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Prof. Humberto Molinar Henrique
Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 1

O objetivo deste capítulo é entender o conceito de custos de capital e estudar metodologias para estimar os custos de
capital. O custo de capital refere-se aos custos associados à construção de uma nova fábrica ou modificações em uma
fábrica de produtos químicos existente.

Uma vez que se tem informações obtidas de um PFD, incluindo o sumário das correntes e equipamentos pode-se:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

• Determinar quanto custa construir a planta (Custo de Capital);


• Determinar quanto custa operar a planta (Custo Operacional);
• Determinar qual o melhor processo dentre as alternativas competitivas;
• Conduzir uma análise de rentabilidade da planta.

Bibliografia

• Turton, R., Bailie, R. C., Whiting, W. B. & Shaeiwitz, J. A. (2009). Analysis, Synthesis and Design of Chemical
Processes (3rd Edition). Massachusetts: Prentice Hall. (Capítulo 7).

• Peters, M. S. & Timmerhaus, K. D. (1991). Plant Design and Economics for Chemical Engineers (4th Edition).
McGraw-Hill, Inc., Singapore.
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5.1 Classificação das Estimativas de Custo de Capital


Existem 5 classes de estimativas de custo de capital amplamente aceitos e utilizados pela indústria de processos:

• Estimativa Detalhada - (Classe 1)


• Estimativa Definitiva - (Classe 2)
Precisão e Custo
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

• Estimativa Preliminar - (Classe 3)


• Estudo de Estimativa - (Classe 4) da Estimativa
• Estimativa da Ordem de Grandeza - (Classe 5)

5.2 Estimativa da Ordem de Grandeza

Baseia-se na informação do custo do processo completo de plantas já construídas no passado. O custo é ajustado
de acordo com um fator de escala adequado da capacidade e corrigido com a inflação para refletir o custo de
capital.
Diagrama: Diagrama de Blocos

Precisão: ± 30%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 0-2 %
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5.3 Estudo de Estimativa

Usa uma lista dos principais equipamentos do processo, tais como, bombas, compressores e turbinas, colunas e
vasos, fornos e trocadores de calor. Os equipamentos são dimensionados grosseiramente e o custo aproximado é
estimado. O custo de capital é estimado pela soma do custo de todos os equipamentos estimados. Os custos são
obtidos de gráficos generalizados de custos.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Diagrama: PFD
Precisão: ± 30%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 1-15%

5.4 Estimativa Preliminar

Requer um dimensionamento mais preciso dos equipamentos. Inclui também um estudo de layout dos
equipamentos e tubulações, instrumentação e necessidades elétricas. O uso de utilidades também é estimado.
necessita de uma grande equipe.

Diagrama: PFD, P&ID preliminares, esquemas de equipamentos, planta baixa e diagramas de elevação.

Precisão: ± 20%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 30-70%
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5.5 Estimativa Definitiva

Requer a especificação de todos os equipamentos, utilidades, instrumentação, parte elétrica e outras facilidades.

Diagrama: PFD final e P&IDs preliminares, esquemas de equipamentos, planta baixa, diagramas de elevação e
balanço de utilidades.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Precisão: ± 10%
Peters & Timmerhaus, 1991
Definição do Projeto: 50-100%

5.6 Estimativa Detalhada

Requer engenharia completa do processo e utilidades. Deve-se obter a cotação dos equipamentos mais caros
diretamente dos fornecedores. Ao final desta etapa do projeto há informações suficientes para iniciar a
construção da planta.

