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INSTITUTO POLITÉCNICO DE GESTÃO,

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO, LOGISTICA E TRANSPORTES

2° ANO II SEMESTRE

AULA N°3
 
GESTÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO

Docente: Eng. António Mambo


Mestre Engenhária de Perfuração
SUMÁRIO

GESTÃO DE INVESTIMENTO E O RISCO PROLONGADO

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ INTRODUÇÃO:
O Sucesso Empresarial e a
Maximização do Retorno
para o acionista são os
“Alvos” almejados pelos
gestores. Além dos objectivos
económicos e financeiros de
SORTE ASTROLOGIA maximização da riqueza e
lucros, há outros objectivos
sociais, ambientais,
educacionais, morais aos
quais o gestor deve ter em
conta durante o seu processo
decisório.
EDUCAÇÃO EXPERIÊNCIA
Gestão de Investimentos e a Educação Financeira
Para tanto, nos dias de hoje, a Manutenção do Nível de Operação da Empresa é cada vez
mais desafiador para os Gestores de Investimentos.
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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:
Para implementar a operação de uma empresa é inevitável que se faça gastos. Estes gastos são
classificados em duas naturezas:

➢ Os Gastos de Investimentos;
➢ Os Gastos de Consumo.

Os gastos de investimentos representam os activos da empresa e são divididos em dois tipos:

a) Os Investimentos não Circulantes que, entre outros, citamos como exemplos os equipamentos,
prédios e tecnologias;

b) Os Investimentos Circulantes como Disponibilidades, clientes e estoques.

Os Gastos de Consumo dizem respeito às despesas como salários, aluguéis,


concessionárias de luz, água e telefone e etc.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:

Todos os Gastos de Investimentos representam os activos da organização que são sustentados


pelos financiamentos, que por sua vez, envolvem obtenção de fundos de duas fontes:

✓ Próprios (Acionistas ou Sócios);


✓ Terceiros (Credores).

Gestão Gestão
Própria Terceirizada

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:

Os Acionistas ou Sócios fornecem fundos para empresa esperando que a mesma possa proporcionar
Retorno Satisfatório. Este Retorno é composto pela soma de dois elementos:

➢ A Taxa de Remuneração do Capital 1;


➢ A Taxa de Risco.

Os Sócios esperam que este retorno seja feito através da distribuição dos lucros ou por meio do
aumento do valor da empresa. Quando o valor da empresa aumenta, o montante de realização futura
do investimento cresce com a incorporação de riqueza.

Já os Credores fornecem recursos, mas requerem que a empresa


os pague em uma data específica e com um Valor Pré-Estabelecido.
Os credores podem ser de natureza operacional como os fornecedores,
governo e funcionários ou de natureza onerosa como as instituições
financeiras.
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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:

Neste último caso, o capital deve retornar acrescido de juros, que também leva em consideração a
remuneração do capital e a taxa de risco. Contudo, deve-se levar em consideração que a taxa de risco
de capital de terceiros tende, em decorrência das modalidades de garantias, ser menor que a taxa de
risco do capital próprio. Este facto, teoricamente, sustenta a afirmação de que o capital de terceiros é
menos oneroso que os recursos aportados pelos sócios.
Passivos
Activos Circulantes
Circulantes

Exigível a Natureza dos


Activos Longo Prazo Investimentos
Permanentes: de Capitais

1. Tangíveis; Património
2. Intangíveis. Líquido

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:

➢ Ativos: Indicam onde a empresa aplica os recursos de que dispõe, compreende os Bens e Direitos.

➢ Ativo Circulante são aqueles poderão ser realizados no prazo máximo de um ano, a partir da data do
balanço. Exemplo: (Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, DPL à receber, Estoques );

➢ Realizável a Longo Prazo: Activos a serem recebidos após um ano. ( Impostos à recuperar, créditos
com coligadas).

➢ Permanente: Activos utilizados na actividade da empresa, cuja a realização é lenta.

✓ Tangíveis - veículos, móveis e utensílios, terrenos, prédios.

