e não é atraído pelo
B eletrizado.
e) fica com a metade da carga do condutor eletrizado.

P R É - V E S T I B U L A R
133
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

35. Três bolas metálicas podem ser carregadas 38. (ITA) Duas partículas têm massas iguais a m e cargas
eletricamente. Observa-se que cada uma das três iguais a Q. Devido a sua interação eletrostática, elas
bolas atrai, separadamente, cada uma das outras sofrem uma força F quando estão separadas de uma
duas. Três hipóteses são apresentadas: distância d. Em seguida, estas partículas são
I) Apenas uma das bolas está carregada. penduradas, a partir de um mesmo ponto, por fios de
comprimento L e ficam equilibradas quando a
II) Duas das bolas estão carregadas.
distância entre elas é d?. A cotangente do ângulo que
III) As três bolas estão carregadas. cada fio forma com a vertical, em função de m, g, d,
O fenômeno pode ser explicado d1, F e L, é
a) somente pela hipótese I. a) m g d1 / (F d)
b) somente pela hipótese II. b) m g L d1 / (F d2)
c) somente pela hipótese III. c) m g d12 / (F d2)
d) somente pela hipótese II ou III. d) m g d2 / (F d12)
e) somente pela hipótese I ou II. e) (F d2) / (mg d12)

36. (FESP) Três esferas condutoras A, B e C têm mesmo 39. (PUCMG) Duas cargas elétricas -q e +q são fixadas,
diâmetro. A esfera A está inicialmente neutra, e as respectivamente, sobre os pontos A e B, conforme a
outras duas carregadas com qB = 6μC e qC = 7μC. figura. Uma terceira carga Q, positiva, é colocada
Com a esfera A, toca-se primeiramente B e depois C. livremente sobre um ponto da reta AB.
As cargas elétricas de A, B e C, depois dos contatos,
são respectivamente -q +q
a) zero, zero e 13μC.
b) 7μC, 3μC e 5μC.
c) 5μC, 3μC e 5μC.
A B
d) 6μC, 7μC e zero
e) todas iguais a 4,3μC.
Sobre a carga Q, é CORRETO afirmar que:
a) permanecerá em repouso, se for colocada no meio
37. (UFMG) Duas cargas elétricas idênticas estão fixas, do segmento AB.
separadas por uma distância L. Em um certo instante, b) ela se moverá para a direita, se for colocada no meio
uma das cargas é solta e fica livre para se mover. do segmento AB.
Considerando essas informações, assinale a
c) ela se moverá para a direita, se for colocada à
alternativa cujo gráfico melhor representa o módulo esquerda de A.
da força elétrica F, que atua sobre a carga que se
d) permanecerá em repouso, se for colocada à direita
move, em função da distância d entre as cargas, a
de B.
partir do instante em que a carga é solta.

a) c)
40. (MACKENZIE) Duas esferas metálicas idênticas,
separadas pela distância d, estão eletrizadas com
cargas elétricas Q e –5Q. Essas esferas são
colocadas em contato e em seguida são separadas
de uma distância 2d. A força de interação eletrostática

entre as esferas, antes do contato tem módulo F1 e


d) F1
b) após o contato tem módulo F2 . A relação F é:
2

a) 1 b) 2
c) 3 d) 4
e) 5

134 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

41. (UFMG) Duas pequenas esferas isolantes . I e II ., 43. (UFJF) Duas cargas puntiformes, A e B, estão
eletricamente carregadas com cargas de sinais separadas por uma distância r. Em seguida, a
contrários, estão fixas nas posições representadas distância entre as cargas passa a ser 2r. A figura
nesta figura: abaixo mostra o que foi narrado. Os módulos das
cargas A e B são iguais a Q.

A carga da esfera I é positiva e seu módulo é maior


que o da esfera II. Guilherme posiciona uma carga
pontual positiva, de peso desprezível, ao longo da
linha que une essas duas esferas, de forma que ela
fique em equilíbrio. Considerando-se essas
informações, é CORRETO afirmar que o ponto que
melhor representa a posição de equilíbrio da carga Considere que a constante eletrostática do meio em
pontual, na situação descrita, é o que estão as cargas vale K. Com base nessas
a) R. b) P. c) S. d) Q. informações, é CORRETO afirmar que o módulo da
variação da força eletrostática entre as cargas A e B,
quando a distância é modificada de r para 2r, é:
42. (FUVEST) Duas barras isolantes, A e B, iguais,
a) (3KQ²)/(4r²). c) (KQ²)/(r²).
colocadas sobre uma mesa, têm em suas
extremidades, esferas com cargas elétricas de b) (KQ²)/(2r²). d) (KQ²)/(4r²).
módulos iguais e sinais opostos. A barra A é fixa, mas
a barra B pode girar livremente em torno de seu centro 44. (FUVEST) Um pequeno objeto, com carga elétrica
O, que permanece fixo. Nas situações I e II, a barra B positiva, é largado da parte superior de um plano
foi colocada em equilíbrio, em posições opostas. inclinado, no ponto A, e desliza, sem ser desviado,
até atingir o ponto P. Sobre o plano, estão fixados 4
pequenos discos com cargas elétricas de mesmo
módulo. As figuras representam os discos e os sinais
das cargas, vendo-se o plano de cima. Das
configurações abaixo, a única compatível com a
trajetória retilínea do objeto é

a) d)
Considere as seguintes situações de equilíbrio: após
o sistema ser levemente deslocado de sua posição
inicial
Estável  tende a retornar ao equilíbrio inicial;
Instável  tende a afastar-se do equilíbrio inicial;
b) e)
Indiferente  permanece em equilíbrio na nova posição.

Para cada uma dessas duas situações, o equilíbrio


da barra B pode ser considerado como sendo,
respectivamente,
a) indiferente e instável. c)

b) instável e instável.
c) estável e indiferente.
d) estável e instável.

P R É - V E S T I B U L A R
135
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

45. (UFSC) Uma placa de vidro eletrizada com carga 47. (UFU) Três cargas estão fixas em um semi-círculo
positiva é mantida próxima a uma barra metálica de raio R que está centrado no ponto P, conforme
isolada e carregada com carga +q, conforme mostra ilustra figura a seguir.
a figura a seguir.
barra metálica placa de vidro
+ + + + +
+ + + + +
+ + + +
suporte
isolante

Deseja-se colocar uma quarta carga q’ no ponto P,


É CORRETO afirmar que: de modo que essa fique em repouso. Supondo que
01. se a barra for conectada ao solo por um fio condutor, a carga q’ tenha o mesmo sinal de q, o valor do
a placa de vidro for afastada e, a seguir, a ligação ângulo θ ?para que a carga q’ fique em repouso
com o solo for desfeita, a barra ficará carregada deverá ser:
negativamente. a) θ = π/3.
02. se a barra for conectada ao solo por um fio condutor b) θ = π/4.
e, a seguir, for desconectada novamente, com a placa c) θ = π/2.
de vidro mantida próxima, a placa de vidro ficará
d) θ = π/6.
neutra.
04. se a placa de vidro atrair um pequeno pedaço de
cortiça suspenso por um fio isolante, pode-se concluir 48. (FCMMG) Duas pequenas esferas metálicas
que a carga da cortiça é necessariamente negativa. idênticas, separadas de uma distância estão
carregadas com a mesma quantidade de carga
08. se a placa de vidro repelir um pequeno pedaço de
elétrica q e estão interagindo com uma força F.
cortiça suspenso por um fio isolante, pode-se concluir
Assinale a alternativa cuja figura melhor representa a
que a carga da cortiça é necessariamente positiva.
força de interação entre as mesmas esferas,
16. nas condições expressas na figura, a carga +q da separadas pela mesma distância , mas, agora
barra metálica distribui-se uniformemente sobre toda carregadas com cargas 4q e 3q.
a superfície externa da barra.
a)

b)
46. (UFSCAR) Considere dois corpos sólidos envolvidos
em processos de eletrização. Um dos fatores que
pode ser observado tanto na eletrização por contato
quanto na por indução é o fato de que, em ambas,
a) torna-se necessário manter um contato direto entre
os corpos. c)
b) deve-se ter um dos corpos ligado temporariamente a
um aterramento.
c) ao fim do processo de eletrização, os corpos
adquirem cargas elétricas de sinais opostos.
d)
d) um dos corpos deve, inicialmente, estar carregado
eletricamente.
e) para ocorrer, os corpos devem ser bons condutores
elétricos.

136 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

49. (CEFET) A figura representa duas cargas puntuais 51. (PUC–SP) Uma carga puntiforme e livre Q acha–se
de mesmo módulo e sinal, mantidas fixas em pontos no centro do quadrado mostrado na figura. Nos vértices
eqüidistantes de um ponto P. Um elétron é lançado do quadrado são fixadas as cargas A, B, C e D. A
ao longo da linha YX, no sentido de X para Y. carga Q não entra em movimento se

C B

D A

a) A=B≠C=D
b) A = –C e B = D
Considerando-se apenas as forças de origem
c) A = 2C e B = 2D
elétrica, o movimento da partícula, ao se aproximar
do ponto P, é ________________ e, ao se afastar, é d) A = B = C = 2D
________________ . e) A=C≠B=D
A alternativa que preenche, correta e respectivamente,
as lacunas é 52. Uma esfera carregada de massa m, está suspensa
a) uniforme, uniforme. por um fio inextensível e sem massa. Uma força elétrica
b) acelerado, uniforme. age horizontalmente sobre ela mantendo o equilíbrio
quando o fio faz um ângulo de 45° com a vertical.
c) retardado, acelerado.
Sabendo que g é a aceleração da gravidade, podemos
d) acelerado, retardado. afirmar que
e) retardado, retardado.

a) a força elétrica tem intensidade muito maior que o peso


50. (UFF) Numa experiência de eletrostática realizada no da esfera.
laboratório didático do Instituto de Física da UFF duas b) a força elétrica tem intensidade igual ao dobro do peso
bolas idênticas são penduradas por fios isolantes da esfera.
muito finos a uma certa distância uma da outra. Elas
c) a tensão no fio é 2 mg.
são, então, carregadas eletricamente com
quantidades diferentes de carga elétrica de mesmo d) a tensão no fio é 2 mg.
sinal: a bola I (bola roxa) recebe 8 unidades de carga e) a tensão no fio é 3 mg.
e a bola II (bola azul) recebe 2 unidades de carga.
Escolha o diagrama que representa corretamente as 53. (PUC-MG) Duas cargas elétricas iguais estão
forças de interação entre as bolas. separadas por uma distância de 1 mm. A força de
a) repulsão entre elas vale 1,0 x 10–4 N. Quando a
distância entre elas for de 0,5 mm, a força de repulsão,
em newtons, será de
b)
a) 0,25 x 10–4
b) 2 x 10–4
c)
c) 2,5 x 10–4
d) 3 x 10–4
d)
e) 4 x 10–4

e)

P R É - V E S T I B U L A R
137
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

54. (FCM) Duas cargas 1 e 2, idênticas, estão a uma 57. (UFMG) Observe a figura:
distância 2r como mostra a figura abaixo:

nessa situação, a força de interação elétrica em cada Uma carga elétrica puntual + Q encontra–se fixada
uma delas vale, em módulo, F. Deslocando–se a carga sobre uma mesa isolante, conforme mostrado na figura.
1 para o ponto P, a força de interação em cada uma Um pequeno corpo C eletrizado com uma carga
das duas cargas passa a valer também positiva +q, é abandonado sobre a mesa,
a) 1/2 F nas proximidades de +Q. Em virtude da repulsão
b) 1/4 F elétrica entre as cargas, o corpo C se desloca em linha
reta sobre a mesa. Considere que a força resultante
c) 2/3 F
que atua sobre C é devida apenas à carga Q. Sendo
d) 1/3 F  
a sua aceleração e v sua velocidade, pode–se
e) 4/9 F afirmar que, enquanto C se desloca,
 
a) | a | diminui e | v | aumenta.
   
55. (FCM) F1 e F2 são forças de interação entre duas b) | a | diminui e | v | diminui.
pequenas esferas que possuem cargas elétricas +Q1  
c) | a | aumenta e | v | aumenta.
e +Q2 , sendo Q1 > Q2 . Sobre essas forças a afirmação  
d) | a | aumenta e | v | não varia.
CORRETA é  
e) | a | não varia e | v | aumenta.
a) F1 = F2 , possuem a mesma direção e sentidos
contrários e cada uma está aplicada em uma esfera.
b) F1 > F2 porque Q1 > Q2 e em cada esfera está 58. (UFMG) Um corpo possui carga elétrica de 1,6 μC.
aplicada a resultante dessas forças. Sabendo–se que a carga elétrica fundamental é
1,6 x 10–19 C, pode-se afirmar que no corpo há uma
c) F1 < F2 porque Q1 > Q2 e em cada esfera está
falta de aproximadamente
aplicada a resultante dessas forças.
  a) 1018 prótons
d) F1 e F2 , possuem direções diferentes e por isso não
se equilibram. b) 1013 elétrons

e) F1 = F2 , têm mesma direção e sentidos contrários e c) 1019 prótons


por isso se equilibram. d) 1019 elétrons
e) 1023 elétrons
56. (UFMG) Um próton e um elétron são abandonados
entre duas placas eletrizadas, onde existe um campo 59. (UFRN) Se q1 e q2 forem duas cargas elétricas, para a
elétrico uniforme. Suponha que
 sobre essas partículas
 situação esquematizada necessariamente ter-se-á
atuem apenas as forças Fp (no próton) e Fe (no

elétron) exercidas pelo campo elétrico e sejam ap e

ae as acelerações que elas adquirem. Considerando–
se os módulos das forças e das acelerações
mencionadas, pode–se afirmar que
a) q1 = q2
a) Fp = Fe e ap = ae
b) q1 = –q2
b) Fp = Fe e ap < ae
c) q1 . q2 < 0
c) Fp > Fe e ap > ae
d) q1 . q2 > 0
d) Fp > Fe e ap < ae
e) q1 > 0, q2 > 0
e) Fp < Fe e ap = ae

138 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

60. (Cesgranrio-RJ) Seja F a força de repulsão entre duas a) é maior que no primeiro caso.
partículas de mesma carga q, separadas por uma b) é menor que no primeiro caso.
distância r. Assim, qual das figuras abaixo melhor ilustra
c) é igual à do primeiro caso.
as forças de repulsão entre duas partículas de cargas
2q e 3q, separadas pela mesma distância? d) torna-se nula.
e) transforma-se em força de atração.

a)
63. Na situação representada na figura, a carga q3 está
em equilíbrio sob a ação das forças elétricas exercidas
b) por q1 e q2. Podemos então afirmar

c)

d) a) q1 e q2 são positivas, e q2 = 2 q1.


b) q1 e q2 são positivas, e q2 = 4 q1.
e) c) q1 e q2 são negativas, e q2 = 4 q1.
d) q1 e q2 possuem sinais diferentes, e q2 = – 4 q1.
e) q1 e q2 possuem mesmo sinal, e q2 = 4 q1.
61. (Fuvest-SP) Um objeto A, com carga elétrica +Q e
dimensões desprezíveis, fica sujeito a uma força de
intensidade 20.10–6 N quando colocado em presença 64. Três pequenas esferas isoladas, carregadas com
de um objeto idêntico, à distância de 1,0 m. Se for cargas idênticas, estão localizadas como mostra a
colocado na presença de dois objetos idênticos, como figura. A força (resultante) exercida sobre a esfera B
indica a figura, fica sujeito a uma força de intensidade pelas esferas A e C é de 27 N. Qual a força (resultante)
aproximadamente igual a exercida sobre a esfera C?

a) 40 N
b) 32 N
c) 36 N
d) 27 N
e) 9,0 N

65. (Fuvest-SP) Três objetos com cargas elétricas


idênticas estão alinhados como mostra a figura. O
a) 40,0 . 10–6 N
objeto C exerce sobre B uma força igual a
b) 10,0 . 10–6 N 3,0 . 10–6 N. A força elétrica resultante dos efeitos de A
c) 7,1 . 10–6 N e C sobre B é
d) 5,0 . 10–6 N
e) 14,1 . 10–6 N

62. (Combimed-RJ) Uma esfera eletrizada com carga +3q a) 2,0 . 10–6 N
é colocada a uma distância d de outra esfera b) 6,0 . 10–6 N
eletrizada, do mesmo diâmetro, com carga +q. Pondo-
c) 12 . 10–6 N
se as duas esferas em contato e depois afastando-as
da mesma distância d, a força de repulsão entre d) 24 . 10–6 N
elas e) 30 . 10–6 N

P R É - V E S T I B U L A R
139
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

66. A figura mostra três situações diferentes em relação a 68. Observe a figura que representa um triângulo
uma esfera metálica “A”. Em (1) vê-se que “A” está equilátero.
neutra e isolada de outros objetos. Em (2) uma esfera
“B”, eletrizada positivamente, é aproximada de “A”, e
em (3) a esfera “A”, ainda próxima de “B”, é ligada à
terra.

Nesse triângulo, três cargas elétricas puntuais de


mesmo valor absoluto estão nos seus vértices.
O vetor que melhor representa a força elétrica
resultante sobre a carga do vértice 1 é
a) ↑ b) ↓
I- as situações 1, 2 e 3 se constituem numa sequência
c) → d) ←
para a eletrização de “A” por indução.
e) ↑
II- seguindo a sequência 1, 2 e 3, não se consegue
eletrizar a esfera “A”, pois ao ser desligada da terra,
em (3), ela volta imediatamente à sua condição (1). 69. Um estudante atrita uma barra de vidro com um
III- com passos 1, 2 e 3 não se consegue eletrizar “A”, pedaço de seda e uma barra de borracha com um
pois não ocorre contato com a esfera “B”, carregada. pedaço de lã. Ele nota que a seda e a lã se atraem, o
mesmo acontecendo com o vidro e a borracha. o
IV- na situação (2), a esfera “A” já está eletrizada pela
estudante conclui que esses materiais se dividem em
presença da esfera “B”.
dois pares que têm cargas do mesmo tipo.
Com base nesses dados, pode-se afirmar que
São falsas apenas as afirmativas
a) a conclusão do estudante está errada.
a) II, III e IV. b) esses pares são o vidro com a borracha e a seda com
b) I, II e III. a lã.
c) II e III. c) esses pares são o vidro com a lã e a seda com a
d) I e II. borracha.
d) esses pares são o vidro com a seda e a borracha com
e) I e III.
a lã.

67. (U.F.VIÇOSA-MG) Duas cargas elétricas estão


70. (Unifor-CE) Três corpos A, B e C, inicialmente neutros,
dispostas nos pontos N e R da figura.
foram eletrizados. Após a eletrização verifica-se que
A e B têm cargas positivas e C tem carga negativa.
Assinale a alternativa que apresenta uma hipótese
possível a respeito dos processos utilizados para
eletrizar esses corpos
a) A e B são eletrizados por contato e, em seguida, C é
Uma carga q0, para que fique em equilíbrio, deve ser eletrizado por atrito com B.
colocada na posição b) A e B são eletrizados por atrito e, em seguida, C é
a) P d) Q eletrizado por contato com B.
b) O e) S c) B e C são eletrizados por atrito e, em seguida, A é
eletrizado por contato com B.
c) M
d) B e C são eletrizados por contato e, em seguida, A é
eletrizado por atrito com B.
e) A, B e C são eletrizados por contato.

140 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

71. Um professor mostra uma situação em que duas 73. (PUC-MG-2008) Duas esferas condutoras idênticas (1
esferas metálicas idênticas estão suspensas por fios e 2) têm, cada uma delas, uma carga Q. Uma terceira
isolantes. As esferas se aproximam uma da outra, como esfera idêntica, com um suporte isolante e inicialmente
indicado na figura. descarregada, é tocada primeiro com a esfera 1 e,
em seguida, com a esfera 2 e, então, removida.
As novas cargas nas esferas 1 e 2, são
respectivamente:
a) 3Q/4 e Q/2
b) 2Q/3 e 2Q/3
Três estudantes fizeram os seguintes comentários c) Q/2 e 3Q/4
sobre essa situação. d) Q/2 e 3Q/3
Cecília – uma esfera tem carga positiva, e a outra está e) Q/3 e Q/3
neutra;
Heolisa – uma esfera tem carga negativa, e a outra 74. ( UFAM-2008) Três cargas elétricas puntiformes A, B
tem carga positiva; e C, estão dispostas conforme a figura
Rodrigo – uma esfera tem carga negativa, e a outra
está neutra.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas Heloisa fez um comentário pertinente.


b) Apenas Cecília e Rodrigo fizeram comentários
Se a carga Q produz uma força de módulo F sobre a
pertinentes.
carga q situada em B, então o módulo da força
c) Todos os estudantes fizeram comentários pertinentes. produzida por Q sobre a carga 2q, situada em A é:
d) Apenas Heloisa e Rodrigo fizeram comentários a) F b) F/2
pertinentes.
c) 2F d) 2F/5
e) F/4
72. Uma régua de plástico está próxima de uma esfera
metálica leve, suspensa por um fio isolante. Verifica-
se que a esfera se aproxima da régua. Várias 75. (UNIFOR) Duas pequenas esferas metálicas, de
explicações podem ser dadas a este fato. massas desprezíveis, estão suspensas, em repouso,
por fios leves e isolantes. O sinal da carga de cada
1) A esfera tem carga negativa e a régua tem carga
esfera está indicado na figura e a ausência de sinal
positiva;
indica que a esfera está eletricamente neutra. Das
2) A esfera tem carga negativa e a régua está neutra; situações indicadas nas figuras são possíveis somente:
3) A esfera está neutra e a régua tem carga positiva;
4) A esfera e a régua têm cargas de mesmo sinal;
5) A esfera tem carga positiva e a régua está neutra.

A(s) explicação(ões) ERRADA(S) para tal fato é(são)


a(s) de número
a) 4
b) 4e5
c) 3, 4 e 5
d) 1e2

P R É - V E S T I B U L A R
141
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

a) I, II e III a) positiva, negativa e positiva


b) I, II, III e IV b) negativa, positiva e negativa
c) II, III e IV c) positiva, positiva e positiva
d) II, III, IV e V d) negativa, negativa e positiva
e) III, IV e V e) positiva, positiva e negative

76. (VUNESP) Um corpo A, eletricamente positivo, eletriza 80. Em dias secos, em ambientes acarpetados, é comum
um corpo B que inicialmente estava eletricamente as pessoas receberem pequenas descargas elétricas
neutro, por indução eletrostática. Neestas condições, ao tocarem em maçanetas e outros objetos metálicos.
pode-se afirmar que o corpo B ficou eletricamente. Isto se deve:
a) Positivo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo a) aos objetos metálicos, por serem bons condutores,
corpo absorverem facilmente energia elétrica e se
b) Positivo, pois elétrons do corpo foram para a Terra descarregarem ao serem tocados.
c) Negativo, pois prótons do corpo foram para a Terra b) ao corpo da pessoa, eletrizado pelo atrito com o
carpete, se descarregar nesses objetos.
d) Negativo, pois elétrons da Terra são absorvidos pelo
corpo c) aos metais se carregarem negativamente e os
dielétricos positivamente, gerando uma corrente
e) Negativo, pois prótons da Terra são absorvidos pelo
elétrica ao se fechar o circuito.
Corpo
d) aos objetos metálicos produzirem um aumento local
do campo elétrico, tornando-se eletrizados e causando
77. (UNIFOR) Se dois corpos inicialmente neutros são descargas ao serem tocados.
atritados, qual das alternativas abaixo indica a carga
e) aos carpetes, em ambientes secos e quentes, emitirem
final desses objetos após o atrito?
elétrons livres, carregando-se positivamente e
a) -3 mC e +3 mC descarregando-se pelo contato.
b) +2 mC e +2 mC
c) -1 mC e +2 mC 81. Um bastão de alumínio eletricamente neutro é fixado
d) -4 mC e +2 mC em suporte de plástico como indica a figura:

78. (UFSE) Um pedaço de papel higiênico e uma régua


de plástico estão eletricamente neutros, a régua de
plástico é, então, atritada com o papel higiênico. Após
o atrito, deve-se esperar que:
a) Somente a régua fique eletrizada
b) Somente o papel fique eletrizado
c) Ambos fiquem eletrizados com carga de mesmo sinal
e mesmo valo absoluto A extremidade A é atritada com um pedaço de tecido,
ficando eletrizada. O que se pode dizer com relação à
d) Ambos fiquem eletrizados com carga de sinal contrário
carga elétrica da extremidade B?
e mesmo valor absoluto.
a) Tem sinal oposto ao da carga elétrica de A, pois se
e) A carga elétrica do pela seja muito maior que a carga
carrega por indução.
elétrica da régua.
b) É nula, pois apenas a extremidade A foi atritada.
c) Tem o sinal oposto ao da carga elétrica de A, pois o
79. (UNIFOR-CE) Dois corpos X e Y são eletrizados por
bastão estava inicialmente neutro.
atrito, tendo o corpo X cedido elétrons a Y. Em seguida,
outro corpo, Z, inicialmente neutro, é eletrizado por d) É nula, pois o bastão está isolado pelo suporte.
contato com o corpo X. Ao final dos processos citados, e) Tem o mesmo sinal da carga elétrica de A.
as cargas elétricas de X, Y e Z são, respectivamente:

142 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

82. Quando se aproxima um bastão B, eletrizado a) de repulsão e tem módulo igual a 6,4 N
positivamente, de uma esfera metálica, isolada e b) de atração e tem módulo de 6,4 N
inicialmente descarregada, observa-se a distribuição
c) de repulsão e tem módulo igual a 1,6 N
de cargas representada na Figura 1.
d) de atração e tem módulo igual a 1,6 N
e) de repulsão e tem módulo igual a 6,4 · 108 N

85. (PUC-MG) Duas cargas elétricas, positivas, estão


separadas a uma distância d, no vácuo. Dobrando-se
a distância que as separa, a força de repulsão entre
Mantendo o bastão na mesma posição, a esfera é elas:
conectada à terra por um fio condutor que pode ser a) ficará divida por 2
ligado a um dos pontos P, R ou S da superfície da
b) ficará multiplicada por 2
esfera. Indicando por ( →) o sentido do fluxo transitório
(ϕ) de elétrons (se houver) e por (+), (-) ou (0) o sinal c) ficará dividida por 4
da carga final (Q) da esfera, o esquema que representa d) ficará multiplicada por 4
ϕ e Q é: e) não se alterará

86. Duas partículas, cada uma com carga elétrica positiva


q, estão colocadas nas posições A e B, conforme indica
a figura a seguir. Outra partícula, com carga elétrica
negativa -q, ocupa a posição C. A força elétrica exercida
sobre a carga em B, devido às cargas em A e C, tem
módulo 2F.
83. Uma esfera metálica, sustentada por uma haste
isolante, encontra-se em equilíbrio eletrostático com
uma pequena carga elétrica Q. Uma segunda esfera
idêntica e inicialmente descarregada aproxima-se dela,
até tocá-la, como indica a figura a seguir.

Se a carga que está em A for colocada na posição P,


a força elétrica exercida sobre a carga em B terá
módulo.
a) 1F b) 2F
c) 3F d) 4F
e) 5F
Após o contato, a carga elétrica adquirida pela
segunda esfera é:
87. As cargas Q 1 = 9μC e Q 3 =25μC estão fixas nos
pontos A e B. Sabe-se que a carga Q 2 =2μC está em
a) Q/2
equilíbrio sob a ação de forces elétricas somente na
b) Q posição indicada. Nestas condições
c) 2Q
d) nula

84. (Fuvest-SP) Duas partículas eletricamente carregadas


com cargas elétricas positivas de 8,0μC cada uma
a) x = 1 cm b) x = 2 cm
estão no vácuo, separadas por uma distância de 30
cm. A força de interação eletrostática entre elas é: c) x = 3 cm d) x = 4 cm
e) x = 5 cm

P R É - V E S T I B U L A R
143
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1 (UFRJ)
Um aluno montou um eletroscópio para a Feira de Ciências da escola,
conforme ilustrado na figura abaixo.

Na hora da demonstração, o aluno atritou um pedaço de cano plástico com


uma flanela, deixando-o eletrizado positivamente, e em seguida encostou-
o na tampa metálica e retirou-o. O aluno observou, então, um ângulo de
abertura α1 na folha de alumínio.
a) Explique o fenômeno físico ocorrido com a fita metálica.
b) O aluno, em seguida, tornou a atritar o cano com a flanela e o reaproximou
do eletroscópio sem encostar nele, observando um ângulo de abertura α2
. Compare α1 e α2, justificando sua resposta.

QUESTÃO 2 (UFV)
Deseja-se, dispondo do material ilustrado abaixo, carregar as esferas metálicas com cargas de mesmo módulo e
sinais opostos, sem encostar o bastão nas esferas. DESCREVA, em etapas, e apresentando as respectivas
ilustrações, o procedimento necessário para se atingir este objetivo.

Esfera 1 Esfera 2

Fio aterrado Bastão carregado


eletricamente
+++++++++++

Suportes isolantes

QUESTÃO 3 (UNICAMP)
Uma pequena esfera isolante de massa igual a 5×10-2 kg e
carregada com uma carga positiva de 5×10-7 C está presa ao teto
através de um fio de seda. Uma segunda esfera com carga
negativa de 5×10 -7 C, movendo-se na direção vertical, é
aproximada da primeira.

Considere k = 9 × 109 N.m2/C2.


a) CALCULE a força eletrostática entre as duas esferas quando a
distância entre os seus centros é de 0,5 m.
b) Para uma distância de 5×10-2 m entre os centros, o fio de seda se
rompe. DETERMINE a tração máxima suportada pelo fio.

144 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

QUESTÃO 4 (FUVEST–SP)
Um dos pratos de uma balança em equilíbrio é uma esfera
eletrizada A. Aproxima–se de A uma esfera B com carga
igual, mas de sinal contrário. O equilíbrio é restabelecido, isolante
colocando–se uma massa de 2,5 g no prato da balança. A A
figura ilustra a situação.
3 cm

Constante do meio k = 9 . 109 N . m2 / C2. B


2
Adote g = 10 m/s .

a) Qual a intensidade da força elétrica?


b) Qual o valor da carga de A?

QUESTÃO 5 (UFRJ)
Um bastão positivamente carregado é levado às proximidades de uma esfera condutora (de massa pequena),
suspensa por um fio isolante e flexível a um suporte, como mostra a figura. Para termos certeza de que a esfera está
carregada, é necessário que ela seja atraída ou repelida pelo bastão? Neste caso, qual é o sinal da carga da esfera?
Justifique sua resposta.

P R É - V E S T I B U L A R
145
Unidade I Eletrostática - Estrutura da Matéria e Lei de Coulomb FÍSICA II

ANOTAÇÕES:

146 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

UNIDADE II
CAMPO E POTENCIAL ELÉTRICO
1 – Noção de campo elétrico

2 – Representação de um campo elétrico

3 – O Vetor Campo Elétrico ( E )

4 – Movimento de cargas em um campo elétrico

5 – Níveis de energia e o potencial elétrico

6 – Cargas puntiformes

7 – Esferas condutoras

8 – Blindagem eletrostática

9 – Rigidez dialétrica

II. 1 - NOÇÃO DE CAMPO ELÉTRICO


A noção de Campo de Forças em Física é bastante frutífera e ajudou muito no desenvolvimento das idéias de
gravitação e eletromagnetismo. Um Campo é uma certa alteração produzida em pontos do espaço, que torna possível
a existência da aplicação de uma força. Assim, a presença de uma carga elétrica em um ponto qualquer do espaço
altera as propriedades elétricas dos outros pontos do espaço de tal forma a possibilitar que a carga exerça influência
sobre as demais cargas na região.
Apesar de não ser vista diretamente, a ação de um campo elétrico pode ser sentida por diversos processos. Por
exemplo: aproxime seu braço de um monitor de televisão que acabou de ser ligado. Você sentira que os pelos de seu
braço ficarão eriçados. Isso ocorre por causa da ação do campo elétrico dos elétrons que foram projetados na tela.
Outro experimento fácil e bem interessante é o seguinte: esfregue um pente de plástico nos cabelos (que devem
estar limpos e secos) e aproxime-o de um pequeno filete de água, como mostrado na figura a seguir.

Figura 15: filete de água sendo desviado pela


ação de um campo elétrico. Extraído de http://
br.geocities.com/saladefisica10/experimentos/
e70.htm em 22/01/2007

P R É - V E S T I B U L A R
147
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

A discussão central desse experimento é como a carga elétrica adquirida pelo pente modificou o espaço em torno
dele e esse fato permitiu ao pente aplicar uma força de atração nas moléculas de água (lembre-se de que as moléculas
de água são polares, o que facilita a ação).
É importante notar que o campo elétrico, apesar de não poder ser visto diretamente, não é uma entidade puramente
conceitual, criada pelos físicos como um mecanismo de aplicação de força. Ao contrário, ele tem uma existência física
e transporta energia e quantidade de movimento.

II. 2 - REPRESENTAÇÃO DE UM CAMPO ELÉTRICO


Uma vez que o campo elétrico não pode ser visto diretamente, é possível que sejam criadas formas de
representação. Para fazer isso, ficou estabelecido, como uma convenção, que a representação de um campo elétrico
qualquer deve ser feita por meio de linhas de força.
Só existe uma regra para o traçado de tais linhas: cada linha de força representa a trajetória seguida por uma
pequena carga positiva (chamada de carga de prova) abandonada na região onde há o campo elétrico.
Para cargas elétricas de tamanho muito pequeno, chamadas cargas puntiformes, as linhas de força serão
segmentos de reta radiais cujo centro é a posição da carga. Se a carga for positiva, as linhas de força são divergentes.
Se for negativa, convergentes.

Figura 16: linhas de força de cargas puntiformes.

No caso de haver duas cargas elétricas puntiformes de mesmo módulo, as linhas de força são deformadas de tal
forma que representem o campo elétrico resultante da ação das duas cargas simultaneamente.

Figura 17: linhas de força de cargas puntiformes de mesmo módulo. Note que o número de linhas que sai de uma carga é igual ao
número de linhas que chega na outra.

148 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

No caso de uma carga puntiforme possuir maior módulo que a outra, o número de linhas de força na carga de
maior módulo é maior que na outra.

Figura 18: linhas de força de cargas puntiformes de módulos diferentes. Há mais linhas na carga de maior módulo.

QUESTÃO RESOLVIDA
1. A figura a seguir mostra duas cargas elétricas puntiformes, A e B, e algumas linhas de força do campo
elétrico gerado por elas.

Após verem a figura, dois estudantes formularam as seguintes hipóteses.


Rafael: “ O módulo da carga de B é maior que o da carga de A.”
Júlia: “ Em todos os pontos mostrados na figura o campo elétrico é diferente de zero.”

Com base nessas informações, JULGUE as afirmativas dos dois estudantes.

Resolução:
A carga B é fonte de um maior número de linhas de força. Assim, o módulo de sua carga é maior que o de A.
Rafael acertou!
Em um ponto da reta que liga A e B, acima de A, é possível que os campos elétricos gerados por A e B
tenham módulos iguais. Como eles são opostos, nesse ponto o campo elétrico resultante é nulo. Júlia errou!

P R É - V E S T I B U L A R
149
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Há duas propriedades fundamentais das linhas de força.


A) A densidade de linhas de força é proporcional à intensidade do campo elétrico em certo ponto do espaço. Portanto,
para cargas elétricas puntiformes, as linhas de força se distanciam umas das outras, quanto mais afastada da
carga for a região considerada. Isso foi visto na figura 17, por exemplo. Já para o caso de um campo elétrico que
possui valor constante, chamado de campo elétrico uniforme, as linhas de força devem ser paralelas e igualmente
espaçadas umas das outras. A figura a seguir ilustra uma maneira de gerar um campo elétrico com essas
características. Nela, há duas placas eletrizadas com cargas de mesmo módulo e de sinais opostos. Na região
entre as placas o campo elétrico é uniforme.

