Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 45

JAMIE BEGLEY

JAMIE BEGLEY
JAMIE BEGLEY
JAMIE BEGLEY

MOON’S PROMISE
THE LAST RIDERS, #11

JAMIE BEGLEY

CAPÍTULOS 31 A 35
JAMIE BEGLEY

CAPÍTULO TRINTA E UM

Moon estacionou sua moto ao lado da de Shade, então verificou


suas mensagens e viu que Viper não havia respondido à que
ele enviou quando abasteceu seu tanque antes de deixar
Jamestown.

Ele desceu da moto e notou um recruta descendo as


escadas da sede do clube.

“Static,” Moon gritou, “você viu Viper?”

“Ele está em uma reunião na fábrica.” As passadas


longas de Static cobriram a distância até sua moto em três
passos. “Estou indo comprar cerveja; precisa de alguma
coisa?”

Viper não tinha contado a ele sobre uma reunião hoje.

“Estou bem.”

Ele foi até a fábrica e entrou para encontrar Viper, Train,


Lucky, Cash, Reaper, Rider, Knox e Razer envolvidos em uma
discussão. No momento em que o avistaram, pararam de falar.

Moon caminhou mais para dentro. “Devo ter perdido o


convite para a reunião.”
JAMIE BEGLEY

“Desde quando você se importa?” Viper perguntou-lhe


bruscamente.

Ele merecia esse corte. Nos últimos meses, sua cabeça


esteve em todos os lugares, menos no clube.

“É disso que se trata esta reunião? Vocês estão votando


em mim?” Fingindo despreocupação, Moon cruzou os braços
sobre o peito.

Viper olhou para ele sem acreditar. “Você está brincando


comigo, certo? Você chega aqui, interrompe uma reunião, que
é importante, e em vez de ficar aí parado e calado, você acha
que tem que ser sobre você?”

As palavras de Viper o atacaram de forma eficaz,


mostrando-lhe o quanto ele havia se tornado um idiota.

Moon deixou cair os braços ao lado do corpo. “Desculpe.”


Arrumando o cabelo para trás, ele pediu desculpas. “Eu nunca
entendi por que você tolerou minhas besteiras. Não culparia
você se votasse em mim. Eu mereço.”

Shade estreitou seu olhar azul sobre ele. “Acho


interessante que você tenha tido ampla oportunidade de
acertar as coisas conosco, mas não ouvimos uma maldita
palavra sua até agora.”

A maneira sem emoção com que Shade falava, mostrava


que o irmão não estava convencido de que ele sentia algum
remorso por seu comportamento. Ignorar a tentativa de paz de
Shade estava voltando para assombrar Moon.

“Ou essa mudança de opinião tem algo a ver com a razão


pela qual Stud ligou para Viper?”

Se o irmão estava esperando uma discussão, Shade


ficaria desapontado.

“Não, não importa. Posso ser um idiota na maior parte


do tempo, admito, com vocês, filhos da puta irritantes. Depois
JAMIE BEGLEY

da briga e de descobrir que era a Larissa quem entrou no meu


quarto, todos vocês tentaram se desculpar. Eu deveria ter me
desculpado pela maneira como lidei com a situação, mas, para
falar a verdade, fiquei muito chateado. Pelo menos um de
vocês, filhos da puta, poderia estar do meu lado.”

Todos os irmãos piscaram para ele. Todos, exceto


Reaper, cuja fachada sombria não foi apaziguada.

Reaper se endireitou, encostado em uma mesa para


perguntar a Viper: “Eu não tenho porra nenhuma pela qual me
desculpar. Terminamos aqui?”

“Claro.” Viper apontou para a porta. “O resto de vocês


também pode sair. Moon, fique.”

Moon não saiu do caminho de Reaper, com um carrinho


de correio e uma mesa impedindo-o de contornar. Os dois
homens ficaram em um impasse.

“Não esperava que você se desculpasse. Eu estava


errado, usei o relógio para obter as informações que queria de
Ginny. Nunca bati em uma mulher e estou enojado por ter
agredido Ginny. Foi um acidente que não deveria ter
acontecido. Pedi desculpas a Ginny; ela aceitou e eu acredito
nela. Queria dar o relógio a ela, mas ela recusou.”

Reaper ainda não parecia satisfeito. “Não brinca.”

“Eu juro, irmão, não sabia que Ginny estava tão próxima
de mim. Foi como se eu tivesse movido minha mão e a próxima
coisa que percebi foi que eu tinha batido nela.” Sem saber que
sua confusão era visível enquanto ele revivia como as
estranhas circunstâncias haviam ocorrido pela centésima vez,
Moon ainda não conseguia entender.

Reaper franziu a testa. “O que você fez com o relógio?”


JAMIE BEGLEY

“Nada. Ainda estou com ele. Eu disse a Ginny que ficaria


com ele caso ela quisesse trocá-lo pela nota promissória que
dei a ela.”

O olhar de Reaper se aguçou. “Você deu a ela uma nota


promissória?”

“Sim.”

“Você ofereceu ou ela pediu?”

“Eu disse a ela que compraria qualquer relógio ou


qualquer outra coisa. Ginny disse que eu poderia dar a nota
promissória a ela enquanto decidia, então eu fiz.”

A forma inacessível como Reaper o encarava aliviou-se.


Moon concluiu que deveria ser a nota promissória. Reaper deve
ter interpretado isso como um sinal de que queria fazer as
pazes com Ginny, o que ele queria fazer.

“Você quer uma também?”

“Acho que você vai ficar muito ocupado pagando as


coisas de Ginny sem adicionar as minhas.”

Moon exalou. “Então estamos bem?”

“Não, mas também não estou planejando mais enterrar


você em uma cova sem identificação.”

“Inferno, isso é progresso.” Moon sorriu, movendo-se


para que Reaper pudesse passar.

Os outros irmãos que estavam por perto para ouvir,


começaram a se dispersar, deixando-o sozinho com Viper.

Viper esperou até o último dos irmãos sair antes de


começar a falar. “Stud quer que você fique fora de Jamestown.”

“Larissa está sob a proteção dos Destructors.”

Viper não mediu palavras. “Não vou interceder junto a


Stud. Está sozinho lá.”
JAMIE BEGLEY

“Não vai me mandar ficar longe?”

“Não, ela está carregando seu filho.” Ele desligou a


lâmpada da mesa de trabalho que estava perto. “Faça o que
acha que precisa fazer, você fará isso de qualquer maneira.”

Moon olhou para ele com desconfiança. “Por que você


está olhando assim para mim?”

Os lábios de Viper se curvaram zombeteiramente.


“Irmão, cansei de lhe dar conselhos não solicitados. Entra por
um ouvido e sai pelo outro. Além disso, seria inútil. Você se
ferrou tanto com aquela mulher que ela te odeia.”

“Pergunte-me se eu me importo,” Moon retrucou com os


dentes cerrados.

“Por que perguntar quando é bastante evidente que você


não sabe?” A mão de Viper foi para seu ombro enquanto ele o
rolava, cansado. “Você não se importa com ela ou com a
criança,” ele afirmou com naturalidade.

A cabeça de Moon recuou como se tivesse sido atingido.


“Eu não quis dizer que não me importo com meu filho!” Sua
voz aumentou, incrédula.

“Precisa ser verdadeiro consigo mesmo.” Viper olhou


para ele zombeteiramente. “Coloque-se no lugar dela. Você não
está parecendo o pai do ano. O que diabos estava pensando
para começar uma briga com um dos homens de Stud no
restaurante?”

“Não fui eu quem começou. Queria que ela...”

