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Aula 1 - Introdução À Gestão Da Cadeia de Abastecimento-Logistica - 2023
Aula 1 - Introdução À Gestão Da Cadeia de Abastecimento-Logistica - 2023
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
2° ANO II SEMESTRE
AULA N°1
GESTDEIA
GESTÃO DE ABASTECIMENTO
DA CADEIA DE ABASTECIMENTO
❑ Método de Avaliação.
❑ Bibliográfia.
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❑ Docente: António Mambo,
❑ Horário de Atendimento;
➢ Local: Liberal, mas casos de tratamento delicado, o encontro será Sala dos Professores,
hora a indicar.
❑ Contacto:
➢ E-mail: professormambo5@outlook.com
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1. Introdução à Gestão da Cadeia de Abastecimento/Logística.
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9. O Procurement e Outsourcing.
11. O Producto e o Projecto da Cadeia Logistica: Coordenação, O Projecto para a Logística, Integração
de Fornecedor, Customização em Massa.
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❑ Continua □ Final □ Misto ■
➢ De acordo com o Regime Geral de Avaliação dos Cursos de 1º Ciclo do ISGEST;
➢ Os alunos que se submeterem ao regime de avaliação contínua terão que frequentar,
obrigatoriamente, 70% das aulas;
➢ Trabalho Escrito Individual (30%): Estudo de caso proposto;
➢ 2 Teste Individual incidindo sobre todos conteúdos abordados na Unidade Curricular
(50%);
➢ Desempenho do Aluno (20%);
✓ Assiduidade – medida através de folhas de presença;
✓ Desempenho Técnico;
✓ Participação activa nas actividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula;
✓ Interesse global demostrado pela materia ao longo do Semestre.
➢ Nota Final:
✓ Nota Final = 30% TPI + 50% TI + 20% DA
➢ Caso de não entrega dos trabalhos, a classificação converte-se em 0 (Zero) para efeitos
de cálculo da nota final;
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➢ A aprovação na Unidade Curricular, requer a obtenção de uma classificação final igual ou
superior a Dez (10) Valores.
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❑ CHOPRA S., MEINDL P. (2007). Supply Chain Management: Strategy, Planning and
Operation, Prentice Hall.
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❑ Objectivos do Aprendizado:
✓ Adquirir competências para analisar e propor soluções para a resolução de problemas que
possam surgir ao longo da Cadeia de Abastecimento, aos níveis Estratégico, Táctico e
Operacional.
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❑ Evolução do Papel e a Importância da Logística:
Um dos maiores desafios quando se tenta falar sobre a Evolução da Logística é decidir por onde
começar. Uma coisa é certa, a Logística já era uma parte integrante da Guerra desde o alvorecer dos
registros históricos.
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❑ Introdução:
Materiais e informação fluem tanto para baixo quanto para cima na Cadeia de Suprimentos.
(Handfield & Nichold Jr., 1999).
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Pode definir-se a Gestão da Cadeia de Abastecimento como a coordenação e procura de
colaboração entre parceiros de Cadeia ou de Canal. A Cadeia de Abastecimento liga o mercado. Os
parceiros da Cadeia ou do Canal de Abastecimento de uma organização são ou podem ser, via de
regra, fornecedores, intermediários, prestadores de serviços, logísticos e clientes. É a Gestão
eficiente destes parceiros que se posicionam a Montante ou a Jusante da organização que permite
entregar Valor Superior ao Cliente Final a um custo menor para todos os intervenientes da Cadeia
de Abastecimento.
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Fluxos de Informações e Materiais
✓ Super-Produção;
✓ Tempo de Espera; Para Baixo – Down Stream
✓ Transporte;
✓ Excesso de Processamento;
✓ Inventário;
✓ Movimento;
✓ Defeitos. Distribuidor/
Fornecedor
Eliminando: Fábrica Retalhista
Desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. (Consumidor)
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Poucas áreas de estudo tiveram impacto mais significativo no padrão de Vida das Pessoas do que a
Logística. Na verdade quase todas as esferas da Actividade Humana são afectadas Directa ou
Indirectamente pelo processo Logístico, como podemos ver:
✓ Quantas vezes você foi a uma loja para comprar um producto que foi anunciado pela mídia e você
teve o dissabor de não encontrá-lo na prateleira?
✓ Já ocorreu de você fazer uma encomenda por telefone, pelo correio ou mesmo pessoalmente, e
recebeu a mercadoria errada?
✓ Já ocorreu de seu fornecedor no sistema Just-in-Time, falhar e motivar uma redução ou mesmo
paralisação de suas operações de fabricação?
