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Rabeca Mateus Manganhe

Ensino de números inteiros e suas operações usando abaco Moçambicano: uma


proposta para 8ª classe para refreamento de dificuldades nas operações em Z

Trabalho de Culminação de Curso

Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações a Estatística

Universidade Save
Sede
2022
2

Rabeca Mateus Manganhe

Ensino de Números Inteiros e suas operações usando abaco: Uma proposta na 8ª classe
para o refreamento de dificuldades nas operações em Z

Trabalho de Culminação de Curso

Licenciatura em Ensino de Matemática, Habilitações a Estatística

Projecto de Pesquisa a ser Entregue no


Departamento de Ciências Naturais e Exatas,
na disciplina de Trabalho de Culminação de
Curso, para efeitos de avaliação , sobre
supervisão de Andre Cuinica, MSc.
Docente orientador :
Eduardo Generoso Macie, MSc

Universidade Save
Extensão de Chongoene
2021
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Índice

0.0. INTRODUÇÃO................................................................................................................................5
0.1.Contextualização............................................................................................................................5
0.2. Escolha do Tema...........................................................................................................................6
0.3.Delimitação do tema......................................................................................................................6
0.4.Problematização.............................................................................................................................6
0.5.Justificativa....................................................................................................................................7
0.6.Hipóteses........................................................................................................................................8
0.7.Objectivos......................................................................................................................................8
0.7.1.Objectivo Geral.......................................................................................................................8
0.7.2.Objectivos Específicos............................................................................................................8
1.0.Revisão de literaturas.........................................................................................................................9
1.1.As pesquisas sobre números inteiros e história da matemática em educação matemática............9
2.0.Algumas formas de operações com números inteiros.............................................................13
2.1.Adição no Ábaco dos Números Inteiros na perspetiva de Godoi (2015)....................................15
3.0.O abaco proposto pelo autor e as operações de adição e subtração de números inteiros............18
3.1.Como efetuar as operações neste tipo de abaco?.........................................................................21
3.1.2.Subtração em Z usando este tipo de abaco...........................................................................23
4.0.Metodologia.....................................................................................................................................24
4.1.Quanto a Natureza.......................................................................................................................24
4.2.Quanto ao método científico........................................................................................................24
5.3.Quanto aos objectivos..................................................................................................................24
4.4.Quanto aos procedimentos técnicos.............................................................................................25
4.5.Quanto ao tipo de pesquisa..........................................................................................................25
5.0.Técnicas e instrumentos de recolha de dados..........................................................................26
6.0.População e amostra....................................................................................................................26
6.1.1.Tipo de amostragem..............................................................................................................26
7.0.Descrição do local de estudo...................................................................................................27
CAPITULO IV......................................................................................................................................28
8.0.Cronograma das actividade..............................................................................................................28
9.0.Considerações finais........................................................................................................................28
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Indice de tabelas e figuras

Fig 1: Abaco Romano


Figura 3: Abaco dos Inteiros na concepção de Dirks (1984)
Figura 4. Abaco dos Inteiros na concepção de Coelho (2005)
Figura 5. Abaco dos Negativos na Concepcao de Godoi (2015)
Figura 6: Adicao de Inteiros positivos na optica de Godoi (2015)
Figura 7: Soma de Inteiros Positivos e Negativos
Figura 8: Subtração de inteiros negativos
Figura 9: Subtração de Inteiros Negativos e Positivos ; Godoi(2015)
Figura 10 : Abaco asteca ( abaco escolar moçambicano), representando numero 530.
Figura 11: Abaco Asteca, produzido pelo autor representando so positivos
Figura12 : Abaco dos negativos, produzido pelo autor
Figura 13: Unificação de abaco negativo e positivo
Figura 14: Rotação de abaco dos negativos e positivos do autor
Fig 15: Um exemplo de representação de números negativos e positivos:
Fig 16: Adição de Inteiros Positivos no abaco proposto pelo autor
Fig. 17: Adição de Inteiros Negativos no abaco
Fig. 19: Localização Geográfica de Siaia no Mapa
Tabela 3: Quadro resumo de envolvidos e instrumentos de recolha de dados a usar
Tabela 4: Cronograma das actividades
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0.0. INTRODUÇÃO

0.1.Contextualização
Durante as atividades práticas na disciplina de Estágio Pedagógico de Matemática no ano
2022, o pesquisador constatou certas dificuldades dos alunos da 8ª classe na aprendizagem de
números inteiros e suas operações.

Diante de certa dificuldade por parte dos alunos, foi sugerido, por parte do professor
que orientava a disciplina, o uso do “Ábaco dos Números Inteiros” como ferramenta
de ensino. Com isso, surgiu o interesse em entender melhor as origens do Ábaco, seu
papel na história, bem como suas potencialidades de ensino e aprendizagem .

Almeida (2015) diz que Abaco é um dos mais antigos métodos para operar números inteiros
positivos, adoptados pelos povos antigos, mas com aplicabilidade para todos os tempos.

Em termos organizacionais , o projeto leva consigo 4 capítulos a saber : Introdução ; Revisão


de Literaturas; Metodologia ; Considerações finais, orçamento, cronograma e referencias
bibliográficas.

A parte introdutória, apresenta o tema, delimitação, objectivos, problema, hipótese e


justificativas.

