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AULA 09

ESTABILIDADES

Uni-RN

DIREITO DO TRABALHO II

Professor Marcelo de Barros Dantas


Estabilidades:
- Provisória e definitiva (decenal – 492 da CLT; art. 41 da CF estáveis
no âmbito público após 03 anos de efetivo exercício; 19 da ADCT
aqueles que já estavam na administração há mais de cinco anos antes
da CF88).

TST SUM-390 ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA.


ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL.
APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988.
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia
mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público,
não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
Perda da Estabilidade e o Inquérito Judicial:

Perda: pedido (art. 500 da CLT) ou falta grave


nos termos da Lei.

Nem sempre inquérito para apurar (494 da CLT).

Impossível reintegração e indenização


substitutiva. Súmula 396 do TST.
DIRIGENTE SINDICAL:
• CF art. 8º, VIII

• Não aplicação ao conselheiro fiscal nem


delegado sindical (OJ nº 365 e 369 da SBDI-1
do TST.

• Instauração de inquérito: 379 do TST.


ANALISANDO A Súmula 369 do TST:
SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente
sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da
eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, §
5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio,
ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de
1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º,
da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só
goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à
categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base
territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente
sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art.
543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Representante da CIPA (Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes):
• art. 10, II, “a” da ADCT.

• Art. 164 da CLT.

• Estabilidade extensiva aos suplentes.

• Perda da estabilidade em caso de extinção do


estabelecimento.

• Súmula 339 do TST.


GESTANTE:
• veda-se dispensa de empregada gestante, desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

CLTArt. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo


no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo
do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à
empregada gestante a estabilidade provisória prevista na
alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei nº
12.812, de 2013)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao
empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda
provisória para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509,
de 2017)
ANALISANDO A Súmula 244 do TST:
SUM-244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador
não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente
da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a
reintegração se esta se der durante o período de estabilidade.
Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais
direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade
provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese
de admissão mediante contrato por tempo determinado.
ACIDENTADO:
• Art. 118 da Lei 8.213/91

TST SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO.


ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido o item III) - Res. 185/2012 –
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o
direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a
cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento
superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença
acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional
que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de
emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de
acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Empregados eleitos membros de
comissão de conciliação prévia:
Têm composição paritária, representantes dos
empregados e dos empregadores, em n° mínimo de
2 e máximo de 10, com suplentes.

Art. 625-B CLT § 1o É vedada a dispensa dos


representantes dos empregados membros da
Comissão de Conciliação Prévia, titulares e
suplentes, até um ano após o final do mandato,
salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei.
Empregados Diretores de
Cooperativas
- garantia de emprego desde o registro da
candidatura até um ano após o término do
mandato, salvo falta grave.

OJ 253. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA.


LEI Nº 5.764/71. CONSELHO FISCAL. SUPLENTE.
NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002) O art.
55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de
emprego apenas aos empregados eleitos diretores
de Cooperativas, não abrangendo os membros
suplentes.
• Empregados eleitos membros do Conselho
Curados do FGTS: garantia de emprego, de
titulares e suplentes, desde a nomeação até um
ano após o término do mandato, salvo falta grave
apurada em procedimento específico (art. 3º § 9º
da Lei 8.036/90).

• Empregados eleitos membros do Conselho


Nacional de Previdência Social: garantia de
emprego, de titulares e suplentes, desde a
nomeação até um ano após o término do
mandato, salvo falta grave apurada em
procedimento específico (art. 3º § 7º da Lei
8.213/91).
Representante dos empregados na Empresa
• Lei 13467/2017: artigo 510-D da CLT, § 3º.

‘Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos


empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para
representá-los, com a finalidade de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
§ 1o A comissão será composta:
I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil
empregados, por três membros;
II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil
empregados, por cinco membros;
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por
sete membros.
Representante dos empregados na Empresa:
Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes
dos empregados será de um ano.
§ 1o O membro que houver exercido a função de representante dos
empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos
subsequentes.
§ 2o O mandato de membro de comissão de representantes dos
empregados não implica suspensão ou interrupção do contrato de
trabalho, devendo o empregado permanecer no exercício de suas
funções.
§ 3o Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do
mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados
não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que
não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
§ 4o Os documentos referentes ao processo eleitoral devem ser emitidos
em duas vias, as quais permanecerão sob a guarda dos empregados e da
empresa pelo prazo de cinco anos, à disposição para consulta de qualquer
trabalhador interessado, do Ministério Público do Trabalho e do
Ministério do Trabalho.’”
OBRIGADO!
• Professor Marcelo de Barros Dantas
• E-mail: marcelodantas@unirn.edu.br

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