Diagrama: PFD e P&IDs finais, esquemas de equipamentos, planta baixa, diagramas de elevação, balanço de
utilidades e diagrama isométrico de tubulação e diagramas complementares necessários para a construção da
planta.
Precisão: ± 5% Peters & Timmerhaus, 1991
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5.7 Classificação das Estimativas de Custo de Capital - Sumário


As cinco classificações dadas anteriormente correspondem aproximadamente às cinco classes de estimativas
conforme definidas abaixo. O intervalo de precisão e o custo aproximado para a realização de cada classe de
estimativas são apresentados na Tabela a seguir.
Classe de Nível de Defini- Propósito da Estimativa Precisão Esperada Esforço de
Estimativa ção do Projeto Preparação
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Classe 5 0% a 2% Rastreio ou viabilidade 4 a 20 1


Classe 4 1% a 15% Estudo conceitual ou viabilidade 3 a 12 2a4
Classe 3 10% a 40% Orçamento, autorização 2a6 3 a 10
Classe2 30% a 70% Licitação 1a3 5 a 20
Classe 1 50% a 100% Check ou licitação 1 10 a 100

• A escala de precisão associada a cada classe de estimativa e os custos associados à realização da estimativa
são classificados em relação à classe de estimativa mais precisa (Classe 1).
• Para usar as informações desta Tabela é necessário conhecer a precisão de uma estimativa da Classe 1. Para a
estimativa de custos de uma fábrica de produtos químicos, uma estimativa de Classe 1 (estimativa detalhada)
é tipicamente precisa entre de -4% a +6%. Isso significa que, ao fazer tal estimativa, o custo real da construção
da fábrica provavelmente seria na faixa de 6% maior e 4% menor do que o preço estimado.
• Da mesma forma, o esforço (custo) para se preparar uma estimativa de Classe 5 para um processo químico é
tipicamente na faixa de 0,015% a 0,30% do custo total instalado da planta.
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5.8 Exemplo 1
O custo de capital estimado para uma planta química usando o método de estimativa do estudo (Classe 4) foi
calculado em US $ 2 milhões. Se a planta fosse construída, em que escala você esperaria que a estimativa de capital
real variasse?
Solução:
Para uma estimativa de Classe 4 a Tabela do slide anterior revela que a faixa de precisão esperada é entre 3 e 12
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

vezes a de uma estimativa de Classe 1. Conforme observado no texto, espera-se que uma estimativa de Classe 1
varie de + 6% a -4%. Podemos avaliar os intervalos de custo de capital esperado mais estreitos e mais amplos da
seguinte forma.
Intervalo mais baixo de custo esperado:
Maior valor do custo real da planta  (Us$2,0.106) [1 + (0,06).(3)] = Us$2,36.106
Menor valor do custo real da planta  (Us$2,0.106) [1 - (0,04).(3)] = Us$1,76.106

Intervalo mais alto de custo esperado:


Maior valor do custo real da planta  (Us$ 2,0.106) [1 + (0,06) (12)] = Us$3,44.106
Menor valor do custo real da planta  (Us$ 2,0.106) [1 - (0,04) (12)] = Us$1,04.106

O intervalo real esperado dependeria do nível de definição e esforço do projeto. Se o esforço e a definição estiverem
avançados, então a escala de custo esperada estaria entre Us$1,76 e Us$2,36 milhões. Se o esforço e a definição
estiverem num patamar inicial, então a escala de custo esperada estaria entre Us$1,04 e Us$3,44 milhões.
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5.8 Exemplo 2
Compare os custos para realizar uma estimativa de ordem de grandeza e uma estimativa detalhada para uma planta
que custou Us$5,0.106 para construir.

Solução:
Para a estimativa da ordem de grandeza, o custo da estimativa está na faixa de 0,015% a 0,3% do custo final da
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

planta. Logo:

Maior Valor Esperado  (Us$5,0.106).(0,003) = Us$15.000


Menor Valor Esperado  (Us$5,0.106).(0,00015) = Us$750

Para a estimativa detalhada, o custo da estimativa está na faixa de 10 a 100 vezes a estimativa de ordem de
grandeza. Logo:

Intervalo mais baixo de custo esperado:


Maior Valor Esperado (Us$5,0.106).10.(0,003) = Us$ 150.000
Menor Valor Esperado  (Us$5,0.106).10.(0,00015) = Us$7.500

Intervalo mais alto de custo esperado:


Maior Valor Esperado (Us$5,0.106).100. (0,003) = Us$1.500.000
Menor Valor Esperado  (Us$5,0.106).100.(0.00015) = $ 75.000
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• O custo de se fazer uma estimativa está associado ao número necessário de horas de pessoal para completar a
estimativa. A partir da Tabela e os exemplos anteriores a tendência entre a precisão de uma estimativa e o custo
da estimativa é clara. Se for necessária maior precisão na estimativa de custo de capital, então mais tempo e
dinheiro devem ser gastos na condução da estimativa. Este é o resultado direto do maior detalhe necessário para
as técnicas de estimativa mais precisas.
• Muitos processos ou rotas inicialmente considerados são eliminados antes de quaisquer estimativas detalhadas
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

de custos serem executadas. Duas grandes áreas dominam este processo de triagem. Para continuar o
desenvolvimento do processo, o mesmo deve ser tecnicamente sólido e economicamente atraente.

As séries típicas de estimativas de custos que são comumente realizadas são:

• Estimativas preliminares de viabilidade (ordem de magnitude ou estimativas de estudo) são feitas para comparar
muitas alternativas de processo.
• Estimativas mais precisas (estimativas preliminares ou definitivas) são feitas para os processos mais lucrativos
identificados no estudo de viabilidade.
• Em seguida, são feitas estimativas detalhadas para as alternativas mais promissoras que permanecem após as
estimativas preliminares.
• Com base nos resultados da estimativa detalhada, toma-se a decisão final de ir adiante com a construção de
uma fábrica.
Este capítulo foca nas técnicas “Estimativa Preliminar” e “Estudo da Estimativa” baseadas num PFD. Estas
abordagens fornecerão estimativas na faixa de +40% a -25%. Assume-se aqui que todos os processos considerados
são tecnicamente sólidos e a atenção é focada na estimação econômica dos custos de capital.
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento

Assume-se neste capítulo que temos disponível o PFD incluindo as seguintes informações:

• Balanço material e de energia;

• Os principais equipamentos que compõem o processo;


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

• Materiais de construção (MOC) de cada equipamento;

• Tamanho e capacidade dos equipamentos de acordo com as condições de operação expressas no PFD.

As três formas mais precisas de se estimar o custo de equipamentos são:

 Obter a cotação diretamente dos fornecedores do(s) equipamento(s) desejado(s);

 Basear o custo em aquisições de mesmo equipamento em ocasiões passadas;

 Utilizar gráficos que relacionam o custo com alguma propriedade do equipamento (Summary Graphs).
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.1 Efeito da capacidade no custo de aquisição do equipamento

n Em que:
Ca  Aa 
  A : atributo de custo do equipamento (Normalmente a capacidade)
Cb  Ab  C : custo de aquisição do equipamento
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

N : expoente de custo

Índices:
a : refere-se ao equipamento com o atributo desejado
b : refere-se ao equipamento tomado como base (referência)

Tipo de Equipamento Capacidade Unidade Expoente de Custo


Compressor recíproco com motor 0,75 – 1.490 kW 0,84
Trocador de calor casco e tubo (aço carbono) 1,9 – 1.860 m2 0,59
Tanque vertical de aço carbono 0,4 – 76 m3 0,30
Soprador centrífugo 0,24 – 71 m3/s 0,60
Caldeira com jaqueta e com tubulação de vidro 0,2 – 3,8 m3 0,48
Média 0,56

Regra do Seis – Décimos (Six-Tenth Rule)  nn==0,6


0,6
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.1 Efeito da capacidade no custo de aquisição do equipamento
Determinação do expoente de custo “n”: Custo de um Soprador Centrífugo x Capacidade

n
Ca  Aa 
  Ca  KAan
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Cb  Ab 

log Ca  n log Aa  log K

Reta log(Ca) versus log(Aa)


cuja inclinação é o expoente
de custo “n”.

