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INSTITUTO POLITÉCNICO DE GESTÃO,

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO, LOGISTICA E TRANSPORTES

2° ANO II SEMESTRE

AULA N°1
 
GESTDEIA
GESTÃO DE ABASTECIMENTO
DA CADEIA DE ABASTECIMENTO

Docente: Eng. António Mambo


Mestre Engenhária de Perfuração
❑ Informações Gerais.

❑ Programa da Unidade Curricular.

❑ Método de Avaliação.

❑ Bibliográfia.

❑ Objectivos Gerais e do Aprendizagem.

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❑ Docente: António Mambo,

❑ Horário de Atendimento;
➢ Local: Liberal, mas casos de tratamento delicado, o encontro será Sala dos Professores,
hora a indicar.

❑ Contacto:
➢ E-mail: professormambo5@outlook.com

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1. Introdução à Gestão da Cadeia de Abastecimento/Logística.

2. Cadeia Logística – Estratégia, Concepção e Operação.

3. Gestão de Investimento e o Risk Prolong.

4. Sistemas Centralizados vs Descentralizados (Valor da Informação e A Integração da Cadeia


Logistica.

5. Sistema Pull, Push e Push-Pull.

6. O Efeito de Chicote ou Bola de Neve.

7. Planeamento Integrado e Colaborativo.

8. Alianças Estratégicas – 3PLs, Parcerias Fornecedores – Retalhistas, Integração da Distribuição.

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9. O Procurement e Outsourcing.

10. A Internacionalização na Gestão da Cadeia de Logística – O Mercado Global, Riscos e Vantagens.

11. O Producto e o Projecto da Cadeia Logistica: Coordenação, O Projecto para a Logística, Integração
de Fornecedor, Customização em Massa.

12. O Valor do Cliente na Gestão da Cadeia Logística.

13. As Cadeias Logísticas Inversas.

14. As Tecnologias de Informação na Gestão da Cadeia Logística.

15. Sistemas de Apoio à Tomada de Decisão (DSS) na Gestão da Cadeia Logística.

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❑ Continua □ Final □ Misto ■
➢ De acordo com o Regime Geral de Avaliação dos Cursos de 1º Ciclo do ISGEST;
➢ Os alunos que se submeterem ao regime de avaliação contínua terão que frequentar,
obrigatoriamente, 70% das aulas;
➢ Trabalho Escrito Individual (30%): Estudo de caso proposto;
➢ 2 Teste Individual incidindo sobre todos conteúdos abordados na Unidade Curricular
(50%);
➢ Desempenho do Aluno (20%);
✓ Assiduidade – medida através de folhas de presença;
✓ Desempenho Técnico;
✓ Participação activa nas actividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;
✓ Interesse global demostrado pela materia ao longo do Semestre.
➢ Nota Final:
✓ Nota Final = 30% TPI + 50% TI + 20% DA
➢ Caso de não entrega dos trabalhos, a classificação converte-se em 0 (Zero) para efeitos
de cálculo da nota final;

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➢ A aprovação na Unidade Curricular, requer a obtenção de uma classificação final igual ou
superior a Dez (10) Valores.

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❑ CHOPRA S., MEINDL P. (2007). Supply Chain Management: Strategy, Planning and
Operation, Prentice Hall.

❑ CRESPO J. (2004) A Lógica da Logística, Edições Silabo.

❑ CRESPO J. (2004) Logística, Edições Silabo, 3°Edição.

❑ CRESPO J. (2010) Logística e Gestão na Cadeia de Abastecimento, Edições Silabo,


Lisboa.

❑ KASILLINGAM, RAJA G. (1998) Logistics and Transportation, Kluwer Academic Publishers,


Dordrecht.

❑ OGDEN, K. (1992) Urban Goods Movement, Ashgate, Aldershot.

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❑ Objectivos do Aprendizado:

✓ Fornecer aos alunos os conhecimentos necessários à compreensão do que é a Gestão da


Cadeia de Abastecimento de uma forma integrada;

✓ Estudar as diversas funções dentro da Cadeia de Abastecimento, desde o nível Estratégico ao


Operacional;

✓ Adquirir competências para analisar e propor soluções para a resolução de problemas que
possam surgir ao longo da Cadeia de Abastecimento, aos níveis Estratégico, Táctico e
Operacional.

