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Resumo APRESENTAÇÃO 31-08-2016
Resumo APRESENTAÇÃO 31-08-2016
◦ Luta de classes;
◦ A vertente ortodoxa justifica a intervenção do Estado a partir de falhas
no mercado;
◦ Para a vertente marxista, a intervenção se justifica a partir da
compreensão das necessidades postas pela acumulação de capital e do estágio
da estrutura das relações de classes;
◦ Função acumulação x função legitimação; e
◦ O Estado deve se equilibrar entre estas duas funções.
PERÍODOS CARACTERÍSTICAS
Pensamento Keynesiano
Em 1936, a obra “Teoria Geral do juro, do emprego e do Dinheiro(moeda)” de John
Maynard Keynes, apresenta novo ponto de vista sobre o déficit, a dívida pública e do papel
do Estado na economia.
Visando garantir a sobrevivência do sistema capitalista em crise, Keynes nega a
capacidade natural de equilíbrio do mercado.
Apresenta-se, assim, uma nova concepção de Estado, em que a dívida pública e a
política fiscal ganham legitimidade ao promoverem o reequilíbrio das desigualdades e
garantirem maior coesão social. A criação de demanda efetiva e a injeção de moeda no
mercado, passam a ser entendidos como remédio para as crises econômicas em determinados
períodos de ondulações cíclicas de instabilidade.
Na ideia de Keynes, a própria recuperação e expansão da atividade econômica,
resultaria no aumento da arrecadação do Estado e garantiria o pagamento dos encargos da
dívida contraída no período de crise.
O Mercado de Títulos da Dívida Pública, desenvolve-se significativamente sob a
concepção keynesiana, pois seria o meio pelo qual o Estado deveria exercer influência sobre
a taxa de juros e garantir boa coordenação entre a política fiscal e a monetária.
O foco da teoria de Keynes é a administração da dívida, com a determinação de
sua melhor composição de prazos e vencimentos, sua estrutura de juros, com custos mais
baixos do financiamento público, para não gerar expectativas desfavoráveis junto aos
agentes econômicos.
O Estado tem o dever de promover a sintonia entre a política fiscal e a monetária,
desempenhando seu papel anticíclico e mantendo reduzidos os custos de financiamento da
dívida pública.
As Expectativas racionais: um novo papel para a política fiscal e para a dívida pública
Rompimento com as ideias keynesianas, baseando-se no modelo neoclássico-
monetarista com expectativas racionais; (Dívida pública é sinônimo de ineficiência alocativa
com grandes riscos ao crescimento econômico e à estabilidade monetária)
“Equivalência ricardiana” (Barros 1974): “financiamento dos gastos públicos com
a emissão de dívida tem o mesmo efeito sobre a atividade econômica que seu financiamento
através de impostos”, pois os agentes privados são capazes de neutralizar, racionalmente, a
ação do governo e o déficit público; (Não explica como equacionar a montanha de dívida
pública acumulada nas mãos do Estado.)
Sustentabilidade da Dívida (Blanchard 1984): a influência da dívida pública sobre
a taxa de juros (esperada e do presente), o que decorre da expectativa dos agentes sobre a
trajetória da dívida (quanto maior o risco, maior a taxa de juros);
Portanto, o governo deveria controlar a dívida pública (sustentabilidade/redução da relação
dívida/PIB) para controlar as taxas de juros;
O Autor demonstra neste tópico, que as dívidas estão sujeitas a muitas variáveis
que, por sua vez, podem se sujeitar a outras variáveis.
APRESENTAÇÃO DA DÍVIDA :
Termos absolutos (montante)
Termos Relativos – dívida relacionada à determinada variável econômica (ex. Dívida/PIB)
.
A) Visão Geral
policy – Política Pública
policy-Making - Construção, criação, geração, desenvolvimento ou produção de política
pública.
policy subsystem – Subsistema político (ex. o sistema educacional é um subsistema da
política pública)
Jenkins (1978) - “um conjunto de decisões inter-relacionadas, tomadas por um ator ou grupo
de atores políticos, e que dizem respeito à seleção de objetivos e dos meios necessários para
alcançá-los, dentro de uma situação específica em que o alvo dessas decisões estaria, em
princípio, ao alcance desses atores”.
Definição mais complexa, que compreende a decisão pública como um processo dinâmico,
resultante conjunto de decisões inter-relacionadas, na busca do alcance de objetivos
determinados, por meios igualmente determinados, porém delimitados pela capacidade do
governo de implementar suas decisões.
- Surgiu na América do Norte e Europa, após II Guerra Mundial -> motivada pelo
crescimento da atividade do setor público em relação à criação de programas econômicos e
sociais; Visão mais voltada para a filosofia política, sobre qual a finalidade do governo.