Cb
Em que  K  n
Ab
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.1 Efeito da capacidade no custo de aquisição do equipamento - Exemplo
Estimar o aumento percentual do custo de aquisição de um equipamento utilizando a “Regra dos Seis-Décimos”
quando sua capacidade é dobrada.

n 0 ,6
Ca  A a  Ca  2Ab 
Estimativa de Custos de

C C 1,52Cb  Cb
Capital de Investimento

     1,52 Aumento (%)  a b  100%   100%


Cb  Ab  Cb  Ab  Cb Cb
Quanto maior o equipamento menor o custo por unidade de
Aumento (%)  52% (Economia de escala)
capacidade.

Uma outra maneira de pensar na economia de escala é considerando a compra do equipamento por unidade de
capacidade.
Ca  Ca 
Ca  KAna Ca  KAna1Aa  KAna1 log   log(K)  (n  1)Aa
Aa  Aa 

(n – 1) < 0, visto que n < 1


O custo por unidade de capacidade diminui com o aumento da capacidade!!!
(Economia de escala)
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5.9.1 Efeito da capacidade no custo de aquisição do equipamento - Economia de Escala
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.1 Efeito da capacidade no custo de aquisição do equipamento - Cautela ao Usar a Regra dos Seis Décimos
Exemplo: Compare o erro cometido no custo de aquisição de um compressor recíproco em que o fator de
capacidade amentou 5 vezes, utilizando a Regra dos Seis-Décimos e o expoente de custo real (n = 0,84).
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

n 0,6
Ca  Aa  Ca  5Ab 
    2, 63
Cb  Ab 
Regra dos Seis Décimos
Cb  Ab 
0,84
Ca  5Ab 
  3, 86 Real
Cb  Ab 

3,86  2,63
Erro (%)   100%  32%
3,86
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.2 Custo de Compra à partir de Tabelas/Gráficos – Apêndice A do Livro Texto

Dados de custo de equipamentos estão disponibilizados para uma variedade de equipamentos comuns de
processamento de gás/líquido no Apêndice A. Esses dados foram compilados em 2001 a partir de informações
obtidas dos fabricantes e também do software R-Books comercializado pela Richardson Engineering Services[1].
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

O objetivo deste apêndice é apresentar as equações e os números que descrevem as relações utilizadas no
programa CAPCOST que estima custo de capital de equipamentos. O programa é baseado na abordagem do fator
de módulo para cálculo de custos que foi originalmente introduzido por Guthrie [2,3] e modificado por Ulrich[4] (será
visto nas próximas seções).
Os custos dos equipamentos foram compilados na chamada “condição base” onde os equipametos são construídos
em aço carbono e para operar na pressão ambiente.
O método pelo qual os impactos dos fatores “material” e “pressão” são contabilizados dependerá do tipo de
equipamento e estes serão abordados nas seções posteriores.
Este procedimento para estimar o custo total de cada equipamento já foi realizado para um grande número de
equipamentos e os resultados estão no Apêndice A do nosso livro texto. (Favor estudar este apêndice).
___________________________________________________________________________________________________________

[1]
. R-Books Software, Richardson Engineering Services, Inc., 2001.
[2]
. Guthrie, K. M., Data and Techniques for Preliminary Capital Cost Estimating, Chem. Eng., March 24, 1969, 114–142.
[3]
. Guthrie, K. M., Process Plant Estimating Evaluation and Control (Solana Beach, CA: Craftsman Book Co., 1974).
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


5.9.2 Custo de Compra à partir de Tabelas/Gráficos – Apêndice A do Livro Texto
log10 C  K1  K 2 log10 A   K 3  log10 A 
0 2
p
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5.9.2 Custo de Compra à partir de Tabelas/Gráficos – Apêndice A do Livro Texto
Todos os dados referentes ao custo de aquisição de equipamento das referências citadas no slide anterior foram
obtidos a partir de um levantamento de fabricantes de equipamentos durante o período de maio a setembro de
2001, portanto, um valor médio do CEPCI de 397 durante este período deve ser usado para contabilizar a inflação.
Equipamentos de processo adicionais foram incluídos:
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Capital de Investimento

