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Do Trabalho
Professor: JOÃO LUIZ BONELLI RODRIGUES
Resumo
Advogado formado no ano de 2007 pela Faculdade de
Direito de São Bernardo do Campo; Advogado atuante
na Área Trabalhista e Previdenciária desde 2008;
Especialista em Direito Material e Processual do
Trabalho; Professor em cursos de Pós Graduação e de
Cursos Preparatórios para o Exame da Ordem dos
Advogados do Brasil; e Pai do Murilo.
NOVIDADES
LEI 13.874/19 - DECLARAÇÃO DE DIREITOS DE LIBERDADE ECONÔMICA
ESTABILIDADES
GESTANTE
DIREITO:
DESDE A CONFIRMAÇÃO DA GRAVIDEZ ATÉ 5 MESES APÓS O PARTO.
REGRAS:
- SÚMULA 244 DO TST
ACIDENTE DE TRABALHO
DIREITO:
12 MESES APÓS A ALTA DO INSS
REGRAS:
TIPOS DE ACIDENTE (artigos 19 até 21 da Lei 8.213/91)
• ACIDENTE TÍPICO
• ACIDENTE DE TRAJETO (REVOGADO PELA MP 905/19)
• MOLÉSTIAS PROFISSIONAIS
DOMÉSTICO (art. 34, III da LC 150/15)
MEMBRO DA CIPA
DIREITO:
DESDE O REGISTRO DE SUA CANDIDATURA ATÉ UM ANO APÓS O FINAL DO SEU MANDATO
(QUE É DE 1 ANO)
DIRIGENTE SINDICAL
DIREITO:
DESDE O REGISTRO DE SUA CANDIDATURA ATÉ UM ANO APÓS O FINAL DO SEU MANDATO
(QUE É DE 3 ANOS)
REGRAS:
• TITULARES E SUPLENTES (ART. 543, §3º da CLT e ART. 8º, VIII da CF)
• COMPOSIÇÃO – MÍNIMO 3 e MÁXIMO de 7 MEMBROS
• CONSELHO FISCAL - 3 MEMBROS (OJ 365 da SDI-1 do TST)
• DELEGADO SINDICAL - OJ 369 da SDI-1 do TST
• REGISTRO DA CANDIDATURA NO AVISO PRÉVIO
• A ESTABILIDADE PERSISTE NO CASO DE EXTINÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
NO ÂMBITO DA BASE TERRITORIAL DO SINDICATO ?
COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS
- DIREITO:
- REGRAS:
APRENDIZ
- IV – a pedido do aprendiz.
CELETISTAS – ARTIGO 41 DA CF
- “Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.”
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
▪ ARTIGO 461 DA CLT
▪ NOVAS REGRAS - LEI 13.467/17
REQUISITOS
- MESMO EMPREGADOR
- MESMA FUNÇÃO
SÚMULA 6 do TST:
- QUADRO DE CARREIRA
- PARADIGMA READAPTADO
- As promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas
um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. (§ 3º)
- A equiparação só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função,
ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. (§ 5º)
O ART. 37, XIII, DA CF veda a equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração
do pessoal do serviço público, não aplicando o art. 461 da clt quando se pleiteia equiparação
salarial entre servidores públicos, independentemente de terem sido contratados pela clt (oj
297 da sdi-1 do tst)
INTERVALOS
INTERVALO ENTRE DUAS JORNADAS: ART. 66 da CLT.
1. É o famoso intervalo i n t e r j o r n a d a.
2. O intervalo deve ser de, no mínimo, 11 horas.
REGRA: O limite mínimo de uma hora pode ser reduzido por ato do ministério do
trabalho (artigo 71, §3º, clt).
O intervalo pode ser reduzido por negociação coletiva, respeitado o limite mínimo de
trinta minutos para jornadas superiores a seis horas (ARTIGO 611-A, III DA CLT - LEI
13.467/17).
EXCEÇÃO: O intervalo poderá ser reduzido e/ou fracionado quando compreendidos
entre o término da 1ª hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que
previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho para os motoristas,
cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos
rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros. (ART.71,
§5º DA CLT)
EXCEÇÃO: para o empregado doméstico admitindo-se, mediante prévio acordo
escrito entre empregador e empregado, sua redução para 30 minutos (art. 13 da lc
150/2015).
OUTRAS REGRAS:
A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para
repouso e alimentação, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do
período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho. (NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 71, §4º, CLT - LEI 13.467/17).
