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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

Linguagens
1º Ano Ensino Médio
e suas Tecnologias
Caderno do Professor(a) - 2º Bimestre
2024
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto

Secretário de Estado de Educação


Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas

Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria

Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica


Kellen Silva Senra

Superintendente da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de


Educadores
Weynner Lopes Rodrigues

Diretora da Coordenadoria de Ensino da EFE


Janeth Cilene Betônico da Silva

Produção de Conteúdo
Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores

Revisão
Equipe Pedagógica e Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento
Profissional de Educadores

Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores


Av. Amazonas, 5855 - Gameleira, Belo Horizonte - MG
30510-000

2
a
MATERIAL DE APOIO
PEDAGÓGICO PARA
APRENDIZAGENS
MAPA 2024

MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A)


Prezado(a) Professor(a),

No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com
muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu
planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024, que
foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no CRMG a
serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de Minas
Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi
organizado de forma linear. Contudo, ao implementá-lo em sala de aula, você poderá recorrer
aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos
estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja,
aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com
os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão.
Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, este
caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento dentro das
habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos estudantes aprendam.
Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário,
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini[1] (1999) nos diz que “o livro didático já se
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da forma
(...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA eficientes,
é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes.

Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho!

Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores

1. CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................................ 7
TEMA DE ESTUDO: Linguagem e Poder: Desvendando Identidades e
Ideologias.......................................................................................................................... 7
TEMA DE ESTUDO: Linguagem e Identidade: Entendendo a Variação
Linguística........................................................................................................................ 14
TEMA DE ESTUDO: Discurso Político e Democracia: Decifrando Estratégias
Argumentativas e Posicionamentos Enunciativos..................................................... 20
TEMA DE ESTUDO: “A Arte da Escrita Científica: Dominando a
Referenciação e a Divulgação do Conhecimento”..................................................... 24
TEMA DE ESTUDO: “Dissecação de Notícias: Da Informação ao Impacto”............... 29
TEMA DE ESTUDO: “Entrelaçando Vozes: A Tapeçaria Cultural naLiteraturas
Africanas e Brasileiras”.......................................................................................... 33
TEMA DE ESTUDO: “Lentes Literárias: Perspectivas e Estilos na Expressão
do Ser e do Mundo”.............................................................................................. 38
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 43

LÍNGUA INGLESA ................................................................................................. 44


TEMA DE ESTUDO: Fact x Opinion....................................................................... 45
TEMA DE ESTUDO: What? ... What does this sentence mean?............................... 55
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 58

ARTE....................................................................................................................... 59
TEMA DE ESTUDO: Poesia marginal. Que discurso foi esse? ................................. 59
TEMA DE ESTUDO:“Eu tô te explicando pra te confundir”. O discurso
dadaísta............................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 70

EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................... 71


TEMA DE ESTUDO: Jogos eletrônicos, Brincadeiras e jogos antigos........................ 72
TEMA DE ESTUDO: Danças Folclóricas e Afro-brasileiras........................................ 79
TEMA DE ESTUDO: Voleibol Sentado.................................................................... 84
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 91

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1º ANO
Ensino Médio
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Linguagens e suas Tecnologias Língua Portuguesa

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que


permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias
e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos, Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Vínculos entre discursos, (EM13LP03) Analisar relações de intertextualidade e
atos de linguagem, rela- interdiscursividade que permitam a explicitação de relações
ções de poder e ideolo- dialógicas, a identificação de posicionamentos ou de perspectivas,
gias a compreensão de paráfrases, paródias e estilizações, entre outras
Reconhecimento e aná- possibilidades.
lise de marcas da identi-
(EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas
ficação política, religiosa,
ideológica, de gênero ou de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem
de interesses econômi- (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o
cos do autor/ produtor da modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação
obra, relacionando-as ao e ideologias.
contexto histórico, políti-
co e social.
Percepção, questiona-
mento, reprodução e/ou
rompimento de pontos
de vista.
Vozes do discurso.
Intencionalidade discur-
siva.
Diálogo entre textos: pa-
ráfrase, paródia, dentre
outros.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Linguagem e Poder: Desvendando Identidades e Ideologias.

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APRESENTAÇÃO

Professor(a), embarque conosco numa jornada crítica através do vasto universo da linguagem.
Neste planejamento, propomos explorar a intertextualidade e interdiscursividade como ferramentas
para desvendar relações de poder e identidade nas práticas sociais de linguagem. Abordaremos as
dimensões artísticas, corporais e verbais destas práticas, analisando como elas refletem e moldam
perspectivas de mundo. Os momentos serão dinamizadas com debates, análises de texto e
exercícios criativos, utilizando métodos que incluem a discussão em grupo, a crítica textual e a
produção de paródias.
Este planejamento visa desenvolver habilidades fundamentais para o discernimento crítico dos
estudantes. Por meio dele, incentivamos uma reflexão profunda sobre como a linguagem pode
simultaneamente refletir e influenciar ideologias e relações sociais. Encoraje seus estudantes a
mergulhar nos discursos que permeiam sua realidade, identificando e questionando as ideologias
subjacentes.
Prepare-se para encontrar um roteiro detalhado de atividades que conduzirá os estudantes por uma
experiência de aprendizado significativa. Ao seguir este planejamento, você apresentará conceitos
complexos de forma acessível, expondo exemplos da vida real para ilustrar teorias abstratas, e
verifique a compreensão dos estudantes com atividades práticas. Mostre a eles como cada voz
pode ser um reflexo de uma ideologia mais ampla, converse sobre as implicações das escolhas
linguísticas e, acima de tudo, propicie um ambiente em que o diálogo e a empatia sejam a base para
a construção de conhecimento.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: ANÁLISE DE TEXTOS E MÍDIAS NA EXPLORAÇÃO DE IDENTIDADE E
PODER

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Textos (impressos ou digitais).


Recursos e providências
Projetor multimídia (caso opte por textos digitais).

Prezado(a) professor(a), no primeiro momento deste planejamento, convidamos você a orientar


seus estudantes na exploração da complexa relação entre identidade e poder, tal como refletida em
várias formas de mídia. Utilizaremos artigos de jornal, trechos de obras literárias, filmes, músicas
e arte para mergulhar nos processos identitários e nas estruturas de poder subjacentes às práticas
sociais.
Artigos de Jornal: Inicie com artigos que destacam como a linguagem influencia e é influenciada
por dinâmicas de poder. Escolha peças que abordem, por exemplo, movimentos sociais, políticas
linguísticas, ou a representação de grupos marginalizados na mídia. A seguir, você encontrará o
nome e os links com propostas de artigos para a execução da atividade. “Linguagem e poder:
contribuições de Deleuze e Fairclough” - Esse artigo discute a relação entre a linguagem e o
poder, explorando as contribuições teóricas de Deleuze, Guattari e Fairclough. Ele analisa como as
palavras de ordem e os discursos indiretos são utilizados para transmitir mensagens de poder na
comunicação e como isso pode ser observado em diferentes contextos, como em notícias de jornal,

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você poderá encontrar no seguinte link:

“Linguagem e poder: contribuições de Deleuze e Fairclough”


https://www.redalyc.org/jatsRepo/5766/576664779005/html/index.html.

Outro artigo que pode contribuir com a atividade pode ser encontrado no blog SciELO, “Como a
mídia influenciou na construção de uma nova identidade do Brasil?” Esse post do blog “SciELO em
Perspectiva: Humanas”, aborda a influência da mídia na construção da identidade nacional do Brasil,
principalmente em relação à imagem do país durante a era Lula e os eventos subsequentes, como
a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e como isso reflete na política internacional e na autoimagem do
país, o link está no quadro abaixo:

Como a mídia influenciou na construção de uma nova identidade do Brasil?


Disponível em: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2016/09/19/como-a-midia-
influenciou-na-construcao-de-uma-nova-identidade-do-brasil/.

Literatura: Proponha a leitura de trechos selecionados por você de “1984” de George Orwell, para
discutir a manipulação da verdade e a construção de narrativas em um estado de vigilância. “O Conto
da Aia”, da autora canadense Margaret Atwood, pode ser utilizado para examinar a linguagem como
forma de resistência. Inclua também poesias de Maya Angelou para entender como a identidade
pessoal e coletiva é expressa e afirmada através da linguagem.
Cinema e Documentários: Mostre clips de “A Onda”, para analisar a formação de movimentos
autoritários e o papel do indivíduo e do coletivo nesse processo. Utilize trechos do documentário
“13ª Emenda” disponível em streaming para discutir a intersecção de raça, justiça e poder na
sociedade contemporânea.

“A Onda”.
Disponível em: https://youtu.be/qQlI8tveMQc?si=xdl13O0Lf2SekWZe

Música: Através da música, explore como as letras podem ser um reflexo de experiências
compartilhadas de opressão e resistência. As músicas abaixo são pontos de partida excelentes para
essas discussões.

Música 1: Redemption Song.


Autor: Johnny Cash
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/johnny-cash/redemption-day.html

Música 2: Formation
Autor: Beyoncé
Disponível em: https://www.letras.mus.br/beyonce/formation-dirty/

Arte: Examine como as obras de arte visual, como os murais de Diego Rivera e as fotografias de
Sebastião Salgado, comunicam mensagens poderosas sobre resistência, luta e identidade social.

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Abaixo, você encontrará um guia de discussão para cada uma dessas mídias, projetado para
aprofundar a compreensão crítica dos estudantes e estimular o pensamento analítico.

Guias de Discussão:

1. Para Artigos de Jornal:


• Quais narrativas são apresentadas em relação à identidade e ao poder?
• Como a linguagem é usada para influenciar a percepção do leitor?
2. Para Literatura:
• De que maneira a linguagem é utilizada pelos personagens para navegar em suas
realidades?
• Como a resistência é articulada através da narrativa?
3. Para Cinema e Documentários:
• Quais estratégias cinematográficas são usadas para apresentar as questões de poder
e identidade?
• Como os documentários influenciam nossa compreensão das questões sociais atuais?
4. Para Música:
• Quais são as mensagens subjacentes nas letras em relação ao poder e à identidade?
• Como a música pode servir como um veículo para mudança social?
5. Para Arte:
• Quais temas de poder e resistência são evidentes nas obras?
• Como a arte pode desafiar as narrativas dominantes?

Sugerimos que você, professor(a), adapte e expanda esses guias conforme necessário para atender
ao nível e aos interesses de seus estudantes. Encoraje-os a refletir não apenas sobre o conteúdo,
mas também sobre a forma como a mídia pode moldar a compreensão do mundo ao redor deles.

2º MOMENTO: Aplicação e Criação

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Computadores, câmeras e softwares de edição.


Recursos e providências Materiais de referência sobre paródia, sátira e recontextualização,
como artigos acadêmicos, vídeos explicativos.

A. Exposição de Análises:
No segundo momento do desenvolvimento desse planejamento, a ênfase é na aplicação prática do
conhecimento adquirido no primeiro momento e na criação colaborativa. Aqui, os estudantes têm
a oportunidade de se expressar criativamente e aplicar sua compreensão crítica das relações entre
linguagem, poder e identidade. Vamos detalhar as atividades e os recursos necessários.

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A seguir temos uma rubrica de avaliação que destaca os critérios como a clareza da apresentação,
a profundidade da análise, e a originalidade do pensamento crítico. Instrua os estudantes a
apresentar as análises realizadas dos textos e mídias estudados. Cada grupo deve destacar os
pontos-chave de sua discussão e compartilhar insights únicos que emergiram durante seu estudo.
Encoraje outros grupos a fazer perguntas e comentar sobre as apresentações, promovendo um
diálogo construtivo e uma reflexão coletiva. Ofereça workshops ou sessões de treinamento para os
estudantes aprimorarem suas habilidades de apresentação. Isso pode incluir dicas para falar em
público, uso de tecnologia para apresentações, em PowerPoint ou Prezi, e técnicas de narrativa para
tornar suas análises mais envolventes.
A criação de uma rubrica de avaliação é uma maneira eficaz de comunicar as expectativas aos
estudantes e de fornecer um feedback consistente. Aqui está um exemplo de rubrica que você pode
usar ou adaptar para a avaliação das apresentações de análise e das atividades criativas:
Rubrica de Avaliação para Apresentações de Análise e Atividades Criativas

Critérios Excelente Bom Satisfatório Insuficiente

Apresentação Apresentação Apresentação em Apresentação


excepcionalmen- clara com uma geral compreen- confusa e difícil
Clareza da te clara e lógica, sequência lógica sível, mas com de seguir, com
Apresentação mantendo o pú- que é em grande alguns saltos na falta de lógica na
blico engajado do parte seguida. lógica ou clareza. sequência.
início ao fim.
Análise profunda e Análise boa e Análise superfi- Análise muito bá-
abrangente; todos suficientemente cial; alguns as- sica ou ausente;
Profundidade os aspectos rele- detalhada; a pectos relevantes falta de conside-
da Análise vantes são explo- maioria dos as- são mencionados, ração dos aspec-
rados em profundi- pectos relevan- mas não explora- tos relevantes.
dade. tes é coberta. dos em detalhe.
Ideias originais Algumas ideias Ideias e pers- Nenhuma origina-
Originalidade e perspectivas originais ou pectivas são em lidade; as ideias e
do únicas são apre- perspectivas úni- grande parte perspectivas são
Pensamento sentadas e bem cas, bem desen- convencionais, clichês ou repeti-
Crítico desenvolvidas. volvidas com pouca origi- ções do material
nalidade. fonte.
Evidências abran- Boa integração Algumas evidên- Falta de evidên-
gentes e bem de evidências cias são apresen- cias ou uso inade-
Uso de integradas apoiam relevantes para tadas, mas nem quado delas para
Evidências a análise. apoiar a análise. sempre são bem apoiar a análise.
integradas ou
relevantes.
Excelente envol- Bom engajamen- Engajamento Nenhum enga-
vimento com o to com o público, mínimo com o pú- jamento com o
Engajamento público através de mas com espaço blico e interação público; apresen-
com o Público questionamentos, para maior inte- limitada. tação unilateral.
exemplos pertinen- ração.
tes e interação.
Obra criativa de Obra criativa de Obra criativa Obra criativa
Qualidade alta qualidade que boa qualidade satisfatória com insuficiente com
da Produção demonstra exce- com uso compe- técnicas básicas e falhas técnicas e
Criativa (Para lente uso de técni- tente de técnicas limitada originali- falta de originali-
atividades cas, originalidade e algum grau de dade. dade.
criativas) e profissionalismo. originalidade.

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Observações Adicionais: Cada critério é avaliado numa escala de 1 a 4, onde 4 é “Excelente” e
1 é “Insuficiente”. Os professores devem fornecer comentários específicos em cada categoria para
ajudar os estudantes a entenderem suas forças e áreas de melhoria. A rubrica deve ser compartilhada
com os estudantes antes do início do projeto, para que eles saibam como suas apresentações
e trabalhos criativos serão avaliados. Encoraje os estudantes a usarem a rubrica como um guia
durante a preparação de suas apresentações e projetos criativos. Esta rubrica serve para garantir
que os estudantes sejam avaliados de forma justa e transparente, e para ajudá-los a entender as
expectativas e os padrões de excelência nas suas apresentações e na criação de conteúdo.
1. Apresentações em Grupo: Cada grupo deve identificar e destacar os principais temas e
questões de poder e identidade encontrados em seus textos e mídias. Instrua os estudantes
a elaborar conexões entre suas análises e a realidade atual, destacando a relevância do
material estudado no contexto contemporâneo. Encoraje a interdisciplinaridade, pedindo que
os grupos integrem conhecimentos de outras disciplinas em suas análises, como história,
sociologia e artes visuais.
2. Feedback e Reflexão Coletiva: Após cada apresentação, conduza uma sessão de feedback onde
outros grupos e você, como professor (a), possam fazer perguntas e oferecer comentários
construtivos. Promova uma reflexão coletiva, estimulando os estudantes a pensar sobre as
diferentes perspectivas apresentadas e a incorporar novos aprendizados em sua compreensão
do tema.

B. Atividades Criativas:
1. Desenvolvimento de Paródias e Recriações: Explique os conceitos de paródia e
recontextualização, fornecendo exemplos clássicos e modernos para ilustrar esses métodos. Mostre
que a paródia é uma forma de sátira que imita o estilo de uma obra, autor ou gênero específico de forma
exagerada para efeito cômico ou crítico. A paródia brinca com obras originais ao copiar e distorcer
elementos reconhecíveis, como tema, linguagem ou estrutura, para criar um novo significado. Pode
ser usada para criticar ou comentar sobre a obra original ou sobre questões sociais relacionadas.
Podem ser usados como exemplos de paródia o clássico: “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes que
pode ser visto como uma paródia dos romances de cavalaria da época, além do contemporâneo,
o filme “Todo Mundo em Pânico”, que parodia filmes de terror famosos, exagerando nos clichês do
gênero para criar humor. Já, a recontextualização consiste em pegar uma pessoa, objeto, texto
ou conceito e colocá-lo em um contexto diferente do original, alterando seu significado ou função.
Ao mudar o contexto, pode-se criticar, comentar ou lançar uma nova luz sobre o assunto. Pode-se
usar como exemplos de recontextualização, o clássico: A obra “L.H.O.O.Q.” de Marcel Duchamp que
é uma recontextualização da “Mona Lisa”, em que ele desenhou um bigode na figura, mudando a
interpretação da obra. Há, também, os memes de internet, exemplos de recontextualização, em
que imagens são frequentemente acompanhadas de novos textos que alteram o significado original.
2. Oficinas Sobre Técnicas Criativas: Escrita Satírica: Ensinar os estudantes a reconhecer e
utilizar a ironia, o exagero, a paródia e a sátira. Analisar colunas satíricas em jornais ou trechos de
programas como “Saturday Night Live” para entender como a comédia pode ser usada para fazer
comentários sociais. Storytelling Visual: Mostrar como criar uma narrativa através de imagens, seja
em quadrinhos, storyboards ou fotografia. Analisar a recontextualização em campanhas publicitárias
que usam personagens históricos ou arte famosa para vender produtos. Produção de Vídeo: Ensinar
os fundamentos da produção de vídeo, desde a pré-produção e roteirização até a filmagem e edição.
Analisar vídeos de paródia populares no YouTube para entender como esses criadores adaptam

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obras existentes para seus próprios fins humorísticos ou críticos.
Incentive os estudantes a escolherem formatos criativos que melhor se adaptem à mensagem que
desejam transmitir, seja através de um vídeo, uma peça escrita, uma performance ou uma obra de
arte visual.
Peça que considerem o público-alvo de suas criações e como diferentes audiências podem
interpretar suas mensagens. Se possível, organize um evento de exibição, como uma noite de gala
ou uma feira de projetos, em que os grupos possam apresentar suas obras criativas para a turma
e para convidados externos, como pais ou outros professores. Facilite uma discussão após cada
apresentação, incentivando os estudantes a explorar as escolhas criativas feitas por seus colegas e
o impacto dessas escolhas na transmissão de suas mensagens.
Este segundo momento é crucial para a consolidação do conhecimento e para a expressão criativa
dos estudantes. Através da análise e criação, os estudantes podem explorar as relações entre
linguagem, poder e identidade de forma aprofundada e aplicada. A atividade criativa permite que eles
demonstrem sua compreensão dos conceitos abstratos de maneira tangível e pessoal, reforçando o
aprendizado e permitindo a expressão individual. Nesse processo, os estudantes são incentivados
a questionar e a reinterpretar os materiais de estudo, o que pode levar a insights significativos e
ao desenvolvimento de habilidades críticas importantes. A paródia e a recontextualização, nesse
sentido, são ferramentas poderosas que podem desvendar subtextos e suposições implícitas nas
obras analisadas, permitindo aos estudantes uma forma de diálogo crítico com o material. Ao
encorajar a reflexão sobre como a linguagem é usada para construir narrativas e exercer poder, os
estudantes começam a ver a linguagem não apenas como um meio de comunicação, mas como uma
força que molda a realidade social e pessoal. Eles também aprendem a apreciar o poder da criação
artística e a responsabilidade que acompanha a capacidade de influenciar e moldar a percepção e o
pensamento. O objetivo final deste momento é duplo: promover uma compreensão mais profunda
dos mecanismos sociais e linguísticos que governam o discurso e habilitar os estudantes a usar
esses mecanismos de forma consciente e responsável em suas próprias expressões criativas. Ao
fazer isso, eles não apenas aplicam o que aprenderam, mas também se preparam para se tornarem
comunicadores eficazes e pensadores críticos no mundo além da sala de aula.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 4: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e
vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo
no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Discussão da língua como (EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em
um sistema variável, fle- seus diferentes níveis (variações fonético-fonológica, lexical,
xível, heterogêneo. sintática, semântica e estilístico-pragmática) e em suas diferentes
Entendimento da língua dimensões (regional, histórica, social, situacional, ocupacional,
como um traço da identi- etária etc.), de forma a ampliar a compreensão sobre a natureza
dade do falante, construí- viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição
da nas relações sociais. de variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a
fundamentar o respeito às variedades linguísticas e o combate a
Relações entre a língua e preconceitos linguísticos.
os aspectos sociais, cultu-
rais, geopolíticos e histó- (EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a
ricos dos falantes. compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)
político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível
Análise de textos linguís- aos contextos de uso.
ticos e multissemióticos.
Variação linguística.
Processos de análise e
compreensão textual.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Linguagem e Identidade: Entendendo a Variação Linguística.

APRESENTAÇÃO

Professor(a), ao mergulharmos nas profundezas da língua, descobrimos não apenas um meio de


comunicação, mas um espelho da humanidade em toda a sua diversidade. Ao olhar para a linguagem
através de uma lente (geo)política, histórica, cultural e social, desvendamos como cada fala, cada
dialeto, reflete uma tapeçaria de experiências humanas. A língua, em sua essência, é dinâmica
e variável, um organismo vivo que evolui com seus falantes. Os momentos interativos que
planejamos serão laboratórios de descoberta, em que os estudantes poderão analisar textos,
participar de discussões ricas e empreender atividades que desafiam e expandem suas percepções
sobre a linguagem e a identidade.

Neste percurso educativo, os estudantes aprenderão a apreciar a variação linguística como uma
celebração da identidade e da alteridade. Ao explorar dialetos, gírias, jargões e estilos formais
e informais, eles começarão a entender que cada variação é uma peça do quebra-cabeça que
compõe suas próprias identidades e a daqueles ao seu redor. Será uma jornada de reconhecimento
e valorização, onde as variedades linguísticas são vistas não como erros ou desvios, mas como
expressões autênticas e legítimas da experiência humana. Por meio de análises textuais e discussões
em grupo, os estudantes serão incentivados a refletir sobre como a linguagem pode tanto unir
quanto dividir, tanto celebrar a diversidade quanto perpetuar preconceitos.

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Confrontar e desmontar o preconceito linguístico é um objetivo crucial deste planejamento. Os
estudantes serão expostos a uma gama de exemplos linguísticos, desafiados a examinar suas próprias
atitudes e convidados a participar de diálogos abertos sobre como a língua impacta a sociedade. Ao
longo do caminho, aprenderão que o preconceito linguístico é uma barreira para a compreensão
e para a inclusão, e que reconhecer e celebrar a diversidade linguística é um passo vital para
a construção de uma comunidade mais justa e equitativa. Esses momentos irão além do mero
acadêmico, pois equiparão os estudantes com a sensibilidade e as ferramentas necessárias para
serem agentes de mudança positiva no mundo.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: ATIVIDADE DE SENSIBILIZAÇÃO À VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Disponibilize textos e gravações que ilustram a variação linguística.


Recursos e providências Trechos de textos literários de autores regionais.
Letras de músicas.

