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Os Reflexos e o Estudo de Emoções
Os Reflexos e o Estudo de Emoções
Boa tarde, pessoal, dando continuidade agora eu vou falar um pouco sobre a relação dos
reflexos com o estudo de emoções. Bem, Um aspecto extremamente relevante do
comportamento humano são as emoções (medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc.).
Em algum momento vocês já devem ter ouvido ou mesmo dito algo do tipo “Ah, na hora não
fui capaz de me controlar, explodi de raiva”. Ou já podem ter achado esquisitas ou irracionais
certas emoções como medo de barata ou sei lá, o exemplo que eu sempre trago, assim como
meu pai ficar alegre ao ver um ônibus.
O interessante é que parte disso que chamamos de emoções envolve respostas reflexas a
estímulos ambientais. Em certos casos, talvez esse seja o motivo da dificuldade em
“controlar” algumas emoções. Não sentir medo de barata pode ser tão difícil quanto não
piscar o olho ao se ouvir um barulho alto e repentino. A mesma lógica pode ser aplicada a não
se sentir alegre ao ver um ônibus (algo que se goste). Outro exemplo sobre essa dificuldade
em controlar as emoções pode ser evidenciado no caso de muitas pessoas que apresentam
fortes respostas emocionais de ansiedade e medo quando são solicitadas a falar em público e
não conseguem controlar isso, mesmo dizendo mensagens positivas para si mesmas como
“está tudo bem”.
Como já visto ao longo da nossa apresentação os organismos, de acordo com as suas espécies,
nascem de alguma forma preparados para interagir com seu ambiente. Assim como nascemos
preparados para contrair um músculo quando uma superfície pontiaguda é pressionada contra
nosso braço, nascemos também preparados para ter algumas respostas emocionais quando
determinados estímulos surgem em nosso ambiente.
Assim, de acordo com essa linha teórica do livro, as emoções ou respostas emocionais não
surgem do nada, elas ocorrem em função de determinados eventos ambientais. Na maioria dos
casos, não sentimos medo ou alegria na ausência de eventos desencadeadores; sentimos essas
emoções apenas quando algo acontece. Vale lembrar que isso é válido mesmo que a situação
que produza uma resposta emocional não seja aparente, pois isso não quer dizer que ela não
exista, podendo ser até mesmo um pensamento, uma lembrança, uma música, uma palavra.
Outro ponto interessante relacionado às emoções diz respeito ao fato de que boa parte – mas
não tudo – daquilo que entendemos como emoções diz respeito à fisiologia do organismo.
Por exemplo, quando a gente sente medo uma série de reações fisiológicas está acontecendo
em nosso corpo: as glândulas suprarrenais secretam adrenalina, os vasos sanguíneos
periféricos contraem-se e o sangue concentra-se nos músculos, entre outras reações
fisiológicas. Reações desse tipo acontecem ao sentirmos as outras emoções também, como
ansiedade, raiva, etc. Esse aspecto fisiológico das emoções se torna ainda mais compreensível
quando falamos sobre o uso de medicamentos como, por exemplo, os ansiolíticos e os
antidepressivos.
Já se encaminhando para o fim das considerações sobre a relação dos reflexos com o estudo
de emoções, é importante ressaltar que as relações reflexas descrevem boa parte do que
concebemos por emoções. Entretanto, o comportamento emocional não se restringe apenas às
relações reflexas, sendo necessário o uso de outros conceitos para ser compreendido de forma
mais abrangente. Por exemplo, as respostas emocionais reflexas podem ser modificadas por
meio da interação do organismo com o ambiente. Com a discussão dos outros seminários, a
gente vai ver um pouco mais sobre isso. (condicionamento respondente)