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Historiografia Cristã Medieval
Historiografia Cristã Medieval
No princípio, o cristianismo era só mais uma dentre as várias doutrinas religiosas orientais. Nasceu no
seio da religião judaica que, como todas as religiões antigas, era nacional ou própria a uma população
bem identificada. Contudo, tinha uma perspectiva completamente nova: a ideia de evangelização, a
possibilidade de espalhar a ‘boa nova’ para o mundo inteiro, a fim de converter os pagãos ou não-cristãos.
É neste sentido que se diferencia do judaísmo, uma religião de um “povo eleito”, ou pertencente a
uma cultura em especial, como a religião egípcia ou grega, hoje denominadas mitologias Pensamento
histórico cristão e suas características
A Teologia afirma que a História, em seu conjunto, deve ser compreendida e julgada a partir do
nascimento de Jesus Cristo. Constitui ele o sentido último e o critério de toda a História, tanto a que
precedeu como a que segue. Esta pretensão histórica levantada em favor de curta actividade de um
profeta galileu, que terminou supliciado sob um governador romano, está em flagrante contradição
com o princípio mesmo da História, segundo a concebe o historiador moderno.
O cristianismo primitivo interessa-se realmente por uma série de eventos de uma natureza especial,
sobrenatural, anteriores e posteriores ao ano 1 e que forma “a história bíblica”. Este todo orgânico,
relacionado com o referido acontecimento central, recebe dele o seu sentido. Os primeiros cristãos
pretendem lançar um julgamento sem apelo sobre os dados da história geral e sobre a totalidade dos
acontecimentos do presente. A história “profana” deixa pois de ser, para os cristãos, profana.
Trata-se de uma historiografia cristã, em que o Cristo é o enfoque principal. O cristianismo nasceu na
Judeia (Palestina), região que fazia parte e era dominada pelo império romano. Os judeus devido a
opressão submetida pelos Assírios, Persas, Gregos, Medos e Romanos acreditavam na vinda do
Messias anunciado pelos profetas que os devia libertar da opressão dos povos estrangeiros a que
estavam sujeitos e restauraria o trono de David restabelecendo no mundo o governo de Jeová, único
Deus que havia revelado ao povo de Israel mediante Moisés.
Após a morte de Jesus Cristo, a doutrina de Jesus foi levada pelos seus discípulos (apóstolos), a todo
o mundo romano, cumprindo a palavra anunciada por Jesus “ide e anunciai a todas as nações”. Por
toda a parte divulgavam que Jesus era o Messias anunciado ao mundo pelos profetas e o salvador do
Mundo. Era o início do cristianismo. As suas reuniões secretas, as críticas a sociedade esclavagista
romana e a recusa em adorar os deuses romanos e prestar culto ao imperador, originaram numerosas
perseguições desencadeadas pelos governadores de Roma.