Caro(a) professor(a), a jornada para entender a linguagem como um reflexo vibrante da identidade
e da sociedade começa com a sensibilização para a sua diversidade. Você está prestes a guiar
seus estudantes através de uma experiência auditiva e reflexiva que revelará a riqueza da variação
linguística presente no mundo ao redor deles. Vamos iniciar com a exploração auditiva: comece
reunindo gravações de diferentes dialetos e gírias. Você pode acessar uma variedade de recursos,
como o site do Atlas Linguístico do Brasil (https://alib.ufba.br/), plataformas de podcasts que
apresentam falantes de diferentes regiões, a saber, o Spotify é o serviço de streaming mais utilizado
no Brasil e foi o primeiro a popularizar este formato de consumo de conteúdo em áudio. Foi
lançado oficialmente em 2008 e é a principal plataforma no mundo inteiro. Bem como os demais
concorrentes, o Spotify oferece dois tipos de serviços: gratuito e pago. Já o serviço premium possui
recursos adicionais, como qualidade de transmissão aprimorada e downloads de música, ou até
mesmo o YouTube, em que criadores de conteúdo frequentemente exibem as peculiaridades de
sua fala regional. Certifique-se de selecionar amostras que representem uma ampla gama de
variantes linguísticas, de dialetos rurais a jargões urbanos, incluindo aqueles usados por diferentes
faixas etárias e grupos sociais. Após ouvir cada gravação, peça aos estudantes que escrevam suas
impressões iniciais. Que emoções ou imagens esses sons evocam? Há surpresa, desconforto ou
familiaridade? Incentive-os a pensar sobre como essas reações podem estar ligadas a percepções
sociais mais amplas. Em seguida, organize discussões em pequenos grupos, permitindo que os
estudantes compartilhem suas ideias e desafiem as próprias noções pré-concebidas.
Após esse momento, vamos desenvolver exercícios de compreensão textual que incluam transcrições
ou exemplos escritos dessas variantes linguísticas. Textos de autores regionais, letras de músicas e
transcrições de diálogos cotidianos podem servir como material didático. Estes exercícios ajudarão
os estudantes a ver como a variação linguística se manifesta na escrita e como ela transporta
aspectos da identidade e da cultura.
Para desenvolver exercícios de compreensão textual que explorem a variação linguística, é importante

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selecionar textos que apresentem de forma clara as características linguísticas de diferentes regiões,
classes sociais, faixas etárias, profissões, entre outros grupos. Aqui estão exemplos de obras e de
atividades que podem ser usadas em sala de aula com seus estudantes: Jorge Amado (Bahia) - Suas
obras frequentemente incluem o dialeto baiano, com suas expressões idiomáticas e gírias locais.
Um exemplo é “Gabriela, Cravo e Canela”, que retrata a vida na cidade de Ilhéus. Rachel de Queiroz
(Ceará) - Em “O Quinze”, ela descreve o sertão nordestino e sua gente, utilizando uma linguagem
que reflete o modo de falar da região. Graciliano Ramos (Alagoas) - Em “Vidas Secas”, o autor usa
o dialeto do sertão nordestino para contar a história de uma família de retirantes. Guimarães Rosa
(Minas Gerais) - “Grande Sertão: Veredas” é um exemplo clássico de uso inovador da linguagem para
capturar a essência do sertão mineiro. Apresente trechos de textos literários de autores regionais.
Leia ou ouça trechos selecionados e peça aos estudantes para identificar e listar características
únicas de cada dialeto, como o uso de gírias, construções gramaticais ou pronúncia. Discuta como
cada característica reflete aspectos culturais e sociais da região correspondente.
A Análise de letras de música é um recurso muito produtivo, você pode escolher músicas que são
conhecidas por sua identidade regional e pela utilização de dialetos locais, gírias e expressões
culturais. Aqui estão alguns exemplos de músicas brasileiras que podem ser utilizadas para analisar
a variação linguística e como ela expressa a identidade cultural: “Asa Branca” - Luiz Gonzaga é
muito rica para explorar o dialeto nordestino e as referências culturais do sertão. Analise a letra em
busca de expressões típicas do Nordeste, discuta a representação da vida sertaneja e o contexto
histórico da migração forçada pela seca. Com “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa é possível
identificar elementos do dialeto paulistano e gírias da época em que a música foi escrita. Examine
a letra para entender como a linguagem reflete a cultura urbana de São Paulo e discuta a narrativa
contida na canção. Se possível, apresente o curta que conta a vida de Adoniran Barbosa, que pode
ser acessado através do link a seguir:

Trem das Onze de Adoniran Barbosa


Disponível em: https://youtu.be/8hQxULN5WbE?si=xPURe2X_5wWgB4wJ.

Em “Canto de Ossanha” de Baden Powell e Vinicius de Moraes, pode-se observar a influência da


religiosidade afro-brasileira na linguagem. Explore as referências culturais e religiosas na música, e
como elas se expressam através da linguagem. Ao “Pescador de Ilusões” do Rappa, os estudantes
poderão investigar a linguagem urbana contemporânea e as mensagens sociais, aproveite e discuta
como o uso de gírias e a narrativa da música refletem questões sociais e a identidade coletiva.
Em “Disparada” de Geraldo Vandré, faça análise da linguagem poética e suas conexões com o
movimento da música popular brasileira. Avalie o uso de metáforas e símbolos na letra, e como
eles transmitem mensagens sobre o contexto político da época. É importante examinar como a
variação linguística é usada na música para expressar identidade. Analise as letras e identifique
termos ou expressões que sejam indicativos de uma variante linguística específica. Discuta o papel
dessas variantes na mensagem da música e na expressão da identidade do artista. Providencie as
letras das músicas para os estudantes ou acesse-as online através de sites de letras de músicas.
Se possível, toque as músicas na sala de aula ou providencie links para que os estudantes possam
ouvi-las online. Peça aos estudantes para lerem as letras enquanto ouvem as músicas, destacando
palavras ou frases que sejam marcantes ou que representem a variação linguística. Oriente-os a
pesquisar o significado de gírias ou referências culturais específicas que não sejam imediatamente
claras. Incentive os estudantes a compartilhar suas interpretações das letras e a discutir como a

16
variação linguística contribui para a mensagem e a identidade expressa na música. Conduza uma
discussão final sobre como a variação linguística nas letras de música pode influenciar a percepção
do ouvinte e reforçar a identidade cultural dos artistas e de suas regiões. Essas atividades podem
ajudar os estudantes a entender como a linguagem na música é um veículo poderoso para expressar
e refletir identidades culturais e sociais.

2º MOMENTO: TRANSCRIÇÃO E ANÁLISE DE DIÁLOGOS E REESCRITA CRIATIVA

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Textos (impressos ou digitais).


Recursos e providências
Projetor multimídia (caso opte por textos digitais).

Professor(a), outra atividade que é bastante enriquecedora é a transcrição e análise de diálogos para
observar a variação linguística em situações comunicativas reais. Você pode solicitar aos estudantes
que façam transcrições de diálogos cotidianos ou trechos de programas de televisão que retratem a
fala coloquial, prestando atenção especial à variação linguística. Em seguida, analise as transcrições
em classe, discutindo as escolhas linguísticas dos falantes e como elas se relacionam com seu
contexto social e cultural. Peça aos estudantes para reescreverem o texto, adaptando-o para um
dialeto ou variante linguística com a qual eles estejam familiarizados. Compare as versões originais
com as adaptadas e discuta como a variação linguística altera a percepção do texto.
Esses exercícios não só ajudam os estudantes a reconhecer a variação linguística, mas também os
encorajam a valorizar a riqueza e a diversidade da linguagem. Ao trabalhar com materiais autênticos,
os estudantes têm a chance de aplicar seus conhecimentos de maneira prática e significativa, ao
mesmo tempo em que desenvolvem uma compreensão mais profunda da linguagem como um
elemento central de suas identidades e da sociedade como um todo.
Professor(a), caso tenha acesso a recursos digitais, mostre como utilizar esses recursos para
encontrar exemplos e informações adicionais que enriquecerão as discussões, se possível facilite o
acesso a bibliotecas digitais e bancos de dados linguísticos, como o Domínio Público, que oferece
obras literárias gratuitas, ou bases de dados de universidades que contêm pesquisas e estudos
linguísticos.
Finalize a atividade com uma roda de conversa, em que os estudantes podem compartilhar suas
descobertas e reflexões. Este é um momento para eles expressarem como a variação linguística
toca suas próprias vidas e identidades. Pergunte como eles veem a linguagem influenciando
suas interações sociais e o papel que desempenha na construção de suas próprias identidades.
Avalie a atividade com base na profundidade da participação dos estudantes nas discussões, na
clareza de suas reflexões e na capacidade de conectarem o conhecimento adquirido com suas
experiências pessoais. O objetivo é que eles saiam dessa atividade com uma apreciação renovada
pela diversidade linguística e um entendimento de como ela molda e reflete quem somos. Este é um
caminho para abrir as portas do entendimento e da valorização da riqueza que a variação linguística
traz para a nossa comunicação e para as nossas vidas. Ao final dessa experiência, espera-se que os
estudantes estejam mais preparados para reconhecer e respeitar a diversidade linguística como uma
rica expressão da experiência humana.

17
3º MOMENTO: APLICAÇÃO E CRIAÇÃO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recortes ou colagens.
Recursos e providências
Tecnologias de gravação de áudio e vídeo, softwares de edição.

Professor(a), encoraje os estudantes a criar projetos que reflitam as variações linguísticas estudadas.
Isso pode ser uma peça teatral, uma narrativa visual, ou uma apresentação multimídia que celebre
a diversidade linguística.
Se for possível, disponibilize tecnologias de gravação de áudio e vídeo, softwares de edição e
plataformas para compartilhamento de projetos, como blogs ou sites de escola, em que os estudantes
possam publicar seus trabalhos.
Caso você não tenha acesso a recursos digitais, aqui estão algumas sugestões para projetos que
podem ser realizados:
1. Peças Teatrais: Proponha que os estudantes escrevam e atuem em peças curtas
que utilizem diferentes variantes linguísticas. Estes podem ser monólogos, diálogos ou
pequenas cenas que ilustrem a riqueza da língua falada em diferentes contextos. Para a
apresentação, uma sala de aula pode ser adaptada como um espaço teatral improvisado.
2. Murais de Sala de Aula: Crie um projeto de arte coletiva onde cada estudante
contribua com um pedaço de mural que represente visualmente uma variante linguística
ou uma expressão cultural específica. O mural completo pode ser exibido na escola para
promover o reconhecimento da diversidade linguística.
3. Álbuns de Recortes ou Colagens: Incentive os estudantes a criar álbuns de
recortes ou colagens que capturem a essência de diferentes dialetos ou socioletos,
utilizando recortes de revistas, jornais ou desenhos feitos à mão.
4. Exposição de Cartazes: Organize uma exposição de cartazes em que os estudantes
apresentem pesquisas sobre diferentes variantes linguísticas, usando apenas papel,
canetas e outros materiais não digitais.
5. Antologias de Texto: Peça aos estudantes para compilar uma antologia de textos
escritos por eles, incluindo poemas, histórias curtas ou ensaios que celebrem a variação
linguística.
Estabeleça critérios claros de avaliação, considerando a criatividade, o entendimento linguístico
demonstrado e a capacidade de envolver o público. Finalize a atividade com uma roda de conversa,
criando um espaço para que os estudantes compartilhem suas experiências durante o projeto. Discuta
como esses projetos podem influenciar a percepção da comunidade sobre a variação linguística e o
papel que os estudantes podem desempenhar na promoção de uma sociedade mais inclusiva.
Essa parte do planejamento é um convite à ação e reflexão, inspirando os estudantes a apreciarem
a diversidade linguística não só como um conceito, mas como uma realidade viva que enriquece
suas interações diárias. É uma oportunidade para eles se afirmarem como defensores de um mundo
onde a variação linguística é celebrada como um tesouro cultural e não vista como um obstáculo à

18
comunicação.
Nesse momento, os estudantes aplicam seus conhecimentos teóricos em projetos práticos,
explorando e celebrando as relações entre linguagem, poder e identidade. Eles terão a oportunidade
de expressar suas compreensões através de criações originais, que servirão como um testemunho
de suas jornadas de aprendizado e um espaço para dialogar com a comunidade mais ampla sobre
a importância da diversidade linguística.
Este percurso de aprendizagem não é apenas um exercício acadêmico; é um convite para que
os estudantes se vejam como agentes ativos na construção de uma sociedade mais inclusiva e
consciente das riquezas que a variação linguística traz para a nossa vida coletiva.

19
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Condições de Produção, Circulação e Recepção de Discursos Campo de Atuação
na Vida Pública - O campo de atuação na vida pública contempla os discursos/textos normativos,
legais e jurídicos que regulam a convivência em sociedade, assim como discursos/textos
propositivos e reivindicatórios (petições, manifestos etc.). Sua exploração permite aos estudantes
refletir e participar na vida pública, pautando-se pela ética.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Leitura e produção de textos (EM13LP23) Analisar criticamente o histórico e o discurso
dissertativos. político de candidatos, propagandas políticas, políticas públicas,
Relações entre textos, dis- programas e propostas de governo, de forma a participar do
cursos e atos de linguagem. debate político e tomar decisões conscientes e fundamentadas.
Suportes de circulação de
textos e efeitos de sentido. (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados
Distinção de fato e opinião.
nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de
Posicionamentos enunciati- explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
vos (pontos de vista).
Estratégias argumentativas.
Tópico frasal.
Posicionamentos assumidos
em discursos e a influência
deles na sociedade.
Processo de análise crítica de
produções textuais, discur-
sos e posicionamentos.
Políticos de candidatos, po-
líticas públicas, programas e
propostas governamentais.
Participação em debates po-
líticos com criticidade, ética e
argumentações fundamenta-
das.
Relação entre textos e dis-
curso da esfera política.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Discurso Político e Democracia: Decifrando Estratégias Argumentativas e


Posicionamentos Enunciativos.

APRESENTAÇÃO

Professor(a), prepare-se para embarcar com seus estudantes numa jornada crítica através do
discurso político contemporâneo. Neste planejamento, exploraremos a arte da argumentação e
a construção de posicionamentos enunciativos no discurso político, analisando suas dimensões
retóricas e pragmáticas. Além dos momentos pedagógicos baseados em aula que envolvem leitura
e análise de textos dissertativos, navegaremos através de métodos como a análise comparativa,
debates simulados e a produção textual crítica.

Este planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para o exercício da cidadania


consciente e crítica. Para tanto, propomos uma reflexão acerca dos discursos políticos, das estratégias
argumentativas usadas por candidatos e da distinção entre fato e opinião nas propagandas políticas

20
e nos programas de governo. Nossa meta é capacitar os estudantes a participarem ativamente
do debate político, tomando decisões informadas e fundamentadas. Faremos uso de materiais
autênticos, como discursos de políticos, propagandas eleitorais e documentos oficiais, para ensinar
seus estudantes a distinguir entre fatos sustentados e a retórica inflamada de opiniões. Mostraremos
a eles como desembaraçar os fios dos posicionamentos enunciativos e as técnicas argumentativas
utilizadas para persuadir e influenciar o público.
Vamos propor aos estudantes que transformem a teoria em prática, desafiando-os a redigir textos
dissertativos que demonstrem uma compreensão aprofundada dos discursos que analisaram.
Encoraje-os a serem críticos e éticos em suas escritas, lembrando-os da importância de cada palavra
e do impacto que diferentes formatos textuais podem ter sobre o entendimento dos leitores.
Professor(a), engaje sua classe em debates estruturados, em que cada estudante terá a oportunidade
de defender suas ideias com convicção e respeito. Este será um espaço para eles praticarem o
que aprenderam, utilizando evidências e lógica para reforçar suas argumentações. Esteja atento e
interaja com eles, desafiando suas ideias para aprofundar a compreensão dos temas discutidos e
afinar suas habilidades de debate.
E ao final dessa jornada, reúna seus estudantes em uma roda de conversa reflexiva. Este será
o momento de compartilhar aprendizados e insights, de discutir como o discurso político molda
as percepções e influencia as decisões individuais e coletivas. Pergunte a eles como a linguagem
política afeta suas vidas e o tecido da sociedade em que vivem, incentivando-os a considerar o papel
que desempenharão como participantes informados e ativos na democracia.
Este é um trabalho de suma importância, professor (a), e você equipará seus estudantes não apenas
com conhecimento, mas com a capacidade de pensar criticamente e agir com discernimento no
mundo.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: A LINGUAGUEM DO PODER E O PODER DA LINGUAGUEM

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Textos de discursos políticos.


Acesso a vídeos de propaganda política.
Materiais didáticos sobre técnicas argumentativas e retórica.
Recursos e providências Cópias de discursos, propagandas e documentos de políticas
públicas.
Quadro branco ou flip chart, marcadores e/ou acesso a
computadores com software de apresentação, se disponível.

Professor(a), inicie este momento convidando os estudantes a refletir sobre a importância da


linguagem na política. Apresente o tema do dia: “A Linguagem do Poder e o Poder da Linguagem”.
Explique que eles irão mergulhar nos discursos políticos para desvendar como as palavras moldam
as realidades e influenciam as decisões. Primeiramente, vamos fazer a análise de material político:
forneça aos estudantes exemplos de discursos de políticos, propagandas de campanha e excertos
de políticas públicas. Esses materiais podem ser encontrados em discursos de inauguração,

21
debates eleitorais, pronunciamentos em momentos de crise, discursos em assembleias legislativas
ou parlamentos, que são frequentemente disponibilizados em sites oficiais de governos ou canais
de mídia. Oriente-os a identificar estratégias argumentativas, distinções entre fato e opinião, e
pontos de vista enunciativos e incite-os para identificar apelos emocionais (patos), uso de dados
e estatísticas (logos), e a credibilidade do orador (ethos). Além disso, devem diferenciar entre as
promessas políticas e os planos de ação concretos, e reconhecer o uso de falácias argumentativas.
Propagandas eleitorais disponíveis em plataformas de vídeo como o YouTube ou em arquivos digitais
de partidos políticos. É importante também, orientar os estudantes a discernir a mensagem implícita
e explícita das propagandas, a presença de mensagens subliminares, e como as imagens e a música
são usadas para influenciar a opinião pública. Esses documentos de políticas públicas podem ser
encontrados em sites governamentais, bibliotecas digitais e repositórios acadêmicos. Aproveite o
momento e incentive os estudantes a investigar a linguagem técnica usada nestes documentos e
como ela pode esclarecer ou obscurecer o entendimento de questões políticas. Devem também
analisar como as políticas são justificadas e quais os grupos de interesse que elas beneficiam ou
prejudicam. Se preferir, divida os estudantes em pequenos grupos, e atribua a cada grupo um tipo
de material político para análise: um discurso político, uma propaganda eleitoral ou um documento
de política pública. Certifique-se de que os materiais representem uma variedade de perspectivas e
gêneros discursivos.
1. Instruções para Análise:
– Oriente os grupos a identificar as principais estratégias argumentativas usadas no material,
como apelos emocionais, uso de estatísticas, testemunhos ou autoridade.
– Instrua-os a diferenciar claramente os fatos apresentados de quaisquer opiniões ou
interpretações subjetivas.
– Peça que examinem como o falante ou o texto posiciona-se sobre um assunto, quais são os
valores e perspectivas representados e como esses elementos influenciam a recepção do
público.
2. Preparação da Apresentação:
– Cada grupo deve preparar uma apresentação para a turma que sintetize sua análise. A
apresentação deve incluir exemplos concretos retirados do material e deve ser estruturada de
forma a argumentar claramente as conclusões do grupo.
– Os estudantes devem utilizar recursos visuais, como cartazes ou slides, mesmo que de forma
simples, para ilustrar pontos-chave
3. Critérios de Avaliação:
– Comunique claramente os critérios de avaliação para as apresentações, incluindo a profundidade
da análise, clareza na comunicação e eficácia em sustentar as conclusões com evidências.
4. Apresentações e Feedback:
– Permita que cada grupo apresente sua análise para a classe. Após cada apresentação, conduza
uma sessão de perguntas e respostas, onde os outros estudantes e o(a) professor(a) possam
fazer perguntas e oferecer feedback. Podemos, ainda, fazer uma Roda de Conversa. Após a
análise, proponha uma roda de conversa com questões como:
• Quais estratégias foram usadas para convencer o público?
• Como distinguir um fato de uma opinião dentro do discurso?
• De que forma os posicionamentos políticos influenciam a sociedade?

22
Conclua com uma reflexão coletiva, pedindo aos estudantes que compartilhem suas percepções
sobre o poder das palavras na política e como isso afeta o seu papel enquanto cidadãos.

2º MOMENTO: PESQUISA E PRODUÇÃO TEXTUAL CRÍTICA

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Acesso a bibliotecas digitais e bases de dados para pesquisa.


Recursos e providências
Guias de escrita dissertativa e argumentativa.

Professor(a), comece este momento discutindo a responsabilidade do cidadão em compreender e


questionar os discursos políticos. Anuncie que o foco será a pesquisa e a produção de textos que
analisem criticamente propostas e políticas governamentais.
Em seguida, encaminhe os estudantes em uma pesquisa guiada, em que eles devem buscar
informações sobre um tópico político específico, usando um roteiro que inclui fontes confiáveis,
critérios de seleção de informações e técnicas de anotação crítica. Eles devem buscar discursos,
entrevistas e documentos relacionados a propostas de governo, posicionamentos políticos e políticas
públicas. Após a pesquisa, solicite que escrevam um texto dissertativo argumentativo em que
apresentem suas análises e conclusões. Instrua-os a utilizar tópico frasal claro, desenvolvimento
coerente e conclusão que reafirme o posicionamento crítico.
Posteriormente, vamos organizar em grupos para debate, divida a classe em grupos e dê a cada um,
um ponto de vista político diferente para defender. Isto irá prepará-los para debates simulados em
que poderão praticar suas habilidades argumentativas e de refutação. Escolha um espaço apropriado
para debates, seja na sala de aula ou em um ambiente ao ar livre.
Finalize com uma sessão de compartilhamento em que os grupos apresentam suas descobertas
e textos. Promova uma discussão sobre o impacto do discurso político na sociedade e como eles,
como estudantes, podem participar de maneira consciente e fundamentada no debate político.
Esses dois momentos do desenvolvimento são projetados para equipar os estudantes com as
habilidades analíticas e críticas necessárias para navegar no complexo mundo do discurso político. Ao
final desse processo, eles não apenas terão uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos
do discurso político, mas também estarão mais aptos a se expressar e participar ativamente como
cidadãos informados.

23
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1 - Condições de Produção, Circulação e Recepção de Discursos Campo de Atuação
na Vida Pública - O campo de atuação na vida pública contempla os discursos/textos normativos,
legais e jurídicos que regulam a convivência em sociedade, assim como discursos/textos
propositivos e reivindicatórios (petições, manifestos etc.). Sua exploração permite aos estudantes
refletir e participar na vida pública, pautando-se pela ética.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Referenciação de textos se- (EM13LP29) Resumir e resenhar textos, por meio do uso de
gundo as normas da ABNT. paráfrases, de marcas do discurso reportado e de citações, para
Normas técnicas de refe- uso em textos de divulgação de estudos e pesquisas.
renciação e formatação de (EM13LGG108MG) Elaborar textos para veiculação nos diversos
textos.
suportes segundo normas da ABNT.
Normas técnicas para pro-
dução de textos acadêmi-
cos.
Estratégias e métodos para
utilização de paráfrases, ci-
tações, marcas de discurso
e resumos.
Análise do contexto de pro-
dução, circulação e recep-
ção de textos no campo de
práticas de estudos e pes-
quisa.
Organização tópico-discur-
siva.
Produção e circulação de
textos de divulgação cien-
tífica.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: A Arte da Escrita Científica: Dominando a Referenciação e a Divulgação do


Conhecimento.