✓ Quando foi a última vez que lhe prometeram a entrega de um artigo em alguns dias e acabou
recebendo em algumas semanas?
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✓ Porque remessas internacionais sempre levam muito mais tempo para chegar do que as
remessas feitas em Território Nacional.
Assim podemos afirma que a Logística interage com os diversos sectores econômicos da economia,
quer em nível Macro (Sociedade), quer em nível Micro (Empresa). Assim procurarmos também de
forma intensiva mostrar o relacionamento entre a Logística, o Marketing, a Produção e as Finanças.
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Entre os Mais Importantes Estão os Seguintes:
✓ a Erosão dos Lucros decorrentes da inabilidade em detectar as áreas funcionais onde economias
de custo poderiam ser realizadas;
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✓ o reconhecimento de que a Logística poderia ajudar a criar Vantagem Compectitiva na arena do
mercado na medida em que as Tácticas de Marketing e de Aumento de Eficiência na Produção
foram perdendo força como instrumentos habilitadores de Vantagem Compectitiva.
Durante a década de 1960 uma grande empresa de eletrodomésticos descobriu que suas Actividades
Logísticas não eram integradas sob o comando de um único Executivo, mas eram dispersas por meio
da Estructura da Organização. Alguns elementos logísticos se subordinavam ao sector de fabricação
enquanto outros ficavam sob o comando dos sectores de Marketing ou de Finanças. A alta
administração descobriu que estava gastando quase $20 Milhões em actividades logísticas. A
eliminação de actividades duplicadas, um melhor controlo e uma atenção maior às actividades
logísticas resultaram em uma economia de custos de aproximadamente $10 Milhões durante o
primeiro ano fiscal de implementação.
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O termo Logística, nos anos 1960 e 1970, era mais difundido entre os militares onde ela era
responsável pelo apoio e fornecimentos dos meios necessários à implementação das Estratégias e
Tácticas de Guerra.
✓ Administração de material;
✓ Distribuição Física.
A Distribuição Física enviava os Productos Acabados aos clientes. Ela lidava com a armazenagem e o
controlo dos productos acabados, com o manuseio desses materiais, embalagem de protecção,
processamento dos pedidos e transporte da empresa para os clientes.
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Esse segmento é também conhecido como Outbound Logistics, Logística Outbound, logística que leva
ou simplesmente Logística de Distribuição.
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A Administração de Material cuidava da compra de Matérias-Primas, Componentes Manufacturados
Externamente e Componentes Semi-Manufacturados dentro da própria Fábrica. Todo material era
estocado e fornecido às linhas de montagem onde se transformavam em “Productos em Fabricação”
ou “Productos em Elaboração” ou ainda Materiais em Processo aos quais eram adicionados mão de
obra, trabalho de máquinas e outros custos Directos e Indirectos até se transformarem em Productos
Acabados.
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Administração de Material Administração da Distribuição Física
FÁBRICA Distribuidor
• Matérias Primas;
Inventários de Inventários
• Componentes; Deposito Usuários
Materiais em de Productos
• Conjunto Semi- Externo Finais
Processo Acabados
Manufacturados;
• Materiais Diversos.
Retalhista
Transporte Transporte
Inbound Outbound
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❑ ANOS 1960 e 1970 – A Administração de Material + Distribuição Física = Integração Interna
Ao longo dos anos 1960 e 1970, diversas forças ambientais impulsionaram o surgimento de
mudanças que viriam pressionar e possibilitar o início da Integração das Funções.
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✓ A pressão por Redução Contínua dos Custos de Produção e Distribuição com aumento da
qualidade de serviço a um cliente cada vez mais exigente pressionava por uma maior
coordenação entre os sectores internos.
✓ A inflação de dois dígitos, os Altos Custos de Combustíveis e as Altas Taxas de Juros à época
elevavam os custos da distribuição o que, mais uma vez, exigia uma maior sincronia entre
produção, minimização de inventários e racionalização do transporte.
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▪ Manipulação de grandes DB;
▪ Utilização dos Computadores; ▪ Cálculos Complexos;
▪ Sincroniza Transporte.
▪ Possibilidade de Planear a
Demanda Dependente via
MRP; Produção quer Reduzir Custos,
Forças Propulsoras de Marketing quer Melhor Serviço.
Mudanças ▪ Duelo Custos X Serviços;
▪ Inflação Dois Dígitos;
▪ Actos Custos da Distribuição;
▪ Altos Custos Combustíveis,
Mão-de-Obra.
▪ Desregulação (Privatização)
na Industria de Transporte.
