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Gestão de Finanças Públicas

Prof. Rafael Eduardo Inácio do Nascimento


• Competência da Teoria das Finanças Públicas;
Unidade de Ensino:

• Resumo: Teoria das Finanças Públicas: Conceitos básicos,


teoria Clássica, teoria Keynesiana e atribuições
Econômicas do Estado.
• Palavras – chave: Finanças Públicas; teoria Clássica; teoria
Keynesiana; funções fiscais.

• Título da aula: Teoria das Finanças Públicas

• Aula 01
TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Atribuições Econômicas do Estado
1. Atribuições Econômicas do Estado
Que atribuições são estas do Estado, geradoras de crescentes despesas
e que exigem cada vez maiores recursos para seu financiamento?

• O liberalismo econômico;
• Sistema capitalista;
• Modelo keynesiano;
1. Atribuições Econômicas do Estado
O liberalismo econômico, especialmente em sua primeira fase –
Inglaterra, final do século XVIII e início do século XIX –, foi o laboratório
das teorias econômicas clássicas, as quais previam poucas funções ao
Estado. Para Adam Smith, por exemplo, o soberano deveria tratar dos
seguintes assuntos: justiça, segurança, estradas, pontes, portos e
canais e educação da juventude, além de cuidar da imagem e
respeitabilidade de seu cargo.
1. Atribuições Econômicas do Estado
No final do século XIX e no início do século XX começaram a
manifestar-se sintomas das crises periódicas intrínsecas do sistema
capitalista. As grandes empresas, os monopólios, o protecionismo e os
sindicatos iniciaram a destruição inapelável do mercado como
mecanismo regulador do sistema econômico. Quando a essa
multiplicidade de fatores extra mercado se somaram as consequências
da Primeira Guerra Mundial, a economia mundial passou a viver o
clima de desequilíbrio que desembocaria na gravíssima depressão dos
anos 1930.
1. Atribuições Econômicas do Estado
O sistema de Keynes deu respaldo doutrinário aos esforços
governamentais visando tirar as respectivas economias da crise
depressiva dos anos 1930. A partir daí a intervenção estatal passou a
ser naturalmente aceita, em especial na dinamização da demanda
agregada e na utilização dos instrumentos de política de estabilização
econômica.
Teoria Keynesiana
Teoria clássica
John Maynard
Adam Smith Keynes

O mercado é Economia sem


autorregulado governo = crises

Mão invisível do estado Atuação do


= sem intervenção governo na
governamental economia
1.2 Atribuições Econômicas do Estado
Richard Musgrave propôs uma classificação das funções econômicas do
Estado, denominadas as “funções fiscais”, o autor as considera também
como as próprias “funções do orçamento”, principal instrumento de
ação estatal na economia. São três as funções:
a) função alocativa;
b) função distributiva;
c) função estabilizadora;
1.2.1 Função Alocativa
A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos
em que não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo de
ação privada (sistema de mercado).
a) Os investimentos na infraestrutura econômica – transportes,
energia, comunicações, armazenamento etc. – são indutores do
desenvolvimento regional e nacional, sendo compreensível que se
transformem em áreas de competência estatal;
b) A demanda por certos bens assume características especiais que
inviabilizam o fornecimento desses pelo sistema de mercado;
Exemplo
Um bem público como “medidas do governo contra a poluição”, por
exemplo – as características são as seguintes:

I. os benefícios não estão limitados a um consumidor qualquer;


II. não há rivalidade no consumo desse bem;
III. o consumidor não é excluído no caso de não pagamento.
1.2.1 Função Alocativa
• Bens Públicos
Outra pessoa não é
Não rivalidade impedida de consumir
ao mesmo tempo
Características dos
bens públicos
Quase impossível
Não exclusão excluir uma pessoa do
seu consumo

• Exemplos: Defesa Nacional, Infraestrutura, Segurança pública, etc.


1.2.1 Função Alocativa
Bens Mistos;
Bens meritórios, cuja natureza como bem privado tem menor
importância do que sua utilidade social. Justificam-se, assim, as
despesas públicas com subsídios ao trigo e ao leite, com programas de
merenda escolar, com cupons de alimentação para desempregados etc.
1.2.2 Função Distributiva
As doutrinas de bem-estar integradas na análise econômica
convencional derivam da formulação consagrada pelo nome de “Ideal
de Pareto”. Segundo ela, há eficiência na economia quando a posição
de alguém sofre uma melhoria sem que nenhum outro tenha sua
situação deteriorada.
1.2.2 Função Distributiva
A função pública de promover ajustamentos na distribuição de renda
justifica-se, pois, como correção às falhas do mercado. Para tanto,
deve-se fugir da idealização de Pareto: a melhoria da posição de certas
pessoas é feita às expensas de outras. O problema é
fundamentalmente de política e de filosofia social, cabendo à
sociedade definir o que considera como níveis justos na distribuição da
renda e da riqueza.
1.2.2 Função Distributiva
O orçamento público, é o principal instrumento para a viabilização das
políticas públicas de distribuição de renda. Considerando que o
problema distributivo tem por base tirar de uns para melhorar a
situação de outros, o mecanismo fiscal mais eficaz é o que combina
tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada com
transferências para aquelas classes de renda mais baixa.
Exemplos: Imposto de renda progressivo, para cobrir subsídios aos
programas de alimentação, transporte e moradia populares, educação
gratuita, a capacitação profissional e os programas de desenvolvimento
comunitário, etc.
1.2.3 Função Estabilizadora
Além dos ajustamentos na alocação de recursos e na distribuição de
renda, a política fiscal tem quatro objetivos macroeconômicos:
I. manutenção de elevado nível de emprego,
II. estabilidade nos níveis de preços,
III. equilíbrio no balanço de pagamentos e
IV. razoável taxa de crescimento econômico.
Esses quatro objetivos, especialmente os dois primeiros, configuram o
campo de ação da função estabilizadora.
Revisão
Conceito básicos;
Teoria clássica;
Teoria Keynesiana;
Funções fiscais:
• função alocativa;
• função distributiva;
• função estabilizadora.

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