APRESENTAÇÃO
Prezado(a) professor(a), ao empreender este percurso pedagógico sobre a arte da escrita científica,
convidamos você a adentrar um campo vital para o desenvolvimento acadêmico dos estudantes: o
domínio das normas técnicas e da capacidade de sintetizar e transmitir conhecimentos complexos com
clareza e precisão. Neste planejamento, vamos desvendar os mistérios da referenciação bibliográfica
conforme a ABNT, uma habilidade crucial na produção e na circulação de textos acadêmicos. Através
de métodos analíticos e práticos, os estudantes serão guiados a entender não apenas como citar
corretamente, mas também como a escolha de fontes e a forma de apresentação de suas ideias
podem influenciar a recepção e o impacto de seus textos no campo acadêmico.
Nesta jornada de aprendizagem, exploraremos a organização tópico-discursiva dos textos científicos,
focando na habilidade de resumir e resenhar obras acadêmicas e científicas de maneira ética e
eficiente. Estudaremos estratégias de paráfrase, uso de citações e marcas do discurso reportado,

24
elementos essenciais para uma comunicação eficaz na divulgação de estudos e pesquisas. Ao longo
deste processo, os estudantes irão aprimorar sua capacidade de análise crítica, construindo uma
compreensão robusta sobre o contexto de produção, circulação e recepção de textos no campo das
práticas de estudos e pesquisa.
Ao concluir este planejamento, você, como mediador do conhecimento, encontrará em mãos uma
série de ferramentas pedagógicas projetadas para instigar a curiosidade intelectual e aprofundar a
habilidade de escrita científica dos estudantes. Encoraje-os a questionar, a explorar e a se expressar
com autoridade e responsabilidade. Mostre como cada parágrafo, cada citação e cada referência
são pedras fundamentais na construção do edifício do saber. Incentive a prática constante, pois é
através do fazer que se alcança a maestria. E lembre-se, neste caminho de rigor e precisão, é seu
papel crucial orientar, esclarecer e inspirar.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: FUNDAMENTOS DA REFERENCIAÇÃO ABNT

Organização da turma Em grupos.

Um guia resumido da ABNT com exemplos visuais de referências


corretas.
Recursos e providências Texto impresso.
Papel, canetas coloridas, post-its.
Quadro.

Professor(a), inicie a sessão com uma breve história sobre a origem das normas da ABNT e sua
evolução ao longo do tempo, destacando sua relevância no cenário acadêmico atual. Apresente
os princípios básicos da referenciação e da formatação de textos acadêmicos, utilizando o quadro-
negro ou cartazes para ilustrar os formatos padrão.

Sugestão para referenciação:


Disponível no endereço: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/normas-da-abnt.htm.

Se possível, distribua um manual simplificado com as regras mais usadas da ABNT, como as normas
para citações diretas, indiretas, referências bibliográficas, e formatação de trabalhos.
Tabela simplificada com as regras de referenciação da ABNT e exemplos para cada categoria. No link
acima você encontrará mais informações e exemplos.

TABELA I: REGRAS DE REFERENCIAÇÃO DA ABNT E EXEMPLO PARA CADA


CATEGORIA (ícone clicável)

Desenvolva uma atividade colaborativa em que os estudantes revisem um texto pré-formatado,


identificando e corrigindo erros comuns de formatação e referenciação. Encerre com uma dinâmica

25
de grupo em que os estudantes criem um “mapa mental” das normas da ABNT, conectando
visualmente os conceitos chave.

1. Preparação do Texto Pré-formatado: Crie um documento que contenha erros


intencionais de formatação e referências, seguindo as normas da ABNT. Inclua erros
comuns, como incorreta utilização de itálico em títulos, citações mal formatadas, ou
referências incompletas.
2. Instruções para Revisão: Divida os estudantes em pequenos grupos e distribua cópias
do texto pré-formatado. Forneça uma lista de checagem baseada nas normas da ABNT
para que eles possam identificar os erros.
3. Atividade de Revisão: Peça para cada grupo revisar o texto, corrigindo os erros de
formatação e referenciação. Estabeleça um tempo limite para garantir que a atividade seja
dinâmica e mantenha os estudantes engajados.
4. Compartilhamento das Correções: Convide cada grupo a compartilhar suas correções
com a classe, discutindo as decisões tomadas. Realize uma revisão coletiva das correções
para consolidar o aprendizado.
5. Criação de um Mapa Mental: Forneça materiais como papel grande, marcadores e
post-its para a criação de mapas mentais. Oriente os estudantes a criar um mapa mental
que represente visualmente as normas da ABNT, conectando os conceitos chave, como
“Autoria”, “Títulos”, “Citações”, etc. Encoraje a criatividade e a colaboração no desenho e
na explicação das conexões entre os conceitos.
6. Dinâmica de Grupo: Finalize a atividade com uma dinâmica em que os estudantes
apresentem seus mapas mentais para a turma. Promova uma discussão sobre como as
diferentes equipes visualizaram e entenderam as normas da ABNT.
7. Reflexão: Encerre a atividade com uma reflexão sobre a importância da precisão e da
ética na pesquisa acadêmica. Pergunte aos estudantes sobre o que aprenderam e como
eles podem aplicar esse conhecimento em futuras tarefas escolares.

Esta atividade não só reforça o conhecimento das normas da ABNT, mas também promove habilidades
de colaboração, comunicação.

2º MOMENTO: PRÁTICA DE PARÁFRASES, CITAÇÕES E ANÁLISES DE ARITGOS


CIENTÍFICOS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso e quadro.

Professor(a), explique o conceito de paráfrase, destacando-a como uma reformulação das ideias do
autor, mantendo o mesmo significado. Mostre exemplos de paráfrases bem e mal elaboradas para
compreender a diferença entre uma paráfrase correta e a cópia indevida.

26
Sugestões:
Paráfrase bem elaborada.
• Texto Original: “A Revolução Industrial teve um impacto significativo na sociedade do século
XIX, transformando drasticamente os métodos de produção e o estilo de vida das pessoas.”
• Paráfrase: No século XIX, a Revolução Industrial provocou mudanças profundas na
sociedade, alterando consideravelmente os processos de fabricação e o modo de vida das
populações.
Paráfrase mal elaborada (Plágio):
• Texto Original: “O aquecimento global é um fenômeno preocupante que resulta
principalmente das emissões de gases de efeito estufa, causadas pela atividade humana.”
• Paráfrase (Plágio): O aquecimento global é uma questão alarmante originada das emissões
de gases de efeito estufa, as quais são provocadas pela intervenção humana.
Percebe-se que na paráfrase bem elaborada, as ideias do texto original são expressas com palavras
diferentes, mantendo o mesmo significado e estrutura gramatical. Não há cópia direta das frases
originais. Em contrapartida, na paráfrase mal elaborada (plágio), há uma cópia indevida das palavras
e estrutura do texto original, apenas substituindo algumas palavras por sinônimos. Isso constitui
plágio, pois não há uma reelaboração genuína das ideias originais.
Em seguida, escolha um dos trabalhos premiados em 2023 da UFMG Jovem, através do link abaixo
e selecione um artigo breve e claro de sua preferência.

UFMG Jovem - Trabalhos premiados.


Disponível em: https://www.ufmg.br/ufmgjovem/feira-da-educacao-basica/trabalhos-
premiados/.

Sugira aos estudantes que leiam o texto cuidadosamente, buscando compreender o seu conteúdo
e identificar as ideias principais apresentadas em cada parágrafo. E para cada parágrafo, que
destaquem a frase que melhor resuma a ideia principal abordada naquele trecho. Essa frase deve
ser clara e sucinta, capturando a essência do parágrafo. Após identificarem as frases-chave de
cada parágrafo, peça-lhes que elaborem um resumo do texto, utilizando essas frases para compor
um resumo por parágrafos. Isso ajudará a organizar as ideias centrais de forma concisa e coesa.
Incite-os a refletirem sobre o processo de identificação das ideias centrais e a importância de saber
resumir um texto de forma eficaz. Mostre aos estudantes como essa habilidade pode ser útil em seus
estudos e na vida acadêmica. Peça-lhes que compartilhem os resumos com os colegas de turma
para comparar e discutir as diferentes abordagens na identificação das ideias principais do texto.
Sugerimos que se certifique de escolher textos apropriados ao nível de compreensão da turma,
preferencialmente relacionado aos interesses e conhecimentos prévios dos estudantes.

27
ANEXO

TABELA I: REGRAS DE REFERENCIAÇÃO DA ABNT E EXEMPLO PARA CADA CATEGORIA.


(ícone clicável)

Elemento Descrição Exemplo

Incluem autor(es), título, edição, Silva, J. A.; Costa, M. Título do


Elementos Essenciais local, editora e ano de publica- Livro. 3. ed. São Paulo: Editora
ção. Exemplo, 2020.

Sobrenome em maiúsculas, se- SILVA, J. A.; COSTA, M.;


Autoria guido de nome e iniciais dos de- SANTOS, P. L.
mais nomes. Múltiplos autores
separados por ponto e vírgula.

Títulos destacados e subtítulos Título do Livro: Subtítulo do


Títulos e Subtítulos seguem após dois pontos, sem Livro
destaque.

Incluir título do artigo, nome do SILVA, J. A. “Título do Artigo”.


Publicações Periódicas periódico, volume, numeração, Nome do Periódico, v. 10, n. 5,
páginas do artigo e ano. p. 20-30, 2020.

Incluir URL completo e data de COSTA, M. Título do Documento.


Documentos Eletrônicos acesso. Disponível em: http://www.
exemplo.com.br. Acesso em: 25
mar. 2020.

Citações longas com recuo e Segundo Silva (2020), “texto da


Citações fonte menor sem aspas; citações citação”.
curtas com aspas no texto.

28
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Campo Jornalístico-Midiático - O campo jornalístico-midiático caracteriza-se pela
circulação dos discursos/textos da mídia informativa (impressa, televisiva, radiofônica e digital) e
pelo discurso publicitário. Sua exploração permite construir uma consciência crítica e seletiva em
relação à produção e circulação de informação, posicionamentos e induções ao consumo.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Graus de informatividade de (EM13LP57MG) Reconhecer estratégias de organização textual
um texto oral ou escrito. em gêneros da esfera jornalística.
Suportes textuais e efeitos (EM13LGG106MG) Analisar o tratamento linguístico da
de sentido. informação nos diversos gêneros textuais/ discursivos e digitais
Intencionalidade discursiva. e seus suportes e plataformas (revistas, jornais, sites, blogs,
etc.), de forma produtiva e autônoma, considerando suas
Tratamento da informação
em diferentes fontes. relações com o público-alvo.

Análise de textos.
Comparação entre narrati-
vas.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Dissecação de Notícias: Da Informação ao Impacto.

APRESENTAÇÃO
Professor(a), no planejamento que segue, iremos desembaraçar a complexa rede de informações,
estratégias de escrita e intenções ocultas que permeiam os gêneros jornalísticos. A missão é
desenvolver um olhar crítico nos estudantes, afiando suas habilidades analíticas e capacitando-os a
identificar não apenas o que é dito, mas como e porque é dito.
Ao longo deste planejamento, seus estudantes serão transformados em verdadeiros detetives da
linguagem, aprendendo a discernir entre nuances e intenções nas linhas e entrelinhas do discurso
jornalístico. Eles serão imersos em uma variedade de textos – desde notícias breves e blogs até
análises aprofundadas e reportagens investigativas – para entender como a escolha das palavras, a
estrutura do texto e o contexto da publicação afetam a mensagem transmitida.
Cada aula é uma oportunidade para exercitar a compreensão e a expressão, medida que eles
desconstroem e reconstroem narrativas, avaliando sua eficácia e veracidade. Este é um exercício de
equilíbrio entre ceticismo saudável e confiança informada, onde os estudantes aprenderão a pesar
a informatividade contra o sensacionalismo e a distinguir fato de opinião com a precisão de um
especialista.
Neste planejamento, você encontrará atividades que encorajam a participação ativa e a discussão,
moldando um espaço de aprendizado em que cada voz pode ser ouvida e cada perspectiva,
valorizada. Estimule os estudantes a questionarem, a refletirem e, acima de tudo, a se conectarem
com o material de forma significativa, permitindo que as lições do jornalismo ressoem em suas vidas
diárias e em seu entendimento do mundo.
Aqui, os estudantes não serão apenas observadores passivos do fluxo de informações, mas sim

29
participantes ativos na sua análise e criação. Eles sairão deste planejamento não apenas como
estudantes mais informados, mas como cidadãos mais capacitados a interagir com o mundo à sua
volta de forma crítica e consciente. Este é o verdadeiro poder da educação: não apenas iluminar
mentes, mas também acender corações para a importância de uma imprensa livre e uma sociedade
informada.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: : DISSECANDO O TEXTO JORNALÍSTICO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Acesso a diversas publicações jornalísticas.


Fichas ou cadernos para anotações.
Recursos e providências
Papel e canetas ou acesso a computadores/tablets para a escrita
individual.

Professor(a), dê início ao nosso mergulho no universo jornalístico introduzindo o tema “A Arte


de Informar: Estratégias Textuais no Jornalismo”. Contextualize a importância de entender os
mecanismos por trás das notícias que permeiam nosso cotidiano, e como a habilidade de reconhecer
essas estratégias é crucial para uma leitura crítica. Vamos começar com a análise textual. Forneça
aos estudantes uma gama de artigos jornalísticos de diferentes suportes – impressos, digitais,
blogs. Peça que identifiquem e anotem os graus de informatividade, diferenciem fato de opinião
e reconheçam a intencionalidade discursiva. Aqui estão algumas sugestões: Bibliotecas Digitais e
Bancos de Dados: acesso a bases de dados como a Biblioteca Nacional Digital, que podem conter
arquivos de jornais e revistas. Plataformas de Notícias Online: Portais de notícias que mantêm
arquivos digitais, como “O Globo”, “Folha de S.Paulo”, “Estadão”, entre outros. Repositórios
Acadêmicos Bancos de dados acadêmicos que disponibilizam estudos e artigos sobre jornalismo
e mídia, como o Scielo ou o Google Acadêmico Arquivos Públicos: Sites de arquivos públicos que
podem ter coleções digitais de materiais jornalísticos. Agências de Notícias: acesso direto a agências
de notícias como a Agência Brasil, que oferecem conteúdo jornalístico diversificado. Para atividades
de análise textual, é importante que o professor verifique os direitos de uso e distribuição do
material, assegurando que seja utilizado de maneira legal e ética em um contexto educacional.
Ao fornecer esses recursos aos estudantes, o professor facilita o acesso à informação e promove
uma aprendizagem mais rica e fundamentada. Após a análise, proponha uma roda de conversa
em que cada estudante compartilhe suas descobertas, incentivando-os a questionar: “Como o
suporte textual afeta o tratamento da informação?” ou “De que maneira a intencionalidade do autor
influencia o efeito de sentido?” Conclua com uma atividade reflexiva, por exemplo, “Jornalismo
ao Espelho: Reflexos da Mídia em Nossa Visão de Mundo”, que tem como objetivo fomentar uma
reflexão crítica sobre o papel da mídia e como a análise detalhada de textos jornalísticos pode alterar
a percepção dos estudantes sobre as notícias, assim os estudantes expressarão como a análise dos
textos jornalísticos pode influenciar seu entendimento das notícias e da própria mídia. Inicie com
uma discussão sobre a influência da mídia na sociedade. Peça aos estudantes para compartilharem
suas percepções iniciais sobre a confiabilidade das notícias e a objetividade da mídia. Solicite que
os estudantes escrevam brevemente sobre como a análise de textos jornalísticos durante as aulas

30
mudou ou reforçou suas visões sobre a mídia. Divida os estudantes em pequenos grupos e peça que
discutam as seguintes questões:
• Como as técnicas jornalísticas que vocês analisaram podem influenciar a interpretação dos
fatos pelo público?
• De que maneira o entendimento dessas técnicas pode torná-los leitores mais críticos?
Cada grupo apresentará um resumo de suas discussões, destacando insights particulares ou
mudanças de perspectiva que. Abra um espaço para que os grupos compartilhem suas reflexões
com a classe inteira, promovendo um diálogo mais amplo. Encerre a atividade pedindo que cada
estudante escreva uma conclusão individual, articulando como eles podem aplicar o pensamento
crítico sobre a mídia em suas interações diárias com as notícias. Conclua a atividade com uma
discussão sobre como a compreensão crítica da mídia é essencial para a cidadania ativa. Reforce que
ser um consumidor crítico de mídia não é apenas uma habilidade acadêmica, mas uma ferramenta
vital para a participação informada na democracia.

2º MOMENTO: DA TEORIA À PRÁTICA - CRIANDO NARRATIVAS JORNALÍSTICAS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Materiais de escrita ou computadores para digitação.


Eventos atuais como estudos de caso.
Critérios de avaliação para os textos produzidos.
Recursos e providências Acesso à internet e a múltiplas fontes de notícias para pesquisa.
Materiais de escrita, como papel e canetas ou computadores.
Critérios de avaliação claros para as narrativas jornalísticas
produzidas.

Professor(a), vamos nos aprofundar na atividade de Criação de Texto Jornalístico sob o tema
“Narrativas Paralelas: Criando sua Versão da História”. Esse é um exercício de imersão no mundo do
jornalismo que não só desafia os estudantes a aplicar estratégias textuais, mas também a entender
a responsabilidade inerente ao ato de narrar eventos. Dedique um momento inicial para estabelecer
o contexto.
Discuta com os estudantes exemplos recentes de como diferentes mídias reportaram um mesmo
evento. Destaque como as narrativas divergem dependendo do suporte textual e do público-
alvo. Apresente o conceito de “narrativas paralelas” e explique como elas podem influenciar a
percepção pública. Comece por selecionar um evento atual relevante. Pode ser algo local que afeta
a comunidade escolar ou um assunto de alcance nacional ou internacional que esteja em destaque.
Instrua os estudantes a pesquisarem o evento de diferentes fontes para compreender a variedade
de perspectivas existentes. Então, cada grupo deve planejar suas narrativas, decidindo como irão
abordar o evento e quais estratégias textuais utilizarão para cada suporte escolhido.
Agora, os estudantes devem escrever as duas versões do artigo. Uma pode ser voltada para um blog
e a outra para um jornal impresso, por exemplo. Eles devem considerar o estilo, o tom e o formato

31
que cada suporte demanda. Após a escrita, uma fase de revisão por pares é essencial para polir as
narrativas. Organize uma sessão de apresentações em que cada grupo compartilha suas versões da
história. Isso deve ser seguido por uma discussão crítica, em que você e os estudantes avaliam o
impacto das escolhas textuais e como elas podem moldar a compreensão dos leitores.
Finalize com uma reflexão profunda sobre o poder da palavra escrita e a responsabilidade do jornalista
na sociedade. Relembre aos estudantes que, ao reconhecer e analisar as estratégias textuais, eles
ganham não apenas a capacidade de interpretar as notícias com uma visão crítica, mas também a
habilidade de criar narrativas responsáveis e éticas.
Este momento é crucial para consolidar a compreensão teórica e desenvolver a competência prática
em comunicação. Professor (a), ao conduzir seus estudantes através deste processo, você os está
preparando para serem não apenas consumidores de mídia, mas também potenciais criadores de
conteúdo que valorizam a integridade e a precisão na era da informação.

32
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Campo Jornalístico-Midiático - O campo jornalístico-midiático caracteriza-se pela
circulação dos discursos/textos da mídia informativa (impressa, televisiva, radiofônica e digital) e
pelo discurso publicitário. Sua exploração permite construir uma consciência crítica e seletiva em
relação à produção e circulação de informação, posicionamentos e induções ao consumo.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Conhecimento valorização (EM13LP59MG) Identificar assimilações, rupturas e permanências
dos costumes, línguas, sa- no processo de constituição das literaturas africanas de países
beres, tradições, modos e de língua portuguesa e ao longo de sua trajetória, por meio
perspectiva de vida dos po- da leitura e análise de obras fundamentais dessa vertente
vos indígenas, campesinos, literária para perceber a historicidade de matrizes africanas e
negros, quilombolas, ciga- procedimentos estéticos.
nos, imigrantes e refugiados
sobretudo os que estão em (EM13LGG205MG) Conhecer e compreender os saberes, as
Minas Gerais. tradições, os costumes, os modos e perspectivas de vida dos
Relações entre a língua e os povos indígenas, campesinos, negros, quilombolas, ciganos,
aspectos sociais, culturais, imigrantes e refugiados, sobretudo em Minas Gerais, para a
políticos e históricos de ou- integração de suas culturas e fortalecimento do sentimento de
tros povos. pertencimento.
Posicionamento ético, res-
ponsável e respeitoso.
Distinção entre ufanismo e
sentimento de pertencimen-
to.
Os negros na literatura bra-
sileira.
Os indígenas na literatura
brasileira.
Literatura contemporânea.
Autoria de negros e negras,
indígenas, mulheres.
Intertextualidades.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Entrelaçando Vozes: A Tapeçaria Cultural nas Literaturas Africanas e


Brasileiras.
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) professor(a), convido você a embarcar com seus estudantes em uma jornada exploratória
pelas ricas literaturas africanas de países de língua portuguesa e o mosaico de culturas em Minas
Gerais. Neste planejamento, vamos mergulhar nas obras fundamentais que refletem a historicidade
das matrizes africanas e os procedimentos estéticos que as caracterizam. Além dos momentos
pedagógicos que ressoam nas paredes da sala de aula, iremos transcender os limites físicos por
meio de métodos interativos, como análises literárias, discussões em grupo e projetos criativos.
Este planejamento tem como meta desenvolver a capacidade de identificar as assimilações, rupturas
e permanências no processo de constituição dessas literaturas. Com isso, propomos uma reflexão

33
profunda sobre a valorização dos costumes, línguas, saberes e tradições dos povos que compõem
o tecido social e cultural não apenas de Minas Gerais, mas também do vasto mundo que partilha a
língua portuguesa.
Ao adentrar neste planejamento, você encontrará um roteiro que visa fortalecer o sentimento de
pertencimento e a compreensão ética das contribuições dos povos indígenas, negros, quilombolas e
outros grupos. Faça um mergulho nas obras literárias que moldam a identidade cultural, apresente
perspectivas diversas que enriquecem o entendimento, e exponha os estudantes a uma variedade
de textos que dialogam com as questões de autoria e intertextualidade. Pergunte, debata e explore
as histórias contadas e as vozes que ainda ecoam à espera de serem ouvidas.
Em sua jornada como educador (a), você se tornará um guia para os estudantes no reconhecimento
das muitas vozes e histórias que têm moldado as literaturas africanas e brasileiras. Juntos, vocês
irão desvendar a tapeçaria de narrativas que entrelaçam o passado ao presente, desafiando-os a
tecer suas próprias contribuições no contínuo da tradição literária.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: EXPLORAÇÃO LITERÁRIA E CULTURAL

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Cópias das obras literárias selecionadas.


Guias de estudo ou fichas de leitura para facilitar a análise textual.
Espaço adequado para a realização de rodas de conversa.
Recursos e providências Acesso à internet para pesquisa.
Acesso a recursos multimídia para pesquisa e criação das
apresentações.
Equipamento para exibição das apresentações multimídia.

Inicie este segmento apresentando o tema “Literaturas em Diálogo: Conexões Transatlânticas”.


Contextualize a importância das literaturas africanas de países lusófonos e sua interação com as
narrativas culturais mineiras, ressaltando a necessidade de compreender essas obras dentro de seu
contexto histórico e cultural.
Em seguida, selecione obras representativas das literaturas africanas de língua portuguesa e textos
que refletem a diversidade cultural em Minas Gerais. Faça com que os estudantes leiam e analisem
essas obras, identificando temas de assimilação, ruptura e permanência. Como sugestão, estas
podem servir como ponto de partida para suas pesquisas e análises em sala de aula: Literaturas
Africanas de Língua Portuguesa: “Terra Sonâmbula” de Mia Couto (Moçambique): uma obra que
mescla realidade e sonho para retratar as consequências da guerra civil moçambicana.”O Meu
Menino é de Oiro” de Pepetela (Angola): Um livro que explora a identidade angolana durante e após
a luta pela independência de Portugal. “Os da Minha Rua” de Ondjaki (Angola): Uma coletânea de
histórias curtas que capturam a vida cotidiana em Luanda. “Niketche: Uma História de Poligamia”
de Paulina Chiziane (Moçambique): o primeiro romance de uma mulher moçambicana publicado,
abordando temas como gênero e tradição. Faz-se importante também, a leitura de autores e textos
de Minas Gerais, assim, sugerimos: “Clara dos Anjos” de Lima Barreto: embora não seja mineiro,

34
Lima Barreto aborda temas raciais e sociais que são relevantes para a discussão da diversidade
cultural. “Caderno de Memórias Coloniais” de Isabela Figueiredo: uma obra que reflete sobre o pós-
colonialismo e a memória histórica. “Becos da Memória” de Conceição Evaristo, uma autora mineira
que narra a vida em favelas do Rio de Janeiro, mas suas obras são profundas para entender as
experiências negras no Brasil. “Chica que Manda” também de Conceição Evaristo: trata da trajetória
de mulheres negras, uma perspectiva fundamental no estudo da diversidade cultural. Há outras
fontes de para pesquisa, tais como: bibliotecas digitais: plataformas como o Domínio Público ou a
Biblioteca Nacional Digital de Portugal que oferecem acesso a obras literárias em domínio público,
Acervos Universitários: universidades frequentemente possuem repositórios digitais com obras de
acesso livre, como a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e Instituições Culturais: o
Instituto Camões e a Fundação Calouste Gulbenkian disponibilizam estudos e obras relacionadas às
literaturas de língua portuguesa.
Ao selecionar as obras para estudo, busque edições que contenham notas explicativas e contextuais,
pois isso pode ajudar os estudantes a compreenderem melhor o texto e a analisar as temáticas de
assimilação, ruptura e permanência dentro dos contextos históricos e culturais abordados.
Após a leitura, conduza rodas de conversa com questões como “Como a historicidade africana é
refletida nesta obra?” ou “Quais procedimentos estéticos o autor utiliza para retratar sua cultura?”.
Conclua o momento com uma atividade em que cada estudante ou grupo apresente suas descobertas,
refletindo sobre a relevância dessas literaturas para a compreensão de diferentes culturas e
identidades.