Apesar de ter gerado um debate rico sobre a natureza da sociedade, o abismo entre a teoria
e as práticas políticas dos estados modernos levou à busca de outro método de estudo,
voltado à avaliação dos outputs (produtos) e outcomes (resultados).
- Lasswell (1951) -> A ciência política teria 3 características que a diferenciavam das
abordagens iniciais: multidisciplinar, voltada para a solução de problemas e explicitamente
normativa; Essa orientação geral continua conosco. Mudanças: preocupação exclusiva com
a solução de problemas diminuiu. Complexidade do próprio processo político afastou que os
governos seguissem à risca as recomendações dos experts; quanto a multidisciplinariedade:
a ciência política se tornou uma ciência em si. Agora, os experts de outras disciplinas
também têm que ter conhecimentos sobre a ciência política; quanto à normatividade: hoje
são recomendadas medidas simples com eficiência e eficácia, exatamente pelo problema
anteriormente relatado da complexidade do processo político.
Ideia da política pública como sendo “uma disciplina prática cujo propósito
explícito é aconselhar os policy makers sobre a melhor maneira de lidar com problemas
públicos”.
a) Abordagem positivista (1960-70): Economia do bem-estar -> o mercado seria o
mecanismo mais eficiente para alocar os recursos da sociedade. Em eventuais falhas de
mercado, as instituições políticas agiriram para suplementar ou substituir com o fim de
produzir melhores resultados, incrementando o bem-estar global da sociedade.
Crítica a esta teoria: falta de critérios aceitos, de fórmula. Subestimam a importância dos
interesses materiais sobre os quais o discurso se baseia.
c) Conciliação entre as abordagens: Mayer, Van Daalen e Bots (2004). Seis estilos
distintos de análise política:
- Racional
- Aconselhamento a cliente
- Argumentativo
- Interativo
- Participativo
- Processo
- Public choice: Os atores políticos agiriam racionalmente, para maximizar sua “utilidade” e
“satisfação”. Guiados pelo autointeresse. Eleitores comparados a consumidores. Procura
promover uma visão do neoliberalismo.
Crítica: estado de campanha eleitoral permanente; deve-se construir uma ordem política que
canalize o comportamento egoístico dos indivíduos para o bem comum, e não o contrário.
Supersimplificação da psicologia e do comportamento humano.
Visão mais amena: se concentra nos elos entre o Estado (autônomo e com capacidade de
divisar e implementar seus próprios objetivos) e a sociedade (no contexto da teoria pluralista
de grupo).
D) Conclusão
Em cada arcabouço teórico são abordados, de maneiras distintas, três elementos
essenciais:
a) atores – os quais podem ser vistos como sujeitos ativos ou passivos;
b) ideias que moldam as deliberações políticas – do ponto de vista particular até sistemas de
crenças amplos e duradouros;
c) estruturas sociais e políticas – “arenas que estabelecem as regras do jogo”;
a) Capitalismo:
- as associações empresariais gozam de capacidade para influenciar políticas públicas; Os
capitalistas nacionais ou estrangeiros têm a capacidade de “punir” o Estado por quaisquer
ações que desaprovem;
- contribuições financeiras das empresas aos partidos políticos;
- vínculo com a teoria do liberalismo; duas variantes: Estado residual e Estado corretivo;
- as duas variantes tratam o Estado como entidade antiliberal, cuja própria existência ameaça
os mercados e as liberdades individuais; não faz jus à complexidade da ação estatal;
b) Democracia:
- permite que os segmentos mais fracos da sociedade tenham algum controle sobre o Estado;
ajuda a modelar o funcionamento interno do Estado e, pelo uso da autoridade estatal, o modo
de funcionamento dos mercados para determinados bens e serviços no futuro.
B.3.2 O público:
- papel direto relativamente pequeno;
- capacidade dos eleitores de dirigir o curso da política em geral é inexpressiva;
- impacto da opinião pública é mais frequente e difuso;
- dificuldade de ouvir o “murmúrio coletivo” (Rosseau);
B.3.3 Burocracia
- a própria lei prevê que certas funções sejam desempenhadas pela burocracia;
- acesso incomparável a recursos materiais;
- ampla gama de habilidades e expetises;
- acesso a vasta quantidade de informações sobre a sociedade;
- longa carreira estável lhes conferem vantagem sobre o próprio executivo eleito;
- deve-se ter cuidado com este setor, porém não exagerar em seu papel;
Regimes político-administrativos:
- fenômeno da persistência dos componentes políticos fundamentais ao longo de períodos
razoavelmente longos de tempo;
- paradigma político + subsistema político
- compreender como se formam os subsistemas, paradigmas e regimes, como eles são
mantidos e como mudam é aspecto crucial da pesquisa em política pública;