ULTRAPASSADA HABITUALMENTE A JORNADA DE 6 (SEIS) HORAS de trabalho, é
devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o
empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como
extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da
clt. (súmula 437, iv do tst). – aplicação nos contratos de 6hs
OUTROS INTERVALOS
INTRAJORNADA:
ESTES COMPUTAM NA JORNADA DE TRABALHO
EMPREGADOS EM MINAS DE SUBSOLO:
15 minutos após 3 horas de trabalho consecutivo
SERVIÇOS DE DATILOGRAFIA E DIGITAÇÃO:
10 minutos a cada 90 de trabalho consecutvo
INTERIOR DE CÂMARAS FRIGORÍFICAS:
20 minutos após 1 hora e 40 minutos de trabalho consecutivo
Obs: o empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio,
nos termos do parágrafo único do art. 253 da clt, ainda que não labore em câmara
frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da clt.
(súmula 438 do tst)
Outros intervalos
Intervalo para a mulher antes de realizar hora extra:
o intervalo de 15 minutos antes de iniciar a jornada extraordinária foi revogado pela
lei 13.467/17
SÚMULA 118 DO TST
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em
lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
DSR
1. Deve ser preferencialmente aos domingos.
2. Esse período de repouso é de 24 horas consecutivas.
3. O dsr é hipótese de interrupção do contrato de trabalho
4. O trabalho prestado em domingos e feriados e não compensados, deve ser
pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal
(súmula 146 do tst)
5. A concessão de dsr após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando
no seu pagamento em dobro (oj 410 da sdi-1 do tst)
Obs: fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados.
O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, 1 vez no
período máximo de 4 semanas para os setores de comércio e serviços e, no mínimo, 1
vez no período máximo de 7 semanas para o setor industrial. (artigo 68, clt - redação
dada pela mp nº 905, de 2019)
CONTRATO AUTÔNOMO
ART. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades
legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de
empregado prevista no art. 3o desta consolidação. (INCLUÍDO PELA LEI Nº 13.467, DE
2017)
CONTRATO INTERMITENTE
ARTIGO 443, §3º DA CLT - LEI 13.467/17
EMPREGADOR
§2º DO ARTIGO 2º DA CLT
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
(nova redação dada pela lei 13.467/17)
§3º - não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (INCLUÍDO PELA
LEI 13.467/17)
OBS1: a prestação de serviços para mais de uma empresa do mesmo grupo durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de
trabalho, salvo ajuste em contrário (súm 129 do tst).
OBS2: Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados. (ARTIGO 10 DA CLT)
OBS3: A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os
contratos de trabalho dos respectivos empregados. (ARTIGO 448 DA CLT)
OBS4: Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos artigos
10 e 448 da clt, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor. (Art. 448-A DA CLT - lei 13.467/17)
OBS5: A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar
comprovada fraude na transferência. (parágrafo único do Art. 448-A DA CLT - lei
13.467/17)
OBS6: O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da
sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte
ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios
retirantes. (Art. 10-A. da clt - lei 13.467/17)
OBS7: O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
(parágrafo único do Art. 10-A. da clt - lei 13.467/17)
ADICIONAL NOTURNO
1. EMPREGADO URBANO (Art. 73 da CLT) e DOMÉSTICO (Art. 14, §1º LC 150/2015)
- Será de pelo menos 20% sobre a hora diurna.
- Período de trabalhado entre 22:00 e 5:00
- A hora noturna é reduzida – de 52 minutos e 30 segundos
2. EMPREGADO RURAL (Lei 5.889/73)
- Será de 25% sobre a hora normal.
NORMAS REGULAMENTADORAS – NR 15
www.mte.gov.br
Anexo n.º 01 - Ruído Contínuo ou Intermitente
Anexo n.º 02 - Ruídos de Impacto
Anexo n.º 03 - Exposição ao Calor
Anexo n.º 06 - Condições Hiperbáricas
Anexo n.º 07 - Radiações Não-Ionizantes
Anexo n.º 08 - Vibrações
Anexo n.º 09 - Frio
Anexo n.º 10 - Umidade
Anexo n.º 11 e 13 - Agentes Químicos
Anexo n.º 12 - Poeiras Minerais
Anexo Nº 13 A - Benzeno
Anexo n.º 14 - Agentes Biológicos
REGRAS ESPECÍFICAS
SÚMULAS DO TST
Súmula nº 47 do TST
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só
por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 289 do tst
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do
equipamento pelo empregado.