2º MOMENTO: Pesquisa e Integração Cultural

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Preparar e duplicar os materiais de leitura, os guias de análise


crítica e as fichas de pesquisa.
Recursos e providências
Organizar e agendar entrevistas e, se possível, visitas a locais de
importância cultural para os povos estudados.

Professor(a), dê continuidade ao trabalho com o tema “Vozes da Terra: A Riqueza Cultural dos Povos
de Minas Gerais”. Saliente a importância de conhecer e valorizar as tradições e perspectivas de vida
dos diversos grupos étnicos e culturais do estado.
Proponha um projeto de pesquisa em que os estudantes investiguem a história, as tradições e
os modos de vida dos povos indígenas, campesinos, negros, quilombolas, ciganos, imigrantes e
refugiados em Minas Gerais. Forneça um roteiro de pesquisa que inclua entrevistas, análise de
documentários e visita a sites educacionais. A seguir, temos uma sugestão de roteiro de pesquisa:
Objetivos: investigar e compreender as culturas e as literaturas africanas de língua portuguesa, bem
como as tradições e perspectivas de vida de povos diversos em Minas Gerais, visando à integração
cultural e ao fortalecimento do sentimento de pertencimento.

35
Etapas da Pesquisa:
1. Preparação:
Defina os temas e subtemas a serem pesquisados com base nos objetivos de aprendizagem.
Prepare uma lista de palavras-chave relevantes para a pesquisa.

2. Análise de Literatura:
Identifique obras literárias fundamentais e faça uma lista de livros, artigos e ensaios para leitura.
Organize sessões de leitura crítica e discussão em sala de aula.

3. Entrevistas:
Entre em contato com especialistas, acadêmicos ou membros da comunidade que possam oferecer
insights sobre as culturas estudadas.
Prepare um conjunto de perguntas para serem abordadas durante as entrevistas.

4. Análise de Documentários:
Selecione documentários que abordem as temáticas da pesquisa e organize sessões de visualização
em grupo.
Discuta os principais pontos e perspectivas apresentadas após cada exibição.

5. Visita a Sites Educacionais:


Direcione os estudantes para sites educacionais confiáveis onde possam encontrar material
complementar.
Alguns exemplos incluem o portal do Instituto Camões, BBC History, e o site da UNESCO.

6. Análise Crítica:
Após a coleta de dados, oriente os estudantes a analisarem criticamente as informações obtidas,
comparando diferentes fontes e perspectivas.
Encoraje a reflexão sobre como as informações se relacionam com os conceitos de identidade e
pertencimento.

7. Apresentação dos Resultados:


Os estudantes devem compilar suas descobertas e apresentá-las de maneira criativa, seja em forma
escrita, apresentações multimídia, ou exposições.
Perguntas-Chave para a Pesquisa:
• Quais são as principais características das literaturas africanas de língua portuguesa?
• Como as literaturas africanas refletem as histórias e culturas dos países de onde provêm?
• De que forma as culturas indígenas, campesinas, negras, quilombolas, ciganas, imigrantes
e refugiados se manifestam em Minas Gerais?
• Como as tradições e os modos de vida desses povos são retratados na literatura brasileira
contemporânea?
• Quais são os exemplos de intertextualidade entre as literaturas africanas e brasileiras?

36
Fechamento:
◊ Realize uma sessão de fechamento onde os estudantes vão refletir sobre o impacto
da pesquisa em seu entendimento das culturas e literaturas estudadas.
◊ Oriente os estudantes a criarem apresentações multimídia que compartilhem
suas descobertas, enfatizando a integração dessas culturas na sociedade mineira e o
fortalecimento do sentimento de pertencimento.
◊ Avalie o processo de pesquisa e as apresentações finais, fornecendo feedback
construtivo.
Esse roteiro é um guia flexível que pode ser adaptado às necessidades e recursos disponíveis do
ambiente de aprendizagem, e deve ser considerado como um ponto de partida para um estudo mais
aprofundado e engajado com as literaturas e culturas em foco.
Encerre com uma exposição ou feira cultural em que os estudantes possam exibir seus trabalhos
para a escola, promovendo um diálogo enriquecedor sobre a diversidade cultural.
Professor(a), ao planejar e executar esses momentos, você estará não só cumprindo os objetivos
curriculares, mas também promovendo um ambiente de aprendizado que celebra a diversidade e
a inclusão, preparando os estudantes para serem cidadãos conscientes e empáticos em um mundo
globalizado.

37
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Condições de Produção, Circulação e Recepção de Discursos Língua e Linguagem
Campo Artístico-Literário – O campo artístico é o espaço de circulação das manifestações artísticas
em geral, possibilita, portanto, reconhecer, valorizar, fruir e produzir tais manifestações, com base
em critérios estéticos e no exercício da sensibilidade.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Produção e análise de tex- (EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas
tos. de diferentes gêneros literários (a apreensão pessoal do cotidiano
Recursos lexicais e se- nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante
mânticos de expressão: do mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana
comparação, metáfora, e social dos romances, a dimensão política e social de textos
metonímia, neologia, gí- da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os
rias, jargões etc. diferentes ângulos de apreensão do indivíduo e do mundo pela
Literatura comparada. literatura.
Análise de Obras literárias (EM13LGG306MG) Reconhecer efeitos de sentido do uso de
que mostram o autor e metáforas, neologismos, jargões, gírias nos diversos gêneros
seu fazer literário. textuais/ discursivos
Análise de Obras literárias
em poesia ou prosa, cujas
principais tendências se-
jam os efeitos e sentido.
Vida cultural por meio de
obras literárias.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Lentes Literárias: Perspectivas e Estilos na Expressão do Ser e do Mundo.

APRESENTAÇÃO
Prezado(a), professor(a), prepare-se para guiar seus estudantes na descoberta das multifacetadas
lentes literárias que oferecem vislumbres únicos sobre o ser e o mundo. Neste planejamento, vamos
explorar a complexidade dos gêneros literários e os recursos lexicais que os autores utilizam para
criar significados e transmitir suas visões. Analisaremos as suas dimensões estilísticas e estruturais,
e como cada gênero literário oferece um ângulo distinto de apreensão da realidade.
Este planejamento tem como foco a habilidade de perceber as nuances que diferenciam uma crônica
de um poema, um romance de um texto de literatura marginal. Vamos explorar os efeitos de sentido
das metáforas, o frescor dos neologismos, a intimidade das gírias e a especificidade dos jargões.
Através de leituras cuidadosas, discussões em grupo e atividades de análise, incentivaremos os
estudantes a experimentarem a riqueza da expressão literária e a apreciarem a diversidade da vida
cultural que se manifesta nas obras.
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para a compreensão crítica
e o apreço pela literatura. Propomos uma reflexão sobre como as escolhas linguísticas dos autores
moldam nossa percepção e expressam suas identidades. Vamos mergulhar nas obras literárias que
mostram o autor e seu fazer literário e nas que primam pelos efeitos de sentido, seja em poesia ou
em prosa.

38
Ao adentrar este planejamento, você, professor(a), encontrará uma coleção de atividades
cuidadosamente elaboradas que irão enriquecer o entendimento dos estudantes sobre a literatura.
Exponha-os a textos diversificados, desde as crônicas do cotidiano às obras poéticas carregadas de
subjetividade. Mostre como os romances podem oferecer perspectivas amplas sobre a sociedade e
como a literatura marginal lança luz sobre dimensões políticas e sociais muitas vezes negligenciadas.
Converse com seus estudantes sobre estas diferenças, pergunte a eles sobre suas interpretações e
mostre-lhes como a literatura pode ser um espelho da humanidade em toda a sua complexidade.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO: IMERSÃO NOS GÊNEROS LITERÁRIOS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Trechos impressos ou digitais de diferentes gêneros literários.


Recursos e providências Materiais de escrita para a criação dos textos.
Espaço adequado para a movimentação entre as estações

Professor(a), inicie o momento ancorando a discussão na ideia de que a literatura é um


espelho multifacetado da experiência humana. Apresente o tema “O Mosaico Literário: Explorando
Estruturas e Estilos”, destacando a riqueza encontrada na variedade de gêneros literários. Convide os
estudantes a considerar como cada gênero oferece uma lente diferente através da qual podemos
ver e sentir o mundo e a nós mesmos.
Faça uma apresentação interativa que descreva as peculiaridades dos gêneros literários. Utilize
exemplos visuais e textuais que destaquem as características de cada gênero, desde a intimidade da
crônica até a complexidade do romance, passando pela urgência da literatura marginal. Destaque
as características de cada gênero literário utilizando exemplos textuais que são representativos
de crônicas, poemas, romances e literatura marginal. A seguir estão algumas sugestões: crônica -
caracteriza-se pela apreensão pessoal e cotidiana, frequentemente com um tom intimista e reflexivo:
“Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector oferece uma visão pessoal e profunda de momentos
do dia a dia; poema - expressa a manifestação livre e subjetiva do eu lírico, com uso intenso de
figuras de linguagem e forma que complementa o conteúdo: “Morte e Vida Severina” de João
Cabral de Melo Neto, um poema que utiliza a forma para enfatizar a dura realidade da vida no
sertão nordestino. Romance - apresenta uma perspectiva ampla da vida humana e social, com
desenvolvimento complexo de personagens e tramas: “Grande Sertão: Veredas” de João Guimarães
Rosa explora a complexidade do ser humano em meio à realidade do sertão brasileiro; literatura
marginal - possui uma dimensão política e social, geralmente com uma narrativa que desafia as
convenções e dá voz a grupos marginalizados: “Capão Pecado” de Ferréz, uma obra que retrata a
vida na periferia de São Paulo, expondo as dificuldades e a resistência de seus moradores.
Para cada gênero, você pode selecionar trechos que ilustrem essas características e preparar questões
para discussão que guiem os estudantes a identificar e refletir sobre esses aspectos. Abaixo, temos
algumas questões como sugestão.

39
Gênero Literário Perguntas de Discussão

De que maneira a crônica escolhida transforma o


cotidiano em algo digno de nota literária?

Como o autor(a) da crônica utiliza o espaço pessoal


Crônicas
para refletir sobre questões universais?

Identifique e discuta o uso de ironia ou humor na


crônica lida. Qual o efeito destes na narrativa?

Como o poema usa a linguagem de forma diferente de


um texto em prosa?

De que forma a estrutura do poema – como o ritmo,


Poemas a rima e a disposição dos versos – contribui para o
tema central?

Escolha uma metáfora do poema e explique como ela


amplia a compreensão do assunto tratado.

Analisem um personagem do romance. Como a


complexidade do personagem reflete a complexidade
da vida humana e social?
Como o autor(a) utiliza diferentes perspectivas
Romances narrativas (primeira pessoa, terceira pessoa) para
desenvolver a história?
Discutam a importância do cenário no romance.
De que forma o ambiente influencia a trama e os
personagens?

De que maneira a literatura marginal pode ser vista


como um ato de resistência política e social?

Como o texto lido dá voz a experiências e perspectivas


Literatura Marginal
muitas vezes ignoradas pela literatura convencional?

Identifiquem as gírias e jargões usados no texto.


Qual o impacto desses elementos na autenticidade da
narrativa?

Além disso, pode-se usar recursos visuais, como capas de livros, fotos dos autores, ou imagens que
representem temas ou cenários dos textos para enriquecer a experiência e ajudar na contextualização.

40
Essas questões não apenas guiarão os estudantes através de uma análise textual crítica, mas
também os ajudarão a engajar-se com os textos de maneira mais significativa, encorajando-os a
pensar além do conteúdo superficial e a considerar os múltiplos níveis de significado presentes na
literatura. Lembre-se de adaptar a seleção de textos e imagens ao contexto cultural e linguístico de
seus estudantes, garantindo que o material seja acessível e relevante para eles.
Professor(a), transforme a sala de aula em uma galeria interativa de gêneros literários. Cada
estação será dedicada a um gênero e contará com trechos selecionados, informações sobre autores
e contextos históricos, além de perguntas guia para estimular a discussão e análise. Providencie
materiais como cópias dos textos, tablets ou laptops para acesso a obras online, e quadros brancos
ou cartazes para anotações coletivas.
Os estudantes circularão pelas estações, lendo e discutindo os trechos. Encoraje-os a fazer anotações
sobre elementos estruturais e estilísticos, e a considerar como esses elementos se relacionam com
os temas e contextos dos textos. Após a exploração, agrupe os estudantes e peça que escolham um
gênero para criar um breve texto que imite ou responda às estruturas e estilos observados. Oriente-
os a incorporar metáforas, neologismos e jargões de maneira significativa e criativa.
Facilite uma roda de conversa em que os grupos compartilharão suas criações. Utilize estratégias de
feedback positivo e crítica construtiva para cada contribuição. Conduza uma discussão sobre como
a escolha do gênero e o uso de recursos estilísticos específicos afetam a narrativa e a experiência
do leitor.
Encerre o momento com uma reflexão coletiva sobre a importância da forma na literatura e como
ela pode moldar substancialmente o conteúdo e a mensagem de um texto. Convide os estudantes
a considerarem como essa compreensão pode enriquecer sua leitura e sua própria escrita.
Se possível, prepare as estações com antecedência, garantindo que todos os recursos necessários
estejam disponíveis. Planeje a logística para assegurar que todos os estudantes tenham tempo
suficiente em cada estação.
Esta atividade prática não só aprofunda a compreensão dos estudantes sobre os gêneros literários,
mas também os envolve ativamente no processo de aprendizado, permitindo-lhes aplicar o
conhecimento de maneira criativa e reflexiva.

2º MOMENTO: INCLUSÃO E REPRESENTATIVIDADE NA ARTE E CULTURA


CONTEMPORÂNEAS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Acesso a bibliotecas físicas ou digitais para pesquisa de obras e


autores.
Computadores ou tablets para a pesquisa e preparação.
Acesso a plataformas de streaming para filmes e séries.
Recursos e providências Dispositivos de áudio para ouvir músicas e podcasts.
Cópias ou links para acesso aos textos literários.
Materiais de arte e escrita para as oficinas criativas.
Equipamento de gravação e edição para produções de áudio ou
vídeo.

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Apresente o tema “Vozes e Visões: Celebrando a Diversidade na Literatura e na Arte”. Explique a
importância de reconhecer e valorizar a contribuição de pessoas negras, indígenas e mulheres na
cultura contemporânea.
Escolha uma variedade de textos literários, músicas, filmes, séries e podcasts que não apenas
representem esses grupos, mas também sejam criados por eles. Certifique-se de que as obras sejam
relevantes para os interesses dos estudantes e estejam alinhadas com os temas contemporâneos.
Conduza sessões de análise crítica em que os estudantes possam discutir as obras selecionadas,
focando em como estas expressam e refletem as experiências dos criadores. Incentive-os a identificar
temas de representatividade, identidade e agência.
Promova um debate sobre a relevância das obras analisadas no contexto atual e o impacto que têm
sobre a visão de mundo dos estudantes.
Professor(a), encoraje os estudantes a refletirem sobre como as obras que eles analisaram podem
inspirar a criação artística própria. Organize oficinas em que os estudantes possam criar seus próprios
textos, músicas, cenas de teatro ou podcasts inspirados nas obras estudadas. Enfatize a importância
de uma expressão autêntica que respeite as vozes originais, enquanto permite aos estudantes
explorar suas próprias narrativas. Prepare uma sessão para que os estudantes apresentem suas
criações. Pode ser um evento cultural na escola, uma publicação online ou uma exibição para a
comunidade escolar.
Finalize com uma sessão de feedback coletivo os estudantes possam compartilhar suas experiências
criativas e discutir o processo de transformar inspiração em arte própria.. Reforce a importância do
reconhecimento desses efeitos na análise literária.
Este planejamento não só enriquece o conhecimento dos estudantes sobre a diversidade na literatura
e na arte, mas também os capacita a se tornarem criadores conscientes e respeitosos das múltiplas
vozes que compõem nossa sociedade.

42
REFERÊNCIAS

A ONDA. [S. l.: s. n.], 12 mar. 2023. 1 vídeo (1:46min). Publicado pelo canal Trashposting.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qQlI8tveMQc. Acesso em: 20 fev. 2024.
BATISTA, G. Como a mídia influenciou na construção de uma nova identidade do Brasil? Scielo,
[S. l.], 2017. Disponível em: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2016/09/19/como-a-midia-
influenciou-na-construcao-de-uma-nova-identidade-do-brasil/. Acesso em: 10 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.
Acesso em: 10 out. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 10 fev. 2024.
POR toda minha vida. [S. l.: s. n.], 05 maio 2023. 1 vídeo(47min). Publicado pelo canal CMB
- Central da Música Brasileira. Disponível em:https://youtu.be/8hQxULN5WbE?si=AWt-_
HXLOpS0DyLx. Acesso em: 20 fev. 2024.
PROJETO Atlas Linguístico do Brasil. UFBA, [S. l.], 2024. Disponível em:https://alib.ufba.br/.
Acesso em: 20 fev. 2024.
SANTOS, I. A.. Linguagem e poder: contribuições de Deleuze e Fairclough. UFRB, Bahia, 2014.
Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/5766/576664779005/html/index.html. Acesso
em: 10 fev. 2024.
SOUZA, W. Normas da ABNT. Brasil Escola. [S. l.], 2024. Disponível em: https://brasilescola.uol.
com.br/redacao/normas-da-abnt.htm. Acesso em: 20 fev. 2024.
TRABALHOS Premiados – UFMG JOVEM 23ª Feira de Educação Básica. UFMG, Belo Horizonte,
2023. Disponível em: https://www.ufmg.br/ufmgjovem/feira-da-educacao-basica/trabalhos-
premiados/. Acesso em: 22 fev. 2024.

43
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Linguagens e suas Tecnologias Língua Inglesa

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de
discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas
de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias
e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia,
na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Leitura e produção de textos (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
dissertativos. preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados
nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de
Relações entre textos, discur-
explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
sos e atos de linguagem. Iden-
tificação de intencionalidades (EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e
discursivas, valores, visões de perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de
mundo, crenças, saberes, ide- linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo
ologias e interesses em dife- criticamente o modo como circulam, constituem-se e (re)
rentes discursos. produzem significação e ideologias.
Suportes de circulação de tex-
tos e efeitos de sentido.
Distinção de fato e opinião.
Posicionamentos enunciativos
(pontos de vista) e assumidos
em discursos e a influência de-
les na sociedade.
Interdiscursividade.
Pacto de recepção de textos
(Pacto ficcional).
Estratégias argumentativas.
Tópico frasal.
Vínculos entre discursos, atos
de linguagem, relações de po-
der e ideologias.

44
Reconhecimento e análise de
marcas da identificação política,
religiosa, ideológica, de gênero
ou de interesses econômicos do
autor/produtor da obra, relacio-
nando-as ao contexto histórico,
político e social.
Percepção, questionamento, re-
produção e/ou rompimento de
pontos de vista.
Vozes do discurso.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Fact x Opinion.


APRESENTAÇÃO
Caro(a) Professor(a), tudo bem?
Neste planejamento vamos trabalhar com um tema muito comum nos dias atuais, haja vista que
a tecnologia está em nossos lares, na palma de nossas mãos o tempo todo. Muitas informações,
matérias, itens de pesquisa, reportagens, artigos, informações e posts variados são postadas
diariamente, entretanto, quando nos deparamos com estes textos, como identificar e analisar se
eles são realmente FATO ou mera OPINIÃO de quem os escreveu?
É justamente isso que desenvolveremos neste plano, distinguir fatos de opiniões de textos que são
veiculados nos mais diversos canais: Internet, rádio, TV, dentre outros.
Para que isso seja possível, trabalharemos em torno de duas competências de ensino – a competência
01, que nos informa que é necessário compreender o funcionamento das linguagens de modo que
a sua recepção e produção seja em diversos campos de atuação e veículos em que serão inseridas.
Explicita também que o entendimento deve ter possibilidades diversas para interpretação crítica.
E para que isso seja totalmente possível, vem a competência 02, que proporcionará os estilos de
textos que vão permear as práticas sociais de linguagem, com textos que respeitem toda a diversidade
plural existente, com igualdade, ética, valores, empatia, diálogo entre todas as partes envolvidas,
com a finalidade de resolver conflitos e quaisquer preconceitos.
As habilidades que serão desenvolvidas neste plano são: EM13LGG102 e EM13LGG202, ambas tratam
de analisar as visões de mundo, conflitos, preconceitos e ideologias nos mais variados discursos para
que o estudante possa no final, compreender, interpretar e intervir de maneira crítica e consciente
sobre o que se passa na realidade.
Tanto as competências quanto às habilidades a serem trabalhadas aqui, possibilitarão aos estudantes
conhecimentos de interpretação, análise geral e de autoconhecimento, de valores humanos e de sua
participação como um ser empático, decidido e mentalmente preparado para possíveis argumentações
sobre algum assunto ou situação que ele possa ficar exposto na sociedade onde faz parte.

45
Todos estes itens terão como ponto de partida textos em diversos suportes de circulação, assuntos
e nichos variados, desde ao político-econômico-social quanto os voltados para a religião, gênero,
crenças e história.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO

Organização da turma Círculo.

Texto impresso,
Recursos e providências Caderno e caneta.
Lousa e pincéis.

Neste primeiro momento, vamos aproveitar um tema que é discutido durante todo o ano e sempre
proporciona diversos textos, campanhas publicitárias, notícias de telejornal ou rádio, artigos ou
notícias jornalísticas em qualquer caderno do jornal impresso.

Pre-reading
Antes de entregar o texto aos estudantes, anote o título do texto no quadro.
Faça possíveis questionamentos a eles. Lembre-se: sempre faça este brainstorm na língua estrangeira
– inglês, tanto perguntas quanto respostas.
Possíveis perguntas:
1. What subject do you think this text is talking about?
2. What kind of possible words do you think you will find?
3. Do you think this text will talk about women?
4. Do you think the text has pictures? What kind of pictures do you think you will find?
5. Do you think this text only talks about discrimination against women? Why or why not?

Possíveis respostas:
1. The text talks about…
2. The words I imagine I will find are…
3. I think the text will be about… (violence of the women, death, women and the work,
women discrimination in the world, …)
4. I think the pictures are about…
5. I think there is a picture about…
Sempre anote palavras-chaves no quadro e algumas respostas dadas pelos estudantes para
comprovar ou não as informações.

46
Reading Time
Entregue uma cópia do texto para cada estudante e é hora de ler em conjunto. Professor(a), o texto
foi publicado no New York Times e é um pouco extenso.
Aproveite para trabalhar os recursos de leitura Skimming e Scanning, o que facilita a leitura e a
compreensão dos estudantes por completo.
Se você achar interessante, Professor(a), divida o texto em partes e em grupo para que a leitura
seja feita. Cada grupo vai explicando o que é falado em cada parte definida pelo grupo.

