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Prof. Humberto Molinar Henrique
Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 1
O objetivo deste capítulo é entender o conceito de custos de capital e estudar metodologias para estimar os custos de
capital. O custo de capital refere-se aos custos associados à construção de uma nova fábrica ou modificações em uma
fábrica de produtos químicos existente.
Uma vez que se tem informações obtidas de um PFD, incluindo o sumário das correntes e equipamentos pode-se:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Bibliografia
• Turton, R., Bailie, R. C., Whiting, W. B. & Shaeiwitz, J. A. (2009). Analysis, Synthesis and Design of Chemical
Processes (3rd Edition). Massachusetts: Prentice Hall. (Capítulo 7).
• Peters, M. S. & Timmerhaus, K. D. (1991). Plant Design and Economics for Chemical Engineers (4th Edition).
McGraw-Hill, Inc., Singapore.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 2
Baseia-se na informação do custo do processo completo de plantas já construídas no passado. O custo é ajustado
de acordo com um fator de escala adequado da capacidade e corrigido com a inflação para refletir o custo de
capital.
Diagrama: Diagrama de Blocos
Precisão: ± 30%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 0-2 %
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 3
Usa uma lista dos principais equipamentos do processo, tais como, bombas, compressores e turbinas, colunas e
vasos, fornos e trocadores de calor. Os equipamentos são dimensionados grosseiramente e o custo aproximado é
estimado. O custo de capital é estimado pela soma do custo de todos os equipamentos estimados. Os custos são
obtidos de gráficos generalizados de custos.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Diagrama: PFD
Precisão: ± 30%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 1-15%
Requer um dimensionamento mais preciso dos equipamentos. Inclui também um estudo de layout dos
equipamentos e tubulações, instrumentação e necessidades elétricas. O uso de utilidades também é estimado.
necessita de uma grande equipe.
Diagrama: PFD, P&ID preliminares, esquemas de equipamentos, planta baixa e diagramas de elevação.
Precisão: ± 20%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 30-70%
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 4
Requer a especificação de todos os equipamentos, utilidades, instrumentação, parte elétrica e outras facilidades.
Diagrama: PFD final e P&IDs preliminares, esquemas de equipamentos, planta baixa, diagramas de elevação e
balanço de utilidades.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Precisão: ± 10%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 50-100%
Requer engenharia completa do processo e utilidades. Deve-se obter a cotação dos equipamentos mais caros
diretamente dos fornecedores. Ao final desta etapa do projeto há informações suficientes para iniciar a
construção da planta.
Diagrama: PFD e P&IDs finais, esquemas de equipamentos, planta baixa, diagramas de elevação, balanço de
utilidades e diagrama isométrico de tubulação e diagramas complementares necessários para a construção da
planta.
Precisão: ± 5% Peters & Timmerhaus, 1991
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 5
• A escala de precisão associada a cada classe de estimativa e os custos associados à realização da estimativa
são classificados em relação à classe de estimativa mais precisa (Classe 1).
• Para usar as informações desta Tabela é necessário conhecer a precisão de uma estimativa da Classe 1. Para a
estimativa de custos de uma fábrica de produtos químicos, uma estimativa de Classe 1 (estimativa detalhada)
é tipicamente precisa entre de -4% a +6%. Isso significa que, ao fazer tal estimativa, o custo real da construção
da fábrica provavelmente seria na faixa de 6% maior e 4% menor do que o preço estimado.
• Da mesma forma, o esforço (custo) para se preparar uma estimativa de Classe 5 para um processo químico é
tipicamente na faixa de 0,015% a 0,30% do custo total instalado da planta.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 6
5.8 Exemplo 1
O custo de capital estimado para uma planta química usando o método de estimativa do estudo (Classe 4) foi
calculado em US $ 2 milhões. Se a planta fosse construída, em que escala você esperaria que a estimativa de capital
real variasse?
Solução:
Para uma estimativa de Classe 4 a Tabela do slide anterior revela que a faixa de precisão esperada é entre 3 e 12
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
vezes a de uma estimativa de Classe 1. Conforme observado no texto, espera-se que uma estimativa de Classe 1
varie de + 6% a -4%. Podemos avaliar os intervalos de custo de capital esperado mais estreitos e mais amplos da
seguinte forma.