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❑ Evolução do Papel e a Importância da Logística:

Um dos maiores desafios quando se tenta falar sobre a Evolução da Logística é decidir por onde
começar. Uma coisa é certa, a Logística já era uma parte integrante da Guerra desde o alvorecer dos
registros históricos.

A habilidade de movimentar Pessoas, Máquinas, Armamentos e Suprimentos era um importante


determinador de quem seria o vencedor e o perdedor de conflitos, e assim permanece até os nossos
dias. Durante a Guerra do Golfo, as forças americanas Planearam, Transportaram e Serviram 122
Milhões de Refeições durante um breve engajamento – alguém comparou a alimentar todos os
residentes dos estados americanos de Wyoming e Vermont durante quarenta (40) dias. Existem
muitas histórias ilustrativas da Actividade Logística tanto nas
guerras antigas quanto nas modernas.

A importância do transporte de productos do seu Ponto de


Produção até o seu Ponto de Consumo também se encontra
documentada nos arquivos da história.

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❑ Introdução:

“Em quase todos os sectores de actividade, a Cadeia


de Abastecimento tem-se tornando uma variável
Estratégica e Compectitiva muito mais importante.
Afecta todas as componentes de Valor para o acionista:
Custo, Serviço ao Cliente, Rentabilidade dos Activos e os
Rendimentos” (Beth et al., 2006).

Cadeia de Suprimentos abrange todas actividades relacionadas com o fluxo e transformação de


mercadorias desde o estágio da matéria-prima até o usuário final, bem como os respectivos fluxos
de informação.

Materiais e informação fluem tanto para baixo quanto para cima na Cadeia de Suprimentos.
(Handfield & Nichold Jr., 1999).

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Pode definir-se a Gestão da Cadeia de Abastecimento como a coordenação e procura de
colaboração entre parceiros de Cadeia ou de Canal. A Cadeia de Abastecimento liga o mercado. Os
parceiros da Cadeia ou do Canal de Abastecimento de uma organização são ou podem ser, via de
regra, fornecedores, intermediários, prestadores de serviços, logísticos e clientes. É a Gestão
eficiente destes parceiros que se posicionam a Montante ou a Jusante da organização que permite
entregar Valor Superior ao Cliente Final a um custo menor para todos os intervenientes da Cadeia
de Abastecimento.

A cada dia os empreendimentos buscam Diferenciação e


Vantagens Compectitivas em relação aos seus concorrentes,
devido as constantes mudanças das necessidades dos clientes, é
de suma importância que uma organização dispõe de Estratégias
Logísticas na busca em atender os clientes.

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Fluxos de Informações e Materiais
✓ Super-Produção;
✓ Tempo de Espera; Para Baixo – Down Stream
✓ Transporte;
✓ Excesso de Processamento;
✓ Inventário;
✓ Movimento;
✓ Defeitos. Distribuidor/
Fornecedor
Eliminando: Fábrica Retalhista
Desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. (Consumidor)

Para Cima – Up Stream

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Poucas áreas de estudo tiveram impacto mais significativo no padrão de Vida das Pessoas do que a
Logística. Na verdade quase todas as esferas da Actividade Humana são afectadas Directa ou
Indirectamente pelo processo Logístico, como podemos ver:

✓ Quantas vezes você foi a uma loja para comprar um producto que foi anunciado pela mídia e você
teve o dissabor de não encontrá-lo na prateleira?

✓ Já ocorreu de você fazer uma encomenda por telefone, pelo correio ou mesmo pessoalmente, e
recebeu a mercadoria errada?

✓ Já ocorreu de seu fornecedor no sistema Just-in-Time, falhar e motivar uma redução ou mesmo
paralisação de suas operações de fabricação?

✓ Quando foi a última vez que lhe prometeram a entrega de um artigo em alguns dias e acabou
recebendo em algumas semanas?

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✓ Porque remessas internacionais sempre levam muito mais tempo para chegar do que as
remessas feitas em Território Nacional.

Independentemente de nossa vocação como Consumidores, Homens/Mulheres de Negócio,


Educadores, Funcionários do Governo é importante que possamos compreender o Processo Logístico.

