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Gestão e Liderança
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1. GESTÃO E LIDERANÇA
▼ INTRODUÇÃO
A Gestão procura mostrar a organização como um sistema aberto, psíquico
social e tecnológico, mostrando a contribuição que o período em que a burocracia
era um fator preponderante e determinante na formação das organizações,
enfocando os aspectos de divisão do trabalho, hierarquização, caráter legal e formal,
impessoalidade, rotinas, competência técnica e administração. Mostra também que
a inflexibilidade desse sistema, sob a óptica da burocracia, não é mais competente
para fazer face num momento em que tudo passa pelo risco de cair obsoleto. O
modelo burocrático já não faz mais sentido, pois não apresenta condições de
mudança e ajustamento rápido necessários para um mundo de transformação,
instabilidade e imprevisibilidade. Em uma era de mudanças rápidas e profundas
como as que estamos enfrentando hoje em dia, o modelo burocrático está sendo
substituído pelo modelo adhocrático: flexível, mutável, efêmero e maleável. E quais
são as diferenças? Radicais.
No lugar de divisões ou departamentos, equipes integradas e multifuncionais,
com características de autogerenciamento. Em vez de cargos individualizados,
trabalho em grupos de pessoas ou em células de atividades. Para o bom
entendedor, em vez de separar e dividir (o trabalho), os novos modelos adhocráticos
estão tentando juntá-lo e integrá-lo. É a busca da sinergia.
Cabe-nos, então, focarmos as pessoas, que constituem o começo e o fim da
gestão de pessoas: o homem é a medida de todas as coisas e aqui cumpre-nos
estudar as suas diferenças individuais, a complexidade de sua natureza, sua
motivação, inteligência e vontade, barreiras à comunicação, enfim, o
comportamento humano nas organizações, para podermos, então, falar sobre
gestão de pessoas por competência nas organizações.
Para isso, não se pode desprezar conhecimento e, ainda hoje, a atividade
gestão de pessoas passa pelos mesmo subsistemas do RH antigo. Para dar uma
partida na nossa atividade estaremos falando de dois importantes subsistemas que
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▼ As pessoas
As pessoas constituem o começo e o fim da Gestão de Pessoas: o homem é
a medida de todas as coisas e aqui cumpre-nos estudar sob os seguintes aspectos:
1. A variabilidade humana - as diferenças individuais das pessoas;
2. A complexa natureza do homem;
3. Motivação humana – inteligência x vontade.
4. Comunicação - barreiras à comunicação (via de mão dupla -feedback).
5. O comportamento humano nas organizações – gestão de pessoas por
competência.
▼ O espírito empreendedor
Quais são as duas qualidades mais marcantes de um empreendedor? Sem
dúvida, o apetite pelo risco e um desejo insaciável de ação. No passado, as
condições nos negócios funcionavam contra o espírito empreendedor. O tamanho da
empresa, a estabilidade do ambiente e a experiência acumulada eram os únicos
bens considerados valiosos no mundo empresarial. Sem eles, era inútil pensar em
provocar algum impacto.
Tudo isso está mudando rapidamente. O cenário do mundo empresarial no
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▼ O trabalhador do conhecimento
Peter Drucker faz um comparativo entre a Revolução Industrial e a Revolução
da Informação. Para ele, o comércio eletrônico, filho tardio do computador, terá um
impacto semelhante ao que teve a ferrovia, filha da máquina a vapor, sobre as
empresas, trabalho e economia. Aquilo a que chamamos de Revolução da
Informação é, na realidade, uma revolução do conhecimento (diferente de senso
comum). A rotinização de processos não foi possibilitada por máquinas. O
computador, na verdade, é apenas o gatilho que a desencadeou. O software é a
reorganização do trabalho tradicional, baseado em séculos de experiência, por meio
da aplicação do conhecimento e, especialmente, da análise lógica e sistemática. A
chave não é a eletrônica, mas sim a ciência cognitiva.
Tudo isso significa que a chave para manter a liderança na economia e na
tecnologia que estão prestes a emergir provavelmente será a posição social dos
trabalhadores do conhecimento e a aceitação social de seus valores. Se eles
continuassem sendo funcionários tradicionais e tratados como tais, isso equivaleria
ao tratamento que a velha Inglaterra deu a seus tecnólogos. E as consequências
provavelmente seriam semelhantes.