O segundo capítulo traz um estudo sobre a história do Ábaco, desde suas prováveis
origens em diferentes povos, até sua obsolescência, devido ao desenvolvimento da imprensa e
da aritmética. É constituído de um estudo que teve por objetivo “formalizar” a
matemática por trás do Ábaco dos Números Inteiros. Para isso, inicialmente, são
explicados os procedimentos do Ábaco, adaptados a partir do artigo de Godoi(2015)
isso, a partir de um breve estudo formal dos Números Inteiros, são feitas as devidas
associações com as operações no Ábaco para posteriormente, produzir o seu próprio abaco.

Segue parte das metodologias a usar para visita de campo e aplicar o uso de abaco na Escola
Secundaria de Siaia.
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0.2. Escolha do Tema


Ensino de números inteiros e suas operações usando abaco: uma proposta para 8ª classe para
refreamento de dificuldades nas operações em Z.

0.3.Delimitação do tema

Na delimitação do tema o primeiro critério a ser considerado é a localização espacial do local


onde irá se desenvolver o trabalho de pesquisa como fundamenta ALVARELI, (2015:04)

Espaço Geográfico

O tema em estudo , será aplicado na Escola Secundaria de Siaia, uma área pertencente a este
de distrito de Chongoene.

Espaço Temporal

Este projeto , será aplicado a partir do Novembro 2022 ate Abril de 2023.

Quanto a extensão temática

Para este item , é importante referir que , o abaco produzido, só abarca conteúdos de adição e
subtração de números inteiros (negativos e positivos) .

0.4.Problematização

“Uma pesquisa é fundamentada e metodologicamente construída com vista na resolução ou


esclarecimento de um problema, sendo o problema o ponto de partida da pesquisa e
dependendo, assim, o seu desenvolvimento da sua formulação”. (SILVA e MENEZES,
2001:79).
0.4.1.Formulação do Problema

Para este item, tendo em conta os problemas levantados para operacionalização de números
inteiros na adicao e subtração , optou se em se criar um instrumento didatico manipulável
para poder concretizar as aulas sobre números inteiros e a devida operacionalização destes
números, com o respectivo abaco para minimizar esses problemas, surge a seguinte questão:

Como ensinar e aprender os números inteiros e suas operações usando um instrumento


manipulável (abaco)?
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0.5.Justificativa
Segundo ABNT (2011: 03) a justificativa elucida as vantagens e benefícios que a pesquisa
irá proporcionar, importância da pesquisa para a ciência, pessoal, profissional e à academia.

Sabe se que os números inteiros começam na 8ª classe , e estes são começo de uma grande
batalha no sentido matemático , pois estes números são estudados em todo o ensino
secundário , estendendo se ate no ensino superior.

No âmbito académico

Muitos alunos , tem tido problemas para operar os números do conjunto z, sendo a sua
primeira interação com números negativos, ou seja números que levam consigo um sinal,
para isto propôs se este tema , para minimizar estas dificuldades que os alunos enfrentam para
compreender e operacionalizar os números inteiros.

Sabe se que a aprendizagem se da na relação entre o aluno e o professor com o meio que
exige controle das situações que conduzirão a aprendizagem. Para esta pesquisa, o meio
utilizado é o abaco – instrumento de contagem, que proporcionarão um espaço de reflexão ,
estudo e de apropriação do conhecimento referente as operações de adição e subtração .

Atualmente discute se o caso de integração dos alunos com Necessidades Educativas


Especiais, o abaco proposto pelo autor, pode ser de uma grande vantagem quando se trata de
alunos ou estudantes com problemas visuais.

No âmbito profissional

Alguns professores só sabem operacionalizar os números inteiros sem manipular algum


instrumento, o que dificulta nalgumas vezes a compreensão por parte dos alunos , mesmo ele
acaba se engasgado . o aluno deve estudar algo que lhe ajude ou resolva necessidades diárias .

No âmbito científico

Quanto a este , item , sabe se que este abaco que se apresenta aqui, é um da produção do
autor, que teve como base um outro tipo já existente , desenvolvendo para formar um outro
tipo. Isto porque o modelo nele baseado, tem certas limitações para os números inteiros,
refere se da operacionalização . Isto pode contribuir para o progresso da ciência. Para alem de
que abre a mente do aluno, não deixando-o passivo.
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0.6.Hipóteses

Para BARRETO & HONORATO (1998 : 62) hipótese é uma expectativa de resultado a ser
encontrada ao longo da pesquisa, categorias ainda não completamente comprovadas
empiricamente, ou opiniões vagas oriundas do senso comum que ainda não passaram pelo
crivo do exercício científico.

Para este projecto, as respostas previas são :

 É possível que os alunos saibam como operar os números em Z sem usar o abaco.
 Há possibilidade de suprir as dificuldades de operacionalização de números inteiros
usando o abaco .

0.7.Objectivos

CERVO & BERVIAN (2002: 83), fundamenta que no objectivo geral procura – se
determinar com clareza e objectividade, o propósito do estudante com a realização da
pesquisa e definir objectivos específicos significa aprofundar as intenções expressas no
objectivo geral.