“Jesus.” Viper fechou a boca. “Escute, eu disse que não


ia fazer isso, e não vou. Boa sorte para vencer os Destructors.”
Ele se virou para o lado para apagar outra lâmpada e entrou
no escritório.

“Eu posso lidar com os Destructors.” Moon levantou a


voz para que Viper pudesse ouvi-lo.
JAMIE BEGLEY

Risadas zombeteiras soaram no escritório.

Moon viu as luzes se apagarem antes de Viper voltar.

“Eles não são os Last Riders. Stud e seus homens não


terão nenhuma lealdade para com você. Você fode com alguém
sob sua proteção, eles vão atacar você com força. Foi por isso
que Stud me ligou, para me avisar.” A zombaria em sua
expressão morreu. “Eu devo muito a ele para colocar o clube
contra ele, e vou te dizer francamente: não vou. Ele cavalgou
comigo durante meses para pegar Raul. Devo a Killyama por
salvar a vida de Winter e Aisha, algo que nunca poderei pagar
– nunca. O mesmo vale para o Blue Horseman. Você sabe o
que Colton fez por Reaper. Não posso retribuir isso também.”

Moon olhou para ele, inexpressivo, sem dizer as palavras


que queria dizer. Ele não precisava; Viper sabia o que ele
estava pensando.

“Paguei minha dívida com você quando os irmãos


queriam votar em você toda semana.”

“Eu cuido disso; você verá,” Moon disse confiantemente,


caminhando em direção à porta.

Viper saiu com ele, virando-se para trancar a porta


enquanto Moon começava a se dirigir para a sede do clube.

“Moon,” Viper o parou antes que ele pudesse se afastar.


“Você tem sido um soldado leal, e eu não acho que você será
capaz de sair dessa porra de show de merda quando perceber
que se preocupa mais com aquele garoto do que com seu
orgulho. Se fosse eu, estaria beijando a bunda de Shade para
descobrir como consertar isso.”

“Nunca vou beijar a bunda de Shade por qualquer


motivo.”
JAMIE BEGLEY

“Você ficará surpreso com o que estará disposto a fazer


por seus filhos. Realmente não apreciei esse fato até que tive
uma.”

“Eu sacrificaria minha vida por qualquer filho que eu


tivesse. Não preciso da ajuda de Shade, nem de mais ninguém.
Vou cuidar disso; vai ver.” Moon saiu antes que Viper pudesse
dizer mais alguma coisa.

O problema com Viper era que ele o considerava apenas


um soldado. No que diz respeito ao clube, Viper estava certo.
Ele preferia deixar Viper e Wizard assumirem a maior parte das
responsabilidades enquanto ele podia seguir o caminho mais
fácil quando não fosse necessário. Tornar-se o rei da montanha
dentro do clube nunca lhe atraiu; seu forte sempre foram as
mulheres. Não havia mulher que ele não pudesse ter quando
quisesse, disse a si mesmo com confiança. Uma vez que ele
decidisse ter Larissa, ela seria uma massa em suas mãos.
Então, quando ele a tivesse exatamente onde queria,
conseguiria a custódia de sua filha e a jogaria de volta aos
Destructors.

Ele estava no meio da escada quando seu celular vibrou.


Ele verificou e viu que Larissa havia lhe mandado uma
mensagem com o endereço e o horário da consulta médica
daqui a cinco dias. Guardando o celular no bolso, ele
continuou subindo os degraus, assobiando.

Inferno, ele não precisava de nenhum conselho de


Shade. O irmão deveria ser quem o procurava em busca de
conselhos. Shade pode ser um atirador experiente, mas em
uma batalha cara a cara, ninguém escapava do lado escuro da
Moon.

Quando escrevi a última frase, você deveria ter me ouvido no meu

computador. Vou usar isso como um teaser do livro. Levei uma hora
JAMIE BEGLEY

para formular a frase do jeito que Moon queria que eu dissesse.

Rindo muito! Esse cara é tão cheio de si.

A propósito, pensei em dar a todos vocês um presentinho de Dia dos

Namorados. Provavelmente tardio, no momento em que este

capítulo passa pela edição. Em cada um dos meus livros, coloco um

ou dois ovos de Páscoa. Este capítulo contém um que envolve a nota

promissória de Ginny de Moon. A nota promissória será útil em um

dos livros de Coleman. Ainda não posso dizer qual livro, mas a nota

promissória e o relógio terão um papel importante.

-Jamie Begley
JAMIE BEGLEY

CAPÍTULO TRINTA E DOIS

LARISSA teve que engolir o nó de medo no fundo da garganta


enquanto observava Moon ir embora.

“Você está bem?” Fat Louise perguntou com simpatia.

“Sim. Isso é tudo minha culpa. Eu não deveria ter parado


para almoçar. Se não tivesse feito isso, estaria na casa dos Last
Riders, e ele pelo menos saberia que eu ia contar a ele”, disse
ela, entorpecida.

Sex Piston fez uma careta. “Não teria feito diferença para
aquele idiota,” ela disse acaloradamente. “Ele simplesmente
encontraria outra coisa para incomodar você.”

“Eu deveria ter saído para falar com ele a sós.”

“Por quê? Então ele realmente poderia atacar você sem


ninguém ouvir? Garota, sabe quantas mulheres acabam
mortas quando ficam grávidas? Ele pode ser um Last Rider,
mas eu não sei nada sobre ele pessoalmente, e você?”

Sex Piston estava acumulando mais coisas com que se


preocupar.

“Não, não, exceto quando o vi na cidade e no Last


Riders.”
JAMIE BEGLEY

“Ele não tem ficha”, disse Killyama, aliviando o medo de


ter tido um filho com um criminoso de carreira. “Moon serviu
na Marinha por quinze anos. Quando saiu, foi trabalhar para
os Last Riders.”

Quanto mais Killyama falava, mais ela sentia o medo


voltando. Nada do que ela estava revelando lhe daria uma
razão justificável para não deixar Moon se envolver na vida de
seu filho, além de ele morar em um clube de motociclismo. Se
ele comprasse uma casa, como disse que faria, isso seria mais
um ponto a seu favor.

Por que ela não ouviu seus instintos e continuou até


Treepoint, saindo de Bowling Green, em vez de parar para
almoçar com Killyama e Sex Piston? Beth saiu do restaurante
enquanto colocava a carteira de volta na bolsa. Deveria
perguntar a ela sobre Moon? Talvez ela soubesse algo que
Killyama não sabia. A ansiedade a deteve; ela estava a um
passo de voltar para Bowling Green.

Larissa sentiu os olhos de Stud sobre ela.

“Onde você vai ficar?”

“Eu estava voltando para Treepoint para morar com


minhas irmãs novamente. Estava hospedada com uma amiga
em Bowling Green até decidir o que fazer. Para ser honesta, a
raiva de Moon em relação a mim é compreensível, mas eu
testemunhei isso no Last Riders também. Isso me aterrorizou.
Estou preocupada com o fato de meu filho ser exposto a esse
tipo de comportamento. Saí de Treepoint quando ele disse que
nunca mais queria me ver e não procurei outro emprego
porque tinha toda a intenção de voltar para Treepoint e contar
a ele que estava grávida antes do bebê nascer, apesar das
preocupações de minha família e de minhas próprias dúvidas.
Até briguei com minha mãe por isso. Ela queria que nos
mudássemos para Aruba. Discutimos, e foi por isso que
quando minha amiga me pediu para ficar com ela, concordei;
a casa dela fica do outro lado da rua da casa da minha mãe.”
JAMIE BEGLEY

Sua voz ficou frustrada. “Eu estava em Blowing Green,


tentando tomar uma decisão sobre querer dar a Moon o
benefício da dúvida de que ele não é desagradável, rude e
autoritário quando minha amiga Taya me acordou para
chamar a polícia porque ela viu um homem escondido no
quintal do vizinho. Liguei para a polícia enquanto ela me
mostrava onde ele estava escondido pela janela. Você sabe
quem era?”