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A Robert Bosch Limitada, com unidades em Curitiba (PR), Aratu (BA), São
Paulo (SP) e Campinas (SP), iniciou a implantação do modelo de competências em
meados de 1998, quando se percebeu a necessidade de um programa de
competências capaz de identificar as necessidades de desenvolvimento, utilizando
um processo objetivo para verificação de desempenhos individuais. O foco inicial era
preparar pessoas para carreira e sucessão na empresa. O projeto, porém, também
seria o alavancador para um programa de retenção de talentos por meio do banco
de talentos. A formatação do modelo foi baseada nos seguintes fatores:
1. a cultura da empresa;
2. a estrutura organizacional da empresa: níveis hierárquicos, necessidades futuras,
cargos e carreiras-chave;
3. o perfil profissional desejado para atender às demandas do negócio;
4. o modo de avaliação do perfil já existente na empresa;
5. a filosofia da organização que prevê o processo de identificação e avaliação de
competências como uma fonte de referência para o desenvolvimento e
aproveitamento de potenciais e não a eliminação de pessoas do processo;
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▼ A estratégia de implantação
Foi projetado um banco de talentos para suprir a necessidade de
redimensionamento de pessoas em função dos cargos e carreiras-chave, com a
participação dos gestores das áreas, que se responsabilizaram pela identificação
dos candidatos. Os critérios de escolha foram baseados na avaliação do
desempenho existente na ocasião, comparando-a com as competências
demonstradas no cotidiano. A área de RH fez o papel de facilitadora do processo,
contando com a parceria de todas as áreas da empresa.
O primeiro passo foi selecionar um grupo de pessoas-chave para iniciar as
primeiras discussões sobre as competências importantes para o negócio da
empresa. Em um elenco provisório, cada competência foi conceituada e desdobrada
em conhecimentos básicos, habilidades necessárias e atitudes desejáveis.
O segundo passo foi obter consenso sobre o elenco de competências. O
terceiro passo foi apresentar o projeto formal e angariar o comprometimento e
participação da diretoria.
A seguir, o projeto foi apresentado a toda a organização em uma reunião
inaugural para conhecimento geral.
2. Profit Oriented:
• administra por resultados efetivos (dono do negócio);
• faz planejamento estratégico, avaliando e redirecionando periodicamente;
• divulga e operacionaliza amplamente seus objetivos;
• decide por meio de análise do que agrega valor e relação custo/benefício;
• aprende e melhora com os resultados obtidos.
3. Espírito empreendedor:
• possui clareza de propósito e de meios;
• tem iniciativa própria com parcerias (autonomia);
• cria alternativas novas e eficazes de solução;
• age proativa e rapidamente;
• corre e assume riscos.
4. Gerador de mudanças:
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5. Líder coaching:
• é modelo de princípios éticos e de confiança para a equipe;
• escala o melhor time;
• desenvolve a equipe para os desafios (treina, orienta, prepara, informa);
• aproveita o melhor de cada pessoa;
• atinge resultados com a equipe num clima de motivação e de comprometimento.
6. Facilitador:
• modera e apoia os processos/atividades da equipe;
• fornece constantemente retroação (feedback) à equipe (positivo ou negativo);
• descentraliza objetivos, decisões e tarefas;
• assume os resultados da equipe como sendo dele próprio;
• contribui e coopera em equipes multidisciplinares.
7. Motivador:
• é automotivado e entusiasta;
• coloca desafios à equipe perante os objetivos organizacionais;
• oferece oportunidades de crescimento/aprendizado;
• cuida do ambiente e das necessidades tanto profissionais como pessoais;
• reconhece e recompensa explicitamente e com justiça.
8. Comunicador:
• mantém a equipe atualizada e envolvida com os negócios, do estratégico ao
operacional;
• compartilha informações e ideias em todos os níveis;
• utiliza-se de transparência, credibilidade e rapidez na troca de dados e
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informações em geral;
• confere o grau de compreensão ao interlocutor.
9. Negociador:
• utiliza seu poder pessoal para influenciar o poder institucional;
• é assertivo e convincente, mas flexível;
• usa a diversidade de estilos/opiniões a favor dos objetivos organizacionais;
• desenvolve sua intuição;
• sabe ouvir.