0.7.1.Objectivo Geral
 Ensinar os números inteiros e suas operações usando o abaco

0.7.2.Objectivos Específicos
 Desenvolver o abaco Asteca para representação de números negativos no abaco
 Comparar o método da recta graduada, e o método de Dirks com o abaco
produzido pelo autor
 Efetuar as operações de adição e subtração em Z junto dos alunos usando o abaco
produzido pelo autor.
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1.0.Revisão de literaturas
Para MARCONI & LAKATOS (2003: 225) revisão bibliográfica permite salientar a
contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e
atitudes. É nesta unidade que analisa-se a radiação solar global e insolação a partir das
temperaturas máximas e mínimas.

1.1.As pesquisas sobre números inteiros e história da matemática em educação


matemática
Nesta seção, objetivou-se reunir algumas pesquisas envolvendo Números Inteiros e
História da matemática na educação matemática. Destaca-se o resumo de alguns destes
trabalhos.

Em seu trabalho, Sobre as regras de sinais de números inteiros negativos, Jean


Rodrigues Teixeira de Teixeira faz um estudo da história e da construção formal dos
Números Inteiros. Em uma prática realizada com alunos do 8ª classe do ensino secundário
geral levanta que algumas das dificuldades dos alunos, em relação aos números inteiros,
são as mesmas dificuldades que os matemáticos do passado tiveram, enquanto esses
números ainda não haviam sido legitimados.

Daniel da Rosa Mesquita, em seu trabalho A história da matemática no ensino da


matemática faz um estudo sobre como a história da matemática pode auxiliar alunos
e professores a compreender melhor a matemática. Desdobra esse estudo através de análise
de livros didáticos e de entrevistas com professores de matemática que utilizam
História da Matemática como recurso. Dayane Cristina da Neves, em seu trabalho Sobre a
aprendizagem da multiplicação de números negativos, objetiva identificar e discutir as
dificuldades envolvidas no ensino e na aprendizagem da multiplicação de números
negativos, Através de entrevistas com licenciandos em matemática e de uma prática
proposta a um grupo de alunos do 3º ano do Ensino Médio.

A seguir mostra se um resumo de autores que escreveram sobre números inteiros , suas obras
e seu respetivos anos.
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Figura 1. Resumo de autores que fizeram estudos sobre os Números Inteiros.

Fonte: O autor

Existem vários estudos acerca do “surgimento”, ou “advento” da matemática.


Contudo, eles convergem para uma direção: a necessidade humana da contagem. E,
provavelmente, a necessidade de uma representação numérica está diretamente associada à de
se fazer contagens (GRANJA; PASTORE, 2012). Assim, sistemas de numeração
distintos foram surgindo em diversas regiões. Sistemas de base 12 ou de base 60,
utilizados, por exemplo, pelo povo sumério, justificaram-se, provavelmente, pela
quantidade de divisores, enquanto que os de base 5, 10 e 20, como o utilizado pelos astecas,
pela quantidade de dedos das mãos e dos pés. Há também registros de tribos que
contavam em base 7 e em base 11 (BALL, 1960).

Embora o advento da escrita date cerca de 4000 a.C., existem registros (riscos
ordenados em ossos) com 20 mil anos de idade (GRANJA; PASTORE , 2012), e até com 70
mil anos (ALMEIDA, 2015). Disso, Struik (1989) conclui que o processo de
contagem não começou pelos dedos. Na verdade, diz que contar com os dedos “surgiu
apenas numa determinada fase do desenvolvimento social”. Contudo, em determinado
momento, a contagem nos dedos, por exemplo, passou a ser uma estratégia insuficiente
para contar. kDessa necessidade, algumas civilizações inventaram uma forma de contar
agrupando pedras em conjuntos, que então se desenvolveu para o ábaco.

A origem precisa do ábaco é incerta, já que diversos povos da Antiguidade o


utilizaram, como: mesopotâmicos, hindus, árabes, egípcios, e romanos (GRANJA;
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PASTORE, 2012), além de etruscos, gregos, fenícios, russos, chineses e japoneses


(BALL, 1960). Mexicanos e peruanos já o conheciam quando os espanhóis chegaram
na América (HOGBEN, 1958). Acredita-se que possa ter sido inventando de maneira
independente em alguns desses locais. Na China, seu uso foi precedido pelo de barras,
de bambu, marfim ou ferro (BOYER, 1974).

A origem da palavra ábaco é grega, onde ábakos significa “tabuleiro de areia”


(GRANJA; PASTORE, 2012). Para Boyer (1974), a palavra abacus deriva da palavra
semítica abq ou “pó”.

1.2.Alguns Tipos de Abacos

Apesar disso, a forma do ábaco como conhecemos hoje é a do soroban, o ábaco japonês, ou
swan-pan, o ábaco chinês (GRANJA; PASTORE, 2012). Ainda hoje é usado em países
como China e Japão (BALL, 1960).

Fig 1: Abaco Romano

Sua forma mais simples é composta por uma base (que pode ser de madeira ou ferro) com
alguns frisos talhados, ou a de uma tábua coberta de areia (dessa forma, originando a
palavra), em que os frisos podem ser feitos com os dedos (BALL, 1960).

A representação numérica pode ser indicada com pedras (contas), onde a quantidade e a
posição (friso) que ela ocupa indicará o valor. Alguns povos liam os frisos da direita
para a esquerda, enquanto outros faziam ao contrário (BALL, 1960). O ábaco romano
possuía dois frisos ou barbantes extras, um com quatro contas e outro com doze, para
facilitar adição de frações com esses denominadores.