“Moon?” Stud arriscou o palpite com uma expressão


envergonhada.

“Sim!” Larissa praticamente gritou de irritação. “Eu


deveria ter deixado a polícia vir e prendê-lo. Em vez disso, disse
a eles que era um erro. O grande idiota ficou lá por dias. E sabe
o que ele fez?” Sua voz estridente fez os homens que ouviam
estremecerem.

Larissa percebeu pela expressão de Stud que nem


mesmo cavalos selvagens o fariam perguntar.

“O que?” Killyama perguntou com uma risada


estrangulada.

“Ele invadiu a casa da minha mãe!”

“Eu teria colocado a polícia na bunda dele!” Sex Piston


bufou.

Os ombros de Larissa caíram em derrota. “Não queria


colocá-lo em apuros. Resolvi voltar para Treepoint e pedir para
conhecê-lo, para conversarmos. Queria conversar primeiro
com minhas irmãs e tentar aliviar suas preocupações.
Killyama estava me ligando, querendo que eu voltasse, então
mandei uma mensagem e disse a ela, e ela pediu que eu
parasse para almoçar no caminho para Treepoint, que poderia
ver Sex Piston e o resto delas, então pensei, o que são algumas
horas?” Ela fez uma cara autodepreciativa para si mesma.
“Parece que não consigo fazer nada certo no que diz respeito a
ele.”
JAMIE BEGLEY

Stud gesticulou em direção aos outros homens. As


motos ligaram e saíram do estacionamento. Voltando o olhar
para ela, disse: “Você poderia ter explicado isso para ele aqui.”

Larissa se mexeu desajeitadamente. “Ele me assusta


quando fala comigo. Tenho com medo dele. Quando foi ao meu
consultório para falar comigo, ele fez um buraco na parede”,
explicou ela.

A expressão endurecida de Stud relaxou. “Eu não


voltaria para Treepoint ainda. Espere até que você e Moon
possam conversar. Quando se sentir mais confortável, vá
morar com suas irmãs. Os irmãos e eu podemos ficar de olho
em você caso ele decida dar mais socos nas paredes.”

Larissa balançou a cabeça. “Não tenho onde morar aqui.


Eu não tenho emprego aqui...”

“Não se preocupe com um lugar para ficar”, interrompeu


Sex Piston. “Meus pais têm um quarto vago; pode ficar com
eles o tempo que quiser.”

“Eu não poderia impor…”

“Garota.” Sex Piston rejeitou seu protesto. “Sizzle vai


adorar a companhia. O mesmo acontecerá com Pop. Você
ainda pode trabalhar com suas irmãs. As mulheres em
Jamestown também têm filhos.”

“Ainda quero que você seja minha parteira.” Killyama


usou sua barriga grávida para tirar Sex Piston do caminho.
“Nós vamos cuidar de você, garota. Se aquele desgraçado vier
aqui tentar se impor, vou dar uma surra nele.”

Larissa deu uma risada trêmula. “Normalmente, não sou


uma covarde... ou pelo menos acho que não sou.
Simplesmente não sou uma pessoa muito de conflitos.”

“Ah, para,” Killyama respondeu.


JAMIE BEGLEY

“Não se preocupe com isso. Nenhuma de nós tem esse


problema.”

Stud deu-lhe um sorriso irônico. “Posso garantir isso.”

Larissa observou enquanto ele descia da moto e pegava


o celular. Curiosa, ela recorreu ao Sex Piston.

“Conhecendo meu marido, ele está avisando Viper de


que você está sob a proteção dos Destructors.”

“Isso só vai deixar Moon mais irritado.” Preocupada, ela


começou a se mover em direção a ele.

Beth, que até então permanecia em silêncio, colocou a


mão em seu braço. “Deixe Stud falar com ele. Viper é razoável
e está acostumado a lidar com Moon.”

“Não quero piorar a situação. Eu já estraguei tudo o


suficiente.”

“Você tomou algumas decisões erradas”, Beth disse


francamente. “Mas nós também. Nós levamos todo mundo
para o clube quando não deveríamos. Nenhuma de nós estava
exatamente ansiosa para confessar, porque não queríamos que
eles soubessem que quebramos as regras. Eu não sou boa em
confrontos,” ela admitiu, dando um aperto reconfortante no
braço dela. “E minha irmã é ainda pior. Os Last Riders são
intimidadores no começo, mas assim que você os conhece,
percebe que nenhum deles realmente machucaria uma
mulher. Acredito que o Moon ter batido na Ginny foi um
acidente.”

“Fique com os pais de Sex Piston por alguns dias. Viper


falará com ele. Eu posso também. Dê a ele as informações que
ele deseja e mostre que você está disposta a encontrá-lo no
meio do caminho no que diz respeito ao bebê. Ele é o pai do
bebê; você vai ter que aprender a se dar bem com ele, queira
você ou não.”
JAMIE BEGLEY

O conselho sensato de Beth era o que ela precisava


desesperadamente.

“Eu posso fazer isso.” Larissa sentiu-se cada vez mais


confiante. Como diabos ela era capaz de ser calma e serena
quando a vida de uma mãe e de um filho dependia de suas
capacidades, mas ela se tornava um caso perdido quando
tinha algo a ver com Moon?

“Bom.” Beth deu-lhe um sorriso encorajador. “O latido


deles é realmente pior do que a mordida.”

Stud, que havia saído de trás de Beth, ouviu o que ela


disse. Sua expressão era cômica quando ele voltou a sentar-se
na moto.

“Eu conversei com Viper. Ele fará o que puder para


desacelerar o movimento de Moon, mas não tem grandes
esperanças. Deixei clara a posição dos Destructors: você está
sob nossa proteção.” Ele ligou sua moto. “Eu disse a ele para
manter Moon sob controle, ou eu o farei.”

Sex Piston deslizou em sua direção com suas botas de


salto alto. “Esse é meu homem.”

Desviando o olhar para o beijo apaixonado que Sex


Piston deu a Stud, Larissa pegou Jet olhando para ela. Ela
começou a conversar com Killyama até Sex Piston voltar.

“Vamos instalar você em sua nova casa.”

“Tem certeza de que seus pais não vão se importar?”

Sex Piston passou um braço em volta dos ombros dela.


“Confie em mim; isso vai fazer o dia deles.”

Ela seguiu o carro de Sex Piston no dela; a viagem levou


apenas dez minutos antes que ela parasse na entrada de uma
garagem em frente a uma casa modesta.
JAMIE BEGLEY

Antes de sair do carro, ela digitou o endereço da casa


dos pais de Sex Piston, a data e hora da consulta e as
informações que ele precisaria para o seguro. Seu dedo pairou
sobre o botão enviar. Ela estava prestes a dar o primeiro passo
para permitir que Moon entrasse na vida de seu bebê, e a
ansiedade a encheu. No entanto, ela iria superar o medo que
estava sentindo e dar-lhe a chance de provar que não era o
homem mal-humorado, volátil e desagradável que havia
demonstrado ser. Tão importante quanto, ela prometeu a si
mesma ser mais aberta em relação ao bebê e parar de ter tanto
medo dele. Era mais fácil falar do que fazer.