▼ Recrutamento On-line
Os tempos estão mudando e a Internet está-se revelando um importante
canal de contato entre organizações e candidatos. Os sites de procura e oferta de
emprego na Internet estão-se multiplicando a cada dia. As organizações estão
apostando na Internet para recrutar talentos e reduzir os custos de seus onerosos
processos de provisão de pessoas, ao mesmo tempo em que aumentam os
horizontes do recrutamento e facilitam a vida dos candidatos. A Internet proporciona
velocidade de informação e facilidade em trabalhar grandes volumes de dados. Ela
permite agilidade, comodidade e economia. A empresa pode oferecer oportunidades
pelos quatro cantos do mundo e o candidato pode concorrer a várias oportunidades
no mercado ou no mundo, mesmo estando em sua casa.
No recrutamento virtual, o espaço principal do site destina-se geralmente ao
cadastramento de currículos. O curriculum vitae constitui a embalagem que
diferencia um candidato do outro. Os usuários digitam suas experiências, aptidões,
preferências, conhecimentos e pretensões para as empresas que procuram
candidatos. Ao acessar esses sites, o internauta encontra informações sobre a
empresa, oportunidades de trabalho, desenvolvimento de carreira etc. Seu único
trabalho é digitar os dados solicitados e aguardar os resultados, sem ter que ir até a
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▼ SELEÇÃO DE PESSOAL
A escolha de bons profissionais é um aspecto primordial no sucesso
organizacional. A seleção de pessoas constitui um investimento em tempo e dinheiro
que proporciona excelentes resultados a curto e a longo prazo. Este subsistema da
Gestão de Pessoas envolve o seguinte:
1. Conceito de seleção de pessoas. Seleção como um processo de comparação e
de decisão.
2. Bases para a seleção de pessoas. Colheita de informações sobre o cargo.
Escolha das técnicas de seleção.
3. Entrevista de seleção. Etapas e cuidados.
4. Provas ou testes de conhecimento ou de capacidade (competências). Testes
psicométricos. Testes de personalidade. Técnicas de simulação.
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5. O processo de seleção.
6. A nova responsabilidade de linha.
7. Avaliação e controle dos resultados da seleção.
à carreira de sua equipe. A carreira tornou-se um bem muito precioso para ser
relegado a terceiros. A direção da carreira foi devolvida a cada executivo ou
funcionário. Quem tem de cuidar da carreira é cada um. As empresas também
abandonaram a postura paternalista de garantia de emprego eterno que predomino
durante décadas a fio. Antes, a carreira exigia dedicação, lealdade e garra para
galgar os patamares da hierarquia da empresa. Em troca, a empresa oferecia um
emprego vitalício até a aposentadoria e cuidava da carreira do empregado como se
ele fosse seu dependente. Com a nova visão do mercado e do trabalho, houve uma
profunda mudança no contrato de trabalho e, em consequência, a quebra do vínculo
trabalhista, desestabilizando a relação entre empresa e empregado. Agora, a peteca
está nas mãos de cada funcionário. Depende de cada um a administração de sua
carreira e das condições pessoais de sobrevivência e crescimento nessa luta
incessante. É o autogerenciamento de carreira. Com a necessidade de funcionar
com estruturas enxutas e simples, mas com o mesmo nível de qualidade e de
produtividade, o emprego tende a reduzir-se cada vez mais e as pessoas que nele
permanecerem terão suas funções e atividades modificadas para acompanhar a
evolução do mercado. A competitividade está exigindo de cada pessoa um
incessante investimento em sua carreira e em sua preparação e qualificação
profissional: é a atenção voltada para seu próprio capital intelectual.
▼ Kodak
O conceito fundamental do planejamento de RH da Eastman Kodak é a
“competência organizacional”, ou seja, a capacidade para agir e mudar para o
alcance da vantagem competitiva. A companhia utiliza um processo de quatro
etapas para desenvolver uma estratégia de RH que apoie sua estratégia
organizacional, a saber:
6. riscos
7. mensurabilidade
8. recursos necessários.
5. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
A gerência moderna deverá enfrentar - nesse novo milênio - uma mudança cultural
que mexerá com os valores, costumes, paradigmas e, consequentemente,
com o comportamento do homem.
O cenário diferenciado, não bastará mais orientar o subordinado na execução
eficaz da tarefa. O prioritário será a preparação de homens que possam ser
parceiros de um negócio, envolvidos com os lucros e preocupados com os prejuízos
• Comportamento microorganizacional
É aquele que se refere ao indivíduo em relação única e exclusiva com sua tarefa.
• Comportamento mesoorganizacional
É aquele que diz respeito à relação do indivíduo com sua equipe de trabalho.