• Transportadores • Cristalizadores • Secadores • Coletores de poeira


• Filtros • Misturadores • Reatores • Telas
Os custos de aquisição destes tipos de equipamento foram obtidos em 2003, mas os custos aqui apresentados foram
normalizados em 2001. Para estes novos equipamentos, não foram disponibilizados fatores de módulo, nem fatores
de pressão ou de materiais de construção. Essas unidades são geralmente compradas num “Pacote” e a instalação na
planta não é cara. Os fatores de módulo para essas unidades são considerados os fatores de instalação de campo
dados por Guthrie[2,3]. Os dados para o custo de aquisição de equipamentos, à pressão de operação ambiente e
usando construção de aço carbono, foram ajustados à seguinte equação:
log10 (Cp0 )  K1  K2 log10 (A)  K3[log10 (A)]2
Em que “A” é o parâmetro de capacidade ou tamanho do equipamento. Os dados para K 1, K2 e K3, juntamente com os
valores máximo e mínimo utilizados na correlação, são dados nas Tabelas a seguir. Estes dados também são
apresentados na forma de gráficos nas Figuras subsequentes. Deve notar-se que nestas Figuras os dados são traçados
como uma função do atributo de tamanho (“A”). Esta forma do gráfico ilustra claramente a diminuição do custo do
equipamento por unidade de capacidade à medida que o tamanho do equipamento aumenta (economia de escala).
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5.9.2 Custo de Compra à partir de Tabelas/Gráficos – Apêndice A do Livro Texto Condições Base
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


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5.9 Estimativa de Custos de Aquisição de Equipamento


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5.10 Efeito do Tempo


Para se usar os dados de custo coletados no passado para prever o custo de um equipamento no presente é preciso
atualizar o preço levando em consideração a inflação.
Variação de Alguns Índices ao longo de 15 Anos
 I2 
C2  C1  
I 
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

1
Em que:
C : Custo de compra.
I1 : Índice de custo no tempo em
que o custo é conhecido.
I2 : Índice de custo no tempo em
que o custo é desejado.

Existem vários índices de custo utilizados


pela indústria química para ajustar os
efeitos da inflação. Estes índices de custo
são mostrados na Figura 7 ao lado.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 49

5.10 Efeito do Tempo


Ano Marshall e Swift CEPCI
Todos os índices da Figura anterior mostram tendências inflacionárias 1991 931 361
semelhantes com o tempo.
1992 943 358
Os índices mais geralmente aceitos na indústria química e relatados na 1993 964 359
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

última página de cada edição da Chemical Engineering (Essentials for the 1994 993 368
CPI Professionals - http://www.chemengonline.com/) são o Marshall e 1995 1028 381
Swift Equipment Cost Index eo Chemical Engineering Plant Cost Index.
1996 1039 382

A Tabela ao lado fornece valores tanto para o Marshall and Swift 1997 1057 387
Equipment Cost Index e para o Chemical Engineering Plant Cost Index 1998 1062 390
(CEPCI) de 1991 a 2006. 1999 1068 391
2000 1089 394
Salvo indicação em contrário, o Índice de Custo da Fábrica de Engenharia
2001 1094 394
Química (CEPCI) será utilizado neste texto para contabilizar a inflação.
2002 1104 396
2003 1124 402
2004 1179 444
2005 1245 468
2006 1302 500
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 50

5.10 Efeito do Tempo

Índice de Custo da Fábrica de Engenharia Química (CEPCI) é um índice composto e os itens que estão incluídos no
índice estão listados na Tabela abaixo. Uma comparação entre estes dois índices será dada no Exemplo a seguir.