Figura 19: na região central, as linhas de força são paralelas e igualmente espaçadas, o que indica a existência de um campo elétrico
uniforme.

B) Duas linhas de força nunca se cruzam. Como as linhas de força representam a trajetória de cargas de prova
positivas abandonadas na região em que há o campo elétrico, não é possível que as linhas se cruzem, pois não
é possível que uma mesma carga siga dois caminhos simultaneamente.

QUESTÕES RESOLVIDAS
2. Para cada uma das figuras a seguir, INDIQUE qual a relação entre os módulos das cargas elétricas.

Resolução:
Começando pela figura de cima à esquerda e seguindo no sentido horário temos:
Carga da esquerda é menor que a da direita
Carga da esquerda é menor que a da direita
Carga da direita é menor que a da direita
Carga da direita é menor que a da direita

150 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

3. Considere a figura a seguir que contém as linhas de força do campo elétrico. Os dois objetos mostrados
estão eletrizados. Considere que as cargas elétricas de C e D sejam, respectivamente, QC e QD.

Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que


a) QC < 0 e QD > 0.
b) QC > 0 e QD < 0.
c) QC . QD > 0.
d) QC . QD < 0.

Resolução:
As linhas de força saem da carga positiva e chegam ‘a negativa. Dessa forma, há, na figura, uma carga
positiva e a outra negativa. Assim, o produto das cargas é negativo. Não é possível determinar quem é
positivo e quem é negativo.

4. Um professor apresenta a figura abaixo aos seus alunos e pede que eles digam o que ela representa.

Andréa diz que a figura pode representar as linhas de campo elétrico de duas cargas elétricas idênticas.
Beatriz diz que a figura pode representar as linhas de campo elétrico de duas cargas elétricas de sinais
contrários.
Qual das estudantes fez um comentário correto?

Resolução:
Apenas a estudante Beatriz fez um comentário correto, pois as linhas de força saem de uma das cargas e
chegam ‘a outra.

II. 3 - O VETOR CAMPO ELÉTRICO ( E )


O campo elétrico é um tipo de campo chamado vetorial, uma vez que apresenta algumas propriedades, como a
orientação espacial. Por esse motivo, além da indicação sobre o intensidade desse campo (que está associada à
capacidade que uma carga possui de aplicar força elétrica em outras), deve-se indicar também a direção e o sentido
desse campo.

P R É - V E S T I B U L A R
151
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Por uma questão de coerência, leva-se em consideração o sentido das linhas de força para a identificação do
sentido do vetor campo elétrico. Dessa forma, a convenção para a determinação do vetor campo elétrico é a seguinte:
a orientação (direção e sentido) do vetor campo elétrico em certo ponto do espaço é a mesma da força elétrica
que atuaria em uma carga de prova (positiva) colocada nesse ponto.
Daí, decorre uma propriedade muito útil para o vetor campo elétrico: ele é sempre tangente à linha de força em
qualquer ponto do espaço.
Considere uma carga Q positiva que gera um campo elétrico no espaço ao seu redor. Como você já sabe, as
linhas de força são divergentes. O vetor campo elétrico, portanto, deve ser radial em relação à carga geradora e apontar
“para fora” dela. A figura a seguir ilustra esse fato.

Figura 20: representação de alguns vetores campo elétrico gerados por uma carga positiva.

Se a carga elétrica fosse negativa, a direção do vetor seria a mesma, mas o seu sentido seria invertido.

Figura 21: representação de alguns dos vetores campo elétrico gerados por uma carga negativa.

A direção do vetor campo elétrico é, portanto, radial em relação à carga geradora; e o sentido segue a seguinte
relação: (1) cargas positivas geram campo elétrico que aponta “para fora” delas; (2) cargas negativas geram campo
elétrico que aponta “para dentro” delas.

152 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Figura 22: representação do campo elétrico gerado por cargas positivas e negativas.

É possível que seja necessário determinar o campo elétrico resultante de uma série de cargas elétricas. Nesse
caso, você divide-se determinar o vetor campo elétrico de cada uma das cargas isoladamente e efetuar a soma vetorial.

Figura 23: três cargas elétricas geradoras de campo elétrico e seus respectivos campos elétricos em um ponto P do espaço. Para
determinar o campo elétrico resultante é necessário que os vetores sejam somados.

O vetor campo elétrico, além de ser determinado graficamente, pode ser determinado formalmente por meio de
uma equação matemática. A idéia central está associada à quantidade de força aplicada em uma carga prova colocada
em dada região do espaço.
A carga cujo campo elétrico será estudado recebe o nome de carga geradora. Para a determinação de seu
campo elétrico, uma segunda carga, q, chamada
carga de prova, será utilizada. Por convenção,
essa carga de prova tem o sinal positivo. Ela deve
ser colocada em um ponto do espaço qualquer.
Note, ela sofre a ação de uma força elétrica F. A
figura seguir exemplifica a situação.

Figura 24: representação do campo elétrico


gerado pela carga Q e uma carga de prova, q, sofrendo a
ação de uma força elétrica.

P R É - V E S T I B U L A R
153
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II


O vetor campo elétrico ( E ) é definido como sendo a razão entre a força, que é aplicada na carga de prova, e o
valor dessa carga. Assim:

 F
E=
q

No sistema internacional, a unidade do vetor campo elétrico é o Newton / Coulomb (N/C). A partir da análise dessa
unidade, é possível que você conclua que o significado físico do módulo do campo elétrico é a quantidade de força que
uma determinada carga consegue aplicar em uma carga de prova de valor unitário. Quanto maior a intensidade do vetor
campo elétrico, mais força a carga geradora consegue aplicar na carga de prova.

QUESTÃO RESOLVIDA
5. O que deve acontecer com o campo elétrico gerado por uma determinada carga elétrica puntiforme em um
ponto se, nesse ponto, a carga de prova for trocada por outra de módulo 2 vezes maior?

Resolução:
Se a carga de prova for duplicada, a força elétrica também será duplicada e, por isso, o vetor campo elétrico
no ponto continuará o mesmo. Veja que a carga de prova utilizada não influi no campo elétrico determinado.

II. 4 - MOVIMENTO DE CARGAS EM UM CAMPO ELÉTRICO


Uma carga elétrica qualquer, quando abandonada em certa região do espaço onde há um campo elétrico, sofre a
ação de uma força elétrica na mesma direção desse campo. No entanto, dependendo do sinal da carga, a força
elétrica pode ter o mesmo sentido ou o sentido oposto ao do campo elétrico. A seqüência de figuras a seguir mostra as
possíveis interações entre uma carga geradora (Q) e uma outra carga abandonada no campo elétrico (q).

Figura 25: situações possíveis entre duas cargas elétricas.

A análise da figura anterior mostra que as cargas positivas recebem força elétrica no mesmo sentido do campo
elétrico e cargas negativas no sentido oposto ao do campo elétrico. É importante lembrar que a aceleração adquirida
pela carga q será sempre no sentido da força nela aplicada.
Ao variar a distância entre as duas cargas, a intensidade da força elétrica também varia (lembre-se da Lei de

154 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Coulomb). Assim, para cada posição em que a carga q estiver, a intensidade do campo elétrico é diferente. Quando q
se aproximar de Q, a intensidade do campo elétrico aumenta. Quando q se afastar de Q, a intensidade do campo
elétrico diminui.
A figura a seguir mostra a mesma carga q abandonada em três diferentes
pontos de um campo elétrico uniforme. Esse campo elétrico é horizontal e aponta
da esquerda para a direita (sempre orientado da carga positiva para a negativa).
Sendo o campo elétrico uniforme, a força elétrica aplicada na carga q é a mesma
em qualquer ponto do espaço, não interessando se o ponto está mais próximo
da placa positivo ou da negativa. Isso pode ser deduzido a partir da análise da
definição do vetor campo elétrico, .

Figura 26: carga q abandonada em diferentes pontos do campo elétrico uniforme.

A análise do movimento seria a mesma, caso a carga q fosse negativa. O sentido de seu movimento, porém, seria
invertido em relação ao que está mostrado na figura anterior.

QUESTÃO RESOLVIDA
6. Uma interessante aplicação do campo elétrico é o funcionamento das impressoras a jato de tinta. A figura
mostra, esquematicamente, as partes principais de uma impressora a jato de tinta.

Durante o processo de impressão, um campo elétrico é aplicado nas placas defletoras de modo a desviar
as gotas eletrizadas. Dessa maneira as gotas incidem exatamente no lugar programado da folha de papel
onde se formará, por exemplo, parte de uma letra. Considere que as gotas são eletrizadas negativamente.
Para que elas atinjam o ponto P da figura, o vetor campo elétrico entre as placas defletoras é melhor
representado por

Resposta letra A

A gota de tinta está eletrizada negativamente e é desviada para cima. Por isso, a placa superior deve ser
positiva e a inferior, negativa. Assim, o vetor campo elétrico é dirigido de cima para baixo.

P R É - V E S T I B U L A R
155
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

II. 5 - NÍVEIS DE ENERGIA E O POTENCIAL ELÉTRICO


A partir do campo elétrico, é possível que haja a aplicação de uma força e, com isso, cargas elétricas podem ser
transportadas ao longo de uma região. Uma carga abandonada em uma região do espaço no qual há um campo
elétrico pode entrar em movimento. Objetos em movimento possuem uma forma de energia chamada energia cinética.
Acontece que a energia é algo que se conserva em todos os processos naturais. Portanto, a pergunta fundamental
a ser feita é: de onde veio a energia cinética adquirida pela carga? Pense um pouco a respeito. Para facilitar seu
raciocínio, imagine uma pedra levada até uma certa altura e em seguida abandonada. De onde vem a energia cinética
que ela vai adquirindo durante a queda?
O fato de haver uma força gravitacional entre a pedra e a Terra faz aparecer uma energia que está armazenada na
interação entre os dois corpos, chamada de energia potencial gravitacional. O mesmo processo acontece em
relação à interação elétrica. Quando há uma força elétrica entre duas cargas puntiformes, é possível associar uma
energia que está armazenada na interação entre elas, chamada de energia potencial elétrica (Ep). Essa energia
potencial pode ser determinada por

Q.q
EP = k
d

Na expressão, Q e q são as cargas que interagem, cujos valores algébricos devem ser considerados. Por isso, a
energia potencial pode ser positiva quando houver repulsão (cargas de mesmo sinal) ou negativa (cargas de sinais
opostos). Quanto mais afastadas as cargas, mais próximo de zero é o valor da energia potencial.
Dessa forma, entre dois pontos quaisquer de um campo elétrico, é possível que haja uma diferença entre as
energia potenciais adquiridas por certa carga. Essa diferença representa exatamente o trabalho necessário para
transportar a carga entre os dois pontos.
Considere uma carga elétrica q abandonada em uma região do espaço onde existe um campo elétrico criado por
Q e que se desloca de A para B devido à ação exclusiva da força elétrica.

rA
rB r
q
F
B A
nível zero da energia potencial (infinito)
Figura 27: representação da movimentação de uma carga de prova entre os pontos A e B.

Em cada ponto que a carga q estiver, podemos associar um número que estará relacionado com a energia potencial
do sistema. Esse número recebe o nome de potencial elétrico (V) e é definido, matematicamente, como sendo a razão
entre o trabalho realizado para transportar a citada carga de um ponto A até o infinito e o valor da carga transportada.

WA∞
VA =
q

A carga elétrica move-se entre dois pontos A e B, se houver entre eles uma diferença de potencial, pois, assim,
haverá a realização de trabalho por parte da força elétrica. Dessa forma, o trabalho realizado pela força elétrica no
deslocamento entre dois pontos A e B pode ser calculado por

WAB = q(VA − VB )

156 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Onde é chamada de diferença de potencial (d.d.p.) ou tensão elétrica. É exatamente por causa da diferença
de potencial entre dois pontos que uma carga elétrica entra em movimento.
A unidade do potencial no S. I. é:
joule
⎡⎣ V ⎤⎦ = = volt (V)
coulomb

Note que o potencial elétrico está relacionado com a quantidade de energia que uma carga elétrica possui em
um ponto qualquer de um campo elétrico. O potencial elétrico depende da posição ocupada por uma carga elétrica.
Uma unidade de energia muito utilizada em Física Nuclear é o elétron-volt, que corresponde ao trabalho realizado
sobre um elétron em uma d.d.p. de 1 volt. A relação entre o joule e o elétron-volt é a seguinte:

1eV = 1,6x10 −19 J

QUESTÃO RESOLVIDA
7. Uma carga elétrica de 3,0 C é levada de um ponto cujo potencial vale V1 = 150 V para um outro ponto de
potencial V2 = 30 V. Quanto de energia é gasto nesse transporte?

Resolução:
O trabalho realizado pela força elétrica é WAB = q.(VA - VB), onde a diferença de potencial é sempre calculada
pela diferença entre o potencial inicial e o final. Assim, teremos:
W1-2 = 3,0 x 10-6 (150 - 30) = 3,0 x 10-6 (120) = 360 x 10-6
W1-2 = 3,6 x 10-4 J

Quando uma carga ficar sujeita a um campo elétrico uniforme de módulo E, podemos estabelecer que a diferença
de potencial elétrico entre dois pontos A e B é dada por , onde “d” é a distância entre os pontos considerados. Daí a
existência de uma outra unidade para campo elétrico, equivalente ao N/C, chamada de V/m.

SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS

As figuras mostram cargas elétricas geradoras de campos elétricos.

A A

C C

B B

Item I Item II

Figura 28: representação de uma superfície equipotencial e algumas linhas de força do campo elétrico de duas cargas, uma positiva
e a outra negativa.

P R É - V E S T I B U L A R
157
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

De acordo com a definição de Energia Potencial Elétrica, é possível concluir que, se dois ou mais pontos estiverem
a uma mesma distância da carga geradora, seus potenciais elétricos serão idênticos. Nos itens I e II da figura acima, os
pontos A, B e C pertencem a uma esfera cujo centro coincide com a posição da carga Q, portanto, possuem o mesmo
potencial elétrico. A superfície composta pelos pontos que possuem o mesmo potencial é chamada de Superfície
Eqüipotencial. No caso de uma carga puntiforme, as eqüipotenciais serão esferas cujo centro é a própria carga. Em
relação a um campo elétrico uniforme, a superfície eqüipotencial é uma superfície plana e paralela às placas, cujo
tamanho é aproximadamente igual ao das placas.

Observações:
1. As linhas de força de um campo elétrico são perpendiculares à superfície eqüipotencial em todos os seus pontos.
2. O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga em uma trajetória qualquer depende exclusivamente
da carga elétrica e da diferença de potencial entre os pontos, não interessando qual foi o caminho seguido entre
esses pontos.
3. O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga ao longo de uma superfície eqüipotencial é nulo,
uma vez que não há diferença de potencial entre os pontos de saída e de chegada.

QUESTÕES RESOLVIDAS
8. Qual o motivo de as linhas de força serem perpendiculares às superfícies eqüipotenciais?

Resolução:
A explicação não é trivial. Recomendamos que seja apresentada como desafio à turma. Sabemos que não
há trabalho, quando uma carga elétrica é transportada em uma mesma eqüipotencial. Além disso, não há
trabalho quando a força é perpendicular ao deslocamento. As linhas de força indicam o sentido do campo
elétrico e, portanto, a direção da força elétrica. Por isso, elas devem ser perpendiculares às eqüipotenciais.

9. A figura abaixo representa um campo elétrico uniforme e algumas eqüipotenciais desse campo (representadas
pelas linhas pontilhadas).

Calcule:
A) A intensidade do campo elétrico entre as placas.
B) O trabalho realizado para transportar uma carga de 30 μC do ponto A até ao ponto C.

Resolução:
A) a diferença de potencial entre as superfícies eqüipotenciais A e C é, em módulo, igual a –120V; e a
distância entre elas, rAC = 3,0 m.
Como o potencial elétrico V = E.d, concluímos que a d.d.p. pode ser escrita como sendo:
VA - VC = E.dAC

158 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Onde a distância dAC é calculada em relação às duas eqüipotenciais.


Assim 120 = E.3,0
E = 40 N/C
B) O trabalho para transportar a carga citada entre essas duas eqüipotenciais é obtido da relação WAC =
q.(VA - VC) . Desta forma, WAC = 30 x 10-6 . 40 = 1200 x 10-6
WAC = 1,2 x 10-3 J
Note que o trabalho não depende do caminho seguido entre as eqüipotenciais.

CARGAS EM MOVIMENTO
I II
Na próxima figura, as cargas Q estão fixas e as cargas q podem mover-
+Q +q -Q +q
se em função da força aplicada pelo campo elétrico. São as quatro situações
possíveis em relação aos sinais de Q e q.

III IV
+Q -q -Q -q

Figura 29: representação das 4 formas de movimentação que uma carga de prova
tem se for abandonada em um campo elétrico

Nos itens I e II, a carga de prova é positiva e se movimenta, espontaneamente, no sentido dos menores potenciais
elétricos. Em I, afasta-se da carga Q positiva e em II se aproxima de Q negativa. Nos itens III e IV, a carga de prova é
negativa e, espontaneamente, migra para pontos de maior potencial. Em III, aproxima-se de Q positiva e em IV se afasta
de Q negativa.
Portanto, naturalmente as cargas positivas “procuram” pontos de menor potencial, enquanto que cargas negativas
migram para pontos de maior potencial. Essa noção é muito útil na Eletrodinâmica, em que temos de estudar a corrente
elétrica, ou seja, o que um fluxo ordenado de cargas elétricas que aparece por causa de uma diferença de potencial
elétrico aplicado a um condutor qualquer.

II. 6 - CARGAS PUNTIFORMES


Os conceitos apresentados para campo e potencial elétricos são gerais e podem ser aplicados em qualquer
situação. No entanto, as formulações matemáticas possuem certos campos de validade.
Particularmente, quando o estudo se restringir às cargas elétricas puntiformes, é possível fazer algumas
simplificações e/ou alterações nas equações.
Uma primeira formulação pode ser obtida a partir da substituição da lei de Coulomb na definição de campo
elétrico. Após operações simples, chega-se em uma expressão matemática igual à representada abaixo.

Q
E=k
d2
Nela, é possível concluir que há três fatores que influenciam na intensidade do campo elétrico gerado por uma
carga elétrica:

• o módulo da carga geradora ;


• a distância entre a carga geradora e o ponto considerado;
• o meio, representado pela constante eletrostática.

P R É - V E S T I B U L A R
159
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QUESTÕES RESOLVIDAS
10. Os pontos A, B, C e D da figura estão alinhados e separados por uma distância de um metro. O ponto A está
a um metro da carga Q, positiva, e o campo elétrico medido nele é de 144 N/C.

DETERMINE os módulos do campo elétrico nos pontos B, C e D.

Resolução:
O módulo do campo elétrico é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a carga geradora
e o ponto.
a distância entre Q e o ponto B é o dobro da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do campo
elétrico em B é 4 (22) vezes menor do que em A.
Assim, EB = 144/4 = 36 N/C
a distância entre Q e o ponto C é o triplo da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do campo
elétrico em B é 9 (32) vezes menor do que em A.
Assim, EC = 144/9 = 16 N/C
a distância entre Q e o ponto D é o quádruplo da distância entre A e Q. Dessa forma, a intensidade do
campo elétrico em B é 16 (42) vezes menor do que em A.
Assim, ED = 144/16 = 9 N/C

11. As cargas mostradas na figura, q1 e q2, são idênticas e estão fixas nas posições x = -a e x = +a,
respectivamente. A carga Q é positiva, está livre e pode ser colocada em qualquer ponto do espaço.

INDIQUE a região em que a carga +Q deve ser abandonada para permanecer em equilíbrio.

Resolução:
Para que a carga +Q fique em equilíbrio, a força resultante sobre ela deve ser nula. Isso irá acontecer no
ponto em que o campo elétrico resultante for nulo. Como as cargas fixas são idênticas, o campo elétrico
resultante será nulo no ponto médio do segmento que liga as duas cargas, ou seja, x = 0.

Além disso, o potencial elétrico gerado por uma carga elétrica puntiforme pode ser dado por
QQ
V=
V =K
Kr
r
Observações:
01 - Cargas positivas geram potenciais positivos e cargas negativas geram potenciais negativos. Lembre-se de
que, no cálculo do campo elétrico e da força elétrica, sempre considerávamos o módulo das cargas. A partir
de agora, iremos considerar o valor algébrico da carga elétrica.
02 - O potencial elétrico resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas é a SOMA ALGÉBRICA dos
potenciais individuais gerados pelas cargas ao seu redor.

160 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QB
12. Três cargas elétricas, Q A , Q B e Q C cujos módulos são,
respectivamente, a 1,0C, -2,0C e 3,0C estão próximas a um ponto X,
no vácuo, conforme mostra a figura a seguir.
2m
QC
Sendo K0 = 9,0 x 10 N.m /C , calcule:
9 2 2 3m

A) o potencial elétrico que cada carga gera, individualmente, no ponto X.


B) o potencial elétrico resultante no ponto X, devido à ação das três QA
cargas elétricas. X 1m

Resolução:
A) O potencial elétrico que cada carga elétrica gera no ponto X é dado por:
Q
V =K
r
Assim, teremos:

1,0 × 10 −6
VA = 9,0 × 109 = 9,0 × 103 V
1
( −2,0 × 10 −6 )
VB = 9,0 × 109 = −9,0 × 103 V
2
3,0 × 10 −6
VC = 9,0 × 109 = 9,0 × 103 V
3

B) O potencial elétrico resultante no ponto X será a soma algébrica dos potenciais que cada carga gera
neste ponto. Dessa forma:
Vresultante = VA + VB + VC = 9,0 x 103 + (-9,0 x 103) + 9,0 x 103
Vresultante = 9,0 x 103 V

II. 7 - ESFERAS CONDUTORAS


Considere uma esfera metálica eletrizada positivamente, como a da figura a seguir. Ao ser eletrizada, as
cargas elétricas em excesso ficarão em equilíbrio, quando estiverem dispostas em sua superfície externa. Dessa
maneira, há um campo elétrico em qualquer ponto externo à esfera, mas não há campo elétrico interno.

Figura 30: representação do campo elétrico de uma esfera condutora.

P R É - V E S T I B U L A R
161
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Para os pontos externos à esfera, o campo elétrico deve ser calculado considerando-se que toda a sua carga
está concentrada em seu centro. Veja o gráfico.

Figura 31: gráfico do campo elétrico em função da distância ao centro da esfera.

Se o campo elétrico é nulo no interior da esfera, não há movimento de cargas para lá. Dessa forma, não pode
haver uma diferença de potencial elétrico entre os pontos internos e da superfície. Portanto, o potencial elétrico da
esfera condutora em equilíbrio é constante. Para pontos externos, o potencial deve ser determinado de forma análoga
à determinação do campo elétrico.

O GERADOR DE VAN DER GRAAF

Uma aplicação muito interessante das características das esferas eletrizadas é o Gerador de Van der Graaf. Nele,
uma correia é posta em movimento (por manivela ou por motor elétrico) e, com isso, eleriza o equipamento. Na parte
superior, há uma cúpula (esfera oca de metal) que recobre a correia. A figura a seguir mostra o Gerador de Van der
Graaf.

Figura 32: visão de um Gerador de Van der Graaf.

Na parte superior do aparelho, há um coletor de cargas que as transfere para a cúpula. Com o funcionamento do
gerador, as cargas geradas no processo são acumuladas na cúpula, o que faz com que ela atinja potenciais elétricos
altíssimos. Alguns geradores desse tipo são utilizados em escolas e chegam e gerar 100.000V.
Com uma tensão tão grande, é possível atrair os pelos de seu braço, seus cabelos e vários objetos próximos.
Além disso, é conhecida a situação em que uma pessoa encosta no gerador e seus cabelos ficam eriçados.

162 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Figura 33: as cargas do gerador são parcialmente transferidas para a pessoa e por apresentarem cargas iguais, os cabelos
repelem-se e lavantam-se. Extraído de http://www6.cssmi.qc.ca/pdm/article.php3?id_article=513 em 22/01/2008.

II. 8 - BLINDAGEM ELETROSTÁTICA


O fenômeno, visto no item anterior, é bem mais geral. Antes de explorarmos conceitualmente, tente realizar
um experimento muito interessante: pegue um pacote de alumínio, desses que contem batata frita, coloque um
aparelho celular ligado dentro do pacote e tente ligar para ele.
Esse experimento revela facilmente a idéia central da blindagem, embora esse não seja o único fenômeno
presente. Caso não haja celulares disponíveis, você pode usar um rádio a pilha e uma grande peneira metálica.
Sintonize uma estação qualquer e coloque a peneira sobre o rádio.
Os condutores apresentam uma interessante propriedade, chamada de Blindagem Eletrostática, associada
ao fato de que campos elétricos externos a eles não conseguem passar para a parte interna. Assim, quando uma
pessoa permanece dentro de um corpo condutor (uma gaiola ou um automóvel, por exemplo) está protegida contra
qualquer campo elétrico externo que possa ser gerado.
Um outro experimento simples revela esse fenômeno. Na primeira figura, um objeto A é aproximado a um
pêndulo eletrostático e, como já foi estudado, há uma força de atração. Na segunda parte, uma gaiola condutora é
inserida de tal forma que o pêndulo fique totalmente inserido nela. Dessa vez, não há qualquer força entre os dois
corpos. O que você acha que iria acontecer, se a gaiola fosse de plástico?

Figura 34: experimento para demonstrar a Blindagem Eletrostática.

P R É - V E S T I B U L A R
163
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

A figura a seguir mostra um cabo coaxial, utilizado para a transmissão de


dados das chamadas TV a cabo. O condutor que transmite o sinal é o fio rígido
na parte mais interna. A parte branca é um isolante elétrico. Recobrindo-a, há
uma trança metálica cujo objetivo é produzir a blindagem eletrostática para o
sinal.

Figura 35: cabo coaxial.

II. 9 - RIGIDEZ DIELÉTRICA


Os diversos materiais podem ser divididos em condutores e isolantes elétricos. Assim, é comum a afirmação
de que os metais são condutores e a borracha, isolante. No entanto, essa classificação não é perfeita e imutável,
uma vez que a condução de corrente elétrica depende do valor do campo elétrico que é produzido em um determinado
corpo.
Para isolantes elétricos, há um valor máximo para o campo elétrico, chamado de Rigidez Dielétrica, a partir
do qual esse isolante passa a conduzir eletricidade. O valor da rigidez dielétrica depende de diversos fatores, como

1. Temperatura.
2. Espessura do dielétrico.
3. Tempo de aplicação da diferença de potencial
4. Taxa de crescimento da tensão.
5. Para um gás, a pressão é fator importante.

A tabela a seguir mostra alguns valores da rigidez dielétrica.


6
Material Rigidez dielétrica (x10 V/m)
Ar (1 atm) 3
Poliestireno 24
Papel 16
Pirex 14

Tabela 2: valores da rigidez dielétrica para diversos materiais.

Enquanto a rigidez dielétrica não for atingida, o


material comporta-se como um isolante. A partir do
momento em que a rigidez dielétrica é superada (diz-
se que houve quebra da rigidez dielétrica), o material
passa a comportar-se como um condutor.

Figura 36: experiência de Tesla para verificar descargas


elétricas. As descargas elétricas acontecem quando a rigidez
dielétrica do ar é quebrada

164 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

RAIOS, RELÂMPAGOS E TROVÕES

A seção anterior mostrou que os objetos que, normalmente, são isolantes elétricos podem ser transformados em
condutores de eletricidade, desde que seja aplicado neles um campo elétrico grande o suficiente. No caso do ar, o
campo elétrico que o faz conduzir eletricidade é da ordem de 3,0 x 106 N/C.
Esse fenômeno da quebra da rigidez dielétrica é verificado, por exemplo, na formação dos raios, em tempestades
elétricas. As nuvens, por um processo até hoje não descrito totalmente pela ciência, se eletrizam e acumulam uma
grande quantidade de carga elétrica. Isso faz com que elas promovam uma indução no solo que está abaixo delas. Cria-
se, então, um campo elétrico entre a nuvem e o solo. Com o passar do tempo, mais cargas elétricas se acumulam, o que
ocasiona o aumento progressivo do campo elétrico local. Quando o valor da rigidez dielétrica é superado, temos uma
forte descarga elétrica.

Figura 37: Descargas elétricas atmosféricas.

Os valores relacionados com um raio assustam:


A tensão elétrica de um raio está entre 100 milhões a 1 bilhão de volts.
A corrente elétrica é da ordem de 30 mil ampères, ou seja, a corrente utilizada por 30 mil lâmpadas de 100 W
juntas. Em alguns raios a corrente pode chegar a 300 mil ampères!
A temperatura no núcleo do raio atinge valores da ordem de 30.000 °C.
Um trovão intenso pode chegar a 120 decibéis, intensidade equivalente à que uma pessoa ouve nas primeiras
filas de um show de rock .
Uma das maneiras que temos de nos proteger das descargas elétricas atmosféricas é por meio dos pára-raios.
Esse dispositivo leva em conta uma interessante propriedade das cargas elétricas. Elas tendem a se acumular nas
regiões em que a área é menor, produzindo, nessas imediações, um campo elétrico mais intenso. A isso chamamos de
poder das pontas. O pára-raios é instalado no alto dos prédios e, pelo fato de produzir um campo elétrico mais intenso,
a rigidez dielétrica é quebrada em suas imediações.
Atribui-se a Benjamin Franklin, no século XVIII, a invenção do pára-raios. A figura a seguir satiriza um famoso
experimento a respeito da eletricidade atmosférica conduzido por esse cientista.

Figura 38: sátira do experimento feito por Franklin.

P R É - V E S T I B U L A R
165
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Na verdade, não se sabe se Benjamin Franklin de fato realizou esse experimento para demonstrar a natureza
elétrica dos raios. Escritos do próprio cientista demonstram que ele sabia dos riscos de tal experiência, que consistia
em empinar pipas com uma chave amarrada na linha (a linha era revestida com material levemente condutor). Nesse
processo, a chave ficava eletrizada e, ao aproximar a mão dela, faíscas saltavam.
Ao contrário do que muita gente pensa, o fato de você estar protegido das descargas elétricas dentro de um
automóvel não se deve ao fato de os pneus serem isolantes elétricos. São dois motivos que se ajudam. O primeiro é a
blindagem eletrostática, uma vez que a lataria do carro é condutora elétrica e isso ocorre quando a distribuição de
cargas torna-se estática. O outro motivo, mais importante, está relacionado com a penetração do campo elétrico em
metais e exige uma formulação matemática além do que é tratado no ensino médio. Portanto, não vamos trabalhar com
isso.

Figura 39: desenho de uma descarga elétrica passando pelo carro e escoando para o chão.

QUESTÕES RESOLVIDAS
13. Como o raio pode danificar os eletrodomésticos de uma casa mesmo que os aparelhos estejam desligados?

Resolução:
Quando um raio atinge um fio de alta tensão, transmite quantias enormes de carga elétrica para aquele fio.
Essas cargas iguais repelem-se umas as outras e se distribuem rapidamente por todo o fio. Se esse fio
entrar em sua casa, as cargas fluirão até qualquer dispositivo, como interruptores ou tomadas. Se o interruptor
estiver desligado, a carga dará uma parada, pelo menos temporariamente.
O que passa a importar, então, é quanta carga elétrica entra no dispositivo. O interruptor aberto bloqueia a
passagem de eletricidade normal, mas, como a carga elétrica se acumula em um lado do interruptor, a
voltagem naquele ponto sobe muito. Quando a voltagem ficar alta o bastante, como acontece facilmente
depois da queda de um raio, as cargas podem saltar no ar e viajar para o outro lado do interruptor, mesmo
que os dois lados não se toquem. Como resultado desse movimento de cargas elétricas pelo ar, forma-se
um arco elétrico. Se essa corrente exceder o que o aparelho pode tolerar, ela irá fluir incontrolavelmente
atraves dele, podendo atingir e destruir componentes sensíveis e danifica-lo irreversivelmente.

166 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

14. Se há tanta energia associada a um raio, porque não utilizamos essa energia em nossas residências?

Resolução:
Em geral, a maior parte da energia de um raio é dissipada sob forma de luz, som e calor. A parcela que
é, realmente, energia elétrica, gira em torno de 250 kWh, o equivalente ao consumo mensal de uma
residência de classe média.

15. Como saber a que distância caiu o raio?

Resolução:
Podemos considerar que o relâmpago (clarão) é instantâneo, ou seja, tão logo houve o raio, a luz já
chegou aos nossos olhos. Quando você vir o raio, conte o tempo em segundos até ouvir o trovão
(barulho). Divida o tempo obtido por três e você terá, aproximadamente, a distância em quilômetros
desejada.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. A reprodução de muitas plantas depende de insetos, abelhas por exemplo, que levam pólen de uma flor para a
outra. As abelhas ficam positivamente carregadas ao voar, tornando-se capazes de coletar eletricamente o
pólen, que é levemente condutor e está, inicialmente, neutro. A antera (em que fica o pólen) indicada na figura
é eletricamente isolada. Quando uma abelha se aproxima da antera, um grão de pólen é atraído e faz contato
com seu corpo.

Usando essas informações, RESPONDA:


a) o campo elétrico produzido pela abelha é uniforme? JUSTIFIQUE a sua resposta.
b) qual o sinal da carga adquirida pelo pólen após tocar na abelha?
JUSTIFIQUE a sua resposta.

2. Meteorologistas mediram a distribuição de cargas elétricas no interior


das nuvens de tempestade, chamadas de “cúmulos nimbos”, e
encontraram um perfil para essa distribuição de cargas semelhante ao
mostrado na figura abaixo. Nessa figura, é mostrado ainda o solo sob
a nuvem, que fica carregado positivamente por indução, além dos pontos
X, Y, Z e W em destaque.

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167
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

Desse modo, entre a parte superior e a parte inferior da nuvem, bem como entre a parte inferior da nuvem e o
solo, são produzidos campos elétricos da ordem de 100N/C. Considere que um elétron foi abandonado no
ponto Y e ficou sujeito a, apenas, duas forças: seu peso e a força eletrostática aplicada pelo campo elétrico da
região. A massa de um elétron é de 9x10-31 kg e a aceleração da gravidade é g = 10m/s².
Com base nessas informações,
a) DESENHE as linhas de força dos campos elétricos entre os pontos X e Y e entre Z e W.
b) CALCULE a intensidade da força eletrostática que atua no elétron que foi abandonado no ponto Y.
c) DESCREVA o movimento do elétron que foi abandonado no ponto Y.

ANOTAÇÕES:

168 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QUESTÕES PROPOSTAS

1. (UFLA) Placas metálicas eletrizadas são utilizadas 3. (UFMG) Na figura, um elétron desloca-se na direção
para acelerar e/ou defletir feixe de elétrons em x, com velocidade inicial V0 . Entre os pontos x1 e x2
cinescópios (tubo de TV). Duas placas metálicas , existe um campo elétrico uniforme, cujas linhas
eletrizadas e distantes 1 cm uma da outra geram um de força também estão representadas na figura.
campo elétrico de 3.104 N/C. Uma carga elétrica q =
3.10-8 C é colocada nesse campo e se realiza um
trabalho eletrostático de 9.10-6 J. Pode-se afirmar que,
devido a esse trabalho, a carga elétrica sofre um
deslocamento de
a) 1.10-3 m d) 5.10-3 m
b) 10.10-3 m e) 27.10-2 m
c) 18.10-3 m
Despreze o peso do elétron nessa situação.
Considerando a situação descrita, assinale a
2. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas
alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo
da eletrostática foi a invenção da impressora a jato
da velocidade do elétron em função de sua posição
de tinta. Esse tipo de impressora utiliza pequenas
x.
gotas de tinta, que podem ser eletricamente neutras
ou eletrizadas positiva ou negativamente. Essas
gotas são jogadas entre as placas defletoras da
impressora, região onde existe um campo elétrico
uniforme E , atingindo, então, o papel para formar
as letras. A figura a seguir mostra três gotas de
tinta, que são lançadas para baixo, a partir do
emissor. Após atravessar a região entre as placas,
essas gotas vão impregnar o papel. (O campo
elétrico uniforme está representado por apenas uma
linha de força.)