Prendendo a respiração, ela apertou enviar. Por que ela


se sentia como se tivesse acabado de colocar sua vida sob o
controle de Moon? Ele a afastaria como um inseto, a esmagaria
ou a deixaria se mover livremente. Ela não tinha grandes
esperanças quanto a esta última e só queria sobreviver às
outras opções.

Uma agitação de movimentos fez com que sua mão fosse


para onde seu filho estava se jogando e chutando.

“Você é um menino, não é?” ela especulou. “Espere aí.


Algo me diz que esta vai ser uma jornada difícil.”

Quero pensar em um nome de menino e de menina que Larissa vai

começar a usar para se referir ao bebê. Alguma sugestão de nome?

Estou curiosa. Não li nenhuma outra nota do autor. Há algo que

você quer que eu inclua e não estou? O que estou fazendo agora é

basicamente seguir o que tenho em mente quando termino o

capítulo. Eu quero isso fresco.

-Jamie Begley
JAMIE BEGLEY

CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

Ela nunca se sentiu tão nervosa em sua vida. Observar o


relógio, esperando Moon chegar, era desesperador.

O barulho de uma revista a fez olhar para o escritório,


onde Jet estava sentado, folheando a revista; ele parecia
despreocupado por ter que ir para Treepoint com ela.

Sex Piston havia mandado uma mensagem para ela esta


manhã, dizendo que Jet estaria dirigindo e ficaria com ela
durante a consulta. Ela protestou que a consulta era com a
irmã, então ela ficaria bem indo sozinha, mas Sex Piston
discutiu até que ela cedeu.

“Nossa... ele me faz querer me juntar aos Destructors”,


sussurrou Priss, olhando para Jet com apreciação.

Larissa lançou-lhe um olhar feio. “Nem pense nele. De


agora em diante, se pertencerem a um clube de motociclismo,
estarão fora dos limites.”

Priss fez uma careta para ela. “Você nunca foi a divertida
de nós três.”

Incapaz de argumentar a verdade, Larissa decidiu ficar


de olho no relógio.
JAMIE BEGLEY

Priss percebeu para onde sua atenção havia se voltado.


“Lana mandou uma mensagem dizendo que está a caminho.”

A abertura da porta fez com que três pares de olhos se


movessem em sua direção quando Lana entrou correndo.

“Ok, vamos começar. Tenho trinta minutos antes de


voltar do almoço.”

Larissa franziu a testa. “O Moon ainda não chegou.”

“Ele chegou”, Lana disse a ela enquanto se dirigia para


a sala de exame. “Estava estacionando sua moto quando entrei
pela porta.”

“Uau,” Priss murmurou baixinho.

Dando a Priss um olhar de advertência, avisou suas


duas irmãs, “Nós vamos ser profissionais e educadas, certo?”

Suas irmãs levantaram as mãos.

“Eu prometo”, disse Lana.

“Eu também”, concordou Priss.

Larissa olhou para Jet, que as observava.

“Por que você está olhando para mim?”

“Quero que você prometa também.”

“Então você vai ficar desapontada.” Indiferente, ele virou


uma página de sua revista. “Moon receberá o que der.”

“Posso dizer que isso vai correr muito bem.” Larissa


esfregou as têmporas. A dor de cabeça que ela vinha
enfrentando desde a viagem de Jamestown estava
gradualmente piorando à medida que ela se aproximava de ver
Moon.
JAMIE BEGLEY

O som da porta se abrindo a fez abaixar a mão. Forçando


um sorriso educado, ela apontou para a sala de exame.
“Estamos prontos.”

Ela não perdeu a maneira como a cara de pôquer de


Moon se tornou um pressentimento ao encontrar Jet no
saguão.

“Por que ele está aqui?”

“Jet me trouxe aqui. Ele está esperando para me levar


de volta a Jamestown.”

“Eu vou te levar de volta.”

“Na sua moto? Não me sinto confortável andando de


moto. Estou bem em voltar com Jet. Precisamos começar. Lana
tem que voltar para o hospital.”

Larissa entrou na sala de exames e sentou-se na maca


enquanto Lana tirava um estetoscópio do carrinho que havia
montado para a irmã para economizar tempo.

Moon se posicionou contra a parede enquanto Priss


fechava a porta.

“Você pode ficar com a cadeira, Moon.” Priss contornou


Lana para preparar o equipamento para o ultrassom.

Larissa sentou-se constrangida, enquanto Lana fazia


uma verificação de rotina de seus sinais vitais.

“Vejo que Priss pegou seu peso. Você ganhou meio quilo.
Como está se sentindo?”

“Bem.”

Sua irmã franziu a testa preocupada quando a pressão


arterial disparou. “Sua pressão arterial está ligeiramente
elevada. Isso é novo.”
JAMIE BEGLEY

Larissa sentiu o sangue subindo pelas bochechas


quando viu Lana e Priss olharem para Moon. que ainda estava
encostado na parede, observando-as em silêncio.

“Quero que você leve o kit de pressão arterial para casa.


Envie-me as leituras. Quero ficar de olho nisso.”

“Ok,” Larissa concordou.

“Deite-se.”

Ao se deitar na mesa de exame, ela sentiu os olhos de


Moon sobre ela. Até agora, só conseguiu olhar na direção dele
com moderação. Sua expressão fria mostrava que ele preferia
estar em qualquer outro lugar do que numa sala com elas.

Olhando para o teto, ela piscou para conter as lágrimas.


Isso foi tudo culpa dela. Ela praticamente podia ler os
sentimentos que vinham dele em ondas. Ela carregando seu
filho era o pior pesadelo de Moon.

Quando ela sentiu um tapinha em seu braço, olhou para


baixo e encontrou os olhos preocupados de Lana.
Silenciosamente, ela fez sinal de positivo, que estava bem.

“Tudo parece bem”, Lana disse a ela. “Moon, você quer


ver?” Lana apertou um botão para que pudessem ouvir os
batimentos cardíacos do bebê enquanto Moon ficava ao lado
da máquina.

Observando-o por baixo dos cílios, Larissa não percebeu


nenhuma mudança em seu semblante, então virou a cabeça e
olhou para a parede vazia.

“Você tem alguma dúvida, Moon?” Lana perguntou


educadamente enquanto desligava a máquina e começava a
limpar o gel do abdômen de Larissa.

“Ele está saudável?”


JAMIE BEGLEY

Larissa prendeu a respiração quando Moon contou que


estava tendo um menino.

“O que?” Moon olhou para elas enquanto Lana e Priss


olhavam para ele, horrorizadas com o que ele tinha feito.

As mãos de Priss foram para os quadris. Larissa achou


que era para não bater nele com a bandeja de metal, que estava
na mesa ao lado dela.

“Quando te mandei uma mensagem informando que


você ia ter um menino, lembrei especificamente que Larissa
queria que o sexo do bebê fosse uma surpresa!”

Larissa virou o rosto.

Em vez de se desculpar, Moon se curvou. “Foi uma


surpresa quando eu te contei?”

Larissa voltou-se para Moon. “Terminamos aqui.” Ela fez


questão de manter o tom para que ele não pudesse ouvir o
quanto a havia machucado. “Ainda não almocei. Se não se
importar, poderia nos arranjar uma mesa no King's? Gostaria
de conversar com você antes de voltar para Jamestown.”

Sem dizer uma palavra, Moon saiu da sala.

Suas irmãs olharam para a porta fechada, suas


expressões refletindo o mesmo desgosto.

