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Cultura Visual – Resumo

Importantes para a frequência:


1. Conceitos
2. Imagem para comentar com ligações ao texto (será uma imagem que já esteve
presente nos slides)
3. De duas citações que possam aparecer. Escolher uma
4. Comentário critico que faz relação entre vários textos – Walter Benjamim, Freud
com o uncanny, objeção e onions.
Breve História das Imagens
Porquê, e o que são imagens?
- Podem representar algo, mas não esse “algo” (ex.: René Magritte com o
cachimbo, representou o cachimbo, mas não era o cachimbo em si.)
- Uma imagem já é um objeto, porém um objeto não é uma imagem. –
Estabelece a relação medial entre o algo (referente) e a sua representação (a imagem
recebida).
Em caso de espelhos, reflexos, vemo-nos representados.
- A sombra é também uma imagem.
“Chamo imagens primeiramente as sombras, em seguida aos reflexos nas águas ou nas
superfícies dos corpos opacos, polidos e brilhantes e todas as representações deste
género.” – Platão
Como surgiram as primeiras representações de imagem?
Pinturas e gravuras, escrevem-se e gravam-se desde sempre. Para a realização
das mesmas eram utilizadas ferramentas para gravar, esculpir ou desenhar e também
pigmentos naturais.
Paleolítico x Idade do Ferro
Cave of Forgotten Dreams – Tem como objetivo representar o movimento, recorre-se ao
uso do claro e do escuro, e não só o preto do carvão como utilizavam também brancos.
Paleolítico atingiu um grau de artisticidade que na idade do ferro não há – traços são
mais infantis.
Neolítico começa com construções em pedra, dá-se início a arquitetura – oposto do
paleolítico. Começa a divisão social do trabalho feito por escravos levando a supervisão
das mesmas (começa a representação de homens e mulheres).
Edward Muybridge:
o registava e representava o movimento de tudo.
o Utilização de um fio para disparar a câmara e registar 16 imagens/segundo
fazendo a imagem em movimento.
Intenção comunicante da inscrição
Inscrições antigas quase como calígrafos.
Cousquer
- Sobreposições de imagens (ex.: arqueólogos que passaram pelo local)
- Maioria inclui mãos de crianças
- Ausência de 2 dedos ou 2 dedos mais pequenos pode ser uma maneira de comunicação
ou então amputados pelo gelo, ou alguma atividade exercida (ex.: caça, arco e flecha
etc.)
Traços e Stencil
O stencil era realizado através da introdução de algo na boca e depois cuspido ou
através da palhinha formando depois o decalque. Utilizavam os pigmentos que
encontravam na natureza.
Bansky, British Museum 2005 - A peça de concreto mostrava um homem das cavernas
primitivo e cruamente desenhado com um carrinho de compras em primeiro plano e um
búfalo que foi ferido por duas flechas ao fundo. A instalação imitava a prática padrão do
museu com uma etiqueta que tinha título, descrição e até um número de identificação
(acessão) falso.
Secundinus Cacor – insulto a secundinus.
Imagem do quadro egípcio
o Faraó aparece maior que as restantes pessoas do quadro, representando assim
que o faraó é o mais importante que os seus filhos.
o Surge também os elogrífos. – Maneira de comunicação dos egípcios (ex.: rio
nilo era representado com 3 ondas)
o O perfil é cânone de representação – homens eram representados a vermelho e
as mulheres representadas com um tom mais amarelado.
o Pintam nas paredes pois utilizavam pinceis e criaram também os papiros.
Tanto os egípcios como os romanos tinham o seu comercio assente na palavra,
ou seja, utilizavam letras envés de números.
A imagem não é um acessório do pensamento, mas sim um modelo.
iconografia medieval: pioneiro para as representações de cristo.
Índices (teoria semiótica) – sinais e leitura desses mesmos sinais.
Ícone – desenhar algo que esta por algo (ex.: a cama desenhada no quadro, não é
efetivamente uma cama, mas representa-a)
Giotto foi pioneiro nas representações a base da perspetiva através do espaço e da
tridimensionalidade, não só pintou de forma humanizada (procura de representar o real
tal como ele é)
Jan Van Eyck é a perspetiva curvilínea, com o espelho (sua obra) sabemos que se
encontra no “cenário” sendo o artista e o casal.
- Pintura a óleo, com cores vibrantes – mistura de pigmentos com óleo de linhaça.