Flexibiliza Negociações entre as
Partes e Cria Novas Formas de
Contratação entre Comprador,
Vendedor e Transporte.
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❑ ANOS 1980 – Inicia a Integração Externa:
O temor ao Take Over Hostil “Compra das empresas em dificuldades geralmente com baixo preço no mercado de
acções para fragmentação e revenda com a finalidade de realização especulativa de lucros”, obriga as empresas
a se reestruturarem, vendendo unidades não lucrativas e não relacionadas com o negócio principal,
ao Enxugamento nos níveis de gestão por meio do uso cada vez maior da Tecnologia da Informação.
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Mais uma vez, o duelo entre Custo e Serviço ao Consumidor pressiona a Integração Externa, melhor
distribuição das Funções Logísticas entre as organizações, melhor capacitadas ou mais eficientes
(Grossistas, Distribuidores, Operadores Logísticos, Retalhistas). A Exigência cada vez maior do
consumidor pela qualidade, a corrida pelo melhor tempo de resposta a essas exigências e a expansão
dos mercados internacionais fecham esse conjunto de forças impulsionadoras das mudanças na área
de Marketing e de Logística.
- Surgimento de Operadores Logísticos;
ANOS 1980 - Tecnologias de Informação e Comunicação;
- Novas Tecnologias de Gestão MRPII, DRP, JIT;
Forças Propulsoras de Mudança - Trade Off Serviço ao Consumidor/Custo Total;
ao Final dos Anos 1980 - Reestruturação Corporativa e “Take Over Hostil”;
- Expansão dos Mercados Internacionais;
- Pressão por Tempo e Qualidade.
- Reengenharias;
- Busca de Vantagem
Compectitiva;
- Temor na Take Over Hostil.
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❑ ANOS 1990 – A Integração Externa Avança:
Nos Anos 1990 a Redução de Custos passa a ser uma condição Sine Qua Non para entrar na
competição Internacional, mas não apenas Custos, Qualidade e Rapidez de chegada ao mercado já
começam a ser Pré-Requisitos para competir Globalmente.
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Enquanto a Globalização tornou-se significativa a rubrica de:
✓ Custo-Tarifas;
✓ Redução nos Custos de Material pela Descoberta de Novas
Fontes mais Baratas;
✓ Redução no Custo de Mão de Obra;
✓ Aumento da Eficiência em Custos Indirectos (Overhead),
Mais do que contrabalançaram, permitindo aumento da Lucratividade das empresas.
Tudo isso contava com a pressão Adicional de um campo de Forças Propulsoras composto pela
Globalização, das mudanças Demográficas (mudanças no comportamento em função de Sexo, Faixa
Etária, Nível Cultural e de Renda) e mais uma vez a sofisticação cada vez maior nas Tecnologias da
Informação e Comunicação.
Com a Globalização, uma nova estrutura de Custo se desenvolve com queda nos Preços de Materiais,
Matérias-Primas e Mão de Obra que agora são adquiridos em algum lugar do planeta, onde forem
mais baratos. Crescem os Custos Logísticos e as Tarifas, mas cai o Custo de Overhead (Indirectos).
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• Acesso a novos mercados por meio de
selecção de comerciantes;
Pressões para Aumentar Eficiência do Canal:
• Troca de informações sobre demanda e
produção;
PRINCIPAL DRIVE • Redução de Custos;
• Compartilhamento de inovações para agilizar
(Ambiente Tarefa) • Redução de Riscos;
operações;
• Alavancagem entre Componentes do
• Concentração nas Core Compentencies entre
Canal.
os membros
• Globalização;
• Mudanças demográficas;
• Rápido Avanço das Tecnologias
de Informação e Comunicações.
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❑ Resumo da Evolução:
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3. No Terceiro Estágio o dramático avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação permite a
integração com fornecedores de clientes pela utilização das ferramentas JIT (Just-in-time) e DRP
(Distribution Requirement Planning) viabilizada pela tecnologia EDI (Electronic Data Interchange –
Intercâmbio Eletrônico de Dados) e B2B (Business to Business).
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Fluxo Interno dos Material
Adm. Mat.
Fornecedor Produção Distribuição
–Obtenção Cliente
30% Física 40%
30%
Eficiência pela
Sincronização de Estágio 1
Operações Internas Logística Inbound & Outbound
Estágio 2
Links Internos MRPI & MRPII
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4. No Quarto Estágio, por meio da Tecnologia da Informação, está integrando todos os sectores de
uma Corporação, permitindo aos Executivos colherem informações instantâneas para solução de
diversos problemas. O sistema denomina-se ERP (Enterprise Resources Planning).