✓ Intangíveis - marcas e patentes.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:

✓ Passivos: Indicam de onde provém os recursos utilizados pela empresa, podem ser de Próprios
e de Terceiros, portanto são as Obrigações.

✓ Circulante: São as dividas à pagar até 1 ano. ( I.R., Salários, Empréstimos, Fornecedores...).

✓ Exigível a Longo Prazo: São dívidas à serem pagas a partir de 1 ano. (Empréstimos de L.P,
Impostos parcelados, dívidas de concordata).

✓ Patrimônio Líquido: São os recursos dos investidores que permanecem na empresa para seu
uso próprio. (Capital social, Reserva de Capital, Reserva de lucros, Reserva de Reavaliação,
Lucros/Prejuízos acumulados).

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ A DINÂMICA DECISÓRIA DA ORGANIZAÇÃO:
NECESSIDADE DE CAPITAL
Mapa de Investimentos DE GIRO
Diferênça entre os Activos e
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Passivos Circulantes
Operacionais
Deiferênça entre Activo Circulante e
INVESTIMENTOS Passivo Circulante SALDO DE TESOURARIA
(Aplicações em Recursos Diferênça entre os Activos
Tangíveis ou Intangíveis) ACTIVOS NÃO CIRCULANTES Financeiros (AF) e Passivos
Financeiros (PF) de Curto Prazo
(Realizáveis acima de 1 Ano e os de
Natureza Permanente)

Realizáveis acima de 1 Destinados


Não Destinados ao Despesas Realizadas
Ano ou acima do Ciclo Exclusivamente ao
Objectivo Social e nem a antes do Início das
Operacional Objectivo Social e não
Venda Operações
Destinado à Venda
RECURSOS LONGO
INVESTIMENTOS DEFERIDO
PRAZO IMOBILIZADO

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ DECISÕES DE INVESTIMENTO:

A Assertividade na Decisão está pautada em três decisões básicas:


✓ Operacional;
✓ Investimento;
✓ Financiamento.

São elas que norteiam a preparação estratégica e a condução operacional do negócio visando o
alcance do diferencial corporativo. No planeamento de um negócio, o Gestor tem basicamente três
funções essenciais:
➢ Conhecer com detalhe sua Logística Operacional e as condições para torná-la Compectitiva;

➢ Definir o montante de recursos financeiros necessário para viabilizar seu Processo Operacional
e gerar retorno para os investidores;

➢ Conhecer a fonte e as condições de captação de recursos para realizar os investimentos


necessários.
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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ DECISÕES DE INVESTIMENTO:

Os principais motivos para fazer dispêndio de capital são:


➢ Expansão: expandir o nível de operações, através de aquisição de activos imobilizados.
Exemplo: infra-estrutura adicional como imóveis e instalações fabris.

➢ Substituição: substituir ou renovar activos obsoletos ou gastos. Exemplo: actualização de


softwares, manutenções preventivas com consumo de peças.

➢ Modernização: reconstrução, recondicionamento ou adaptação de máquina ou das instalações


existentes. Exemplo: instalações elétricas, de ar condicionado, reconstrução de aeronaves.

➢ Outras Finalidades: propaganda, pesquisa e


desenvolvimento, serviços de consultoria a
administração e novos productos.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ DECISÕES DE INVESTIMENTO:

Entretanto, na práctica empresarial, pouco se estuda sobre a Eficiência do Montante a ser investido por
uma Empresa. Refere-se ao volume necessário de recursos para que o negócio seja Rentável e
Compectitivo não havendo desperdícios.

A relação volume de investimento e eficiência operacional nem sempre é equilibrada. Ociosidade de


maquinário, sub-aproveitamento de espaço, desperdício do capital intelectual e excesso de stocks são
alguns dos exemplos que implicam em necessidade de recursos de forma a sustentar este volume de
activos. Certamente, a ocorrência de excesso de investimentos coloca a perder todo o esforço para
obtenção de condições óptimas de financiamento.