Larissa sentou-se. “Moon está com raiva por eu tê-lo


colocado nesta posição.” Ela deu a desculpa para Moon, não
querendo que suas irmãs o odiassem pela maneira como ele se
comportou. “Ele está com raiva e tem o direito de estar. Deveria
ter contado a ele que estava grávida, em vez de fugir como uma
covarde. Temos que nos dar bem, gostemos ou não, pelo bebê”,
implorou ela às irmãs. “Gradualmente, poderemos nos tornar
amigos.”
JAMIE BEGLEY

Priss olhou para ela como se tivesse perdido o juízo.


“Estávamos ansiosas para que uma de nós tivesse um filho um
dia, e ele vai estragar tudo para nós.”

Larissa deslizou sobre a maca de exame. “Tenho certeza


de que ele diria a mesma coisa sobre eu ser a mãe de seu filho.”

Lana colocou o ultrassom de volta no lugar. “Concordo


com Larissa, Priss. Temos que ser compreensivas se
esperamos o mesmo em troca.” Ela se moveu para ficar na
frente dela. “Mas quero dizer uma coisa.” Sua voz tornou-se
firme. “Você não fez esse bebê sozinha. Precisou de dois. Não
vou vê-lo se comportar dessa maneira quando chegar para as
consultas, ou ele poderá esperar no saguão. Ou você diz
alguma coisa ou eu direi.”

“Eu vou.”

“Bom. Então preciso voltar para o hospital.”

“Obrigada, Lana.”

“A qualquer hora, mana.”

“Você realmente vai almoçar com aquele idiota?” Priss


perguntou depois que Lana saiu.

“Sim. Precisamos encontrar um meio-termo, não para a


gente se dar bem, mas para o bem-estar do bebê. Quero que
ele tenha um relacionamento saudável com nosso filho e isso
vai começar hoje”, disse ela com determinação.

“Você quer que eu vá com você?”

“Não, acho que Moon e eu precisamos ter essa conversa


a sós. Mais cedo ou mais tarde, terei que ser capaz de
conversar com ele e chegar a um acordo mútuo para sermos
mais cordiais um com o outro.”

Priss deu-lhe um aceno conspirador. “Fingir até


conseguir, certo?”
JAMIE BEGLEY

Larissa balançou a cabeça com seriedade. “Não, é mais


como trabalhar nisso até que se torne realidade.”

No momento, Moon e Larissa estão se interpretando errado. Moon

não quer ceder um centímetro e Larissa está disposta a dar-lhe

margem de manobra pelos erros que cometeu. Nenhum deles

consegue superar as impressões que têm um do outro. Larissa está

começando a tentar... mas Moon sendo um Last Rider, tem que

aprender da maneira mais difícil. Não posso dizer nada, pois sou

mais parecida com Moon. Tive que aprender tudo da maneira mais

difícil. Uma coisa que notei em mim mesma é que estou mais

disposta a admitir que não consigo fazer tudo. Quando eu era mais

jovem, era decidida a fazer as coisas do meu jeito. Agora, eu apenas

sigo o fluxo. Lol!

-Jamie Begley
JAMIE BEGLEY

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

Moon pediu a Evie que o sentasse em uma mesa de canto em


uma sala dos fundos. Ele pediu chá gelado e esperou por
Larissa quando Evie voltou para a frente do restaurante
depois de acomodá-lo.

Enquanto olhava sem ver a cesta de pão que a garçonete


trouxe, ele se repreendeu pela maneira como agiu. Por que ela
o afetava tanto? Tudo o que precisava fazer era olhar para ela
e todas as terminações nervosas de seu corpo entravam em
alerta máximo. Ele nunca havia experimentado essa reação
com as inúmeras mulheres com quem esteve. Quanto mais ele
mantinha distância emocional dela, mais desequilibrado ele se
sentia por causa do bebê. Como ele poderia não gostar tanto
da mãe quando as emoções crescentes que ele estava
começando a sentir por seu filho estavam no mesmo pacote
atualmente? Claro, a turbulência terminaria quando seu filho
nascesse, mas ele decidiu não deixar o que sentia pelo bebê se
entrelaçar com Larissa e mantê-los separados.

Ela não o deixou esperando por muito tempo antes de


deslizar para a mesa em frente a ele.

Quando a garçonete se aproximou, ela pediu um chá.


Assim que a garçonete saiu, eles ficaram sentados em silêncio,
apenas olhando um para o outro.
JAMIE BEGLEY

“Moon …”

Larissa conseguiu deixar seu receio de lado e falar como se


pelo menos estivessem conversando. “Sei que você não gosta
de mim. Peço desculpas por não ter contado que estava grávida
quando descobri. Continuei adiando porque fiquei
imaginando, se eu fosse você, como reagiria se uma completa
estranha viesse até mim e me dissesse que estava grávida.
Hesitei muito. Aí, quando eu ia te contar de verdade, você foi
ao consultório e disse que não queria me ver de novo. Eu só...
não sabia o que fazer naquele momento. Saí para ficar com
minha mãe e dar-lhe tempo para superar sua raiva de mim.
Eu tinha toda a intenção de voltar, mas minha amiga me pediu
para ficar com ela. Ela ne…”

O rosto de Moon permaneceu passivo enquanto ele


tirava uma fatia de pão da cesta e começava a comer.

Enquanto ela falava, ele ouvia com atenção enquanto


seus olhos percorriam os outros clientes sentados na sala.

Ela ainda estava falando quando ele terminou o pão e


esfregou as mãos para se livrar das migalhas.

“Sabe, o que estou ouvindo não passa de desculpas.


Poupe-se do trabalho. A garçonete está voltando; você quer
algo para comer?”

Larissa sufocou seus sentimentos feridos, esperando


que, assim que ele tivesse a chance de expor suas queixas,
pudessem seguir em frente.

“Não, obrigada. Não estou com fome.”

A ideia de comer qualquer comida na frente dele fez seu


estômago revirar. Seu apetite não pareceu ter sido afetado
quando ele pediu um prato de lombo e pediu à garçonete que
trouxesse mais pão.
JAMIE BEGLEY

“Tenho procurado várias casas à venda. Eu reduzi para


quatro. Marquei um encontro para sexta-feira, às doze horas,
com um corretor de imóveis para mostrá-las a você.”

“Por enquanto, vou ficar em Jamestown.”

“Por enquanto” – Moon estreitou os olhos para ela – “isso


funciona até decidir qual casa você quer.”

“Quando estiver pronta para voltar, encontrarei meu


próprio lugar.”

“Exatamente quando será isso?”

“A questão é: por que é tão importante que eu faça isso?”


Ela lançou-lhe um olhar interrogativo. “Você me disse
claramente que não queria me ver na cidade antes de eu estar
grávida. Você não faz nenhum esforço para esconder o quanto
não gosta de mim... Do jeito que a fofoca corre pela cidade,
todo mundo sabe como engravidei. O bebê só nascerá daqui a
vários meses, e realmente não quero passar esses meses com
todos observando cada movimento que eu faço. Não, obrigada.”

“Não dou a mínima para o que alguém nesta cidade


pensa. Quero você perto, na cidade, então, se acontecer
alguma coisa, estarei lá.”

“Nada vai acontecer”, ela assegurou. “Mesmo que algo


aconteça, tenho amigos em Jamestown a quem posso recorrer
a qualquer momento, até que minhas irmãs, ou você, possam
chegar lá.”

Flexionando a mandíbula, Moon acenou com a cabeça


para o lado sem tirar os olhos dela. “Plane1 é um desses
amigos?”

O rosto de Larissa ficou contraído. “O nome dele é Jet.”

