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Fonética Parte2 Sons Vocálicos
Fonética Parte2 Sons Vocálicos
Português Brasileiro
2º
Izabel Christine Seara
Vanessa Gonzaga Nunes
Cristiane Lazzarotto-Volcão
Período
Florianópolis - 2011
Equipe de Desenvolvimento de Materiais
Design Instrucional
Responsável: Vanessa Gonzaga Nunes
Designer Instrucional: Verônica Ribas Cúrcio
Ficha Catalográfica
ISBN: 978-85-61482-38-1
Inclui bibliografia.
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Fonética e Fonologia do Português
ladores não produza fricção. Sua emissão é realizada com a vibração das
pregas vocais, sendo por isso considerados sons vozeados ou sonoros.
Figura 5. Posição do véu do palato na produção de vogais (a) orais (como na produção da vogal
da palavra lá) e (b) nasais (como na produção da vogal da palavra lã). Adaptado de Oliveira e
Brenner (1988, p. 46).
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Segmentos Fonéticos Capítulo 03
No PB, apenas as vogais (ó), (ô) e são arredondadas
(como em avó, avô, tatu, respectivamente). Produza essas vogais e
observe que, na sua pronúncia, os lábios se arredondam e se proje-
tam para frente. Em francês, outras vogais são arredondadas, como
o “i”, por exemplo. Nesse caso, geralmente, falantes nativos do PB
podem ter dificuldades na produção dessas vogais arredondadas,
visto que esse não foi um hábito adquirido para o PB.
Para produzir esta vogal arredondada, pronuncie um e, susten-
tando essa pronúncia, vá arredondando os lábios. Você perceberá
que a qualidade dessa vogal vai se modificando. Quando os lábios
estiverem arredondados como na pronúncia de um , você ouvi-
rá a vogal alta anterior arredondada da língua francesa, representa-
da pelo símbolo fonético .
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Fonética e Fonologia do Português
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Segmentos Fonéticos Capítulo 03
Altas
Médias
Baixa
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Fonética e Fonologia do Português
Alta
Média Alta
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Segmentos Fonéticos Capítulo 03
Média Baixa
Baixa
Figura 7. Posição dos lábios em termos dos graus de altura que a língua assume
(adaptado de CRISTÓFARO SILVA, 2002, p.69)
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Fonética e Fonologia do Português
F1
(kHz)
0,4 []
[]
[] []
[]
[ ]
0,8 []
2,5 1,1 F2
(kHz)
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Segmentos Fonéticos Capítulo 03
dente vogal cardeal. Com isso, poderíamos fazer um levantamento de
outras pesquisas sobre vogais de outras línguas (como francês ou inglês)
e, comparando-as também às vogais cardeais, observar as diferenças en-
tre os segmentos vocálicos do PB e das demais línguas.
Figura 12. Diagrama vocálico com a localização das vogais mais comuns do PB com exemplos,
tirado de Cagliari, 1981, p. 50.
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Fonética e Fonologia do Português
(a) (b)
Figura 14. Movimentos articulatórios para a produção da vogal nasal baixa central: .
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Segmentos Fonéticos Capítulo 03
As vogais que são realizadas com um gradual abaixamento da
língua, como as médias, terão, na produção de suas vogais nasais cor-
respondentes, um abaixamento também gradual do véu do palato. No
caso do PB, existem apenas vogais nasais médias altas, e . No
francês, por exemplo, só ocorrem vogais nasais médias baixas. Ob-
serve, na Fig.15, como o trato oral se configura para a produção das
vogais nasais médias do PB.
(a) (b)
Figura 15. Movimentos articulatórios para a produção de vogais nasais médias: (a) anterior
, (b) posterior .
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Fonética e Fonologia do Português
Contexto tônico
Vogal oral [i]
190
Vogal nasal [i]
Vogal oral [e]
280
Vogal nasal [e]
Vogal oral [a]
370
Vogal nasal [a]
F1 Vogal oral [o]
460
Vogal nasal [o]
730
820
910
3190 2570
F2
Figura 16. Espaço bidimensional definido pelas médias de F1 x F2 das vogais orais (linha grossa)
e nasais (linha fina) em contexto tônico. (SEARA, 2000, p. 141).
Contexto átono
Vogal oral [i]
180
Vogal nasal [i]
Vogal oral [e]
260
Vogal nasal [e]
Vogal oral [a]
340
Vogal nasal [a]
F1 Vogal oral [o]
420
Vogal nasal [o]
660
740
820
3180 2540
F2
Figura 17. Espaço bidimensional definido pelas médias de F1 x F2 das vogais orais (linha grossa)
e nasais (linha fina) em contexto átono (SEARA, 2000, p. 143).
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