• Comportamento macroorganizacional
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difícil, exigindo cuidado e tempo. Para se obter uma mudança duradoura, não se
tenta mudar pessoas, mas as restrições organizacionais que operam sobre elas.
A cultura da organização envolve um conjunto de pressupostos psicossociais como
normas, valores, recompensas e poder, sendo atributo intrínseco a organização.
▼ CULTURA DENSA
• Alto grau de valores compartilhados (estar inserido no contexto da empresa).
• Influência do estratégico ao operacional (visão holística - todas filiais e
departamentos).
• Possibilidade de vantagem competitiva (melhor resultado por meio do
conhecimento).
▼ SUBCUlTURA
• Nuances departamentalizadas (setores, por exemplo, RH, Logística, Controle -
cada um com sua função).
• Influências regionais (considerar a cultura do local no qual a empresa se insere).
• Unidades de negócios (cada unidade uma equipe; realidades diferenciadas).
▼ CONTRACULTURA
Grupos ou subgrupos que rejeitam aquilo que a organização representa ou o
que ela tenta conseguir; oposição, geralmente dissimulada, aos valores dominantes
e/ou à estrutura de poder da empresa; pode surgir em épocas de tensão, no
decorrer de grandes transformações na empresa; a existência de acentuada
contracultura numa organização pode ser indício de degradação da sua cultura e
oposição dissimulada.
▼ CLIMA ORGANIZACIONAL
Refere-se ao ambiente interno que existe entre os participantes da empresa.
Está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes. O
termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades motivacionais
do ambiente organizacional, ou seja, aqueles aspectos internos da empresa que
levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes. Em
termos mais práticos, o clima organizacional depende das condições econômicas da
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▼ Recrutamento: Definição
Recrutamento é o conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair
candidatos qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. Trata
também dos estudos e contatos com o mercado de trabalho, assim como a primeira
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▼ CURRICULUM VITAE
O curriculum vitae (CV) - ou currículo - é um documento muito importante, pois, é
o responsável pela apresentação profissional e pessoal do candidato para a
empresa que disponibiliza a vaga no mercado de trabalho.
Dessa forma, é importante demonstrar alguns indicadores para a formatação
de um bom currículo, de acordo com as tendências do mercado. Para visualizar os
modelos, acessem o portal e façam o download do material.
a) Não utilize capa - só produza uma se o anúncio ou a empresa solicitarem.
b) Dados pessoais - Nome, RG, CPF, endereço, telefone(s) e e-mail.
c) Formação profissional - escolaridade e cursos técnicos e/ou profissionalizantes.
d) Experiência profissional - empresas nas quais trabalhou, cargos ocupados, tempo
de serviço - relatar as experiências da mais recente (ex: janeiro/2012) até a
primeira (ex: outubro/2001).
e) Informações Adicionais - cursos de línguas (ex: inglês, espanhol e alemão);
disponibilidade para mudanças e/ou viagens; hobby (só quando solicitado) e
outras informações que julgar necessárias ao conhecimento da empresa.
f) Não anexar diplomas ou comprovantes de conclusão dos cursos (exceto
mediante solicitação).
Os currículos devem ser apresentados em uma ou duas folhas (em casos extremos
três), contendo as informações citadas anteriormente. As empresas têm preferência
por esse modelo devido à rapidez de acesso às informações e a maior facilidade
para triar os currículos de acordo com as funções sugeridas. Lembre-
se do ditado popular: "Tempo é dinheiro".
▼ PARA ENTREVISTA
Para ter uma chance de conquistar o emprego ou se manter no mercado de
trabalho observe as dicas:
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8.TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO
☻ Pesquisa interna: "o que a organização precisa já está dentro dela própria"
☻ Pesquisa mista
Essa técnica consiste em utilizar ambas as técnicas citadas anteriormente.
Geralmente utilizada quando se pretende comparar os talentos internos
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com "não colaboradores" da empresa, para tentar identificar a adequação dos perfis.
São utilizadas todas as fontes citadas nos exemplos anteriores.
▼ SELEÇÃO
Seleção é uma atividade de escolha, de opção e decisão, de filtragem de
entrada, de classificação e, portanto, restritiva. É buscar entre os candidatos
recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando
manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal bem como a
eficácia da organização.
A seleção deve fornecer não somente um diagnóstico, mas também um
prognóstico a respeito do tempo de aprendizagem e nível de execução que as
pessoas devem realizar tem como objetivo imediato, o bem estar, a produtividade, e
eficiência, de certo órgão ou entidade. Os bons processos de seleção procuram
orientar aqueles que por alguma razão deixaram de ser escolhidos.