1 Aqui a autora faz um trocadilho com o nome Jet – Jato / Plane – Avião / Luggage

- Bagagem.
JAMIE BEGLEY

Moon bufou por entre os dentes. “Estava sendo generoso


chamando-o de Plane. Foi Luggage quem deu a ele o apelido?”

“Não sei. Não perguntei. Quem te apelidou de Cow2?”

Moon não gostou do sarcasmo voltando para ele. “Isso é


outra coisa; Não quero ver o rosto dele nas suas consultas.”

“Você não tem o direito de...”

Moon se inclinou para frente em seu assento e então parou


com a reação dela. Pelo lampejo de medo, parecia que ela
pensava que ele iria bater nela. Antes que pudesse garantir a
ela que tudo o que faria era evitar que o copo de chá perto de
sua mão trêmula derramasse, Jet estava lá, puxando-a para
fora da mesa.

“Vá se sentar na minha mesa.” Jet apontou para uma


mesa não muito longe de onde estavam sentados. “Eu pedi
uma sopa e um sanduíche para você. Preciso conversar com
Moon.”

Moon observou Larissa se afastar enquanto Jet se


sentava.

“Você quer falar comigo do jeito que falou com Larissa?”

“Vai se foder!” Moon rosnou para ele.

“Eu irei, de bom grado, assim que Stud me der a palavra.


Até então, pode muito bem se acostumar com a minha cara.”

“Então se acostume a ter uma nova quando eu a


reorganizar para você.”

Jet deu uma risada oca. “Você pode tentar... mas


conseguirá mais do que espera. Ao contrário de você, recebi
meu apelido por jogar uma bomba em um filho da puta que

2 Cow – Vaca.
JAMIE BEGLEY

não sabia que não deveria brincar comigo. Enquanto, pelo que
ouvi, você supostamente ganhou o seu pelo quão fácil é para
você pegar mulheres. Embora, tenho certeza de que ouvi
incorretamente. Pela maneira como você está tratando Larissa,
não acredito que consiga encontrar uma mulher disposta a lhe
dar atenção. Foi muito baixo da sua parte revelar o sexo do
bebê quando ela não queria saber.”

O temperamento de Moon disparou com a reprimenda


do Destructor. “Larissa contou a você?”

“Não, Larissa não disse uma palavra. Eu a ouvi e Priss


conversando depois que você saiu.”

“Stud tem um verdadeiro tesouro em você por ouvir todo


tipo de merda. Pena que você não pôde estar na sala conosco;
teria visto que ela não podia olhar para a máquina de
ultrassom. Isso me irritou.”

A expressão surpresa de Jet fez Moon desejar não ter


compartilhado a informação.

“Então você disse a ela o sexo do bebê porque ela não


olhou o ultrassom e não pediu uma imagem?”

“Que mãe não quer olhar ou pedir a imagem do


ultrassom?”

As sobrancelhas de Jet se ergueram tão alto que se


encontraram no meio da testa. “Posso estar errado nisso, mas
presumo”, disse ele sarcasticamente, “uma mãe que sabe ler
um ultrassom e quer manter o sexo como uma surpresa.”

O pensamento deveria ter lhe ocorrido, mas não


aconteceu. Ele estava tão ocupado tentando controlar seu
pênis rebelde ao ver o abdômen inchado de Larissa que
precisou de tudo para não expulsar suas irmãs da sala e
enterrar seu pau nas profundezas quentes que assombravam
suas noites?
JAMIE BEGLEY

Ele não estava orgulhoso de seu comportamento – o


arrependimento surgiu imediatamente – mas em vez de se
desculpar, ele fez o que sempre fazia e dobrou a aposta.

“Não entendo. O que há com você? Se eu consigo


entender essa merda, você também deveria, a menos que não
queira.” Jet inclinou a cabeça curiosamente. “Qual é o
problema? Está irritado porque ela está grávida? Você plantou
aquela semente e ela brotou. Seja homem e cuide da porra do
jardim.”

“E se você pensasse que plantou no jardim de outra


pessoa?” Moon perguntou maliciosamente.

“De onde estou vendo” – Jet lançou um olhar de cobiça


na direção de Larissa – “não há nada de errado com aquele
jardim. Eu não me importaria de cuidar dele se você não o
fizesse.”

Moon saltou da cadeira, prestes a saltar sobre a mesa.


Um frio congelante o atingiu enquanto a risada de Jet
reverberava em seu crânio. O lado negro dele estava preparado
para atacar quando Evie entrou na sala para reabastecer a
bebida de Larissa.

Jet percebeu que a chegada da outra mulher lhe deu um


alívio. “Relaxe… não vou roubar Larissa de você.” Ele saiu da
mesa. “Não vou precisar. Você está praticamente entregando-
a. Você está em um clube há tanto tempo que se esqueceu de
como tratar uma mulher que não está lá. Sua perda, meu
ganho.” Jet lançou-lhe um olhar desdenhoso. “Aproveite o
pão.”

Moon puxou sua carteira e tirou algum dinheiro.


Arrastando Evie para fora da sala, ele a alcançou, pagou pela
refeição que não comeu e depois foi embora.

Ao subir na moto, lembrou-se da maneira como Larissa


se encolheu quando ele endireitou o copo de chá e quando ele
passou pela mesa dela para sair.
JAMIE BEGLEY

Ele dirigiu de volta para a sede do clube e estava


estacionando quando felizmente avistou Viper e Train
descendo as escadas. Moon desceu da moto para interceptar
Viper antes que ele pudesse subir na moto.

“Para onde vocês dois estão indo?”

Viper lançou-lhe um olhar desconfiado. “Train e eu


vamos nos encontrar com Reaper na casa dele.”

Moon acenou com a cabeça para o SUV de Viper. “Posso


pegar seu carro emprestado?”

A sobrancelha de Viper levantou-se. “Você quer meu


carro emprestado?”

“Sim. Posso ou não? Estou com pressa.”

“Claro.” Viper enfiou a mão no bolso para tirar as chaves,


puxando uma das chaves do anel antes de entregá-la a ele.

Moon pegou a chave dele.

“Você tem uma licença atual, não é?” Train brincou.

Se não quisesse voltar ao restaurante antes de Larissa


partir, ele enfiaria a licença na bunda de Train.

Ele já estava se movendo em direção ao SUV, mas


aproveitou o tempo para deixar Train saber que não gostava do
seu humor.

“Lembre-me de mostrar a você quando eu voltar.”

Eu amo o Moon. Ele adora provocar os outros, mas não consegue

aguentar quando recebe o troco. Eu tinha um irmão assim - o Dale.

Ele adorava provocar as pessoas e depois ficar só observando o circo

pegar fogo. Ele era um verdadeiro maluco… Ele chegava numa

garagem, parava o carro bruscamente e começava a gritar só para


JAMIE BEGLEY

te assustar. Nunca se sabia o que ele faria ou quem ele iria irritar

a seguir. Mesmo dizendo a si mesmo para não cair na provocação,

ele sabia exatamente o que te deixaria furioso e pressionava esse

botão.

Meu outro irmão e sua esposa levaram Dale para Las Vegas (isso

foi antes de eu morar lá), e enquanto meu irmão mais velho estava

em uma reunião de negócios, sua esposa e Dale começaram a jogar.

Eles devem ter perdido muito dinheiro porque meu irmão mais

velho fez Dale pegar o ônibus para casa. Rindo muito! Isso

aconteceu anos atrás. Desde então, Dale faleceu, mas ainda

contamos essa história, e agora estou a passando para vocês.