Súmula nº 139 do tst
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os
efeitos legais
Súmula nº 248 do tst
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
1.CONCEITO: ATIVIDADES QUE EXPONHAM OS EMPREGADOS A RISCO DE VIDA
2. GRAU:
- ÚNICO DE 30%
3. BASE DE CÁLCULO:
- SALÁRIO NOMINAL / CONTRATUAL - ARTIGO 193 DA CLT
NR 16 – ANEXO 3
ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS
DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL
Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013
“ART.193.[...]
§ 3º serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma
natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por
meio de acordo coletivo.”
SÚMULAS DO TST
Súmula nº 39 do TST
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de
periculosidade (lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Súmula nº 132 do TST
I - o adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de
indenização e de horas extras.
Ii - durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco,
razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as
mencionadas horas.
Súmula nº 191 do TST
O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto
de parcelas de natureza salarial, porém para os empregados eletricitários contratados a
partir de 08/12/2012, ou seja, a partir da lei 12.740/12, o adicional de periculosidade
será de 30% do salário base.
Súmula nº 364 do TST
Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou
que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o
contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
Súmula nº 447 do TST
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no
momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao
adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da clt e o anexo 2, item 1, "c", da
nr 16 do mte.
Súmula nº 453 do TST
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da
empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em
percentual inferior ao legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica
exigida pelo art. 195 da clt, pois torna incontroversa a existência do trabalho em
condições perigosas.
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
OJ nº 324 da SDI-1 do TST
É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em
sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos
e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade
consumidora de energia elétrica.
OJ nº 347 da SDI-1 do TST
É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e
reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de
suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido
em contato com sistema elétrico de potência.
OJ nº 385 da SDI-1 do TST
É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve
suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto
daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em
quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área
interna da construção vertical.
HONORÁRIOS DO PERITO
NOVAS REGRAS
- No processo do trabalho a perícia deve ser paga pela parte sucumbente no objeto da
perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. (nova redação do artigo 790-b da clt
dada pela lei 13.467/17).
- Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo
créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo,
a união responderá pelo encargo. (§4º)
- Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo conselho superior da justiça do trabalho (§1º) e poderá deferir o
parcelamento (§2º)
- É ilegal a cobrança de honorários prévios para a realização de perícia, dada a
incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança
visando a realização da perícia sem o depósito (artigo 790-b, §3º da clt e oj 98 da sdi-2
do tst).
OBSERVAÇÕES GERAIS
Arguida em juízo a insalubridade ou periculosidade, deverá ser determinada perícia
técnica – a perícia é obrigatória (art. 195, §2º, da CLT).
Caso não seja possível a realização da perícia é permitida a prova emprestada, desde
que no mesmo local de trabalho e mesmas condições de trabalho (artigos 369, 372 e
472 do NCPC/2015 e oj 278 da sdi-1 do tst).
Não é possível a cumulação dos dois adicionais, pois o empregado deverá optar pelo
adicional mais favorável (art. 193, §2º, CLT).
Cessará o pagamento de qualquer dos dois adicionais, tão logo sejam eliminadas as
causas da insalubridade ou da periculosidade (ART. 194 DA CLT).
ADICIONAL DE SOBREAVISO
BASE LEGAL
ARTIGO 244, §2º DA CLT
DIREITO
A HORA DE SOBREAVISO EQUIVALE
A 1/3 DA HORA NORMAL
“§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço. Cada escala de
"sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas.
REQUISITOS
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
BASE LEGAL
ARTIGOS 469 e 470 DA CLT
DIREITO
Adicional nunca inferior a 25% sobre o salário nominal do empregado
AS DESPESAS COM A TRANSFERÊNCIA FICAM
A CARGO DO EMPREGADOR
REQUISITOS LEGAIS
1. A transferência deve ser provisória
2. Deve ocorrer mudança do domicílio
A transferência pode ser imposta pelo empregador?
3. Deve ter a anuência do empregado
4. Qual seria a medida para evitar a transferência
(artigo 659, ix da clt)
REGRAS ESPECÍFICAS
2. O EMPREGADO QUE EXERCE CARGO DE CONFIANÇA OU CONTRATO NO REGIME DE
TRANSFERÊNCIA NÃO PODE NEGAR A TRANSFERÊNCIA, EM CASO DE REAL
NECESSIDADE (ARTIGO 469, §1º DA CLT).
E se não houver a real necessidade da transfrência ? Qual a consequência ?
SÚMULA 43 DO TST
PRESUME-SE ABUSIVA A TRANSFERÊNCIA DE QUE TRATA O § 1º DO ART. 469 DA CLT,
SEM COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DO SERVIÇO.
REGRAS ESPECÍFICAS
AVISO PRÉVIO
1. CONCEITO: a parte deve comunicar a outra de que pretende rescindir o contrato ,
sob pena de pagar indenização substitutiva.
2. Artigo 7º, xxi, cf - o aviso prévio será de, no mínimo, 30 dias, mas nada impede que as
partes ou a norma coletiva fixem prazo superior a 30 dias.
3. A partir da lei 12.506/11 passou a existir o aviso prévio proporcional que dá direito
ao empregado de receber 3 dias para cada ano de trabalho junto à empresa.
13. O valor das horas extras habituais integra o aviso prévio indenizado (ARTIGO 487,
§5º, DA CLT).
14. É inválida a concessão de aviso prévio na fluência de garantia de emprego (SÚMULA
348 DO TST).
15. A jornada de trabalho durante o aviso prévio e, se a rescisão for promovida pelo
empregador, será da seguinte forma a ser escolhida pelo empregado:
- Redução de 2 horas na jornada normal e trabalhar todo o período do aviso prévio;
- Trabalhar sem a redução de 2 horas, faltando no serviço por 7 dias corridos, sem
prejuízo do salário.
OBS: A redução de horas ou dias também se aplica aos empregados domésticos (ART.
24 DA LC 150/2015).
OBS: é ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio,
pelo pagamento das horas correspondentes.
16. No caso de empregado rural, se a rescisão for promovida pelo empregador, o
empregado terá direito a faltar um dia por semana para procurar novo emprego .
17. O doméstico também terá direito a aviso prévio de 30 dias e ao aviso prévio
proporcional de 3 dias para cada ano completo de trabalho.
18. É possível a reconsideração do aviso prévio. à outra parte caberá ou não aceitar a
reconsideração. aceita a reconsideração ou continuando a prestação dos serviços
(reconsideração tácita) após o término do aviso prévio, o contrato continuará
normalmente, como se não houvesse sido dado o aviso.
OBS: A APOSENTADORIA
Não extingue o contrato de trabalho e se o empregado continuou a trabalhar na
empresa com o mesmo registro terá que receber a multa de 40% sobre todo o contrato
de trabalho (OJ 361 DA SDI-1 DO TST).
OBS: a multa incide inclusive sobre saques ocorridos na vigência do contrato de
trabalho.
OBS: não incide a multa sobre o aviso prévio indenizado (oj 42 da sdi-i do tst).
OBS: MULTA DE 40% PARA O EMPREGADOR DOMÉSTICO ?
Terá que recolher o fgts de 8% ao mês para o empregado doméstico.
O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% sobre a remuneração
devida mensalmente destinada ao pagamento de indenização compensatória da perda
do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador.
Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de
trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado
doméstico, os valores referentes aos 3,2% serão movimentos pelo empregador (arts. 21,
22 e 34 da lc 150/2015).
OBS: é do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do fgts,
pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (SÚMULA 461 DO TST).
6. INDENIZAÇÃO ADICIONAL: (ARTIGO 9º DA LEI 7.238/84).
O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 dias antes da data de sua
correção salarial, terá direito à indenização equivalente a um salário mensal.
OBS: O aviso prévio trabalhado e indenizado conta-se para efeito da indenização
(súmula 182 do tst). assim, se computarmos o aviso prévio e este cair na data após a
data da correção a empresa fica dispensada de pagar a indenização.
OBS: respeitada a súmula 182 do tst, mesmo que a empresa pague as verbas rescisórias
com o valor do salário corrigido ainda assim terá que pagar a indenização pelo fato de
ter demitido o empregado no período de 30 dias antes da data base (súmula 314 do tst).
JORNADA DE TRABALHO
JORNADA DE TRABALHO NORMAL: (ARTIGO 58 e SS DA CLT e ART.7º, XIII, CF):
- 8 horas diárias e 44 horas semanais.
JORNADAS ESPECIAIS (VER MATERIAL)
PRORROGAÇÃO DE HORAS:
1. É o ajuste de vontade feito pelas partes no sentido de que a jornada de trabalho possa
ser elastecida além do limite legal, mediante o pagamento de adicional de horas extras.
QUAL O LIMITE ?
2. O limite de prorrogação é de duas horas por dia, por acordo individual, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (art. 59, “caput”, clt).
3. Em se tratando de força maior a prorrogação pode ocorrer e o trabalho não poderá
exceder de doze horas (ART. 61, §2º, CLT).
4. Os cabineiros de elevadores não podem prorrogar sua jornada de trabalho (art. 1º da
lei 3.270/57).