Post-reading
Questione aos estudantes se no texto foram encontrados tudo o que foi dito no brainstorm.
1. Did you find your impressions in the text?
2. What were the differences?
3. Do you think the text agrees with the title?
4. What is the fact in the text?
5. Did you find some opinion in the text? Which one?
6. Do you know what connectors are?
7. Are there some in the text? Can you give examples?

ATIVIDADE I: WHY INTERNATIONAL WOMEN’S DAY ISN’T GOING AWAY


FOR ALL THE PROGRESS WOMEN HAVE MADE, THEY ARE STILL A LONG
WAY FROM TRUE EQUALITY (ícone clicável)

2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Caderno.
Dicionário bilíngue Inglês/Português.
Recursos e providências Material impresso.
Lousa e pincéis.
Projetor de imagem.

Professor(a), inicie este momento escrevendo na lousa algumas frases incompletas. Peça aos
estudantes para completarem as frases, pois as mesmas não têm sentido completo.

47
1. The blue bag was full, ____________________ he kept the packet in the yellow bag.
2. He also left _____________________ his wife.
3. Covid is a dangerous disease
_________________(a) many people have died in the last three years.
___________________(b), it is always better to take prevention.
4. Grammar: the regular verbs in the simple past tense received an “ed” at the end of them.
___________________(a) in, to cook= cooked; to want= wanted; to work= worked.
__________________(b) there are some exceptions.
5. I wanted to go swimming, __________________ I am so tired.
6. We can go to the movies __________________ to the park

Key answer:
01- so; 02- after; 03- (a) and, (b) in conclusion; 04- (a) for example, (b) however; 05- but; 06- or
Após finalizado este tempo, faça a correção e explique que as frases precisam de complemento para
manterem o sentido. Que este complemento pode vir para suprir diversos usos. A este complemento,
dá-se o nome de Connectives or Linking Words.
Para isso, deixo contigo uma indicação de aula do programa Se Liga, como material de pesquisa e
embasamento teórico para seus estudantes.

Aula Se Liga
Assunto: Use of the Connectors - Dia 19/06/2023
Duração: 20min40seg.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1nTnYv4CbfqvPAxdD0AWwGlCr7vQ0p
2R5/view.

3º MOMENTO

Organização da turma Grupos com 4 componentes de acordo com o número de estudantes


na turma.

Caderno.
Recursos e providências Dicionário bilíngue Inglês/Português.
Lousa e pincéis.
Projetor de imagem.

Professor(a), hora dos seus estudantes produzirem conhecimento. Eles deverão fazer um texto que
mencione fatos x opiniões com pelo menos 3 parágrafos e que use conectivos interligando dando ao
texto coerência e coesão.
Este texto deverá ser feito em inglês e com 4 componentes no grupo, isso facilitará muito, pois um
colega pode ajudar o outro.

48
Peça que cada grupo escolha um tema de sua preferência para iniciarem uma pesquisa sobre o
mesmo, de modo que todos os estudantes tenham conhecimento prévio do que irão escrever.
Peça aos estudantes para anotarem no caderno as palavras-chaves do assunto e todas as informações
necessárias de que eles necessitarão para a escrita do futuro texto.
Auxilie-os no que for necessário na produção dos textos.
Para isso, deixo contigo uma indicação de aula do programa Se Liga, como material de pesquisa e
embasamento teórico para seus estudantes.

Aula Se Liga
Assunto: Fato x Opinião- Dia 03/07/2023
Duração: 20min57seg.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1nTnYv4CbfqvPAxdD0AWwGlCr7vQ0p
2R5/view.

Para concluir o momento, peças aos grupos de estudantes para apresentar seus textos, informando
o processo de escolha do tema e produção.
Ler o texto e publicá-lo na página da rede social da escola (caso tenha) ou montar murais nos
corredores da escola fixando os textos para todos terem acesso.

49
ANEXO

ATIVIDADE I: WHY INTERNATIONAL WOMEN’S DAY ISN’T GOING AWAY


FOR ALL THE PROGRESS WOMEN HAVE MADE, THEY ARE STILL A LONG WAY FROM
TRUE EQUALITY (ícone clicável)

Image 1 - A rally marking International Women’s Image 2 - Afghan artists working on a mural on a
Day in Madrid, the capital of Spain, where women’s wall of the Ministry of Women’s Affairs in Kabul as
rights have become a pivotal topic in campaigning part of a campaign to promote the achievements of
for national elections due on April 28. women in the country.

Credit...Emilio Naranjo/EPA, via Shutterstock

Credit...Rahmat Gul/Associated Press


Iliana Magra
March 8, 2019
LONDON — After a series of historic firsts and long-overdue breakthroughs, 2018 was called “the
Year of the Woman.”
A record 36 women won seats in the United States House of Representatives in midterm elections
in November. Ireland voted to repeal one of the world’s most restrictive abortion bans. Ethiopia
appointed its first female president. And women in Saudi Arabia were not only allowed to attend a
public soccer match for the first time, they were also permitted to drive legally.
But it was also the year when there were fewer female Republicans in the United States Senate than
men named John in the same chamber.
International Women’s Day, observed on March 8, was made a public holiday in Berlin, the German
capital, in January. It has always been a way to celebrate women’s achievements and to call attention
to all the work still left to be done on a global scale. (The theme for 2019 is “Balance for Better”:
seeking gender balance in the boardroom and elsewhere.)
In fact, more than 30 female leaders — past and present — recently warned in an open letter that
progress was eroding, with Susana Malcorra, the former Argentine foreign minister, telling The
Guardian that some countries led by “macho-type strongman” leaders are a factor.
It was a reminder that global gender parity still remained out of reach. Here are some numbers that
tell the story.
200 million
That’s the minimum number of women and girls on the planet who have undergone female genital
cutting, the United Nations says.
More than 130 million

50
The number of women and girls around the world who did not attend school in 2016, according to
the Global Partnership for Education, an international organization.
4.8 percent
That was the share of female chief executives at United States’ Fortune 500 companies in 2018 —
24, down from a record 32 in 2017.
Image 3 - A soldier handing out carnations in Berlin, Image 4 - Migrant women marching in Athens on
the German capital, which made International Friday.
Women’s Day a state holiday this year.

Credit...Louisa Gouliamaki/Agence France-Presse


Credit...Carsten Koall/Getty Images

5.7 percent
Between 1901 and 2018, 904 individuals (some have won more than once) have been awarded the
Nobel Prize, with just 52 women winning the Nobel Prize and prize in economic sciences, according
to the Nobel’s website.
750 million
This is how many women and girls alive today who have been married before the age of 18.
Twelve million girls marry before age 18 every year — 23 girls every minute, according to Girls Not
Brides, a global partnership of civil society organizations that focuses on ending child marriage.
Child marriage, any formal or informal union where at least one of the parties is under 18, can be a
result of traditional practices, gender inequality, poverty and illiteracy, experts say.
In Ethiopia, for example, 40 percent of girls were married in 2017 before they were 18; 14 percent
had become wives before the age of 15.

Image 5 - Image: Women in Minsk, Belarus, taking Image 6 - Yazidi women attended a ceremony at
part in a “Beauty Run” to mark International Women’s Lilash Temple in Shikhan, Iraq, to remember women
Day. who were killed by Islamic State militants.
Credit...Tatyana Zenkovich/EPA, via Shutterstock

Credit...Ari Jalal/Reuters

51
1 in 3
The#MeToo campaign was a watershed moment in the movement to fight gender violence, as
women from all walks of life publicly shared their own stories of rape, sexual harassment and other
kinds of assault.
One in three women around the world have experienced either physical or sexual violence, according
to the World Health Organization.
One in five women and girls ages from 15 to 49 have reported being victims of physical or sexual
violence by an intimate partner, the United Nations said, adding that 49 countries have no legislation
protecting women from domestic violence.
5,000
This is about how many women are murdered globally every year for having “dishonored” their
families.
In 2017, the United States Defense Department received 6,769 reports of sexual assault involving
service members as either victims or subjects of criminal investigation — 4,193 were from women,
according to a statement released in May.
On Wednesday, the first American woman in the Air Force to fly in combat, Senator Martha McSally,
Republican of Arizona, revealed in powerful testimony before a Senate committee that she had been
raped by a superior officer and sexually assaulted multiple times during her career.
Image 7 - Thousands of Bangladeshi women took to Image 8 - Both Koreas marked the day. In the South,
the streets of Dhaka on Friday demanding safer lives, women wearing black cloaks and pointed hats
as well as an improvement in their social conditions. marched against what they call a “witch hunt” of
feminists in a deeply conservative society.
Credit...Munir Uz Zaman/Agence France-Presse — Getty Images

Credit...Chung Sung-Jun/Getty Images

Over 50 percent
Women account for more than half of all people living with H.I.V., the virus that causes AIDS. And
AIDS-related illnesses remain “the leading cause of death for women of reproductive age,” according
to Avert, an international charity.
23.7 percent
This is the portion of female representation in national parliaments in the world, according to the
United Nations.
12.8 percent
The percentage of women agricultural landholders in the world, the United Nations says.

52
23 percent
Governments have passed laws to fix the gender wage gap, and some companies, such as PwC and
Shell U.K., are making an effort to narrow the discrepancy. But globally, women still earn 77 percent
of what men do, the United Nations said.
Women may make up almost half of the world’s population, but more than 2.7 billion of them are
legally restricted from having the same choice of jobs as men.
Men in 18 countries even have the right to legally prevent their wives from working. And some jobs,
such as domestic work, are entirely unpaid.
“The global value of this work each year is estimated at 10 trillion U.S.D. — which is equivalent to
one-eighth of the world’s entire G.D.P.,” according to Oxfam.
Over all, female participation in the global work force remains low compared to that of men — 26.7
percent lower, according to figures from the United Nations.
Another 1st
Finally, as women break barriers — NASA is planning the first all-female spacewalk on March 29 —
no woman has ever been known to hold these jobs:
Secretary general of the United Nations; archbishop of Canterbury; Catholic priest; prime minister
of Belgium, the Netherlands or Spain; governor of the Bank of England; and president of the United
States.
Image 9 - Demonstrating outside the Saudi Arabian U.S. Women’s Soccer Team Sues U.S. Soccer
Embassy in Paris. The Saudi government has been for Gender Discrimination
pressured to free detained rights activists.
March 8, 2019
Women’s History Myths, Debunked
Credit...Philippe Lopez/Agence France-Presse — Getty Images

March 1, 2019
#MeToo Brought Down 201 Powerful Men.
Nearly Half of Their Replacements Are Women.
This Is What a Feminist Country Looks Like
March 8, 2019

A correction was made on March 12, 2019.


An earlier version of a picture caption with this article referred incorrectly to the holiday for
International Women’s Day in Germany. It was made a public holiday in the state of Berlin, not a
national holiday.

Fonte: MAGRA, Iliana. Why International Women’s Day Isn’t Going Away. NY Times. [S. l.], 2019. Disponível em: https://
www.nytimes.com/2019/03/08/world/international-women-day-2019.html . Acesso em: 25 fev. 2024.

53
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas
culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção
e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias,
para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de
explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de
poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades
e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e
valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando
o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e
combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Produção e análise de tex- (EM13LGG306MG) Reconhecer efeitos de sentido do uso de
tos. metáforas, neologismos, jargões, gírias nos diversos gêneros
textuais/discursivos.
Recursos lexicais e semân-
ticos de expressão: com- (EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a
paração, metáfora, meto- compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)
nímia, neologismo, gírias, político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível
jargões etc. aos contextos de uso.
Relações entre contextos
de produção, circulação e
recepção de textos e usos
da língua.
Discussão da língua como
um sistema variável, flexí-
vel, heterogêneo.
Entendimento da língua
como um traço da identi-
dade do falante, construída
nas relações sociais.
Variação linguística.
Combate ao preconceito
linguístico, desrespeito e
desvalorização de alguns
grupos sociais.
Relações entre a língua e os
aspectos sociais, culturais,
geopolíticos e históricos
dos falantes.
Língua Padrão X Língua não
Padrão.
Estrangeirismos.
Análise de textos linguísti-
cos e multissemióticos.

54
PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: What? ... What does this sentence mean?

APRESENTAÇÃO
Caro(a) Professor(a), tudo bem?
É muito bom estar aqui contigo e auxiliá-lo de alguma maneira no processo de ensino aprendizagem
dos nossos estudantes. Neste planejamento, trabalharemos com algo que vai nos proporcionar
outra maneira de interpretar a língua – as expressões idiomáticas.
As expressões idiomáticas são tipos de frases que todos os lugares possuem e que, geralmente, se
traduzirmos da maneira em que elas se apresentam, podemos ter problemas quanto à compreensão
e à interpretação e também perceber que, no âmbito histórico, elas demonstram situações e fatos
ocorridos dentro de um tempo, espaço e personagens próprios.
Essas expressões surgiram diante de uma situação histórica regional isolada ou em comum a outras
regiões, o que marca a identidade de um lugar, tempo, cultura, sem preocupar se está sendo dito
em língua padrão, com preconceitos linguísticos ou regionais.
Aqui, Professor(a), você poderá desenvolver as competências 03 e 04 que regem a utilização de
diferentes linguagens, respeitando os pontos de vista seja da vida pessoal ou coletiva e compreender
as línguas como um fenômeno variável, social, histórico dentro de situações coletivas e de um lugar
específico ou não para mostrar quantas variedades linguísticas possíveis existem para serem usadas.
No que se refere às habilidades, reconheceremos e analisaremos criticamente textos, frases, jargões
que a língua proporciona num contexto social, geográfico, político, histórico e cultural de localidades
em que falantes trazem sua cultura ao longo dos anos. Isso faz com que a língua fique viva e vá se
adaptando conforme as gerações.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Caderno.
Dicionário bilíngue Inglês/Português.
Recursos e providências Cartazes com frases pré-escritas em inglês.
Lousa e pincéis.
Projetor de imagem.

Professor(a)! Neste momento é hora de fazermos sempre uma busca de informações que geralmente
os estudantes possuem. Hora de saber sobre o conhecimento de mundo deles a respeito destes
tipos de frases. Em algumas perguntas, haverá a possibilidade de se responder em
português. Porém, lembre-se, sempre instrua os estudantes a responderem as questões na língua
foco do momento. Isso faz com que eles tenham mais confiança e não fiquem inibidos de
responder. Motive-os sempre.

55
Primeiramente, peça aos estudantes que guardem os celulares. Não é momento de eles procurarem
significado online.
Segundo, escreva as seguintes frases na lousa ou leve cartazes com as mesmas já escritas num
papel.
Terceiro, dê um tempo de pelo menos 3 minutos para que eles possam fazer a interpretação das
mesmas.
Frases sugeridas:
1. killed two birds with one stone
2. to cost an arm and a leg
3. the apple of my eye
4. let the cat out of the bag
5. head over heels
Finalizado o tempo, peça que os estudantes digam quais foram as possíveis interpretações. Não
corrija nenhuma das frases. Só escute e faça as anotações das interpretações na lousa com outra
cor de pincel.
Caso não tenha acerto algum, diga a eles que aquelas frases são especiais. E faça mais uma pergunta,
aqui, instrua que seja respondida em inglês:
What kind of sentences are these five ones?
Possíveis inícios de respostas: I think they are...; They are...; The type of these sentences is...
Respostas dadas, agora passe a seguinte aula para os estudantes. Aula essa ministrada no programa
Se Liga, da Rede Minas, intitulada “What does this expression mean? Idiomatic expressions”.

Aula Se Liga
Assunto:What does this expression mean? Idiomatic expressions. - Dia 06/11/2023
Duração: 19min30seg.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1vNA7Rzv0wGevSveLaWJZgIQvm_
KUUhuF/view

Após assistir a aula, questione se ainda há alguma dúvida e solucione-as.


Se por ventura, Professor(a), você quiser entregar um hand out para os estudantes, no link abaixo
você consegue o material necessário.

Material em Power Point


Assunto: What does this expression mean? Idiomatic expressions. - Dia 06/11/2023
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1uUpUyPdGdWbCa_1bJYnPPnhkisffD_
ec/view

56
2º MOMENTO

Organização da turma Grupos com 4 componentes.

Canetas e/ou canetinhas coloridas.


Recursos e providências Cartolinas.
Lápis.
Celular (se a escola permitir) ou a sala de informática.

Professor, é hora de procurar outras expressões idiomáticas e suas devidas origens.


Organize grupos com 4 componentes cada de acordo com o número de estudantes na sala de aula.
Informe aos grupos que eles deverão procurar no celular (se em sala de aula) ou no computador (se
na sala de informática) duas frases idiomáticas em língua inglesa para fazer a representação no cartaz
com desenho apropriado, e, o mais importante, diga a eles que é necessário ter o embasamento
histórico de quando as expressões escolhidas foram criadas.
Instrua-os que não deve haver expressão repetida do vídeo da aula passada e que nenhum grupo
poderá repetir (esta parte, você, Professor(a), ficará de olho e dará o suporte para que não haja
repetição).
Assim que os estudantes conseguirem as expressões idiomáticas necessárias e a sua origem, hora
de produzir o cartaz.
Diga que agora é hora de montar uma frase em inglês com as expressões encontradas e que esta
frase deverá ser representada por colagem de gravuras e/ou desenho.
Neste momento, os grupos de estudantes deverão apresentar o trabalho com as duas expressões
idiomáticas escolhidas. Eles deverão, nesta ordem, fazer a apresentação:
1. Apresentar o trabalho em inglês.
2. Falar as expressões escolhidas.
3. Narrar a história da origem das mesmas.
4. Falar o exemplo dado, mostrando a colagem e/ou desenho que representou esta expressão.
No final da apresentação, pergunte aos estudantes se eles conheciam algumas das expressões
pesquisadas e se aqui, no Brasil, encontramos semelhante situação.
Avalie seus estudantes pela desenvoltura do trabalho proposto, desde a sua confecção à sua
apresentação. Cole os cartazes na parede da sala de aula, se for permitido.

57
REFERÊNCIAS

15 MOST common English idioms and phrases. English Live, [s. l.], [2024]. Disponível em:
https://englishlive.ef.com/en/blog/language-lab/15-common-english-idioms-and-phrases/ . Acesso
em: 22 fev. 2024.
FATO x opinião. Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais. Rede
Minas. Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1nTnYv4CbfqvPAxdD0
AWwGlCr7vQ0p2R5/view . Acesso em: 25 fev. 2024.
MAGRA, Iliana. Why International Women’s Day Isn’t Going Away. NY Times. [S. l.], 2019.
Disponível em: https://www.nytimes.com/2019/03/08/world/international-women-day-2019.html .
Acesso em: 25 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf .
Acesso em: 05 fev. 2024.
SHILPA. Connectors in English Grammar: simple guide to learn the use of linkers. Thefluentlife.
25 nov. 2021. Disponível em: https://thefluentlife.com/content/linkers-connectors-english-
grammar-guide-types-cause-effect-purpose/. Acesso em: 11 mar. 2024.
USE of the connectors. Se Liga na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas
Gerais. Rede Minas. Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1nTnYv4
CbfqvPAxdD0AWwGlCr7vQ0p2R5/view . Acesso em: 25 fev. 2024.
WHAT does this expression mean? Idiomatic expressions. Se Liga na Educação/Secretaria De
Estado De Educação De Minas Gerais. Rede Minas, Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https://
drive.google.com/file/d/1vNA7Rzv0wGevSveLaWJZgIQvm_KUUhuF/view . Acesso em: 22 fev.
2024.
WHAT does this expression mean? Idiomatic expressions. Material em Power Point Se Liga
na Educação/Secretaria De Estado De Educação De Minas Gerais. Rede Minas. Belo Horizonte,
2023. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1uUpUyPdGdWbCa_1bJYnPPnhkisffD_ec/view
. Acesso em: 22 fev. 202.

58
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Linguagens e suas Tecnologias Arte

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de
discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas
de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias
e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia,
na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Conhecimento e análise de (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
contextos históricos, sociais preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
e culturais de produções diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação,
nas linguagens artísticas interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
que demarcam visão de
(EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas
mundo e disputas de senti-
de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem
dos entre diferentes grupos
(artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o
culturais.
modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação
e ideologias.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Poesia marginal. Que discurso foi esse?

APRESENTAÇÃO
Caro(a) Professor(a)!
Definir um conceito de Arte é muitas vezes uma missão quase impossível. Ao sugerirmos a qualquer
pessoa que nos apresente exemplos de obras de arte, provavelmente a chance de sairmos contentes
é grande. Surgirão referências da pintura, poesia, escultura, arquitetura, música, etc. Sem pestanejar,
seremos contemplados com a genialidade de Da Vinci e sua enigmática Monalisa, Michelangelo e
o teto extraordinário da Capela Sistina ou o seu emblemático Davi esculpido em carrara, os traços
impulsivos de Van Gogh da noite mais estrelada que conhecemos, a delicadeza da luz impressionista

59
de Monet em seus jardins coloridos, as composições e a voz sublime de Milton Nascimento, o
movimento vigoroso do balé mineiro “Corpo”, dentre outros. No entanto, frequentemente a Arte nos
contradiz, o que é de sua natureza, diga-se de passagem. Como no “Claro Enigma” de Drummond,
saímos confusos ao nos depararmos com a expressão artística contemporânea que apresenta um
discurso implícito, ultrapassando os padrões esperados. Essa é a forma paradoxal imposta pela Arte.
Coli, 1995, discute em seu livro “O que é Arte”, o discurso como um dos instrumentos que possibilita
criar uma ordem hierárquica entre os objetos de arte, dando suporte aos críticos, historiadores,
peritos e curadores de museus nessa análise tão peculiar. Podemos exemplificar como os objetos
que em tempos remotos foram criados para serem utilitários e hoje estão expostos em museus como
obras de arte, a exemplo dos artefatos cerâmicos dos nossos ancestrais.
Busca-se com esse planejamento, compreender e analisar como o discurso em Arte se apresenta por
meio das criações artísticas, imprimindo significado que contribui para clarear o caminho em busca
de definir o que é Arte, como também analisar o funcionamento das linguagens artísticas de forma
a inferir os meandros que determinam os limites tênues da Arte.
Para dialogar com as habilidades propostas, utilizaremos como mote desse planejamento a “Poesia
Marginal” como discurso de uma época, considerando contextos históricos, reforçando o pensamento
de Coli, 1995, que “a obra é um emissor, ela envia sinais que nós recebemos. O tempo, as distâncias
culturais, são grandes causadoras de ruídos, que interferem nos sinais enviados”.
Observação: O(a) docente tem a liberdade de adaptar esse planejamento de acordo com a
realidade a qual está inserido(a), considerando os espaços físicos, as tecnologias disponíveis, a
maturidade da turma, dentre outros. Os objetos de conhecimento devem ser articulados de modo a
corroborarem com os recursos disponíveis, com o objetivo de atingir o desenvolvimento intelectual,
emocional e cultural dos estudantes. A quantidade de aulas necessárias para o desenvolvimento
desse planejamento, também fica a critério do(a) professor(a), que tem autonomia e expertise para
as adaptações necessárias, levando em conta as especificidades da turma e os recursos disponíveis,
como também a possibilidade de estender o planejamento para um possível projeto transdisciplinar,
fator importante para uma educação dentro dos parâmetros das metodologias ativas.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto e imagens impressas.


Lousa.
Recursos e providências Mídia audiovisual.
Biblioteca.
Computadores com acesso à internet.

Olá professor(a)!
Comece conversando com a turma sobre que é Arte para eles(as). Conforme o texto introdutório,
peça que falem sobre quais são suas referências artísticas e anote as respostas na lousa. Fale sobre
o discurso em Arte. Questione se o discurso é só verbal ou se imagens e objetos também podem

60
emitir uma mensagem. Comente que para ser caracterizado como arte, o objeto artístico traz um
discurso implícito que imprime significado ao mesmo. Explique que a arte se manifesta de acordo
com o aparato cultural que cada sociedade carrega, tendo nesses elementos de cultura a difusão
coletiva da capacidade de leitura dos diversos discursos oferecidos pela arte.
Para ajudar a fundamentar essa introdução sobre o discurso na Arte, exiba o vídeo indicado no link
a seguir:

Teoria da Arte - Os Discursos sobre a Arte.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sOli3swTcGA.

2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto e imagens impressas.