-Jamie Begley
JAMIE BEGLEY

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

Quando ela saiu do restaurante, Larissa parou ao ver Moon


encostado em um SUV.

“Vou levar você de volta de Treepoint.”

Sem palavras, ela estava tentando recusar


educadamente quando sentiu Jet caminhando atrás dela.

“Ela vai comigo”, disse Jet.”

Larissa estava cansada e mal-humorada o suficiente


para não ouvir os dois homens trocando farpas um com o
outro. Ela poderia estar de volta a Jamestown antes que a
discussão terminasse, então seria mais rápido concordar com
Moon, prevenindo a discussão antes que ela pudesse começar.

“Eu vou com Moon,” ela concordou, não perdendo o


sorriso provocador que Moon deu a Jet quando ele abriu a
porta do carro.

Dando-lhe um olhar tímido, ele se voltou para Jet.


“Desculpe, sou um idiota. Vou trabalhar nisso.”

Ela não confiava nas desculpas de Moon, mas entrou no


SUV.
JAMIE BEGLEY

Ao afivelar o cinto de segurança, ela ficou aliviada


quando Moon entrou no veículo sem que mais palavras fossem
trocadas entre eles.

Preocupada, ela olhou no espelho lateral enquanto


saíam do estacionamento. O que ela faria se ele não a levasse
de volta para Jamestown como disse que faria?

“Não tenho intenção de sequestrar você.”

Um pouco da tensão começou a diminuir dela,


permitindo-lhe relaxar um pouco.

“Quero me desculpar pela maneira como agi hoje e


ontem.”

Desconfiada, Larissa desviou o olhar da janela enquanto


ele falava.

“Quando me imaginei sendo pai, não foi assim que


pensei que seria.”

Ela podia ouvir a verdade em suas palavras.

“Nem eu”, ela disse suavemente.

“Estou descontando em você, o que eu não deveria ter


feito. Desculpe.”

Larissa olhou para suas mãos. “Eu também sinto muito.


Não estaríamos nesta posição se eu tivesse sido honesta.”

Moon ligou o pisca-pisca e entrou no longo trecho da


estrada que os levaria a Jamestown.

Quando ela checou o espelho retrovisor novamente,


Larissa viu que Jet os seguia.

“Eu não sei sobre isso.” Moon tirou os olhos da estrada,


lançando-lhe um olhar divertido. “Nós ainda teríamos feito
sexo. A única diferença seria que eu saberia o nome correto
para chamá-la.”
JAMIE BEGLEY

A mudança drástica na maneira como ele falava com ela


levantou sua guarda. O que trouxe a mudança repentina?

“Você se importa que eu pergunte: por que decidiu se


desculpar em menos de trinta minutos?”

“Pode me perguntar qualquer coisa”, ele ofereceu. “Para


responder à sua pergunta, pode agradecer ao Jet.”

“Jet?”

“Ele me deu uma bronca por estragar a surpresa de que


vamos ter um menino.”

“Como disse, nada disso é como imaginamos.”

Arrependimento encheu seus olhos. “Fui um idiota.


Realmente sinto muito. Quando você não olhou para o
ultrassom e não quis pegar uma imagem, presumi que você
não se importava o suficiente porque eu era o pai.”

Larissa respirou surpresa com a revelação.

“Jet foi muito mais inteligente do que eu. Ele disse que
era porque você poderia ver que o bebê era um menino ou uma
menina.”

Seu pedido de desculpas aliviou parte da dor que ele


havia infligido por sua ação.

“Eu teria.”

“Sou um idiota. Também não quero que você me olhe


como fez no almoço. Eu estava arrumando seu copo para que
não derramasse.”

“Eu percebi. Exagerei. Desculpe.”

“Uau...” Moon lançou-lhe um rápido olhar divertido


antes de voltar seu olhar para a estrada. “É bom para mim que
um bebê demore nove meses para nascer; demorei tanto tempo
para colocar a cabeça no lugar. Até ele chegar aqui, vou
JAMIE BEGLEY

trabalhar para nos tornarmos amigos... com a sua ajuda, é


claro.”

Incerteza a inundou. Queria acreditar que ele estava


sendo honesto com ela, mas sua voz interior gritava que era
apenas para se exibir.

“Moon, você não precisa fingir para mim. Sei que não vai
acreditar nisso, mas realmente não desejo mantê-lo longe de
seu filho. Não precisa fingir para mim”, disse Larissa com
sinceridade. “Posso não ter demonstrado isso, mas sou
realmente uma pessoa sensata. A coisa mais louca que já fiz
na vida foi abrir a porta do seu quarto. Desde então, cometi
um erro após o outro. Eu realmente não quero fazer mais nada.
Gostaria que nos tornássemos amigos, se a oferta for genuína.”

“Isso vale para os dois lados. Eu tenho que arriscar que


você está sendo tão sincera quanto estou sendo.”

“É aí que você tem vantagem.”

Moon lançou-lhe um olhar curioso. “O que você quer


dizer?”

Seus lábios se curvaram em uma risada. “Você conhece


a si mesmo. Eu sou péssima em fingir ser outra pessoa.”

A risada de Moon encheu o carro. “Sim, você é.”

Durante o resto da viagem de carro, os dois tentaram


aprender mais um sobre o outro. A princípio, Larissa
respondeu às perguntas de Moon com cautela, com medo de
que ele pudesse de alguma forma usar a informação como
munição. Por outro lado, Moon não parecia ter as mesmas
reservas, respondendo facilmente às suas perguntas, às vezes
até zombando de suas respostas.

“Você é de Kentucky?” ela perguntou.

“Não. Eu nasci no Havaí. Você?”


JAMIE BEGLEY

“Morei em Kentucky minha vida inteira. Como você


acabou aqui?

“Entrei para o Last Riders quando saí do serviço. O clube


se originou em Ohio e depois se expandiu para Kentucky.”

“Você vai e volta entre os dois?”

“Sim”, ele respondeu casualmente. “Onde você prefere


morar, Treepoint ou Bowling Green?”

“Bowling Green. Estou perto da minha mãe. Pris e Lana


também estão, mas querem abrir um centro de parto onde
houver necessidade. Existem várias opções em Bowling Green,
que Treepoint não possui. De qualquer forma, foi por isso que
me mudei para cá.”

“Sua mãe não quer se mudar para cá?”

“Eu gostaria.” Ela suspirou. “Mamãe é apegada à casa


dela. Ela também é próxima de uma amiga minha. Mamãe
considera Taya outra filha. A única coisa que a arrastaria para
longe de Bowling Green seria uma praia. Ela viaja algumas
vezes por ano, e um de nós quatro geralmente vai com ela. Ela
está economizando para Aruba agora. Que trabalho você fez no
exército?”

“Um pouco disso, um pouco daquilo...” Quando ele


dirigiu o SUV para a faixa lenta para deixar um caminhão
passar, Larissa viu seus olhos se moverem para o espelho
retrovisor, verificando se Jet ainda os seguia. “Principalmente
reconhecimento.”

“Reconhecimento?” Ela teve que olhar pela janela lateral


para manter o rosto sério. “Você recebe muitas tarefas?” Ela
tossiu levemente para esconder a risada estrangulada;
precisou fazer tudo o que podia para não lhe contar que havia
testemunhado sua perícia.
JAMIE BEGLEY

“Um pouco. Principalmente coisas chatas. E você? Você


gosta de ser parteira?”

