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03 - As Organizações Do Futuro - RevFinal
03 - As Organizações Do Futuro - RevFinal
silva.allan@gmail.com
As organizações do Futuro Página 1
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 ORGANIZAÇÕES DO FUTURO
Esses comportamentos têm feito o mundo corporativo refletir sobre sua forma
expressiva, na qual os empregadores monopolizam todo o poder para si (e apenas
para si), enquanto os empregados se veem cada vez menos engajados (e mais
distantes de sua própria identidade).
Para explicar tal fenômeno, o autor divide a obra em três partes: a história das
organizações, como elas estão presentes nos dias atuais (os avanços e
características desse modelo evolutivo) e as condições necessárias para que esse
novo tipo de organização funcione.
Este líder exerce o poder por meio do medo e da força, mantendo as pessoas
à sua volta sob controle. Para manter a estabilidade neste tipo de organização, o líder
se cerca de familiares, que tendem a ser mais leais. Se em algum momento o seu
poder estiver em dúvida, alguém vai tentar tomá-lo (CARVALHO, 2019).
2º) Conformista-Âmbar
estruturas de poder não estão mais em constante mudança, mas são fixadas em
títulos, hierarquias e organogramas.
3º) Realizador-Laranja
4º) Pluralista-verde
Têm um ambiente integral, ou seja, um lugar onde o indivíduo pode ser ele
mesmo.
• Autogestão
cada vez menos estimuladas. Mas por que seria? Esses funcionários não participam
ativamente das decisões da empresa, o que transmite a ideia de que o trabalho não
tem significado, nem propósito. Dessa forma, evoca-se um sentimento de impotência,
desconfiança e medo sobre elas.
Laloux explica que o novo modelo estimula a produção eficaz por meio da
autogestão. Em equipes autogeridas, as decisões são feitas coletivamente. O autor
apresenta dados que afirmam melhores resultados para a empresa. E ainda mais, os
funcionários se sentem menos controlados, além de despertar um sentimento de
confiança e responsabilidade neles.
• Integralidade
Isso requer esclarecer coletivamente a visão das pessoas no trabalho para criar
um ambiente protetor, seguro e atencioso. Exemplos:
• Propósito evolutivo
As organizações Teal são vistas pelos seus membros como um organismo com
uma direção e vida própria. Ao invés de tentar prever e controlar o futuro por meio de
planos detalhados, orçamentos e estratégias, essas organizações envolvem todos no
processo de ouvir com atenção o presente, o que a organização quer se tornar, e a
qual propósito ela quer servir. Acima de tudo, devemos estar de braços abertos para
novas ideias. Caminhar junto com a vida significa fazer parceria com o sucesso.
Ainda mais, Laloux evidencia que sucesso deve partir de nós para nós mesmos.
Enquanto há muitas empresas obcecadas com a concorrência, o autor diz que as
novas organizações vivem para seu próprio propósito.
O livro relata que devemos procurar por melhorias por meio da sensibilidade e
cooperação. Isso faz com que a maximização de lucros deixe de ser uma prioridade
para uma corporação, mas se torne uma consequência de um trabalho bem feito.
Em 1970, Chris Rufer começou a Morning Star como uma empresa operadora-
proprietária de um caminhão no Vale Central da Califórnia, transportando tomates dos
campos para as fábricas de conservas. Hoje, a Morning Star opera três fábricas com
a maior escala de produção do mundo, com recursos exclusivamente dedicados ao
tomate. Fornecem pasta de tomate e tomate picado a mais de 40% dos mercados
nacionais.
AES foi fundada por Roger Sant e Dennis Bakke nos Estados Unidos, em 1982,
e rapidamente se tornou uma das maiores empresas de produção e distribuição de
eletricidade do mundo, com 40 mil funcionários e plantas espalhadas em dezenas de
países. Na AES, apenas 100 pessoas de 40.000 funcionários são responsáveis pela
função de suporte.
Fonte: <https://reinventingorganizationswiki.com/en/cases/aes-applied-energy-
services/>.