- Substitui o assistente do pintor
Cubismo foi também um ataque a perspetiva.
o Capacidade de representar um objeto de várias perspetivas (de frente, de lado, de
trás)
Tanto nas pinturas chinesas como japonesas, o olhar do espetador circula pelas obras. –
Wang Hui criou 12 rolos para o imperador
Séc.XVIII e séc.XIV surgiram os panoramas que antecederam e mais tarde, deram
origem ao cinema. Pagavam-se bilhetes para passar pelos panoramas que eram feitos de
madeira.
Xilografia – Gravar na madeira uma goiva (colher) que tira suco a madeira??
>Passagem dos retábulos para as telas contribui para a venda e circulação das pinturas.
De 16 para 17 utilizam camara obscura
Só a partir do fim do séc. XVIII é que os artistas começam a pintar no exterior, pois
começaram a ser comercializadas as aquarelas – mais tarde, ainda surgirão as tintas a
óleo em tubo que eram bastante utilizadas pelos artistas (1841).
Espelhos e Reflexos
Utopia do Espelho – Quadro de Foucalt
- Conta a vida íntima dos reis de Espanha
- Infanta margarida no centro da obra, com as suas aias
- Os reis estavam a ser retratados (aparecem no espelho)
- Questão do olhar
- O pintor representado – onde não temos a certeza se está a dar o toque final ou está
sequer a começar a primeira pincelada)
Vénus ao espelho: Vénus encontra-se a olhar para nós e não para o espelho.
Imagem do outro lado do espelho é sempre um duplo.
*Escudo polido não mostra o reflexo de alguém durante a guerra de Alexandre O grande
e dânio.
- Os espelhos refletem, também a natureza tem superfícies que refletem.
Monet pintava a tinta a óleo, e pintava também várias horas do dia com o
impressionismo…
CARAVAGGIO
Conseguiu decapitar a medusa (a sua obra) através do seu reflexo e não olhando
diretamente para os seus olhos.
VAN GOGH
-
Japoneses pintavam de modo sintético, utilizando poucos traços nas usas
representações.
*Aprender a desenhar era requisitado até em militares.
No ocidente tinham acesso a pinturas do oriente através do comércio (ex.: Amesterdão e
a sua área portuária era uma das que mais continha esses comércios.)
ETIENNÉ MAREY
Pioneiro na cultura visual da ciência, da fotografia e da história do cinema.
inspirando-se no revólver com tambor Colt o seu revólver astronómico, um dispositivo
capaz de fotografar em série, de forma a registar o movimento dos planetas. Mas o elo
essencial entre as armas automáticas e a câmara f o t o g r á fi c a é É t i e n n e - J u l e s
M a r e y. Descendente das armas com tambor e cano móvel, o fuzil cronofotográfico de
Marey seria capaz de captar numa placa única o movimento de um corpo em deslocação
no espaço.
Para Benjamin (1985), o conceito de “inconsciente ótico” refere a coisas que
estão nas imagens, que as imagens revelam, mas que não percebemos
naturalmente, diretamente. – walter benjamim
Os primeiros colecionistas antes de Wunderkammer foram os assírios.
Colecionadores do período helenístico e copias romanas vem dar destaque aos
mosaicos.
A analise de imagem pode ser feita através da semiótica*.
*Algo que esta por algo para alguém
Em 1807, o cientista William Hyde Wollaston criou a câmara lúcida, um prisma de
vidro fixo num braço de metal e que, de um certo ângulo, duplica a imagem
opticamente.
Diferença entre câmara escura e câmara clara/lúcida.
o A camara lucida pode ser transportada ao contrário da camara escura.
Epígrafe – citação que da conta do texto.
Gaze – alguma coisa nos olha de volta, não só nós observamos como vise versa.
O INQUIETANTE TECNOLOGICO
Unians
"Maravilhar-se" é apenas fazer a si próprio uma pergunta trivial, mas sentir-se
"maravilhado" é reconhecer o impacto de uma experiência sensorial extraordinária
Para unians, o espanto tinha 4 etapas.
- (1) uma experiência marcante, geralmente visual, mas por vezes auditiva; (2) uma
paralisia física consequente; e (3) uma reação mental que resulta na aprendizagem de
algo que pode ser seguido por (4) uma nova ação. - (1) e (2), a experiência inicial e a
consequente paralisia, são os aspetos visíveis e universais do espanto na sua forma
extrema.
O espanto leva sempre a aprendizagem.
Darwin foi revolucionário na tentativa de explicar as expressões da emoção através das
operações dos mecanismos musculares, mas também das suas funções na evolução.
Comparação de registos de como outras comunidades “reagem” ao espanto, e até
animais, fê-lo chegar a conclusão de que todos fazem as mesmas expressões e “reagem”
da mesma forma.