O tschotü (russo) foi melhorado utilizando fios em um quadro retangular, com as


contas (nove ou dez) fixas em cada fio (BALL, 1960).
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Já o soroban e o swan-pan foram além, substituindo cinco contas por uma, de forma
distinta ou em uma localização diferente.

O quipu (palavra que significa nó), de origem inca, era bem diferente: utilizavam
cordões, e atavam diferentes formas de nós para indicar quantidades (GRANJA; PASTORE,
2012).

1.2.Abaco com as operações

O ábaco, como instrumento para fazer adições e subtrações, por um lado, oferece uma
forma de fazer tais operações mesmo sem conhecimento de aritmética, trazendo os resultados
através de um processo mecânico (BALL, 1960).

Além disso, pode-se utilizá-lo para fazer multiplicações e divisões; conforme Ball, é
provável que muitos dos teoremas devidos aos gregos (e fenícios) foram descobertos e
provados com o uso do ábaco.

O “tabuleiro de areia” também teve um papel importante no ensino da “arte do cálculo” e da


aritmética na Grécia e Roma antiga. Gregos e romanos também usavam os ábacos como
tabuleiros para um jogo parecido com gamão (BALL, 1960). Gerbert de Aurillac, que
no ano 999 tornou-se Papa Silvester II, teve uma grande contribuição no uso do
Ábaco: no lugar de colocar traços ou marcas, tantas quantas necessárias, em cada
coluna (arcus) construiu fichas de chifre de boi e nelas marcou a numeração hindu
arábica, que trouxera da Espanha; assim, foi responsável pela introdução na Europa cristã da
numeração posicional hindu arábica (FERREIRA, 2007).

Gerbert usava as expressões digitus para designar os nove números naturais (indicados em
ordem crescente da esquerda para a direita na figura 5), e articulus para os múltiplos por 10
desses números. Até então, o zero não era conhecido (ibid.).

1.3. O ábaco dos números inteiros

Segundo Martzloff (1997, apud ANJOS, 2008), os primeiros registros envolvendo uso de
números negativos ocorreram na matemática chinesa. A aceitação dos números negativos
pelos chineses, para a autora, passa pela análise dos fundamentos filosóficos da sua
própria cultura, a qual foi concebida sobre a visão de opostos complementares
(ANJOS, 2008). O próprio processo de cálculo dos chineses, envolvendo varas de
diferentes cores (onde varas vermelhas indicavam números negativos, e varas pretas,
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positivos) indica tal facilidade nessa aceitação (BOYER, 1974). Provavelmente dessa
composição originou-se o Ábaco dos Números Inteiros.

Segundo Martzloff (1997, apud ANJOS, 2008), os primeiros registros envolvendo uso de
números negativos ocorreram na matemática chinesa. A aceitação dos números negativos
pelos chineses, para a autora, passa pela análise dos fundamentos filosóficos da sua
própria cultura, a qual foi concebida sobre a visão de opostos complementares
(ANJOS, 2008).

O próprio processo de cálculo dos chineses, envolvendo varas de diferentes cores


(onde varas vermelhas indicavam números negativos, e varas pretas, positivos) indica tal
facilidade nessa aceitação (BOYER, 1974). Provavelmente dessa composição originou-se
o Ábaco dos Números Inteiros.

De acordo com Coelho (2005), o Ábaco foi referenciado pela primeira vez por
Bartolini2 , que apresentava as operações de adição e subtração utilizando o Ábaco.

Dirks (1984) estende as operações do Ábaco para a multiplicação. Nesta capítulo, será
realizado um estudo com o objetivo a “formalizar” a matemática por trás do Ábaco dos
Números Inteiros.

Para isso, inicialmente, são explicados os procedimentos do Ábaco, adaptados a partir do


artigo de Dirks (1984). Disso, a partir de um breve estudo formal dos Números Inteiros,
serão feitas as devidas associações com as operações no Ábaco.

2.0.Algumas formas de operações com números inteiros


Em sua forma originalmente idealizada, o Ábaco possui duas hastes, e em cada
uma deve conter entre 15 e 20 contas (pedras do Ábaco). Os conjuntos de contas
devem ser de cores distintas, como azul (para os positivos) e vermelha (para os negativos),
contudo, pode- se utilizar quaisquer outras. Pode-se marcar na base de cada haste o
sinal de positivo e de negativo. O modelo de fichas de duas cores, utilizado por Oliveira
(2011) e na prática desse trabalho, é uma versão mais simples, mas estruturalmente
equivalente. Utiliza-se as fichas como as contas do Ábaco, seguindo uma forma
ordenada vertical ou horizontal, diferenciando-se apenas pela ausência da base.
Assemelha-se, nessa forma, aos Ábacos em tabuleiros de areia, onde apenas frisos
indicavam as posições das contas. Nas figuras 6, 7 e 8, temos o modelo indicado por Dirks
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(1984), o Ábaco construído por Coelho (2005) e Godoi(2015) em seu trabalho de para
obtenção do grau de Licenciatura.