Componentes da Cesta do Índice CEPCI


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Componentes do Índice Peso dos componentes (%)


Equipamentos, Maquinário e Suportes:
a) Equipamentos fabricados; 37
b) Maquinários de processo; 14
c) Tubulação, válvulas e conexões; 20
d) Instrumentação e controle; 7
e) Bombas e compressores; 7
f) Equipamentos elétricos e materiais; 5
g) Estruturas de suporte, isolamento e pintura. 10
100 61
Mão de obra de construção e instalação 22
Prédios, materiais e mão de obra 7
Engenharia e supervisão 10
Total 100%
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 51

5.10 Efeito do Tempo


Exemplo:
O custo de compra de um trocador de calor de 500 m2 de área em 1992 era de $25.000. Estime o custo do mesmo
equipamento em 2006 usando os dois índices da tabela anterior.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

 I2   1302 
C2  C1   C2  25.000    34.518
I  1
 943 
Marshal e Swift

 500 
C2  25.000    34.916
 358 
CEPCI

(34.916 - 34.518)
Diferença em relação à média (%)   100%  1,1%
 34.916234.518 
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 52

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta


O custo de capital para uma fábrica de produtos químicos deve levar em consideração muitos outros custos além
do custo de aquisição do equipamento. Como uma analogia, considere os custos associados com a construção de
uma nova casa.
“O custo de aquisição de todos os materiais que são necessários para construir uma casa não representa o custo da
casa. O custo final reflete o custo de propriedade, o custo de entrega de materiais (frete), o custo de construção
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

(mão-de-obra), o custo da ligação de água, luz, esgoto e assim por diante.”


Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.
Fator associado com a instalação do
Símbolo
equipamento Comentário
1. Despesas Diretas do Projeto

CP Custo de compra do equipamento no site do


a. Custo do Equipamento
construtor do equipamento (FOB).
Inclui toda tubulação, isolamento, equipamento
b. Materiais necessários para a CM contra incêndio, fundação e estrutura de suporte,
instalação instrumentação e recursos elétricos, pintura
associada a equipamentos.

Inclui toda mão de obra associada com a instalação


c. Mão de obra para instalação de CL de equipamento e materiais mencionados nos itens
equipamentos e materiais
(a) e (b).
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 53

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta

Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.

Fator associado com a instalação do Símbolo


equipamento Comentário
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

2. Despesas Indiretas do Projeto


Inclui todos os custos de transporte com equipamento
a. Frete, seguro e impostos CFIT e materiais até a planta, seguro dos itens
transportados e impostos aplicáveis.
Inclui toda despesa com benefícios tais como férias,
CO licença médica, aposentadoria, etc; seguridade social,
b. Despesas gerais de construção
seguro desemprego, etc; salários e despesas gerais
relacionadas a pessoal de supervisão.
CE Inclui salários e despesas de engenharia, projeto e
c. Despesas com engenharia
gerenciamento de pessoal trabalhando no projeto.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 54

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta

Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.

Fator associado com a instalação do Símbolo


Estimativa de Custos de

equipamento Comentário
Capital de Investimento

3. Contingência e Taxas
Um fator para cobrir circunstâncias não previstas.
CCont Pode incluir atrasos devido a intempéries, pequenas
a. Contingência
mudanças de projeto e aumento não previsto de
preços .
CFee Varia dependendo do tipo de planta e uma série de
b. Taxas de empreiteiro
outros fatores.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 55

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta

Fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos.
Fator associado com a instalação do
equipamento Símbolo Comentário
4. Facilidades auxiliares
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Inclui a compra da terra, terraplenagem, infra-


CSite estrutura elétrica, água, sistema de esgoto,
a. Área da planta
construção de ruas internas à planta, calçadas e
estacionamentos.
CAux Inclui os escritórios administrativos, oficinas de
b. Outras facilidades manutenção, refeitórios, vestiários, posto médico,
etc.
Inclui armazenagem de matéria prima e produtos
finais assim como facilidades de carregamento e
descarregamento dos mesmos, todos os
COff equipamentos necessários para fornecer utilidades
c. Utilidades
(água de resfriamento, geração de vapor, etc);
facilidade central de controle ambiental (estação de
tratamento de esgoto, incinerador, flare, etc);
sistemas de proteção a incêndio.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 56

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta

Os procedimentos para estimar o custo total de capital de uma planta química serão descritos nas próximas seções.

Entretanto, quando se tem o custo de uma planta similar a que se pretende construir mas de capacidade diferente,
pode-se utilizar a equação do efeito de capacidade para gerar uma estimativa (scale-up ou scale-down).
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

A regra de seis décimos é mais precisa nesta aplicação do que é para estimar o custo de uma única peça de
equipamento.

O aumento da precisão resulta do fato de que são necessárias unidades múltiplas em uma planta de
processamento.

Algumas das unidades de processo terão coeficientes de custo (“n”) inferiores a 0,6. Para este equipamento, a regra
dos seis décimos superestima os custos dessas unidades.

De forma semelhante, os custos para unidades de processo com coeficientes superiores a 0,6 são subestimados.
Quando a soma dos custos é determinada, essas diferenças tendem a se cancelar mutuamente.

Ainda, se o valor de referência for no passado, este deve ser corrigido com a inflação pela equação do efeito do
tempo com o uso de algum índice de custo adequado (CEPCI é indicado para a indústria de processo)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 57

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta

Você pode estar familiarizado com o índice de preços ao consumidor divulgado pelo governo. Ele representa um
índice de custo composto que reflete o efeito da inflação sobre o custo de vida. Este índice considera a mudança de
custo de uma "cesta" de mercadorias composta de itens usados por um cidadão típico ("médio“). Por exemplo, o
preço da habitação, o custo dos alimentos básicos, o custo de vestuário e transporte e assim por diante. Esses
Estimativa de Custos de

preços são incluídos e ponderados adequadamente para dar um único número que reflete o custo médio desses
Capital de Investimento

bens. Ao comparar este número ao longo do tempo é possível obter uma indicação da taxa de inflação, uma vez
que afeta o cidadão típico (pessoa média).

De forma semelhante, o CEPCI representa uma "cesta" de itens diretamente relacionados aos custos associados à
construção de fábricas de produtos químicos. A Tabela “Componentes da Cesta do Índice CEPCI” apresentada
anteriormente mostra uma “dissecação” dos itens incluídos neste índice. O índice está diretamente relacionado ao
efeito da inflação sobre o custo de uma planta química "média", como mostrado no Exemplo a seguir.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 58

5.11 Estimativa do Custo de Capital Total de uma Planta


Exemplo:
O custo de capital de uma planta de isopropanol com capacidade para produzir 30.000 toneladas/ano foi estimado
em $23 milhões em 1992. Estime o custo de capital de uma nova planta com a taxa de produção de 50.000
toneladas/ano em 2006 (use CEPCI).
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Custo (2006) = Custo (1992) x (Correção da Capacidade) x (Correção da Inflação)

0,6
 Aa   I 2006 
Custo (2006)  23.000.000 
 A  b
 I 
1992

0,6
 50.000   500 
Custo (2006)  23.000.000    43.644.000
 30.000  
358
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 59

5.12 A Técnica do Fator de Lang


É uma técnica simples para estimar o custo de capital de uma fábrica química devido a Lang (1947). O custo
determinado a partir do Factor de Lang representa o custo para construir uma expansão de uma planta química
existente. O custo total é determinado pela multiplicação do custo total de aquisição dos principais equipamentos
por uma constante. Os principais itens de equipamento são os mostrados no diagrama de fluxo do processo (PFD).
O multiplicador constante é chamado de Fator de Lang. Os valores para os fatores de Lang (F Lang) são dados na
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Tabela a seguir. n
Tipo de planta química Fator de Lang (FLang) C F
TM Lang  p ,i C
Planta de processamento de Fluidos 4,74 Em que: i1
Planta de processamento Sólido-Fluido 3,63 CTM : é o custo de capital da planta.
Cp,i : é o custo dos principais equipamentos.
Planta de processamento de Sólidos 3,10
N : é o número total de unidades individuais.
FLang : é o Factor de Lang (da Tabela ao lado).

