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ESCOLA: CENTEC – CENTRO DE ENSINO TÉCNICO

ALUNA: FRANCISCA DANTAS FORMIGA COSTA

PROFESSORA: NATANI ALENCAR

DISCIPLINA: BIOSSEGURANÇA

INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
RESÍDUOS HOSPITALARES
SEPSE

SÃO JOÃO DO RIO DO PEIXE – PB, 21 DE DEZEMBRO DE 2023.

INTRODUÇÃO A BIOSSGURANÇA
Conceitos de Biossegurança
“...conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos
inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida,
a saúde humana e o meio ambiente.”
“...conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a
preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados."

Riscos Biológicos
“Nesse sentido, a biossegurança e a segurança biológica referem-se ao emprego
do conhecimento, das técnicas e dos equipamentos, com a finalidade de prevenir a
exposição do profissional, dos acadêmicos, dos laboratórios, da comunidade e do
meio ambiente, aos agentes biológicos potencialmente patogênicos.”
Risco Biológico: Níveis de Contenção

Risco Biológico

Risco à saúde humana ou ao meio-ambiente decorrente, principalmente, do


trabalho com microrganismos.

Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos,


parasitas, entre outros.

De acordo com seu potencial patogênico estes agentes devem ser manipulados em
condições específicas.

Existem quatro níveis de contenção biológica. Estes níveis são crescentes no grau
de contenção e complexidade do nível de proteção (combinações de práticas e
técnicas de laboratório e barreiras primárias e secundárias), podendendo ser
representados graficamente da seguinte forma:

CARACTERÍSTICAS DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA

NB-1: nível básico de contenção.


Uso de práticas padrão em microbiologia.
Uso de barreiras primárias (luvas, óculos de proteção, jaleco, etc.) segundo a
necessidade.
Sem indicação de secundárias.
Área de trabalho com pia e separada do resto das instalações (porta).
Superfícies de fácil limpeza.

NB-2: para manipulação de agentes biológicos de risco moderado para o


trabalhador e o meio-ambiente.
Todas as considerações realizadas para instalações NB-1. Acesso
restrito.
Uso obrigatório de EPIs e Cabine de Segurança Biológica (CSB) (barreiras primárias).
Presença de autoclave ou método alternativo de descontaminação. Porta de
fechamento automático e lava olhos.

NB-3: para manipulação de microrganismos causadores de doenças graves


ou letais por transmissão respiratória.
Todas as considerações realizadas para instalações NB-2.
Acesso restrito (área isolada), portas duplas de fechamento automático, fluxo de ar controlado
sem recirculação (pressão negativa).
Trabalhadores sob controle médico e imunizados (se possível).
Uso obrigatório de EPIs, respiradores e Cabines de Segurança Biológica especiais. Pias e
lava-olhos acionados automaticamente.

NB-4: nível máximo de biocontenção.


Para manipulação de microrganismos perigosos e exóticos, causadores de doenças graves ou
letais por transmissão respiratória, sem tratamento ou vacina.
Todas as considerações realizadas para instalações NB-3.
Acesso restrito (área isolada). Prédio independente. Suprimento de ar exclusivo com
exaustão, linhas de vácuo e sistemas de descontaminação.
RESÍDUOS HOSPITALARES - SEPSE

Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado “lixo


hospitalar ou resíduo séptico”, sempre constituiu-se um problema bastante sério
para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações
a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e
principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros
sanitários. A atividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos,
inerente a diversidade de atividades que desenvolvem-se dentro destas empresas.

O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em


muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento com
excesso de cuidado, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições
hospitalares. Não raro lhe são atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e
outros tantos males.

Contaminação

O maior problema é o chamado “lixo infectante – classe A”, que representa um


grande risco de contaminação, além de poluir o meio ambiente. A maior parte dos
estabelecimentos não faz a separação deste material, que acaba indo para os
aterros junto com o lixo normal ou para a fossa.

Outro problema é o chamado “lixo perigoso – clase B”, cuja destinação final,
atualmente, fica sob responsabilidade dos hospitais.

O material recolhido nos hospitais, acondicionado segundo normas que variam em


função do grau de periculosidade dos produtos, geralmente é levado a um aterro
próprio.

Já o “lixo classe C” dos hospitais – também devidamente separado – fica sujeito ao


mesmo sistema de recolhimento do restante da cidade, indo parte para reciclagem e
parte para a coleta normal, que inclui apenas o material orgânico destinado ao aterro
sanitário.

Separação do Lixo

O treinamento para a separação desse tipo de resíduo é uma exigência do Conselho


Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e oferecerá subsídios para que os hospitais
e clínicas elaborem planos de gerenciamento de resíduos do serviço de saúde. O
objetivo é adequar a estrutura das unidades para o tratamento correto dos resíduos.

Segundo as normas sanitárias, o lixo hospitalar deve ser rigorosamente seperado e


cada classe deve ter um tipo de coleta e destinação. De acordo com as normas,
devem ser separadas conforme um sistema de classificação que inclui os resíduos
infectantes – lixo classe A, como restos de material de laboratório, seringas,
agulhas, hemoderivados, entre outros, perigosos – classe B, que são os produtos
quimioterápicos, radioativos e medicamentos com validade vencida – e o lixo classe
C, o mesmo produzido nas residências, que pode ser subdividido em material
orgânico e reciclável.

O treinamento visa adequar os estabelecimentos às novas normas de tratamento do


lixo hospitalar, estabelecidas na Lei Federal nº 237, de dezembro do ano passado.
Os hospitais têm prazo para apresentar um plano de gerenciamento dos resíduos e,
com isso, obter um licenciamento ambiental e adaptar-se às exigências legais. Caso
não consigam o licenciamento, ficam sujeitos à aplicação de multas diárias de R$
140,00 pelo sistema de vigilância sanitária.

Lixos Infectantes

Resíduos do grupo A (apresentam risco devido à presença de agentes biológicos):

 Sangue hemoderivados
 Excreções, secreções e líquidos orgânicos
 Meios de cultura
 Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas
 Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas
 Resíduos advindos de área de isolamento
 Resíduos alimentares de área de isolamento
 Resíduos de laboratório de análises clínicas
 Resíduos de unidade de atendimento ambiental
 Resíduos de sanitário de unidades de internação
 Objetos perfurocortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de
serviços de saúde. Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico,
devidamente registrado em conselho profissional, para o gerenciamento de
seus resíduos.

Processos de Destino

 Incineração:a incineração do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso


de cuidados, trata-se da queima o lixo infectante transformando-o em cinzas,
uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na
atmosfera como dioxinas e metais pesados.
 Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito
utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas
assépticas, mas o espaço para todo o lixo produzido ainda é um problema em
muitas cidades.

A maioria dos hospitais tomam pouco ou quase nenhuma providência com relação
às toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades
desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se ou a encaminhar a totalidade
de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza
Municipais, quando estes existem, ou lançam diretamente em lixões ou
simplesmente queimam os resíduos.
Torna-se importante destacar os muitos casos de acidentes com funcionários,
envolvendo perfurações com agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais
denominados perfuro-cortantes. O desconhecimento faz com que o chamado “lixo
hospitalar”, cresça e amedronte os colaboradores e clientes das instituições de
saúde.

Lixos Não-Infectantes

Especiais
Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos
farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos
perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).

Comuns
Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos, estes
não poderão ser encaminhados para alimentação de animais.

Algumas Soluções

Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo


de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-se a
desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema.

Objetivos do projeto:

 Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto “resíduos sólidos dos


serviços de saúde”;
 Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade
hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em
dezenas de setores com atividades diversas;
 Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino
adequados;
 Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e
comunidade;
 Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;
 Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser
reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários;
 Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial;
 Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e
encaminhando aos órgão públicos a menor quantidade possível de resíduos.
 Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos
grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância
infectante. Devem ser esterilizados ou incinerados.
 Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a
alimentação de animais.
SEPSE (SEPTICEMIA)

A sepse é uma doença potencialmente grave desencadeada por uma inflamação


que se espalha pelo organismo diante de uma infecção, podendo levar a queda da
pressão arterial, falência de órgãos, entre outros sintomas.

Sepse ou sépsis (antigamente conhecida como septicemia ou ainda infecção no


sangue) é uma doença complexa e potencialmente grave. É desencadeada por uma
resposta inflamatória sistêmica acentuada diante de uma infecção, na maior parte
das vezes causada por bactérias. Essa reação é a forma que o organismo encontra
para combater o micro-organismo agressor. Para tanto, o sistema de defesa libera
mediadores químicos que espalham a inflamação pelo organismo, o que pode
determinar a disfunção ou a falência de múltiplos órgãos, provocada pela queda da
pressão arterial, má oxigenação das células e tecidos e por alterações na
coagulação do sangue.

O mais comum é o foco infeccioso inicial instalar-se nos seguintes


órgãos: pulmões (ex: pneumonia), abdômen (ex: apendicite, peritonite, infecções
biliares e hepáticas, que recebem o nome de sepse
abdominal), rins e bexiga (ex: infecções urinárias e renais), na pele (ex: feridas,
celulite, erisipela, aberturas para introdução de cateteres e sondas, abscessos) e no
sistema nervoso central (ex: meningite).

De acordo com o grau de evolução, a síndrome pode ser classificada em 3 níveis:

 Sepse: A resposta inflamatória provocada pela infecção está associada a


pelo menos mais dois sinais. Por exemplo, febre, calafrios e falta de ar etc;
 Sepse grave: Quando há comprometimento funcional de um ou mais órgãos;
 Choque séptico: Queda drástica de pressão arterial que não responde à
administração de líquidos por via intravenosa.

População e fatores de risco da sepse

Estão mais sujeitas a desenvolver sepse as pessoas hospitalizadas, com


predisposição genética e sistema imunológico debilitado; os portadores de doenças
crônicas como insuficiência cardíaca, renal e diabetes e os usuários de álcool e
outras drogas. São também considerados fatores de risco áreas extensas de
queimaduras e ferimentos provocados por arma de fogo ou por acidentes
automobilísticos.

Qualquer pessoa, não importa a idade, pode desenvolver uma resposta inflamatória
que toma conta do corpo todo. No entanto, bebês prematuros, crianças com menos
de um ano e idosos acima de 65 anos constituem o grupo de risco mais suscetível
ao aparecimento da síndrome.

Sintomas de sepse

Os sintomas de sepse variam de acordo com o grau de evolução do quadro clínico.


Os mais comuns são: febre alta ou hipotermia, calafrios, baixa produção de urina,
respiração acelerada dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, agitação e
confusão mental.

Outros sinais possíveis da síndrome são o aumento na contagem dos leucócitos e a


queda no número de plaquetas.

Diagnóstico de sepse

O diagnóstico da sepse depende de avaliação clínica e laboratorial criteriosa para


identificar e tratar a doença subjacente que deu origem ao processo infeccioso.

Com esse objetivo são realizados exames de sangue, como o hemograma e a


hemocultura, exames de urina e, se necessário, a cultura das secreções
respiratórias e das lesões cutâneas pré-existentes. Exames de imagem, como raios
X, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, podem ser úteis para
esclarecer o diagnóstico.

Tratamento da sepse

Diagnóstico precoce e início imediato do tratamento são medidas fundamentais para


o controle da sepse e suas complicações. Em geral, o acompanhamento é realizado
em unidades de terapia intensiva.

Mesmo antes de identificar o agente infeccioso, são introduzidos antibióticos de


largo espectro por via endovenosa, uma vez que esses medicamentos têm
demonstrado eficácia contra uma variedade maior de bactérias. Essa prescrição
poderá ser revista, porém, se o resultado dos exames de cultura assim o determinar.
Infelizmente, esses remédios não surtem efeito se a infecção tiver sido provocada
por fungos ou outro tipo de micro-organismo patogênico.

Medicamentos vasopressores, que ajudam a contrair os vasos e a estabilizar os


níveis da pressão arterial, são indicados quando, mesmo depois da reposição de
líquidos por via intravenosa, o paciente continua com um quadro grave de
hipotensão.

Há casos, ainda, que exigem medidas de suporte, como a hemodiálise por causa da
insuficiência renal, a fim de eliminar as toxinas e o excesso de líquidos, ou a
ventilação mecânica para controlar a insuficiência respiratória.

O risco de contrair infecções que podem promover uma resposta inflamatória


sistêmica será menor se forem respeitados os seguintes princípios básicos:

 Lavar as mãos com frequência com água e sabão;


 Manter o esquema de vacinação das crianças atualizado;
 Evitar a automedicação e o uso indiscriminado de antibióticos;
 Não interromper o tratamento antes do prazo prescrito pelo médico;
 Lembrar sempre que a febre em crianças funciona como um sinal de alerta
para procurar orientação a médica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível
em:<https://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/residuos_hospitalare
s.html>. Acesso em 21 de dezembro de 2023, as 05:19h.

Disponível em:< https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/7643/3/Módulo%203%20-


%20Introdução%20à%20Biossegurança.pdf>. Acesso em 21 de dezembro de 2023,
as 05:30h.

Disponível em:< https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sepse-


septicemia/>. Acesso em 21 de dezembro de 2023, as 06:12h.

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