5. Em se tratando de atividade insalubre, a prorrogação é válida se previamente
autorizada por autoridade do ministério do trabalho (art. 60 da clt).
OBS1: No regime de prorrogação 12 x 36 não é necessária a autorização do ministério
do trabalho nos locais insalubres (art. 60, parágrafo único da clt - lei 13.467/17).
OBS2: A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a
lei quando dispuserem sobre o enquadramento do grau de insalubridade e
prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das
autoridades competentes do ministério do trabalho. (art. 611-a, xii e xiii da clt - lei
13.467/17).
COMPENSAÇÃO DE HORAS:
1. Ocorre quando o empregado trabalha mais horas num determinado dia para prestar
serviços em um número menor de horas em outro dia ou não prestá-las em certo dia da
semana.
2. A compensação simples é o acordo por escrito que pode ser realizado diretamente
entre empregado e empregador.
3. No caso de banco de horas é permitido, desde que não ultrapasse o prazo máximo de
um ano e o limite de 10 horas diárias, não fazendo jus ao adicional de hora extra. deve
ser estabelecido em negociação coletiva.
obs1: O banco de horas de que trata o §2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
(art. 59, §5º da clt - lei 13.467/17).
compensação de horas:
obs2: É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual,
tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. (art. 59, §6º da clt - lei
13.467/17)
4. Na rescisão do contrato o trabalhador tem direito ao pagamento das horas extras não
compensadas do banco de horas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da
rescisão.
5. A não observância dos requisitos legais para a adoção do regime de compensação de
horas torna devido o pagamento do adicional de horas extras (súmula 85 do tst).
OBS1: A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de
compensação de jornada e o banco de horas. (artigo 59-b, parágrafo único da clt - lei
13.467/17)
COMPENSAÇÃO DE HORAS:
OBS2: É válida a compensação de horas através da jornada de trabalho 12x36 ajustada
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho
. (artigo 59-a, caput da clt).
OBS3: A remuneração mensal pactuada em regime 12x36 abrange os pagamentos
devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão
considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno (artigo
59-a, parágrafo único da clt - lei 13.467/17).
OBS4: A empregada doméstica também pode ser contratada em regime 12x36 por
acordo escrito entre as partes (art. 10, lc 150/2015).
TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO:
1. Turno ininterrupto de revezamento é o trabalho realizado pelos empregados que se
sucedem no posto de serviço, na utilização dos equipamentos, de maneira escalonada,
para períodos distintos de trabalho (manhã e noite).
2. Qual a jornada para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento ?
TRABALHO DO MENOR
Artigo 402 e SS da CLT
1. Considera-se menor o trabalhador de quatorze até dezoito anos.
2. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição
de aprendiz, a partir dos quatorze anos.
3. Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno.
4. Ao menor não será permitido o trabalho:
- nos locais e serviços perigosos ou insalubres
- em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade
5. Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade
competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato
de trabalho, na forma do art. 483 da clt.
6. Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de
trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou
moral.
7. É vedada a contratação de menor de 18 anos como empregado doméstico (art. 1º da
lc 150/2015).
8. O menor pode firmar recibo pelo pagamento dos salários.
9. Na rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar,
sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento
da indenização que lhe for devida.
10. Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
DA MULHER
Artigo 372 e ss da clt
DO DOMÉSTICO
Lc 150/15 e artigo 7º, parágrafo único da cf
1. Empregado doméstico é a pessoa física que trabalha de forma contínua, subordinada,
onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas.
2. Trabalhar no mínimo quantos dias por semana ?
3. É vedada a contratação de menor de 18 anos ?
4. Jornada equivalente ao do empregado urbano.
5. Contrato a termo equivalente ao empregado urbano.
Exceção: através de contrato por prazo determinado para atender necessidades
familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado
doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Nesse caso, a duração
do contrato é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecendo o
limite máximo de 2 anos.
6. Ao empregado doméstico responsável por acompanhar o empregador prestando
serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no
período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia.
Obs: o acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será
condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.
Obs: a remuneração-hora do serviço em viagem, será, no mínmo, 25% superior ao valor
do salário-hora normal.
7. Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo para refeição e
descanso poderá ser desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles tenha, no
mínimo, 1 hora até o limite de 4 horas ao dia. Em caso de modificação do intervalo é
obrigatória a sua anotação no registro diário de horário.
8. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício do
seguro-desemprego no valor de 1 salário-mínimo, por período máximo de 3 meses .