EMISSOR
DE GOTAS PLACA

PLACA

PAPEL

3 2 1

Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1,


a 2 e a 3 estão, respectivamente,
a) carregada negativamente, neutra e carregada
positivamente.
b) neutra, carregada positivamente e carregada
negativamente.
c) carregada positivamente, neutra e carregada
negativamente.
d) carregada positivamente, carregada negativamente
e neutra.

P R É - V E S T I B U L A R
169
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

4. (UFMG) A figura mostra duas esferas carregadas 6. (UFRGS) A figura abaixo representa, em corte, três
com cargas de mesmo módulo e de sinais contrários, objetos de formas geométricas diferentes, feitos de
mantidas fixas em pontos eqüidistantes do ponto material bom condutor, que se encontram em
O. repouso. Os objetos são ocos, totalmente fechados,
e suas cavidades internas se acham vazias. A
superfície de cada um dos objetos está carregada
com carga elétrica estática de mesmo valor Q.

Considerando essa situação, é CORRETO afirmar


que o campo elétrico produzido pelas duas cargas
Em quais desses objetos o campo elétrico é nulo
a) não pode ser nulo em nenhum dos pontos marcados.
em qualquer ponto da cavidade interna?
b) pode ser nulo em todos os pontos da linha XY.
a) Apenas em I.
c) pode ser nulo nos pontos P e Q.
b) Apenas em II.
d) pode ser nulo somente no ponto O.
c) Apenas em I e II.
d) Apenas em II e III.
5. (UFMG) Em um experimento, o Professor Ladeira
e) Em I,II e III.
observa o movimento de uma gota de óleo,
eletricamente carregada, entre duas placas
metálicas paralelas, posicionadas horizontalmente. 7. (UNIMONTES) A figura abaixo mostra duas esferas
A placa superior tem carga positiva e a inferior, metálicas, A e B, em contato, inicialmente
negativa, como representado nesta figura: descarregadas, montadas em suportes isolantes.
Um bastão isolante, carregado com carga positiva,
é colocado perto da esfera A, se toca-la. Em
seguida, com o bastão na mesma posição, as duas
esferas são separadas. Sobre a carga final, em cada
uma das esferas, podemos afirmar que

B A
++
Considere que o campo elétrico entre as placas é ++
uniforme e que a gota está apenas sob a ação desse
campo e da gravidade. Para um certo valor do campo
elétrico, o Professor Ladeira observa que a gota cai
com velocidade constante. Com base nessa
situação, é CORRETO afirmar que a carga da gota
é
a) negativa e a resultante das forças sobre a gota não a) é positiva.
é nula.
b) é negativa.
b) positiva e a resultante das forças sobre a gota é
c) é positiva, na esfera A , e negativa, na esfera B.
nula.
d) é negativa, na esfera A , e positiva, na esfera B.
c) negativa e a resultante das forças sobre a gota é
nula.
d) positiva e a resultante das forças sobre a gota não
é nula.

170 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

8. (PUCMG) Uma placa isolante bem comprida tem d) As tiras de papel de seda são atraídas pelas
uma camada superficial de cargas positivas em uma superfícies interna e externa da lata, mantendo-se
face e outra camada de cargas negativas em outra fortemente presas .
face, como indicado na figura.

+ - 10. (UFF) Estão representadas, a seguir, as linhas de


força do campo elétrico criado por um dipolo.
+ -
+ -
A
+ B - C

+ -
+ -
+ -

Assim você conclui que, sendo A e C pontos


próximos à placa, a intensidade do campo elétrico:
a) é maior em A.
b) é maior em B. Considerando-se o dipolo, afirma-se:
c) é maior em C. (I) A representação das linhas de campo elétrico resulta
da superposição dos campos criados pelas cargas
d) é igual em todos os pontos.
puntiformes.
e) é nula em B.
(II) O dipolo é composto por duas cargas de mesma
intensidade e sinais contrários.
9. (Milton Campos) Um experimento muito comum (III) O campo elétrico criado por uma das cargas
para confirmar um fenômeno elétrico , denominado modifica o campo elétrico criado pela outra.
blindagem eletrostática , consiste na eletrização por
Com relação a estas afirmativas, conclui-se:
contato de uma lata metálica (de refrigerante ou
cerveja) apoiada numa placa de isopor. Antes da a) Apenas a I é correta.
eletrização, tiras de papel de seda devem ser fixadas b) Apenas a II é correta.
nas superfícies interna e externa da lata. c) Apenas a III é correta.
d) Apenas a I e a II são corretas.
e) Apenas a II e a III são corretas.

11. (CEFET) NÃO pode representar o campo elétrico,


em uma dada região, a figura:

a)

Durante a eletrização da lata é possível observar o b)


fenômeno descrito na alternativa
a) As tiras de papel de seda das superfícies interna e
externa da lata são repelidas e se levantam .
b) As tiras de papel da superfície externa são repelidas
e se levantam enquanto que as tiras da superfície
interna não se movem. c)

c) As tiras de papel da superfície interna são repelidas


e levantam enquanto que as tiras da superfície
externa não se movem.

P R É - V E S T I B U L A R
171
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

d) 14. (PUCMG) “Durante uma tempestade, as nuvens


mais baixas ficam eletrizadas _____________ e as
nuvens mais altas ____________. Entre elas vai
se estabelecer um ____________. Quando o
acúmulo de cargas aumenta nas nuvens, a
intensidade do campo aumenta até que ultrapassa
e) o valor da ____________. Nesse momento, um
enorme ___________ salta de uma nuvem para
outra. Esta centelha aquece o ar que se expande e
se propaga em forma de __________, originando o
___________.”
As palavras que completam ADEQUADAMENTE as
lacunas do período acima são, respectivamente:
12. (UFLA) Um corpo metálico está eletrizado com certa a) negativamente, positivamente, campo elétrico,
quantidade de carga. Três pequenas esferas rigidez dielétrica do ar, relâmpago, onda sonora,
metálicas idênticas A, B e C, sustentadas por trovão.
hastes isolantes, são postas em contato com o b) positivamente, negativamente, campo magnético,
corpo, nas posições indicadas na figura. O que rigidez dielétrica do ar, trovão, luz, relâmpago.
podemos afirmar sobre as cargas adquiridas pelos
c) negativamente, positivamente, campo elétrico, força
corpos A(QA), B(QB) e C(QC)?
elétrica, trovão, onda, relâmpago.
d) negativamente, positivamente, campo magnético,
a) QB = Q C força magnética, relâmpago, onda sonora, trovão.
B
b) QA < Q B
c) QC < Q B A 15. (PUCMG) Em um ponto A, situado a uma distância
C
d) QB = QA x de uma carga elétrica puntiforme, a intensidade
e) QB < QA do campo elétrico é de 500V/m e o potencial elétrico,
de 1,25x103V. A distância do ponto até a carga que
gerou o campo é de:
13. (FUVEST) Um feixe de elétrons, todos com mesma
a) 1,5m b) 2,5m c) 3,0m d) 3,5m
velocidade, penetra em uma região do espaço onde
há um campo elétrico uniforme entre duas placas
condutoras, planas e paralelas, uma delas carregada A esfera da figura, que está carregada
positivamente e a outra, negativamente. Durante positivamente, será utilizada nas questões 16
todo o percurso, na região entre as placas, os e 17. A partir do centro O da esfera, acham-se
elétrons têm trajetória retilínea, perpendicular ao situados os pontos A, B, C e D, tais que OA =
campo elétrico. Ignorando efeitos gravitacionais, AB = BC = CD = 1,0 cm.
esse movimento é possível se entre as placas
houver, além do campo elétrico, também um campo
magnético, com intensidade adequada e O A B C D
a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetória dos
elétrons.
b) paralelo e de sentido oposto ao do campo elétrico.
c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo 16. (PUCMG) Escolha a opção que contenha valores
elétrico. coerentes, numa mesma unidade, para os campos
elétricos nos pontos A, B, C e D, NESSA ORDEM:
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocidade dos
elétrons. a) 4,0; 3,0; 2,0; 1,0

e) paralelo e de mesmo sentido que o da velocidade b) 16,0; 9,0; 4,0; 1,0


dos elétrons. c) zero; zero; 3,0; 4,0
d) zero; zero; 16,0; 9,0
e) 4,0; 1,0; zero; zero

172 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

17. (PUCMG) Escolha a opção que contenha valores Analise as afirmativas e marque de acordo com o
coerentes para os potenciais elétricos, numa código.
mesma unidade, nos pontos A, B, C e D, NESSA I. A distância da placa positiva onde as duas partículas
ORDEM: irão se cruzar é proporcional ao módulo E do campo
a) 4,0; 3,0; 2,0; 1,0 elétrico.
b) 4,8; 4,8; 4,0; 3,0 II. A diferença de potencial entre as duas placas é Ed2.
c) zero; zero; 4,0; 3,0 III. O elétron se desloca no sentido dos potenciais
d) 4,8; 4,8; 4,8; 4,8 decrescentes.
e) zero; zero; zero; zero IV. A razão entre a aceleração do próton e a do elétron
é m/M.

18. (CEFET) A figura mostra duas cargas puntuais de


mesmo módulo e sinais contrários, mantidas em a) Somente IV é correta.
repouso, em pontos eqüidistantes do ponto P. b) Somente I e III são corretas.
c) Somente I e IV são corretas.
d) Somente II e III são corretas.

20. (FUVEST) Duas esferas metálicas A e B estão


Analisando-se o esquema, pode-se concluir que: próximas uma da outra. A esfera A está ligada à
Terra, cujo potencial é nulo, por um fio condutor. A
I. no ponto P, é nulo o _________elétrico;
esfera B está isolada e carregada com carga +Q.
II. as linhas de força do campo elétrico são sempre
_______________às superfícies eqüipotenciais;
III. quanto mais _______________ estiverem as linhas,
maior é a intensidade do campo nessa região.
A alternativa que preenche, respectivamente, as
lacunas, de forma correta, é
a) campo, paralelas, afastadas.
b) potencial, paralelas, próximas. Considere as seguintes afirmações:
c) campo, perpendiculares, próximas. I. O potencial da esfera A é nulo
d) potencial, perpendiculares, próximas. II. A carga total da esfera A é nula
e) potencial, perpendiculares, afastadas. III. A força elétrica total sobre a esfera A é nula

19. (UFU) Entre duas placas metálicas carregadas e Está correto apenas o que se afirma em
separadas por uma distância d, há um campo a) I
elétrico uniforme de módulo E. Um elétron (massa
b) I e II
m) sai da placa negativa ao mesmo tempo em que
um próton (massa M) sai da placa positiva. c) I e III
Despreza-se a força elétrica entre as duas d) II e III
partículas. e) I, II e III

P R É - V E S T I B U L A R
173
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

AS CONFIGURAÇÕES A, B E C, QUE 23. (PUCMG) Um elétron sofrerá a MENOR aceleração


REPRESENTAM QUATRO CARGAS DE MESMO quando posicionado em:
VALOR, SITUADAS NOS VÉRTICES DE UM a) B c) D
QUADRADO, CONFORME A FIGURA ABAIXO,
b) C d) F
SERÃO UTILIZADAS NAS QUESTÕES 21 E 22 .
A B
+ + + - 24. (PUCMG) Ainda com relação à mesma figura, dentre
os pontos listados a seguir, o que tem MENOR
potencial é:
a) B c) D
+ + - + b) C d) F
C
- +
25. (UFMT) Em relação às linhas do campo
eletrostático, é correto afirmar:

- +
a) Permitem obter a direção do deslocamento de uma
carga positiva submetida ao campo.
21. (PUCMG) Escolha a opção que contenha a b) Permitem obter a direção da aceleração de uma
configuração ou configurações em que o campo partícula carregada submetida ao campo.
elétrico no centro do quadrado tenha o MAIOR c) A quantidade de linhas pode ser calculada pelas
VALOR: leis do eletromagnetismo.
a) A d) B e C d) A força elétrica é proporcional à curvatura dessas
b) B e) A, B e C linhas.
c) C e) Estão direcionadas das cargas negativas para as
positivas.

22. (PUCMG) Escolha a opção que contenha a


configuração ou configurações em que o potencial 26. (UFV) A figura abaixo ilustra uma partícula com carga
elétrico no centro do quadrado tenha o MENOR elétrica positiva (Q), inicialmente mantida em
VALOR: repouso no ponto B, presa a uma linha isolante
inextensível. Esse conjunto se encontra numa região
a) A d) B e C
onde há um campo elétrico uniforme representado
b) B e) A, B e C pelo vetor .
c) C

A FIGURA ABAIXO SERVIRÁ PARA RESPONDER


ÀS QUESTÕES 23 E 24. NELA, A, B, C, D E E
SÃO PONTOS DE UM SEGMENTO DE RETA. O
SEGMENTO CF É PERPENDICULAR AO
SEGMENTO AE, E AS DISTÂNCIAS AB, BC, CD,
DE E CF SÃO TODAS IGUAIS. EM A EXISTE UMA
CARGA PUNTIFORME +Q E EM E EXISTE UMA
Supondo que, após a partícula ser abandonada, as
CARGA PUNTIFORME –Q.
únicas forças que atuam sobre ela são a força
ANALISE BEM A FIGURA E, APÓS LER BEM OS elétrica e a tensão na linha, é CORRETO afirmar
ENUNCIADOS, ESCOLHA A OPÇÃO CORRETA que a partícula:
PARA CADA QUESTÃO.
a) se moverá ciclicamente entre os pontos B e D,
F percorrendo a trajetória pontilhada da figura.
b) se moverá do ponto B para o ponto C, percorrendo
+Q –Q a trajetória pontilhada, e então permanecerá em
repouso no ponto C.
A B C D E

174 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

c) se moverá do ponto B para o ponto D, percorrendo 28. (UFRN) O tubo de imagem, também denominado
a trajetória pontilhada, e então permanecerá em cinescópio, é um elemento essencial no aparelho
repouso no ponto D. de TV tradicional. Ele possui um emissor de
d) se moverá em linha reta do ponto B para o ponto A elétrons, que são acelerados por campos elétricos
e então permanecerá em repouso no ponto A. em direção à parte interna da tela. Esta, ao ser
atingida, emite luz. Cada figura abaixo representa
e) permanecerá em repouso no ponto B.
um modelo simplificado de cinescópio. Nesses
modelos, é mostrada a trajetória de um elétron que
27. (FUVEST) Três grandes placas P1, P2 e P3, com, passa entre as placas de um capacitor carregado
respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q, geram com carga Q, entre as quais existe um campo
campos elétricos uniformes em certas regiões do elétrico E, e atinge a tela da TV. A opção de resposta
espaço. As figuras abaixo mostram, cada uma, que representa corretamente a direção do campo
intensidade, direção e sentido dos campos criados elétrico, E, entre as placas do capacitor e a trajetória
pelas respectivas placas P1, P2 e P3, quando vistas do elétron é:
de perfil.

a)

Colocando-se as placas próximas, separadas pela


distância D indicada, o campo elétrico resultante,
gerado pelas três placas em conjunto, é
representado por
a) b)

b)
c)

c)

d)

d)

e)

P R É - V E S T I B U L A R
175
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

29. (UFU) Uma pequena bolinha de metal, carregada 30. (PUCMG) Duas cargas pontuais (q1 e q 2) estão
com uma carga elétrica –Q, encontra-se presa por separadas entre si pela distância r. O campo elétrico
um fio no interior de uma fina casca esférica é zero em um ponto P entre as cargas no segmento
condutora neutra, conforme a figura a seguir: da linha reta que as une. É CORRETO concluir que:
a) q1 e q2 podem ter o mesmo valor e devem ter o
mesmo sinal.
b) P deve estar necessariamente mais próximo de uma
das cargas.
c) q1 e q2 devem ter sinais opostos e podem ter valores
diferentes.
d) q1 e q2 podem ter sinais opostos, mas devem ter o
mesmo valor.
A bolinha encontra-se em uma posição não
concêntrica com a casca esférica. Com base
31. (PUCMG) No início do século XX (1910), o cientista
nessas informações, assinale a alternativa que
norte-americano ROBERT MILLIKAN conseguiu
corresponde a uma situação física verdadeira.
determinar o valor da carga elétrica do ELÉTRON
a) Se o fio for de material isolante, a bolinha não trocará como q = –1,6 x 10–19C. Para isso colocou gotículas
cargas elétricas com a casca esférica condutora, de óleo eletrizadas dentro de um campo elétrico
porém induzirá uma carga total +Q na casca, a qual vertical, formado por duas placas eletricamente
ficará distribuída sobre a parte externa da casca, carregadas, semelhantes a um capacitor de placas
assumindo uma configuração conforme planas e paralelas, ligadas a uma fonte de tensão
representação abaixo. conforme ilustração a seguir.

b) Se o fio for de material condutor, a bolinha trocará


cargas elétricas com a casca esférica, tornando-se
neutra e produzindo uma carga total –Q na casca
esférica, a qual ficará distribuída uniformemente g = 10 m/s2
sobre a parte externa da casca, conforme
representação abaixo. Admitindo que cada gotícula tenha uma massa de
1,6 x 10–15 kg, assinale o valor do campo elétrico
necessário para equilibrar cada gota, considerando
que ela tenha a sobra de um único ELÉTRON (carga
elementar).

a) 1,6 x 104 N/C


b) 1,0 x 105 N/C
c) 2,0 x 105 N/C
c) Se o fio for de material isolante, haverá campo
d) 2,6 x 104 N/C
elétrico na região interna da casca esférica devido
à carga –Q da bolinha, porém não haverá campo
elétrico na região externa à casca esférica neutra.
d) Se o fio for de material condutor, haverá campo
elétrico nas regiões interna e externa da casca
esférica, devido às trocas de cargas entre a bolinha
e a casca esférica.

176 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

32. (UFF) O funcionamento do forno de microondas é a) P1 = elétrons, P2 = prótons e P3 = nêutrons.


baseado na excitação de moléculas polares (tais b) P1 = nêutrons, P2 = prótons e P3 = elétrons.
como de água e gorduras) por um campo elétrico
c) P1 = prótons, P2 = nêutrons e P3 = elétrons.
variável no tempo. Em um modelo simplificado essas
moléculas podem ser descritas como sendo d) P1 = nêutrons, P2 = elétrons e P3 = nêutrons.
constituídas por duas cargas elétricas pontuais (+q)
e (–q) separadas por uma distância fixa d. Considere 34. (UFRN) Meteorologistas mediram a distribuição de
uma molécula polar, inicialmente em repouso, na cargas elétricas no interior das nuvens de
presença de um campo elétrico E uniforme como tempestade, chamadas de “cúmulos nimbos”, e
representado na figura. encontraram um perfil para essa distribuição de
cargas semelhante ao mostrado na figura abaixo.
Nessa figura, é mostrado ainda o solo sob a nuvem,
que fica carregado positivamente por indução, além
dos pontos X, Y, Z e W em destaque.

Nessas condições podemos afirmar que esta


molécula:
a) terá movimento de rotação no sentido horário e de
translação no sentido do campo elétrico;
b) terá movimento de rotação no sentido anti-horário e Desse modo, entre a parte superior e a parte inferior
não terá movimento de translação; da nuvem, bem como entre a parte inferior da nuvem
e o solo, são produzidos campos elétricos da ordem
c) terá movimento de rotação no sentido horário e não
de 100V/m. Pode-se afirmar que o sentido do vetor
terá movimento de translação;
campo elétrico entre os pontos X e Y e entre os
d) terá movimento de rotação no sentido anti-horário e pontos Z e W é, respectivamente,
de translação no sentido oposto ao do campo
a) para baixo e para cima.
elétrico;
b) para cima e para baixo.
e) não terá movimento nem de rotação nem de
translação porque a cargas se anulam. c) para cima e para cima.
d) para baixo e para baixo.

33. (PUCMG) Uma fonte F emite partículas: prótons


elétrons e nêutrons que são lançados com uma 35. (CEFET) Uma esfera condutora oca de 0,50 m de
velocidade VO no interior de uma região onde existe raio está eletrizada e em equilíbrio eletrostático.
um campo elétrico uniforme conforme ilustrado na Sabe-se que o potencial a 1,0 m do centro da esfera
figura. Assinale a opção cujas partículas estão vale 9 x 10³ V. Então, o potencial e o campo elétrico
CORRETAMENTE apresentadas quando atingem o no centro da esfera valem, respectivamente, em V
anteparo nos pontos P1, P2 e P3. e V/m,
a) zero e zero.
b) 4,5 x 10³ e zero.
c) 4,5 x 10³ e 3,6 x 104.
d) 1,8 x 104 e zero.

P R É - V E S T I B U L A R
177
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

36. (UFRN) Uma célula de fibra nervosa exibe uma 37. (UCS) Uma carga elétrica q fica sujeita a uma força
diferença de potencial entre o líquido de seu interior elétrica de 4,0 mN ao ser colocada num campo
e o fluido extracelular. Essa diferença de potencial, elétrico de 2,0 kN/C. O valor da carga elétrica q em
denominada potencial de repouso, pode ser medida microcoulombs é de
por meio de microeletrodos localizados no líquido a) 4,0 d) 1,0
interior e no fluido extracelular, ligados aos terminais
b) 3,0 e) 0,5
de um milivoltímetro, conforme a Figura 1.
c) 2,0

38. (Med. Catanduva–SP) Um campo elétrico produzido


por uma carga elétrica negativa apresenta, no ponto
A, uma intensidade igual a 4 . 104 N/C. Uma carga
puntiforme negativa q = –2 . 10–7 C, colocada no
ponto A, será:
a) repelida com uma força de intensidade de 8 . 10–3
N.
b) repelida com uma força de intensidade de 2 . 10–3
Figura 1
N.
Num experimento de medida do potencial de repouso
c) atraída com uma força de intensidade de 2 . 10–3 N.
de uma célula de fibra nervosa, obteve-se o gráfico
desse potencial em função da posição dos eletrodos, d) atraída com uma força de intensidade de 8 . 10–3 N.
conforme a Figura 2. e) repelida com uma força de intensidade diferente das
mencionadas nos itens anteriores.

39. (PUCCAMP–SP) Nos E


D
vértices da base de um
triângulo localizam–se as
+q C
cargas elétricas +Q e –Q.
No terceiro vértice se
B
encontra uma carga +q.
A

A carga +q apresenta
+Q –Q
tendência de movimento na
direção e sentido melhor representados pela seta
a) A d) D
b) B e) E
c) C

40. (CESGRANRIO–RJ) Duas cargas puntuais distam


d uma da outra. Consideram–se os dois pontos M e
A partir dessas informações, pode-se afirmar que o N (ver figura 1) tais que OM = ON. Qual das seguintes
vetor campo elétrico, no interior da membrana celular, figuras representa corretamente o campo elétrico em
tem módulo igual a M e N?
a) 8,0 x 10-2 V/m e sentido de dentro para fora.
b) 1,0 x 107 V/m e sentido de dentro para fora. N

c) 1,0 x 107 V/m e sentido de fora para dentro. Figura 1

d) 8,0 x 10-2 V/m e sentido de fora para dentro.


d d
2 2
–q 0 +q M

178 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

a) b) c) P
N N (zero) N
a) F E

E P F
b)
–q 0 +q M –q 0 +q M –q 0 +q M
P F E
d) e) c)
P
(zero) N (zero) N
E F
d)
F P
e)
–q 0 +q M –q 0 +q M

41. (FUVEST–SP) Entre duas placas metálicas


horizontais existe uma região R em que o campo
elétrico é uniforme. A figura indica um corpúsculo de
massa m e carga q sendo projetado com velocidade 43. Um ponto P está situado à mesma distância de duas
v0 para o interior dessa região, sob ângulo θ de cargas, uma positiva e outra negativa, de mesmo
lançamento. Devido à ação simultânea do campo módulo.
elétrico e do campo gravitacional, enquanto o A opção que representa corretamente a direção e o
corpúsculo estiver na região R sua aceleração vetorial: sentido do campo elétrico criado por essas cargas,
no ponto P, é
– 
E
R

q + 
E
v0
q

a) varia de ponto para outro.


b) tem vetor componente paralelo às placas.
c) nunca pode ser nula. 
E
d) é sempre paralela a v0.

e) é independente do ângulo θ. E

42. (UFMG) Na figura abaixo, Q é uma carga puntual 44. Uma partícula carregada negativamente movimenta–

positiva e v representa a velocidade de um elétron se na horizontal, com velocidade constante, em uma
ao passar pelo ponto P, situado a uma certa distância região próxima à superfície da Terra como mostra a
de Q. Seja E o campo elétrico estabelecido por Q
 figura. A situação de equilíbrio dessa partícula
em P e F a força que este campo exerce sobre o (velocidade constante) é proporcionada por uma força
elétron ao passar por P. Que  alternativa melhor igual e de sentido contrário ao seu peso.
representa os vetores E e F em P?

Q
P Se a força que se opõe ao peso da partícula é de
origem elétrica, as linhas de força que indicam a
direção e o sentido do campo elétrico na região estão
indicadas, corretamente, na alternativa:

P R É - V E S T I B U L A R
179
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

47. (F. Objetivo-SP) Uma partícula de massa m está


eletrizada com carga positiva q e sujeita à ação de
um campo elétrico E. Admitindo que a única força
atuante na partícula seja a força elétrica, assinale a
opção que traduz corretamente o módulo da
aceleração da partícula em função do módulo do vetor
campo elétrico.

q
 a) a=
45. (U.F. Santa Maria–RS) Seja E o vetor campo elétrico E
em um ponto P, gerado por uma carga puntiforme
mE
negativa Q. Colocando–se uma carga puntiforme q b) a=
q
em P, a força elétrica
 que atua em q tem a mesma
direção e sentido E . qE
c) a=
Das afirmações abaixo, escolha a que melhor se m
ajusta à afirmativa acima:
qE2
a) O sinal de q é o mesmo de Q. d) a=
m
b) O sentido da força não depende do sinal de q.
c) A direção da força depende do sinal de q e o sentido q
e) a= −E
não. m
d) O sinal de q é oposto ao de Q.
e) Tanto a direção como o sentido da força dependem 48. (UCSAL–BA) Duas cargas elétricas puntiformes,
do sinal de q. q1 = 1,0 μC e q2 = 16 μC, estão fixas a uma distância
de 30 cm uma da outra:

46. Considere as figuras abaixo onde E é o vetor campo


elétrico em P, gerado pela carga Q, e F é a força 30 cm
elétrica na carga de prova q, colocada em P.
m
q1 = 1,0 C m
q 2 = 16 C

Sobre a reta que passa por q1 e q2 , o vetor–campo–


elétrico resultante é nulo num ponto
a) à esquerda de q1.
b) entre q1 e q2 , mais próximo de q1.
c) entre q1 e q2 , mais próximo de q2.
d) entre q1 e q2 , a 15 cm de q2.
Pode-se dizer que e) à direita de q2
I) Na fig.(a) Q>0 e q>0
II) Na fig.(b) Q<0 e q>0
III) Na fig.(c) Q<0 e q<0
IV) Na fig.(d) Q>0 e q<0
Use, para a resposta, o código abaixo
a) se todas forem verdadeiras.
b) se apenas I, II e IV forem verdadeiras.
c) se apenas I e III forem verdadeiras.
d) se apenas II for verdadeira.
e) se nenhuma for verdadeira.

180 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

49. Duas pequenas esferas com cargas elétricas 51. As figuras mostram as linhas de força dos campos
idênticas encontram-se no vácuo, separadas por elétricos gerados por várias cargas de mesmo valor.
uma distância 3d, como mostra a figura. Em qual situação haverá campo elétrico nulo próximo
às cargas?
P
+q +q a)
d d d

O campo elétrico de uma dessas cargas a uma


distância d, vale 10 x 10-6 N/C. O campo elétrico
resultante das duas cargas no ponto P, tem
módulo, em N/C b)
a) zero.
b) 2,5 x 10-6 N/C.
c) 5,0 x 10-6 N/C.
d) 7,5 x 10-6 N/C.
c)
50. (UFES) As figuras abaixo mostram três pares de
cargas, a e b, c e d, f e g, e a configuração das
linhas de força para o campo elétrico correspondente
a cada par.

d)

Com relação aos sinais das cargas, podemos afirmar 52. (Mack–SP) Uma carga elétrica q = 1μC, de 0,5 g de
que massa, colocada num campo elétrico uniforme de
intensidade E, sobe com aceleraçào de 2 m/s2 .
a) a, f e g são negativas.
Sendo g = 10 m/s2 a aceleraçào da gravidade local,
b) b, f e g são positivas. podemos afirmar que a intensidade do campo elétrico
c) b, c e d são positivas é de
d) a, c e d são positivas.. a) 500 N/C
e) c, d, f e g são negativas. b) 1.000 N/C
c) 2.000 N/C
d) 4.000 N/C
e) 6.000 N/C

P R É - V E S T I B U L A R
181
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

53. (FEI–SP) Um corpo de massa 8 mg, eletrizado com 56. Observe a figura:
carga q igual a 2 μC, é abandonado em ponto A de
um campo elétrico uniforme e fica sujeito somente à
ação de forças elétricas. Esse corpo adquire
movimento retilíneo uniformemente variado e passa
por um ponto B, distante 20 cm de A, com velocidade
de 20 m por segundo. Nessas condições podemos
concluir que o campo elétrico em A e B, em N/C,
valem, respectivamente
Nessa figura, duas placas paralelas estão carregadas
3 3
a) 4 . 10 e 8 . 10 com cargas de mesmo valor absoluto e de sinais
b) 4 . 10 3 e 8 . 10 2
contrários. Um elétron penetra entre essas placas
c) 8 . 10 3
e 8 . 10 2 com velocidade V paralela às placas. Considerando
d) 8 . 10 3
e 8 . 10 3 que apenas o campo elétrico atua sobre o elétron,
3 3
a sua trajetória entre as placas será
e) 4 . 10 e 4 . 10
a) um arco de circunferência.
b) um arco de parábola.
54. (PUC-MG) Uma carga elétrica puntiforme, de massa
igual a 1,0 x 10–3 Kg e carga –2μC, penetra numa c) uma reta inclinada em relação às placas.
região de campo elétrico uniforme de módulo igual a d) uma reta paralela às placas.
3 x 106 N/C, dirigido da direita para a esquerda. O e) uma reta perpendicular às placas.
módulo do vetor aceleração e o sentido são
respectivamente
57. (UFRS) A figura representa as linhas de força do
–6 campo elétrico que existe em certa região do espaço.
Dados: 1μC = 1,0 x 10 C
Sobre a carga de prova positiva colocada em P agirá
uma força
a) 6,0 x 102 m/s2, da direita para a esquerda.
b) 6,0 x 102 m/s2, da esquerda para a direita.
c) 6,0 m/s2, da esquerda para a direita.
d) 6,0 x 103 m/s2, da esquerda para a direita.
e) 6,0 x 103 m/s2, da direita para a esquerda.

55. (UFPA) Com relação às linhas de força de um campo


elétrico, pode–se afirmar que são linhas imaginárias a) dirigida para A.

a) tais que a tangente a elas em qualquer ponto tem a b) dirigida para B.


mesma direção do campo elétrico. c) dirigida para C.
b) tais que a perpendicular a elas em qualquer ponto d) dirigida para D.
tem a mesma direção do campo elétrico. e) nula.
c) que circulam na direção do campo elétrico.
d) que nunca coincidem com a direção do campo
elétrico.

182 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

58. Se a esfera da questão de número 61. Consideremos uma esfera metálica oca provida de
56 for ligada à Terra, conforme a um orifício e eletrizada com carga Q. Uma pequena
figura abaixo, e, depois de algum esfera metálica neutra é posta em contato com a
tempo, for desligada, pode-se dizer primeira.
que a carga remanescente na esfera
será

a) positiva, não uniformemente


distribuída.
b) positiva, uniformemente distribuída.
c) negativa, não uniformemente distribuída.
d) negativa, uniformemente distribuída. I) Se o contato for interno, a pequena esfera não se
e) nula. eletriza.
II) Se o contato for externo, a pequena esfera se
eletriza.
59. (UFMG) Pessoas que viajam de carro, durante uma
tempestade, estão protegidas da ação dos raios III) Se a pequena esfera estivesse eletrizada, após um
porque contato interno, ficaria neutra.

a) a água da chuva conduz o excesso de carga da a) Só I é correta.


lataria do carro para a terra. b) Só II é correta.
b) as cargas elétricas se distribuem na superfície c) Só III é correta.
externa do carro, anulando o campo elétrico em seu d) Todas são corretas.
interior. e) As alternativas a, b, c, d são inadequadas.
c) o ambiente em que se encontram é fechado.
d) o campo elétrico criado entre o carro e o solo é tão 62. (UCSAL–BA) A ddp entre dois pontos P e M, é igual
grande que a carga escoa para a terra. a 10V. Quando uma carga elétrica de 3,0 . 10 –10 C
e) o carro está isolado da terra pelos pneus. é deslocada de P até M, o valor absoluto do trabalho
realizado pelo campo elétrico é, em joules, igual a
–11
60. (FCMMG) Um estudante coloca pequenos pedaços a) 3,0 . 10
–9
de papel sobre uma placa de isopor debaixo de uma b) 3,0 . 10
peneira de plástico. Ele atrita um pente em seus c) 3,0 . 10 –8

cabelos, aproxima–o da peneira e repara que os d) 2,7


papéis são atraídos pelo pente. Depois troca a –10
e) 3,3 . 10
peneira de plástico por outra peneira metálica e
repete o experimento. Observa, então, que os papéis
não são atraídos pelo pente. 63. (CESGRANRIO–RJ) Duas cargas puntiformes, I e II,
estão fixas nas posições indicadas na figura:
Essa diferença de comportamento é devido ao fato
de E M

a) a eletricidade do pente ser anulada pelo magnetismo (I) (II)


da peneira metálica. O ponto M é ponto médio do segmento que une as
b) a peneira de plástico e os pedaços de papel serem duas cargas. Observa–se experimentalmente que,
isolantes elétricos. em M, o campo elétrico E tem a direção e o sentido
c) a peneira metálica criar uma blindagem eletrostática. mostrados na figura e que o potencial elétrico é nulo
(o potencial é também nulo no infinito). Esses dados
d) a peneira metálica ter propriedades magnéticas.
permitem afirmar que as cargas I e II tem valores
respectivos

P R É - V E S T I B U L A R
183
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

I II 66. (CESESP–PE) Quatro cargas puntuais estão


a) –q q dispostas nos vértices de um quadrado de lados
iguais a 1 cm. Qual o valor do potencial no centro do
b) –q/2 q
quadrado, em volts?
c) q –q/2
4 2 –1,0 . 10–7 C +1,0 . 10–7 C
d) –q –q a) ⋅109
9
4 2
b) ⋅109
64. (UFSM–RS) As linhas tracejadas representam as 9
superfícies equipotenciais de um campo elétrico. Se
abandonarmos um elétron e um próton em A, eles c) zero
adotaram o seguinte comportamento
4 2
d) ⋅10− 2
9
2 2
A e) ⋅10 −2 –1,0 . 10–7 C +1,0 . 10–7 C
9

67. Nos vértices de um quadrado são colocadas cargas


de módulos iguais (q). Em qual destas distribuições
são simultaneamente nulos, no centro do quadrado,
o campo e o potencial?