• Cultura e Valores
• Recrutamento
• Estratégia
• Compras e investimentos
• Gerenciamento de crise
em vigor para todas as outras decisões. Para investigar o melhor curso de ação e
tomar decisões difíceis, Bakke nomeou Bill Luraschi, um jovem e brilhante conselheiro
geral. Luraschi não era considerado um dos líderes mais antigos, nem alguém que
buscaria um papel de liderança no futuro. O sinal era claro: os líderes seniores da
organização não queriam exercer mais poder. A tomada de decisão de cima para
baixo seria feita por alguém sem sede de poder e seria realmente temporária.
Um caso interessante, que pode ir por esse caminho, é a Zappos, uma empresa
de venda de calçados on-line, ligada à Amazon (que não é apresentada no livro de
Laloux). Em 2013, por decisão do seu CEO Tony Hsieh, a Zappos começou a
implementar a Holacracia (e é hoje a maior empresa a usar o sistema). Porém, no
começo de 2015, insatisfeito com a lentidão da transição, Tony Hsieh enviou um longo
Frederic Laloux faz duas observações para introduzir com sucesso o azul-
petróleo em uma organização maior existente:
Integralidade nos negócios quer dizer ter liberdade de levar para o ambiente de
trabalho sua personalidade completa. Na maioria das organizações, somos
direcionados a mostrar uma parte muito pequena de quem somos e nos sentimos
obrigados a usar uma máscara “profissional”, criando uma barreira entre nossa
essência e o que mostramos ao mundo. Todos temos nossa parte racional, intuitiva,
emocional e espiritual, porém, somente o nosso racional é estimulado e valorizado
nessas organizações. Intuição, emoção e espiritualidade acabam por ficar sem
credibilidade e são alvos dos mais diversos tipos de julgamento. Por isso é muito
melhor suprimir e fingir que essas partes não existem. Somente pessoas autênticas
criam conexões reais e inspiram confiança. Quando você tem certeza de quem é e do
que esperar da pessoa com quem está trabalhando, você se sente seguro para expor
suas próprias ideias, apoiar e ajudar essa pessoa. Seja com colegas de trabalho,
superiores, fornecedores ou clientes, estabelecer relações de trabalho de confiança é
indispensável para se ter sucesso.
Por que o futuro está no ESG? Isso acontece devido às métricas ESG estarem
atreladas ao investimento e gestão responsáveis. Mas a aceleração veio quando
essas métricas passaram a ter cada vez mais relevância no mercado. Isso é tão
realidade hoje em dia, que elas se tornaram pilares que sustentam algumas das
principais atividades dentro das organizações. ESG é prioridade de gestão, de
posicionamento, de visão de futuro e do legado que se quer deixar, uma vez que ter
métricas desses impactos é a grande virada. O ESG é baseado em uma série de
critérios e exigências. Por isso, precisamos considerar que a sustentabilidade e a ética
têm sido temas de relevância não somente entre investidores, mas entre as próprias
empresas em um mercado competitivo (ALBUQUERQUE et al., 2020).
1.7 O futuro dos negócios ESG não é opcional, a Danone que o diga
Fonte: <https://forbes.com.br/forbes-collab/2021/03/haroldo-rodrigues-o-futuro-dos-
negocios-esg-nao-e-opcional-a-danone-que-o-diga/>.
Há uma questão que deve ser considerada: ora, se a geração dos millennials
se apresenta como consciente sobre as questões de meio ambiente e bastante
sensível a causas sociais, imagine o próximo bilhão de pessoas. Nada melhor que a
máxima de Peter Diamandis, da Universidade da Singularidade, quando lhe
perguntam como ser bilionário atualmente: “O melhor jeito de ser bilionário é investir
em negócios que beneficiem um bilhão de pessoas!”.
Isso explica por que a tão falada nova economia é caracterizada pela
diversidade, próspera em diferentes condições e exigente em produtos e serviços que
impactam positivamente a vida das pessoas. Mais uma vez: premissa global dos
investimentos em negócios ESG.
REFERÊNCIAS
BARROS, A.; CORAIOLA, D.; MACLEAN, M.; FOSTER, W. History, memory, and the
past in management and organization studies. Journal of Business Management.
São Paulo, 30 de jun. de 2019. Disponível em: <https://rae.fgv.br/sites
/rae.fgv.br/files/arquivos/call_for_papers_2019_history_0.pdf>. Acesso em: 07 set.
2021.