Assim podemos afirma que a Logística interage com os diversos sectores econômicos da economia,
quer em nível Macro (Sociedade), quer em nível Micro (Empresa). Assim procurarmos também de
forma intensiva mostrar o relacionamento entre a Logística, o Marketing, a Produção e as Finanças.

O desenvolvimento Histórico da Logística irá facilitar a compreensão do


seu papel Estratégico dentro das modernas corporações. Muitos são
os Factores Subjacentes ao reconhecimento da importância da Logística
nos dias actuais.

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Entre os Mais Importantes Estão os Seguintes:

✓ a utilização de métodos quantitativos no desenvolvimento de ferramentas para alavancar o


Desempenho Logístico;

✓ avanços na tecnologia da computação que permitiram o processamento de grandes quantidades


de dados e a aplicação práctica de Ferramentas Logísticas;

✓ o desenvolvimento da abordagem sistêmica e do conceito de análise do Custo Total pavimentando


o caminho para o conceito de Cadeia de Suprimento;

✓ o reconhecimento do papel da Logística no programa de desenvolvimento e a Melhoria do Serviço


ao Consumidor, quando ele começa a se tornar cada vez mais exigente;

✓ a Erosão dos Lucros decorrentes da inabilidade em detectar as áreas funcionais onde economias
de custo poderiam ser realizadas;

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✓ o reconhecimento de que a Logística poderia ajudar a criar Vantagem Compectitiva na arena do
mercado na medida em que as Tácticas de Marketing e de Aumento de Eficiência na Produção
foram perdendo força como instrumentos habilitadores de Vantagem Compectitiva.

Em muitas empresas, a Logística é a área mais promissora para alcançar


Economias de Custos significativos. Em alguns casos, tais economias de
custo podem ter um impacto maior na Lucratividade do que um aumento
no volume de vendas, isso devido à perda de eficiência do capital aplicado
em áreas de Diferenciação e da Produção.

❑ ANOS 1960 – A Administração de Material e a Distribuição Física:

Durante a década de 1960 uma grande empresa de eletrodomésticos descobriu que suas Actividades
Logísticas não eram integradas sob o comando de um único Executivo, mas eram dispersas por meio
da Estructura da Organização. Alguns elementos logísticos se subordinavam ao sector de fabricação
enquanto outros ficavam sob o comando dos sectores de Marketing ou de Finanças. A alta
administração descobriu que estava gastando quase $20 Milhões em actividades logísticas. A
eliminação de actividades duplicadas, um melhor controlo e uma atenção maior às actividades
logísticas resultaram em uma economia de custos de aproximadamente $10 Milhões durante o
primeiro ano fiscal de implementação.
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O termo Logística, nos anos 1960 e 1970, era mais difundido entre os militares onde ela era
responsável pelo apoio e fornecimentos dos meios necessários à implementação das Estratégias e
Tácticas de Guerra.

Nos negócios a Logística era constituída de dois grandes blocos:

✓ Administração de material;
✓ Distribuição Física.

A Administração de Material cuidava de prover as Matérias-Primas e os Materiais para o interior da


empresa alimentando o Processo de Produção – hoje um segmento denominado Inbound Logistics
ou Logística Inbound, ou simplesmente Logística de Suprimento. Ela lidava com as compras,
transporte dos insumos para a área de produção e dos productos em processo e aí parava.

A Distribuição Física enviava os Productos Acabados aos clientes. Ela lidava com a armazenagem e o
controlo dos productos acabados, com o manuseio desses materiais, embalagem de protecção,
processamento dos pedidos e transporte da empresa para os clientes.

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Esse segmento é também conhecido como Outbound Logistics, Logística Outbound, logística que leva
ou simplesmente Logística de Distribuição.

Administração de ✓ Matérias Primas;


Material ✓ Compras;
✓ Materiais em Processo;
Logística ✓ Programação da Produção;
▪ Agrupamento de Actividades Inbound ✓ Transporte “Inbound”.
em dois grandes blocos:

▪ Universidade de Harvard cria o ✓ Armazenagem P.A.;


conceito de Custo Total Distribuição ✓ Manuseio de Material;
Física ✓ Embalagem Protectora;
✓ Processamento de Pedido
Logística ✓ Controlo de Inventário;
Outbound ✓ Transporte “Outbound”;
✓ Serviço ao Consumidor.