120V 100V 80V 60V 40V 20V


+q –q –q +q +q +q

a) ambos se movimentarão para a esquerda.


b) ambos se movimentarão para a direita.
c) ambos se permanecerão em repouso.
+q –q +q –q +q +q
d) o primeiro se movimentará para a direita; o segundo
para a esquerda. –q –q +q +q

e) o primeiro se movimentará para a esquerda; o


segundo para a direita.

–q –q –q +q
65. (UnB–DF) Duas cargas elétricas puntiformes, de
mesmo valor absoluto | q | e de sinais contrários,
estão em repouso em dois pontos A e B. Traz–se de 68. (SANTA CASA–SP) Uma pequena gota de óleo com
muito longe uma terceira carga positiva, ao longo de massa de 1,28 . 10 –14 kg tem carga elétrica igual a
trajetória que passa mais perto de B do que de A. 1,6 . 10 –19 C. Ela permanece em equilíbrio quando
Coloca–se esta carga num ponto C, tal que ABC é colocada entre duas placas paralelas, planas,
um triângulo equilátero. Podemos afirmar que o horizontais e eletrizadas com quantidades de carga
trabalho necessário para trazer a terceira carga opostas, distanciadas 5mm uma da outra. A
aceleração da gravidade no local é igual a 10 m/s2.
a) é menor, se em B estiver a carga q do que se em B
A ddp entre as placas, em volts, é
estiver – | q |.
a) 1,0 . 103
b) é maior, se em B estiver a carga q do que se em B
estiver – | q |. b) 8,0 . 103

c) será independente do caminho escolhido para trazer c) 6,0 . 103


a terceira carga e será nulo. d) 4,0 . 103
d) será independente do caminho escolhido para trazer e) 2,0 . 103
a terceira carga e será positivo.
e) será independente do caminho escolhido para trazer
a terceira carga e será negativo.

184 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

69. (Cefet-MG) Duas cargas puntuais Q1 e Q2 , ambas 73. Tem-se uma carga elétrica Q > 0 fixa num ponto 0.
positivas e de mesmo valor, estão separadas de uma Coloca-se, num ponto A, uma carga elétrica q.
distância d. É falso afirmar que
a) as cargas Q1 e Q2 se repelem.
b) as cargas Q1 e Q2 interagem com forças iguais em
módulos e de sentidos contrários.
I) Se q for positiva, ao transportá-la de A para C, sua
c) no ponto médio da reta que une as duas cargas, o energia potencial elétrica aumenta e, ao transportá-
campo elétrico é diferente de zero. la de A para B, diminui.
d) no ponto médio da reta que une as duas cargas, o II) Se q for negativa, ao transportá-la de A para C, sua
potencial elétrico é diferente de zero. energia potencial elétrica diminui e, ao transportá-la
e) as cargas Q 1 e Q 2 se interagem com forças de A para B, aumenta.
proporcionais ao inverso do quadrado da distância III) Quando uma carga q, quer seja positiva quer seja
entre elas. negativa, se desloca espontaneamente, sua energia
potencial elétrica diminui.
70. (PUC-MG) Considere três esferas condutoras, a) Só I é correta.
idênticas, A, B e C. A esfera A tem carga 18 Q, a b) Só II é correta.
esfera B está carregada com –6 Q e a terceira esfera
c) Só III é correta.
está neutra. Inicialmente, toca–se a esfera A na esfera
B e, separando–as, toca–se a esfera B com a C. As d) Todas são corretas.
cargas finais destas esferas são respectivamente e) Nenhuma das anteriores.
a) 6 Q, 6 Q, 6 Q.
b) 4 Q, 4 Q, 4 Q. 74. Três esferas condutoras, uma de raio R com uma
c) 12 Q, 6 Q, 3 Q. carga Q denominada esfera A, outra de raio 2R e
carga 2Q, denominada esfera B e a terceira de raio
d) 6 Q, 3 Q, 3 Q.
2R e carga - 2Q denominada esfera C, estão
e) 12 Q, 6 Q, –6 Q. razoavelmente afastadas. Quando elas são ligadas
entre si por fios condutores longos, é CORRETO
71. Com relação ao trabalho realizado pelo campo prever que
elétrico, quando abandonarmos uma carga elétrica
Q
em repouso nesse campo, ele
A
R
a) será sempre positivo.
-2Q
b) será sempre negativo.
C 2R
c) será sempre nulo.
d) será negativo, se a carga abandonada for negativa.
e) será nulo, se a carga for abandonada sobre uma B
linha equipotencial.
2Q
2R
72. Com relação à variação de energia de uma carga
elétrica abandonada em repouso no campo elétrico a) cada uma delas terá uma carga de Q/3.
a) durante seu movimento espontâneo, sua energia b) A terá carga Q e B e C, cargas nulas.
cinética diminui. c) cada uma terá uma carga de 5 Q/3.
b) durante seu movimento espontâneo, sua energia d) A terá Q/5 e B e C terão 2 Q/5 cada uma.
potencial diminui.
e) A terá Q, B terá 2Q e C terá -2Q.
c) durante seu movimento espontâneo, sua energia
cinética fica constante.
d) durante seu movimento espontâneo, sua energia total
diminui.

P R É - V E S T I B U L A R
185
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

75. (FM ABC-SP) Duas esferas metálicas A e B, de raios


3R e R, estão isoladas e em equilíbrio eletrostático.
Ambas estão eletrizadas com cargas positivas 6Q
e Q, respectivametne. Interligando-as com fio
metálico, podemos afirmar que

a) os elétrons vão de B para A.


b) os elétrons vão de A para B.
c) cargas positivas movimentar-se-ão de A para B.
d) não há passagem de cargas elétricas.
e) cargas positivas movimentar-se-ão de B para A.

ANOTAÇÕES

186 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1 (UNICAMP)
Considere uma esfera de massa m e carga q pendurada no teto e sob a ação da gravidade e do campo elétrico
E como indicado na figura abaixo.

A) Qual é o sinal da carga q? Justifique sua resposta.


B) Qual é o valor do ângulo θ no equilíbrio?

QUESTÃO 2 (UNICAMP)
Nas impressoras a jato de tinta, os caracteres são feitos a partir de minúsculas gotas de tinta que são
arremessadas contra a folha de papel. O ponto no qual as gotas atingem o papel é determinado eletrostaticamente.
As gotas são inicialmente formadas, e depois carregadas eletricamente. Em seguida, elas são lançadas com
velocidade constante v em uma região onde existe um campo elétrico uniforme entre duas pequenas placas
metálicas. O campo deflete as gotas conforme a figura abaixo. O controle da trajetória é feito escolhendo-se
convenientemente a carga de cada gota. Considere uma gota típica com massa m = 1,0 x 10–10 kg, carga
elétrica q = 2,0 x 10–13 C, velocidade horizontal v = 6,0 m/s atravessando uma região de comprimento
L = 8,0 x 10–3 m onde há um campo elétrico E = 1,5 x 106 N/C.

L Papel
+++++
m m,q ++
Gerador Carregador
de gotas v

-------
Placas -
defletoras

A) Determine a razão FE/FP entre os módulos da força elétrica e da força peso que atuam sobre a gota de tinta.
B) Calcule a componente vertical da velocidade da gota após atravessar a região com campo elétrico.

P R É - V E S T I B U L A R
187
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QUESTÃO 3 (FUVEST)
Duas pequenas esferas, com cargas positivas e iguais a Q, encontram-se fixas sobre um plano, separadas por uma
distância 2a. Sobre esse mesmo plano, no ponto P, a uma distância 2a de cada uma das esferas, é abandonada
uma partícula com massa m e carga q negativa. Desconsidere o campo gravitacional e efeitos não eletrostáticos.

Determine, em função de Q, K, q, m e a,
A) A diferença de potencial eletrostático V = VO – VP, entre os pontos O e P.
B) A velocidade v com que a partícula passa por O.
C) A distância máxima Dmax, que a partícula consegue afastar-se de P. Se essa distância for muito grande,
escreva Dmax = infinito.

QUESTÃO 4 (UFJF)
Na figura abaixo está representado um aparato experimental, bastante simplificado, para a produção de raios X.
Nele, elétrons, com carga elétrica q = –1,6 x 10–19 C, partem do repouso da placa S1 e são acelerados, na região
entre as placas S1 e S2, por um campo elétrico uniforme, de módulo E = 8 x 104 V/m, que aponta de S2 para S1.
A separação entre as placas é d = 2 x 10–1 m. Ao passar pela pequena fenda da placa S2, eles penetram em uma
região com campo elétrico nulo e chocam-se com a placa A, emitindo então os raios X.

A) Calcule a diferença de potencial V2 – V1 entre as placas S2 e S1.


B) Calcule a energia cinética com que cada elétron passa pela fenda da placa S2.

188 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

QUESTÃO 5 (UFRJ)
Considere duas cargas pontuais +Q e –Q fixas e uma terceira carga pontual q > 0, localizada num ponto A eqüidistante
das duas primeiras, como mostra a figura:

a) Determine a direção e o sentido da força resultante de origem elétrica sobre a carga q. Justifique sua resposta.
b) Verifique se o trabalho realizado pela força resultante de origem elétrica sobre a carga q, enquanto ela se desloca do
ponto A até outro ponto B, também eqüidistante de +Q e –Q, é positivo, negativo ou nulo. Justifique sua resposta.

P R É - V E S T I B U L A R
189
Unidade II Campo e potencial elétrico FÍSICA II

ANOTAÇÕES:

190 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I
Física III

Unidade I
Temperatura e Dilatação ................ 191

Unidade II
O Calor e sua Propagação................ 215

Unidade III
Mudanças de fase e transferência
de calor........................................... 227

Marina Valentim Barros


Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

UNIDADE I
TEMPERATURA E DILATAÇÃO
1 - Temperatura
2 - Medidores de Temperatura
3 - Escalas Termométricas
4 - Equilíbrio Térmico
5 - Dilatação Térmica dos Sólidos
6 - Dilatação Térmica dos Líquidos

I.1-TEMPERATURA

A temperatura é uma medida do grau de agitação térmica das moléculas de um corpo e informa o quanto
quente ou frio é um objeto. O termômetro é um medidor de temperatura e foi inventado por Galileu Galilei no séc.
XVII.Utilizamos hoje os termômetros de mercúrio e termômetros digitais, mas existem outros tipos de medidores
de temperatura, como veremos a seguir.

I.2 - MEDIDORES DE TEMPERATURA

Existem vários tipos de termômetro como os bimetálicos, de mercúrio


e os digitais. Os termômetros bimetálicos são feitos de duas lâminas finas
de materiais diferentes e soldadas, que se curvam devido à diferença de
dilatação e são usados tanto para abrir ou fechar válvulas como para ligar e
desligar circuitos elétricos.

Os termômetros de mercúrio são os mais comuns. Consiste


basicamente de um tubo capilar (fino como um fio de cabelo) de vidro, fechado
a vácuo, e um bulbo (espécie de bolha arredondada) em uma extremidade
contendo mercúrio. O mercúrio, ao sofrer aumento de temperatura aumenta
de volume e assim podemos medir as variações de temperatura do corpo
humano, já que esse liquido dilata-se mesmo a pequenas variações de
temperatura.
Outro tipo de instrumento utilizado para medir temperaturas
do corpo humano é o termômetro digital, que pode também ser
utilizado na indústria e utiliza uma ponta sensora para aferir as
temperaturas.

P R É - V E S T I B U L A R
191
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

I.3- ESCALAS TERMOMÉTRICAS

ESCALA CELSIUS
Essa escala utiliza-se da temperatura de congelamento e de ebulição da água, a uma pressão atmosférica
normal e foi sugerida pelo astrônomo Anders Celsius. O número zero (0) é atribuído à temperatura de congelamento
e o número cem (100) a temperatura de ebulição da água e o espaço entre esses números é dividido em 100 partes
iguais.

ESCALA FAHRENHEIT
Essa escala é muito usada nos Estados Unidos e o seu inventor, o
cientista alemão Fahrenheit, escolheu para 0º a temperatura do dia mais frio
na Islândia, marcada por seu amigo. A temperatura de 100º, ele atribuiu à
temperatura de sua esposa e, se isso for realmente verdade, eIa deveria
estar com febre, como verificaremos a seguir. Comparamos a escala fahrenheit
à escala Celsius, que estamos mais habituados. O número 32 corresponde
à temperatura que a água congela; e o numero 212 à temperatura de ebulição
da água, como mostra a figura ao lado. Podemos verificar que um intervalo
de cem unidades da escala Celsius corresponde a um intervalo de 180
unidades na escala Fahrenheit, permitindo fazer uma conversão entre as
duas escalas, como mostraremos a seguir.
Vamos escolher a temperatura da esposa do cientista Fahrenheit (100º)
e transformá-la para a escala Celsius. Atribuiremos um valor x para a
temperatura correspondente na escala Celsius e utilizaremos uma proporção
entre as escalas.

212° − 32° 212° − 100°


= logo x = 38,6º, o que mostra que a esposa do cientista estava com febre no dia em
100° − 0° 100° − x

que ele mediu sua temperatura.

ESCALA KELVIN

Essa escala é a mais usada pelos cientistas e é em homenagem


ao físico britânico Lord Kelvin. É calibrada em temos da energia
cinética média das moléculas. O zero é, então, a temperatura em
que as moléculas não possuem energia cinética, o zero absoluto,
que corresponde a -273º C. Portanto, a temperatura de 100º C
corresponde a 273 K. Na figura ao lado podemos verificar a
correspondência entre as três escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

192 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. Dois termômetros, um graduado na escala Celsius e outro na escala Fahrenheit, fornecem a mesma leitura
para a temperatura de um gás. Determine o valor dessa temperatura.

2. A temperatura do corpo humano pode variar entre 35º e 41º na escala Celsius.Determine esses valores na
escala kelvin e calcule a variação entre as temperaturas máxima e mínima nas duas escalas.

3. (Mackenzie-SP) Uma pessoa mediu a temperatura de seu corpo, utilizando-se de um termômetro graduado na
escala Fahrenheit e encontrou o valor 97,7 ºF. Essa temperatura, na escala Celsius, corresponde a:
a) 36,5 ºC. d) 38,0 ºC.
b) 37,0 ºC. e) 38,5 ºC.
c) 37,5 ºC.

4. (Mackenzie-SP) Numa cidade da Europa, no decorrer de um ano, a temperatura mais baixa no inverno foi de 23
ºF e a mais alta no verão foi de 86 ºF. A variação da temperatura, em graus Celsius, ocorrida nesse período,
naquela cidade, foi:
a) 28,0 ºC. d) 50,4 ºC.
b) 35,0 ºC. e) 63,0 ºC.
c) 40,0 ºC.

QUESTÕES RESOLVIDAS
1. (Ita-SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua própria escala linear de
temperaturas. Nessa nova escala, os valores de 0 (zero) e 10 (dez) correspondem respectivamente a
37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas escalas é aproximadamente
Solução: Escala médico Escala celsius
Construindo uma tabela para as escalas, de acordo 10 40ºC
com a questão, temos
x xºC
0 37ºC

Como podemos observar uma variação de 10 unidades na escala do médico corresponde a uma
variação de três unidades na escala celsius. O valor de mesma temperatura nas duas escalas será
o valor x. Fazendo uma relação entre as escalas temos.

10 − x 40 − x
=
10 − 0 40 − 37

10 − x 40 − x
=
10 3

Resolvendo, temos 3(10 – x) = 10 (40 – x)


30 – 3x = 400 – 10x
7x = 370

x = 52,9°C
que é o valor numérico idêntico em ambas escalas

P R É - V E S T I B U L A R
193
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

I.4 - EQUILÍBRIO TÉRMICO


Se dois corpos a diferentes temperaturas forem colocados em contato, existirá transferência de energia
(calor) entre eles, até que esses corpos atinjam o equilíbrio térmico, que é caracterizado pela igualdade de temperatura.
A Lei Zero da Termodinâmica descreve o fenômeno do equilíbrio térmico:

“Se um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo B e este em equilíbrio térmico com um
terceiro C, então o primeiro, no caso o corpo A, estará em equilíbrio térmico com o terceiro, no caso, o
corpo C”.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

5. (UNIPAC) Se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, pode-se e concluir que:
a) Não existe um fluxo de calor entre os corpos.
b) A temperatura do terceiro corpo aumenta.
c) Os dois corpos cedem calor ao terceiro.
d) Os Três corpos estão em repouso.
e) Os Três corpos estão a 0ºC.

I.5- DILATAÇÃO TÉRMICA SÓLIDOS

Quando aumentamos a temperatura de uma substância, suas moléculas ou átomos passam, em média, a
oscilar mais rapidamente e tendem a se afastar umas das outras, e o resultado disso é a dilatação da substância.
Vamos começar nosso estudo pela dilatação linear dos sólidos. Esse tipo de dilatação depende do seu
comprimento inicial do sólido, da temperatura que este irá atingir e do material de que é feito. A equação que
relaciona a variação de comprimento de uma barra que sofre dilatação é:
ΔL = L0αΔθ em que ΔL é a variação de comprimento da barra; L0 o comprimento inicial da barra ,α é o
coeficiente de dilatação do material e Δθ a variação de temperatura da barra .
O coeficiente de dilatação é uma constante de proporcionalidade característica de cada material e sua unidade
de medida é o °C–1.

194 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

Ao lado, apresentamos uma tabela com coeficientes de dilatação de alguns


materiais. Observe que o vidro pirex apresenta o menor coeficiente de dilatação
dentre os apresentados na tabela, o que justifica a sua utilização em utensílios
de cozinha. O gráfico abaixo representa a variação do comprimento L em função
da temperatura. Observe que a inclinação da reta não é o coeficiente de dilatação
e sim o produto do coeficiente de dilatação pelo comprimento inicial da barra.

Uma aplicação prática da dilatação linear de sólidos é o termostato , que


é um dispositivo destinado a manter constante a temperatura de um
determinado sistema, através de regulagem automática. Essa regulagem é
feita através de uma lamina bimetálica, que é constituída de dois metais com
coeficientes de dilatação diferentes
e que dilatam, como mostra ao lado.
Ou tros exemplos de
dilatação linear de sólidos são as
juntas de dilatação deixadas em
pontes, trilhos ferroviários e
grandes construções para garantir
aumento das estruturas no caso
de alterações de temperatura. Na
figura abaixo temos um exemplo
de trilhos deformados, por não
possuírem juntas de dilatação.
Devemos também considerar
a dilatação superficial dos sólidos, em que existe uma variação dá área do
sólido. Consideraremos uma placa quadrada de lado L0 e com coeficiente
de dilatação linear.

P R É - V E S T I B U L A R
195
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

Ao aumentarmos a temperatura da placa até uma temperatura θ tal que θ > θ0 , temos um aumento das dimensões
da placa e sua área passa a valer L 2. A variação da área da placa é dada pela equação ΔA = A0 2αΔθ , em que ΔA é a
variação da área superficial, a área inicial A0, o coeficiente de dilatação volumétrica e a variação de temperatura da
placa. Definimos na dilatação superficial um coeficiente de dilatação superficial β = 2α , logo a equação acima é
normalmente apresentada como ΔA = A 0βΔθ .
Da mesma forma a variação volumétrica de um sólido é dada pela equação ΔV = V0 γΔθ , em que ΔV é a variação
da volume, V0 o volume inicial, γ = 3α o coeficiente de dilatação volumétrica e Δθ a variação de temperatura do sólido.

Caso o sólido possua um orifício ou uma cavidade, esses orifícios dilatarão como se estivessem preenchidos
pelo material do sólido. O mesmo ocorre em uma superfície com um orifício, que se dilatará como se estivesse
preenchida pelo material da placa.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

6. (Efoa-MG) Na figura está representada uma lâmina bimetálica. O coeficiente de dilatação do metal da parte
superior (1) é o dobro do coeficiente do metal da parte inferior (2). Á temperatura ambiente, a lâmina é horizontal.
Se a temperatura for aumentada 150 ºC, a lâmina:
a) continuará horizontal
b) curvará para baixo
c) curvará para cima
d) curvará para a direita
e) curvará para a esquerda

7. (Cesgranrio-RJ) O comprimento l de uma barra de latão varia, em função da temperatura θ, segundo o gráfico a
seguir.

Assim, o coeficiente de dilatação linear do latão, no intervalo de 0°C a 100°C, vale


a) 2,0 . 10–5/°C d) 2,0 . 10–4/°C
b) 5,0 . 10–5/°C e) 5,0 . 10–4/°C
c) 1,0 . 10–4/°C

196 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

8. (Cesgranrio-RJ) Uma rampa para saltos de asa-delta é construída de


acordo com o esquema que se segue. A pilastra de sustentação II
tem, a 0°C, comprimento três vezes maior do que a I.
Os coeficientes de dilatação de I e II são, respectivamente, a1 e a2.
Para que a rampa mantenha a mesma inclinação a qualquer
temperatura, é necessário que a relação entre a1 e a2 seja:
a) α1 = α2 d) α2 = 3α1
b) α1 = 2α2 e) α2 = 2α1
c) α1 = 3α2

QUESTÕES RESOLVIDAS
2. (Mapofei-SP) Entre dois trilhos consecutivos de uma via férrea deixa-se um espaço apenas suficiente
para facilitar livremente a dilatação térmica dos trilhos até a temperatura de 50ºC. O coeficiente de
dilatação térmica dos trilhos é de 1,0 . 10–5ºC–1. Cada trilho mede 20m. Qual o espaço entre dois trilhos
consecutivos na temperatura de 20°C?
Solução:
O espaço deixado entre os trilhos é suficiente para não danificar os trilhos dentro da varição de
temperatura de 20°C a 50°C.
O comprimento inicial dos trilhos é de 20m.
ΔL = L0 . α . Δt
ΔL = 20 . 1,0 . 10–5 . 30
ΔL = 600 . 10–5m = 6,0 . 10–3m (isto é a variação do comprimento dos trilhos)
O espaço deixado entre os trilhos deve ser igual a variação dos comprimentos dos trilhos que é de
0,006 m (6 milímetros).

I.6- DILATAÇÃO TÉRMICA DOS LÍQÜIDOS


Quando estudamos as dilatações dos líqüidos devemos levar em conta que eles sempre se encontram
armazenados em recipientes,que também se dilatam.Verificamos, então, dois tipos de dilatação, uma real, que é
o tanto que o líquido dilatou, e uma aparente, que é o que observamos variar de volume. A dilatação aparente pode
ser medida através de um recipiente graduado, ou recolhendo o que extravasa de um recipiente cheio de líquido e
que se dilata juntamente com o líquido.

Na figura acima aquecemos um frasco que possui um ladrão, permitindo que o líquido derrame.A quantidade
de líquido extravasado é a dilatação aparente e a dilatação real do líquido corresponde ao volume de líquido derramado
mais a variação de volume do recipiente.
ΔVreal = ΔVrecipiente + ΔVaparente
A maioria dos líquidos aumenta de volume quando aquecido. No entanto a água de 0° a 4° tem o seu volume
diminuído.A 4° a água possui volume mínimo e portanto, maior massa específica.Essa dilatação irregular da água,
justifica o congelamento de lagos somente na superfície garantindo a vida nos ambientes em regiões muito frias.

P R É - V E S T I B U L A R
197
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

A Dilatação da Água

Se a temperatura de um líquido comum qualquer aumen-


tar, ele dilatará. Mas o mesmo não ocorre com a água se ela
estiver a uma temperatura próxima à do ponto de congela-
mento: gelo e água fria se comportam de maneira exatamen-
te oposta! A água na temperatura de fusão do gelo, 0° C (ou
32° F), se contrai quando a temperatura cresce. Isso é muito
incomum. Quando a água é aquecida e sua temperatura se
eleva, ela continua a se contrair até a temperatura alcançar o
valor de 4°C. Aumentando a temperatura além desse valor, a
água começa a dilatar; a dilatação continua acontecendo do
mesmo modo até o ponto de ebulição, 100°C. Esse compor- Você conseguirá desfazer um pequena depressão na
tamento estranho é ilustrado graficamente na figura abaixo. superfície da uma bola de ping-pong se a colocar dentro
de água fervendo. Por quê?

Uma determinada quantidade de água atinge seu


menor volume e, assim, sua máxima densida-
de, a 4°C. Logo abaixo de 0°C, quando a água
está no estado sólido, seu volume é considera-
velmente maior, e sua densidade
correspondentemente menor. (Lembre-se que o
gelo flutua na água, evidência de que ele é me-
nos denso do que a água.) O volume de água
gelada, e não o volume de gelo a 0°C, é mostra-
do na figura ao lado. (Se o volume do gelo sólido
fosse plotado na mesma escala ampliada, o grá-
fico se estenderia muito além do topo da pági-
na.) Depois que a água tornou-se gelo, um
resfriamento adicional a faz contrair-se (não mos-
trado).
O gelo possui uma estrutura cristalina. Os cris-
tais da maior parte dos sólidos são arranjados
A contração e a dilatação da água com o aumento da temperatura. de maneira tal que o estado sólido ocupa volu-
me menor do que o estado líquido. O gelo, entretanto, tem cristais com estruturas predominantemente aber-
tas. Essa estrutura resulta da forma angulada da molécula de água e do fato de que as forças que ligam as
moléculas de água uma às outras são mais intensas em determinados ângulos. Nesta estrutura aberta, as
moléculas de água acabam ocupando um volume maior do que quando se encontram no estado líquido.
Consequentemente, o gelo é menos denso do que a água.

198 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

A razão para a existência de um mínimo na curva da figura é que há dois tipos de variação de volume
ocorrendo na água gelada. Os cristais com estrutura predominantemente aberta, que formam o gelo sólido,
estão presentes, em menor extensão, ná água gelada – uma espécie de "neve molhada" microscópica. Esses
cristais são incessantemente golpeados por moléculas vizinhas e duram curtos períodos de tempo – alguns
são quebrados, enquanto outros se formam. A qualquer momento existe uma quantidade suficiente deles para
alterar a densidade da água. A cerca de 10°C praticamente todos os cristais de gelo se desfizeram. O gráfico
da esquerda da figura indica como o volume da água gelada varia conforme mais cristais microscópicos de
gelo se desfazem. Ao mesmo tempo em que os cristais estão se desfazendo com o aumento da temperatura,
o crescente movimento molecular resulta em dilatação. Esse efeito é mostrado no gráfico central da figura
abaixo. Estando os cristais de gelo presentes ou não na água, o aumento da energia cinética das moléculas
aumenta o volume da água. Quando combinamos esses dois efeitos, de contração e de expansão, a curva
resultante se parece com o gráfico da direita da figura abaixo.

Cristais de gelo possuem uma estrutura aberta, de forma hexagonal tipo a de uma
gaiola tridimensional, e esta característica explica a dilatação quando a água
líquida

Esse comportamento da
água é de grande importân-
cia na natureza. Suponha
que á máxima densidade da
água ocorresse em seu pon-
to de congelamento, e que
ela encolhesse sob conge-
lamento, como acontece
com a maioria dos líquidos. Quando a água, inicilamente a 0°C, tem sua temperatura elevada, o colapso dos
Então, a água mais fria se cristais de gelo e o aumento simultâneo do movimento molecular produzem o efeito
global pelo qual a água é mais densa a 4°C.
acomodaria no fundo, e as
lagoas congelariam do fun-
do para cima. Os organismos vivos da lagoa, então, seriam mortos durante os meses de inverno. Felizmente
não é isso que acontece. A água mais densa, que se acomoda no fundo de um lagoa, está 4°C acima da
temperatura de congelamento. A água no ponto de congelamento, 0°C, é menos densa e "flutua", de modo
que o gelo se forma na superfície, enquanto a lagoa permanece líquida abaixo do gelo.
Vamos examinar isso com mais detalhe. A maior parte do congelamento de uma lagoa acontece na superfície,
quando o ar superficial é mais frio do que a água. Quando a água superficial é resfriada, ela torna-se mais
densa e afunda. A água "flutuará" na superfície e se resfriará mai sainda apenas se ela for igualmente densa e
ou menos densa do que a água logo abaixo dela.
Considere uma lagoa que está inicialmente a, digamos, 10°C. Ela provavelmente não poderá ser resfriada a
0°C sem passar por 4°C. E a água a 4°C não pode permanecer na superfície se resfriando mais, a não ser que
toda a água abaixo dela tenha, no mínimo, uma densidade igual – ou seja, a não ser que toda a água abaixo
esteja a 4°C. Para qualquer outra temperatura diferente dessa, a água superficial a 4°C será mais densa e

P R É - V E S T I B U L A R
199
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

afundará antes que consiga se resfriar mais. Portanto, antes que qualquer gelo possa se formar, toda a água
da lagoa deve se resfriar até 4°C. Apenas quando essa condição é alcançada é que a água superficial pode se
resfriar a 3°C, 2°C, 1°C e 0°C sem afundar. Então o gelo pode se formar.
O resfriamento gradual da lagoa resulta no resfriamento da água justamente abaixo do gelo, de modo que uma
lagoa congela da superfície para baixo. Durante um inverno rigoroso, o gelo será mais espesso do que em um
inverno moderado. Volumes muito grandes de água não são cobertos pelo gelo mesmo nos invernos mais
frios. Isso porque toda a água de um lago deve ser resfriada a 4°C antes que temperaturas mais baixas do que
esta possam ser alcançadas, e porque o inverno não é longo o bastante para que toda essa água possa ser
resfriada a 4°C. Se apenas uma parte da água está a 4°C, então ela fica no fundo. Por causa do grande calor
específico da água e se dua pobre capacidade de conduzir calor, em regiões frias o fundo de lagos profundos
permanece a 4°C o ano todo. Os peixes deveriam ser gratos por isso.

Quando a água esfria, ela afunda até que toda a lagoa esteja a 4°C. Então, quando a água
superficial é resfriada um pouco mais, ela se mantém na superfície, onde congela. Uma
vez que o gelo é formado, temperaturas menores do que 4°C podem ser atingidas nas
partes mais fundas da lagoa.

FONTE: HEWITT, Paul G. Física conceitual. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

9. (GREF) Um posto recebeu 5000 litros de gasolina num dia em que a temperatura era de 35°C. Com a chegada
de uma frente fria, a temperatura ambiente baixou para 15°C, assim Permanecendo até que a gasolina fosse
totalmente vendida. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação da gasolina é 1,1 x 10-3°C–1, calcule em litros o
prejuízo sofrido pelo dono do posto.

10. (UFRS) A expressão “dilatação anômala da água” refere-se ao fato de uma determinada massa de água, à
pressão constante:
a) possuir volume máximo a 4°C.
b) aumentar sua massa específica quando sua temperatura aumenta de 0°C para 4°C.
c) aumentar de volume quando sua temperatura aumenta de 0°C para 4°C.
d) reduzir de volume quando sua temperatura aumenta a partir de 4°C.

11. Quando aquecemos uma determinada massa de água de 0°C a 4°C


a) o volume e a densidade aumentam
b) o volume e a densidade diminuem
c) o volume diminui e a densidade aumenta
d) o volume diminui e a dendidade diminui

200 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

QUESTÃO RESOLVIDA
3. (Ufes-SP) Um caminhão tanque com capacidade para 10.000 litros é cheio de gasolina quando a temperatura
é de 30°C. Qual a redução de volume sofrida pelo líquido ao ser descarregado numa ocasião em que a
temperatura é de 10°C? (O coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina é igual a 9,6 . 10–4°C–1)

Solução:
O tanque está cheio de gasolina a 30ºC. Quando é descarregado a 10ºC há uma redução de volume
tanto na gasolina quanto do tanque.
ΔVtotal = ΔVgasolina + ΔVtanque

A questão pede a variação do volume da gasolina que é dado por


ΔV = VOαgasolinaΔt
ΔV = 10000 . 9,6 . 10–4 . 20

ΔV = 192 litros

(variação de volume da gasolina quando o caminhão é descarregado a 10°C)

ANOTAÇÕES

P R É - V E S T I B U L A R
201
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

QUESTÕES PROPOSTAS
1. (Acafe-SC) A tabela apresenta as substâncias com 5. (PUC-Campinas-SP) Um termômetro, graduado
suas respectivas temperaturas de fusão, θ F, e numa escala X, indica -32 ºX para o ponto de fusão
ebulição, θE, nas CNTP: do gelo e 148 ºX no ponto de ebulição da água. A
Substância F (ºC) E (ºC) indicação 58 ºX corresponde, em graus Celsius, a:
Nitrogênio (N2) -210 -196
Éter -114 34 a) 18 b) 45 c) 50 d) 96 e) 106
Mercúrio -39 357
Água 0 100
Álcool etílico -115 78 6. (UFSP) Em uma experiência de laboratório, um
Na construção de um termômetro para medir aluno mede a temperatura de uma pequena
temperaturas entre –60 ºC e +60 ºC, deve-se quantidade de água contida em um tubo de ensaio
utilizar, como substância termométrica: (a água e o tubo foram previamente aquecidos e
a) mercúrio. d) água. estão em equilíbrio térmico). Para isso, imerge
nessa água um termômetro de mercúrio em vidro
b) álcool etílico. e) nitrogênio. que, antes da imersão, marcava a temperatura
c) éter. ambiente: 20°C. Assim que todo o bulbo do
termômetro é imerso na água, a coluna de mercúrio
2. (Fatec-SP) Ao aferir-se um termômetro mal sobe durante alguns segundos até atingir 60°C e
construído, verificou-se que os pontos 100 ºC e 0 logo começa a baixar. Pode-se afirmar que a
ºC de um termômetro correto correspondiam, temperatura da água no instante em que o
respectivamente, a 97,0 ºC e -1,0 ºC do primeiro.Se termômetro nela foi imerso era
esse termômetro mal construído marcar 19,0 ºC, a) de 60°C, pois o termômetro nunca interfere na
a temperatura correta deverá ser: medida da temperatura e o calor perdido para o
a) 18,4 ºC. d) 23,4 ºC. ambiente, nesse caso, é desprezível.

b) 19,4 ºC. e) 28,4 ºC. b) de 60°C porque, nesse caso, embora possa haver
perda de calor para o termômetro e para o
c) 20,4 ºC.
ambiente, essas perdas não se manifestam, pois
a medida da temperatura é instantânea.
3. (Mackenzie-SP) Na escala termométrica X, ao nível c) maior do que 60°C; a indicação é menor
do mar, a temperatura do gelo fundente é -30 ºX e exclusivamente por causa da perda de calor para
a temperatura de ebulição da água é 120 ºX. A o ambiente, pois o termômetro não pode interferir
temperatura na escala Celsius que corresponde a na medida da temperatura.
0 ºX é:
d) maior do que 60°C e a indicação é menor
a) 15 ºC. d) 28 ºC. principalmente por causa da perda de calor para o
b) 20 ºC. e) 30 ºC. termômetro.
c) 25 ºC. e) menor do que 60°C porque, nesse caso, a água
absorve calor do ambiente e do termômetro.
4. (Uniube-MG) O gráfico mostra a relação de um
termômetro y com as correspondentes indicações 7. (Fatec-SP) Lord Kelvin (título de nobreza dado ao
de um termômetro graduado na escala Celsius. célebre físico William Thompson, 1824-1907)
estabeleceu uma associação entre a energia de
agitação das moléculas de um sistema e a sua
temperatura. Deduziu que a uma temperatura de -
273,15 ºC, também chamada de zero absoluto, a
agitação térmica das moléculas deveria
cessar.Considere um recipiente com gás, fechado
e de variação de volume desprezível nas condições
As indicações em que os valores numéricos das do problema e, por comodidade, que o zero
escalas coincidem são: absoluto corresponde a -273 ºC. É correto afirmar:
a) 20 ºy ou 20 ºC. d) -20 ºy ou -20 ºC. a) O estado de agitação é o mesmo para as
b) 40 ºy ou 40 ºC. e) -10 ºy ou -10 ºC. temperaturas de 100 ºC e 100 K.
c) -40 ºy ou -40 ºC. b) À temperatura de 0 ºC o estado de agitação das
moléculas é o mesmo que a 273 K.