Intervalo mais baixo de custo esperado:
Maior valor do custo real da planta (Us$2,0.106) [1 + (0,06).(3)] = Us$2,36.106
Menor valor do custo real da planta (Us$2,0.106) [1 - (0,04).(3)] = Us$1,76.106
O intervalo real esperado dependeria do nível de definição e esforço do projeto. Se o esforço e a definição estiverem
avançados, então a escala de custo esperada estaria entre Us$1,76 e Us$2,36 milhões. Se o esforço e a definição
estiverem num patamar inicial, então a escala de custo esperada estaria entre Us$1,04 e Us$3,44 milhões.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 7
5.8 Exemplo 2
Compare os custos para realizar uma estimativa de ordem de grandeza e uma estimativa detalhada para uma planta
que custou Us$5,0.106 para construir.
Solução:
Para a estimativa da ordem de grandeza, o custo da estimativa está na faixa de 0,015% a 0,3% do custo final da
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
planta. Logo:
Para a estimativa detalhada, o custo da estimativa está na faixa de 10 a 100 vezes a estimativa de ordem de
grandeza. Logo:
• O custo de se fazer uma estimativa está associado ao número necessário de horas de pessoal para completar a
estimativa. A partir da Tabela e os exemplos anteriores a tendência entre a precisão de uma estimativa e o custo
da estimativa é clara. Se for necessária maior precisão na estimativa de custo de capital, então mais tempo e
dinheiro devem ser gastos na condução da estimativa. Este é o resultado direto do maior detalhe necessário para
as técnicas de estimativa mais precisas.
• Muitos processos ou rotas inicialmente considerados são eliminados antes de quaisquer estimativas detalhadas
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
de custos serem executadas. Duas grandes áreas dominam este processo de triagem. Para continuar o
desenvolvimento do processo, o mesmo deve ser tecnicamente sólido e economicamente atraente.
• Estimativas preliminares de viabilidade (ordem de magnitude ou estimativas de estudo) são feitas para comparar
muitas alternativas de processo.
• Estimativas mais precisas (estimativas preliminares ou definitivas) são feitas para os processos mais lucrativos
identificados no estudo de viabilidade.
• Em seguida, são feitas estimativas detalhadas para as alternativas mais promissoras que permanecem após as
estimativas preliminares.
• Com base nos resultados da estimativa detalhada, toma-se a decisão final de ir adiante com a construção de
uma fábrica.
Este capítulo foca nas técnicas “Estimativa Preliminar” e “Estudo da Estimativa” baseadas num PFD. Estas
abordagens fornecerão estimativas na faixa de +40% a -25%. Assume-se aqui que todos os processos considerados
são tecnicamente sólidos e a atenção é focada na estimação econômica dos custos de capital.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 9
Assume-se neste capítulo que temos disponível o PFD incluindo as seguintes informações:
• Tamanho e capacidade dos equipamentos de acordo com as condições de operação expressas no PFD.
Utilizar gráficos que relacionam o custo com alguma propriedade do equipamento (Summary Graphs).
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 10
n Em que:
Ca Aa
A : atributo de custo do equipamento (Normalmente a capacidade)
Cb Ab C : custo de aquisição do equipamento
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
N : expoente de custo
Índices:
a : refere-se ao equipamento com o atributo desejado
b : refere-se ao equipamento tomado como base (referência)
n
Ca Aa
Ca KAan
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Cb Ab
Cb
Em que K n
Ab
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 12
n 0 ,6
Ca A a Ca 2Ab
Estimativa de Custos de
C C 1,52Cb Cb
Capital de Investimento
Uma outra maneira de pensar na economia de escala é considerando a compra do equipamento por unidade de
capacidade.
