Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Definição Moderna de Arte e Os Problemas Dos Novos Meios
Definição Moderna de Arte e Os Problemas Dos Novos Meios
- Uma visão da arte sendo direcionada também para o meio. Como o meio também é importante, ele
pode fazer parte da obra de arte.
- Surge o abstracionismo como um questionamento às, até então considerada, obras de arte e
provocando o pensamento filosófico a partir das obras.
- A teoria em torno da estética deve ser atualizada, aí surgem as vanguardas. “O jogo vanguarda era
fazer arte abstrata que então parecesse uma meia cifra para a teoria, enquanto simultaneamente,
fazia a obra abstrata e obra em novas tecnologias que preservaram a autonomia de obra de arte e
permitia a la uma força transcendente (o sublime).
- A teoria acontece dentro da arte. A imagem não fala, então é preciso escrever para dotá-lo de
mensagem. A nova arte requer uma nova filosofia.
- Dois lados da vanguarda: um lado silencioso, abstração, sublime, simplicidade. Outro lado: políticia,
manifesto, questionar as instituições (como museu) de arte, desafio à autoridade e habilidade de se
manter na moda.
- A teoria por trás do objeto de arte é o que vai dizer se é arte, assim sendo qualquer objeto pode ser
arte.
- Danto interpreta o histórico da arte de vanguarda como a busca por uma auto definição do que faz a
arte ser arte.
- Agora esse projeto deve ser transferido par a filosofia, cujo argumentação e elucidação pode levar
mais longe do que qualquer imagem visual.
- A arte não tem mais um grau de projeto e sendo assim ela está livre para ser o que ela quiser.
- Warhol fez isso com a Caixa Brilho, porém o que difere a caixa dele com a de um supermercado é
que a dele quer dizer algo.
- Definições de meio:
1. O meio é a matéria-prima, como madeira.
2. Meio no sentido metafísico: meio da arquitetura é o espaço.
3. Meio é uma substância pelo qual escreve uma mensagem.
- Quando enxergamos através do espelho estamos lidando com algo que é refletido para nós,
diferente da foto que é a captação de algo que não existe mais e por meio dela temos acesso à
emoções do passado.
“Sentimos a presença do passado em uma foto porque nela ele se encontra suspenso, impresso e
despercebido à maneira de traço ou de aura (isso significa aquilo que não está.”
CITAÇÕES
Em primeiro lugar: um meio é concebido como o material físico de que qualquer arte é feita.
Em segundo lugar: há a noção de um meio em um sentido mais abstrato e metafísico, o tipo de
sentido que abrangeria a literatura. Tem sido dito que o meio da arquitetura é o espaço; o da música
o tempo e o tom; o do filme, a luz projetada; e das artes digitais, os sistemas computacionais.
Em terceiro lugar: um meio é algo como a substância viscosa através da qual flui uma mensagem,
um meio é um campo particular de representação e expressão, ação social e meditação individual.
Um meio não é essencialmente verdadeiro em si mesmo se ele se ocupa com transmitir mensagens.
Ao contrário disso, seu interesse está na formalização dos constituintes físicos e abstratos.
A visão que Greenberg tinha de reviravolta abstracionista era uma visão preservacionista.
Removendo o mundo (ou tornando-o periférico) e focalizando sobre as especificidades do meio, as
artes lançavam luz sobre as coisas que as tornavam autônomas em relação ao ganhar e gastar do
capitalismo, à brutalidade de guerra, à função antropofágica da mercadoria que estava assimilando
as artes.
O jogo da vanguarda era fazer arte abstrata que então parecesse uma mera cifra para a teoria,
enquanto, simultaneamente, fazia obra abstrata e permitiria a ela uma força transcendente (o
sublime). Visto que o sublime é precisamente aquele atributo estético que produz ideias grandiosas e
impenetráveis, esses dois lados do jogo reforçaram um ao outro, pois, por meio da natureza sublime
do objeto abstrato, a teoria foi apresentada na obra como uma espécie de halo, uma imagem
grandiosa e insondável do futuro sublime.
A verdadeira tarefa da estética tornou-se entender esse jogo duplo que as vanguardas estavam
jogando, entre reducionismo e manifesto, de encontrar uma via para criticar a bravata de suas
conclusões, a desmedida de suas políticas pela arte.
Arthur Danto
Ele busca uma definição filosófica de arte: sobre as condições gerais de acordo com as quais
objetos podem ser corretamente chamados de “arte”. Para ele, isso depende do corpo d teoria que
subjaz ao objeto, e não, por assim dizer, do próprio objeto. É a teoria que permite que uma “coisa
real” venha a ser uma obra de arte. Essa teoria emerge historicamente de modos que alteram os
tipos de coisas que podem vir a ser arte e (está relacionada com) os tipos de enunciados que as
obras de arte podem fazer.
Essa teoria adota a linha de raciocínio segundo o qual a arte é uma propriedade estabelecida em um
nível mais abstrato do pensamento humano do que a partir do interesse humano nas particularidades
dos meios.
Obras de arte específicas podem ser palatáveis e belas, mas isso não as torna arte. O que as torna
arte é a teoria que lhes é subjacente, o modo pelo qual elas são construídas por aquela comunidada
interpretativa que está por trás delas chamando um mundo de arte.
A arte é e sempre foi uma entidade impregnada de teoria, pois é a teoria que transforma uma
coisa comum (vaso, casa, peça de madeira) em uma obra de arte.
Sobre a caixa brilho (uma simples de caixa de sabão em pó, uma no mercado normal outra
representada por Warhol): Uma fez um manifesto acerca de sua relação com a outra, enquanto a
outra permaneceu essencialmente muda sobre tudo. Uma era proposicional, mas a outra, não. Isso
foi o que colocou o Warhol no centro das atenções da arte, e não seu protótipo de supermercado.
Danto assim interpreta a história da arte de vanguarda como a busca por uma autodefinição do que
faz arte ser arte.
Primeiro, a arte é uma prática, e não simplesmente uma teoria ou um conjunto de crenças ou a
conjunção crença/atitude acerca de objeto, representação, valor, e assim por diante. Ela consiste de
práticas de seleção, inclusão, experiência, esteticismo, gestos de vanguarda, o que quer que em
diferentes épicas expresse as características do que pode vir a ser (nova) arte, de quais são os
(novos) horizontes do sujeito.
O que vem a ser arte é uma questão de como a experiência e o mercado se associam, e não
simplesmente de como a teoria prescreve.