Lousa.
Recursos e providências Mídia audiovisual.
Biblioteca.
Computadores com acesso à internet

Poesia marginal - Que discurso foi esse?


Professor(a), inicie esse momento conceituando a Poesia Marginal.
A “Marginália ”, movimento cultural que ilustrou o discurso da arte no Brasil nos idos de 1968 a
meados da década de 1970, surge concomitantemente ao movimento “Tropicália ”, idealizada por um
grupo de artistas conectados a intelectualidade da época que a partir da prisão e exílio dos artistas/
intelectuais Gilberto Gil e Caetano Veloso, passaram a indicar em suas criações textuais um certo
radicalismo que transgredia o status-quo estabelecido naquele contexto cultural, social e político.
Os poetas marginais se inspiraram nos movimentos de contracultura) (Hippie), que despontava
no Brasil influenciados pelos movimentos europeus e estadunidenses e se aliavam ao “desbunde”
ou “curtição”, termos que chancelaram a juventude naquele momento. Em uma interação criativa
com o ambiente social das metrópoles, o movimento “Marginália” passa a incorporar a violência
do cotidiano de forma crítica. De acordo com Literabrasil, 2018, a poesia marginal utilizava uma
estratégia de enfrentamento ao regime militar de forma também marginal, ou seja, não existia um
enfrentamento direto ao regime ditatorial, mas sim uma forma “Flower Power” (Paz e Amor) de
atuação. A contestação tinha um apelo irônico e comportamental. Também denominada “geração
mimeógrafo”, criavam seus textos e os reproduziam nesse equipamento rudimentar de cópia, uma
estratégia de distribuição e divulgação que burlava a censura implementada nas mídias convencionais.
Eles escreviam, ilustravam, reproduziam e vendiam seus livros em feiras, eventos, bares, etc. Estavam
à margem inclusive do mercado capitalista das editoras. O discurso implícito na poesia marginal dos
anos 1970, surge como instrumento de crítica não somente social e política, considerando o contexto
da ditadura militar como também defendia o Anti-intelectualismo literário, tendo como inspiração o

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pensamento antropofágico do modernismo no Brasil.

Marginália e Tropicália

A Marginália ou cultura marginal passou a fazer parte do debate cultural brasileiro a partir do final de 1968, durando até meados da
década de setenta. É nesse período que surgem o cinema marginal, nos filmes pioneiros de Rogério Sganzerla e Ozualdo Candeias,
e a imprensa marginal, em jornais e revistas como O Pasquim, Flor do Mal, Presença ou Bondinho. [...] OLIVEIRA E RENÓ, Ana de,
Carlos. MARGINÁLIA – TROPICÁLIA. [S.l.] 2007. Disponível em: http://tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/marginalia.

Tropicália, tropicalismo ou movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro da segunda metade da década de 1960.
Embora a música fosse sua expressão principal, a Tropicália envolveu outras formas de arte como cinema, teatro e poesia. Uma das
marcas principais do tropicalismo foram suas inovações estéticas radicais, que mesclavam elementos de manifestações tradicionais
da cultura do Brasil – notadamente a união do popular e da vanguarda, bem como a fusão da tradição brasileira – com tendências
estrangeiras da época.[1] Esses objetivos comportamentais encontraram eco em boa parte da sociedade brasileira sob a ditadura
militar no final da década de 1960.
AIDAR, L. Tropicalismo: entenda o que foi este movimento cultural brasileiro. [S.l.] 2011. Disponível em: https://www.todamateria.
com.br/tropicalismo/.

Imagem 1 - Seja Marginal, Seja Herói - Hélio Oiticica “Seja marginal, seja herói”, considerada
uma marca importante do movimento
“Marginália” ou “Cultura Marginal”, que
Fonte: Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural (Seja, 2024)

integrou o discurso cultural no Brasil


em meados de 1968 a ao início dos
anos 1970. [...] “A marginalidade é
considerada uma forma de transgressão
dos valores conservadores e burgueses,
identificados com o regime militar, aliado
à idealização do mundo do crime, como
mundo produzido pelas contradições da
sociedade”. (Oliveira, [S. d])

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Textos impressos.
Recursos e providências
Mimeógrafo, se possível e papel hectográfico.

“Poesia Marginal” ou “Poesia de Mimeógrafo”.


Por quê marginal? Marginal diz da periferia de algum lugar, do que está à margem do estabelecido,
do que foge ao convencional. Ser marginal nesse movimento, não significava ser bandido. Significava
transgredir uma situação opressora que advinha das relações de poder instituídas na época, não
só pela política como também um modo de confrontar o mercado editorial e a forma culta da
escrita, imposta pela classe burguesa, segregadora das classes socialmente desfavorecidas. Esses

62
poetas utilizavam uma linguagem coloquial como gírias, provérbios e clichês. A poesia marginal se
caracteriza primordialmente pela resistência política, social, econômica e cultural, representando o
cotidiano com liberdade textual, utilizando a ironia como tônica. O grito oprimido pela ditadura militar
no brasil ganha ressonância pela “Poesia Marginal” dando voz à periferia. Os meios tradicionais
de circulação de notícias, foram completamente dominados pela censura na ditadura militar. Os
poetas marginais encontram uma forma de circular a arte utilizando o mimeógrafo, uma ferramenta
de tecnologia analógica de reprodução textual muito utilizado nas escolas para a reprodução de
atividades e provas para os estudantes. (Professor(a), veja a possibilidade de exibir um mimeógrafo
para a turma).

Mãos à obra!
* Atividade individual:
Traga uma folha de papel hectográfico (matriz roxa hectográfico stencil printers, encontrada
em papelarias e armarinhos) para produzir uma matriz de mimeógrafo com desenhos e
poemas, inspirados nos poemas dos artistas citados abaixo.

POETAS E POESIAS: POESIA MARGINAL (ícone clicável)

4º MOMENTO:

Organização da turma Em grupo.

Recursos e providências Mídias audiovisuais

Trabalho em grupo: “Sarau Marginal”


Professor(a), divida a turma em cinco grupos e faça o sorteio de cinco poetas “marginais” para que
apresentem um sarau, pesquisando e selecionando os poemas que mais gostarem. Cada grupo
deverá apresentar uma breve biografia do poeta sorteado.
Apresentação do Sarau e conclusão do tema “Poesia marginal. Que discurso foi esse?”
Caro(a) Professor(a)!
Por meio de uma roda de conversa, reflita junto com a turma o que aprenderam sobre o discurso
na arte. Fale que para entender a arte, faz-se necessário ler nas entrelinhas, procurando identificar
os significados na mensagem/discurso implícitos na obra e sempre considerar o contexto ao qual
a arte foi produzida. Portanto, “Poesia Marginal” não quer dizer que é feita por bandidos e sim
por poetas que estão à margem do sistema e que vão contracorrente do que está estabelecido
como norma, defendendo os direitos dos oprimidos de forma irônica e bem humorada, expressando
a arte em versos escritos e declamados. É importante compreender que a arte ultrapassa seus
próprios limites, passando pela subjetividade para a formação de um pensamento sensível e crítico.
O discurso surge naturalmente em formas, imagens, sons, textos e movimentos. A arte traz em sua
essência a liberdade de dogmas e a quebra de paradigmas.

63
ANEXO

POETAS E POESIAS: POESIA MARGINAL (ícone clicável)

Principais poetas marginais:


Cacaso: Antônio Carlos Ferreira de Brito, foi escritor, professor, crítico e letrista.
“Minha pátria é minha infância, por isso vivo no exílio”.
Chacal: Nascido no Rio de Janeiro, o nome “Chacal” é pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte.
Ao lado de Cacaso, destacou-se como poeta marginal na geração mimeógrafo.
Paulo Leminsk: Poeta curitibano e grande representante da poesia marginal, Paulo Leminski Filho foi
escritor, crítico literário, tradutor e professor.
Francisco Alvim: Poeta mineiro nascido em Araxá, Francisco Soares Alvim Neto é escritor e
diplomata brasileiro.
Torquato Neto: Poeta piauiense, Torquato Pereira de Araújo Neto foi escritor, jornalista, cineasta
(ator e diretor) e letrista de música popular.
“Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem
medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a
linguagem e explodir com ela (…). Quem não se arrisca não pode berrar”.
Ana Cristina César: Poetisa, tradutora e crítica literária carioca, Ana Cristina César é considerada
uma das principais figuras femininas da geração mimeógrafo.
Nicolas Behr: poeta brasileiro nascido em Cuiabá. Foi um grande representante da Geração
mimeógrafo e da Poesia Marginal
Fonte: (Diana, 2011)
Conhecendo a poesia marginal:

Rápido e Rasteiro (Chacal)


Assaltaram a gramática (Waly
Vai ter uma festa Salomão)
que eu vou dançar Assaltaram a gramática
até o sapato pedir pra parar. Assassinaram a lógica
aí eu paro Meteram poesia
tiro o sapato na bagunça do dia a dia
e danço o resto da vida. Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia
onde devia e não devia
Incenso fosse música Lá vem o poeta
(Paulo Leminsk) com sua coroa de louro,
isso de querer Agrião, pimentão, boldo
ser exatamente aquilo O poeta é a pimenta
que a gente é do planeta!
ainda vai (Malagueta!)
nos levar além Obs.: Poema musicado pelos
Fonte: (Fuks, 2024) “Titãs” – rock anos 1980

64
Receita (Nicolas Behr) Soneto (Ana Cristina César)
Ingredientes: Pergunto aqui se sou louca
2 conflitos de gerações Quem quer saberá dizer
4 esperanças perdidas Pergunto mais, se sou sã
3 litros de sangue fervido E ainda mais, se sou eu
5 sonhos eróticos
2 canções dos beatles Que uso o viés pra amar
Modo de preparar E finjo fingir que finjo
dissolva os sonhos eróticos Adorar o fingimento
nos dois litros de sangue fervido Fingindo que sou fingida
e deixe gelar seu coração
leve a mistura ao fogo Pergunto aqui meus senhores
adicionando dois conflitos de gerações quem é a loura donzela
às esperanças perdidas que se chama Ana Cristina
corte tudo em pedacinhos
e repita com as canções dos beatles E que se diz ser alguém
o mesmo processo usado com os sonhos É um fenômeno mor
eróticos, mas desta vez deixe ferver um Ou é um lapso sutil?
pouco mais e mexa até dissolver
parte do sangue pode ser substituído
por suco de groselha
mas os resultados não serão os mesmos Jogos florais (Cacaso)
sirva o poema simples ou com ilusões. Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Let's play that (Torquato Neto)
Ficou moderno o Brasil
quando eu nasci
ficou moderno o milagre:
um anjo louco muito louco
a água já não vira vinho,
veio ler a minha mão
vira direto vinagre.
não era um anjo barroco
Minha terra tem Palmares
era um anjo muito louco, torto
memória cala-te já.
com asas de avião
Peço licença poética
eis que esse anjo me disse
Belém capital Pará.
apertando minha mão
Bem, meus prezados senhores
com um sorriso entre dentes
dado o avançado da hora
vai bicho desafinar
errata e efeitos do vinho
o coro dos contentes
o poeta sai de fininho.
vai bicho desafinar
(será mesmo com dois esses
o coro dos contentes
que se escreve paçarinho?)
let's play that
Fonte: (Leite, 2024)
Fonte: (Perez, 2024)

65
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica,
criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local,
regional e global.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Apreciação e exame de (EM13LGG306MG) Reconhecer efeitos de sentido do uso de
produções artísticas, bem metáforas, neologismos, jargões, gírias nos diversos gêneros
como as estratégias esté- textuais/discursivos.
ticas e estilos autorais, ob-
servando a intencionalidade
de artistas em composições
artísticas e obras de arte.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO:“Eu tô te explicando pra te confundir”. O discurso dadaísta.


APRESENTAÇÃO:
Olá, professor(a)!
Mesmo que não possamos dar uma conclusão definitiva do conceito de Arte, somos capazes de
identificar artistas e obras em um verdadeiro passeio pelas diversas linguagens artísticas. Essa
identificação de determinadas obras de arte se dá pela complexidade dos estereótipos culturais,
valores e ideologias, que disseminados coletivamente caracterizam uma sociedade. De acordo com
Coli 1995, a admiração pela genialidade dos artistas é uma atitude natural. Para ele, “é possível dizer,
então, que arte, são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento
é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas
atividades e as privilegia.” Saber ao certo o que é arte pode ser complicado, mas podemos identificar
facilmente os artistas, os objetos e as situações que a representam e às quais estamos habituados(as).
Entretanto, a Arte tem por natureza a capacidade de nos contradizer, como na letra da música do
artista tropicalista Tom Zé “Eu tô te explicando pra te confundir”, a arte pode nos surpreender de
forma, às vezes, inconveniente. Nesse caso, podemos observar esse sentimento de desapontamento
ao nos depararmos com a obra dadaísta de Marcel Duchamp, “A Fonte”. Duchamp eleva um objeto
do cotidiano ao status de obra de arte ao deslocá-lo do seu ambiente simplório para o museu.

Quem é Tom Zé?


Antônio José Santana Martins nasceu no dia 11 de outubro de 1936 e é conhecido por ser um renomado cantor, compositor,
performista, arranjador e também escritor brasileiro. [...] Sua paixão pela música começou na adolescência, onde aprendeu a
estudar violão. Teve algumas experiências tocando em programas de calouros que passavam na televisão em 1960 e quando entrou
na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, teve o privilégio de ter aulas com Ernst Widmer, Walter Smetak e Hans
Joachim Koellreutter. NOVA BRASIL, Tom Zé – a carreira e a vida do artista. São Paulo, 01 de mar. 2022. Disponível em: <https://
novabrasilfm.com.br/especiais/mpb/tom-ze/>. Acesso em: 27 fev. 2024c.

66
“Em certa mostra de arte popular, deparo com uma colherona de pau, tal e qual
minha avó há muito tempo usava para fazer sabão de cinza numa fazenda do
interior. [...] Não existiriam em nossa cultura forças que determinem a atribuição do
qualificativo arte a um objeto? E aí, tudo se ilumina: [...]. Como sei que a colher de
pau de minha avó é um objeto de arte? Porque a encontrei num museu”. (Coli, 1995)

Como sei que um mictório é um objeto de arte? “A Fonte”, réplica de um mictório de louça, adquirido
em uma loja de materiais de construção, assinado pelo pseudônimo de R. Mutt, é protagonista de
um dos maiores rompimentos conceituais que a Arte já viveu.
Em interlocução com as habilidades propostas, pretende-se com esse planejamento, reconhecer
efeitos de sentido, do uso de metáforas, neologismos, nos diversos gêneros textuais/discursivos da
Arte. Caminharemos para descobrir quais são as semioses que tornaram “A Fonte” de Duchamp,
uma simples réplica de um mictório de louça, em um objeto de arte.
Observação: O(a) docente tem a liberdade de adaptar esse planejamento de acordo com a
realidade a qual está inserido(a), considerando os espaços físicos, as tecnologias disponíveis, a
maturidade da turma, dentre outros. Os objetos de conhecimento devem ser articulados de modo
a corroborar com os recursos disponíveis, com o objetivo de atingir o desenvolvimento intelectual,
emocional e cultural dos estudantes. A quantidade de aulas necessárias para o desenvolvimento
desse planejamento, também fica a critério do(a) professor(a), que tem autonomia e expertise para
as adaptações necessárias, levando em conta as especificidades da turma e os recursos disponíveis,
como também a possibilidade de estender o planejamento para um possível projeto transdisciplinar,
fator importante para uma educação dentro dos parâmetros das metodologias ativas.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto e imagens impressas, mídia audiovisual.

Olá Professor(a)!
Para criar um clima descontraído com a turma, inicie este momento apresentando e executando a
música “Tô”, do artista Tom Zé, disponível no link a seguir ou nas diversas plataformas de streaming
de música:

Música: Tô.
Autor: Tom Zé.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/tom-ze/164918/.

Em seguida, apresente a imagem da obra dadaísta do artista Marcel Duchamp, “A Fonte”. Pergunte
se eles conseguem identificar o objeto e se o consideram uma obra de arte.

67
Imagem 1 - ‘A Fonte” - Marcel Duchamp
Fale que “A Fonte” se trata de uma réplica de um mictório,
comprado por Duchamp em 1917, em uma loja de materiais
para construção. O artista assinou o objeto utilizando o
pseudônimo de R. Mutt o inscreveu para ser exposto em
um museu, o que causou polêmica e estranhamento.
Em 1913 eu tive a feliz ideia de fixar uma roda de bicicleta a um banco de
cozinha e ficar a vê-la rodar…Em Nova Yorque, em 1915, comprei numa
loja de ferragens uma pá para a neve na qual eu escrevi “em antecipação
ao braço partido”. Foi por essa altura que a palavra readymade me veio
ao espírito para designar esta forma de manifestação. Um ponto que eu

Fonte: (Martins, 2018)


desejo frisar é que a escolha destes readymades nunca foi ditada por
deleite estético. A escolha baseou-se numa reacção de indiferença visual
e, em simultâneo, com uma total ausência de bom ou mau gosto… (8AA.
Köln, Taschen, 2005: 457). 18

Os readymades de Duchamp provocaram uma transformação radical nos conceitos da Arte. Ao


deslocar um objeto do cotidiano para ser exposto em um museu, o artista decreta o fim do gosto
como baliza estética definidora da Arte. Observa-se por meio dos readymades de Duchamp, que o
gosto é um limitador do aprofundamento técnico do discurso na arte. O gosto cede lugar à beleza,
que amplia a leitura do objeto artístico. O belo não necessariamente é bonito, mas sim o que
provoca sentimentos e emoções agradáveis ou não. A partir daí o gosto deixa de ser importante
para a definição da Arte, o que passa a importar é o entendimento, sempre considerando o contexto
em que foi produzida.

ATIVIDADE I: A FONTE (ícone clicável)

2º MOMENTO:

No início à escolha do(a) professor(a).


Organização da turma Em roda para o encerramento.

Material para a confecção de mural. Texto e imagens impressas,


Recursos e providências
papel kraft, fitas adesivas, canetas, etc.

Caro(a) Professor(a)!
Nesse momento a turma organizará a exposição da obra solicitada como atividade extraclasse.
No formato de mural, as imagens produzidas pelos estudantes serão afixadas para apreciação da
turma.
 Atividade individual no caderno:
Analise a exposição e sugira um ou mais títulos para as obras dos(as) colegas, justificando
esses novos títulos.
Professor(a), para concluir esse momento, faça uma roda e peça que os estudantes compartilhem
suas anotações relativas à atividade individual sugerida.
A arte é sempre o retrato de uma época e o artista a traduz com uma lente de aumento, para
que possamos refletir sobre o nosso tempo, codificando-a com a capacidade de sentir, perceber e
intervir no mundo ao nosso redor. A arte desenha a nossa história.

68
ANEXO

ATIVIDADE I: A FONTE (ícone clicável)


“A Fonte” representa o deslocamento de um objeto do
Imagem 1 - ‘A Fonte” - Marcel Duchamp
lugar comum elevado ao status de obra de arte. Assim,
Duchamp cria o conceito de “readymade” (“pronto-feito”
ou “o que está pronto”). Essa ação disruptiva é considerada
um marco na história da Arte, abalando as estruturas de
forma bastante enfática e controversa, desafiando os
conceitos tradicionais. Mesmo que a escultura tenha sido
rejeitada a princípio para ser exposta no museu, acabou
se tornando sinônimo de enfrentamento de preconceitos
sobre os parâmetros da Arte. Duchamp “afirmou que não
importava se o “Sr. Mutt” havia feito ou não a obra com
Fonte: (Martins, 2018)

suas próprias mãos; o importante era ele a ter escolhido.


Portanto, o que importava não era a criação, mas a ideia e
a seleção.” (Martins, 2018)
Responda:
1. Considerando o que foi abordado sobre os readymades de Duchamp e sobre “A Fonte, sua criação
mais emblemática, você consegue perceber o discurso implícito nessa manifestação artística? Quais
foram as intenções do artista? Justifique:

2. Inspirado(a) na obra “A Fonte”, escolha um objeto qualquer Imagem 2: Destino da Vaca


(imagem criada com IA)
da sua casa e ressignifique-o, deslocando do seu ambiente
habitual, elevando ao status da arte. Assim como Duchamp,
pense em um título, assine sua obra com um pseudônimo,

Fonte: (Albuquerque e Rocha, 2024 )


faça uma fotografia, imprima a imagem em formato A4 e
traga para ser exposta na escola. Não esqueça de considerar
o discurso na arte aprendido em sala de aula e pense em um
significado para sua criação. (Caso seja de sua preferência,
você pode criar essa obra utilizando o recurso de criação de
imagem com IA, conforme exemplo abaixo).

3. Faça uma lista das palavras novas que aprendeu e anote o significado das mesmas.

69
REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE e ROCHA, Rogéria Miranda; Angélica. Destino da Vaca. Imagem gerada por IA.
Plataforma Microsoft Bing. 22 fev. de 2024.
COLI, Jorge. O que é Arte. 15ª ed., Editora Brasiliense, São Paulo – SP, 1995. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6979596/mod_resource/content/0/O%20que%20e%20
arte.pdf. Acesso em: 07 de fev. 2024.
DIANA, Daniela. Poesia Marginal. Toda Matéria. [S. l.], 2011. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/poesia-marginal/. Acesso em: 13 fev. 2024.
FUKS, R. 10 melhores poemas de Leminski analisados e comentados. Cultura Genial. [S. l.],
2024. Disponível em: https://www.culturagenial.com/leminski-melhores-poemas/. Acesso em: 13
fev. 2024.
IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Fonte, Marcel Duchamp. História das Artes. [S. l.]
2024. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/fonte-marcel-
duchamp/. Acesso em: 09 Fev. 2024.
LEITE, C. W. Os 10 melhores poemas da Geração Mimeógrafo ou Poesia Marginal. Revista Bula.
[S. l.] 2024. Disponível em: https://www.revistabula.com/65-os-10-maiores-poema/. Acesso em:
13 fev. 2024.
ZÉ, Tom. Significado da música TÔ (Tom Zé. Letras. [S. l.], [2003]. Disponível em: https://
www.letras.mus.br/tom-ze/164918/significado.html. Acesso em: 27 fev. 2024.
ZÉ, Tom. TÔ. Letras. [S. l.], [2003]. Disponível em: https://www.letras.mus.br/tom-ze/164918/.
Acesso em: 27 fev. 2024.
LÍTERABRASIL. 5 Minutos sobre: Poesia Marginal. [S. l.: s. n.] 14 de set. de 2018. 1 vídeo
(6:00 min.) Publicado pelo canal Literabrasil. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=bD5eNbzyGlM. Acesso em: 15 fev. 2024.
MARGINÁLIA. Tropicália. [S. l.]. 2024. Disponível em: http://tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/
marginalia. Acesso em: 11 fev. 2024.
MARTINS, Simone. Fonte Marcel Duchamp. História das artes. [S. l.], 15 fev. 2018. Disponível
em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/fonte-marcel-duchamp/. Acesso em:
14 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.
Acesso em: 10 out. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para
aprendizagens. 8º ano EF Anos Finais. v.2. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em: https://
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022. Acesso em: 03 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 10 fev. 2024.
OLIVEIRA E RENÓ, Ana de, Carlos. MARGINÁLIA. Tropicália. [S. l.], 2007. Disponível em: http://
tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/marginalia. Acesso em: 11 fev. 2024.
PEREZ, Luana Castro Alves. Dez poemas da Geração Mimeógrafo ou Poesia Marginal. Português.
[S. l.], 2024. Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/dez-poemas-geracao-
mimeografo-ou-poesia-marginal.html. Acesso em: 13 fev. 2024.
SEJA Marginal, Seja Herói. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São
Paulo: Itaú Cultural, 2024. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra43870/seja-
marginal-seja-heroi. Acesso em: 09 de fevereiro de 2024.
UNICENTRO, N. [ART] Teoria da Arte - Os Discursos sobre a Arte. [S. l.: s. n.] 23 de maio de 2017.
1 vídeo (07:37 min) Publicado pelo Nead Unicentro. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=sOli3swTcGA. Acesso em: 15 fev. 2024.
8 AA.VV., Arte do séc. XX, vol. II, Köln, Taschen, 2005, p. 457.