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“A Integração de Processos - Chave, a partir do usuário final até os fornecedores primários, com o
objectivo de prover Productos, Serviços e Informações que adicionem Valor para os Clientes e
Acionistas da Empresa.”
Christopher (2007, p. 4) define a Gestão da Cadeia de Suprimentos como “(....) a gestão das relações a
Montante e a Jusante com fornecedores e clientes, para entregar mais Valor ao Cliente, a um custo
menor para a Cadeia de Suprimentos como um todo.
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Logística do Fornecimento Logística da Distribuição
Logística Interna
Compras
Estoques
Transporte
Armazenagem
Manuaeio
Qualidade
Informações Integradas
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MODELO TRADICIONAL
NOVO MODELO
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Fornecedores de Fornecedores de Clientes de Clientes de
Segunda Camada Primeiraa Camada Primeiraa Camada Segunda Camada
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Nível 3 a Nível 2 Nível 1 Nível 2 Nível 3 a Clientes
Nível 1
Fonecedores Iniciais Fonecedores Fonecedores Clientes Finais
Clientes
Nível 3 a n - Fornecedores
Fornecedores Iniciais
Clientes Finais
Nível 3 a n - Clientes
Fonte: Lambert, Cooper e Pagh - 1998
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❑ Junção de Três Processos Chave:
CRM: Customer
ESI: Early Relationship
Supplier ✓ Logística de Suprimentos + Interna + Distribuição Management
Involvement ✓ Inbound + Production + Outbound
Fonte Cliente
Fornecedor Fornecedor Fábrica Distribuidor Retalhista
Primária Final
LOGÍSTICA INTEGRADA
Logística de Abastecimento
Logística
Logística de Distribuição
Interna
PCP Sistema de Distribuição
Sistema de Abastecimento
Movimentação Transporte
Transporte
de Materiais Estoques
Estoques
Estoques Armazenagem
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❑ Gestão da Cadeia de Suprimentos (CSCMP) – “A Integração de
Processos - Chave, a partir do usuário final até os fornecedores
primários, com o objectivo de prover Productos, Serviços e
Informações que adicionem Valor para os Clientes e Acionistas da
Empresa.”
Fluxo do Producto
Fluxo de Pedido
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❑ Implementação da GCS:
✓ Empresas em uma Cadeia …
✓ Desvincular-se dos próprios silos funcionais;
✓ Reorganizar: Processos de Negócio – Chave.
Gestão da Dist.
Gestão de Compras Física
Logística
Gestão de Materiais
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Estoque em Sub-
Fabricação Processo Conjunto Estoque em
Processo
Montagem
Final
Fornecedor A
Deposito Deposito
Mat./Peças Mat./Peças Producto
Deposito Acabado
Prod.
Acabado
Expedição
Recebimento
Fornecedor B
Mat./MP
Fornecedor
do Realimentação Armazém
da Cadeia Central Retalhista Cliente
Fornecedor Distribuidor
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❑ Conclusão:
Desde meados de Anos 90, tornou-se evidente, para aquelas empresas já com grau de
maturidade elevados em Logística, que para continuarem a obter ganhos em termos de
Qualidade, Tempo, Custo e Utilização de Activos, foi e é necessário olhar, enxergar ou seguir
a Cadeia de Abastecimento como um todo e não somente internamentente.
Assim tudo passou a ser necessário concentrar-se nos parceiros envolvidos na CA, como:
✓ Clientes;
✓ Fornecedores;
✓ Prestadores de Serviços Logísticos;
✓ e outros. Planear
Fornecedores
Clientes
Source Produzir Entregar
Retornar
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Christopher (1992) sugere que a Gestão da CA
consiste na “Gestão das Relações a Montante
e a Jusante com os Fornecedores e os Clientes
para entregar Valor Superior ao Cliente Final a Ou seja, verifica-se uma
Mudança de um Enfoque
um Custo menor para toda a CA”.
Interno para um Enfoque
Externo
O objectivo dessa Concentração é Conseguir:
✓ Reduzir ineficiências Cross-Company;
✓ Aumentar a visibilidade sobre a Procura Real e a Partilha de Informação ao longo de
toda a CA;
✓ Reduzir o Tempo de Ciclo da Cadeia;
✓ Encurtar a CA;
✓ Planear de forma Integrada várias Organizações;
✓ Alinhar/Sincronizar melhor a Produção e Procura;
✓ Focalizar na Satisfação das necessidades dos Clientes Finais.
50
Obrigado
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