Ca Ca
Ca KAna Ca KAna1Aa KAna1 log log(K) (n 1)Aa
Aa Aa
n 0,6
Ca Aa Ca 5Ab
2, 63
Cb Ab
Regra dos Seis Décimos
Cb Ab
0,84
Ca 5Ab
3, 86 Real
Cb Ab
3,86 2,63
Erro (%) 100% 32%
3,86
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 15
Dados de custo de equipamentos estão disponibilizados para uma variedade de equipamentos comuns de
processamento de gás/líquido no Apêndice A. Esses dados foram compilados em 2001 a partir de informações
obtidas dos fabricantes e também do software R-Books comercializado pela Richardson Engineering Services[1].
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
O objetivo deste apêndice é apresentar as equações e os números que descrevem as relações utilizadas no
programa CAPCOST que estima custo de capital de equipamentos. O programa é baseado na abordagem do fator
de módulo para cálculo de custos que foi originalmente introduzido por Guthrie [2,3] e modificado por Ulrich[4] (será
visto nas próximas seções).
Os custos dos equipamentos foram compilados na chamada “condição base” onde os equipametos são construídos
em aço carbono e para operar na pressão ambiente.
O método pelo qual os impactos dos fatores “material” e “pressão” são contabilizados dependerá do tipo de
equipamento e estes serão abordados nas seções posteriores.
Este procedimento para estimar o custo total de cada equipamento já foi realizado para um grande número de
equipamentos e os resultados estão no Apêndice A do nosso livro texto. (Favor estudar este apêndice).
___________________________________________________________________________________________________________
[1]
. R-Books Software, Richardson Engineering Services, Inc., 2001.
[2]
. Guthrie, K. M., Data and Techniques for Preliminary Capital Cost Estimating, Chem. Eng., March 24, 1969, 114–142.
[3]
. Guthrie, K. M., Process Plant Estimating Evaluation and Control (Solana Beach, CA: Craftsman Book Co., 1974).
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 16
Condições Base
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Condições Base
Estimativa de Custos de
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Condições Base
Estimativa de Custos de
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Condições Base
Estimativa de Custos de
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Condições Base
Estimativa de Custos de
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Condições Base
Estimativa de Custos de
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Condições Base
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Condições Base
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Capital de Investimento
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Condições Base
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Condições Base
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Condições Base
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 34
1
Em que:
C : Custo de compra.
I1 : Índice de custo no tempo em
que o custo é conhecido.
I2 : Índice de custo no tempo em
que o custo é desejado.
última página de cada edição da Chemical Engineering (Essentials for the 1994 993 368
CPI Professionals - http://www.chemengonline.com/) são o Marshall e 1995 1028 381
Swift Equipment Cost Index eo Chemical Engineering Plant Cost Index.
1996 1039 382
A Tabela ao lado fornece valores tanto para o Marshall and Swift 1997 1057 387
Equipment Cost Index e para o Chemical Engineering Plant Cost Index 1998 1062 390
(CEPCI) de 1991 a 2006. 1999 1068 391
2000 1089 394
Salvo indicação em contrário, o Índice de Custo da Fábrica de Engenharia
2001 1094 394
Química (CEPCI) será utilizado neste texto para contabilizar a inflação.
2002 1104 396
2003 1124 402
2004 1179 444
2005 1245 468
2006 1302 500
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 50
Índice de Custo da Fábrica de Engenharia Química (CEPCI) é um índice composto e os itens que estão incluídos no
índice estão listados na Tabela abaixo. Uma comparação entre estes dois índices será dada no Exemplo a seguir.
I2 1302
C2 C1 C2 25.000 34.518
I 1
943
Marshal e Swift
500
C2 25.000 34.916
358
CEPCI
(34.916 - 34.518)
Diferença em relação à média (%) 100% 1,1%
34.916234.518
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 52
Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.
Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.
equipamento Comentário
Capital de Investimento
3. Contingência e Taxas
Um fator para cobrir circunstâncias não previstas.
CCont Pode incluir atrasos devido a intempéries, pequenas
a. Contingência
mudanças de projeto e aumento não previsto de
preços .
CFee Varia dependendo do tipo de planta e uma série de
b. Taxas de empreiteiro
outros fatores.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 55
Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.
Fator associado com a instalação do
equipamento Símbolo Comentário
4. Facilidades auxiliares
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Os procedimentos para estimar o custo total de capital de uma planta química serão descritos nas próximas seções.