Figura 3: Abaco dos Inteiros na concepção de Dirks (1984)

Figura 4. Abaco dos Inteiros na concepção de Coelho (2005)

Figura 5. Abaco dos Negativos na Concepcao de Godoi (2015)


Fonte: Godoi (2015)

2.1.Adição no Ábaco dos Números Inteiros na perspetiva de Godoi (2015)


No Ábaco, a operação de adição indica a ação de colocar contas. Por exemplo,
(+2) + (+3) indica que, inicialmente, tem-se 2 contas azuis no Ábaco e, então, deve-
se colocar 3 contas azuis, ficando então com 5 contas azuis, indicando que a resposta é +5.
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Soma de Inteiros positivos : (+2)+(+3)=

Figura 6: Adicao de Inteiros positivos na optica de Godoi (2015)

Fonte: Godoi (2015)

Soma de inteiros Negativos

A adição entre números negativos ocorre de maneira similar. No exemplo (−1) +


(−2), tem-se 1 conta vermelha no Ábaco, e então coloca-se 2 contas vermelhas,
ficando com 3 contas vermelhas indicadas, ou seja, o resultado é -3.

Soma de: (-1)+(-2)=

Fonte: Godoi (2015)

Soma de Inteiros Positivos e Negativos

Para adicionar números positivos e negativos, procede-se, inicialmente como antes,


colocando-se no Ábaco as contas indicadas na operação. Para obter-se o resultado,
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deve-se então parear uma conta azul com uma conta vermelha, até sobrarem apenas
contas de uma cor. O resultado, então, será indicado pelas contas que sobraram. Por
exemplo, pode-se fazer a soma 2 + (−3).

Figura 7: Soma de Inteiros Positivos e Negativos

Fonte: Godoi (2015)

Inicia-se com 2 contas azuis, e então coloca-se 3 contas vermelhas. Como pode-se
notar na figura 11, serão pareadas 2 contas de cada cor, sobrando uma conta
vermelha, e, portanto, o resultado será -1. Similarmente, pode ser observado que o resultado
será positivo se houver mais contas azuis que vermelhas no Ábaco. Também pode-se
notar que é indiferente colocar primeiro contas azuis ou vermelhas, indicando a
comutatividade da soma.

Subtração de inteiros negativos

Como vê-se na figura 8, fica no Ábaco 1 conta azul, e assim o resultado é +1.
Similarmente, se fosse calculado (−4) − (−1), bastaria retirar 1 conta vermelha das 4
iniciais, ficando com 3, e assim, tem-se que o resultado é -3.

Os casos especiais na subtração envolvem as seguintes questões: e quando precisa-se retirar


mais contas do que as que o Ábaco possui inicialmente? Como retirar contas azuis (ou
vermelhas), se o Ábaco possui apenas contas vermelhas (ou azuis)? Para resolver as
operações desses casos, deve-se colocar no Ábaco contas de cada cor em quantidades
iguais. Essa ação é chamada de somar zero.

De fato, tal ação não altera o valor registrado no Ábaco, o que mostra que a representação
de um Número Inteiro no Ábaco não é única

Figura 8: Subtração de inteiros negativos


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. Fonte: Godoi (2015)

Subtração de Inteiros Negativos e Positivos

Assim, para resolver, por exemplo, 2 − (−3), deve-se representar +2 de forma a ter- se, ao
menos, 3 contas vermelhas a serem retiradas. Nesse caso, ficarão 5 contas azuis
indicadas no Ábaco, e, disso, a resposta será +5.

Figura 9: Subtração de Inteiros Negativos e Positivos ; Godoi(2015)

Fonte: Godoi (2015)

Nota sobre a óptica de Godoi (2015)


Diante do abaco ou método de resolução adotado pelo autor Godoi(2015) e Coelho ,
constata se algumas fragilidades no método, razao a qual o autor , propõe o uso de um tipo
de abaco que é o desenvolvimento de um tipo de abaco (abaco Asteca) .
Isto porque , para o autor não passa de uma mera quantidade de pauzinhos que o aluno da
1ª classe em Moçambique leva para a escola . como se viu em exemplos anteriores, houve
necessidade de ter a quantidade exata e real dos dados , quer negativos assim como
positivos.
Se se precisasse fazer uma conta por exemplo do tipo 100-35, o aluno seria obrigado a
trazer 100 dados talvez azuis e 35 dados negativos, baseando se no método proposto por
Godoi(2015).
O método proposto pelo autor, minimiza os gastos e o tempo, isto porque um abaco pode
representar por exemplo numero 100 com apenas um dado na classe das centenas , razao a
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qual o aluno pode minimizar os gastos , refiro valores monetários, assim como o tempo e o
peso .
O abaco produzido pelo autor , tem uma possibilidade de representar ate numero +9999 e -
9999 na parte positiva e negativa respetivamente com apenas 9 dados em cada haste , quer
dizer com um total de 36 dados . o que na optica do Godoi(2015) seria necessário
exactamente 9999 dados em forma modular para todos os lados. Posteriormente, apresenta-
se os passos de fabrico de abaco dos inteiros produzido elo autor.

O abaco Asteca
O mais usado no ensino primário para representação de números e suas operações , para o
caso de Moçambique .

Figura 10 : Abaco asteca ( abaco escolar moçambicano), representando numero 530.