202 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

c) As moléculas estão mais agitadas a -173 ºC do e) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de
que a -127 ºC. cobre é menor do que a variação de temperatura
d) A -32 ºC as moléculas estão menos agitadas que sofrida pela água.
a 241 K.
e) A 273 K as moléculas estão mais agitadas que a 11. (U.F. Viçosa/MG) Quando dois corpos de materi-
100 ºC. ais diferentes estão em equilíbrio térmico, isolados
do meio ambiente, pode-se afirmar que
a) o mais quente é o que possui menor massa.
8. (Mackenzie-SP) Temos visto ultimamente uma farta
divulgação de boletins meteorológicos nos diversos b) apesar do contato, suas temperaturas não variam.
meios de comunicação e as temperaturas são c) o mais quente fornece calor ao mais frio.
geralmente indicadas nas escalas Fahrenheit e/ d) o mais frio fornece calor ao mais quente.
ou Celsius. Entretanto, embora seja a unidade de e) suas temperaturas dependem de suas densidades.
medida de temperatura do SI, não temos visto
nenhuma informação de temperatura em Kelvin. 12. Considere o seguinte experimento
Se o boletim meteorológico informa que no dia as Dispõe de três bacias iguais contendo iguais quan-
temperaturas mínima e máxima numa determinada tidades de água. A bacia B1 contém água quente,
cidade serão, respectivamente, 23 ºF e 41 ºF, a a bacia B2 água fria e a bacia B3, água morna.
variação dessa temperatura na escala Kelvin é: Uma pessoa inicialmente coloca a mão direita na
a) -7,8 K. d) 283 K. bacia B1 e a esquerda na B2. Depois de uns 30
b) 10 K. e) 291 K. segundos transfere as duas mãos para a bacia B3
c) 32,4 K. e nesse momento sente que a mão que estava
inicialmente na água quente parece estar fria e a
outra mão parece estar quente.
9. (Fatec-SP) Um cientista coloca um termômetro
em um béquer contendo água no estado líquido.
Através desse experimento, constata-se que
Supondo que o béquer esteja num local ao nível a) temperatura e calor são conceitos diferentes.
do mar, a única leitura que pode ter sido feita pelo
b) a percepção do ser humano não serve como um
cientista é:
termômetro.
a) -30 K. d) 250 K. c) calor é a energia transferida no do corpo mais quen-
b) 36 K. e) 350 K. te par ao corpo mais frio.
c) 130 ºC. d) a temperatura do corpo humano pode variar com o
contato com o meio exterior.
10. (OBF) Um bloco de 1 kg cobre, inicialmente a
temperatura de 15°C, é colocado em 1 kg de água 13. (FEI/SP) Um sistema isolado termicamente do meio
contida num calorímetro ideal a temperatura de possui três corpos; um de ferro, um de alumínio e
85°C. Admita que as trocas de calor ocorram outro de cobre. Após um certo tempo verifica-se
apenas entre a água e o cobre e despreze perdas as temperaturas do ferro e do alumínio aumentam.
para o meio externo. Qual das afirmações abaixo Podemos concluir que
é correta após o sistema atingir o equilíbrio a) o corpo de cobre também aumentou a sua tempe-
térmico? ratura.
a) A energia térmica recebida pelo bloco de cobre é b) o corpo de cobre ganhou calor do corpo de alumí-
maior do que a energia térmica perdida pela água. nio e cedeu calor para o corpo de ferro.
b) A energia térmica recebida pelo bloco de cobre é c) o corpo de cobre cedeu calor para o corpo de alu-
menor do que a energia térmica perdida pela água. mínio e recebeu calor do corpo de ferro.
c) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de d) o corpo de cobre permaneceu com a mesma tem-
cobre é maior do que a variação de temperatura peratura.
sofrida pela água. e) o corpo de cobre diminui a sua temperatura.
d) A variação de temperatura sofrida pelo bloco de
cobre é igual do que a variação de temperatura
sofrida pela água.

P R É - V E S T I B U L A R
203
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

14. (Vunesp-SP) Quando uma enfermeira coloca um ter- 18. (UEL) Uma barra metálica, inicialmente à
mômetro clínico de mercúrio sob a língua de um pa- temperatura de 20 °C, é aquecida até 260 °C e
ciente, ela sempre aguarda um tempo antes de fazer sofreu uma dilatação igual a 0,6% do seu
a leitura. Esse intervalo de tempo é necessário comprimento inicial. O coeficiente de dilatação
a) para que o termômetro entre em equilíbrio térmico linear médio do metal, nesse intervalo de
com o corpo do paciente. temperatura, em ° C-1, vale:
b) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa a) 2,5 . 10-4.
subir pelo tubo capilar. b) 4 . 10-4
c) para que o mercúrio passe pelo estrangulamento
c) 2,5 . 10-5
do tubo capilar.
d) 4 . 10-5
d) por causa da diferença entre os valores do calor
específico do mercúrio e do corpo humano. e) 2,5 . 10-6
e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é dife-
rente do coeficiente de dilatação do mercúrio. 19. (FATEC) Uma barra metálica, quando aquecida de
0 °C a 100 ° C, sofre um acréscimo de
15. (Fatec/SP) Um sistema A está em equilíbrio térmico comprimento igual a um milésimo do seu
com um outro B e este não está em equilíbrio térmicom comprimento a 0 °C. Podemos afirmar que o seu
com um outro C. Então, podemos dizer que coeficiente de dilatação linear, suposto constante,
a) os sistemas A e C possuem a mesma quantidade vale, em °C-1:
de calor. a) 1 . 10-3.
b) a temperatura de A é diferente da de B.
b) 1 . 10-4.
c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura.
c) 2 . 10-4.
d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C
pode ter temperatura igual à do sistema A. d) 1 . 10-5.
e) nenhuma das anteriores. e) 2 . 10-5.

16. (UFU) Uma ponte de aço tem 1 000 m de 20. (MACK) Uma barra metálica de coeficiente de
comprimento. O coeficiente de dilatação linear do dilatação linear médio de 2 . 10–5 °C –1 a 20 °C é
aço é de 11.10-6 °C -1 . A expansão da ponte, quando colocada no interior de um forno. Após a barra ter
a temperatura sobe de 0 para 30 °C, é de: atingido o equilíbrio térmico, verifica-se que seu
a) 33 cm. comprimento é 1 % maior. A temperatura do forno
é de:
b) 37 cm
a) 520 °C.
c) 41 cm.
b) 400 °C.
d) 52 cm.
c) 350 °C.
e) 99 cm.
d) 200 °C.
e) 100 °C.
17. (PUC-RS) Coloca-se água quente num copo de
vidro comum e em outro de vidro pirex. O vidro
comum trinca com maior facilidade que o vidro 21. (Fatec-SP) Uma barra de aço de 5,000 m, quando
pirex porque: submetida a uma variação de temperatura de
a) o calor específico do pirex é menor que o do Vidro 100 °C, sofre uma variação de comprimento de
comum. 6,0 mm. 0 coeficiente de dilatação linear do
alumínio é o dobro do aço. Então, uma barra de
b) o calor específico do pirex é maior que o do vidro
alumínio de 5,000 m, submetida a uma variação
comum.
de 50 °C, sofre uma dilatação de:
c) a variação de temperatura no vidro comum é maior.
a) 3,0 mm. d) 12,0 mm.
d) o coeficiente de dilatação do vidro comum é maior
b) 6,0 mm. e) 18,0 mm.
que o do vidro pirex.
c) 9,0 mm.
e) o coeficiente de dilatação do vidro comum é menor
que o do vidro pirex.

204 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

22. (UFU) No continente europeu uma linha férrea da 25. (UEMG) Considere as duas barras metálicas
ordem de 600 km de extensão tem sua temperatura descritas a seguir, ambas feitas de mesmo material
variando de - 10°C no inverno até 30 °C-1 no verão. e mesma área de secção transversal.
O coeficiente de dilatação linear do material de Barra 1: de comprimento 10 cm, sendo aquecida
que é feito o trilho é 10-5 °C -1 . A variação de de 20 ºC para 70 ºC. Seu comprimento aumenta
comprimento que os trilhos sofrem na sua extensão em um valor x.
é, em m, igual a:
Barra 2: de comprimento 20 cm, sendo aquecida
a) 40 de 20 ºC para 120 ºC.
b) 100 O comprimento da barra 2 sofrerá um aumento de
c) 140 valor:
d) 200 a) x.
e) 240 b) 2x.
c) 4x.
23. (Olimpíada Paulista de Física) É muito comum d) x/2.
acontecer de, quando copos iguais são
empilhados, colocando-se um dentro do outro, dois
26. (Mackenzie - SP) Três barras metálicas, A, B e C,
deles ficarem emperrados, tornando-se difícil
têm, a 0 ºC, seus comprimentos na proporção.
separá-los. Considerando o efeito da dilatação
térmica, pode-se afirmar que é possível retirar um
copo de dentro do outro se:
a) os copos emperrados forem mergulhados em água
bem quente. Para que esta proporção se mantenha constante
b) no copo interno for despejada água quente e o copo em qualquer temperatura (enquanto não houver
externo for mergulhado em água bem fria. mudança de estado de agregação molecular), os
c) os copos emperrados forem mergulhados em água coeficientes de dilatação linear dos materiais das
bem fria. respectivas barras deverão estar na proporção:

d) no copo interno for despejada água fria e o copo


externo for mergulhado em água bem quente. a)
e) não é possível separar os dois copos emperrados
considerando o efeito de dilatação térmica. b)

24. (UEPA) Os trilhos de trem, normalmente de 20 m c)


de comprimento, são colocados de modo a
manterem entre duas pontas consecutivas uma
pequena folga chamada junta de dilatação. Isso
evita que eles se espremam, sofrendo deformações d)
devido à ação do calor nos dias quentes. Considere
que uma variação de temperatura da noite para o e)
(meio) dia possa chegar a (aproximadamente) 25
°C, fazendo-os dilatar cerca de 5 mm. Nesse caso,
27. (Vunesp) A lâmina bimetálica da figura abaixo é
o coeficiente de dilatação linear do material de que
feita de cobre (α = 1,4.10-5 ºC-1) e de alumínio
é feito o trilho é, em °C-1 , de:
(α = 2,4.10 -5 ºC -1). Uma das partes não pode
a) 104
deslizar sobre a outra e o sistema está engastado
b) 1 numa parede.
c) 10-3
d) 2 . 10-5
e) 10-5

P R É - V E S T I B U L A R
205
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

Se na temperatura ambiente (27 ºC) ela é (01) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
horizontal, a afirmativa correta sobre o A é αa = 4.10–4 ºC–1.
comportamento da lâmina (α é o coeficiente de (02) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
dilatação linear) é: B é αb = 2.10–4 ºC–1.
a) Sempre se curva para baixo quando muda a (04) O coeficiente de dilatação térmica linear da barra
temperatura. B é αb = 4.10–4 ºC–1.
b) Sempre se curva para cima quando muda a (08) Quando a temperatura da barra A e da barra B
temperatura. chegarem em 100 ºC, a diferença de comprimento
c) Curva-se para baixo se θ > 27 ºC e para cima de entre as barras será de 13 cm.
θ < 27 ºC. (16) Se a temperatura da barra A e da barra B chegarem
d) Curva-se para cima se θ > 27 ºC e para baixo se em 120 ºC, a diferença de comprimento entre as
θ < 27 ºC. barras será de 9 cm.
e) Somente se curva se θ > 27 ºC. Dê como resposta a soma dos números que
precedem as afirmações corretas.
28. (Mackenzie-SP) O gráfico adiante nos permite
acompanhar o comprimento de uma haste
metálica em função de sua temperatura. O
coeficiente de dilatação linear do material que
30. (UFF-RJ) O gráfico mostra como varia o
constitui essa haste vale:
comprimento L de uma barra metálica em função
da temperatura θ. Podemos afirmar que o
coeficiente de dilatação volumétrica do metal é:

a) 2,0.10-5/ºC.
b) 6,0.10-5/ºC.
c) 4,0.10-5/ºC.
a) 2.10-5 ºC-1. d) 6.10-5 ºC-1. d) 8,0.10-5/ºC.
b) 4.10-5 ºC-1. e) 7.10-5 ºC-1. e) 10,0.10-5/ºC.
c) 5.10-5 ºC-1.

29. (Unemat-MT) A variação de comprimento, em 31. A figura abaixo ilustra a variação dos comprimentos
função da temperatura de duas barras metálicas, de duas barras A e B, que são aquecidas a partir
está representada no gráfico abaixo. Analise o de uma mesma temperatura.
gráfico e julgue as afirmações que seguem.

Sabendo-se que as duas linhas são paralelas, com


respeito aos comprimentos iniciais, LA e LB , das
barras e a seus coeficientes de dilatação linear, αA
e αB, é CORRETO afirmar que:

206 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

a) LA = LB e αA > αB b) a condutividade térmica do metal M é maior do


b) LA = LB e αA = αB que a condutividade térmica do metal N.
c) a quantidade de calor absorvida pelo metal M é
c) LA > LB e αA > αB
maior do que a quantidade de calor absorvida pelo
d) LA = LB e αA < αB metal N.
e) LA > LB e αA < αB d) o calor específico do metal M é maior do que o
calor específico do metal N.
32. (PUC/MG) Na figura abaixo, estão representadas e) o coeficiente de dilatação linear do metal M é maior
três chapas bimetálicas idênticas, formadas pela do que o coeficiente de dilatação linear do metal N.
sólida junção de uma chapa de aço e de uma cha-
pa de cobre, conforme indicado. Suas temperatu- 34. O comprimento L de uma barra, em função de sua
ras são, respectivamente, t1, t2 e t3. Sabe-se que temperatura t, é descrito pela expressão
os coeficientes de dilatação linear para esses ma-
teriais são: para o aço a = 11 x 10-6 °C-1; para o L = L0 + L0 α (t – t0),
cobre, a = 17 x 10-6 °C-1.

sendo L, o seu comprimento à temperatura t0 e α o


coeficiente de dilatação do material da barra.
Considere duas barras, X e Y, feitas de um mesmo
material. A uma certa temperatura, a barra X tem o
dobro do comprimento de barra Y. essas barras são,
então, aquecidas até outra temperatura, o que pro-
voca uma dilatação ΔX na barra X e ΔY na barra Y.
A relação CORRETA entre as dilatações das duas
barras é

ΔY
Assinale a alternativa que contém valores de t1, t2 a) ΔX = ΔY. c) ΔX =
2
e t3, NESSA ORDEM, compatíveis com a figura
a) 20°C, 50°C, -10°C. b) ΔX = 4 ΔY. d) ΔX = 2 ΔY.
b) 20°C, – 10°C, 50°C.
c) – 10°C, 20°C, 50°C. 35. Uma régua foi utilizada para medir o comprimento de
d) 50°C, – 10°C, 20°C. um objeto, estando ambos a uma temperatura de
15°C, Utilizando esta mesma régua para medir o com-
e) 50°C, 20°C, – 10°C.
primento do mesmo objeto em uma sala onde a tem-
peratura ambiente é de 40°C, pode-se afirmar que:
33. (UFMG) Duas lâminas de metais diferentes, M e
N, são unidas rigidamente. Ao se aquecer o con- a) o valor da medida de comprimento será menor que
junto até certa temperatura, este se deforma, con- aquele medido a 15°C, independentemente dos
forme mostra a figura a seguir: valores dos coeficientes de dilatação da régua e
do objeto a ser medido.
b) o valor da medida de comprimento será sempre
maior que aquele medido a 15°C, independente-
mente dos valores dos coeficientes de dilatação
da régua e do objeto a ser medido.
c) o valor da medida de comprimento será sempre o
mesmo em ambas as temperaturas, independen-
temente dos valores dos coeficientes de dilatação
da régua e do objeto a ser medido.
Com base na deformação observada, pode-se con- d) o valor da medida de comprimento poderá ser mai-
cluir que: or ou menor que aquele medido a 15°C, dependen-
a) a capacidade térmica do metal M é maior do que a do dos valores dos coeficientes de dilatação da
capacidade térmica do metal N. régua e do objeto a ser medido.

P R É - V E S T I B U L A R
207
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

e) o valor da medida de comprimento poderá ser mai- 38. (UFMG) A figura mostra um disco metálico de raio
or ou menor que aquele medido a 15°C, dependen- R com um orifício também circular, concêntrico,
do apenas do tamanho do objeto a ser medido. de raio r.

36. O coeficiente de dilatação térmica do alumínio (Al)


é, aproximadamente, duas vezes o coeficiente de
dilatação térmica do ferro (Fe). A figura mostra duas
peças onde um anel feito de um desses metais
envolve um disco feito do outro. À temperatura am-
biente, os discos estão presos aos anéis.

A temperatura t = 20°C, a relação entre esses rai-


os é R = 2r. a temperatura t2 = 40°C, a relação
entre o raio do disco R´ e do orifício r´ será:
a) R´ = r´.
Se as duas peças forem aquecidas uniformemen-
te, é correto afirmar que b) R´ = 2r´.
a) apenas o disco de Al se soltará do anel de Fe. c) R´ = 3r´.
b) apenas o disco de Fe se soltará do anel de Al. d) R´ = 4r´.
c) os dois discos se soltarão dos respectivos anéis. e) indefinida, porque depende do coeficiente da dila-
d) os discos não se soltarão dos anéis. tação do material.

37. (UFRN) João precisa abrir um recipiente de con- 39. (UFMG-MG) Uma lâmina bimetálica é constituída
serva cuja tampa está emperrada. O recipiente é de duas placas de materiais diferentes, M1 e M2
de vidro comum, e a tampa é de alumínio. Para presas uma à outra. Essa lâmina pode ser utilizada
facilitar a abertura, sugeriu-se que ele colocasse a como interruptor térmico para ligar ou desligar um
tampa próximo da chama do fogão por alguns se- circuito elétrico, como representado, esquema-
gundos e, imediatamente após afastar o recipiente ticamente, na figura I:
de chama, tentasse abri-lo. O procedimento suge- Quando a temperatura das placas aumenta, elas
rido vai favorecer a separação entre a tampa e o dilatam-se e a lâmina curva-se, fechando o circuito
recipiente, facilitando a tarefa de destampá-lo, por- elétrico, como mostrado na figura II. Esta tabela
que mostra o coeficiente de dilatação linear α de
a) o coeficiente de dilatação térmica do vidro é maior diferentes materiais:
que o do alumínio.
b) o coeficiente de dilatação térmica do alumínio é
maior que o do vidro.
c) o calor da chama diminui a pressão interna do lí-
quido da conserva.
d) o calor da chama diminui o volume do recipiente.

208 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

42. (UFMT) Uma peça retangular maciça de alumínio


encaixa-se perfeitamente em um buraco feito em
uma outra chapa de alumínio, como mostra a figura.
Analise as afirmativas e dê como resposta a soma
dos números que antecedem as afirmações
corretas.
Considere que o material M1 é cobre e o outro, M2,
deve ser escolhido entre os listados nessa tabela.
Para que o circuito seja ligado com o menor
aumento de temperatura, o material da lâmina M2
deve ser o:
a) aço c) bronze
b) alumínio d) níquel

40. (PUC-SP) Três barras – AB, BC e AC – são


dispostas de modo que formem um triângulo
isósceles. O coeficiente de dilatação linear de AB
e BC é α, e o de AC é 2α. A 0°C, os comprimentos
de AB e BC valem 2 L e o de AC vale L. Aquecendo-
se o sistema à temperatura t, observa-se que:

(01) Se a peça e a chapa forem aquecidas até uma


mesma temperatura, a peça passará a não se
encaixar perfeitamente no buraco da chapa.
(02) Se somente a chapa for aquecida, a peça se
encaixará com folga no buraco da chapa.
(04) Se somente a chapa for resfriada, a peça passará
a) o triângulo torna-se eqüilátero. a não se encaixar no buraco da chapa.
b) o triângulo deixa de ser isósceles. (08) Se somente a peça for resfriada, então ela passará
c) não há alteração dos ângulos θ e γ. a se encaixar com folga no buraco da chapa.
d) as barras AB e BC dilatam-se o dobro de AC. (16) Se somente a peça for aquecida, então ela
passará a não se encaixar no buraco da chapa.
e) as três barras sofrem dilatações iguais.

41. (UNIVEST-SP) Um arame


é encurvado em forma de
um aro circular de raio R, 43. (UEL-PR) Considere uma arruela de metal com
tendo, porém, uma folga d raio interno r0 e raio externo R0, em temperatura
entre suas extremidades, ambiente, tal como representado na figura abaixo.
conforme indica a figura ao Quando aquecida a uma temperatura de 200 ºC,
lado. Aquecendo-se esse verifica-se que:
arame, é correto afirmar que a medida de R e a a) o raio interno r0 diminui e o raio externo R0 aumenta.
medida de d, respectivamente:
b) o raio interno r0 fica constante e o raio externo R0
a) aumentará – não se alterará. aumenta.
b) aumentará – aumentará. c) o raio interno r0 e o raio externo R0 aumentam.
c) aumentará – diminuirá. d) o raio interno r0 diminui e o raio externo R0 fica
d) não se alterará – aumentará. constante.
e) não se alterará – diminuirá. e) o raio interno r0 aumenta e o raio externo R0 fica
constante.

P R É - V E S T I B U L A R
209
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

44. (UEPG-PR) Uma metalúrgica ajusta um pistão de a) 1,4 . 102 litros.


alumínio de 85 mm de diâmetro a um motor cujo b) 1,4 . 103 litros.
cilindro é de ferro e tem um diâmetro interno de
c) 5,2 . 103 litros.
85,065 mm a uma temperatura de 25 ° C. A
temperatura de regime de trabalho do motor, para d) 1,5 . 104 litros.
que seu desempenho não seja afetado, deve ser e) 5,2 . 104 litros.
imediatamente inferior a: (Dados: coeficiente de
dilatação do alumínio: 23 . 10-6 °C-1; coeficiente 48. (UFRS) Um sólido homogêneo apresenta, a 5 °C,
de dilatação do ferro: 12 . 10-6 °C-1.) um volume igual a 4,00 dm3. Aquecido até 505 °C,
a) 25 °C. seu volume aumenta de 0,06 dm3. Qual o coeficiente
b) 216,7 °C. de dilatação linear aproximado do material desse
c) 432 °C. sólido?

d) 94,5 °C. a) 3 . 10-5 °C-1 .

e) Nenhuma das alternativas anteriores é correta. b) 2 . 10-5 °C-1 .


c) 1,5 . 10-5 °C-1 .

45. (ITA) Um anel de cobre, a 25°C, tem um diâmetro d) 1 . 10-5 °C-1 .


interno de 5 cm. Quais das opções abaixo e) 0,5 . 10-5 °C-1 .
corresponderá ao diâmetro interno desse mesmo
anel a 275°C, admitindo que o coeficiente de 49. (PUC-SP) Uma esfera de aço tem um volume de
dilatação térmica do cobre no intervalo de 0 ° C a 100 cm 3 a 0°C. Sabendo que o coeficiente de
300° C seja constante e igual a 1,6.10–5 °C–1 ? dilatação linear do aço é de 12 . 10 -6 °C -1 , o
acréscimo de volume sofrido por essa esfera,
a) 4, 98 cm quando aquecida a 500 °C, em cm3, é de:
b) 5,01 cm. a) 0,6.
c) 5,02 cm. b) 1,2.
d) 5,08 cm. c) 1,8.
e) 5,12 cm. d) 3,6.
e) 5,0.
46. (UEBA) Uma peça de zinco é construída a partir
de uma chapa quadrada de lado 30 cm, da qual foi 50. (UCSAL-BA) Ao aquecer uma esfera metálica
retirado um pedaço de área de 500 cm2. Elevando- maciça de 30 °C a 70 °C, seu volume sofre um
se de 50°C a temperatura da peça restante, sua aumento de 0,60%. O coeficiente de dilatação
área final, em cm2, será mais próxima de: linear médio do metal, em °C-1, vale:
(Dado: coeficiente de dilatação linear do zinco = 2,5 . 10-5 °C-1) a) 1,5 . 10-6. d) 5,0 . 10-5.
a) 400 b) 5,0 . 10-6. e) 1,5.10-4
b) 401 c) 1,5 . 10-5.
c) 405
d) 408 51. (UFPI) O coeficiente de dilatação volumétrica do
e) 416 azeite é de 8 . 10-4 °C-1. A variação de volume de 1
litro de azeite, quando sofre um acréscimo de
temperatura de 50 °C, é, em cm3, de:
47. (UFF-RJ) O dono de um posto de gasolina consulta
uma tabela de coeficientes de dilatação volumétrica a) 4 . 10-4.
obtendo? γálcool = 10–3 °C–1. Assim, ele verifica que b) 8 . 10-2.
se comprar 14 000 litros do combustível em um c) 8.
dia em que a temperatura do álcool é de 20 °C e d) 40.
revendê-los num dia mais quente, em que esta
e) 400.
temperatura seja de 30 °C, estará ganhando:

210 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

52. (Mack-SP) Um corpo de capacidade térmica de 56. (Cesgranrio-RJ) Um bloco de certo metal tem seu
50 cal/°C, ao receber 5,0 .103 cal, varia seu volume volume dilatado de 200 cm3 para 206 cm3 quando
de 10,0 litros para 10,3 litros. O coeficiente de sua temperatura aumenta de 20 ºC para 520 ºC.
di-latação linear do material que constitui esse Se um fio desse mesmo metal, tendo 100 cm de
corpo, nessa variação de temperatura, vale: comprimento a 20 ºC, for aquecido até a
a) 1,0 . 10-4 °C-1 . temperatura de 520 ºC, então seu comprimento
em centímetros passará a valer:
b) 2,0 . 10-4 °C-1 .
a) 101.
c) 3,0 . 10-4 °C-1 .
b) 102.
d) 1,0 . 10-5 °C-1 .
c) 103.
e) 3,0 . 10-5 °C-1 .
d) 106.
e) 112.
53. (Santa Casa) A temperatura de um corpo
homogêneo aumen-ta de 20 °C para 920 °C e ele
continua em esta-do sólido. A variação percentual 57. (Uesb-BA) Um tanque cheio de gasolina de um
do volume do corpo foi de 3,24%. O coeficiente de automóvel, quando exposto ao sol por algum
dilatação linear médio do material, em 10-6 °C-1 , tempo, derrama uma certa quantidade desse
vale: combustível. Desse fato, conclui-se que:
a) 12,0 a) só a gasolina se dilatou.
b) 24,0 b) a quantidade de gasolina derramada representa
c) 32,4 sua dilatação real.
d) 120 c) a quantidade de gasolina derramada representa
sua dilatação aparente.
e) 240
d) o tanque dilatou mais que a gasolina.
e) a dilatação aparente da gasolina é igual à dilatação
54. (UEL-PR) Uma peça sólida tem uma cavidade cujo
do tanque.
volume vale 8 cm3 a 20 °C-1 . A temperatura da
peça varia para 920 °C e o coeficiente de dilatação
linear do sólido (12 . 10-6 °C-1 ) pode ser considerado 58. (UEL-PR) Um copo de vidro de capacidade 100
constante. Supondo que a pres-são interna da cm3, a 20,0 ºC, contém 98,0 cm3 de mercúrio a
cavidade seja sempre igual à externa, a variação essa temperatura. O mercúrio começará a
percentual do volume da cavidade foi de: extravasar quando a temperatura do conjunto, em
a) 1,2% ºC, atingir o valor de:
b) 2,0%
c) 3,2% Dados:
d) 5,8% Coeficientes de dilatação cúbica:
e) 12% mercúrio = 180.10-6 ºC-1
vidro = 9,00.10-6 ºC-1
55. (ITA-1994) Um bulbo de vidro cujo coeficiente de
dilatação linear é 3 ·10-6 ºC-1 está ligado a um capilar a) 300.
do mesmo material. À temperatura de -10,0 ºC a b) 240.
área da secção do capilar é 3,0·10-4 cm² e todo o
c) 200.
mercúrio cujo coeficiente de dilatação volumétrica
é 180·10-6 ºC-1 ocupa o volume total do bulbo, que d) 160.
a esta temperatura é 0,500 cm³. O comprimento e) 140.
da coluna de mercúrio a 90,0 ºC será:
a) 270 mm. d) 300 mm.
b) 540 mm. e) 257 mm.
c) 285 mm.

P R É - V E S T I B U L A R
211
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

59. (FCC-SP) Uma peça sólida tem uma cavidade cujo b) pela diminuição da densidade da água de 0 ºC a 4
volume vale 8 cm3 a 20 ºC. A temperatura da peça ºC, seguido do aumento da densidade a partir de
varia para 920 ºC e o coeficiente de dilatação linear 4 ºC.
do sólido (12.10 -6 ºC -1) pode ser considerado c) pelo aumento do volume da água a partir de 0 ºC.
constante. Supondo que a pressão interna da
d) pelo aumento da densidade da água de 0 ºC a 4
cavidade seja sempre igual à externa, a variação
ºC, seguido da diminuição da densidade a partir
percentual do volume da cavidade foi de:
de 4 ºC.
a) 1,2%. d) 5,8%.
e) pela diminuição do volume da água a partir de 0
b) 2,0%. e) 12%. ºC.
c) 3,2%.
62. (FUVEST-SP) Um termômetro especial, com
60. (PUC-PR) Sobre a dilatação térmica dos corpos, líquido dentro de um recipiente de vidro, é
é correto afirmar: constituído de um bulbo de 1 cm3 e um tubo com
I. A água, ao ser aquecida, sempre diminui de seção transversal de 1 mm2. À Temperatura de
volume. 20°C, o líquido preenche completamente o bulbo
até a base do tubo. À temperatura de 50°C o líquido
II. Quando uma chapa metálica com um furo se dilata,
preenche o tubo até uma altura de 12 mm.
o furo diminui.
Considere desprezíveis os efeitos da dilatação do
III. O aumento do comprimento de uma haste vidro e da pressão do gás acima da coluna do
metálica é diretamente proporcional ao seu líquido. Podemos afirmar que o coeficiente de
comprimento inicial. dilatação volumétrica médio do líquido vale:
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) As afirmativas II e III são verdadeiras.
e) As afirmativas I e III são verdadeiras.

61. (Ufla-MG) Um bulbo de vidro conectado a um tubo a) 3 . 10-4 °C-1 d) 20 . 10-4 °C-1
fino, com coeficiente de dilatação desprezível,
b) 4 . 10-4 °C-1 e) 36 . 10-4 °C-1
contendo certa massa de água na fase líquida, é
mostrado a seguir em três situações de c) 12 . 10-4 °C-1
temperatura. Na primeira, o sistema está a 4 ºC;
na segunda, a 1 ºC e, na terceira, a 10 ºC. Conforme 63. O diagrama mostra o volume V de uma amostra de
a temperatura, a água ocupa uma certa porção do água, em função da temperatura t.
tubo.

Com base no diagrama, considere as asserções:


I. A água apresenta dilatação aproximadamente re-
Tal fenômeno é explicado: gular no intervalo de temperatura de 10°C a 30°C.
a) pelo aumento de volume da água de 0 ºC a 4 ºC, II. A densidade da água aumenta quando a tempera-
seguido da diminuição do volume a partir de 4 ºC. tura passa de 1°C para 4°C.

212 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

III. A densidade da água diminui quando a temperatu-


ra passa de 20°C para 10°C.

Dessas asserções, somente


a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) I e III são corretas.

ANOTAÇÕES:

P R É - V E S T I B U L A R
213
Unidade I Temperatura e Dilatação FÍSICA III

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1 (PUC-PR)
Dois termômetros graduados em Celsius e Fahrenheit medem, simultaneamente, a temperatura de um vaso com
água quente. Se os termômetros acusam uma diferença de 50 graus na leitura, qual a temperatura da água em ºC?

QUESTÃO 2 (Mackenzie-SP)
Dispões-se de um termômetro calibrado numa escala arbitrária que adota -10 ºX para a temperatura 10 ºC e 70 ºX
para a temperatura 110 ºC. Com este termômetro mediu-se a temperatura de uma cidade que registra, no momento,
77ºF. Determine esta medida em ºX.

QUESTÃO 3 (UFRJ)
Em uma escala termométrica, que chamaremos de escala médica, o grau é chamado de grau médico e é
representado por ºM. A escala médica é definida por dois procedimentos básicos: no primeiro faz-se corresponder
0 ºM a 36 ºC e 100 ºM a 44ºC; no segundo, obtém-se uma unidade de ºM pela divisão 0ºM a 100ºM em cem
partes iguais.
A) Calcule a variação, em graus médicos, que corresponde à variação de 1ºC.
B) Calcule, em graus médicos, a temperatura de um paciente que apresenta uma febre de 40ºC.

QUESTÃO 4 (FEI-SP)
Um alarme de incêndio funciona com uma barra que quando dilata aciona um circuito que dispara o alarme. O
coeficiente de dilatação linear do material da barra é á = 10-3 ºC-1 e a distância que fecha o circuito é 4 mm.
Sabendo-se que o comprimento da barra é 5 cm quando T = 20 ºC, qual a mínima temperatura do ambiente
para disparar o alarme?

QUESTÃO 5 (UFRRJ)
Pela manhã, com temperatura de 10 ºC, João encheu completamente o tanque de seu carro com gasolina e
pagou R$ 33,00. Logo após o abastecimento, deixou o carro no mesmo local, só voltando para buscá-lo mais
tarde, quando a temperatura atingiu a marca de 30 ºC.
Sabendo-se que o combustível extravasou, que o tanque não dilatou e que a gasolina custou R$ 1,10 o litro,
quanto João perdeu em dinheiro?
Dado: Coeficiente de dilatação térmica da gasolina igual a 1,1.10-3 ºC-1.

214 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III

UNIDADE II
O CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO
1 - O Calor
2 - Os Processos de Transferência de Calor

II.1- O CALOR

O sentido da transferência espontânea de energia é sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio.
Essa energia que é transferida é o que chamamos de calor. O calor não está contido em um objeto, mas é
transferido de um corpo a outro, por isso é definido como energia em trânsito. Referimo-nos à energia interna do
corpo, ou seja, à soma das energias cinética de translação das molédulas, de rotação das moléculas e a energia
dos átomos dentro das moléculas.

QUESTÃO DE FIXAÇÃO

1. (UFRS) De acordo com os modernos conceitos de Física, quando a temperatura de um corpo é aumentada, a
energia que ele possui em seu interior, denominada energia interna, também aumenta. Se esse corpo é colocado
em contato com outro, de temperatura mais elevada, haverá transferência de energia do segundo para o primeiro,
energia essa que é denominada calor. Qual das alternativas interpreta corretamente o que foi afirmado acima?
a) Calor é a quantidade de energia interna que o corpo possui.
b) O trânsito de calor entre dois corpos, de resto isolados, implica variação de suas energias internas.
c) Um corpo isolado possui uma certa quantidade de calor.
d) Calor é o mesmo que temperatura.
e) Calor é sinônimo de trabalho.

II. 2- OS PROCESSOS DE TRANFERENCIA DE CALOR

Existem três maneiras distintas de transferir calor de um corpo a outro; CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E
RADIAÇÃO.