70
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Linguagens e suas Tecnologias Educação Física

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais


(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de
discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas
de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias
e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia,
na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Consequências que o uso (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
abusivo de aparelhos ele- preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
trônicos têm provocado na diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação,
saúde física e mental. interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
Conscientização sobre as (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais
formas adequadas (postu- e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno
rais, visuais e sonoras) para social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos
a utilização de tecnologias contextos de uso.
e aparelhos eletrônicos no
cotidiano. Vivência das prá-
ticas corporais de diferen-
tes grupos culturais, com
problematização de identi-
dades e valores, bem como
pela escolha consciente de
gestos e expressões con-
dizentes com o respeito à
diversidade, aos objetivos
e ao contexto de interação.
Conhecimento e valoriza-
ção das culturas e artes lo-
cais envolvida na reprodu-
ção de diferentes práticas
corporais (danças, jogos,
brincadeiras) de grupos lo-
cais, regionais e nacionais.

71
PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Jogos eletrônicos, Brincadeiras e jogos antigos.

APRESENTAÇÃO
Olá, professor(a)!
Tendo como base o Currículo referência de Minas Gerais (CRMG), este caderno foi elaborado com
o intuito de auxiliá-lo no desenvolvimento das habilidades previstas para as turmas de 1º ano do
Ensino Médio durante o 2° bimestre. Cabe ressaltar que este material é um referencial para seu
trabalho em sala de aula, podendo ser adaptado e adequado de acordo com as necessidades de
suas turmas e/ou estudantes.
Para desenvolver as habilidades EM13LGG102 e EM13LGG201 com os estudantes do 1º ano do Ensino
Médio, iremos trabalhar o tema “jogos eletrônicos, brincadeiras e jogos antigos”, seguindo algumas
estratégias e atividades buscando utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em
diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural e histórico. Explorando visões
de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica
da/na realidade.
Professor(a), na aplicação desse planejamento de Educação Física, faremos inicialmente uma breve
análise dos conceitos e trajetória dos jogos eletrônicos, e sua influência na vida dos estudantes,
utilizando de textos e vídeos. Iniciarão então uma discussão sobre as consequências negativas da
utilização excessiva de jogos eletrônicos na saúde física e mental dos jovens e os impactos que o
uso excessivo de jogos eletrônicos traz na vida deles. Levaremos assim, o estudante a conhecer e
diferenciar os benefícios e malefícios do uso de jogos eletrônicos.
Levando em consideração os fatores negativos elencados nas discussões propostas, proporemos
atividades que possibilitem aos estudantes experimentarem e vivenciar brincadeiras e jogos
tradicionais, enaltecendo a cultura da época em que surgiram, conhecendo sua história e
suas diferentes formas de linguagens incentivando-o interesse pelas aulas práticas para
melhorar
o desenvolvimento e interação nas aulas de Educação Física. Além dos momentos pedagógicos
baseados em aulas expositivas e práticas, utilizaremos métodos como análise de mídia, roda de
conversa e sala de aula invertida.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, projetor multimídia, vídeos.

Professor(a), em um espaço adequado, realize uma roda de conversa inicial falando sobre os
jogos eletrônicos, abordando a história, seu conceito, sua trajetória e a influência da mídia sobre

72
eles. Por fim discuta sobre os impactos do uso excessivo desses recursos fazendo os seguintes
questionamentos:
• Tipos de jogos eletrônicos que conhecem.
• Se praticam alguns dos jogos eletrônicos.
• Tempo que ficam expostos a telas e jogos eletrônicos.
• O que a mídia costuma vincular sobre os jogos eletrônicos.
• A uma diferença cultural em relação aos jogos eletrônicos.
• Quais são seus principais impactos negativos.
Peça aos estudantes para pesquisarem e selecionarem exemplos de discursos veiculados nas
diferentes mídias relacionados aos jogos eletrônicos e brincadeiras antigas. Em grupos, oriente-os
a analisar esses discursos, identificando visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e
ideologias presentes.
Após a análise, produzirão materiais críticos, como artigos, vídeos ou apresentações, destacando as
visões de mundo e ideologias presentes nos discursos sobre jogos eletrônicos e brincadeiras antigas,
explicando e interpretando esses discursos, ressaltando como eles refletem valores culturais, sociais
e históricos.
Em seguida mostre vídeos expondo os principais impactos do uso excessivo dos jogos eletrônicos.
Dando ênfase na falta de interesse por atividades físicas na má alimentação, problemas posturais,
etc. Dê como solução ao problema o resgate de atividades e brincadeiras antigas, tais como:
queimada, pique-pega, escravo de Jó, rouba-bandeira, entre outras. Professor(a) há três textos
abaixo para que seja impresso para os estudantes.

TEXTO I: HISTÓRIA E CONCEITOS DE JOGOS ELETRÔNICOS (ícone clicável)


TEXTO II: JOGOS ELETRÔNICOS: UM FENÔMENO CULTURAL (ícone clicável)
TEXTO III: SUGESTÃO PARA REFLEXÃO (ícone clicável)

Segue abaixo vídeos sugeridos sobre o impacto dos jogos eletrônicos na vida dos jovens que
podem ser utilizados para preparar a aula ou mesmo serem exibidos aos estudantes introduzindo
ou complementando o conteúdo de acordo com as possibilidades da escola.

História dos jogos eletrônicos- um tema para aulas de Educação Física.


https://www.youtube.com/watch?v=jxaf-hWiJmM.

Neste vídeo é exposto a historia e evolução dos jogos eletrônicos, nesse processo evolutivo, eles
também se popularizaram significativamente, por meio dos celulares do tipo smartphone.
Diante de todo esse contexto, alguns professores de Educação Física escolar pelo Brasil começaram
a desenvolver estudos, discussões e atividades práticas com seus estudantes, sobre os jogos
eletrônicos.
Essa temática ganha cada vez mais espaço nas aulas de Educação Física e, além disso, pode ser
trabalhada dentro do eixo do conteúdo jogos, proposto pela BNCC.

73
Jogos Eletrônicos: Os impactos dos games na formação das crianças e adolescentes.
https://www.youtube.com/watch?v=8EgJCAhCAto

Neste vídeo é exposto uma live com dois professores da Escola Portal, com o tema Impactos dos
games na formação das crianças e adolescentes.

2º MOMENTO:

Organização da turma Em quadra, pátio ou outro espaço disponível para aulas práticas.

Recursos e providências Bola, tampinhas de garrafa pet e apito.

Professor(a), iniciaremos esse momento com os estudantes em quadra. Serão aplicadas duas
atividades: queimada e escravo de jó. Ambas com um tempo estimado de 20 minutos. A primeira
atividade será a queimada. Inicie com uma atividade de aquecimento destinada a preparar
fisicamente os estudantes para a prática do jogo de queimada. Realize alongamentos musculares e
exercícios de aquecimento, como corrida leve, saltos, agachamentos, flexões de braços. Durante o
aquecimento, enfatize a importância de respeitar os limites físicos e praticar movimentos seguros.
Após o aquecimento, divida a turma em duas equipes e explique as estratégias básicas do jogo,
como a importância da movimentação constante, da comunicação entre os membros da equipe, da
cooperação ofensiva e defensiva.
As equipes começam a jogar, aplicando as regras e estratégias aprendidas. Observe e oriente os
estudantes durante a competição, corrigindo possíveis erros e incentivando a cooperação e a união
entre os membros da equipe. Para tornar o jogo mais dinâmico e desafiador, proponha alterações
nas regras, como incluir zonas seguras ou restringir movimentos.

Jogo da Queimada
Para brincar, divida o grupo em dois times.
O jogador que estiver com a bola deve arremessá-la tentando acertar (queimar) uma pessoa
do outro time. Quem for queimado sai do jogo. Vence a equipe que conseguir queimar todo
o time adversário primeiro ou queimar o maior número de adversário.

A segunda atividade será Escravo de Jó, coloque os estudantes em círculos sentados no chão. Essa
brincadeira tem como objetivo estimular a agilidade, o ritmo, o equilíbrio e a concentração.

74
Jogo Escravo de Jó
Material: um pé do sapato de cada participante, com tampinhas de garrafa pet ou com
objetos diversos.
Regra: Aprende-se a música:
“Escravos de Jó
Jogavam o caxangá
Escravos de Jó
Jogavam o caxangá
Tira, põe, deixa ficar.
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá.”
Todos sentados em roda, com o objeto à sua frente.
O objetivo é ir passando o objeto para a direita no compasso da música sem que a coordenação
se atrapalhe, todos ao mesmo tempo. A cada finalização aumenta a dificuldade.
Exemplo: cantando, lá lá, pra esquerda, olhos fechados.
Variante: Pode-se realizar com o corpo ao invés dos sapatos. (Cantar e pular no ritmo da
música, como se fosse o objeto anteriormente manipulado).

Finalize esse momento entregando um questionário aos estudantes, que será preenchido em casa,
com os seus familiares, com perguntas sobre jogos e brincadeiras, devendo ser apresentado
em sala de aula posteriormente. O momento pode ser apresentado de forma prática, expositiva,
teatral, etc.

FICHA DE ENTREVISTA (ícone clicável)

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Materiais a escolha dos estudantes.

Neste momento todos deverão ir para quadra ou para um espaço livre da escola, onde os estudantes
farão a apresentação da sua entrevista de forma individual, todos devem participar.
Ao final dos jogos, o professor reflete brevemente sobre a experiência, perguntando aos estudantes
sobre as dificuldades encontradas, estratégias utilizadas e lições aprendidas. O importante é que
no final todos participem em cada apresentação. E consigam explorar as diversas linguagens
artísticas para expressar suas reflexões e interpretações sobre o tema.

75
ANEXO

TEXTO I: HISTÓRIA E CONCEITOS DE JOGOS ELETRÔNICOS (ícone clicável)


O primeiro jogo eletrônico surgiu em 1958, quando o físico norte-americano William Higinbotham,
criou a partir de uma adaptação em um Software de um osciloscópio, um protótipo onde o mesmo
demonstraria a trajetória de uma bola em movimento. Três semanas mais tarde, Higinbotham
chama essa invenção de “Tennis for Two” (tênis para dois). Nasce então o primeiro jogo eletrônico
que simulava uma partida de tênis em um osciloscópio. Com os avanços tecnológicos, os jogos
eletrônicos têm avançado muito e a chegada da internet fez com que eles se tornassem amplamente
conhecidos e de fácil acesso.
Na atualidade os jogos eletrônicos combinam diferentes linguagens nos ambientes virtuais e através
de multimídias que combinam imagens, sons e textos, incluindo os mini-games, os jogos para
computador (em rede ou não), os softwares para 7 videogames, os simuladores e os fliperamas
que se constituem como artefatos de grande fascínio econômico, tecnológico e social (RAMOS, 2008
apud KUBIAKI, 2015).
Os jogos eletrônicos atingem desta forma, a todos os usuários, pois, são prazerosos e dinâmicos,
despertam curiosidade, interesse e estimulam a aprendizagem cognitiva, afetiva e social de um
modo divertido, tanto o jogo em si como os jogos eletrônicos. O computador aparece, então, como
uma ferramenta importante que pode servir inclusive para melhorar o aprendizado dos estudantes
para além das limitações da sala de aula” (SABIN, 2004 apud KUBIAKI, 2015).
Os jogos eletrônicos podem ser classificados como, ação, arcade, aventura, esportes; educativos,
estratégia, habilidade; plataforma, simulação de corrida, avião etc, RPG, puzzle, Quis e cartas.
Cada tipo possui metas e objetivos diferentes, onde os mesmos exigem que os jogadores tenham
habilidades cognitivas diferentes para executar cada tipo de jogo conforme seus objetivos.
A procura pelos jogos eletrônicos muitas vezes é uma forma que os jogadores encontram para
imaginar uma vida diferente, para fugir da realidade e viver em um mundo só deles, um mundo
onde eles são o “centro das atenções”. O que os jogadores querem quando procuram os jogos?
Encontrar Desafios dentro dos jogos, ter uma experiência dinâmica solitária, gabar-se, ter emoção
e fantasiar. “Os jogos são desenvolvidos para lazer e diversão, mas também podem ser utilizados
com finalidade educacional por trazerem implícitos aspectos pedagógicos que ajudarão o estudante
a construir ou pôr em prática conhecimentos, e também trazer o desafio à fantasia e à curiosidade
[...]” (KUBIAKI, 2015, p. 19). Com o aumento da popularidade junto aos adolescentes e jovens
interessados pelos jogos eletrônicos na escola surgem dois grandes desafios para os professores:
primeiro, saber lidar com esta nova geração, buscar e criar estratégias para despertar o interesse
dos estudantes para aprender e, segundo, utilizar os jogos eletrônicos como recurso, ferramenta
pedagógica para despertar o interesse dos estudantes, e promover a aprendizagem na escola,
“tanto de conteúdos escolares, como de valores e princípios éticos” (RAMOS, 2008). O interesse
pelos jogos eletrônicos deve-se muito provavelmente por ter um caráter interativo, por permitir que
o jogador assuma qualquer papel dentro do jogo, por utilizar a criatividade, por apresentarem a todo
o momento desafiado no decorrer do jogo.

Fonte: DA SILVA. S. S. Contribuições para o Processo de Aprendizagem, 2016. Trabalho de conclusão de curso, bacharelado
de Psicologia, João Pessoa 2016 Universidade Federal da Paraíba 2016. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/
bitstream/123456789/1889/1/SSS22062016. Acesso em: 28 de fev. 2024.

76
TEXTO II: JOGOS ELETRÔNICOS: UM FENÔMENO CULTURAL (ícone clicável)
Desde seu surgimento na década de 1960, os Jogos Eletrônicos foram ganhando cada vez mais
poder de impacto cultural e econômico em nossa sociedade, até que se desenvolveram a um ponto
no qual, no início deste século, começaram a atrair a atenção de pesquisadores de diversas áreas. O
impacto cultural pode ser, de certa maneira, medido pelo grande número de programas na televisão
que se dedicam integralmente a essa temática, presente em todos os canais brasileiros de esporte
de TV a cabo; pela existência de um canal exclusivo de transmissão de jogos pela internet, a Twitch
TV; pela dedicação de plataformas gigantes e já consagradas, como o Youtube e o Facebook, que
incluíram o canal “gaming” para canalizar este conteúdo, bem como pela realização da Brasil Game
Show, a maior feira dessa temática na América Latina, que reúne, em 4 dias, aproximadamente 400
mil pessoas.
A característica de criar, reproduzir e transmitir torna os jogos eletrônicos um importante elemento
cultural. Com a possibilidade dos jogos on-line, a apropriação dessa criação se torna multicultural:
jogadores entram em contato com outros jogadores em qualquer lugar do mundo, com visões
distintas do mesmo fenômeno, interagindo em um mesmo local.
Os jogos eletrônicos, acima de tudo, são jogos. Por isso, é a base lúdica que permeia todo esse
processo e que está sofrendo uma grande transformação em sua tradicional forma de se manifestar.
Não estou dizendo aqui que essa mudança é boa ou ruim, e sim que é uma mudança e que
precisamos compreendê-la. A ludicidade enquanto produção cultural acompanhou o desenvolvimento
tecnológico da humanidade. Logo no início da era tecnológica, enquanto os primeiros computadores
eram criados e desenvolvidos, as primeiras formas de aproximação lúdica com a tecnologia também
foram aparecendo.
Os primeiros jogos não tinham grandes objetivos, eram apenas “truques” tecnológicos que
transformavam um equipamento para um determinado fim em uma manifestação lúdica. Esses
equipamentos começaram então a serem feitos exclusivamente para a reprodução do jogo, saindo
dos laboratórios especializados e sendo jogados nas casas das pessoas.
A geração seguinte é marcada pela possibilidade de jogar on-line e, junto com isso, o aparecimento
do conceito de e-sports, ou seja, esportes eletrônicos. Os jogos on-line trazem uma nova possibilidade
dentro da cibercultura. Pessoas em lugares diferentes, com características diferentes, histórias
diferentes, podem interagir dentro do ciberespaço sem carregar nenhuma das características da
“vida real”, sem os “rótulos” que muitas vezes são colocados nas pessoas em encontros presenciais.
Ao mesmo tempo, e como consequência justamente dessa diversidade cultural, podemos construir
algo novo a partir da interação mediada pelo ambiente virtual. Essa situação é o que estamos
chamando de “ciber multiculturalismo”.
Contudo, como essa construção multicultural acaba sendo específica para cada jogo, e mais específica
ainda para cada interação entre jogadores também específicos, ela está em constante transformação.
Essas transformações se dão a partir de contextos individuais únicos, trazendo cada qual uma
perspectiva diferente de um mesmo “problema”, criando algo novo a partir da zona de intersecção
entre os diferentes olhares. Por isso, incluímos o conceito da hibridização cultural, culminando com
o “ciber multiculturalismo hibrido”.
O Movimento Olímpico também está “pegando carona” nessa área. Entre maio e junho de 2022, foi
realizada a Série Olímpica Virtual. Organizada pelo Comitê Olímpico Internacional, contou apenas
com jogos eletrônicos para a sua realização e foi o primeiro passo para a entrada deles no programa
Olímpico de fato.
Fonte: MACHADO. Raoni Perruci Toledo. Jogos eletrônicos e e-sports: um fenômeno cultural. Portal da Ciência. Universidade Federal
de Lavras. Lavras, 2022. Disponível em: https://ciencia.ufla.br/todas-opiniao/860-jogos-eletronicos-e-e-sports-um-fenomeno-cultural.
Acesso em 07 de mar. 2024

77
TEXTO III: SUGESTÃO PARA REFLEXÃO: (ícone clicável)
Um estudo conduzido pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP) descobriu
que aproximadamente 30% dos jovens brasileiros estão utilizando jogos eletrônicos de forma
problemática, de acordo com os critérios do Transtorno de Jogo pela Internet (TJI) - um transtorno
que causa impactos emocionais e sociais. Esses resultados destacam a importância de controlar o uso
excessivo de eletrônicos, principalmente entre crianças e adolescentes. A pesquisa foi coordenada
pela psicóloga Luiza Chagas Brandão, especialista em psicologia clínica com foco em atendimento
para jovens. A motivação para investigar os efeitos dos videogames nesse grupo surgiu a partir da
observação de um aumento na procura de pais por ajuda psicológica para seus filhos. Uma pesquisa
feita pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP) revela que quase 30% dos
jovens no Brasil têm um problema comum de se viciarem em jogos eletrônicos, atendendo aos
critérios do Transtorno de Jogo Online (TJO) - uma condição que causa danos emocionais e sociais.
Esses resultados destacam a importância de controlar o uso demasiado de aparelhos eletrônicos,
principalmente entre os mais novos.
Fonte: BASSETE, Fernanda. Quase 30% dos adolescentes brasileiros fazem uso problemático de videogame, aponta estudo da USP.

Cidade Universitária - São Paulo, Revista Crescer, 8/9/2022.

FICHA DE ENTREVISTA (ícone clicável)

1. Nome de brincadeiras, e ano em que brincava?


2. Onde e com quem brincava?
3. Quais materiais eram utilizados na brincadeira?
4. Quantas pessoas praticavam?
5. Descrição da brincadeira.
6. São brincadeiras ainda populares?
7. Qual sua importância no contexto cultural da sua região?
8. Fale sobre a origem dessa brincadeira, se tem variações em regiões diferentes.

78
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias
e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia,
na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Conhecimento, reflexão e (EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas
análise sobre os fatores de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem
condicionantes da saúde (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o
como aspectos físicos, so- modo como circulam, constituem-se e (re) produzem significação
ciais, culturais (étnicos e re- e ideologias.
ligiosos) e ambientais que
interferem na produção das
práticas corporais e na ma-
nutenção da saúde. Refle-
xão e vivências de práticas
corporais como capoeira e
lutas, de diversos grupos
culturais. Reflexão e análi-
se sobre a diferença entre
atividade física e exercício
físico, em qual contexto são
aplicados..

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Danças Folclóricas e Afro-brasileiras.


APRESENTAÇÃO:
Neste planejamento referente a habilidade (EM13LGG202) de Educação Física, exploraremos o uso
de diversas linguagens, sobretudo corporais e artísticas, principalmente no que diz respeito ao
analisar e refletir por meio de pesquisas sobre os fatores condicionantes que interferem na produção
e reprodução das danças de diferentes culturas em variados contextos (sociais, culturais, religiosos,
etc.).
Para aplicação deste conteúdo, iremos propor aos estudantes o estudo de Danças Folclóricas e Afro
brasileiras como prática corporal de movimento, destacando sua importância cultural e histórica
explorando diferentes tipos de danças folclóricas e afro-brasileiras, como o frevo, o maracatu, o
samba de roda, o maculelê entre outros. Em cada dança , analise os elementos, relações de poder
e perspectivas de mundo presentes nos discursos envolvidos, como os movimentos corporais, a
música, os trajes e os contextos de origem.
Promova debates sobre como essas danças são representadas e percebidas na sociedade atual.
Questione as ideologias subjacentes a essas representações e como elas podem perpetuar
estereótipos ou promover uma compreensão mais ampla e respeitosa da cultura afro-brasileira.
Por fim, no desenvolvimento das habilidades são propostos diferentes momentos, abordando e
desenvolvendo os objetos do conhecimento propostos através de aulas expositivas, sala de
aula invertida, discussões, aulas práticas.

79
DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, imagens, vídeos.

Professor(a), iniciaremos o primeiro momento fazendo uma rápida revisão dos conceitos de danças
Folclóricas, relembrando os diferentes estilos de dança. Pergunte aos estudantes se eles se lembram
de algum tipo de dança folclórica que já tenha sido mencionada em aulas anteriores.
Explique a importância de conhecer e entender as danças folclóricas. Mencione que essas danças
são uma expressão cultural de um povo, refletindo sua história, tradições e valores. Além disso, elas
desempenham um papel importante na preservação da cultura e na formação da identidade de uma
comunidade.
Por fim, introduza o tema do planejamento mostrando um vídeo curto de uma dança folclórica, como
o Bumba meu Boi do Maranhão, para despertar o interesse dos estudantes e iniciar a discussão
sobre como essas danças são representadas e percebidas na sociedade atual. Além disso, mencione
que ao longo deste planejamento irão aprender sobre diferentes danças folclóricas brasileiras e
como elas refletem a cultura e a história do país.
Texto sugerido para revisão com os estudantes:

TEXTO: DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL (ícone clicável)

No vídeo abaixo é exposto um pouco das danças folclóricas do Brasil, como as danças de fitas (pau de
fitas), xiba, samba, frevo, chimarrita, chula, balainha, fandango, vanerão, xote, mineiro pau, dança
de São Gonçalo, cana verde, ticumbi, bate flechas, catira, cateretê, chupim, cirandinha, carimbó, siriá,
tambor, ciriri, dança do cururu, boi bumbá, bumba meu boi, lundu, jacundá, desfeiteira, esfeiteira,
maçarico, marambirá, marabaixo, dança do camaleão, marujada, samba do cacete, retumbão, forró,
torém, samba de roda, maracatu, baião, quadrilha, coco alagoana e xaxado.

Danças populares do Brasil ( Danças Folclóricas).


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qWKXfu6Wm2w).

No vídeo abaixo é exposto um pouco da dança Carimbó, mostrando principais passos, sequências,
música.

Danças Folclóricas Brasileiras.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FJVj1kT0G_E.

80
2º MOMENTO:

Organização da turma Dividir os estudantes em quatro ou mais grupos.

Recursos e providências Textos (impressos ou digitais).


Projetor multimídia (caso opte por textos digitais).