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A Administração de Material cuidava da compra de Matérias-Primas, Componentes Manufacturados
Externamente e Componentes Semi-Manufacturados dentro da própria Fábrica. Todo material era
estocado e fornecido às linhas de montagem onde se transformavam em “Productos em Fabricação”
ou “Productos em Elaboração” ou ainda Materiais em Processo aos quais eram adicionados mão de
obra, trabalho de máquinas e outros custos Directos e Indirectos até se transformarem em Productos
Acabados.

Uma vez transformados em Productos Acabados a “Administração da Distribuição Física” assumia o


comando de tratar da gestão de inventários de Productos Acabados e a Expedição dos Pedidos dos
Cientes e do Serviço ao Consumidor, tais como:

✓ Atendimento de Reclamações Devoluções;


✓ Trocas;
✓ Etc.

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Administração de Material Administração da Distribuição Física

FÁBRICA Distribuidor

• Matérias Primas;
Inventários de Inventários
• Componentes; Deposito Usuários
Materiais em de Productos
• Conjunto Semi- Externo Finais
Processo Acabados
Manufacturados;
• Materiais Diversos.

Retalhista

Transporte Transporte
Inbound Outbound

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❑ ANOS 1960 e 1970 – A Administração de Material + Distribuição Física = Integração Interna

Ao longo dos anos 1960 e 1970, diversas forças ambientais impulsionaram o surgimento de
mudanças que viriam pressionar e possibilitar o início da Integração das Funções.

Tais forças foram:


✓ A Aplicação dos Computadores, em escala industrial, permitindo a
estruturação e manipulação de grandes bancos de dados à realização
de cálculos complexos.

✓ O uso dos computadores para planear a demanda dependente (demanda de matérias-primas e


componentes derivada da fabricação em massa de Productos Padronizados) viabilizou a utilização
intensiva do Material Requirements Planning – Planeamento das Necessidades de Material –
MRP que reduziu substancialmente a necessidade de Inventários de Matérias-Primas e Materiais
em Elaboração, uma vez que permitia sincronizar as necessidades e os tempos de obtenção com
os momentos em que os componentes seriam efectivamente necessários.

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✓ A pressão por Redução Contínua dos Custos de Produção e Distribuição com aumento da
qualidade de serviço a um cliente cada vez mais exigente pressionava por uma maior
coordenação entre os sectores internos.

✓ A inflação de dois dígitos, os Altos Custos de Combustíveis e as Altas Taxas de Juros à época
elevavam os custos da distribuição o que, mais uma vez, exigia uma maior sincronia entre
produção, minimização de inventários e racionalização do transporte.

✓ Finalmente a Desregulação da Indústria de Transporte,


com o afrouxamento do controlo governamental sobre
a actividade, permite o surgimento de uma variedade
de intermediários e uma maior flexibilidade na
negociação.

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▪ Manipulação de grandes DB;
▪ Utilização dos Computadores; ▪ Cálculos Complexos;
▪ Sincroniza Transporte.
▪ Possibilidade de Planear a
Demanda Dependente via
MRP; Produção quer Reduzir Custos,
Forças Propulsoras de Marketing quer Melhor Serviço.
Mudanças ▪ Duelo Custos X Serviços;
▪ Inflação Dois Dígitos;
▪ Actos Custos da Distribuição;
▪ Altos Custos Combustíveis,
Mão-de-Obra.
▪ Desregulação (Privatização)
na Industria de Transporte.
Flexibiliza Negociações entre as
Partes e Cria Novas Formas de
Contratação entre Comprador,
Vendedor e Transporte.
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❑ ANOS 1980 – Inicia a Integração Externa:

O ambiente continua em rápida Mutação e novas forças


impulsionadoras de mudança entram em acção.

O dramático avanço da Tecnologia da Informação e das Comunicações


possibilita o desenvolvimento de novas ferramentas integradoras
como o DRP (Distribution Requirement Planning ou Planeamento das
Necessidades de Distribuição) e o JIT (Just-In-Time ou Sincronia do
Fornecedor com as Necessidades de Matéria-Prima na Produção).