A seleção supõe a existência de oferta superior à procura. Ao empregador ou
entidade selecionadora assiste o direito de aceitar ou rejeitar os pretendentes
pelo critério que entender desde que tenha sido previamente conhecido pelo
candidato.
Os resultados das provas no processo seletivo são confidenciais. É
conveniente que todos os candidatos sejam informados, sobre os resultados gerais
que obtiveram nas provas. A seleção é sempre específica e os resultados colhidos
para uma situação não são, necessariamente, aplicáveis a outras situações ainda
que parecidas.
11.TÉCNICAS DE SELEÇÃO
☻ Referências e recomendações
Algumas empresas trabalham com o sistema de Referências e Recomendações
durante a seleção, ou seja, aproveitam pessoas que são indicadas de colaboradores.
Popularmente conhecida por QI (quem indica) é uma técnica que pode dar maior velocidade ao
processo seletivo, mas, deixa em aberto o conhecimento pessoal do candidato antes do
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ingresso na empresa.
☻ Provas e testes
Existem várias provas e testes que são utilizados para formatar e/ou
complementar a estruturação do perfil do candidato. Entre eles os mais utilizados
são:
Conhecimentos - provas de conhecimentos gerais (atualidades e história) e
específicos (português, matemática, contabilidade, informática, entre outros) de
acordo com a realidade do cargo/função oferecida. São utilizados para medir o nível
de conhecimento básico dos candidatos como em uma prova escolar. Psicológicos -
testes de personalidade, aptidão, interesses, maturidade, inteligência, entre outros e
que só podem ser utilizados por Psicólogos formados e inscritos em seus
respectivos Conselhos de Classe de acordo com a Lei n. 4.119/62.
▼ INTEGRAÇÃO
É o último passo no subsistema de provisão de RH. Após ter sido feita toda a
ação de recrutamento e seleção, o novo colaborador ingressará na empresa para
desenvolver suas atividades.
Surge a pergunta: basta que seja selecionado um bom candidato para que
toda a prática e andamento dos trabalhos naquele setor estejam prontos? A
resposta encontrada é não.
Não, porque o conhecimento sobre o novo espaço de trabalho não está
inserido na realidade desse novo colaborador. Por mais que ele tenha pesquisado e
lido sobre a empresa a qual ele se candidatou a uma vaga, é diferente estar na
empresa de ler a respeito da mesma.
Para dirimir as dúvidas e diminuir o impacto desse processo de entrada em
um "novo mundo", várias empresas utilizam trabalhos de integração para os novos
colaboradores, visando a formação concreta de conhecimento sobre a organização
por parte do colaborador. Dessa forma o indivíduo recebe diversas informações
necessárias para suas futuras práticas de trabalho.
Os principais temas trabalhados nas integrações são:
• Boas-vindas
• Apresentações pessoais
• Histórico da empresa
• Ramo de atuação
• Produtos e serviços;
• Nomenclaturas, postura profissional, relação com o cliente.
• Encaminhamento a unidade, setor ou área de trabalho.
Colaborando conteúdos anteriores, esse é, também, um meio de valorização
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Questionário
Formatação de material com questões fechadas que visa identificar as
principais características referente àquela função que se pretende descrever e
analisar.
Observação direta
Consiste em observar, in loco (setor, área, box, sala) cada indivíduo, para que
se faça a identificação direta das práticas, responsabilidades e requisitos
por função dentro da organização.
Para que uma organização seja eficaz, é importante que tenha condições de
estabilidade no setor de Recursos Humanos ou pessoas aptas a ocuparem as vagas
abertas por aqueles que deixaram a companhia ou os novos cargos criados pelas
mudanças ou expansões organizacionais. Um bom trabalho nos subsistemas vistos até agora
exigem um planejamento cuidadoso, pois, devem incluir tanto as necessidades da organização
por novos elementos quanto as da apresentação de novas pessoas a serem contratadas.
Além de se definir adequadamente quando e em qual local esses novos
elementos ou sujeitos serão incluídos cada um deve ocupar a sua respectiva
função e ser necessário à estrutura de momento da empresa. Essa situação é
denominada de alocação de pessoal, ou seja, considera-se a necessidade atual,
o perfil e descrição da vaga e do candidato, a disponibilidade para inclusão do novo
colaborador e por fim, sua contratação. Os processos de turnover e absenteísmo
devem ser estudados, analisados e considerados quando se propõe a alocação de
pessoas dentro de uma organização.