CONDUÇÃO
Quando colocamos o pé na areia quente, parte da energia térmica
contida na areia passou para o nosso pé que sofre um aumento rápido de
temperatura, daí a sensação de queimadura. Esse modo de propagação
de energia térmica é chamado de condução e ocorre sempre que dois
corpos de diferentes temperaturas são colocados em contato. É uma
maneira muito comum de propagação de calor, que ocorre no nosso dia-a-
dia. É importante observar também que as partículas nesse processo
permanecem vibrando em torno das suas posições de equilíbrio, não se
deslocam, ao contrário do que acontece com a energia. Esse tipo de
transferência de calor ocorre necessariamente com a existência de um meio

P R É - V E S T I B U L A R
215
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III

material de propagação. Por exemplo: quando colocamos uma panela com água para aquecer, a chama do fogo
fornece energia térmica para o metal da panela. O metal, por sua vez, conduz o calor para o interior da panela, aquecendo
a água que lá se encontra.
Os metais são ótimos condutores térmicos por possuírem elétrons externos fracamente ligados, que são livres
para transportar energia por meio de colisões.Maus condutores de calor possuem elétrons externos muito fortemente
ligados e são chamados isolantes (madeira, lã, papel, cortiça, etc).

CONVECÇÃO
Líqüidos e gases transferem calor principalmente por
convecção, pois esse processo depende do movimento
do fluido. A energia transferida, diferentemente do
processo condução, que envolve transmissão de calor
através das colisões dos átomos, necessita do
movimento de massa.Quando aquecemos um líquido
armazenado em um recipiente qualquer, aquecemos
primeiramente as moléculas em contato com o recipiente,
que passam a se mover mais rapidamente, afastando-se
uma das outras, tornando o líquido menos denso. O
líquido que está em cima, mais denso, ocupa o lugar do
menos denso, criando aí uma movimentação no fluido,
mais conhecida como correntes de convecção. As brisas
marítimas e terrestres são formadas por essas
correntes.Durante o dia, o ar que está sobre a areia se
torna menos denso sobe e abre um espaço. que é
rapidamente ocupado pelo ar mais frio, aquele que está
sobre o mar. Forma-se assim, uma corrente de ar que
chamamos de brisa marítima, pois sopra do mar para a
terra. Depois que o Sol se põe, a água e a areia deixam
de receber calor e começam a esfriar. Mas a areia esfria
rapidamente (à noite ela fica
gelada), e a água do mar demora a esfriar. Por isso, à
noite, o mar fica quentinho. O ar que está sobre o mar fica
mais quente do que o ar que está sobre a areia. Mais
aquecido fica menos denso e sobe. Assim, o ar que está
sobre a areia se desloca em direção ao mar: é a brisa
terrestre (observe as duas figuras ao lado).

Em uma geladeira
também ocorre o mesmo processo, o congelador, ao resfriar o ar, permite que esse ar
ocupe o lugar do ar mais quente logo abaixo, criando assim uma circulação de ar e
resfriando toda a geladeira, como mostra a figura a seguir. O mesmo princípio é levado
em conta ao se instalar aparelhos de ar condicionado, normalmente estrategicamente
localizados na parte de cima dos ambientes.

216 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III

RADIAÇÃO

A energia que chega a Terra através do Sol não


pode ser transmitida nem por condução, nem por
convecção, já que existe um espaço vazio, e esses
dois processos dependem de meios materiais para a
propagação. A radiação é a maneira que a energia
radiante do Sol chega até a Terra, através de ondas
eletromagnéticas.Podemos constatar a existência da
radiação térmica, ao aproximarmo-nos de uma brasa
incandescente. Mesmo se o ar ao nosso redor estiver
frio, percebemos um aquecimento da nossa pele.
Nessa situação, a maior parte do calor que nos atinge
não se propaga por convecção no ar, e sim na forma
de radiação eletromagnética.

Um exemplo de aplicação da radiação ou


irradiação é a estufa de plantas. A luz solar (energia
radiante) atravessa as paredes transparentes de vidro
e é absorvida pelos corpos de dentro da estufa.O vidro
impede que as correntes de convecção misturem o ar
mais frio exterior com o ar mais quente do interior da
estufa. Posteriormente, essa energia é emitida na
forma de raios infravermelhos que não atravessam o
vidro (o vidro é um material opaco para os raios infravermelhos). Dessa maneira, o ambiente interno mantém-se
aquecido. Utilizando os mesmos princípios físicos, podemos entender o efeito estufa.
A atmosfera da Terra é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar, e absorvem grande parte
do calor (a radiação infravermelha térmica), emitido pela superfície aquecida da Terra. Devido à atmosfera, a
temperatura média da superfície do Planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura
média da Terra seria de 18°C abaixo de zero, ou seja, ele é responsável por um aumento de 33°C. Portanto, é
benefício ao planeta, pois cria condições para a existência de vida. Os gases de estufa (dióxido de carbono (CO2),
metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s (CFxClx)) absorvem alguma parte da radiação infravermelha emitida pela
superfície da Terra e radiam por sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a
superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a recebida pelo Sol e a superfície fica cerca de
30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases estufa.

P R É - V E S T I B U L A R
217
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III

Outro exemplo de propagação de calor por radiação são as garrafas térmicas,


recipientes destinados a impedir a troca de calor entre seu conteúdo e o meio ambiente.
Essa vasilha também impede a propagação do calor por condução e por convecção. É
constituída de paredes duplas entre as quais se retira quase todo o ar, evitando que o
calor se perca por convecção ou condução. E, para evitar as perdas de calor por
radiação, as paredes são espelhadas: a interna, na parte em contato com o líquido,
para refletir as ondas de calor do interior impedindo-as de sair; e a externa, na parte
de fora, para refletir as ondas de calor que vêm do ambiente, impedindo-as de entrar.

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Se você tivesse de entrar num forno quente, preferiria ir:
a) nu
b) envolto em roupa de seda
c) envolta em roupa de lã recoberta com alumínio
d) envolta em roupa de lã
e) envolta em roupa de linho preto.

2. (FAAP-SP) As garrafas térmicas são frascos de paredes duplas, entre as quais é feito o vácuo. As faces destas
paredes que estão frente a frente são espelhadas.
As faces das paredes são espelhadas para evitar:
a) a dilatação do vidro.
b) a irradiação.
c) a condução.
d) a convecção.
e) a condução e a irradiação.

218 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA III

3. (PUC-MG) Assinale a opção INCORRETA:


a) A transferência de calor por condução só ocorre nos sólidos.
b) A energia gerada no Sol alcança a Terra por radiação.
c) Na transferência de calor por convecção, ocorre transporte de matéria.
d) A transferência de calor por convecção ocorre nos gases e líquidos.
e) Uma barra de alumínio conduz melhor o calor do que uma barra de madeira.

QUESTÃO RESOLVIDA

1. (UFRS) No interior de uma geladeira, a temperatura é aproximadamente a mesma em todos os pontos


graças à circulação do ar. O processo de transferência de energia causado por essa circulação de ar é
denominado:
a) radiação
b) convecção
c) condução
d) compressão
e) reflexão
Resposta: b
O congelador é colocado na parte superior da geladeira esfriando o ar em contato com ele e permitindo que
esse ar ocupe o lugar do ar quente esfriando a geladeira em todos os pontos (convecção).

ANOTAÇÕES:

P R É - V E S T I B U L A R
219
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

QUESTÕES PROPOSTAS
1. (PUC MG ). Quando seguramos uma casquinha 5. (Ufscar–SP) Um grupo de amigos compra barras
com uma generosa bola de sorvete, sentimos de gelo para um churrasco, num dia de calor. Como
nossa mão esfriar quando ela está abaixo da bola, as barras chegam com algumas horas de
mas não temos essa sensação se posicionarmos antecedência, alguém sugere que sejam envolvidas
a mão alguns centímetros acima da bola. Isso
num grosso cobertor para evitar que derretam
indica que a transferência de calor está se dando
demais.
preferencialmente por:
a) condução.
Essa sugestão
b) convecção.
a) é absurda, porque o cobertor vai aquecer o gelo,
c) radiação.
derretendo–o ainda mais depressa.
d) condução e radiação.
b) é absurda, porque o cobertor facilita a troca de calor
e) convecção e radiação.
entre o ambiente e o gelo, fazendo com que ele
derreta ainda mais depressa.
2. (UNIPAC) Usando um agasalho de lã, as pessoas c) é inócua, pois o cobertor não fornece nem absorve
sentem-se aquecidas. Isso acontece porque: calor ao gelo, não alterando a rapidez com que o
a) a lã fornece calor ao corpo. gelo derrete.
b) a lã reduz a transferência de calor do corpo para o d) faz sentido, porque o cobertor facilita a troca de
meio exterior. calor entre o ambiente e o gelo, retardando o seu
c) a lã é boa condutora de calor. derretimento.
d) a lã impede a transpiração. e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a troca de
calor entre o ambiente e o gelo, retardando o seu
3. (Uniube–MG) Quando, numa noite de baixa derretimento.
temperatura, vamos para a cama, nós a
encontramos fria, mesmo que sobre ela estejam 6. Leia atentamente cada uma das afirmações que
vários cobertores de lã. Passado algum tempo nos se seguem:
esquecemos porque
a) o cobertor de lã impede a entrada do frio.
I. O congelador de uma geladeira comum é sempre
b) o cobertor de lã não é aquecedor, mas sim um
posto na parte superior do aparelho.
bom isolante térmico.
II. Um pedaço de carne assa mais rapidamente em
c) o cobertor de lã só produz calor quando em contato
um forno convencional se houver palitos de metal
com o nosso corpo.
penetrando–o.
d) o cobertor de lã não é um bom absorvedor de frio.
III. Um satélite espacial em órbita transmite, para o
e) o corpo humano é um absorvedor de frio. espaço vazio, o calor produzido pelo funcionamento
de seus componentes eletrônicos.
4. Considere três fenômenos simples
I. Circulação do ar no interior de uma geladeira. Em cada fato descrito acima, predomina uma forma
II. Aquecimento de uma barra de ferro em contato de transferência de calor. A alternativa que relaciona
com uma chama. CORRETAMENTE cada fato com essa forma
predominante é:
III. Aquecimento da Terra pelo sol.
O principal tipo de transferência de calor que ocorre
nesses fenômenos, respectivamente, é a) I – condução; II – convecção; III – radiação.
a) convecção, condução, irradiação. b) I – convecção; II – condução; III – radiação.
b) convecção, condução, condução. c) I – radiação; II – condução; III – radiação.
c) irradiação, condução, convecção. d) I – convecção; II – condução; III – condução.
d) condução, irradiação, convecção.

220 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

7. (PUC–SP) Observe as figuras a seguir sobre a 8. (FAAP–SP) Uma estufa para flores, construída em
formação das brisas marítima e terrestre. alvenaria, com cobertura de vidro, mantém a
temperatura interior bem mais elevada do que a
exterior. Das seguintes afirmações
I. O calor entra por condução e sai muito pouco por
convecção.
II. O calor entra por radiação e sai muito pouco por
convecção.
III. O calor entra por radiação e sai muito pouco por
condução.
IV. O calor entra por condução e convecção e só pode
sair por radiação.
A(s) alternativa(s) que pode(m) justificar a elevada
temperatura do interior da estufa é(são):
a) I, III c) IV e) II
b) I, II d) II, III

9. (UECE) O chamado efeito estufa, devido ao excesso


de gás carbônico presente na atmosfera, provocado
pelos poluentes, faz aumentar a temperatura porque
Durante o dia, o ar próximo à areia da praia se a) a atmosfera é transparente à energia radiante do
aquece mais rapidamente do que o próximo à Sol e opaca às ondas de calor.
superfície do mar. Desta forma o ar aquecido do b) a atmosfera é opaca à energia radiante do Sol e
continente sobe e o ar mais frio do mar desloca– transparente para ondas de calor.
se para o continente, formando a brisa marítima. À c) a atmosfera é transparente tanto para a energia
noite, o ar sobe o oceano permanece aquecido mais radiante do sol como para as ondas de calor.
tempo do que o ar sobre o continente, e o processo
d) a atmosfera funciona como um meio refletor para a
se inverte. Ocorre então a brisa terrestre.
energia radiante e como meio absorvente para a
Dentre as alternativas a seguir, indique a que energia térmica.
explica, corretamente, o fenômeno apresentado.
a) É um exemplo de convecção térmica e ocorre pelo
10. Atualmente, a energia solar está sendo muito
fato de a água ter um calor específico maior do
utilizada em sistemas de aquecimento de água.
que a areia. Desta forma, a temperatura da areia
Nesses sistemas, a água circula entre um
se altera mais rapidamente.
reservatório e um coletor de energia solar. Para o
b) É um exemplo de condução térmica e ocorre pelo
perfeito funcionamento desses sistemas, o
fato de a areia e a água serem bons condutores
reservatório deve estar em um nível superior ao do
térmicos. Desta forma, o calor se dissipa
coletor, como mostrado nesta figura:
rapidamente.
c) É um exemplo de irradiação térmica e ocorre pelo
fato de a areia e a água serem bons condutores
térmicos. Desta forma, o calor se dissipa
rapidamente.
d) É um exemplo de convecção térmica e ocorre pelo
fato de a água ter um calor específico menor do
que a areia. Desta forma, a temperatura da areia
se altera mais rapidamente.
e) É um processo de estabelecimento de equilíbrio
térmico e ocorre pelo fato de a água ter uma
capacidade térmica desprezível.

P R É - V E S T I B U L A R
221
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

No coletor, a água circula através de dois canos 12. (UFRN) Em qual dos meios o calor se propaga
horizontais ligados por vários canos verticais. A por convecção?
água fria sai do reservatório, entra no coletor, onde a) água
é aquecida, e retorna ao reservatório por
b) vidro
convecção.
c) madeira
Na página seguinte, nas quatro alternativas, estão
representadas algumas formas de se conectar o d) metal
reservatório ao coletor. As setas indicam o sentido e) vácuo
de circulação da água.
Assinale a alternativa em que estão
CORRETAMENTE representados o sentido da 13. (UFMA) A irradiação é o único processo possível
circulação da água e a forma mais eficiente para de transmissão de energia:
se aquecer toda a água do reservatório.
a) nos gases
b) nos sólidos em geral
c) nos líquidos
a) b)
d) nos cristais
e) no vácuo.

14. (UFES) O uso de chaminés para escape de gases


quentes provenientes de combustão é uma
aplicação do processo térmico de:
a) radiação
b) condução
c) absorção
d) convecção
e) dilatação
c) d)

15. (OBF) Considere os três fenômenos descritos


abaixo:
I. Circulação do ar no interior de uma geladeira.
II. Aquecimento de uma barra de ferro em contato
com uma chama.
III. Aquecimento da Terra pelo Sol.

11. (UFRS) Se o vácuo existente entre as paredes de As transferências de calor que ocorrem nestes
vidro de uma garrafa térmica fosse total, propagar- fenômenos são respectivamente:
se-ia calor de uma parede para a outra, apenas a) Convecção, condução, irradiação.
por: b) Convecção, condução, condução.
a) convecção c) Irradiação, condução, convecção.
b) radiação d) Condução, irradiação, convecção.
c) condução e) Condução, condução, convecção.
d) convecção e radiação
e) condução e convecção.

222 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

16. (Mackenzie-SP) Numa noite de inverno, o dormitório Só nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, foram
de Serginho apresentava uma temperatura ambiente duas medalhas de ouro das quatro conquistadas.
de 10 ºC. Para não sentir frio durante a madrugada,
ele esticou sobre a cama três cobertores de lã bem
espessos e aguardou alguns minutos. Em seguida,
deitou-se e percebeu que a cama continuava muito
fria. Após um certo tempo na cama, bem coberto,
sentiu que o “frio passou” e que a cama estava
quente. Tal fato explica-se, pois:
a) o frio não existe e a sensação de Serginho era Sabendo que a prática desse esporte exige uma
apenas psicológica. forte interação com o espaço geográfico e a
b) os cobertores não são aquecedores, mas isolantes natureza, caracterize corretamente a brisa
térmicos. Depois de Serginho deitar-se, seu corpo marítima.
aqueceu a cama. a) Sopra durante o dia do oceano (com menor
c) a cama provavelmente não tinha lençóis de lã e, temperatura) para o continente (com maior
então, o calor produzido pelos cobertores foi perdido temperatura).
para o ambiente. Quando Serginho se deitou, b) Sopra durante o dia do oceano (com menor
interrompeu esse processo. pressão) para o continente (com maior pressão).
d) os cobertores de lã provavelmente eram de cor clara c) Sopra durante a noite do continente (com maior
e, por isso, demoraram muito para aquecer a cama. temperatura) para o oceano (com menor
Após Serginho ter-se deitado, foi necessário mais temperatura).
algum tempo para que a cama ficasse quente.
d) Sopra durante a noite do continente (com maior
e) a lã utilizada para a confecção dos cobertores é pressão) para o oceano (com menor pressão).
um aquecedor natural muito lento e a temperatura
e) Sopra durante o dia ou durante a noite, sempre
de Serginho, de aproximadamente 37 ºC, não era
que ocorrem chuvas que reduzem a temperatura.
suficiente para aquecer a cama.

20. (Ulbra-RS) As prateleiras gradeadas, no interior de


17. (UNISINOS-RS) No inverno costumamos usar
uma geladeira, além de garantir a guarda dos
roupas grossas de lã. Este fato ocorre porque a lã:
alimentos, têm uma função térmica muito
a) tem um alto coeficiente de condutibilidade térmica. importante, que é a de facilitar:
b) aquece nosso corpo. a) a irradiação de calor no congelador.
c) impede a entrada do frio. b) a circulação de calor no interior da geladeira por
d) é um bom isolante térmico. condução.
e) conduz facilmente o calor. c) o deslocamento do calor retirado dos alimentos
até o congelador, por convecção.
d) a diferenciação de temperatura nos diferentes
18. (PUC-RS) Numa cozinha, é fácil constatar que a
pontos no interior da geladeira.
temperatura é mais elevada próximo ao teto do
que próximo ao chão, quando há fogo no fogão. e) o deslocamento do ar frio, do congelador para os
Isso é devido ao fato de o: alimentos.

a) calor não se propagar para baixo.


b) calor não se propagar horizontalmente. 21. (UNISINOS-RS) Profissionais da área de saúde
recomendam o uso de roupas claras para a prática
c) ar quente subir, por ser menos denso que o ar frio. de exercícios físicos, como caminhar ou correr,
d) ar quente subir, por ser mais denso que o ar frio. principalmente no verão. A preferência por roupas
e) ar frio descer, por ser menos denso que o ar quente. claras se deve ao fato de que elas:
a) absorvem menos radiação térmica do que as roupas
escuras.
19. (UFF-RJ) A vela é a modalidade de esporte que
mais medalhas já deu ao Brasil em Olimpíadas. b) refletem menos a radiação térmica do que as roupas
escuras.

P R É - V E S T I B U L A R
223
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

c) absorvem mais a radiação térmica do que as residência típica. Para diminuir as perdas térmicas
roupas escuras. de uma geladeira, podem ser tomados alguns
d) impedem a formação de correntes de convecção cuidados operacionais:
com maior facilidade do que as roupas escuras. I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando
e) favorecem a condução do calor por apresentarem espaços vazios entre eles, para que ocorra a
maior condutibilidade térmica do que as roupas circulação do ar frio para baixo e do quente para
escuras. cima.
II. Manter as paredes do congelador com camada bem
22. (UFRGS) A seguir são feitas três afirmações sobre espessa de gelo, para que o aumento da massa de
processos termodinâmicos envolvendo gelo aumente a troca de calor no congelador.
transferência de energia de um corpo para outro. III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás)
I. A radiação é um processo de transferência de periodicamente, para que a gordura e a poeira que
energia que não ocorre se os corpos estiverem no nele se depositam não reduzam a transferência
vácuo. de calor o ambiente.
II. A convecção é um processo de transferência de Para uma geladeira tradicional é correto indicar,
energia que ocorre em meios fluidos. apenas,
III. A condução é um processo de transferência de a) a operação I
energia que não ocorre se os corpos estiverem à
b) a operação II
mesma temperatura.
c) as operações I e II
Quais estão corretas?
d) as operações I III
a) Apenas I. d) Apenas I e II.
e) as operações II e III
b) Apenas II. e) Apenas II e III.
c) Apenas III.
25. (FAZ-UBERABA-MG) Algumas pessoas usam
toalhas plásticas para forrar as prateleiras das
23. (FUVEST, SP) A figura ilustra um sistema de
suas geladeiras. Este procedimento:
aquecimento solar: uma placa metálica P, pintada
de preto, e, em contato com ela, um tubo metálico a) melhora a conservação dos alimentos, pois
encurvado; um depósito de água D e tubos de aumenta o isolamento térmico das geladeiras.
borracha T, que o ligam ao tubo metálico. 0 b) Aumenta o consumo de energia da geladeira, pois
aquecimento da água contida no depósito D pela reduz o fluxo do ar interno.
absorção de energia solar é devido basicamente
c) Reduz o consumo de energia da geladeira, pois o
aos seguintes fenômenos, pela ordem:
motor não precisa ficar ligado o tempo todo.
d) Melhora o desempenho da geladeira, pois reduz
as perdas de calor por convecção.
e) Não interfere no funcionamento da geladeira desde
que a placa de resfriamento não seja coberta.

26. (UNITAU-SP) Num dia você estaciona o carro num


trecho descoberto e sob o sol causticante. Sai e
fecha todos os vidros. Quando volta, nota que o
“carro parece um forno”. Esse fato se dá porque:
a) condução, irradiação e convecção.
b) irradiação, condução e convecção.
a) o vidro é transparente à luz solar e opaco para ao
c) convecção, condução e irradiação.
calor.
d) condução, convecção e irradiação.
b) O vidro é transparente apenas às radiações
infravermelhas.
24. (ENEM 2001) A refrigeração e o congelamento de
c) O vidro é transparente e deixa a luz entrar.
alimentos são responsáveis por uma parte
d) O vidro não deixa a luz de dentro brilhar fora.
significativa do consumo de energia elétrica numa

224 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

27. Um corpo I é colocado dentro de uma campânula IV. O fenômeno da inversão térmica ocorre mais
de vidro transparente evacuada. Do lado externo, frequentemente no inverno e acentua a poluição,
em ambiente à pressão atmosférica, um corpo II é já que não ocorre convecção.
colocado próximo à campânula, mas não em
contato com ela, como mostra a figura.
É correto o contido em apenas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

29. Analise as afirmações relativas a trocas de calor:

I. Quando você observa que uma peça feita em


alumínio teve sua temperatura aumentada, é certo
concluir que essa peça absorveu calor.
As temperaturas dos corpos são diferentes e os II. Nos meios fluidos, líquidos ou gasosos, a única
pinos que os sustentam são isolantes térmicos. forma possível de realizarem-se trocas de calor é
Considere as formas de transferência de calor entre por convecção.
esses corpos e aponte a alternativa correta. III. A única forma de se obter calor por irradiação é
a) Não há troca de calor entre os corpos I e II porque por meio de ondas eletromagnéticas que, devido a
não estão em contato entre si. sua natureza, não necessitam de meio material
b) Não há troca de calor entre os corpos I e II porque para se propagar.
o ambiente no interior da campânula está IV. Ao tocar a maçaneta de metal e a madeira da porta,
evacuado. você tem sensações diferentes ainda que ambas
c) Não há troca de calor entre os corpos I e II porque estejam à mesma temperatura, devido às diferentes
suas temperaturas são diferentes. propriedades de condução térmica desses
materiais.
d) Há troca de calor entre os corpos I e II e a
transferência se dá por convecção.
e) Há troca de calor entre os corpos I e II e a É certo apenas o que consta em
transferência se dá por meio de radiação a) I e II.
eletromagnética. b) I e III.
c) II e IV.
28. A transmissão de calor entre os corpos pode ocorrer d) I, III e IV.
por três processos diferentes. Sobre estes
e) II, III e IV.
processos, considere:

I. As trocas de calor por irradiação são resultantes


da fragmentação de núcleos de átomos instáveis
num processo também conhecido por
radioatividade.
II. A condução térmica é o processo de transferência
de calor de um meio ao outro através de ondas
eletromagnéticas.
III. Não pode haver propagação de calor nem por
condução, nem por convecção, onde não há meio
material.

P R É - V E S T I B U L A R
225
Unidade II O Calor e a sua propagação FÍSICA II

ANOTAÇÕES

226 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

UNIDADE III
MUDANÇAS DE FASE E TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1 - As Mudanças de Estado Físico
2 - Influência da Pressão nas Mudanças de Fase
3 - Diagramas de Estado
4 - Calor Latente
5 - Calor Específico
6 - Capacidade Térmica
7 - Calorímetro

III.1- AS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO

As substâncias possuem estados de agregação diferentes, o que caracteriza o seu estado físico. Os estados
sólido, líquido e gasoso estão relacionados com o grau das liberdades das moléculas. No estado sólido as partículas
não têm grande liberdade de movimentação e vibram em posições definidas, definindo assim as formas para as
substâncias sólidas. No estado líquido existe uma maior liberdade de movimentação do que no estado sólido, mas
ainda existe uma coesão considerável entre as moléculas. As substâncias líquidas têm forma variável, mas volumes
bem definidos, pelo recipiente que estão contidas. No estado gasoso as partículas têm liberdade de movimentação
muito maior do que nos outros estados, o que é garantido pela fraca força de coesão entre as moléculas.
As mudanças de fase ocorrem com absorção ou liberação de energia conforme está esquematizado na
figura abaixo.

Energia é absorvida quando a mudança


de fase ocorre neste sentido

Sólido Líquido Gás

Energia é liberada quando a mudança


de fase ocorre neste sentido

Figura retirada do livro Física Conceitual – Paul Hewitt

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Um líquido libera ou absorve energia quando se transforma em um gás? E quando se transforma em sólido?

P R É - V E S T I B U L A R
227
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

2. Um gás libera ou absorve energia quando se transforma em líquido? E quando um sólido se transforma em
liquido?

III.2 - INFLUÊNCIA DA PRESSÃO NAS MUDANÇAS DE FASE

Quando aumentamos a pressão sobre um cubo de gelo, ao apertar um pedaço de gelo contra o outro ou ao
patinarmos no gelo, provocamos um derretimento do gelo nos pontos em que a pressão aumenta, ao parar de
apertar um cubo de gelo contra o outro ou parar de pressionar com a lamina dos patins determinada região, o gelo
volta ao seu estado sólido. O aumento da pressão baixa o ponto de fusão do gelo, já que favorece a aproximação
das moléculas.Uma experiência bastante conhecida que ilustra esse fenômeno é suspender dois pesos por um
arame fino sobre um bloco de gelo e conseguir passar o arame pelo bloco sem que esse se divida em duas partes,
como ilustra a figura.A pressão sobre o fio faz com que este penetre lentamente no gelo e à medida que o arame se
move lentamente à água acima se congelará novamente (regelo).

Figura retirada do livro Física na Escola Secundária- Blackwood

Quando a água entra em ebulição significa que as bolhas que são formadas e
vêm para a superfície tem a mesma pressão de vapor da superfície do líquido. Se a
pressão de vapor na superfície do liquido for maior as bolhas não se formariam e a
água não entraria em ebulição. Um aumento na pressão provoca então um aumento
no ponto de ebulição da água, já que o ponto de ebulição de um líquido é definido
como a temperatura em que a pressão de vapor é igual à pressão sobe o líquido. As
panelas de pressão utilizam desse fenômeno físico para cozinhar os alimentos mais
rapidamente já que atingem pressões maiores que a pressão atmosférica.

Figura retirada do material do GREF disponível


em http://axpfep1.if.usp.br/~gref/termo/
termo4.pdf

228 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

(ENEM) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamente do que
em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor escapar, a não
ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que controla a pressão. Quando em uso,
desenvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para a sua operação segura, é necessário observar a
limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, normalmente situada na tampa.
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água são apresentados abaixo.

3. A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição da água no local.
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns.

4. Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor pela
válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento.
a) será maior porque a panela “esfria”.
b) será menor, pois diminui a perda de água.
c) será maior, pois a pressão diminui.
d) será maior, pois a evaporação diminui.
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.

P R É - V E S T I B U L A R
229
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

III.4 - DIAGRAMAS DE ESTADO

O diagrama de estado de uma substancia é um gráfico que representa suas curvas de fusão, vaporização e
sublimação, como mostrado nos diagramas de estado do CO2 e da água, a seguir:

Em um diagrama desse tipo podemos identificar as curvas 1, 2 e 3 de fusão, de ebulição e de sublimação


respectivamente.O ponto triplo é o ponto comum as três curvas, que ocorre a – 56,6°C para o CO2 e a 0,01 °C para
a água e é essa temperatura em ocorrem as três fases da substância. Podemos também determinar nesses
diagramas, a temperatura crítica e pressão crítica, que correspondem à temperatura e a pressão, que a substancia
estará no estado gasoso e será impossível levá-la ao estado líquido.

A temperatura crítica para o CO2 é de 31°C e para a água de 374 °C, como podemos verificar nos gráficos
acima.

III.4 - CALOR LATENTE

A quantidade de calor fornecido a um corpo que não está sofrendo mudança de fase é utilizada para modificar
a energia cinética média de translação das moléculas, diferentemente de quando o corpo muda de fase, em que a
energia é utilizada para modificar o arranjo físico das partículas do sistema e provocar a mudança de estado. Esse
calor necessário à mudança do estado físico é chamado de calor latente e é dado pela equação abaixo:

ΔQ = mLf ; em que ΔQ é a quantidade de calor fornecida e Lf é o calor latente.

230 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

Os calores latentes podem ser de fusão-solidificação ou de vaporização-liquefação.Podemos observar nos


gráficos a seguir que, a mudança de fase de uma substancia pura (no caso a água) ocorre à temperatura constante.

III.5 - CALOR ESPECÍFICO


Quando fornecermos uma quantidade de calor ΔQ a um certo corpo de massa m, este sofre um aumento de
temperatura ΔT, que depende do material que este é feito. O calor específico é uma característica da substância de
que o corpo é constituído e é dado pela equação abaixo:

ΔQ = mcΔ
ΔT , em que ΔQ é a quantidade de calor fornecida, m é a massa da substância e ΔT a variação de
cal
temperatura da substância. A água é uma substância abundante no nosso planeta e seu calor específico é 1 g°C ,
o que significa que para um grama de água sofrer um aumento de um grau de temperatura é necessária, uma
caloria.
A seguir apresentamos uma tabela com os calores específicos de algumas substâncias, observe que o calor
J
específico pode ser dado também nas unidades do Sistema Internacional, kg.k .

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
5. (UECE) O clima de regiões próximas de grandes massas de água, como mares e lagos, caracteriza-se por uma
grande estabilidade térmica, ao contrário de regiões no interior do continente, onde há acentuadas variações de
temperatura entre o dia e a noite. A propriedade que torna a água um regulador de temperatura é
a) sua grande condutividade térmica.
b) sua grande densidade.
c) seu elevado calor específico.
d) seu pequeno calor específico.

P R É - V E S T I B U L A R
231
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

6. (Fatec-SP) O calor específico de certa areia seca vale 0,20 cal/g . °C. Com essa informação, analise as afirmações seguintes:
I. Para que 20g dessa areia sofram elevação 10°C em sua temperatura, é necessário o recebimento de 40 cal.
II. A capacidade térmica de 50g de areia é 10 cal/°C.
III. Ao sofrer abaixamento de 2°C em sua temperatura, cada kg de areia libera 400 cal.

Deve-se dizer dessas afirmações que


a) somente a I é correta.
b) somente a I e a II são corretas.
c) somente a I e a II são corretas.
d) somente a II e a III são corretas.
e) I, II e III são corretas.

7. Que quantidade de calor é necessária para aquecer 60g de água de 30°C a 100°C e transformá-la em vapor de
água? Dado cH O = 1 cal/g°C e LVAPORIZAÇÃO = 540 cal/g
2

8. Que quantidade de calor é necessária para vaporizar 50g de água a 100°C?


Dado L = 540 cal/g
VAPORIZAÇÃO

9. Mil e duzentos gramas de vapor a 100°C condensam-se em água num radiador de vapor. Que quantidade de calor
é liberada? Dado L = 540 cal/g
VAPORIZAÇÃO

232 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

QUESTÃO RESOLVIDA

1. (UNESP) Uma quantidade de 1,5 kg de certa substância


encontra-se inicialmente na fase sólida, à temperatura de –
20°C. Em um processo a pressão constante de 1,0 atm, ela é
levada à fase líquida a 86°C. A potência necessária nessa
transformação foi de 1,5 kJ/s. O gráfico na figura mostra a
temperatura de cada etapa em função do tempo.

Calcule
a) o calor latente de fusão Lf.
A fusão ocorre na temperatura de 0°C, em que a temperatura é constante, e dura 5,5 minutos.Sabemos
que 5,5 minutos é equivalente a 330 s, já que um minuto tem 50 s. O problema informa que 1,5 KJ são
transferidos por segundo, logo em 330s a quantidade ΔQ será 330s x 1,5KJ/s.

ΔQ 495 KJ
Da equação ΔQ = mLf, temos que L f = m = 1,5 = 330 Kg .

b) O calor necessário para elevar a temperatura de 1,5 kg dessa substância de 0 a 86°C.

O calor necessário para elevar de 0 a 86ºC a substância é calculado multiplicando-se a potencia de


1,5KJ/s pelo tempo de 6 minutos (300 segundos) fornecido pelo gráfico.

KJ
Temos então P.Δt = 1,5 300s = 450KJ .
s

III.6 - CAPACIDADE TÉRMICA

Define-se capacidade térmica de um corpo como a quantidade de calor que esse precisa receber para que
sua temperatura varie uma unidade.

ΔQ
C= em que ΔQ é a quantidade de calor recebida e ΔT a variação de temperatura. Usando a equação
ΔT
mcΔT
ΔQ = mcΔ
ΔT temos que C = = mc , ou seja a capacidade térmica de um corpo pode ser expressa pelo produto
ΔT
da sua massa e dos seu calor específico.

III.7- CALORÍMETRO.

Dois corpos com diferentes temperaturas quando colocados são colocados em contato entre si e trocam
calor até atingirem o equilíbrio térmico. Nessa troca de calor o módulo da quantidade de calor recebida e cedida é
o mesmo.Temos então a equação:
ΔQcedida + ΔQabsorvida = 0

Os corpos que trocam calor são colocados no interior de dispositivos chamados calorímetros.Este é constituído

P R É - V E S T I B U L A R
233
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

por um recipiente onde se coloca água; possui uma tampa que permite fechá-lo perfeitamente e é isolado
termicamente do ambiente exterior. Um termômetro, que fica sempre imerso, assinala a temperatura da água
contida no calorímetro.

QUESTÃO RESOLVIDA
2. (UFPE) Uma bebida refrescante pode ser obtida pela mistura de chá quente com água gelada. Qual a
temperatura final (em °C) de uma mistura preparada a partir de 100 g de chá a 80°C com 400 g de água
a 5°C? considere o calor específico do chá igual ao da água (1,0 cal/g°C).
a) 20
b) 18
c) 16
d) 14
e) 12
Resolução: Alternativa a.
A quantidade de calor cedida pelo chá quente é igual em módulo a quantidade de calor absorvida
pela água gelada. Pela conservação de energia.
ΔQ cedida pelo chá + ΔQ absorvida pela água = 0
mchá . cchá . Δt + mágua cágua Δt = 0
100 . 1. (tf – 80) + 400 . 1 (tf – 5) = 0
100 (tf – 80) = – 400 (tf – 5)
tf – 80 = – 4 tf + 20
5 tf = 100
tf = 20°

234 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

QUESTÕES PROPOSTAS
1. (Mackenzie - SP) No rótulo da embalagem de um 4. (Cefet-PR) A experiência de Tyndall mostra que um
produto importado está escrito: “conservar sob arame pode atravessar um bloco de gelo sem
temperaturas de 5 °F a 23 °F”. Se o ponto de fusão separá-lo em partes. Tal experiência comprova que:
deste produto é -4 °C e o de ebulição é 40 °C, conclui- a) o arame é um bom condutor de calor.
se que, no intervalo de temperatura recomendado,
b) aumentando-se a pressão, todas as substâncias
o produto se encontra:
aumentam seu ponto de fusão.
a) sempre no estado sólido.
c) aumentando-se a pressão, todas as substâncias
b) sempre no estado líquido. diminuem seu ponto de fusão.
c) sempre no estado gasoso. d) sob pressão maior, o gelo pode fundir numa
d) no estado líquido e no estado gasoso. temperatura até 4 °C.
e) no estado sólido e no estado líquido. e) aumentando-se a pressão, a temperatura de fusão
do gelo diminui.
2. (UFES) Os cozinheiros sabem que um bom pudim
deve ser cozido em banho-maria: a fôrma contendo 5. (UFMT) Como a maioria das substâncias, a água
o pudim é mergulhada em um recipiente no qual se pode existir como sólido, líquido, gás e até atingir o
mantém água fervendo. A razão física para esse estado de plasma. Sobre os estados físicos da
procedimento é que: água, julgue as afirmativas seguintes:
a) o cozimento se dá a pressão controlada.
(01) Aquecido, o gelo pode se transformar em água
b) o cozimento se dá a temperatura controlada. líquida. Essa mudança ocorre a uma determinada
c) a água é um bom isolante térmico. temperatura, normalmente 0 °C. Sob pressão
d) o peso aparente do pudim é menor, devido ao empuxo normal, a água se mantém líquida até 100 °C.
(Princípio de Arquimedes).
(02) O calor necessário para transformar gelo em água
e) a expansão volumétrica do pudim é controlada. líquida, ou esta em vapor, é chamado calor latente.