Professor(a), divida a turma em grupos e proponha uma pesquisa sobre danças folclóricas de
diferentes regiões do Brasil, com foco nas influências afro-brasileiras. Cada grupo apresentará sua
pesquisa em sala de aula, compartilhando curiosidades e aspectos culturais e fará análises de
imagens e vestimentas trazidas por elas.
Sugira alguns materiais de estudo complementares, como documentários, livros e sites, para que os
estudantes possam aprofundar o seu conhecimento sobre o tema. Proponha ainda que os
estudantes pesquisem sobre outras danças folclóricas e afro-brasileiras que não foram
abordadas, de modo a ampliar ainda mais a sua compreensão e apreciação dessas expressões
artísticas.
O objetivo desse momento é permitir que os estudantes além de vivenciar as danças de
maneira direta, também percebam a complexidade e a riqueza dessas expressões artísticas,
identificando as relações de poder e as perspectivas de mundo presentes.
Professor(a), você deverá propor reflexões sobre o que aprenderam em sala e como isso se
relaciona com o mundo ao seu redor. As perguntas abaixo podem ser utilizadas para essa reflexão:
• Quais foram os principais conceitos aprendidos hoje?
• Como as danças folclóricas e afro-brasileiras contribuem para a formação da cultura
brasileira?
• Como essas danças podem ser utilizadas como ferramentas para a preservação da cultura
e da identidade de um povo?
• Quais são as possíveis influências e contribuições dessas danças para a luta contra o
preconceito e a discriminação racial?
Divida os estudantes em pequenos grupos para que discutam as perguntas propostas, ouça-os e
esclareça as dúvidas que surgirem.

Dança de Cada Estado Brasileiro e Nacional do Brasil.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XcTVNIPO6lI.

Professor(a), para finalizar esse planejamento a proposta é realizar uma Mostra Cultural de Danças
na escola, na qual os estudantes possam apresentar coreografias de danças folclóricas e afro-
brasileiras aprendidas ao longo do conteúdo. Faça parcerias com os professores de danças e artes
da escola para elaborar e executar esse evento de forma interdisciplinar. Essa atividade promove a
interação da comunidade escolar, valoriza a diversidade cultural e incentiva a expressão artística dos
estudantes além da interdisciplinaridade podendo envolver toda a escola no evento. Sugiro realizá-la
ao final do segundo bimestre.

81
ANEXO

TEXTO: DANÇAS FOLCLÓRICAS DO BRASIL (ícone clicável)


As danças folclóricas representam um conjunto de danças tradicionais. Vindas de lugares específicos,
muitas delas têm ligação com a religiosidade e outras têm origem profana.
As danças folclóricas possuem diversas funções como a comemoração de datas religiosas,
homenagens, agradecimentos, celebrações, etc.
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é
rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas
aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.
As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e
populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em
espaços públicos: praças, ruas e largos.

Principais Danças Folclóricas


No Brasil, o folclore possui muitas danças que representam as tradições e as culturas de determinada
região. Aqui as danças folclóricas surgiram da fusão das culturas europeia, indígena e africana. Elas
são celebradas em festas populares caracterizadas por músicas, figurinos e cenários representativos.

Principais danças folclóricas brasileiras


Bumba meu boi
Esta dança folclórica, conhecida em outras regiões brasileiras como o boi-bumbá, é típica
do norte e do nordeste. O Bumba meu boi possui uma origem diversificada, pois apresenta
traços das culturas espanhola, portuguesa, africana e indígena. Trata-se de uma dança na qual
a representação teatral é um fator marcante. Assim, a história da vida e da morte do boi é
declamada enquanto os personagens realizam suas danças.

Samba de Roda
O samba de roda surgiu no estado da Bahia no século XIX e representa uma dança associada
à capoeira e ao culto dos orixás. Surgiu como forma de preservação da cultura dos escravos
africanos. O samba de roda é uma variante do samba, que embora tenha se disseminado por
várias partes do Brasil, é tradicional da região do Recôncavo Baiano.

Frevo
O frevo é uma dança típica do carnaval pernambucano surgida no século XIX. Diferente de outras
marchinhas carnavalescas, ele é caracterizado pela ausência de letras onde os dançarinos seguram
pequenos guarda-chuvas coloridos como elemento coreográfico. A palavra “frevo” é originária
do verbo “ferver”, representando, desta maneira, particularidades desta dança demasiadamente
frenética.

Maracatu
O maracatu, termo africano que significa “dança” ou “batuque”, é uma dança típica do nordeste,
com grande destaque para a região de Pernambuco. Esse ritmo e dança apresentam fortes
características religiosas, composto por uma mistura de elementos indígenas, europeus e afro-
brasileiros.

82
Baião
O baião é uma dança típica do nordeste brasileiro. Recebeu influências das danças indígenas e
da música caipira. Com movimentos que se aproximam do forró, o baião é dançado em pares e
sua temática é baseada no cotidiano e nas dificuldades da vida dos nordestinos.

Quadrilha
A quadrilha foi popularizada no Brasil a partir do Século XIX por influência da Corte Portuguesa.

Fonte: (Secretaria da Educação do Paraná. Educação Física, 2012).

83
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica,
criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local,
regional e global.
Competência 5: Compreender os múltiplos aspectos que envolvem a produção de sentidos nas
práticas sociais da cultura corporal de movimento, reconhecendo-as e vivenciando-as como
formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à
diversidade.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Análise de gestos, linguagens (EM13LGG306MG) Reconhecer efeitos de sentido do uso de
verbais e visuais, assim como metáforas, neologismos, jargões, gírias nos diversos gêneros
jargões e gírias empregados textuais/discursivos. Bem-estar e Qualidade de Vida
em narrações esportivas,
(EM13LGG505MG) Refletir, analisar e vivenciar as diferentes
jogos e competições espor-
práticas esportivas escolares, as práticas esportivas de
tivas. Reflexão e análise da
rendimento e de lazer, relacionando-as ao campo da saúde e da
importância das práticas cor-
qualidade de vida.
porais, da atividade física, es-
portivas e de lazer na manu-
tenção da saúde. Vivência de
práticas corporais dos mais
variados esportes e modali-
dades, relacionando-os a as-
pectos fisiológicos e sociais,
para manutenção da saúde e
da qualidade de vida.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Voleibol Sentado.

APRESENTAÇÃO
Olá, professor(a)!
Tendo como base o Currículo referência de Minas Gerais (CRMG), este caderno foi elaborado com
o intuito de auxiliá-lo no desenvolvimento das habilidades previstas para as turmas de 1º ano do
Ensino Médio durante o 2° bimestre. Cabe ressaltar que este material é um referencial para seu
trabalho em sala de aula, podendo ser adaptado e adequado de acordo com as necessidades de
suas turmas e/ou estudantes.
Neste planejamento de Educação Física, exploraremos inicialmente o conteúdo de Voleibol Sentado.
O Voleibol Sentado é uma modalidade esportiva que promove a inclusão e superação de desafios
físicos e emocionais. Neste esporte, os atletas demonstram habilidades técnicas e táticas, além de
trabalho em equipe e respeito mútuo.
Para os estudantes do 1° ano do ensino médio, a prática do voleibol sentado pode ser uma
oportunidade de vivenciar valores como cooperação, resiliência e determinação. Além disso, a
modalidade contribui para o desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio e condicionamento

84
físico.
Ao participar de atividades esportivas como o voleibol sentado, os estudantes têm a chance de
aprimorar não apenas suas habilidades físicas, mas também competências sócio-emocionais
essenciais para sua formação integral. A superação de limites, o trabalho em equipe e a disciplina
são aspectos fundamentais que podem ser desenvolvidos por meio desse esporte.
Portanto, incentivar a prática do voleibol sentado entre os estudantes do 1° ano do ensino médio
promove a atividade física e o bem-estar, além de estimular valores importantes para a vida acadêmica
e profissional, preparando os jovens com resiliência e determinação para os desafios futuros.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Textos (impressos ou digitais).


Projetor multimídia (caso opte por textos digitais).

Professor(a), inicie o primeiro momento desse planejamento coletando informações junto aos
estudantes sobre o conhecimento e possíveis práticas vivenciadas por eles de esportes de rede e
parede, a fim de introduzir o tema a ser trabalhado.
Após iniciar fazendo um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos estudantes, apresente o
tema principal do nosso planejamento (Voleibol Sentado), explanando sobre a história, regras e
características, apresentando a importância da inclusão na educação física escolar e nos esportes,
principais gírias e jargões usados no voleibol.
Para promover as discussões sugeridas neste planejamento, utilize os textos e referências sugeridas
abaixo:

TEXTO I: VOLEIBOL SENTADO (ícone clicável)


TEXTO II: CLASSES NO VÔLEI SENTADO (ícone clicável)
TEXTO III: TERMOS E DEFINIÇÕES USADOS NO VOLEIBOL SENTADO
(GÍRIAS E JARGÕES) (ícone clicável)

Após essa apresentação, os estudantes deverão fazer pesquisas sobre notícias, entrevistas com
atletas paraolímpicos ou relatos de experiências de praticantes do esporte, destacando a contribuição
para transmitir emoções, desafios e valores associados ao esporte.
Promova um debate sobre Qualidade de Vida e Bem-Estar e sobre como a prática esportiva, incluindo
o voleibol sentado, influencia o bem-estar e a qualidade de vida dos praticantes.

Vôlei aprendendo sobre o vôlei sentado.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_40Wmagmyu4.

85
Voleibol sentado.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v6r0VVcKkNo.
LBI Inclusão e esporte.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=G6MdyxlElZw.
Exemplo de superação: Campeonato brasileiro de vôlei sentado.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MKtfSTxtpPo.

2º MOMENTO:

Organização da turma Dividir a turma em duas equipes ou equipes de seis.

Bola de voleibol, rede, barbantes ou corda, traves ou cadeiras,


Recursos e providências fita adesiva, giz.

No segundo momento deste planejamento, realizaremos atividades práticas vivenciando


os principais movimentos e suas possibilidades. Inicie esse momento com os movimentos
básicos ensinados através de demonstrações práticas e instruções sobre o voleibol sentado.
Após a escolha do espaço é importante a sua delimitação e marcação. Para tal, utilize fitas
adesivas ou risque o chão com giz.
Para a rede, você poderá usar uma rede de vôlei na altura adequada ou adaptar utilizando
um barbante ou corda, prendendo-os em cadeiras.
A bola a ser utilizada é a de voleibol tradicional, podendo ser adaptada por outras que
estejam disponíveis ou mesmo balões.
Discuta as regras aos estudantes e caso seja necessário, adapte-as, de acordo
com as características, necessidades e possibilidades dos estudantes.

3º MOMENTO:

Organização da turma Dividir a turma em duas equipes ou equipes de seis.

Bola de voleibol.
Recursos e providências
Rede.

Neste momento o professor(a) irá explicar situações que ilustram a importância das gírias e jargões
no voleibol. Expondo a importância da mesma para o entendimento das orientações do treinador
ou até mesmo na hora de assistir um jogo pela fala do locutor. Apresentando as gírias como parte

86
integrante da cultura do voleibol sentado e que o conhecimento dessas expressões é essencial para
a comunicação eficiente entre jogadores e a compreensão completa do jogo, tanto para quem está
participando ativamente quanto para quem está assistindo. Após as explicações, os estudantes
deverão ser capazes de identificar e explicar o significado de diversas gírias e jargões usados no
esporte. A turma será dividida em grupos, onde cada grupo será responsável por uma ou mais gírias
que serão apresentadas e executadas pelos estudantes.

4º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Textos (impressos ou digitais).


Recursos e providências
Projetor multimídia (caso opte por textos digitais).

Neste momento, finalizando a aplicação do planejamento, faça uma roda de conversa sobre as
experiências vivenciadas e registre em seus cadernos.
Sugestões de perguntas a serem realizadas nesse momento:
• O que você achou da sua experiência com o vôlei sentado?
• Você teve alguma dificuldade? Quais?
• Você acha importante o incentivo da prática do vôlei sentado? Por quê?
• Como o voleibol sentado auxilia na integração social das pessoas com deficiências?
• Como o voleibol sentado, influencia o bem-estar e a qualidade de vida dos praticantes.

87
ANEXO

TEXTO I: VOLEIBOL SENTADO (ícone clicável)


No vôlei sentado, podem competir homens e mulheres que possuam alguma deficiência física
ou relacionada à locomoção. São seis jogadores em cada time, divididos por uma rede de altura
diferente e em uma quadra menor do que na versão olímpica da modalidade. Os sets têm 25 pontos
corridos e, o tie-break, 15. Ganha a partida a equipe que vencer três sets.
A quadra mede 10 m de comprimento por 6 m de largura. A altura da rede é de 1,15 m no masculino
e 1,05 m no feminino. É permitido bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter o contato
com o solo o tempo todo, exceto em deslocamentos. No Brasil, a modalidade é administrada pela
Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).
A Seleção Brasileira estreou na disputa dos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008, apenas com a
equipe masculina, que terminou a competição em sexto lugar naquela ocasião. Já em Londres 2012,
o Brasil teve representantes nos dois gêneros, com as Seleções (masculina e feminina) ficando em

TEXTO II: CLASSES NO VÔLEI SENTADO (ícone clicável)


De acordo com o grau de impacto nas funções na modalidade ocasionado pela sua deficiência, os
atletas são divididos em dois grupos: VS1 e VS2.
Na classe VS1 estão os atletas com deficiências mais severas e que têm maior impacto nas funções
essenciais do vôlei sentado. Ex: amputados de perna.
Na classe VS2 estão os atletas com deficiências mais leves e com menor interferência nas funções
em quadra. Ex: amputação de parte do pé, amputação bilateral de polegar.

• VS1 Deficiência severa


• VS2 Deficiência leve
DEFICIÊNCIAS
• Física e de locomoção
GÊNERO
• Masculino e Feminino
QUADRA
• Mede 10m x 6m
• A rede fica a 1,15m do chão no masculino e a 1,05m no feminino
REGRAS
• Mesmas do vôlei olímpico (melhor de 5 sets)
• A exceção é que se pode bloquear o saque
TIME
• 6 jogadores
Fonte: (Comitê paralímpico brasileiro, 2024).

88
TEXTO III: TERMOS E DEFINIÇÕES USADOS NO VOLEIBOL SENTADO (GÍRIAS E
JARGÕES) (ícone clicável)
ACE – Um saque que resulta imediatamente em ponto.
ANTENA – Hastes verticais (nas cores vermelha e branca) posicionadas nas extremidades da rede,
na direção das linhas laterais da quadra, delimitando a área por onde a bola pode passar para o
outro lado da quadra.
ATACANTES – Jogadores que rebatem a bola com o objetivo de obter o ponto a favor de sua
equipe.
ATAQUE – Caracteriza a ação ofensiva da equipe, através da tentativa de se terminar a jogada
batendo a bola no chão do lado da quadra adversária.
ATAQUE BLOQUEADO – Ataque interceptado pelos jogadores da primeira linha defensiva da
equipe adversária.
ATAQUE DO FUNDO – Ataque realizado pelos jogadores situados no fundo da quadra. O jogador
não pode pisar a partir da linha dos três metros antes que tenha efetuado o contato com a bola.
ATAQUE NA DIAGONAL – Ataque realizado com trajetória da bola na diagonal da rede.
ATAQUE NA PARALELA – ataque realizado no corredor entre a atacante e a linha lateral mais
próxima.
BASES DO BLOQUEIO – Consiste nos jogadores que estão posicionados para bloquear nas
extremidades da rede.
BLOQUEIO – Ação defensiva composta por um a três jogadores, com o objetivo de neutralizar o
ataque realizado pela equipe adversária.
BLOQUEIO SIMPLES – Bloqueio composto por um único jogador.
BLOQUEIO DUPLO – Bloqueio composto por dois jogadores.
BLOQUEIO TRIPLO – Bloqueio composto por três jogadores.
CENTRAL – O central ou atacante de meio é o jogador responsável pelo ataque prioritariamente
pelo meio da rede (posição 3) e responsável por ajudar no bloqueio os jogadores nas extremidades
da rede.
CINCO-UM – O ´5x1` é um sistema de jogo composto por 5 atacantes e um levantador. Os atacantes
neste sistema de jogo são intitulados ponteiros, centrais e opostos.
DEFESA – Ação que tem por objetivo impedir que o ataque da equipe adversária resulte em ponto.
ENTRADA DE REDE – Representa a posição 4 da quadra.
FALTA – Violação das regras.
FREE BALL – Também chamado de ´bola de graça`, caracteriza o momento na qual a bola retorna
de forma fácil de ser defendida pela equipe.
LEVANTAMENTO – Ação realizada prioritariamente pelo jogador na posição de levantador com o
objetivo de deixar a bola em condições de ser atacada.
LÍBERO – Jogador especializado nos fundamentos de recepção e defesa, e que pode atuar apenas
nas posições 1, 6 e 5.
LINHA – Marcações que delimitam as áreas de jogo.
LINHA CENTRAL – Linha situada abaixo da rede e que divide a quadra em duas áreas iguais.
LINHA DE ATAQUE – Também conhecida como ´linha dos 3 metros`, consiste em uma linha a três
metros de distância da rede, separando os jogadores que estão na rede dos jogadores que estão
no fundo da quadra.
LINHA DE PASSE – Denominação dada aos jogadores que realizam o fundamento do passe nas
equipes.

89
MANCHETE – Forma de contato com a bola realizada através do antebraço. Elemento utilizado para
a realização dos fundamentos de passe, defesa e levantamento.
MINTONETTE – Nome original do jogo de vôlei, criado por William Morgan.
OPOSTO – Jogador que atua na posição oposta ao levantador.
PASSE – Ação que procede ao saque, também intitulada de recepção e que tem por objetivo
direcionar a bola ao levantador. Pode ser realizado com a utilização da manchete ou do toque.
PONTEIRO – Jogador responsável por realizar o fundamento passe, juntamente do líbero e que
realiza as ações de ataque prioritariamente pela posição 4.
QUATRO-DOIS SIMPLES – Sistema de jogo composto por quatro atacantes e dois levantadores.
QUATRO-DOIS COM INFILTRAÇÃO – Também chamado de ´6x2`, consiste em um sistema de
jogo com seis atacantes e dois levantadores. O levantador na rede se torna atacante e o levantador
no fundo faz a infiltração para levantar, o que faz com que a equipe sempre tenha três atacantes
na rede.
RALLY – Conjunto de ações que ocorrem desde o saque até o momento em que a bola é considerada
fora de jogo.
RED ZONE – Momento do jogo que vai do vigésimo ponto até o final do set.
ROTAÇÃO – Também denominado de rodízio, consiste nas rotações em sentido horário que os
atletas realizam durante a partida, para trocas de posições.
SAÍDA DE REDE – Representa a posição 2 da quadra.
SAQUE – Ação responsável por colocar a bola em jogo, ou seja, ação que dá início ao rally.
SAQUE ATRÁS – Saque direcionado na posição 1.
SAQUE POR BAIXO – saque no qual a bola é golpeada de baixo para cima.
SAQUE POR CIMA – Saque no qual a bola é golpeada acima da altura da cabeça.
SAQUE FLUTUANTE – Estilo de saque por cima realizado com menos força e velocidade que o
saque viagem, porém com maior variação da bola.
SAQUE HÍBRIDO – Saque que faz a junção de elementos do saque viagem e do flutuante.
SAQUE VIAGEM – Estilo de saque por cima caracterizado pela aplicação de força e velocidade na
bola.
SCOUT – Instrumento que facilita o planejamento e a elaboração de estratégias contra equipes
adversárias.
SET – Conjunto de rallys que ocorrem até que uma das equipes alcance vinte e cinco pontos, com
pelo menos dois pontos de diferença à equipe adversária. Nos quatro primeiros sets a pontuação a
ser atingida pelas equipes é de vinte e cinco pontos, sendo que no quinto set a equipe deve atingir
quinze pontos.
SIDE-OUT – Também conhecido como Complexo I, consiste no complexo do jogo composto pelos
fundamentos recepção, levantamento e ataque.
TIE-BREAK – Quinto set de uma partida de vôlei, se caracterizando como o set de desempate.
TOQUE – Forma de contato com a bola realizada com a ponta dos dedos. Elemento utilizado
principalmente no fundamento de levantamento, mas que também pode ser usado nos fundamentos
de passe e defesa.
TRANSIÇÃO – Também conhecido como Complexo II, consiste no complexo do jogo composto
pelos fundamentos saque, bloqueio e defesa.
TRÊS-TRÊS – Sistema de jogo composto por três atacantes e três levantadores.
Fonte: (Bolar, 2023).

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REFERÊNCIAS

BASSETE, Fernanda. Quase 30% dos adolescentes brasileiros fazem uso problemático de
videogame, aponta estudo da USP. Cidade Universitária - São Paulo, Revista Crescer, 8/9/2022.
Disponível em: https://www.ip.usp.br/site/noticia/quase-30-dos-adolescentes-brasileiros-fazem-
uso-problematico-de-videogame-aponta-estudo-da-usp/. Acesso em: 22 fev. 2024.
BÁSICA, Dança do Carimbó Passos Básicos e Sequência, [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (14min.).
Publicado pelo canal Bailados Étnicos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-
0QGO8ua2WE. Acesso em: 08 de mar. 2024.
BRASIL, Danças populares (Danças Folclóricas), [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (6 min.).
Publicado pelo canal Educação Física InForma. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=qWKXfu6Wm2w. Acesso em: 08 de mar. 2024.
BRASILEIRAS, Danças Folclóricas, [S. l.: s. n.], 2020. 1 video (6 min). Publicado pelo canal TV
Planeta Arte. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FJVj1kT0G_E. Acesso em: 08 de
mar. 2024.
BRUINI, Eliane da Costa. Jogos e Brincadeiras no processo de aprendizagem. Brasil Escola.
[S. l.], 2022. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacao-escolar/jogos-
brincadeiras-no-processo-aprendizagem.htm. Acesso em: 23 fev. 2024.
CABRAL, Gabriela. Brincadeiras e Brinquedos Culturais. Brasil Escola. [S. l.], 2024. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/cultura/brincadeiras-brinquedos-culturais.htm. Acesso em: 28 de
fev. de 2024.
CABRAL, Lucas. Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Vôlei sentado traz lições de
vida e mostra habilidade. SJC. São Paulo 2019. Disponível em: https://www.sjc.sp.gov.br/
noticias/2019/junho/18/volei-sentado-traz-licoes-de-vida-e-mostra-habilidade/Acesso em: 07 mar.
2024.
DA SILVA. S. S. Contribuições para o Processo de Aprendizagem, 2016. Trabalho de
conclusão de curso, bacharelado de Psicologia, João Pessoa 2016 Universidade Federal da Paraíba
2016. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1889/1/SSS22062016.
Acesso em: 28 de fev. 2024.
DO Brasil, Dança de Cada Estado Brasileiro e Nacional | Danças, [S. l.: s. n.], 2021. 1
vídeo (25min.) Brazilian Culture Channel. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=XcTVNIPO6lI. Acesso em: 08 de mar. 2024.
ELETRÔNICO, Jogos: Os impactos dos games na formação das crianças e adolescentes. [S. l.:
s. n.], 2021. 1 vídeo (48min.). Publicado pelo canal Escola Portal. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=8EgJCAhCAto. Acesso em: 08 de mar. 2024.
GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. Educação Física: Vôlei sentado. Conexão
Escola, Goiânia, 2020. Disponível em: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensino_
fundamental/volei-sentado/. Acesso em: 26 fev. de 2024.
GLOSSÁRIO do Voleibol, Bolar. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://bolar.com.br/volei-
glossario.html. Acesso em: 11 de mar. 2024
HISTÓRIA, da Educação Física. Recife, [S. n.], 2020. 1 vídeo (13:04). Publicado pelo canal
Educação Física da Gente. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=jxaf-hWiJmM. Acesso
em: 08 mar. 2024.
MACHADO. Raoni Perruci Toledo. Jogos eletrônicos e e-sports: um fenômeno cultural. Portal da
Ciência. Universidade Federal de Lavras. Lavras, 2022. Disponível em: https://ciencia.ufla.br/todas-
opiniao/860-jogos-eletronicos-e-e-sports-um-fenomeno-cultural. Acesso em: 07 de mar. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2024. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.
Acesso em: 19 mar. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.

91
Acesso em: 21 fev. 2024.
PARANÁ. Secretaria da Educação do Paraná. Educação Física: Danças Folclóricas do Brasil.
Sua Pesquisa, Paraná, 2012. Disponível em: https://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/
noticias/article.php?storyid=425. Acesso em: 27 fev. 2024.
VOLEI, sentado. Comitê Paralímpico Brasileiro. São Paulo, 2024. Disponível em: https://cpb.
org.br/modalidades/volei-sentado/ Acesso em: 23 fev. 2024.

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