▼ COMPETÊNCIAS
Além dos planos de carreiras, as empresas vêm se utilizando atualmente de
uma ferramenta muito interessante e diferenciada no que tange o planejamento de
pessoal. É a Gestão por Competências.
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▼ AVALlAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho permite avaliar, promover e orientar o
crescimento pessoal e profissional das pessoas por meio de uma apreciação
sistemática do desempenho de cada pessoa no cargo e o seu potencial de
desenvolvimento futuro.
É uma ferramenta importante para a existência de uma força de trabalho
íntegra, motivada, citada e comprometida com a organização, desde que
adequadamente adaptada às particularidades e a cultura das pessoas e das
organizações.
Fala-se de adequação para que a avaliação de desempenho não se torne
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▼ FATORES DE AVALIAÇÃO
• Qualidade no trabalho.
• Quantidade de trabalho.
• Versatilidade.
• Saúde.
• Iniciativa.
• Cooperação.
• Capacidade de aprendizagem.
• Segurança no trabalho.
É importante ressaltar que foram apresentados os objetivos e os fatores a
serem avaliados com essa ferramenta, pois, a Avaliação de Desempenho é um
processo de duas etapas, cuja primeira é a definição do que significa bom
desempenho, isto é, o desenvolvimento de critérios que definam esse conceito, e o
segundo é a implantação de um procedimento para avaliar os funcionários,
determinando o quanto eles satisfazem esses critérios pré-estabelecidos.
Exemplos de critérios (SPECTOR, 2003):
☻ Avaliação de potencial
O "potencial" compreende conhecimentos, habilidades, aptidões e
capacidades que o indivíduo possui e que ainda não foram postas em prática.
Descobrir este potencial é medida altamente motivadora.
Exemplo: De acordo com formulário postado no portal.
☻Atividade
1. Empresas terceirizam os serviços de RH Patrícia Bispo Jornalista responsável
pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br
Cada vez mais, as médias e as grandes empresas estão investindo em
serviços considerados prioritários como marketing, propaganda e planejamento
estratégico. Mas é importante lembrar que a área de Recursos Humanos também
conquistou espaço no mundo empresarial, pois as organizações estão conscientes
de que para se alcançar o sucesso é necessário contar com equipes formadas por
profissionais de talento. Para isso, vale oferecer desde remunerações atraentes até
programas que visam à motivação ou a melhoria da qualidade de vida dos
colaboradores.
Por outro lado, como as micros e as pequenas empresas podem formar
equipes competentes e comprometidas com o negócio, se elas não têm
condições de criar um departamento de Recursos Humanos? A resposta para esta
questão pode ser encontrada em consultorias da área que oferecem serviços
terceirizados.
"A grande empresa tem um departamento de RH que auxilia os líderes
motivarem seus subordinados, cria campanhas que incentivam o lazer e a
integração das pessoas, oferece assistência social, promove a comunicação interna,
treina, seleciona e avalia o desempenho dos funcionários. Numa pequena empresa,
o dono acaba fazendo isso sozinho, sem orientação ou conhecimentos necessários.
Com isso, ele acaba se desgastando com essas questões e o resultado nem sempre
é positivo", avalia a diretora da Arion Recursos Humanos - consultoria que presta
serviço terceirizados na área, Cidália Martins.
Segundo ela, terceirizar o departamento de RH pode ser uma ótima solução
para os micros e os pequenos empresários, visto que o investimento aplicado é
baixo se comparado aos resultados que alcançados. "Nossa equipe oferece um
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Por fim, Cidália Martins reforça a importância das micros e das pequenas
empresas terem acesso à área de RH. "Essas organizações precisam desse
recurso, da mesma forma que necessitam de um planejamento financeiro, de
recursos tecnológicos e de uma boa divulgação do seu trabalho. Nenhuma
destas questões são menos importantes. Todas elas formam a base para a evolução
de um negócio".
REPENSANDO!
Faça uma discussão de como isto pode ser aproveitado em sua empresa.
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Sugestão
Considerando os fatores propostos, avaliem-se entre si e como tarefa para a
próxima aula tragam, para a composição do portfólio de vocês, a avaliação de pelo
menos um colega de trabalho
▼ ADMINISTRAÇÃO SALARIAL
▼ SAÚDE E SEGURANÇA
Conjunto de medidas que são dotadas visando minimizar os acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade
de trabalho do funcionário. Estabelecida de acordo com normas, leis, portarias e
convenções internacionais.
Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço
da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, podendo causar
perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho ou até
mesmo a morte.
▼ INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,
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▼ QUALIDADE DE VIDA
Qualidade de vida no trabalho visa resgatar a humanização do ambiente total
da empresa, restabelecendo o equilíbrio necessário entre o trabalho e o lazer,
buscando assim interação, bem-estar de todos e a produtividade.
▼ INDICADORES
• Alimentação adequada.
• Atividade física regular.
• Tempo de repouso adequado.
• Espaço para diversão e lazer.
• Possibilidade ~ realização.
• Inserção em grupos social.
• Compensação justa.
• Desenvolvimento de potenciais.
• Condições seguras e saudáveis.
• Integração social.
• Direitos garantidos.
• Sintonia do trabalho com vida pessoal.
• Responsabilidade social.
A saúde pode ser lesada não só por fatores agressivos ou agentes tóxicos,
ruídos, poeira sílica e outros, mas também pela ausência ou deficiência de
fatores ambientais adequados (baixa carga de afeto, falta de suficiente atividade
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▼ RELAÇÕES TRABALHISTAS
No Brasil o instrumento que rege as relações trabalhistas é a Consolidação
das Leis do Trabalho. (CLT - Decreto-lei nº. 5.452 de 1943). Existe também o
Regime Jurídico Único (RJU - Lei n. 8.112, de II de dezembro de 1990) para
algumas classes de servidores públicos autárquicos, municipais, estaduais e
federais.
▼ DEMISSÃO
A demissão é possível, desde que sejam realmente necessárias e que os
demitidos sejam tratados com dignidade e ajudados na busca de uma nova atividade
para repor o emprego perdido. Quem trata bem é bem tratado. O jeito de a empresa
tratar quem é desligado determina a reação de quem sai e, também, de quem
permanece. Uma demissão mal comunicada causa grandes impactos,
constrangimentos, gera riscos e, às vezes, enormes prejuízos.
Sobre esse assunto, José Augusto Minarelli, presidente da Lens & Minarelli,
afirma: "Uma empresa com má fama, pelo jeito com que trata a demissão de
seus colaboradores, pode ter dificuldade de recrutar bons profissionais quando
necessitar de reforço".
Pode acontecer por dois motivos: a pedido do empregado; ou, por iniciativa do
empregador (que pode ter duas motivações: sem justa causa ou por justa causa).
Quando o colaborador pede sua demissão ou é afastado do trabalho por justa
causa, ele tem os seguintes direitos trabalhistas:
• Saldo de salários.
• l30 salário proporcional 0/12 da remuneração mensal por mês de trabalho ou fração
igualou superior a 15 dias).
• Férias vencidas.
• Férias proporcionais. 0/12 da remuneração mensal por mês de trabalho ou fração
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▼ A COMUNICAÇÃO DA DEMISSÃO
O jeito de comunicar é decisivo para que demissões sejam compreendidas e
aceitas. Antecipar-se aos boatos é melhor do que desmenti-los. Sempre que
possível, a empresa deve tomar a iniciativa de informar a todos os funcionários, os
que saem e os que permanecem. E comunicar tudo o que fará para reduzir os
impactos pessoais e sociais e, em particular, o que oferecerá de compensação
financeira, de assistência médica, de seguros e de ajuda na procura do novo
trabalho.
▼ OUTPLACEMENT
O outplacement existe para ajudar as empresas e os empregados em
momentos de separação. É uma atividade especializada que nasceu para as
demissões menos traumáticas. Conhecedores profundos do fenômeno da demissão
e de suas consequências, consultores de outplacement colaboram para que tudo
seja previsto e feito com correção jurídica, administrativa e principalmente humana.
Do ponto de vista da capacidade de empregar, o outplacement beneficia as
duas partes, pois para a empresa demonstra responsabilidade social com a força de
trabalho e para o funcionário, apoio na religação à carreira, além do aspecto humano
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da questão demissional.
O outplacement é sempre uma iniciativa do pregador. O patrocínio, isto é, o
▼ TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
É o processo de desenvolver qualidades nas pessoas para habilitá-Ias a
serem mais produtivas e contribuir melhor para o alcance dos objetivos
organizacionais. Aumentando a produtividade das pessoas em seus cargos.