*o espanto é uma reação que nos protege
A visão moderna do espanto vai de encontro a visão inicial da mesma.
Bacon, em The advancement of Learning, chama ao espanto “semente do
conhecimento” já descontas em As paixões da Alma, comenta que o espanto é a
“primeira das paixões”

Inquietante estranheza é uma estranheza intelectual.


Para Freud, uma relação entre coisas seria a estética. “constelações concomitantes é a
ligação entre posto”
Animismo – quando excedem as expectativas ou realizam algo que não se espera
O QUE AS COISAS E AS IMAGENS NOS FAZEM SENTIR?
A inquietante estranheza é uma espécie do que é aterrorizante que remete ao velho
conhecido, muito íntimo.
O que é estranho para uns pode ser familiar para outros e vice-versa, o familiar se torna
infamiliar
Conceção animista – as coisas, objetos e afins tem vida.
Exposição Universal – 1900
Modernidade
- Entretenimento ao coletivo: possibilidade de quem tinham meras possibilidades
começar a ter, pois antes só os ricos e burgueses o faziam
- Aceleração Tecnológica (comboio, telegrafo, imprensa)
- Individuo / galerias comerciais (espaços onde as pessoas podem circular e surgiu com
as lojas de tecido)
WALTER BENJAMIN, A OBRA DE ARTE NA EPÓCA DA SUA POSSIBILIDADE
DE REPRODUÇÃO TECNICA – relaciona-se com o que está em cima
Teatro Épico (1898-1956) * Bertold Brecht
V-Effect – efeito de estramento ou distanciamento. (Acontecia quando em cena,
começavam a cantar, ou chegavam ao pé do espetador e o recordavam do seu papel
como espetador motivando-o a interagir.)
- Brecht criou o conceito de “reconversão”, ou seja, reconverter um aluno distraído por
exemplo e torná-lo novamente um aluno atento (unfunktionierung – é o termo em
alemão traduzido depois para reconversão)
Espetador distraído > passa a espetador colaborador
“É decisivo que a produção tenha um carácter de modelo, capaz de, em primeiro lugar,
levar outros produtores a produção e, em segundo lugar, pôr a sua disposição um
aparelho melhorado. E esse aparelho é tanto melhor quanto mais consumidores levar”
“Nem a matéria, nem o espaço, nem o tempo, são desde há 20 anos, aquilo que sempre
haviam sido” – atualmente, existem cópias, réplicas
“a modificar como por artes mágicas o próprio conceito de arte”
- Karl Marx – Fábrica
Todos os esforços de estetização da política culminam num ponto. Este ponto é a guerra.
– Políticos são críticos, as massas são trabalháveis e as multidões são imprevisíveis.
A arte sempre foi reprodutível (litografia, cunhagem de moedas…)
O aqui e o agora da obra de arte – espaço, tempo, onde o artista esteve para fazer algo,
coisa que a reprodução não tem. (Mona lisa x Urinol)
1 cópia da mona lisa não sendo a Mona lisa é um novo objeto.
*valor da mercadoria é definido consoante o seu valor de culto*
Aura: conceito (pág.211) – importante para o teste
Modo de perceção transforma as sociedades (cinema, fotografia)
Democratização de quem conta (recusar-se a ser filmado)
Encantamento das imagens
To wonder (maravilhar-se) – não só nada comparado com aquilo/algo = sublime, que se
encontra no to wonder.
O belo tinha de ser reconhecido por todos, o “sublime e o belo”, noção rígida e as artes
fizeram questionar isso mesmo.
Para Kant, a beleza era universal e tinha que que corresponder a cânones. (não poderia
haver dúvidas)
O sublime pode não ser belo, mas ainda assim pode ser universal, mas acaba por ser
mais uma experiência própria.
Infamiliar, pode provocar medo tanto como desejo.
- Quem coleciona algo, não a utiliza tendo assim um valor estético.
O período de maravilhamento, com os gabinetes de curiosidades acaba, tal como é a
cíclica a profissão de novidade.
O informe: psicanálise da abjeção
Abjeção – para além de amenizar é também uma questão humana (uma questão de vida)
Não é um sujeito, mas pertence a um, e também não é um objeto.
Todas as matérias expelidas pelo corpo do sujeito ex.: cabelos, sangue, esperma etc.
*O cadáver é o pior dos abjetos.
Abjeto contesta o conceito do individuo – pois o corpo não está no seu limite.
É também o reconhecimento do intolerável, que transcende a corporalidade do
sujeito e lhe fica próxima próximo.
Mary Douglas?
A experiência da impureza, o “perigo” do contágio, remete-nos para a abjeção.
“A reflexão sobre a impureza funda-se, consequentemente, na relação entre ordem e
desordem, forma e informe, vida e morte, logo, se há impureza há um sistema,
justamente porque quando a um sistema ordenado é anexada uma determinada forma de
poluição, este desorganiza-se” – corrobora a ideia de um elemento fora de ordem que
ameaça a boa ordem das classificações socialmente produzidas. A diferenciação social
do puro e do impuro marginaliza toda a substância subjetiva expelida.
A abjeção existe pela incapacidade de evitar o contacto com as coisas abjetas. – o abjeto
é uma semi-identidade.
Francis Bacon
Tríptico: uma derivação da pintura litúrgica
A carne humana, ou animal estão associados ao sexo, e aos músculos.
A ambivalente função da sombra
3 formas de abjeto
- Sombra abjecionista o elemento que ancora o sujeito ao espaço circunjacente: um
indicador de espaço, testemunha uma presença.
Ex.: hel, ambíguo e anómalo
Ambíguo
Anómalo
A sombra ganha uma certa autonomia, mas continua a pertencer ao sujeito
Metonimicamente – tomar parte por um todo
Massa Controlável, publico critico e população imprevisível
Étant donnes: 1º la chute d´eau, 2º le gaz d´éclairage vs. L´origine du monde – Gustav
Coubert
- Alivia a carga sexual da imagem, pois todos nós “passamos por lá” e é dai onde
começa o mundo de cada um de nós, onde se dá origem a vida, e a nossa
proveniência comum.
- É um quadro feminista
Khalil-Bey forá um diplomata otomano que encomendava obras de courbet, como “La
toile impossible”, adquirindo mais tarde “Le soummeil” e “L´origine du monde”, porém
comom pedia obras diferentes e fora do comum Bey pendura “L´origine du monde” na
sua casa de banho e cobria-a com um pano verde e pedia aosseus convidados que se
deslocassem a sua casa de banho desvendando posteriormente o seu quadro, causando
um “entretenimento” a quem visse a obra.
Terre érotique – pintura a óleo, em madeira – de andré masson, é uma paisagem
decalque da obra de gustav coubert – l´origine du monde, que era posta por cima da
mesma que quando deslizava aparecia a obra, esta era encaixada num dispositivo de
madeira.
Marcel Duchamp – obra que se correlaciona com coubert
- A origem do mundo doi 1º tapada com um tecido e posteriormente com terra erótica,
Duchamp tapou a sua obra com uma porta. – Ambos impedem o espetador de chegar
diretamente a obra
O véu assume a posição do que lá falta. (relaciona-se com o fetichismo)
Relação entre objeto e fetiche – a falta e as duas obras: objeto – fetiche = substituição
do que não está lá.
Sujeito Pano > Objeto nada (pano está por algo (obra) para espetadores
Rrose Sellauy – Eras c´est la vie (Duchamp vestido de mulher)
A energia erótica é a vontade de fazer
- Para o duchamp era algo generalizado, no mundo inteiro, que as pessoas
compreendem substituindo aquilo que aqueles da escola de literatura chamam
simbolismo romantismo
Para Freud – o fetiche é o símbolo de qualquer coisa, com função sigmica (estar por,
para alguém)
Ícone, Índice e Símbolo
Falta o falo, para que obra esteja completa sendo o pénis.
Retira o acesso ao paraíso sexual, que é o corpo da mulher ou da noiva.
Relações de produção técnica
“as relações sociais são, como sabemos, condicionados pelas relações de produção”
Nova Objetividade
- Fotografias com técnica e estética perfeita
- Montagem é importante como “arma” para despertar o espetador
Teatro épico – interpelar o espetador (v-Effect: efeito de estramento ou distanciamento)
O músico: eisler. O disco, o filme sonoro e as jukeboxes
Ao mudarmos o acontecimento, ou parte do acontecimento criamos outro ponto de
vista.
Dos simulacros aos algoritmos, virtual, digital e os geradores de imagens AI
Alegoria da caverna de Platão permite pensar a democracia
Metáfora em cultura visual, é o transporte do pensamento para uma imagem.
Construto onde pode ser criado qualquer coisa, roupas, armas, e afins questionando o
real, o personagem vive num mundo imaginário e lhe é apresentado o mundo real.
O matrix é um mundo imaginário com propósito de controlar o homem. Faz questionar
o que realmente é real ou não. – princípio de simulação é principio de prazer.
Hiper real- real sem origem nem realidade.

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