O temor ao Take Over Hostil “Compra das empresas em dificuldades geralmente com baixo preço no mercado de
acções para fragmentação e revenda com a finalidade de realização especulativa de lucros”, obriga as empresas
a se reestruturarem, vendendo unidades não lucrativas e não relacionadas com o negócio principal,
ao Enxugamento nos níveis de gestão por meio do uso cada vez maior da Tecnologia da Informação.

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Mais uma vez, o duelo entre Custo e Serviço ao Consumidor pressiona a Integração Externa, melhor
distribuição das Funções Logísticas entre as organizações, melhor capacitadas ou mais eficientes
(Grossistas, Distribuidores, Operadores Logísticos, Retalhistas). A Exigência cada vez maior do
consumidor pela qualidade, a corrida pelo melhor tempo de resposta a essas exigências e a expansão
dos mercados internacionais fecham esse conjunto de forças impulsionadoras das mudanças na área
de Marketing e de Logística.
- Surgimento de Operadores Logísticos;
ANOS 1980 - Tecnologias de Informação e Comunicação;
- Novas Tecnologias de Gestão MRPII, DRP, JIT;
Forças Propulsoras de Mudança - Trade Off Serviço ao Consumidor/Custo Total;
ao Final dos Anos 1980 - Reestruturação Corporativa e “Take Over Hostil”;
- Expansão dos Mercados Internacionais;
- Pressão por Tempo e Qualidade.
- Reengenharias;
- Busca de Vantagem
Compectitiva;
- Temor na Take Over Hostil.
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❑ ANOS 1990 – A Integração Externa Avança:

Nos Anos 1990 a Redução de Custos passa a ser uma condição Sine Qua Non para entrar na
competição Internacional, mas não apenas Custos, Qualidade e Rapidez de chegada ao mercado já
começam a ser Pré-Requisitos para competir Globalmente.

A abordagem de “Cadeia de Suprimento” permite a compreensão do comportamento dos Custos e


das Fontes de Diferenciação. Tal abordagem concede aos membros da cadeia identificar áreas onde
os custos podem ser Reduzidos ou Productividade Aumentada.

A Redução do Risco vem por conta da Desconcentração do Investimento por meio do


compartilhamento de áreas de expertise específicas, que podem
ser Capacitação de Produção, Transporte de Productos, Níveis de
Inventário, Marketing do Producto e Manuseio de Material, mediante
a alavancagem da Informação sobre inventários eliminando
redundâncias reduzindo stocks de segurança.

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Enquanto a Globalização tornou-se significativa a rubrica de:
✓ Custo-Tarifas;
✓ Redução nos Custos de Material pela Descoberta de Novas
Fontes mais Baratas;
✓ Redução no Custo de Mão de Obra;
✓ Aumento da Eficiência em Custos Indirectos (Overhead),
Mais do que contrabalançaram, permitindo aumento da Lucratividade das empresas.

Tudo isso contava com a pressão Adicional de um campo de Forças Propulsoras composto pela
Globalização, das mudanças Demográficas (mudanças no comportamento em função de Sexo, Faixa
Etária, Nível Cultural e de Renda) e mais uma vez a sofisticação cada vez maior nas Tecnologias da
Informação e Comunicação.

Com a Globalização, uma nova estrutura de Custo se desenvolve com queda nos Preços de Materiais,
Matérias-Primas e Mão de Obra que agora são adquiridos em algum lugar do planeta, onde forem
mais baratos. Crescem os Custos Logísticos e as Tarifas, mas cai o Custo de Overhead (Indirectos).

No balanço geral os Lucros Sobem.

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• Acesso a novos mercados por meio de
selecção de comerciantes;
Pressões para Aumentar Eficiência do Canal:
• Troca de informações sobre demanda e
produção;
PRINCIPAL DRIVE • Redução de Custos;
• Compartilhamento de inovações para agilizar
(Ambiente Tarefa) • Redução de Riscos;
operações;
• Alavancagem entre Componentes do
• Concentração nas Core Compentencies entre
Canal.
os membros

• Globalização;
• Mudanças demográficas;
• Rápido Avanço das Tecnologias
de Informação e Comunicações.