Os investimentos, representam os activos de uma entidade


e são em duas naturezas:
➢ Investimentos Circulantes;
➢ Investimentos Não Circulantes.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ DECISÕES DE INVESTIMENTO:

De maneira estática, pode-se definir Activo como “bens e direitos que uma empresa possui e que foram
adquiridos a um custo monetário mensurável".

Entretanto, a definição dos Activos remota o acto de investimento de uma entidade e pode gerar
diversas definições, como:

➢ “Investimento seria um gasto registrado no Activo, em função de sua vida útil ou da expectativa de
benefícios futuros.” (Paulo Breda);
➢ “O acto de investir implica em aplicar capital em um componente productor de resultado.” (Antônio
Lopes de Sá);
➢ "... aplicações de recursos que visam à geração de rendimentos ou à prestação de serviços que
satisfaçam a uma necessidade social sem fins lucrativos." (Milton Augusto Walter);
➢ “Investimentos é um Activo possuído por uma empresa para fins de acréscimo patrimonial por meio
da distribuição (tais como juros, royalties, dividendos e aluguéis), para fins de valorização ou para
benefícios do investidor, tais como os obtidos de relacionamentos comerciais entre empresas.”
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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ DECISÕES DE INVESTIMENTO:

Tendo em consideração todos os autores acima citados, poderíamos concluir por um Conceito o qual
devemos nos basear e que o curso de administração práctica como:

Investimento é o capital empregado na compra Bens ou Serviços, Tangíveis ou Intangíveis, Circulantes


ou Não Circulantes cujo objectivo é, Directa ou Indirecta, para gerar receitas a empresa.

Em Económia, Investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, que visa o aumento
da capacidade productiva (instalações, máquinas, transporte, infra-estrutura) ou seja, em bens de
capital.

O Investimento Productivo se realiza quando a Taxa de Lucro sobre o Capital supera ou é pelo menos
igual à Taxa de Juros.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ CONCEITO DE RISCO E RETORNO:

Risco e Retorno são variáveis básicas da tomada de Decisão de Investimentos.

Genericamente, o Risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos Retornos, e Retorno é a


expectativa de receitas de qualquer investimento.

Para GITMAN p.202), Risco é a possibilidade de prejuízo financeiro. Já para GROPPELLI p. 67, o Risco é
uma medida da volatilidade ou incerteza dos retornos.

Retorno, de acordo com LEMES JR. p. 135), é o total de ganhos ou de perdas de um proprietário ou
aplicador sobre investimentos anteriormente realizados. Já para GITMAN p.203), o Retorno é medido
como o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários decorrentes de um investimento durante um
determinado período de tempo.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RELAÇÃO RISCO x RETORNO:

Menor Risco
Retorno Esperado

Menor Retorno Potencial

Maior Risco
Maior Retorno Potencial

Risco (Desvio Padrão)

Em suma, pode-se definir Risco como o grau de incerteza associado a um investimento.

Quanto maior a volatilidade dos Retornos de um investimento, maior será o seu risco.

Quando dois projectos têm os mesmos Retornos Esperados, escolhe-se o de menor Risco.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RETORNO ESPERADO OU TAXA DE RETORNO ESPERADA:

Retorno Esperado ou Taxa de Retorno Esperada é, de acordo com (GROPPELLI, et al., 1999), a
remuneração que os investidores solicitam para manter suas aplicações no activo considerado. Vale
ressaltar que o retorno esperado difere-se do retorno efectivo apenas por se tratar ex-ante, enquanto
que o retorno efectivo já foi efectivamente conhecido.

A Probabilidade será usada como forma de quantificar o nível de possibilidade de um projecto ter os
seus valores projectados correspondidos efectivamente, levando sempre em consideração os scenários
projectados para cada um deles.
Exemplo: Probabilidade Investimento A Investimento B

Scenário 01: Expansão Económica 0,3 100% 20%

Scenário 02: Estabilidade Normal 0,4 15% 15%

Scenário 03: Recessão Económica 0,3 70% 10%

Total 1
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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RETORNO ESPERADO OU TAXA DE RETORNO ESPERADA:

Se multiplicarmos a probabilidade pela taxa de retorno projectada e daí somarmos esse productos,
teremos então a Taxa de Retorno Esperada ou Retorno Esperado.
Exemplo:

Probabilidade Investimento Taxa de Retorno Investimento Taxa de Retorno


A Esperado B Esperado

Scenário 01: 0,25 13% 3,25% 7% 1,75%

Scenário 02: 0,50 15% 7,50% 15% 7,50%

Scenário 03: 0,25 17% 4,25% 23% 5,75%

Total 1,0 15% 15%

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ MEDIDAS DE RISCO:

Depois de definir o Retorno Esperado de um Projecto ou Investimento, o que resta agora é conhecer o
Grau de Risco Envolvido. No exemplo anterior, percebe-se que a Taxa de Retorno Esperada para o
Investimento A e para o Investimento B é a mesma. Assim, torna-se necessário saber quais dos dois
projectos apresentam o menor risco.

Neste caso, as unidades de risco adoptadas serão as medidas de dispersão tradicionalmente


trabalhadas pela Estatística: Variancia, Desvio-Padrão e Coeficiente de Variação.
Imagine que você se defronta com as seguintes decisões a tomar. Você deve indicar qual opção você
prefere em relação a cada par de alternativas.

Alternativa 1 - Escolha entre:

a) um ganho certo de $240.000,00


b) 25% de chance de ganhar $1.200.000,00 e 75% de chance de não ganhar nada.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ MEDIDAS DE RISCO:

Alternativa 2 - Escolha entre:

a) uma perda certa de $750.000,00


b) 75% de chance de perder $1.000.000,00 e 25% de chance de não perder nada

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RISCO PAÍS:

A expressão “Risco País" entrou para a linguagem cotidiana do noticiário económico, principalmente em
países que vivem em clima de instabilidade, como o Brasil e a Argentina, não mencionando África. O
“Risco País" é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade económica de cada país.

Desta forma, se tornou decisivo para o futuro imediato dos países emergentes. A seguir, estão
enumerados alguns pontos básicos, segundo matéria no sítio
www.portalbrasil.net/economia_riscopais.htm , que facilitam o entendimento desse conceito, que vem
tendo cada vez mais destaque.

O que é Exactamente o Risco País?

O Risco País é um índice denominado Emerging Markets Bond


Index Plus (EMBI+) e mede o grau de “Perigo" que um país
representa para o Investidor Estrangeiro.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RISCO PAÍS:

Que variáveis económicas e financeiras são consideradas no cálculo do Índice?

O J. P. Morgan analisa o rendimento dos instrumentos da dívida de um determinado país,


principalmente o valor (Taxa de Juros) com o qual o país pretende remunerar os aplicadores em bónus,
representativos da dívida pública.

Tecnicamente falando, o Risco País é a Sobretaxa que se paga em relação à rentabilidade garantida
pelos bónus do Tesouro dos Estados Unidos, país considerado o mais solvente do mundo, ou seja, o de
Menor Risco para um aplicador não receber o dinheiro investido acrescido dos juros prometidos.

Como se determina essa Sobretaxa?

Entre outros, são avaliados, principalmente, aspectos como o nível do déficit fiscal, as turbulências
políticas, o crescimento da economia e a relação entre arrecadação e a dívida de um país.

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3 – Gestão de Investimento e Risco Prolongado
❑ RISCO PAÍS:

Como se expressa o Risco País?

Em pontos básicos. Sua conversão é simples: 100 unidades equivalem a uma Sobretaxa de 1%.

Concretamente, o que significa este Índice para os investidores?

É um orientador. O Risco País indica ao investidor que o preço de se arriscar a fazer negócios em um
determinado país é mais ou menos elevado. Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país
de atrair investimentos estrangeiros. Para tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas
de juros que remuneram os títulos representativos da dívida.

E quais os efeitos para a economia ter o país classificado como “Risco Perigoso"?

As principais consequências são: retracção do fluxo de investimentos estrangeiros e um menor


crescimento económico, o que acaba acarretar em aumento do desemprego e salários menores para a
população.

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3 –Gestão de Investimento e Risco Prologado

Obrigado
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