(04) No interior das panelas de pressão de uso


3. (U. Juiz de Fora-MG) Quando uma pessoa cozinha
doméstico, o alimento é cozido rapidamente porque
um ovo numa vasilha com água, pode diminuir a
a alta pressão permite que a temperatura da água
intensidade da chama do fogo que aquece a vasilha
se mantenha acima de seu ponto de ebulição
tão logo a água começa a ferver. Baseando-se na
normal.
Física, assinale a alternativa que explica por que a
pessoa pode diminuir a intensidade da chama e (08) Quanto maior for a pressão que atua sobre um
ainda assim a água continua a ferver. sólido, mais baixo será o seu ponto de fusão e a
a) Durante a mudança de estado, a quantidade de calor água não constitui uma exceção.
cedida para a água diminui e sua temperatura
(16) A água, quando não suficientemente quente para
aumenta.
ferver sob pressão normal, pode entrar em ebulição
b) Durante a mudança de estado, a quantidade de calor ao ser reduzida a pressão ambiente.
cedida para a água e sua temperatura diminuem.
c) Apesar de o calor estar sendo cedido mais (32) Quando se aquece suficientemente um sólido, ele
lentamente, na mudança de estado, enquanto vira líquido; quando se esquenta suficientemente
houver água em estado líquido na vasilha, sua esse líquido ele vira gás; quando o gás é aquecido
temperatura não varia. suficientemente, vira plasma. Em cada uma dessas
passagens, a matéria em questão ganha energia,
d) O calor é cedido mais lentamente para a água,
de modo que o quarto estado é o mais energizado
aumentando a temperatura de mudança de estado
de todos.
da água.
e) O calor é cedido mais lentamente para a água, Dê como resposta a soma dos números que
diminuindo a temperatura de mudança de estado precedem as afirmativas corretas.
da água.

P R É - V E S T I B U L A R
235
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

6. (FESP-SP) Dois recipientes contendo água são c) resfriando-o até uma temperatura abaixo da crítica
mantidos em cidades A e B à mesma temperatura. e comprimindo-o.
Sabe-se que em A a água está fervendo, mas em B d) comprimindo-o a uma temperatura acima da crítica.
a água não está fervendo. Pode-se dizer que:
e) diminuindo sua pressão acima da temperatura
a) a altitude de A é maior que a de B. crítica.
b) a altitude de B é maior que a de A.
c) a temperatura ambiente em A é maior que em B. 10. (UFC-CE-modificado) O quociente entre a quanti-
d) A e B estão em latitudes diferentes. dade de vapor de água realmente contida em certo
e) A e B estão em longitudes diferentes. volume de ar e a quantidade máxima que esse
volume poderá suportar para atingir o ponto de
saturação representa a:
7. (Unimes-SP) A água entra em ebulição em Santos,
a) Evaporação.
ao nível do mar, a 100 °C. Já no alto do Monte
Everest, cuja altitude é de aproximadamente 8000 b) Umidade absoluta.
m, a água entra em ebulição a 72 °C. Esta diferença c) Nebulosidade atmosférica.
é justificada pelo fato de que: d) Umidade relativa.
a) no Monte Everest, a pressão atmosférica é muito
menor que a de Santos.
11. (UFSM-RS) Considere uma certa quantidade de água
b) no Monte Everest, o ar frio impede o maior à pressão atmosférica e à temperatura ambiente
aquecimento da água. (25 °C). Indique se é verdadeira (V) ou falsa (F) cada
c) em Santos, o calor é transferido com maior uma das afirmativas a seguir:
facilidade para a água.
d) no Monte Everest, a força gravitacional é muito ( ) A água pode ferver mantendo-se a pressão constante
menor do que a de Santos. e aumentando-se a temperatura.
e) em grandes altitudes, há a formação natural de ( ) A água pode solidificar mantendo-se constante a
geleiras que impedem altas temperaturas. pressão e diminuindo-se a temperatura.
( ) A água pode evaporar mesmo que a temperatura e
8. (Efoa-MG) Uma panela de pressão com água até a a pressão permaneçam constantes.
metade é colocada no fogo. Depois que a água está
fervendo, a panela é retirada do fogo e, assim que a
A seqüência correta é:
água pára de ferver, ela é colocada debaixo de uma
torneira de onde sai água fria. É observado que a a) F F V.
água dentro da panela volta a ferver. Isto se deve ao b) F V V.
fato de: c) V F F.
a) a água fria esquentar ao entrar em contato com a d) F V F.
panela, aumentando a temperatura interna. e) V V V.
b) a água fria fazer com que o vapor dentro da panela
condense, abaixando a pressão interna.
12. (UERJ) Na evaporação de um líquido:
c) a temperatura da panela abaixar, contraindo o metal
a) a velocidade é maior em ambiente saturado.
e aumentando a pressão interna.
b) a velocidade não depende da pressão de vapor do
d) a água fria fazer com que o vapor dentro da panela
líquido no ambiente em que ela se processa.
condense, aumentando a pressão interna.
c) a velocidade é constante, mesmo em ambiente
e) a temperatura da panela abaixar, dilatando o metal
fechado.
e abaixando a pressão interna.
d) a velocidade não depende da temperatura.
e) a velocidade é proporcional à área da superfície do
9. (UF-Viçosa-MG) É possível liquefazer-se um gás:
líquido.
a) comprimindo-o a qualquer temperatura.
b) aumentando sua temperatura a qualquer pressão.

236 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

13. (Unemat-MT-modificado) Se deixarmos um copo d) o botijão ficará muito quente, porque o gás escapa
com água sob a ação das intempéries do dia-a-dia, com grande velocidade.
vamos constatar que, passado algum tempo, ele e) o botijão ficará com temperatura inalterada, pois o
se encontra vazio, mesmo não sendo sujeitado ao processo ocorre sem trocas de calor.
processo de ebulição. Analise os itens seguintes
relacionados à passagem da água do estado líquido
para o estado de vapor: 16. A figura mostra os gráficos das temperaturas em
função do tempo de aquecimento, em dois
(01) O copo ficou vazio devido ao processo da experimentos separados, de dois sólidos, A e B, de
evaporação, que é uma vaporização espontânea da massas iguais, que se liquefazem durante o
água que ocorre qualquer que seja a temperatura processo. A taxa com que o calor é transferido no
em que esteja a água. aquecimento é constante e igual nos dois casos.

(02) O copo ficou vazio porque as moléculas de água


estão em constante movimento e colidem entre si,
trocando energia.

(04) A ebulição é um processo de vaporização acelerado,


de forma que em pouco tempo todas as moléculas
de água adquirem energia suficiente para escapar
da atração mútua.

(08) Os processos de ebulição e de evaporação só


podem ocorrer à temperatura de 100 °C, sob pressão Se TA e TB forem as temperaturas de fusão e LA e LB
normal. os calores latentes de fusão de A e B,
respectivamente, então
Dê como resposta a soma dos números que
a) TA > TB e LA > LB.
precedem as afirmativas corretas.
b) TA > TB e LA = LB.
c) TA > TB e LA < LB.
14. (UFMA) As águas colocadas em moringas de barro
são mais frias do que o ambiente porque: d) TA < TB e LA > LB.
a) uma pequena porção de água vaza pelos poros e, e) TA < TB e LA = LB.
ao evaporar, retira calor da água que fica.
b) o barro sempre retira calor da água quando colocado 17. (FCMMG) Com relação às mudanças de fase da
junto dela. água, todas as afirmações abaixo são corretas,
c) o barro, sendo poroso, deixa escapar calor pelos EXCETO
seus poros, sofrendo sublimação. a) O vapor d’água pode se condensar à temperatura
d) a água tem alto calor específico, não sofrendo de 90°C.
evaporação. b) A temperatura de ebulição da água pode ser diferente
e) a água tem baixo calor específico, sofrendo de 100°C.
sublimação. c) É impossível ter gelo, água líquida e vapor d’água a
uma mesma temperatura num mesmo recipiente.
15. (Ufla-MG) Um botijão de gás liquefeito de petróleo d) Ao se fornecer calor a um pedaço de gelo a 0°C e
(gás de cozinha) apresenta um intenso vazamento este começar a fundir, sua temperatura permanece
na válvula. constante.
Podemos afirmar que: e) Sob pressão muito baixa, é possível passar um
bloco de gelo à fase gasosa diretamente, sem
a) o botijão ficará com a temperatura inalterada.
passar pela fase líquida.
b) o botijão ficará com temperatura muito baixa, pois
cederá energia ao gás para que este se vaporize.
c) o botijão ficará muito quente, porque o gás cede
energia ao botijão para se vaporizar.

P R É - V E S T I B U L A R
237
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

18. (Fuvest–SP) Em uma panela aberta, aquece-se a) a temperatura de fusão do estanho é 232°C.
água, observando–se uma variação da temperatura b) entre 100 s e 200 s do início da experiência, o
da água com o tempo, como indica o gráfico. estanho se apresenta totalmente no estado líquido.
c) suponha que a capacidade calorífica dos pedaços
de estanho seja igual a 100 cal/°C. Então, nos
primeiros 100 s da experiência, os pedaços de
estanho absorvem uma quantidade de calor igual a
20,7 kcal.
d) entre 100 s e 200 s do início da experiência, o
estanho não absorve calor.
e) a temperatura do estanho no instante 300 s do início
da experiência é igual a 673 K.

20. A figura representa o diagrama de fase da água. As


escalas de pressão e temperatura não são lineares,
estando comprimidas com o fim de mostrar os
pontos interessantes. O ramo OB pode ser
Desprezando–se a evaporação antes da fervura, em
considerado vertical. Recorde–se que a conversão
quanto tempo, a partir do começo da ebulição, toda
da escala Celsius para Kelvin é K = C + 273,15.
a água terá se esgotado? (Considere que o calor de
Sabendo que, em certas regiões de Marte, a
vaporização da água é cerca de 540 cal/g)
pressão varia em torno de 0,006 atm e as
a) 18 minutos. temperaturas são menores que 20°C negativos, é
b) 27 minutos. correto afirmar que nessas regiões, se existir água
c) 36 minutos. na superfície, ela será ENCONTRADA:
d) 45 minutos.
e) 54 minutos.

19. (UFPR) Um estudante coloca pedaços de estanho,


que estão a uma temperatura de 25°C, num
recipiente que contém um termômetro e os aquece
sob pressão constante. Depois de várias medições,
o estudante elabora o gráfico mostrando abaixo, que
representa as temperaturas do estanho em função
do tempo de aquecimento.

a) apenas na fase sólida.


b) nas três fases: sólida, líquida e gasosa (como vapor).
c) apenas na fase sólida e na fase líquida.
d) Apenas na fase líquida.

21. Um bloco de cobre, inicialmente sólido, é aquecido


continuamente. Após um certo tempo, esse bloco
se liquefaz totalmente e o cobre líquido continua a
ser aquecido. Durante todo o processo, o cobre
Com base no enunciado e no gráfico, é CORRETO recebe a mesma quantidade de calor por unidade
afirmar: de tempo.

238 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

Assinale a alternativa cujo gráfico melhor descreve 23. Uma determinada quantidade de calor é fornecida a
a variação da temperatura do bloco com o tempo. uma amostra formada por um bloco de 1 kg de gelo,
que se encontra inicialmente a – 50°C, até que toda
a água obtida do gelo seja completamente vaporizada.
O gráfico abaixo representa a variação de
temperatura da amostra e a quantidade mínima de
calor necessária para completar cada uma das
transformações sofridas pela amostra.

Nos estágios de fusão e de vaporização registrados


no gráfico, quais são, respectivamente, o calor
latente de fusão do gelo e o calor latente de
vaporização da água, expressos em J/g?
a) 105 e 335. d) 335 e 420.
b) 105 e 420. e) 335 e 2.360.
c) 105 e 2.360.

24. A sonda Phoenix,


lançada pela NASA,
22. Uma certa quantidade de gelo, inicialmente a – 20°C, detectou em 2008 líquido

Pressão (mmHg)
é aquecida até ser totalmente convertida em vapor, uma camada de gelo 760
a 120°C. A variação da temperatura em função do no fundo de uma ponto
sólido triplo
calor absorvido durante esse processo está cratera na superfície
representada neste gráfico. de Marte. Nesse 4579
vapor
planeta, o gelo
0,0098 100
desaparece nas Temperatura (°C)
estações quentes e
reaparece nas estações frias, mas a água nunca
foi observada na fase líquida. Com auxílio do
diagrama de fase da água, analise as três afirmações
seguintes.
I. O desaparecimento e o reaparecimento do gelo,
sem a presença da fase líquida, sugerem a
ocorrência de sublimação.
Por conveniência, nesse gráfico, o eixo corresponde
ao calor absorvido não está em escala. II. Se o gelo sofre sublimação, a pressão atmosférica
local deve ser muito pequena, inferior à pressão do
Sejam L f e L v os calores latentes de,
ponto triplo da água.
respectivamente, fusão e vaporização da água e Cg
e Cv os calores específicos, respectivamente, do III. O gelo não sofre fusão porque a temperatura no
gelo e do vapor. interior da cratera não ultrapassa a temperatura do
ponto triplo da água.
Com base nas informações contidas nesse gráfico,
é CORRETO afirmar que De acordo com o texto e com o diagrama de fases,
pode-se afirmar que está correto o contido em
a) Lf > Lv e Cg > Cv.
a) I, II e III. d) I e II, apenas.
b) Lf > Lv e Cg < Cv.
b) II e III, apenas. e) I, apenas.
c) Lf < L v e C g > C v .
c) I e III, apenas.
d) Lf < L v e C g < C v .

P R É - V E S T I B U L A R
239
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

25. (UFMG) Considere estas informações: 28. (Mackenzie-SP) Uma fonte térmica fornece
• a temperaturas muito baixas, a água está sempre 55 cal/s com potência constante. Um corpo de
na fase sólida; massa 100 g absorve totalmente a energia
proveniente da fonte e tem temperatura variando em
• aumentando-se a pressão, a temperatura de fusão
função do tempo, conforme o gráfico abaixo.
da água diminui.
Assinale a alternativa em que o diagrama de fases
pressão versus temperatura para a água está de
acordo com essas informações.

A capacidade térmica desse corpo e o calor


específico da substância de que é constituído são,
respectivamente, iguais a:
a) 2,2 cal/°C e 0,022 cal/g °C.
b) 2,2 cal/°C e 0,22 cal /g °C.
c) 2,2 cal/°C e 2,2 cal/g °C.
d) 22 cal /°C e 0,22 cal/g °C.
e) 22 cal/°C e 0,022 cal/g °C.

26. (Fatec-SP) Um bloco de 2,0 kg de alumínio


(c = 0,20 cal/g ºC) que está a 20 ºC é aquecido por 29. (Fuvest-SP) Um fogão, alimentado por um botijão
meio de uma fonte térmica de potência constante de gás, com as características descritas no quadro,
7200 cal/min. Adotando-se 4 J aproximadamente tem em uma de suas bocas um recipiente com um
para cada caloria e supondo-se que todo calor litro de água que leva 10 minutos para passar de 20
fornecido pela fonte seja absorvido pelo bloco, sua °C a 100 °C. Para estimar o tempo de duração de
temperatura após 2,0 minutos de aquecimento e a um botijão, um fator relevante é a massa de gás
potência da fonte (aproximada) em unidades do consumida por hora. Mantida a taxa de geração de
Sistema Internacional são, respectivamente: calor das condições anteriores, e desconsideradas
as perdas de calor, a massa de gás consumida por
a) 56 ºC e 5·102 W. d) 36 ºC e 2·102 W.
hora, em uma boca de gás desse fogão, é
b) 36 ºC e 5·102 W. e) 38 ºC e 1·102 W. aproximadamente:
c) 56 ºC e 1·102 W.
Características do botijão de gás

27. (Mackenzie-SP) Uma fonte térmica fornece calor, à Gás GLP


razão constante, a 200 g de uma substância A (calor Massa total 1 3 kg
específico = 0,3 cal/g °C) e em 3 minutos eleva sua
Calor de combustão 40000 kJ/kg
temperatura em 5 °C. Essa mesma fonte, ao fornecer
calor a um corpo B, eleva sua temperatura em 10°C,
após 15 minutos. a) 8 g.
A capacidade térmica do corpo B é b) 12 g.
a) 150 cal/°C. d) 80 cal/°C. c) 48 g.
b) 130 cal/°C. e) 50 cal/°C. d) 320 g.
c) 100 cal/°C. e) 1920 g.

240 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

30. (ITA-SP) O ar dentro de um automóvel fechado tem 34. (UEL-PR) Os cinco corpos, apresentados na tabela
massa de 2,6 kg e calor específico de 720 J/kg ºC. abaixo, estavam à temperatura ambiente de 15 °C
Considere que o motorista perde calor a uma taxa quando foram, simultaneamente, colocados num
constante de 120 joules por segundo e que o recipiente que continha água a 60 °C.
aquecimento do ar confinado se deva
exclusivamente ao calor emanado pelo motorista. Massa Calor específico
Material
Quanto tempo levará para a temperatura variar de (g) (cal/g °C)
2,4 ºC a 37 ºC? Alumínio 20 0,21
a) 540 s. d) 360 s.
Chumbo 200 0,031
b) 480 s. e) 300 s.
c) 420 s. Cobre 100 0,092

Ferro 30 0,11
31. (Unifesp-SP) Dois corpos, A e B, com massas
iguais e a temperaturas tA = 50 – tF°C e tB = tF – 10 Latão 150 0,092
°C, são colocados em contato até atingirem a
temperatura de equilíbrio. O calor específico de A é
o triplo do de B. Se os dois corpos estão isolados
Ao atingirem o equilíbrio térmico, o corpo que
termicamente, a temperatura de equilíbrio é:
recebeu maior quantidade de calor foi o de:
a) mACAΔtA + mBCBΔtB = 0
a) alumínio.
b) mA3CB(tF – 50) + mBCB(tF – 10) = 0
b) chumbo.
c) tF – 50 = tF – 10
c) cobre.
d) 3tF – 150 = – tF + 10
d) ferro.
e) 4tF = 160 tF = 40
e) latão.

32. (UFPE) Um calorímetro, de capacidade térmica


35. (Fatec-SP) Em um calorímetro, de capacidade
desprezível, contém 100 g de água a 15 °C. Adiciona-
térmica desprezível, são colocados 50 g de água a
se no interior do calorímetro uma peça de metal de
20 °C e um bloco de cobre de massa 200 g a
200 g, à temperatura de 95 °C. Verifica-se que a
158 °C. A capacidade térmica do conteúdo do
temperatura final de equilíbrio é de 20 °C. Qual o
calorímetro, em cal/°C, e a temperatura final de
calor específico do metal, em cal/g °C?
equilíbrio, em °C, valem, respectivamente:
a) 0,01.
Dados:
b) 0,02. calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor específico do cobre = 0.095 cal/g °C
c) 0,03.
d) 0,04.
a) 69 e 58.
e) 0,05.
b) 69 e 89.
c) 89 e 58.
33. (UFC-CE) A capacidade térmica de uma amostra
de água é 5 vezes maior que a de um bloco de d) 250 e 58.
ferro. A amostra de água se encontra a 20 ºC e a do e) 250 e 89.
bloco, a 50 ºC. Colocando-os num recipiente
termicamente isolado e de capacidade térmica
36. (UEL-PR) Para se determinar o calor específico de
desprezível a temperatura final de equilíbrio é:
uma liga metálica, um bloco de massa 500 g dessa
a) 25 °C. liga foi introduzido no interior de um forno a 250 °C.
b) 30 °C. Estabelecido o equilíbrio térmico, o bloco foi retirado
c) 35 °C. do forno e colocado no interior de um calorímetro
de capacidade térmica 80 cal/ °C, contendo 400 g
d) 40 °C.
de água (c = 1,0 cal/g °C) a 20 °C. A temperatura

P R É - V E S T I B U L A R
241
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

final de equilíbrio foi obtida a 30 °C. Nessas integralmente pela água, o tempo decorrido somente
condições, o calor específico da liga, em cal/g °C, para a vaporização total da água será de:
vale: Dado: calor latente de vaporização da água = 540 cal/g
a) 0,044.
b) 0,036. a) 9 minutos.
c) 0,030. b) 12 minutos.
d) 0,36. c) 15 minutos.
e) 0,40. d) 18 minutos.
e) 21 minutos.
37. (Fuvest-SP) Num forno de microondas é colocado
um vasilhame contendo 3 kg d’água a 10 ºC. Após
40. (Mackenzie-SP) Um pequeno bloco de gelo (água
manter o forno ligado por 14 min, verifica-se que a
em estado sólido), que se encontra inicialmente a -
água atinge a temperatura de 50 ºC. O forno é então
20 °C, é colocado rapidamente no interior de uma
desligado e dentro do vasilhame d’água é colocado
garrafa de capacidade térmica desprezível, que
um corpo de massa 1 kg e calor específico c = 0,2
contém 250 cm3 de água pura a 18 °C. O equilíbrio
cal/(g ºC), à temperatura inicial de 0 ºC. Despreze
térmico do sistema dá-se a 0 °C e, a esta
o calor necessário para aquecer o vasilhame e
temperatura, toda a água existente no interior da
considere que a potência fornecida pelo forno é
garrafa encontra-se em estado líquido. A massa
continuamente absorvida pelos corpos dentro dele.
deste bloco de gelo é:
O tempo a mais que será necessário manter o forno
Dados:
ligado, na mesma potência, para que a temperatura calor específico da água líquida = 1,00 cal/(g °C)
de equilíbrio final do conjunto retorne a 50 ºC é: calor específico da água sólida (gelo) = 0,50 cal/(g °C)
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
a) 56 s. d) 280 s. densidade da água líquida = 1,00 g/cm3
b) 60 s. e) 350 s.
c) 70 s. a) 25 g.
b) 50 g.
38. (UFRGS) Um sistema consiste de um cubo de 10 g c) 56,25 g.
de gelo, inicialmente à temperatura de 0 °C. Esse d) 272 g.
sistema passa a receber calor proveniente de uma
e) 450 g.
fonte térmica e, ao fim de algum tempo, está
transformado em uma massa de 10 g de água a 20
°C. Qual foi a quantidade de energia transferida ao 41. (PUC-RS) Colocam-se 420 g de gelo a 0 °C num
sistema durante a transformação? calorímetro com água a 30 °C. Após atingida a
Dados: temperatura de equilíbrio térmico, verifica-se que
calor específico da água = 4,18 J/g °C; sobraram 20 g de gelo. Sendo de 80 cal/g o calor
calor latente de fusão do gelo = 334,4 J/g.
de fusão da água, é correto afirmar que a
temperatura final de equilíbrio térmico e a quantidade
a) 418 J. de calor ganho pelo gelo são, respectivamente:
b) 836 J. Dados:
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
c) 4,18 kJ. calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
d) 6,77 kJ.
e) 8,36 kJ. a) 30 °C e 50 kcal.
b) 30 °C e 45 kcal.
39. (Mackenzie-SP) Sob pressão normal, uma chama c) 15 °C e 40 kcal.
constante gasta 3 minutos para elevar a temperatura d) 0 °C e 38 kcal.
de certa massa de água (calor específico = 1 cal/g
e) 0 °C e 32 kcal.
°C) de 10 °C até 100 °C. Nessa condição, admitido
que o calor proveniente da chama seja recebido

242 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

42. (UFPE) Uma jarra de capacidade térmica igual a 60 45. (PUC-RS) Numa garrafa térmica a 20 °C, contendo
cal/°C contém 300 g de água em equilíbrio a uma água também a 20 °C, é colocado um pedaço de
determinada temperatura. Adicionam-se 36 g de gelo com 200 g a 0 °C. Na situação final de equilíbrio
gelo a 0 °C e mantém-se a jarra em um ambiente térmico, verifica-se uma mistura de água e 100 g de
isolado termicamente. Quando o sistema entra em gelo. Sendo 80 cal/g o calor latente de fusão do
equilíbrio, a sua temperatura final é igual a 20 °C. gelo e 1,0 cal/g °C o calor específico da água, o
Qual a redução na temperatura da água? calor absorvido (da garrafa térmica e da água que
Dados: nela se encontrava) pelo gelo e a temperatura final
calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C são, respectivamente:
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g a) 1,6 kcal e 20 °C. d) 6,4 kcal e 0 °C.
b) 3,0 kcal e 10 °C. e) 8,0 kcal e 0 °C.
a) 10 °C. d) 16 °C. c) 6,0 kcal e 10 °C.
b) 12 °C. e) 18 °C.
c) 14 °C. 46. (Unirio-RJ) Um calorímetro, de capacidade térmica
desprezível, contém 200 g de água a 50 °C. Em
seu interior é introduzido um bloco de ferro com
43. (FMTM) Deseja-se resfriar 100 g de vapor de água a
massa de 200 g a 50 °C. O calor específico de ferro
120°C para 90°C.
é 0,11 cal/g °C. Em seguida, um bloco de gelo de
Dados:
500 g a 0 °C é também colocado dentro do
calor específico da água = 1 cal/g.°C;
calor latente de condensação = – 540 cal/g; calorímetro. O calor específico da água é de
calor específico do vapor ≈ 0,5 cal/g.°C. 1,0 cal/g °C e o calor latente da fusão do gelo é de
Se o experimento ocorre no nível do mar, a 80 cal/g. Não há trocas de calor com o ambiente.
quantidade de calor que deve ser retirada para essa Nestas circunstâncias, qual a temperatura de
transformação, em kcal, deve ser de equilíbrio deste sistema, em °C?
Dados:
a) 50. densidade da água = 1,0 g/cm3
b) 54. calor específico da água = 1,0 cal/(g °C)
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
c) 55. calor específico do gelo = 0,5 cal/(g °C)
d) 56. a) 0 d) 30.
e) 60. b) 10. e) 40.
c) 20.
44. O morador da cidade de São Paulo, relativamente
àquele que mora no litoral, pode economizar gás de 47. (Mackenzie-SP) Num copo de capacidade térmica
cozinha toda manhã, ao ferver a água para o café. desprezível tem-se inicialmente 170 cm3 de água a
De fato, em São Paulo, a água ferve a cerca de 20 °C. Para resfriar a água colocam-se algumas
98°C, diferente do litoral, onde ela ferve a 100°C. Se “pedras” de gelo, de massa total 100 g, com
a água que sai da torneira, em ambos os lugares, temperatura de -20 °C. Desprezando as perdas de
estiver inicialmente a 20°C, a energia economizada calor com o ambiente e sabendo que após um
pelo santista para que 800 mL de água atinjam a intervalo de tempo há o equilíbrio térmico entre a
temperatura de ebulição é, em cal, relativamente ao água líquida e o gelo, a massa de gelo remanescente
paulistano, no copo é:
Dados:
Dados:
densidade da água = 1 g/mL
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor específico da água = 1 cal/(g.°C)
calor específico do gelo = 0,5 cal/g °C
a) 1.600 calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
b) 1.800 densidade da água = 1,0 g/cm3
densidade do gelo = 0,8 g/cm3
c) 2.400
a) zero. d) 38 g.
d) 3.400
b) 15 g. e) 70 g.
e) 7.850
c) 30 g.

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243
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

48. (Mackenzie-SP) Uma pessoa tem em suas mãos 50. (FEI-SP) Em um recipiente isolado do meio existem
uma jarra contendo 576 ml de água pura a 25 °C. 40 garrafas de vidro cheias de água a 20 °C. Se
Querendo tomar “água gelada”, essa pessoa coloca cada garrafa, quando vazia, possui massa de 125 g
na jarra 20 cubos de gelo de 2 cm de aresta cada e capacidade de 200 ml, qual a massa de gelo a 0
um, a -10 °C, e aguarda o equilíbrio térmico. °C que deve ser acrescentada no recipiente, para
Considerando que apenas gelo e água troquem calor que no equilíbrio térmico a temperatura seja de
entre si, a temperatura de equilíbrio térmico é: 10 °C?
Dados: Despreze as trocas de calor com o recipiente e
calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C
calor específico da água = 1,0 cal/g °C considere o calor específico do vidro igual a 0,2 cal/
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g g °C e o calor latente de fusão do gelo igual a 80
densidade do gelo = 0,80 g/ml cal/g.
a) m = 0,5 kg.
a) 0 °C. b) m = 1,0 kg.
b) 2 °C. c) m = 2,0 kg.
c) 5 °C. d) m = 10,0 kg.
d) 6,1 °C. e) m = 200 kg.
e) 7,2 °C.

51. (PUC-SP) Um anel metálico de massa 150 g,


49. (Fuvest-SP) Um recipiente de isopor, que é um bom inicialmente à temperatura de 160 °C, foi colocado
isolante térmico, tem em seu interior água e gelo em uma cavidade feita na parte superior de um
em equilíbrio térmico. Num dia quente, a passagem grande bloco de gelo em fusão, como mostrado na
de calor por suas paredes pode ser estimada, figura. Após o equilíbrio térmico ser atingido,
medindo-se a massa de gelo Q presente no interior verificou-se que 30 cm 3 de gelo se fundiram.
do isopor, ao longo de algumas horas, como Considerando o sistema (gelo-anel) termicamente
representado no gráfico. isolado, o calor específico do metal que constitui o
anel, em cal/g °C é:

Dado:
calor latente de fusão do gelo = 320 kJ/kg Dados:
calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
densidade do gelo: 0,92g/cm3
Esses dados permitem estimar a transferência de
calor pelo isopor, como sendo, aproximadamente,
a) 0,050.
de:
b) 0,092.
a) 0,5 kJ/h.
c) 0,096.
b) 5 kJ/h.
d) 0,10.
c) 120 kJ/h.
e) 1,0.
d) 160 kJ/h.
e) 320 kJ/h.

244 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

52. (UFG-GO) Um recipiente de material termicamente O bloco de metal, a 115°C, foi colocado em contato
isolante contém 300 g de chumbo derretido à sua com o líquido, a 10°C, em um recipiente ideal e
temperatura de fusão de 327 °C. Quantos gramas isolado termicamente.
de água fervente devem ser despejados sobre o Considerando que ocorreu troca de calor somente
chumbo para que, ao final do processo, toda a água entre o bloco e o líquido, e que este não se evaporou,
tenha se vaporizado e o metal solidificado se o equilíbrio térmico ocorrerá a
encontre a 100 °C? Suponha que a troca de calor
a) 70°C.
se dê exclusivamente entre a água e o chumbo.
b) 60°C.
Dados:
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g c) 55°C.
calor latente de fusão do chumbo = 5,5 cal/g
calor específico do chumbo = 0,03 cal/g °C d) 50°C.
e) 40°C.
a) 3,0 g. d) 6,2 g.
b) 3,4 g. e) 6,8 g. 55. Calor é absorvido por uma amostra de certa
c) 5,5 g. substância, em condições nas quais sua massa é
mantida constante e é nulo o trabalho realizado pela
amostra.
53. (OBF) Uma estudante colocou em um recipiente
O gráfico abaixo representa, em unidades arbitrárias,
2,0 litros (2,0 kg) de água, inicialmente a 20 °C,
o calor (Q) absorvido pela amostra, como função
para ferver. Distraindo-se, esqueceu a água no fogo
da variação de temperatura (ΔT) que este calor
por um certo tempo e, quando percebeu, metade
provoca na mesma.
da água havia se evaporado. Curiosa, desejou saber
que quantidade de calor a água havia consumido
no processo. Sendo o calor específico e o calor de
vaporização da água, respectivamente, iguais a
1,0 cal/g°C e 540 cal/g, encontrou
a) 700 kcal
b) 620 kcal
c) 160 kcal
d) 540 kcal
e) 80 kcal

54. (UFSP) O gráfico mostra as curvas de quantidade de


calor absorvido em função da temperatura para dois
corpos distintos: um bloco de metal e certa quantidade
de líquido. Analise as seguintes afirmações, referentes a esse
gráfico.

I. O calor específico da substância tem um valor


constante na etapa entre A e B e outro valor
constante na etapa entre C e D, sendo menor na
etapa entre A e B.
II. O calor específico da substância tem valor
crescente tanto na etapa entre A e B como na etapa
C e D.
III. A linha vertical que aparece no gráfico entre os
pontos B e C indica que nessa etapa a amostra
sofre uma mudança de estado.

P R É - V E S T I B U L A R
245
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

Quais estão corretas? 59. (Vunesp–SP) Massas iguais de cinco líquidos distintos,
a) Apenas I. cujos calores específicos estão dados na tabela,
encontram–se armazenadas, separadamente e a
b) Apenas II.
mesma temperatura, dentro de cinco recipientes com
c) Apenas III. boa isolação e capacidade térmica desprezível.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III. Líquido Calor específico (J/g . ºC)
Água 4,19
56. (UFMG) Um cozinheiro quer comprar uma panela que Petróleo 2,09
esquente rápida e uniformemente. Glicerina 2,43
Ele deve procurar uma panela feita de um material que Leite 3,93
tenha
Mercúrio 0,14
a) alto calor específico e alta condutividade térmica.
b) alto calor específico e alta condutividade térmica.
c) baixo calor específico e alta condutividade térmica. Se cada líquido receber a mesma quantidade de calor,
suficiente apenas para aquecê–lo, mas seu ponto de
d) baixo calor específico e baixa condutividade térmica.
ebulição, aquele que apresentará temperatura mais
alta após o aquecimento será:
57. (FEI–SP) Para determinar o calor específico do ferro,
a) a água.
um aluno misturou em um calorímetro ideal 200g de
b) o petróleo.
água a 20°C com 50g de ferro a 100°C e obteve a
temperatura final da mistura T = 22°C. Qual é o calor c) a glicerina.
específico do ferro? d) o leite.
a) 0,05 cal/g . °C. e) o mercúrio.
b) 0,08 cal/g . °C
c) 0,10 cal/g . °C 60. (Fuvest–SP) Um pedaço de gelo de 150 g à
d) 0,25 cal/g . °C temperatura de – 20°C é colocado dentro de uma
garrafa térmica contendo 400g de água à
e) 0,40 cal/g . °C
temperatura de 22°C.

58. (UEL–PR) Três panelas idênticas, designadas 1, 2


São dados:
e 3, de capacidade térmica equivalente a 100g de
água cada uma, contém água nas quantidades, calor específico do gelo = 0,50 cal/g . °C;
respectivamente, de 200g, 300g e 100g. as panelas calor específico da água = 1,0 cal/g . °C;
1, 2 e 3 são colocadas sobre três bicos de gás que calor de fusão do gelo = 80 cal/g.
fornecem calor, respectivamente, na razão de 1.500
cal/min, 2.000 cal/min e 1.000 cal/min. Considerando
Considerando a garrafa térmica como um sistema
desprezível a perda de calor para o ambiente, para
perfeitamente isolado e com capacidade térmica
aumentar a temperatura de cada panela de 20°C é
desprezível, pode–se dizer que ao atingir o equilíbrio
necessário que elas fiquem sobre os bicos de gás
térmico o sistema no interior da garrafa apresenta–
um intervalo de tempo, em minutos,
se como
respectivamente, igual a
a) um líquido a 10,5°C.
a) 3, 4 e 5.
b) um líquido a 15,4°C.
b) 4, 3 e 5.
c) uma mistura de sólido e líquido a 0°C.
c) 4, 4, e 4.
d) um líquido a 0°C.
d) 4, 5 e 3.
e) um sólido a 0°C.
e) 4, 5 e 5.

246 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

61. (UEL–PR) Um calorímetro de capacidade térmica 50 a) 0°C.


cal/°C contém 50g de gelo e 200g de água em b) 24°C.
equilíbrio térmico, sob pressão normal. Introduzindo c) 56°C.
50g de vapor de água a 100°C no interior do d) 60°C.
calorímetro, a temperatura de equilíbrio, em °C,
passa a ser. 64. (FUVEST–SP) A energia necessária para fundir um
grama de gelo a 0°C é oitenta vezes maior que a
(Dados: Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; energia necessária para elevar de 1°C a temperatura
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.) de um grama de água. Coloca-se um bloco de gelo
a) 26 a 0°C dentro de um recipiente termicamente isolante
b) 50 fornecendo-se, a seguir, calor a uma taxa constante.
c) 66 Transcorrido um certo intervalo de tempo observa-
d) 74 se o término da fusão completa do bloco de gelo.
e) 80 Após um novo intervalo de tempo, igual à metade
do anterior, a temperatura da água, em °C, será:
62. (UFMG) O gráfico a seguir mostra como variam as a) 20
temperaturas de dois corpos, A e B, cada um de b) 40
massa igual a 100g em função da quantidade de
c) 50
calor absorvida por eles. Os calores específicos dos
d) 80
corpos A (cA) e B (cB) são respectivamente.
e) 100

65. O gráfico abaixo representa a quantidade de calor


absorvida por dois objetos A e B ao serem
aquecidos, em função de suas temperaturas.

a) cA = 0,10 cal/g . °C e cB = 0,30 cal/g . °C.


b) cA = 0,067 cal/g . °C e cB = 0,20 cal/g . °C
c) cA = 0,20 cal/g . °C e cB = 0,60 cal/g . °C
d) cA = 10 cal/g . °C e cB = 30 cal/g . °C
Observe o gráfico e assinale a(s) proposição(ões)
e) cA = 5,0 cal/g . °C e cB = 1,7 cal/g . °C
CORRETA(S).

63. De um freezer a – 5,0°C foram retirados 10 cubos


de gelo com 20g cada e misturados com 1 copo 01. A capacidade térmica do objeto A é maior que a do
(300 ml) de água quente a 95°C em um balde de objeto B.
isopor. Os calores específicos do gelo e da água
são, respectivamente, 0,50 cal/g . °C e 1,0 cal/g . °C 02. A partir do gráfico é possível determinar as
e o calor de fusão do gelo, 80 cal/g. capacidades térmicas dos objetos A e B.

Supondo que as trocas de calor ocorram apenas


04. Pode-se afirmar que o calor específico do objeto A é
entre o gelo e a água, a temperatura final de
maior que o do objeto B.
equilíbrio entre eles será de

P R É - V E S T I B U L A R
247
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

08. A variação de temperatura do objeto B, por caloria a) 3,0 g


absorvida, é maior que a variação de temperatura b) 3,4 g
do objeto A, por caloria absorvida.
c) 5,5 g
d) 6,2 g
16. Se a massa do objeto A for de 200 g, seu calor
e) 6,8 g
específico será 0,2 cal/g°C.

69. Certa quantidade de gelo, à temperatura de – 7°C,


66. (UFRS) Quantos gramas de água que está a uma
foi colocada num recipiente adiabático, de
temperatura de 10°C deve-se misturar com 200 g
capacidade térmica desprezível contendo 500 g de
de água a 85°C para que a temperatura final da
água pura à temperatura de 40°C, sob pressão
mistura seja de 40°C?
normal. Após algum tempo, a temperatura de
a) 133 equilíbrio da mistura estabilizou em 30°C.
b) 200 Considerando que:
c) 225 cgelo = 0,5 cla/g°C,
d) 300 cágua- = 1,0 cal/g°C e
e) 425 Lf = 80 cal/g,
a massa de gelo em gramas, colocada no recipiente,
67. No interior de um calorímetro de capacidade térmica foi de aproximadamente:
desprezível, são misturados 120 g de gelo a –15°C a) 54
e 5 g de água líquida a 20°C. O calorímetro é mantido
b) 44
hermeticamente fechado, à pressão interna de
1,0 atm, condição em que o calor latente de fusão c) 34
do gelo é 80 cal/g, os calores específicos do gelo e d) 64
da água líquida são, respectivamente, 0,5 cal/(g°C) e) 74
e 1,0 cal/(g°C), e a temperatura de fusão do gelo é
0°C. É CORRETO concluir, então, que na situação
70. Uma mistura de gelo e água em estado líquido, com
de equilíbrio térmico, haverá no interior do
massa total de 100 g, encontra-se à temperatura
calorímetro:
de 0°C. Um certo tempo após receber 16.000 J de
a) apenas água líquida, à temperatura acima de 0°C. calor, a mistura acha-se completamente
b) água líquida e gelo, à temperatura de 0°C. transformada em água líquida a 20°C. Qual era,
c) apenas gelo, à temperatura de 0°C. aproximadamente, a massa de gelo contida na
d) apenas gelo, à temperatura abaixo de 0°C. mistura inicial? [Dados: Calor de fusão do gelo =
334,4 J/g; calor específico da água = 4,18 J/(g. °C)]
e) apenas água líquida, à temperatura de 0°C.
a) 22,8 g d) 72,8 g
b) 38,3 g e) 77,2 g
68. (UFGO) Um recipiente de material termicamente
isolante contém 300 g de chumbo derretido à sua c) 47,8 g
temperatura de fusão de 327 °C. Quantos gramas
de água fervente devem ser despejados sobre o 71. (UFMG) Uma garrafa térmica, de certa capacidade
chumbo para que, ao final do processo, toda a água térmica, contém 100g de água a 20°C.
tenha se evaporado e o metal solidificado encontre- Acrescentando a essa garrafa mais 100 g de água
se a 100 °C? Suponha que a troca de calor dê-se a 80°C, a temperatura de equilíbrio térmico da
exclusivamente entre a água e o chumbo. mistura poderá ficar entre:
a) 0°C e 20°C
Dados: b) 20°C e 50°C
Calor latente de vaporização da água = 540 cal/g
c) 50°C e 60°C
Calor latente de fusão do chumbo = 5,5 cal/g
Calor específico do chumbo = 0,03 cal/g°C d) 60°C e 80°C
e) 80°C e 100°C

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Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

72. Uma determinada quantidade de calor é fornecida sem misturá–los. Para isso é usado um bloco de 100g
a uma amostra formada por um bloco de 1 kg de de uma liga metálica inicialmente a uma temperatura
gelo, que se encontra inicialmente a – 50°C, até de 90°C. O bloco é imerso durante certo tempo num
que toda a água obtida do gelo seja completamente dos recipientes e depois transferido para o outro, nele
vaporizada. permanecendo até ser atingido o equilíbrio térmico.
O gráfico abaixo representa a variação de O calor específico da água é dez vezes maior que o
temperatura da amostra e a quantidade mínima de da liga. A temperatura do bloco, por ocasião da
calor necessária para completar cada uma das transferência, deve ser então igual a
transformações sofridas pela amostra. a) 10°C
b) 20°C
c) 40°C
d) 60°C
e) 80°C

75. (Fuvest–SP) Dois corpos A e B, inicialmente às


Nos estágios de fusão e de vaporização registrados temperaturas tA = 90°C e tB = 20°C, são postos em
no gráfico, quais são, respectivamente, o calor contato e isolados termicamente do meio ambiente.
latente de fusão do gelo e o calor latente de Eles atingem o equilíbrio térmico à temperatura de
vaporização da água, expressos em J/g? 45°C. Nestas condições, podemos afirmar que o
corpo A
a) 105 e 335.
a) cedeu uma quantidade de calor maior do que a
b) 105 e 420.
absorvida por B.
c) 105 e 2.360.
b) tem uma capacidade térmica menor que a do B.
d) 335 e 420.
c) tem calor específico menor que o de B.
e) 335 e 2.360.
d) tem massa menor que a de B.
e) cedeu metade da quantidade de calor que possuía
73. O calor específico do álcool etílico é igual à metade para B.
do calor específico da água. Massas iguais de álcool
e de água, à mesma temperatura, recebem a mesma
quantidade de calor. Nos dois processos, não ocorre 76. (UFSC) Recomendam alguns livros de culinária que,
mudança de fase. ao se cozinhar macarrão, deve–se fazê–lo em
bastante água – não menos do que um litro de água
Assim sendo, é CORRETO afirmar que, ao final
para cada 100g – e somente pôr o macarrão na água
desses dois processos.
quando esta estiver fervendo, para que cozinhe
a) a temperatura da água e a do álcool aumentarão rapidamente e fique firme. Assim, de acordo com
igualmente. as receitas, para 500g de macarrão são
b) a temperatura da água será igual à metade da necessários, pelo menos, 5 litros de água.
temperatura do álcool.
c) a temperatura da água será igual ao dobro da A respeito do assunto assinale a soma da(s)
temperatura do álcool. proposição(ões) corretas
d) a variação de temperatura da água será igual à 01. A água ganha calor da chama do fogão, através da
metade da variação de temperatura do álcool. panela, para manter sua temperatura de ebulição e
e) a variação de temperatura da água será igual ao ceder energia para o macarrão e para o meio
dobro da variação de temperatura do álcool. ambiente.
02. A capacidade térmica do macarrão varia com a
74. (Fuvest–SP) Dois recipientes de material quantidade de água usada no cozimento.
termicamente isolante contêm 10g de água cada 04. Ao ser colocado na água fervente, o macarrão recebe
um a 0°C. Deseja–se aquecer até uma mesma calor e sua temperatura aumenta até ficar em
temperatura o conteúdo dos dois recipientes, mas equilíbrio com a água.

P R É - V E S T I B U L A R
249
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

08. Quanto maior a quantidade de água fervente na


panela, maior será a quantidade de calor que poderá
ser cedida ao macarrão e, consequentemente, mais
rápido cozinhará.
16. A quantidade de calor que deverá ser cedida pela
água fervente para o macarrão atingir a temperatura
de equilíbrio depende da massa, da temperatura
inicial e do calor específico do macarrão.
32. Para o cozimento do macarrão, o que importa é a O calor específico da substância no estado sólido é,
temperatura e não a massa da água, pois a
em cal/g°C,
capacidade térmica da água não depende da massa.
a) 0,20
64. O macarrão cozinha tão rapidamente em 1 litro como
em 5 litros de água, pois a temperatura máxima de b) 0,30
cozimento será 100°C, em uma panela destampada c) 0,40
em Florianópolis. d) 0,50
e) 0,80
77. (UFSC–adaptado) Assinale a(s) proposição(ões)
CORRETA(S)
80. (Fuvest–SP) Em uma panela aberta, aquece–se água,
01. A água é usada para refrigerar os motores de observando–se uma variação da temperatura da água
automóveis, porque o seu calor específico é maior com o tempo, como indica o gráfico.
do que o das outras substâncias.
02. Quando uma certa massa de água é aquecida de
zero grau a 4 graus Celsius, o seu volume aumenta
e a sua densidade diminui.
04. Devido à proximidade de grandes massas de água,
em Florianópolis, as variações de temperatura entre
o dia e a noite são pequenas ou bem menores do
que em um deserto.
08. Em um deserto a temperatura é muito elevada
durante o dia e sofre redução durante a noite, porque
a areia tem um calor específico muito elevado.
16. A transpiração é um mecanismo de controle de
temperatura, pois a evaporação do suor consome
energia do corpo humano. Desprezando–se a evaporação antes da fervura, em
quanto tempo, a partir do começo da ebulição, toda
78. (UFMG) Um cano de cobre e um de alumínio, ambos a água terá se esgotado? (Considere que o calor de
de mesma massa, recebem a mesma quantidade vaporização da água é cerca de 540 cal/g)
de calor. Observa–se que o aumento de temperatura a) 18 minutos.
do cano de alumínio é menor que o do cano de cobre. b) 27 minutos.
c) 36 minutos.
Isso acontece porque o alumínio tem d) 45 minutos.
a) calor específico maior que o do cobre. e) 54 minutos.
b) calor específico menor que o do cobre.
c) condutividade térmica maior que a do cobre. 81. (FEI–SP) Um calorímetro contém 200 mL de água,
d) condutividade térmica menor que a do cobre. e o conjunto está à temperatura de 20°C. Ao ser
juntada ao calorímetro 125 g de uma liga a 130°C,
79. (UEL–PR) Ao se retirar calor Q de uma substância verificamos que após o equilíbrio térmico a
líquida pura de massa 5,0 g, sua temperatura cai de temperatura final é de 30°C. Qual é a capacidade
acordo com o gráfico a seguir. térmica do calorímetro?

250 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

Dados: calor específico da liga: 0,20 cal/g°C; calor


específico da água: 1 cal/g°C; densidade da água:
1.000 kg/m3.
a) 50 cal/°C.
b) 40 cal/°C.
c) 30 cal/°C.
d) 20 cal/°C.
e) 10 cal/°C

82. (Fuvest–SP) No gráfico, a curva 1 representa o


resfriamento de um bloco de metal a partir de 180°C
e a curva II, o aquecimento de uma certa quantidade
de um líquido a partir de 0°C, ambos em função do Sejam LR e LS o calor latente de fusão dos materiais
calor cedido ou recebido no processo. R e S, respectivamente e CR e CS o calor específico
dos materiais, no estado sólido, também
respectivamente.
Considerando-se essas informações, é CORRETO
afirmar que
a) CR < CS e LR < LS.
b) CR < CS e LR > LS.
c) CR > CS e LR < LS.
d) CR > CS e LR > LS.

84. (FUVEST) Um trocador de calor consiste em uma


serpentina, pela qual circulam 18 litros de água por
minuto. A água entra na serpentina à temperatura
Se colocarmos num recipiente termicamente ambiente (20°C) e sai mais quente. Com isso, resfria-
isolante a mesma quantidade daquele líquido a 20°C se o líquido que passa por uma tubulação principal,
e o bloco a 100°C, a temperatura de equilíbrio do na qual a serpentina está enrolada. em uma fábrica,
sistema (líquido + bloco) será de aproximadamente o líquido a ser resfriado na tubulação principal é
também água, a 85°C, mantida a uma vazão de 12
a) 25°C
litros por minuto. Quando a temperatura de saída
b) 30°C da água da serpentina for 40°C, será possível estimar
c) 40°C que a água da tubulação principal esteja saindo a
d) 45°C uma temperatura T de, aproximadamente,
e) 60°C a) 75°C
b) 65°C
83. (UFMG) Num Laboratório de Física, faz-se uma c) 55°C
experiência com dois objetiso de materiais diferentes d) 45°C
– R e S –, mas de mesma massa, ambos, e) 35°C
inicialmente, no estado sólido e à temperatura
ambiente.
Em seguida, os dois objetos são aquecidos e, então,
mede-se a temperatura de cada um deles em função
da quantidade de calor que lhes é fornecida.
Os resultados obtidos nessa medição estão
representados neste gráfico:

P R É - V E S T I B U L A R
251
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

85. (UFTM) Analisando o comportamento da água,


definem-se os seguintes coeficientes:

calor específico do gelo 0,5 cal/(g.°C)

calor específico da água 1,0 cal/(g.°C)

calor específico do vapor 0,5 cal/(g.°C)

calor sensível de fusão do gelo 80 cal/g

calor sensível de vaporização da água 540 cal/g Examinando o gráfico, podemos afirmar a respeito
dos calores específicos da substância nas fases
O diagrama de aquecimento da água, quando sólida (Cs), líquida (Cl) e gasosa (Cg):
submetida a uma fonte térmica de fluxo constante, a) Cs > Cg > Cl
está mais bem esquematizado na alternativa b) Cs < Cg = Cl
c) Cs = Cl = Cg
d) Cs < Cl < Cg
a) e) Cl > Cs > Cg

ANOTAÇÕES

b)

c)

d)

e)

86. (UFJF) Uma amostra de uma substância é aquecida


com um aquecedor que gera calor com potência
constante. A amostra da substância, inicialmente
sólida, funde-se e depois é vaporizada. A variação
da temperatura das fases sólida (s), líquida (l) e
gasosa (g) da amostra em função do tempo é
colcoada na forma do gráfico de temperatura T versus
tempo t da figura a seguir.

252 P R É - V E S T I B U L A R
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

QUESTÕES ABERTAS
QUESTÃO 1
(Unifesp-SP-modificado) Em dias muito quentes e secos, como os do último verão europeu, quando as temperaturas
atingiram a marca de 40 °C, nosso corpo utiliza-se da transpiração para transferir para o meio ambiente sua energia
excedente. Por meio desse mecanismo, a temperatura de nosso corpo é regulada e mantida em torno de 37 °C. No
processo de transpiração, a água das gotas de suor sofre uma mudança de fase à temperatura constante, na qual
passa lentamente da fase líquida para a gasosa, consumindo energia, que é cedida pelo nosso corpo. Se, nesse
processo, uma pessoa perde energia a uma razão de 113 J/s, e se o calor latente de vaporização da água é de
2,26.103 J/g, determine a quantidade de água perdida na transpiração pelo corpo dessa pessoa, em 1 hora.

QUESTÃO 2
(Ufla-MG-modificado) Considere a seguinte experiência. Numa cidade situada ao nível do mar, uma panela com
água é colocada sobre o fogo e deixada até que comece a ferver, a 100 °C. Em seguida, o fogo é desligado e
a água pára de ferver. Logo depois retira-se, com uma seringa, um pouco dessa água. O orifício da seringa é
vedado e o êmbolo é puxado até o fim. Verifica-se que a água na seringa começa novamente a ferver. Como
você explica o fenômeno?

QUESTÃO 3
(Olimpíada Brasileira de Física) Para cozinhar um alimento em água, o mais rápido possível e sem desperdiçar
energia, uma pessoa procede da seguinte forma: coloca a panela no fogão com fogo lento e, quando a mistura
estiver fervendo, aumenta a intensidade da chama. Este procedimento é correto? Justifique.

QUESTÃO 4
(UFScar-SP) Um exercício sobre trocas de calor propunha que 235 g de água, à temperatura de 25 ºC e a
pressão de 1 atm, fossem misturadas a 63 g de gelo, à temperatura de -18 ºC, num calorímetro ideal mantido
sob agitação. Para resolvê-lo, um estudante testou as cinco hipóteses seguintes:

Resultado dos cálculos


Hipóteses
m (g) t (ºC)

1. Não ocorre mudança de fase. - 19,9


2. Toda a massa de gelo sofre fusão e a água
- 0,9
resultante dessa fusão aumenta de temperatura.
3. Parte da massa do gelo sofre fusão. 66,4 0,0

4. Parte da massa de água solidifica. - 66,4 0,0


5. Toda a massa de água solidifica e a temperatura
- 161,8
do gelo resultante diminui.

onde: m = massa que sofre mudança de fase e t = temperatura de equilíbrio.


a) Admitindo que os cálculos realizados pelo estudante estejam corretos, justifique qual das hipóteses acima
fornece um resultado possível de ocorrer experimentalmente, nas condições propostas pelo exercício.
b) Considerando que a temperatura de fusão do gelo é inversamente proporcional à pressão, explique o que
ocorreria com a temperatura de equilíbrio e com a massa da substância que sofre mudança de fase, se a
pressão no calorímetro fosse superior a 1 atm. Suponha que os valores dos calores específicos e dos calores
latentes específicos não dependam da pressão e da temperatura.

P R É - V E S T I B U L A R
253
Unidade III Mudanças de Fase e Transferência de Calor FÍSICA III

QUESTÃO 5
(Fuvest-SP) Em um local onde a água ferve a 100 °C, aquece-se 1 litro de água. A temperatura da água varia
conforme o gráfico a seguir.

Dados:
calor específico da água = 1,0 cal/g °C
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g
densidade da água = 1,0 kg/l

a) Quantas calorias a água recebe durante os primeiros 5 minutos?


b) Se a transferência de calor for mantida na mesma razão, em que instante toda a água terá se vaporizado?

254 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA I

GABARITO
FÍSICA I – VOLUME I

UNIDADE I - GRANDEZAS FÍSICAS

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1) FR = 25 N
2) a)

F2


R


F1

b)
 
F3 − F4

R


F5

c)


F6


R

3) 140N 
F7
4) ⎢VR ⎢ = 5m/s

P R É - V E S T I B U L A R
255
Volume I Gabarito FÍSICA I

QUESTÕES PROPOSTAS

1. C 8. D 15. D 22. C
2. C 9. D 16. D 23. B
3. B 10. A 17. C 24. A
4. B 11. D 18. D 25. B
5. D 12. A 19. E 26. D
6. D 13. C 20. A
7. B 14. D 21. C

QUESTÕES ABERTAS
1. a) Não
b) No 1º diagrama o corpo não está em equilíbrio na direção x. No 2º diagrama o corpo não está em equilíbrio nas
duas direções.
2. 45N
3. T1 > T2 > T3

UNIDADE II - CINEMÁTICA

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1) 1) 0; 10 km/h 5) vm = 48,2 km/h


2) Va = 50 km/h 6) d = 1,38 km
Vb = 25 km/h 7) B
3) Sa = 50t 8) B
Sb = 10 + 25t 9) C
4) t = 0,4 h 10) 1. Não
2. Aceleração
2) v = 50 km/h 3. Distância percorrida
3) D 11) C
4) 0 a t1 - diminui 12) C
t1 a t2 - aumenta 13) E
14) D
t2 a t3 - diminui
15) B
t3 a t4 - aumenta 16) IV
t4 a t5 - diminui 17) D
t5 a t6 - aumenta 18) A
19) D
t6 a t7 - diminui
20) D
t7 a t8 - aumenta
t8 a t9 - diminui
mudança de sentido da velocidade instantes t3, t5, t7, t9

256 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA I

QUESTÕES PROPOSTAS

1. D 25. B 49. A 73. C


2. E 26. D 50. C 74. A
3. C 27. A 51. D 75. C
4. A 28. C 52. C 76. D
5. B 29. C 53. A 77. B
6. B 30. C 54. C 78. D
7. B 31. C 55. B 79. B
8. B 32. C 56. E 80. C
9. C 33. B 57. D 81. B
10. A 34. A 58. B 82. C
11. D 35. D 59. A 83. B
12. C 36. D 60. B 84. B
13. A 37. B 61. D 85. B
14. A 38. D 62. A 86. B
15. A 39. D 63. B 87. B
16. C 40. B 64. C 88. D
17. D 41. A 65. A 89. A
18. B 42. C 66. C 90. D
19. B 43. E 67. C 91. A
20. A 44. B 68. B 92. B
21. E 45. A 69. B 93. A
22. A 46. A 70. C 94. A
23. E 47. C 71. B
24. A 48. A 72. A

QUESTÕES ABERTAS
1. Treino A
0,4s a menos
2. a) a1 = 2,0 m/s2 a2 = -4,0 m/s2
b) S1 = 75 - 10t + t2 S2 = 50 + 20t - 2t2
c) Nesse momento os dois carros tem V = 0 e invertem o sentido de seus movimentos.
3. a) 1,2 s
b) 6,0 m/s
c) 1,8 m
4. a) 10 s
b) 100 m
5. 2,3

P R É - V E S T I B U L A R
257
Volume I Gabarito FÍSICA I

UNIDADE III - LEIS DE NEWTON

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. E 5. CeG 7. C
2. D 6. b) 5 kgf 8. A
3. A c) 6 kgf 9. A
4. CeE d) 0,75

QUESTÕES PROPOSTAS

1. B 26. C 51. D 76. C


2. C 27. B 52. C 77. D
3. A 28. A 53. C 78. A
4. B 29. B 54. C 79. A
5. D 30. D 55. C 80. C
6. B 31. A 56. C 81. C
7. D 32. C 57. B 82. C
8. E 33. C 58. B 83. A
9. D 34. C 59. C 84. B
10. B 35. C 60. D 85. A
11. B 36. V, F, V, F 61. A 86. Piso 3
12. E 37. E 62. A 87. D
13. D 38. B 63. C 88. A
14. A 39. A 64. A 89. C
15. E 40. A 65. D 90. C
16. C 41. E 66. B 91. D
17. C 42. E 67. B 92. D
18. D 43. C 68. C 93. D
19. D 44. C 69. D 94. D
20. D 45. B 70. B 95. A
21. D 46. B 71. E 96. C
22. D 47. D 72. B 97. B
23. C 48. D 73. A 98. A
24. A 49. 1, 8, 16, 32 74. B 99. D
25. C 50. B 75. A 100.C

QUESTÕES ABERTAS

1. a) 29 Kgf 4. 4,1 N e 3,7 N


b) 21 Kgf
5. a) 2,0 x 10-4 N
2. a) T0 = 8,0 N T1 = 6,0 N b) 100
b) M = 2,4 Kg

3. a) fa = 0
b) 8,0 s

258 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA II

GABARITO
FÍSICA II - VOLUME I
UNIDADE I - ESTRUTURA DA MATÉRIA E LEI DE COULOMB

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. A barra de vidro e o pano de lã adquirem cargas de sinais opostos, pois foram eletrizadas por atrito. A esfera A fica
com carga de mesmo sinal que a barra de vidro, pois foi eletrizada por contato. O mesmo se pode dizer para a
esfera B em relação à lã. Assim, o pano de lã e a esfera A terão cargas de sinais opostos e se atrairão.

2. Sabe-se que a massa de 18 litros de água é de 18 kg. A massa molar da água é 18, ou seja, em 1 mol de moléculas
de água, temos a massa de 18g. Assim, em 18kg (18.000 g), há 1 mol de água ou, ainda, aproximadamente, 6 x
1023 moléculas. Se um elétron for retirado de cada molécula, a carga

3. Apesar de ser uma quantidade muito pequena, há um certo aumento de massa quando o corpo fica negativo, pois
ele ganha elétrons; e há uma ligeira redução de massa, pois ele perde elétrons. Essa diferença, apesar de existir,
é muito pequena e não pode ser detectada por balanças comuns.

4. Uma caneta possui cargas positivas e negativas em mesmo número, por isso é neutra.

5. A corrente metálica funciona como fio terra, efetuando a ligação da lataria do carro com a Terra. Como esta é muito
maior que o carro, as cargas em excesso na lataria fluem para a Terra e, com isso, protegem o caminhão de
possíveis centelhas elétricas.

6. Não é possível, uma vez que o corpo humano é condutor. Por um lado, você eletriza a barra, por outro, retira as
cargas em excesso. Para eletrizar assim, é necessário utilizar luvas de material isolante elétrico.

7. A resposta aqui é pessoal. Em geral, o fato de a molécula de água ser polar facilita a atração em relação ao corpo
eletrizado. Cada molécula de água que toca no corpo contribui para que ele perca parte de suas cargas. Em dias
muito úmidos, os objetos descarregam-se rapidamente.

8. A força eletrostática varia inversamente com o quadrado da distância. Assim, a parte do papel que estiver próxima
do bastão sofrerá uma atração mais intensa do que a repulsão verificada na parte oposta. Dessa forma, a força
elétrica resultante será de atração.

9. Ambas as forças variam inversamente com o quadrado da distância. No entanto, as forças elétricas podem ser de
atração ou de repulsão. Já as gravitacionais só são de atração.

10. A força que mantém elétrons ligados aos núcleos é de natureza elétrica. Como a força elétrica varia com o inverso
do quadrado da distância, quanto mais afastadas estiverem as partículas, menor é a intensidade da força e, portanto,
mais fácil o deslocamento do elétron.

11. O que mantém os íons ligados são forças de natureza elétrica. A constante eletrostática da água é muito menor que
a do óleo. Assim, quando o sal é colocado em água, as forças de ligação tornam-se muito menores e, com isso, a
separação dos íons é facilitada.

P R É - V E S T I B U L A R
259

259
Volume I Gabarito FÍSICA II

QUESTÕES PROPOSTAS

1. C 19. B 37. D 55. A 73. C


2. C 20. E 38. C 56. B 74. B
3. C 21. D 39. C 57. A 75. E
4. A 22. D 40. E 58. B 76. D
5. B 23. E 41. C 59. D 77. B
6. B 24. D 42. D 60. E 78. D
7. E 25. C 43. A 61. C 79. A
8. A 26. E 44. E 62. A 80. B
9. C 27. B 45. 08 63. E 81. E
10. E 28. E 46. D 64. A 82. D
11. A 29. A 47. D 65. D 83. A
12. B 30. E 48. A 66. A 84. A
13. B 31. D 49. D 67. C 85. C
14. D 32. D 50. B 68. C 86. E
15. D 33. C 51. E 69. C 87. C
16. B 34. A 52. D 70. C
17. A 35. B 53. E 71. C
18. D 36. C 54. E 72. A

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1
a) descrever a eletrização por contato
b) α 2 > α1

QUESTÃO 2
Em primeiro lugar, devemos garantir que as duas esferas estejam neutras. Para isso, podemos colocá-las em
contato e ligá-las à Terra pelo fio terra. Em seguida, já sem o fio terra e com as esferas em contato, aproximamos
o bastão carregado. Por último, ainda na presença do bastão, as esferas são afastadas uma da outra.

QUESTÃO 3
a) 9 x 10-3N
b) 1,4N

QUESTÃO 4
a) 2,5 x 10–2 N
b) 5,0 x 10–8 C

QUESTÃO 5
Repelida

260 P R É - V E S T I B U L A R

260
Volume I Gabarito FÍSICA II

UNIDADE II - CAMPO E POTENCIAL ELÉTRICO


QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. a) Não é unifome, o que possibilita a atração por indução
b) O mesmo sinal da abelha, ou seja positivo

2. a) Entre os pontos X e Y é vertical para baixo e entre Z e W é vertical para cima.

b) F = E.q = 100.1,6x10 −19 → F = 1,6x10 −17 N


c) Como a força elétrica é muito maior que seu peso, o elétron irá subir em movimento uniformemente variado.

QUESTÕES PROPOSTAS

1. B 13. A 25. A 37. C 49. D 61. D 73. D


2. C 14. A 26. A 38. A 50. D 62. B 74. D
3. A 15. B 27. E 39. C 51. D 63. A 75. A
4. A 16. D 28. C 40. A 52. E 64. E
5. C 17. B 29. B 41. E 53. E 65. C
6. E 18. D 30. A 42. A 54. D 66. C
7. D 19. A 31. B 43. D 55. A 67. B
8. B 20. A 32. C 44. C 56. B 68. D
9. B 21. C 33. C 45. D 57. B 69. C
10. D 22. D 34. A 46. C 58. C 70. D
11. C 23. D 35. D 47. C 59. B 71. A
12. E 24. C 36. C 48. B 60. C 72. B

QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 1 QUESTÃO 4
a) negativa pois a força está oposta ao campo. a) 1,6 x 104V
b) 2,6 x 10-15J
Eq
b) θ = arctg( )
mg
QUESTÃO 5
QUESTÃO 2 a) vertical para baixo
a) 3x10². b) nulo, pois a força é perpendicular ao deslocamento
b) 4m/s

QUESTÃO 3

Q
a) k
a

b) DMÁX = a 3

P R É - V E S T I B U L A R
261

261
Volume I Gabarito FÍSICA III

GABARITO
FÍSICA III – VOL. I
UNIDADE I - TEMPERATURA E DILATAÇÃO
QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. -40º ou -40ºF. 6. B
2. 308 K e 315 K. As variações nas duas escalas são 7. A
as mesmas. 8. C
3. A 9. 110 litros
4. B 10. B
5. A 11. C

QUESTÕES PROPOSTAS

1. B 14. A 27. D 40. C 53. A


2. C 15. A 28. C 41. B 54. C
3. B 16. C 29. 01+04+08= 13 42. 02+04+08+16 55. C
4. D 17. D 30. B 43. C 56. A
5. C 18. C 31. E 44. A 57. C
6. C 19. D 32. A 45. B 58. E
7. B 20. A 33. E 46. B 59. C
8. B 21. B 34. D 47. C 60. C
9. E 22. E 35. D 48. D 61. D
10. C 23. D 36. B 49. C 62. B
11. B 24. E 37. B 50. D 63. D
12. B 25. C 38. B 51. D
13. E 26. E 39. B 52. A

QUESTÕES ABERTAS
1. 22,5 ºC
2. 2 ºX
3. (A) _tM = 12,5 ºM
(B) 50 ºM
4. 100 ºC
5. R$ 0,726

262 P R É - V E S T I B U L A R
Volume I Gabarito FÍSICA III

UNIDADE II - O CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO


QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. C
2. B
3. A

QUESTÕES PROPOSTAS

1. A 10. D 19. B 28. E


2. B 11. B 20. E 29. D
3. B 12. A 21. A
4. A 13. E 22. E
5. E 14. D 23. B
6. B 15. A 24. C
7. A 16. B 25. B
8. D 17. D 26. A
9. A 18. C 27. E

UNIDADE III - MUDANÇAS DE FASE E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Absorve. Libera. 4. E 7. 36.600 cal.
2. Libera. Absorve. 5. C 8. 27.000 cal.
3. B 6. E 9. 648.000 cal.

QUESTÕES PROPOSTAS

1. A 15. B 29. C 44. 59. E 74. D


2. B 16. A 30. A 45. E 60. C 75. B
3. C 17. C 31. D 46. A 61. B 76. 1,4,8,16
4. E 17. E 32. C 47. E 62. A 77. 1,4,16
5. 55 18. E 33. A 48. C 63. B 78. A
(01+02+04+16+32) 19. A 34. E 49. D 64. B 79. A
6. A 20. A 35. A 50. B 65. 01,08 80. E
7. A 21. C 36. A 51. B 66. D 81. A
8. B 22. C 37. C 52. E 67. E 82. C
9. C 23. E 38. C 53. A 68. E 83. C
10. D 24. B 39. D 54. E 69. B 84. C
11. E 25. D 40. B 55. C 70. A 85. A
12. E 26. A 41. E 56. C 71. B 86. E
13. 05 (01+04) 27. A 42. A 57. C 72. E
14. A 28. D 43. D 58. C 73. D

P R É - V E S T I B U L A R
263
Volume I Gabarito FÍSICA III

QUESTÕES ABERTAS
1. 180 g
2. Diminui a pressão do vapor sobre a água, reduzindo a temperatura de ebulição: a água ferve numa temperatura
inferior a 100 °C.
3. Aumentar a intensidade da chama não altera a temperatura em que está ocorrendo a mudança de fase e, portanto,
não acelera o cozimento.
4. a) A segunda hipótese é possível, pois o gelo necessita de 5616 calorias para ter sua temperatura se elevando até
0 °C e para se derreter completamente. A água pode fornecer até 5875 calorias (indo de 25 °C até 0 °C).
b) Se a pressão aumentar, diminui a temperatura de fusão. A massa de gelo que se funde não se modifica.
5. a) 1,6·104 cal
b) 120 g

264 P R É - V E S T I B U L A R
P R É - V E S T I B U L A R

L1 / Física / S1 – 2010

CPD: C 1.10

IMPRESSÃO:
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