Larissa virou-se da janela. “Eu adoro”, ela respondeu


simplesmente. “Eu amo tudo sobre isso. Consigo desenvolver
um relacionamento próximo com minhas clientes e as ajudo a
trazer a pessoa mais importante do mundo para elas. A maioria
das mulheres não sabe dizer o nome do médico que fez o parto
do bebê anos depois, mas elas se lembram de mim. Eu me
torno parte da família delas.”

“Você poderia fazer o mesmo se trabalhasse


exclusivamente em um hospital.”

“Quero oferecer às minhas clientes uma escolha entre a


medicina tradicional e a holística. Elas podem ir ao hospital
para ter o bebê ou ficar em casa se não houver complicações.
Os hospitais são mais 'o que eu digo vale'. É impessoal. O que
é mais pessoal do que abrir as pernas e ser examinada por
vários funcionários e médicos? No entanto, elas... uau... sinto
muito. Quando eu começo a falar sobre ser parteira, posso não
parar.”

“Parece que você leva isso mais a sério do que apenas


um trabalho.”

“Eu faço. Toda a minha família faz. Minha mãe era


enfermeira neonatal antes de se aposentar. O que você faz, já
que não está mais no exército?”

“Um pouco disso, um pouco daquilo”, ele respondeu


indiretamente. “Trabalho na fábrica para os Last Riders, faço
segurança quando eles precisam de mim, ajudo os irmãos em
seus trabalhos – coisas assim.”

“Parece cansativo.”

“É”, ele concordou. “Mas nunca tive medo do trabalho


duro, e ele traz recompensas.”
JAMIE BEGLEY

“Ouvi dizer.”

Moon levantou uma sobrancelha maliciosa para ela.


“Você quer dizer as mulheres?” Ele deu a ela um sorriso lento.
“Não posso dizer que tive problemas para obtê-las, mesmo
antes de entrar para o Last Riders.”

Que Moon era um idiota insensível era uma das poucas


coisas que ela sabia sobre ele.

Desejando ser inteligente o suficiente para dar uma


resposta mordaz, ela mudou de assunto. Foi ela quem
começou com a insinuação sobre as recompensas de ser um
Last Rider. “E sobre sua mãe? Ela mora em Kentucky?”

“Não. Falo com ela ocasionalmente. Não somos


próximos, como você é com sua mãe.”

“Você tem irmãos ou irmãs?”

“Não.”

Quando viu a ponte se aproximando, Larissa quase


lamentou terem chegado a Jamestown.

“Você precisa que eu dê instruções?”

“Não, eu pesquisei quando você me mandou uma


mensagem com o endereço. Você gosta de ficar com os pais de
Sex Piston?”

“Eles são muito fofos.”

Larissa não perdeu a expressão zangada dele ao


responder.

“Eles realmente são!”

“Não duvido que sejam para você.”

“Eles não são para você?”

“Não posso dizer.”


JAMIE BEGLEY

Confusa, ela olhou para ele. “Então por que você fez
aquela cara quando eu disse que eles são fofos?”

“Eu preferiria que você me dissesse que os odeia e que


não quer ficar lá”, ele admitiu.

Ela não pôde deixar de dar uma risada apreciativa.


“Gosto da sua honestidade.”

Moon parou o carro em frente à casa dos pais de Sex


Piston para estudá-la atentamente. Ele achou que ela estava
brincando?

“Estou falando sério.”

Seus lábios se torceram ironicamente. “Pelo menos


posso marcar uma coisa que você gosta em mim no placar.”

Desafivelando o cinto de segurança, ela estendeu a mão


para a maçaneta da porta, preparando-se para sair. “Obrigada
pela carona. Estou feliz que finalmente conseguimos ter uma
conversa sem discutir.”

“Tecnicamente, é a segunda vez que passamos um


tempo sem discutir.”

A maneira como Moon estava olhando para ela a fez se


sentir aquecida e necessitada. Sua garganta ficou seca como
um deserto, o que significava que ela não conseguia
pronunciar uma palavra, mesmo que conseguisse formar uma
em sua mente.

A aparição repentina de Jet ao abrir a porta a fez sair do


carro.

Ela estava fechando a porta quando Moon saiu.

“Vou mandar uma mensagem para você quando marcar


outro encontro com Lana.”

“Sim... eu...” Ele parou com um olhar furioso para Jet.


“Você se importa?”
JAMIE BEGLEY

Jet olhou de volta, imperturbável. “De jeito nenhum. Vá


em frente. Vou esperar.”

Ela teria que testemunhar esse concurso de mijo toda


vez que saísse?

“Estou bem, Jet. Obrigada. Moon e eu chegamos a um


entendimento.”

“Uau. Que choque.”

Larissa franziu a testa. “Nós três vamos nos dar bem,


não vamos?”

Ela olhou para os homens até que Jet se afastou e voltou


a sentar-se em sua moto, então suspirou aliviada porque a
discussão entre os dois homens havia sido evitada.

“O que você ia dizer antes de ser interrompido?”

“Eu estava prestes a sugerir que nos encontrássemos


amanhã para discutir qual casa...”

A conversa que tiveram na viagem foi apenas um


estratagema para conseguir o que queria?

“…Estou pensando em comprar uma para mim. Entendo


que você ainda não está pronta para voltar para Treepoint.
Quando estiver pronta, pelo menos você estará mais informada
sobre o que está disponível no mercado imobiliário. Eu gostaria
apenas da sua opinião.”

A indecisão a encheu.

“Gostaria de saber, antes de assinar na linha pontilhada,


que é uma casa onde você não se preocuparia com a
permanência de nosso filho quando ele for fazer uma visita.”

Larissa deixou de lado sua hesitação. E se ele comprasse


uma casa com piscina ou em uma rua movimentada? Ela
preferia ajudar Moon do que se arrepender mais tarde.
JAMIE BEGLEY

“Que horas?”

“Que tal duas?”

“Vejo você amanhã.”

“Obrigado, Larissa.”

Ela estava confiante de que havia tomado a decisão


certa, com base na maneira séria como Moon olhou para ela
antes de entrar no carro.

“Vejo você amanhã”, ele gritou pela janela enquanto se


afastava.

Quando ela se virou para entrar, a expressão de pena de


Jet a deteve.

“Você caiu nessa, anzol, linha e chumbada.”

Quando o carro de Moon fez a curva e desapareceu de


vista, sua compostura diminuiu.

“Não, eu não fiz isso,” ela argumentou, limpando a


garganta.

“Então por que ir?”

“Você não pode lutar contra um maremoto; tem que


nadar para salvar sua vida ou será levado embora.”

“Ahh… então você vai nadar.” Jet assentiu com


aprovação.

“Não”, ela disse ironicamente. “Nunca fui muito


nadadora. É mais provável que eu afunde do que seja
arrastada.”

“Então... eu não entendo?”

“Existe uma terceira opção.” De forma protetora, ela


colocou a mão em seu abdômen.

“Qual é …?”
JAMIE BEGLEY

“Evitar o maremoto antes que aconteça.”

Este foi um capítulo longo. Eu queria fazer vários hoje, mas acabei

tendo que pesquisar algumas coisas. Eu gostaria que houvesse mais

horas em um dia. Estou aqui desde nove e meia e já é quase meia-

noite. Perdi algumas horas fazendo a pesquisa que precisava. A

maioria das pessoas odeia, mas adoro pesquisar. Tenho tendência a

continuar lendo mais do que preciso. Suponho que, de certa forma,

isso me dá uma folga. Outras vezes, pode estimular uma ideia. Às

vezes, tenho algumas ideias excêntricas sobre as quais quero

escrever livros. Espero poder viver até os cem anos para poder

escrever todos eles.

-Jamie Begley

Você também pode gostar