Entretanto, quando se tem o custo de uma planta similar a que se pretende construir mas de capacidade diferente,
pode-se utilizar a equação do efeito de capacidade para gerar uma estimativa (scale-up ou scale-down).
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
A regra de seis décimos é mais precisa nesta aplicação do que é para estimar o custo de uma única peça de
equipamento.
O aumento da precisão resulta do fato de que são necessárias unidades múltiplas em uma planta de
processamento.
Algumas das unidades de processo terão coeficientes de custo (“n”) inferiores a 0,6. Para este equipamento, a regra
dos seis décimos superestima os custos dessas unidades.
De forma semelhante, os custos para unidades de processo com coeficientes superiores a 0,6 são subestimados.
Quando a soma dos custos é determinada, essas diferenças tendem a se cancelar mutuamente.
Ainda, se o valor de referência for no passado, este deve ser corrigido com a inflação pela equação do efeito do
tempo com o uso de algum índice de custo adequado (CEPCI é indicado para a indústria de processo)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 57
Você pode estar familiarizado com o índice de preços ao consumidor divulgado pelo governo. Ele representa um
índice de custo composto que reflete o efeito da inflação sobre o custo de vida. Este índice considera a mudança de
custo de uma "cesta" de mercadorias composta de itens usados por um cidadão típico ("médio“). Por exemplo, o
preço da habitação, o custo dos alimentos básicos, o custo de vestuário e transporte e assim por diante. Esses
Estimativa de Custos de
preços são incluídos e ponderados adequadamente para dar um único número que reflete o custo médio desses
Capital de Investimento
bens. Ao comparar este número ao longo do tempo é possível obter uma indicação da taxa de inflação, uma vez
que afeta o cidadão típico (pessoa média).
De forma semelhante, o CEPCI representa uma "cesta" de itens diretamente relacionados aos custos associados à
construção de fábricas de produtos químicos. A Tabela “Componentes da Cesta do Índice CEPCI” apresentada
anteriormente mostra uma “dissecação” dos itens incluídos neste índice. O índice está diretamente relacionado ao
efeito da inflação sobre o custo de uma planta química "média", como mostrado no Exemplo a seguir.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 58
0,6
Aa I 2006
Custo (2006) 23.000.000
A b
I
1992
0,6
50.000 500
Custo (2006) 23.000.000 43.644.000
30.000
358
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 59
Tabela a seguir. n
Tipo de planta química Fator de Lang (FLang) C F
TM Lang p ,i C
Planta de processamento de Fluidos 4,74 Em que: i1
Planta de processamento Sólido-Fluido 3,63 CTM : é o custo de capital da planta.
Cp,i : é o custo dos principais equipamentos.
Planta de processamento de Sólidos 3,10
N : é o número total de unidades individuais.
FLang : é o Factor de Lang (da Tabela ao lado).
Plantas que processam apenas fluidos têm o maior Fator de Lang (4,74) e as plantas que processam apenas
sólidos têm o menor Fator de Lang (3,10). Combinação de sistemas fluidos e sólidos tem F Lang entre estes dois
valores. Quanto maior o Fator de Lang menos os custos de aquisição contribuem para os custos da planta. Em
todos os casos, o custo de aquisição do equipamento é inferior a um terço do custo de capital da planta. A
utilização do Factor de Lang é ilustrado seguir.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 60
Determine o custo de capital para uma expansão de uma usina de processamento de fluidos que teve um custo
total de aquisição de equipamentos $6.800.000.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
n
C TM FLang Cp ,i CTM = ($6.800.000) (4,74) = $32.232.000
i1
Esta técnica de estimativa é insensível às mudanças na configuração do processo, especialmente entre processos
nas mesmas categorias amplas mostradas na Tabela abaixo. Não pode explicar com precisão os problemas comuns
de materiais especiais de construção e altas pressões de operação. Estão disponíveis várias técnicas alternativas.
Todos requerem cálculos mais detalhados usando informações de preço específicas para cada unidade ou
equipamento.