Fonte: Coelho (2005)

3.0.O abaco proposto pelo autor e as operações de adição e subtração de números


inteiros
Este instrumento é um trabalho de renovação ou seja é continuação de um abaco já feito ,
pelo povo Asteca.

Passos do fabrico e o material

Material

-Um tabuleiro ( base de madeira)

-8 hastes (pregos) de 5 polegadas

-Dados (tampas de refrigerantes)

Passos de fabrico

Corta a base de madeira de 28cm, depois com 8 pregos, divide o tabuleiro em 4 partes iguais ,
em cada divisão fica uma haste, e assim faz se para as duas partes(opostas) de haste.
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Operações de adição e subtração no abaco

O abaco do povo Asteca

Figura 11: Abaco Asteca, produzido pelo autor representando so positivos

Fonte: O autor (2021)

Este abaco só possibilita as operações de adição, subtração, divisão e multiplicação com


números Inteiros Positivos incluindo o Zero , (Z0).

Mas como se viu na Historia da Matemática, houve necessidade de Introduzir números


inteiros que espelhassem um comportamento quase igual ao dos positivos, pode se dizer que
os números inteiros negativos representam uma divida por exemplo , para fácil compreensão
do aluno.

Com o progresso da ciência e novas propostas para resolução de problemas diários do


Homem, pensou se em Números negativos . O primeiro conjunto a ser apontado dos
negativos, foi o conjunto Z- que espelha o conjunto Z+.

Abaco dos negativos

Figura12 : Abaco dos negativos, produzido pelo autor

Fonte: O Autor (2021)


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Existem alguns métodos de representar números inteiros(negativos, zero e positivos), dentre


eles, aponta-se: a recta Graduada, o método de hastes proposto por Dirks(1984) , método de
Dados com Cores diferentes proposto por Godoi(2015).

Este abaco , para sua formação , tomou se como base o método de recta graduada, onde há
separação de Números negativos e Números Positivos através de uma base .

A Figura seguinte, mostra e descreve como unificar o abaco dos positivos e abaco dos
negativos.

Figura 13: Unificação de abaco negativo e positivo

+ =

Fonte: O autor (2021)

Com já aprendeu se a recta graduada na representação de números Naturais, nas classes


anteriores (de 1ª a 7ª classes do SNE em Moçambique) , pode se posicionar o abaco nessa
posição da recta graduada .

Veja a figura abaixo

Figura 14: Rotação de abaco dos negativos e positivos do autor

Fonte: Autor (2021)

Este Tipo de Abaco não foge de da representação de números na Recta Graduada , e mo


abaco Asteca.

A representação de números segue a mesma linhagem de Asteca, diferenciando se por :


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- os números negativos ficam nas hastes da esquerda ou debaixo (dependendo da posição do


Abaco)

-Os números positivos ficam nos hastes de direita ou de cima.

Fig 15: Um exemplo de representação de números negativos e positivos:

Fonte: O autor (2021)

Este exemplo representa dois números , um negativo (dados a branco) e um positivo (dados a
azul)

Como se referia antes, não foge do abaco Asteca, então também tem a representação de
números em bases ( Unidades, dezenas, centenas, Milhares…)

Para este, estão representados : -11 a branco, e +122 a azul.

Cada haste, só suporta 9 dados , se e estes excederem 9,então passa se para a base seguinte,
no sentido direita- esquerda. Primeiro representa se o algarismo das unidades , segue dezenas
e assim sucessivamente.

Este abaco tem como maior numero +9999 correspondente a 9 dados por cada haste e o valor
mínimo de -9999, prova se a simetria .

3.1.Como efetuar as operações neste tipo de abaco?


3.1.1.Adição de inteiros positivos

Para adicionar inteiros positivos , segue se a forma do povo Asteca:

Com o abaco já posicionado, e seus dados por exemplo : +1+(+1)=

Coloca se nas unidades 1 dado na parte dos positivos , por cima disso colocar novamente 1
dado, ai depois da +2.
22

Fig 16: Adição de Inteiros Positivos no abaco proposto pelo autor

== ==

Logo (+1) + (+1) = +2

Fonte: Autor (2021)

Adição de Inteiros Negativos

A logica é a mesma com a dos positivos, mas já na parte negativa .

Ex.: (-2)+(-2)=

Fig. 17: Adição de Inteiros Negativos no abaco

+ =

Portanto, (-2)+(-2)= -4

Fonte: Autor,2021
23

Adição de Inteiros uma parcela Positiva e a outra Negativa

Caso de a parcela de maior valor absoluto ser positivo

Tendo por exemplo (+5)+(-2)

Isto não se difere de 5-2, simplificando a escrita. Pode se resolver como o povo asteca, ou
simplesmente tirar 2 de 5, assim o resultado fica 3.

Caso de a parcela de maior valor absoluto ser negativo

Ex.: (-6)+(+2)=

Primeiro, represente o valor -6 na parte negativa

i. O 2 é positivo, então, do dos negativos, deve tirar 2 para colocar nos positivos, o
resultado que fica é 4 nos negativos, logo o resultado é -4
ii. Pode primeiro representar o 2 na parte positiva, depois disso, sabe se que pretende
se chegar no 6, mas o 6 é negativo, então, coloca os dados na parte negativa ate
completar 6, contando a partir de 2 . ficara com 4 dados nos negativos, logo o
resultado é -4.