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❑ Resumo da Evolução:

Agora a Evolução da Logística e sua Transformação, no que hoje chamamos


de Cadeia de Suprimento ou Supply Chain, pode ser resumido em 3 Estágios:

1. No Primeiro Estágio a integração ocorreu entre as Funções Produção e a Distribuição Física, ou


seja, essas funções passavam a ficar sob o comando de apenas um executivo. Ela ocorreu do lado
da Distribuição Física porque lá se encontra o maior Investimento em Inventários (40%) e porque
fica mais próxima do Cliente. Esta é uma área de Grande Visibilidade e Alto Impacto nos Ganhos,
pois lida directamente com armazenagem do Producto Acabado, Controlo de Inventário,
Transporte de Productos Acabados e Serviço ao Consumidor, e também é uma área de Nível Baixo
de Investimentos quando comparada com a Produção.
2. No Segundo Estágio a Tecnologia da Informação permite o uso intenso de ferramentas de
integração mais poderosas capazes de sincronizar a demanda de productos com produção e
obtenção de matérias-primas, ou seja a viabilização dos links internos por meio do uso
generalizado do MRP (Material Requirements Planning) e mais adiante pelo MRPII (Manufacturing
Resources Planning) que sincronizava também outros recursos da empresa como os Recursos
Humanos, Equipamentos, Área Financeira e de Investimento.

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3. No Terceiro Estágio o dramático avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação permite a
integração com fornecedores de clientes pela utilização das ferramentas JIT (Just-in-time) e DRP
(Distribution Requirement Planning) viabilizada pela tecnologia EDI (Electronic Data Interchange –
Intercâmbio Eletrônico de Dados) e B2B (Business to Business).

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Fluxo Interno dos Material

Adm. Mat.
Fornecedor Produção Distribuição
–Obtenção Cliente
30% Física 40%
30%

Eficiência pela
Sincronização de Estágio 1
Operações Internas Logística Inbound & Outbound

Estágio 2
Links Internos MRPI & MRPII

Eficiência nas Relações


Estágio 3
com Fornecedores,
Links Externos DI – JIT - DRP Cliente e Intermediários

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4. No Quarto Estágio, por meio da Tecnologia da Informação, está integrando todos os sectores de
uma Corporação, permitindo aos Executivos colherem informações instantâneas para solução de
diversos problemas. O sistema denomina-se ERP (Enterprise Resources Planning).

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“A Integração de Processos - Chave, a partir do usuário final até os fornecedores primários, com o
objectivo de prover Productos, Serviços e Informações que adicionem Valor para os Clientes e
Acionistas da Empresa.”

❑ Mesma coisa que Logística Integrada vs GCS?


✓ Muitos Conceitos se sobrepõem;

o Logística Integrada (CSCMP, 1986) – “É o processo de planeamento e controlo de fluxo e


armazenamento eficiente e económico de materias-primas, materiais semi-acabados e
productos-acabados, bem como as informações a eles relactivas, desde o ponto de origem até
o ponto de consumo, com propósito de atender às exigências dos Clientes”.

o Logística Integrada (CSCMP, 2012) – “É a parte do processo da


Cadeia de Suprimento que planea, implementa e controla,
eficientemente, o fluxo e armazenagem de bens, serviços e
informações do ponto de origem até ao ponto de consumo de formas
a atender às necessidades dos Clientes”.
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38
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A Gestão da Cadeia de Suprimentos engloba o conjunto de actividades relacionadas à extracção da
Matéria-Prima, passando pelos processos de elaboração do Producto até chegar ao consumidor final.

Christopher (2007, p. 4) define a Gestão da Cadeia de Suprimentos como “(....) a gestão das relações a
Montante e a Jusante com fornecedores e clientes, para entregar mais Valor ao Cliente, a um custo
menor para a Cadeia de Suprimentos como um todo.

O processo de Planeamento, Implementação e Controlo


do fluxo e armazenamento económico de matérias-
primas, materiais semi-acabados e productos acabados,
DEFINIÇÃO bem como as informações a eles relactivas, desde o
ponto-de-origem até o ponto-de-consumo, com o
propósito de atender às exigências dos Clientes.
(LAMBERT; STOCK; VANTINE, 1998, P. 5)

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Logística do Fornecimento Logística da Distribuição

Logística Interna
Compras
Estoques
Transporte
Armazenagem
Manuaeio
Qualidade
Informações Integradas

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MODELO TRADICIONAL

Projectar Procurar Produzir Distribuir Servir

NOVO MODELO

Projectar Procurar Produzir Distribuir Servir

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Fornecedores de Fornecedores de Clientes de Clientes de
Segunda Camada Primeiraa Camada Primeiraa Camada Segunda Camada

Lado do Fornecimento Lado da Demanda


Fonte: Slack, Chambers e Johnston – 2002, p. 416

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Nível 3 a Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 3 a Clientes
Nível 1
Fonecedores Iniciais Fonecedores Fonecedores Clientes Finais
Clientes
Nível 3 a n - Fornecedores
Fornecedores Iniciais

Clientes Finais
Nível 3 a n - Clientes
Fonte: Lambert, Cooper e Pagh - 1998

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❑ Junção de Três Processos Chave:
CRM: Customer
ESI: Early Relationship
Supplier ✓ Logística de Suprimentos + Interna + Distribuição Management
Involvement ✓ Inbound + Production + Outbound

Fonte Cliente
Fornecedor Fornecedor Fábrica Distribuidor Retalhista
Primária Final

LOGÍSTICA INTEGRADA
Logística de Abastecimento
Logística
Logística de Distribuição
Interna
PCP Sistema de Distribuição
Sistema de Abastecimento
Movimentação Transporte
Transporte
de Materiais Estoques
Estoques
Estoques Armazenagem
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❑ Gestão da Cadeia de Suprimentos (CSCMP) – “A Integração de
Processos - Chave, a partir do usuário final até os fornecedores
primários, com o objectivo de prover Productos, Serviços e
Informações que adicionem Valor para os Clientes e Acionistas da
Empresa.”

Logo, é a mesma coisa que a Logística Integrada?

Fluxo do Producto

Fábrica Distribuidor Revendedor Retalhista

Fluxo de Pedido

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❑ Implementação da GCS:
✓ Empresas em uma Cadeia …
✓ Desvincular-se dos próprios silos funcionais;
✓ Reorganizar: Processos de Negócio – Chave.

Fornecedor Fornecedor Operação Consumidor Consumidor


IIº Nível Iº Nível IIº Nível IIº Nível

Gestão da Dist.
Gestão de Compras Física

Logística

Gestão de Materiais

Gestão da Cadeia de Suprimentos

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Estoque em Sub-
Fabricação Processo Conjunto Estoque em
Processo

Montagem
Final
Fornecedor A

Deposito Deposito
Mat./Peças Mat./Peças Producto
Deposito Acabado
Prod.
Acabado

Expedição
Recebimento
Fornecedor B
Mat./MP

Fornecedor
do Realimentação Armazém
da Cadeia Central Retalhista Cliente
Fornecedor Distribuidor

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❑ Conclusão:

Desde meados de Anos 90, tornou-se evidente, para aquelas empresas já com grau de
maturidade elevados em Logística, que para continuarem a obter ganhos em termos de
Qualidade, Tempo, Custo e Utilização de Activos, foi e é necessário olhar, enxergar ou seguir
a Cadeia de Abastecimento como um todo e não somente internamentente.

Assim tudo passou a ser necessário concentrar-se nos parceiros envolvidos na CA, como:
✓ Clientes;
✓ Fornecedores;
✓ Prestadores de Serviços Logísticos;

✓ e outros. Planear
Fornecedores

Clientes
Source Produzir Entregar

Retornar

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Christopher (1992) sugere que a Gestão da CA
consiste na “Gestão das Relações a Montante
e a Jusante com os Fornecedores e os Clientes
para entregar Valor Superior ao Cliente Final a Ou seja, verifica-se uma
Mudança de um Enfoque
um Custo menor para toda a CA”.
Interno para um Enfoque
Externo
O objectivo dessa Concentração é Conseguir:
✓ Reduzir ineficiências Cross-Company;
✓ Aumentar a visibilidade sobre a Procura Real e a Partilha de Informação ao longo de
toda a CA;
✓ Reduzir o Tempo de Ciclo da Cadeia;
✓ Encurtar a CA;
✓ Planear de forma Integrada várias Organizações;
✓ Alinhar/Sincronizar melhor a Produção e Procura;
✓ Focalizar na Satisfação das necessidades dos Clientes Finais.

50
Obrigado
51

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