Tipo de planta química Fator de Lang (FLang)
Planta de processamento de Fluidos 4,74
Planta de processamento Sólido-Fluido 3,63
Planta de processamento de Sólidos 3,10
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 61
Os desvios dessas condições de base são manipulados usando fatores de multiplicação que dependem:
1. Do tipo específico de equipamento
2. Da pressão específica do sistema
3. Dos materiais específicos de construção
A equação abaixo é usada para calcular o custo do módulo sem acessórios para cada equipamento. O custo do
módulo é a soma dos custos diretos e indiretos mostrados na Tabela de fatores que afetam os custos associados à
avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos, mostrada anteriormente.
e materiais.
2. Despesas Indiretas do Projeto
2. Unidade operada a uma pressão próxima da ambiente. Frete, seguro e impostos, despesas
gerais de construção, despesas com
engenharia.
0
C BM C p0 FBM
0
3. Contingência e Taxas
Contingência, taxas de empreiteiro.
4. Facilidades auxiliares
Área da planta, outras facilidades,
utilidades.
A equação acima é usada para obter o custo do módulo para as condições de base. Para essas condições base, o
índice zero (0) é adicionado ao fator de custo do módulo e ao custo do equipamento do módulo. Assim e referem-
se às condições de base.
A Tabela a seguir complementa as Tabelas dos slides 52 ao 56 e fornece as relações e equações para os custos
diretos, indiretos, de contingência e de comissões com base no custo de aquisição do equipamento. Estas equações
são usadas para avaliar o fator de módulo. As entradas desta Tabela estão descritas na página 202 do nosso livro
texto.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 63
Os valores para os fatores de multiplicação do custo do módulo variam entre os módulos de equipamento. Os
cálculos para o fator de módulo e o custo de módulo para um trocador de calor de aço carbono são dados no
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Exemplo abaixo.
Exemplo:
O preço de compra de um trocador de calor de tubos múltiplos, feito de aço carbono e operando nas condições
ambientais é de $10.000. Determine os multiplicadores da tabela anterior, o fator do custo do módulo e o custo do
módulo. Para um trocador de calor, Guthrie fornece a seguinte informação de custo:
Item % do custo de compra
Equipamento 100,0
Materiais 71,4
Mão de obra 63,0
Frete 8,0
Despesas gerais 63,4
Engenharia 23,3
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 65
0
FBM 1 0, 368 0, 047 1, 005 0, 368 0,136 1 0, 714 3, 291
Custo do módulo:
0
C BM FBM
0
C p0
0
C BM 3, 291$10.000 32.910
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 66
5.13.2 O Fator de Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base para Trocadores de Calor, Vasos e Bombas
Para os equipamentos Trocador de Calor, Vasos e Bombas, o fator de custo para o módulo é correlacionado com dois
parâmetros (B1 e B2) ajustados experimentalmente e mostrados na tabela abaixo:
0
FBM B1 Fp FM B2
Em que:
F0BM : Fator de custo do módulo de equipamento na condição base.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
5.13.2 O Fator de Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base para Trocadores de Calor, Vasos e Bombas
Exemplo:
O preço de compra de um trocador de calor de múltiplos tubos feito de aço carbono operando nas condições
ambientais é de $10.000. Determine o custo do módulo para as condições ambientais.
0
FBM B1 Fp FM B2 1, 74 1, 55 3, 29
Como:
0
C BM FBM
0
C p0
0
Logo, o custo do módulo é: CBM 3,29 $10.000 $32.900
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 68
C BM C p0 FBM
Em que: FBM B1 Fp FM B2
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 71
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 72
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Os custos de equipamento aumentam com o aumento da pressão de operação. Nesta seção, o método de
contabilização do efeito da pressão de operação dos equipamentos é executada através do uso de “fatores de
pressão”.