O objetivo do treinamento é alavancar o desempenho no cargo, pelo processo
o qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas
específicas do cargo, desenvolvendo sua competência, para que, se tornem mais
produtivas, criativas e inovadoras.
▼ PROCESSOS DO TREINAMENTO
• Diagnóstico: levantamento das necessidades.
• Desenho: elaboração de programa.
• Implementação: aplicação e condução.
• Avaliação: verificação dos resultados.
Há a necessidade de treinamento quando a empresa pretende expandir-se,
admitir novos funcionários, mudar o método de trabalho, modernizar o equipamento
e produzir novos produtos ou serviços. Ou ainda quando há baixa qualidade no
serviço, baixa produtividade, comunicação deficiente, excesso de erros e de
desperdício e insatisfação dos clientes, queixas recorrentes, estes podem ser alguns
tipos de indicadores da necessidade do treinamento dentro da empresa.
Para que o treinamento tenha êxito é preciso criar a relação de aprendizagem
através da motivação pessoal do funcionário em aprender algo que lhe estará sendo
proporcionado no treinamento. A motivação para aprender é influenciada pelas
crenças e percepções do treinamento e influencia o entusiasmo, quando motivado
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▼ AS MUDANÇAS E A ORGANIZAÇÃO
O conceito de Desenvolvimento Organizacional está intimamente ligado aos
conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da organização à mudança. O
DO parte de conceitos dinâmicos como os que serão apresentados a seguir:
▼ CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
Uma organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuintes
individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o ambiente. Toda
organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência
dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela deve ser
estruturada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que
caracterizam o meio em que ela opera. Os autores do DO adotam uma posição
antagônica ao conceito tradicional de organização, salientando as diferenças
fundamentais existentes entre os Sistemas Mecânicos (típicos do conceito
tradicional) e os Sistemas Orgânicos (abordagem do DO). Vejam o quadro:
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▼ CONCEITO DE MUDANÇA
O mundo de hoje caracteriza-se por um ambiente em constante mudança. O
ambiente que envolve as organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas
uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de sobrevivência. O
processo de mudança organizacional começa com o aparecimento de forças que
vêm de fora ou de algumas partes da organização. Essas forças podem ser
endógenas ou exógenas à organização:
1. As forças exógenas provêm do ambiente, como as novas tecnologias, mudanças
em valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente
(econômico, político, legal e social).
2. As forças endógenas que criam a necessidade de mudança estrutural e
comportamental provêm da tensão organizacional: tensão nas atividades,
interações, sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho.
O desenvolvimento organizacional é necessário sempre que a organização concorra
e lute pela sobrevivência em condições de mudança.
▼ CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
A tendência natural de toda organização é crescer e desenvolver-se. O
desenvolvimento é um processo lento e gradativo que conduz ao exato
conhecimento de si próprio e à plena realização de suas potencialidades. A
eficiência da organização relaciona-se diretamente com sua capacidade de
sobreviver, de adaptar-se, de manter sua estrutura e tornar-se independente da
função particular que preenche. A fim de que uma organização possa alcançar certo
nível de desenvolvimento, ela pode utilizar diferentes estratégias de mudança:
▼ FASES DA ORGANIZAÇÃO
As organizações assumem diferentes formas organizacionais em diferentes
ambientes e em diferentes épocas. Mais do que isso, as organizações, durante
sua existência, percorrem cinco fases distintas:
Fase pioneira: é a fase inicial da organização pelos seus fundadores ou
empresários. Com os poucos procedimentos estabelecidos, a capacidade de
empresa para realizar inovações é bastante elevada.
serão sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, um profundo respeito pela
pessoa humana.
▼ VISÃO
- É a imagem que a organização tem de si mesma e do seu futuro.
- O que a organização pretende ser.
- Identidade comum quanto aos propósitos da organização.
- Quando as pessoas conhecem a visão pretendida, elas ficam sabendo exatamente
para onde ir e como ir, sem necessidade de coerção.
▼ MISSÃO
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▼ OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
☻ Critérios
- Focalizados
- Consistentes
- Específicos
- Mensuráveis
- Localizado no tempo
- Alcançáveis
☻Tipos
- Rotineiros
- Inovadores
- Aperfeiçoados
▼ MODELOS DE PLANEJAMENTO EM RH
- Planejamento adaptativo.
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- Planejamento integrado.
- Planejamento autônomo e isolado.
- Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço.
- Modelo baseado em segmentos de cargos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS