Você está na página 1de 11

1

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Tema: Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores

Mamudo Sobrate Jó - 708221645

Curso de Licenciatura em Administração Publica

Cadeira: História das Sociedades I

Ano de frequência: 1º Ano

Docente: Lilamo Fatima Ribeiro de Matos Pereira

Quelimane, Agosto de 2022


2

Nome do estudante: Mamudo Sobrate Jó Ano de frequência: 1º Ano

Especialização: Administração Publica Turma: Z

Trabalho de: História das Sociedades I Código do Estudante: 708221645

Dirigido ao Docente: Lilamo Fatima Ribeiro de Matos Pereira Número de páginas:

Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega:

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORREÇÃO: Cotação Cotação

INTRODUÇÃO: exposição e delimitação do assunto em 2,0v


análise.

Desenvolvimento: 5,0v 10v

Fundamentação teórica (definição de conceitos e termos e 5,0v


apresentação dos pontos de vista dos autores).

Interligação entre teoria e prática (argumentos/ contra


argumentos e exemplificação)

Clareza expositiva 2,0

Citações bibliográficas (directas e indirectas) 2,0v

Conclusão 2,0

Referências bibliográficas (normas APA) 2,0v

Cotação Total: 20,0v

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:


3

Folha de recomendações:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4

Índice

1. Introdução .............................................................................................................. 5

1.1. Objectivos .......................................................................................................... 5

1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................... 5

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................... 5

1.2. Metodologia ....................................................................................................... 5

2. A Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores ................ 6

2.1. Conceitos ........................................................................................................... 6

2.2. Comunidades de caçadores e recolectores ......................................................... 6

2.2.1. Organização Social ........................................................................................ 7

2.2.2. Evolução socioeconómica .............................................................................. 8

2.2.3. Divisões do trabalho ...................................................................................... 8

2.2.4. Evolução Cultural da comunidade de caçadores e recolectores ................... 9

2.2.4.1. Manifestação religiosa ............................................................................... 9

3. Conclusão ............................................................................................................ 10

4. Referências Bibliográficas ................................................................................... 11


5

1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre A Organização Social das Comunidades de


Caçadores e Recolectores, durante o desenvolvimento deste tema falar-se-á de alguns
subtópicos, dos quais são: Comunidades de caçadores e recolectores, Organização
Social, Evolução socioeconómica, Divisões do trabalho, Evolução Cultural da
comunidade de caçadores e recolectores e Manifestação religiosa. Contudo vale
salientar que, falar de comunidade de caçadores e recolectores é o mesmo que falar dos
homens ou comunidade do paleolítico, cujos praticavam uma economia recolectora.
Pois ainda não produzia os alimentos de que necessitava. Limitava-se a apanhar (ou
colher) os que a natureza lhe oferecia. A prática de uma economia recolectora e ainda as
condições de modificações de clima era forçoso a deslocar-se a procura de alimentos:
por isso se diz que eram nómadas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Compreender Organização Social das Comunidades de Caçadores e


Recolectores.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Conceitualizar os termos organização social, comunidade e caçadores-


recolectores;
 Caracterizar a comunidades de caçadores e recolectores;
 Analisar organização social.

1.2. Metodologia

A metodologia é um processo que permite mostrar ao investigador os passos da


pesquisa. Ajuda ao pesquisador a reflectir, investigar um novo olhar sobre o mundo,
sobre um olhar curioso, indagador e criativo (Gil, 2002).

A metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica,


onde a mesma foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico,
assim, diversos autores puderam prestar suas contribuições para esse trabalho.
6

2. A Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores

2.1. Conceitos

Para Brancaleone (2008) a expressão "organização social" designa um título de


qualificação que se outorga a uma entidade privada, para que ela esteja apta a receber
determinados benefícios do poder público, tais como dotações orçamentárias, isenções
fiscais ou mesmo subvenção directa, para a realização de seus fins.

Segundo Barata (2002) Organização social é um tipo de associação privada,


com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que recebe subvenção do Estado para
prestar serviços de relevante interesse público.

Segundo Brancaleone (2008) compreende o termo comunidades como "redes de


laços interpessoais que proporcionam sociabilidade, apoio, informação, um senso de
integração e identidade social". Caçador-recolector é um humano que vive em
uma sociedade na qual toda ou a maior parte do sustento é obtido pela caça de animais
selvagens e colecta de plantas silvestres.

2.2. Comunidades de caçadores e recolectores

É costume designar por paleolítico a primeira e a mais longa divisão da pré-


história: é a época da pedra antiga, ou seja, da pedra lascada. Mas o que
verdadeiramente caracteriza o paleolítico e o define é, sobretudo, o modo de vida dos
homens desse período. Muito dependentes dos rigores e variações do clima, os homens
do paleolítico travaram uma luta constante contra dois inimigos mortais: o frio e a fome
(Ki-Zerbo, 1980). A caça, a recolha de vegetais (frutos, raízes, folhas e sementes) e a
pesca constituíram, sem dúvida, os recursos alimentares dos homens do paleolítico.
Neste sentido, eles praticavam uma economia recolectora.

Os humanos foram caçadores-colectores até à revolução neolítica, sendo que


a caça e a colecta foram os primeiros modos de subsistência do Homo sapiens. Estas
actividades foram herdadas directamente do mundo animal, particularmente
dos primatas. Caçadores-recolectores de caça obtêm mais na recolha que na caça; até
80% da comida é obtida por recolecção. Este método de subsistência ocupou 90%
da história do Homo sapiens. (Morais, s/d)
7

2.2.1. Organização Social

As extensas áreas do território eram ocupadas por comunidades de caçadores e


recolectores. As comunidades de caçadores e recolectores desde o seu começo da sua
existência, viviam em grupos. O primeiro problema que os homens tiveram que resolver
foi (o modo que eles iam se alimentar). E dai surgem as primeiras comunidades de
caçadores e recolectores, entre os séculos III-IV. As primeiras comunidades de
caçadores e recolectores habitantes de Moçambique foram os Khoisan, eram nómadas.
Na comunidade de caçadores e recolectores, homens e mulheres e crianças trabalhavam
para conseguir comida para todos. Trabalhavam colectivamente e de forma organizada,
mas era um tipo de organização muito simples. (Godinho, 1967)

De facto, o homem ainda não produzia os alimentos de que necessitava.


Limitava-se a apanhar (ou colher) os que a natureza lhe oferecia; deslocando-se para
seguir a caça através de áreas mais ou menos extensas, eles iam apanhando de acordo
com as estações do ano os frutos, as raízes, os rebentos, o mel e os ovos de algumas
aves. Quando os locais o permitiam, dedicavam-se também a pesca e a apanha de
mariscos.

Este género de vida exigia um apurado conhecimento da evolução das plantas e


do comportamento dos animais, dos pontos de água que frequentavam, dos caminhos
que a eles conduziam. Assim, devido a prática de uma economia recolectora e ainda as
condições de modificações de clima o homem do paleolítico era obrigado a deslocar-se
de região para região a procura de alimentos.

No entanto, essas deslocações faziam-se dentro de uma determinada área


territorial e não eram tão frequentes. Essas deslocações frequentes determinavam
também que os grupos não se fizessem acompanhar por muitos objectos.

Para sobreviver em condições tão adversas, a espécie humana teve que fazer um
maravilhoso esforço de adaptação. Sobreviver significava (alimentar-se, proteger-se do
frio e defender-se dos animais). Nos períodos mais quentes, o homem vivia no ar livre
em cabanas feitas com ramos entrançados. Nas épocas mais frias disputava com as feras
nas grutas ou nas cavernas e cobria-se com as peles dos animais que caçava.
8

2.2.2. Evolução socioeconómica

A utilização do fogo provocou alterações físicas, demográficas e sociais na vida


das primeiras comunidades. O convívio à volta da fogueira terá proporcionado um forte
sentimento de união entre os elementos do grupo, contribuindo para a organização
social e para o desenvolvimento da própria linguagem. As tarefas eram partilhadas, cada
grupo constituía um clã, ou seja, um agregado social, ligado por laços de parentesco
(Jorge, s/d).
O homem recolector–caçador vivia em bandos, em actividades de sobrevivência
bem distintas. Embora com características de organização idênticas, o povo primitivo
também tinha características próprias:
– O tamanho dos bandos, as relações entre si, a solidariedade entre os seus
membros;
– As guerras e as rivalidades entre os bandos devido as terras ricas.

2.2.3. Divisões do trabalho

Estas comunidades ditas rudimentares ou primitivas, o trabalho era colectivo,


dividido em algumas formas, e o produto era partilhado por igual. O que identifica de
facto, estas comunidades é a sua economia recolectora, nomadismo e uso de
instrumento de trabalho – a pedra.

– Primeira forma: as tarefas eram divididas de acordo com sexo, isto é, os


homens tinham uma tarefa e as mulheres tinham outra tarefa.

– Segunda forma: as tarefas eram divididas de acordo com a idade, isto é as


crianças e os velhos não iam a caça mas faziam outros trabalhos.

No final da realização das tarefas, que são a caça e recolecção, os grupos dos
homens, mulheres e crianças voltavam ao acampamento carregados com animais
caçados e os molhos de raízes e frutos apanhados durante o dia de trabalho, e todos
tinham direito a uma parte desse trabalho. No princípio esses grupos de homens eram
bandos que se deslocavam de um sítio para o outro a procura de melhor alimentação.
Mas com o desenvolvimento da comunidade de caçadores e recolectores, os homens
primitivos melhoraram a sua a sua organização e passaram a organizar se em famílias
alargadas, constituídas na base de um antepassado comum.
9

2.2.4. Evolução Cultural da comunidade de caçadores e recolectores

Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, são termos dados às
mais antigas representações artísticas conhecidas, as mais antigas datadas do período
paleolítico superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e
tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares
protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas. (Titiev, 2002)

Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente.


Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte. A
arte rupestre é composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feitas
em paredes de cavernas pelos homens da Pré-História.

2.2.4.1. Manifestação religiosa

Sempre existiu em qualquer parte do mundo inclusive Moçambique os rituais de


enterrar os mortos, foi um dos problemas que surgiu nesse período a morte, o seu
mistério, a sua imprevisibilidade.

Os caçadores do paleolítico superior sepultavam os corpos em covas, cobertos


com um montículo de areia, de ramadas ou de pedras. Os corpos eram colocados em
posições diversas, muitas vezes meio flectido, pintados com ocre e cobertos com belos
adornos de conchas ou dentes de animais, fazendo-os acompanhar dos seus utensílios
queridos e necessários, como pedras talhadas, restos de comidas, de animais e até flores.
10

3. Conclusão

Como jeito de conclusão, quero primeiramente apelar que a realização do


presente trabalho, foi de extrema importância na aquisição de conhecimento relacionado
ao tema. Pois assim, pude compreender que essa comunidade estava organizada em
famílias alargadas ou grupos de reduzidas dimensões, a este regime de cooperação que
levava os homens a viverem agrupados, a trabalhar e a repartir o produto do trabalho em
comum. Como nómadas eram completamente dependentes da natureza, para o efeito é
óbvio que a caça era inteiramente responsabilizada aos homens, e a recolecção a mulher
e as crianças, pois estes dos últimos elementos sociais desempenhavam um papel muito
importante no abastecimento de alimentar desta comunidade, através da colecta que era
uma actividade que exigia conhecimento de plantas comestíveis, onde apanhavam
bagos, ervas, resinas, raízes bulbosas caules subterrâneos, mel, insectos etc.
11

4. Referências Bibliográficas

Barata, Óscar Soares (2002), Introdução às Ciências Sociais, Vol 1 e 2 Viseu, Bertrand
Editora, 10ª edição.

Brancaleone, Cássio (2008). Comunidade, Sociedade e Sociabilidade: Revisitando


Ferdinand Tönnies. Revista de Ciências Sociais, v. 39 n. 1, PUCPR,. Disponível
para download aqui.

Gil, A. C. (2002). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas.

Godinho, Vitorino Magalhães (1967), A História Social: Problemas, fontes e métodos,


Lisboa, edições Cosmos.

Jorge, Rocha (s/d). O atleta aprisionado: reflexão sobre actividade física, adaptação
biocultural e evolução humana, Universidade do Porto.

Ki-Zerbo, J (1980). – História Geral da África, Ática/UNESCO.

Manfred, A.Z (s/d). História do Mundo, II Vol.: O período moderno, Lisboa, Edições
Sociais.

Morais. J. M. F (s/d). O Princípio e o Presente: a arqueologia na redescoberta do


passado em Moçambique. Revista ICALP, vol.

Titiev, Misha (2002), Introdução à Antropologia Cultural, Lisboa, Fundação Calouste


Gulbenkian, 9ª edição.

Você também pode gostar