Fator de Pressão para Vasos de Pressão
O fator de pressão para vasos de processo horizontal e vertical (pressurizados) de diâmetro “D” metros e que
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
funcionam a uma pressão de “P” em [barg], baseia-se no código ASME para a concepção de vasos sob pressão. Nas
condições base para o material (aço carbono), pode-se usar a seguinte expressão:
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fator de Pressão para Vasos de Pressão
Nas condições de material base, aço carbono, utilizando uma tensão máxima admissível para o aço carbono (S) de 944
bar, uma eficiência de soldagem (E) de 0,9, uma espessura de vaso mínima (t) admissível de 0,0063 m (1/4 de polegada)
e uma tolerância de corrosão (CA) de 0,00315 m (1/8 de polegada), pode-se usar a seguinte expressão:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
P 1D 0, 00315
2 850 0, 6 P 1
Fp para t 0, 0063 m
0, 0063
Se FP do vaso for menor que 1 (o que correspondente a um t vaso <0,0063 m) então o FP do vaso deve ser considerado
igual a 1 (FP = 1) .
Para pressões inferiores a 0,5 barg, o FP do vaso deve ser considerado igual a 1,25 (FP = 1,25).
Deve-se notar que a Equação acima é estritamente verdadeira para o caso em que a espessura da parede do vaso é
menor que ¼ D, em que “D” é o diâmetro do vaso. Para vasos na faixa de D = 0,3 a 4,0 m, isto ocorre a pressões de
aproximadamente 320 barg.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 74
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
O fator de pressão (FP) para os demais equipamento de processo são dados pela seguinte forma geral:
2
log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
A unidade de pressão (P) é barg (1 bar = 0,0 barg) a menos que de outra forma indicado.
Os fatores de pressão são sempre maiores que a unidade. Os valores das constantes na Equação acima para
diferentes equipamentos são dados na Tabela a seguir e também são mostrados os intervalos de pressão sobre os
quais as correlações são válidas.
Os valores das constantes constantes dessa Tabela foram regredidos a partir dos dados de Guthrie e Ulrich. A
extrapolação fora deste intervalo de pressão deve ser feita com extrema cautela. Alguns equipamentos não têm
classificações de pressão e, portanto, têm valores de C1 a C3 iguais a zero.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 75
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]2
Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich)
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 76
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]2
Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 77
5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 78
Solução:
C BM C p0 FBM FBM B1 Fp FM B2
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.
Cp0 = $250x100
= $25.000
(Condição Base)
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 80
Em 2001!!!
0
F
Da Tabela acima B1 = 1,63 e B2 = 1,66 BM (1,63 1,66 1 1) 3,29 CBM CP FBM $25.000 3,29 $82.300
Solução:
C BM C p0 FBM FBM B1 Fp FM B2
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.
log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 83
Da Tabela acima C1 = 0,03881, C2 = -0,11272, C3 = 0,08183 log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]2
log10 Fp 0, 03881 0,11272 log10 100 0, 081183 log10 100 log10 Fp 0,1407 F 10 0,1407 1, 383
2
p
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 84
B2 = 1,66
Logo:
C BM FBM C p0
CBM(2006) $98.144
500 CBM(2006) $123.590
394
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 85
Solução:
C BM C p0 FBM FBM B1 Fp FM B2
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.
log10 (Fp ) C1 C2 log10 (P) C3[log10 (P)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 86
2,8
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 88
B1 = 1,63
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
B2 = 1,66
Fp = 1,383 obtido no exercício anterior
FM = 2,8 calculado
Então:
C BM FBM C p0
C BM 2001 8, 06 $25.000 $201.454
CBM(2006) $201.454
500
CBM(2006) $253.721
394
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 89
Para outros equipamentos não listados nas Tabelas anteriores o custo do módulo estão relacionados aos fatores de
material e fatores de pressão por equações diferentes da Equação apresentada anteriormente, isto é:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
A forma dessas Equações é dada na Tabela a seguir. Os fatores de módulo que correspondem às Equações desta
Tabela são dados na Figura, também a seguir, usando os números de identificação listados nas Tabelas
subsequentes.
Os dados utilizados para se construir esta Figura foram compilados a partir de valores médios tirados de Guthrie,
Ulrich, Navarrete, Perry et al. e Peters e Timmerhaus.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 90
(Cont.)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 96
5.14 Exemplo
Encontre o custo do módulo de um trocador de calor de casco e tubo com uma área de transferência de calor de 100
m2 para os seguintes casos:
1. A pressão de operação do equipamento é de 1 barg tanto no lado do casco como no lado dos tubos e o MOC do
casco e dos tubos é aço inoxidável.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
2. A pressão de operação do equipamento é de 100 barg nos lados do casco e dos tubos e o MOC do casco e dos tubos
é aço inoxidável.
Solução:
500
Do exemplo anterior: CBM(2001) $25.000 CBM (2006) $25.000 CBM(2006) $31.490
397
1. P = 1 barg FP = 1 e FM = 2,73 (TC casco e tubo em SS, N. Identificação = 5
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 98
5.14 Exemplo
5.15 Exemplo
Encontre o custo do módulo em 2006 de uma torre de aço inoxidável de 3 m de diâmetro e 30 m de altura. A torre tem
40 pratos perfurados em aço inoxidável (stainless steel sieve trays) e opera a 20 barg.
Solução:
Os custos da torre e dos pratos são calculados separadamente e depois somados para obter o custo do equipamento.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Para a torre:
a. Volume = πD2L/4 = (3.14159)(3)2(30)/4 = 212,1 m3 log10 (Cp0 ) K1 K2 log10 (A) K3[log10 (A)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 100
5.15 Exemplo
5.15 Exemplo
Fator de material para vasos de pressão:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
3,11
FBM = 2,25 + 1,82 FMFP
CBM(2006) = (166.880)(38,87) =
$6.486.000
5.15 Exemplo
Para os pratos: log10 (Cp0 ) K1 K2 log10 (A) K3[log10 (A)]2
a. Área = πD2/4 = 7,0686 m2
CBM = CP0NFBMFq
N = 40
Fq = 1,0 (N > 20)
CBM,trays(2006) = ($5,756)(40)(1,83)(1,0)
CBM,trays(2006) = $421.300
5.16 Custo TOTAL do Módulo de Equipamentos e o Custo de uma Planta Nova (Grass Root Cost)
O termo ”grass roots” refere-se a uma instalação completamente nova em que começamos a construção sobre um
terreno vazio (como um campo de grama). O termo custo de total do módulo refere-se ao custo de fazer expansões
ou alterações de pequenas dimensões em uma instalação existente.
Para estimar esses custos é necessário considerar outros custos além dos custos diretos e indiretos. Estes custos
Estimativa de Custos de
adicionais foram apresentados em Tabela anteriores e podem essencialmente ser divididos em dois grupos, a saber:
Capital de Investimento
Grupo 1: Custos de contingência e de honorários. O custo de contingência varia dependendo da confiabilidade dos
dados de custo e da integridade do fluxograma do processo disponível. Este fator é incluído na avaliação do custo
como uma proteção contra negligências e informações imprecisas. Salvo indicação em contrário, são assumidos
valores de 15% e 3% do custo do módulo para custos de contingência e taxas, respectivamente. Estes são
apropriados para sistemas que são bem compreendidos. Adicionar esses custos ao custo do módulo fornece o custo
total do módulo. O Custo Total do módulo representa:
n n n
C TM CBM,i 0,18 CBM,i 1,18 CBM,i
i1 i1 i1
5.16 Custo TOTAL do Módulo de Equipamentos e o Custo de uma Planta Nova (Grass Root Cost)
Grupo 2: Custos de Instalações Auxiliares. Estes incluem custos para desenvolvimento de locais, edifícios auxiliares e
off-sites e outras utilidades. Estes termos não são geralmente afetados pelos materiais de construção ou pela
pressão de funcionamento do processo. Uma revisão dos custos para estas instalações auxiliares por Miller [1] dá uma
escala de aproximadamente 20% até mais de 100% do custo total dos módulos (nas condições base). Salvo indicação
em contrário, estima-se que estes custos são iguais a 50% dos custo total dos módulos para as condições do caso
Estimativa de Custos de
base. Adicionar esses custos ao custo total dos módulos fornece o custo de planta nova (Grass Root Cost).
Capital de Investimento
n
0
CGR C TM 0,5 CBM,i
i1
n n
0
CGR 1,18 CBM,i 0,5 CBM,i
i1 i1
Em que “n” representa o número de equipamentos da planta, C BM,i representa o custo do módulo nas condições de
operação e de materiais de construção e C0BM,i representa o custo do módulo nas condições base.
_____________________________________________________
[1]. Miller, C. A., “Factor Estimating Refined for Appropriation of Funds,” Amer. Assoc. Cost Engin. Bull., September 1965, 92.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 105
5.17 Exemplo
Uma pequena expansão para uma instalação química existente está sendo investigada e um PDF preliminar do
processo é mostrado na Figura abaixo:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
A expansão envolve a instalação de uma nova coluna de destilação com um reboiler, condensador, bombas e outros
equipamentos associados. A Tabela do próximo slide contém uma lista dos equipamentos, tamanhos, materiais de
construção e pressões operacionais. Utilizando seus conhecimentos, calcule o custo total do módulo para essa
expansão em 2006.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 106
5.17 Exemplo
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
Os custos dos módulos para todos os equipamentos foram calculados conforme fizemos nos exemplos prévios e
foram listados na Tabela do próximo slide, juntamente com o custo de aquisição, fatores de pressão, fatores de
material e fatores de módulo.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 107
5.17 Exemplo
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
O custo total do módulo e o grass root cost são agora calculados com a devida correção da inflação para 2006:
Embora o grass root cost não seja apropriado aqui (porque nós temos somente uma expansão pequena de uma
planta existente), ele foi mostrado para efeito didático.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 108
5.18 Planillha Excel (CAPCOST) para Estimativa de Custo de Capital Utilizando o Módulo de Equipamento
Para processos envolvendo apenas algums de equipamento, estimar o custo de capital da planta à mão é
relativamente fácil. Para processos complexos com muitos equipamentos, esses cálculos se tornam tediosos. Para
tornar esse processo mais fácil, foi desenvolvida uma planilha excel que permite ao usuário inserir dados de forma
interativa e obter estimativas de custos. A planilha (CAPCOST_2008.xls) foi implementada no Microsoft Excel e uma
cópia dela é fornecida no CD que acompanha nosso livro e também está no Moodle.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
A planilha requer que o usuário introduza informações sobre o equipamento, como por exemplo, a capacidade, a
pressão de operação e os materiais de construção. Os dados de custo podem ser reajustados pela inflação, entrando
o valor atual do CEPCI. Outras informações, como nomes de arquivos de saída e o número da unidade (100, 200, etc.)
também são necessárias. As opções de equipamento disponíveis para o usuário são apresentadas abaixo:
• Misturadores
• Centrífugas
• Compressores e sopradores sem acionamentos
• Transportadores
• Cristalizadores
• Drives para compressores, sopradores e bombas
• Secadores
• Coletores de poeira
• Evaporadores e vaporizadores
• Ventiladores com acionamento elétrico
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 109
5.18 Planillha Excel (CAPCOST) para Estimativa de Custo de Capital Utilizando o Módulo de Equipamento
• Filtros
• Aquecedores a gás, aquecedores com fluido térmico e caldeiras de vapor
• Fornos
• Trocadores de calor
• Agitadores (tanques agitados)
• Vasos de processo com/sem internos
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
O tipo de equipamento necessário pode ser inserido usando os botões ativados pelo mouse fornecidos na primeira
pasta. Será solicitado, então, ao usuário responder uma série de perguntas que aparecem na tela. O usuário será
obrigado a identificar ou inserir as mesmas informações que seriam necessárias para fazer os cálculos à mão, isto é, a
pressão de operação, os materiais de construção e o tamanho do equipamento. As mesmas informações contidas
nos gráficos de custos e tabelas no Apêndice A estão embutidas na planilha. Quando os dados para o equipamento
são inseridos, uma lista dos custos na primeira pasta é atualizada. O uso da planilha é explicado nos arquivos de
ajuda CAPCOST.avi contidos no CD e o leitor é encorajado a assistir o vídeo antes de usar o software. Recomenda-se
reproduzir os resultados do Exemplo E7.14 antes de utilizar a planilha para resolver novos problemas.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 110