3.1.2.Subtração em Z usando este tipo de abaco


Para efetuar essas operações de subtração , é necessário conjugar os sinais e simplificar a
escrita, assim terá casos idênticos aos de adição , e a resolução é a mesma .

Desde que se lembre que:


Adição
(-) + (-) = +
(-) + (+) = -
(+)+(-)= -
(+)+(+)=+
Subtração
(-)-(-)= (-)+(+)= -
(-)-(+)= (-)+(-)= +
(+)-(+)= + se a 1ª parcela for maior e (-) se a 1ª parcela for menor que a segunda.
(+)-(-)=(+)+(+)=+
NB: -(-)= +
24

+(-)= -
-(+)= -
+(+)= -

4.0.Metodologia
Para Silva e Menezes (2001:23), “os procedimentos metodológicos correspondem a um
conjunto de etapas ordenadamente dispostas pelas quais o pesquisador deve passar na
investigação de um fenómeno.”

4.1.Quanto a Natureza
Quanto à natureza, esta pesquisa é aplicada pois, “objectiva gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos.” (PRODANOV& FREITAS,
op. cit.:51) .
Sabe se que o intuito é de visitar uma escola , onde aplicar-se-á este método de
operacionalização de inteiros para varias concepcoes por parte dos alunos, assim como dos
professores em relação ao tema proposto.

4.2.Quanto ao método científico


Relativamente ao método científico, aplicar-se-á o dedutivo, sob o qual assenta a ideia de
que o argumento passa do geral para particular, uma vez que as generalizações derivam de
observações de casos da realidade concreta(Ibid., 127).
Baseando se neste contexto , haverá necessidade de buscar e compreender o campo amplo da
Matemática dos Naturais que os alunos tem, para poder perceber a matemática dos Inteiros,
como um campo já especifico da matemática; vale salientar que, como se prevê nas hipóteses,
os alunos, já tem uma bagagem considerada fundamental para abraçar os números inteiros-
refere-se a bagagem de números Naturais e suas operações.
Os alunos também sabem representar números naturais na recta graduada, então partindo de
todos os pressupostos colocados, eles poderão influenciar para a fácil assimilação de números
inteiros, quer dizer, a partir de um conhecimento geral de números que os alunos têm,
abordar-se-á os números inteiros e suas operações usando o abaco.

5.3.Quanto aos objectivos


Quanto ao objectivo do estudo, aplicaremos a pesquisa explicativa, que na óptica de Gil
(2010)apud Prodanov &Freitas(2013: 55), tem a ver com a intenção por parte do pesquisador
25

de explicar os porquês das coisas e suas causas, por meio do Registo, da análise, da
classificação e da interpretação dos fenómenos observados.
Visa identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenómenos;
“aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, e o porquê das coisas”.
Neste caso, o pesquisador, vai explicar aos alunos e aos professores porque adotar esse
método para fazer operações em Z.
Um dos factores seria a fácil assimilação de operações com números inteiros ; para alem de
que seria uma oportunidade de o professor e os alunos, demonstrarem as suas actividades na
realidade; tendo em conta que a nossa Matemática parece mais teórica que prática.

4.4.Quanto aos procedimentos técnicos


Relativamente à maneira pela qual iremos obter os dados necessários para a elaboração desta
pesquisa, socorrer-nos-emos em primeiro lugar, de um estudo bibliográfico, pois todas as
pesquisas necessitam de um referencial teórico.
Contextualizando a ideia dos autores, o estudo bibliográfico, visa ler manuais já publicados ,
revistas, ou seja fontes confiáveis para levantar infirmações de tema em estudo. Para este
projecto, ir-se-á ler livros que debruçam sobre a temática de abacos, e inteiros.

E porque os dados não serão obtidos através de fontes de papéis apenas, mas sim, fornecidos
por pessoas, aplicar-se-á de forma sequenciada outro método, que é o estudo de caso ou
monográfico, procedimento técnico que “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
mais objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento” (GIL, 2010: 37
apud PRODANOV&FREITAS, op. cit.: 60).
Os professores e alunos, poderão dar sequenciamento de respostas e comentários, bem como
sugestões ao redor do tema e o instrumento proposto pelo autor para a concretização de
resolução e problemas diários do aluno e da sociedade. Sabe se que as operações com
números inteiros, remetem-nos a um exemplo de “dívida” na vida quotidiana e concreta.

4.5.Quanto ao tipo de pesquisa


Aplicar-se-á uma pesquisa qualitativa, pois, para Prodanov& Freitas (op. cit.: 70), neste tipo
de abordagem, “a pesquisa tem o ambiente como fonte directa dos dados e o pesquisador
mantém contacto directo com o ambiente e o objecto de estudo em questão”.
26

Para este projecto, há necessidade de se contactar com os alunos para melhor explicar como
operacionalizar números inteiros baseando se num instrumento didático manipulável , o
abaco; para suprir as lacunas existentes diante desta temática .

5.0.Técnicas e instrumentos de recolha de dados


No presente projecto, as técnicas a serem usadas para a recolha de dados são: a entrevista e o
inquérito. Segundo Markoni e Lakatos (2012), entrevista é uma técnica em que o investigador
se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de
dados que interessam a investigação.

E o inquérito é definido como sendo “uma técnica de recolha de dados em que com recurso
a um guião contendo perguntas fechadas, o investigador obtém do inquirido, dados que
interessam a pesquisa” (IFRN, 2015).

E quanto ao instrumento de recolha de dados, usar-se-á o questionário, e testes (pre-teste


aplicado antes do uso do Abaco; Teste- aplicado no durante as aulas usando o abaco, e pos-
teste para verificar o grau de assimilação apos o ensino sobre abaco).

Marconi e Lakatos (2003), definem o questionário como sendo um instrumento de colecta de


dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por
escrito.

Outro instrumento usado , seria uma aula de experiencia usando o abaco com os alunos e em
supervisão do professor.

6.0.População e amostra
Para Marconi &Lakatos (2003), população é o conjunto de seres animados ou inanimados
que apresentam pelo menos uma característica em comum.

De referir que as pesquisas sociais abrangem uma população tão grande, que torna difícil
considerar todo o universo. Nesse sentido, trabalha-se com amostra, que segundo Prodanov &
Freitas (2013), é uma parte dos elementos que compõem o universo que se pretende estudar.

A população é toda a comunidade escolar, naquela instituição (ESSIAIA).

6.1.Amostra

O presente projecto envolve uma comparticipação de 52 pessoas destacadas na tabela 2


abaixo.
27

6.1.1.Tipo de amostragem
O tipo de amostragem , será estratificada . Amostra estratificada , é aquela que se faz tendo
certos grupos, e extrair dentro dos grupos quantidade igual de elementos, onde todos
elementos tem probabilidade igual de serem escolhidos . Para isto, serão escolhidos dentre 5
turmas da 8ª classe , 10 alunos por cada turma, sendo 50% feminino e 50% masculino.

7.0.Descrição do local de estudo


As atividades são produzidas na Escola Secundaria de Siaia distrito de Chongoene, localizada no
Povoado de Siaia, a 700m da estrada que liga Chongoene e Chibuto e os resultados vão ser
apresentados na Universidade Save, Extensão de Chongoene. No sentido Chongoene-Chibuto, desvia
de terminal de chapas de Xai-Xai a Siaia, um estabelecimento comercial de Siaia, depois desvia da
antena da rede vodacom , a estrada leva ate na escola.

A Universidade Save, esta localizada em Chongoene, no bairro Venhene parcela 76 , a 500m da EN1.

Fig. 19: Localização Geográfica de Siaia no Mapa

Fonte: www.google&maps.localizacao&geografica.de/Siaia/mz.com

Tabela 3: Quadro resumo de envolvidos e instrumentos de recolha de dados a usar


Envolvidos Homens Mulheres Total Idade Técnica/instrumento
de pesquisa

Professores 2 - 2 23 – 40 Anos Entrevista


Alunos 25 25 50 13 – 25 Anos Questionário

Fonte: O autor (2021)


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8.0.Cronograma das actividade

Tabela 4: Cronograma das actividades


Actividades Mês
11/02 12/023 01/023 02/023 03/023 04/023
2
Escolha do Tema X
Revisão de literaturas X
Visita ao campo de estudo X
Fabrico de abaco dos inteiros X
Segunda visita na ESSiaia para apresentar X
questionários, e trabalhar com os alunos
Redação de resultados obtidos X
Discussão de resultados X
Redação final e apresentação do relatório. X

9.0.Considerações finais
Muitos estudantes em Moçambique não tem acesso a material didático manipulável para
concretização de aulas que tem tido nas salas co os professores, isto pode ser muito mais a
culpados professores , pois alguns deles também não sabem manipular esses objetos.

O abaco é um instrumento de muito tempo, era necessário ser conhecido por todos alunos, e
usarem para facilitar a sua aprendizagem de números Inteiros.

O autor, produz um abaco, a partir de um ábaco já existente , o abaco Asteca, só acrescentar a


parte negativa .

Espera se que os alunos assimilem bem os conteúdos de operações com Inteiros usando o
abaco , como um recurso alternativo para minimizar suas dificuldades e melhorar a sua
aprendizagem em relação aos inteiros.
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10.Referencias bibliográficas

 A.B.N.T.: Informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de


Janeiro, 2011.
 BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo:Editora da Universidade de
São Paulo, 1974.
 COELHO, M. P. F. A multiplicação de números inteiros relativos no “ábaco
dos inteiros”: uma investigação com alunos do 7.º ano de escolaridade.
Dissertação de Mestrado. Braga: Universidade do Minho, 2005.
 DIRKS, M. K. The integer abacus.Arithmetic Teacher, Vol.31(7), p.50-54, 1984.
 GRANJA, C. E., PASTORE, J. L. Atividades experimentais de Matemática nos
anos finais do Ensino Fundamental. 1ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2012
 MARCONI, M.A. & LAKATOS. E.M Fundamentos de metodologia científica.
5ed.São Paulo: Atlas S.A., 2003,pg.225.
 OLIVEIRA, W. S. de. Adição e subtração dos números inteiros e o uso de
materiais concretos. Monografia de Conclusão de Curso. UFPB/CCEN. Itabaiana,
2011.
 TEIXEIRA, J. R. T. Sobre as regras de sinais dos números inteiros negativos.
Trabalho de Conclusão de Graduação de Licenciatura em Matemática. Porto Alegre:
UFRGS, 2010.
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