Plantas que processam apenas fluidos têm o maior Fator de Lang (4,74) e as plantas que processam apenas
sólidos têm o menor Fator de Lang (3,10). Combinação de sistemas fluidos e sólidos tem F Lang entre estes dois
valores. Quanto maior o Fator de Lang menos os custos de aquisição contribuem para os custos da planta. Em
todos os casos, o custo de aquisição do equipamento é inferior a um terço do custo de capital da planta. A
utilização do Factor de Lang é ilustrado seguir.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 60

5.12 A Técnica do Fator de Lang


Exemplo:

Determine o custo de capital para uma expansão de uma usina de processamento de fluidos que teve um custo
total de aquisição de equipamentos $6.800.000.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

n
C TM  FLang  Cp ,i CTM = ($6.800.000) (4,74) = $32.232.000
i1
Esta técnica de estimativa é insensível às mudanças na configuração do processo, especialmente entre processos
nas mesmas categorias amplas mostradas na Tabela abaixo. Não pode explicar com precisão os problemas comuns
de materiais especiais de construção e altas pressões de operação. Estão disponíveis várias técnicas alternativas.
Todos requerem cálculos mais detalhados usando informações de preço específicas para cada unidade ou
equipamento.
Tipo de planta química Fator de Lang (FLang)
Planta de processamento de Fluidos 4,74
Planta de processamento Sólido-Fluido 3,63
Planta de processamento de Sólidos 3,10
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 61

5.13 Técnica de Cálculo do Custo do Módulo de Equipamentos


A técnica de cálculo de custos do módulo de equipamentos é uma técnica comum para estimar o custo de uma
planta química nova. É geralmente aceita como o melhor método para fazer estimativas preliminares de custos.
Esta abordagem, introduzida por Guthrie (1969) no final dos anos 60 e início dos anos 70, constitui a base de
muitas das técnicas de custo de módulo de equipamento em uso hoje. Esta técnica de cálculo de custos relaciona
todos os custos com o custo de aquisição do equipamento avaliado para algumas condições de base ou referência.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Os desvios dessas condições de base são manipulados usando fatores de multiplicação que dependem:
1. Do tipo específico de equipamento
2. Da pressão específica do sistema
3. Dos materiais específicos de construção
A equação abaixo é usada para calcular o custo do módulo sem acessórios para cada equipamento. O custo do
módulo é a soma dos custos diretos e indiretos mostrados na Tabela de fatores que afetam os custos associados à
avaliação do custo de capital das fábricas de produtos químicos, mostrada anteriormente.

CBM : custo do módulo (custos diretos e indiretos para cada unidade)


FBM : fator de custo do módulo (fator de multiplicação para considerar os itens na Tabela de
CBM  Cp0FBM fatores que afetam os custos associados à avaliação do custo de capital mais os materiais
específicos de construção e de pressão de operação).
Cp0 : custo de aquisição nas condições de base (equipamento fabricado com o material mais
comum, geralmente aço carbono e operando a pressões próximas da atmosférica).
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 62

5.13 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base


O custo do módulo de equipamentos representa a soma das despesas diretas e indiretas do projeto, contingência e
taxas e as facilidades auxiliares, conforme mostrado nas tabelas dos slides 52 ao 56. As condições especificadas para
o caso base são: 1. Despesas Diretas do Projeto
Custo do Equipamento, materiais
necessários para a instalação, mão de
1. Unidade fabricada a partir do material mais comum, geralmente aço carbono (CS). obra para instalação de equipamentos
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

e materiais.
2. Despesas Indiretas do Projeto
2. Unidade operada a uma pressão próxima da ambiente. Frete, seguro e impostos, despesas
gerais de construção, despesas com
engenharia.
0
C BM  C p0 FBM
0
3. Contingência e Taxas
Contingência, taxas de empreiteiro.
4. Facilidades auxiliares
Área da planta, outras facilidades,
utilidades.
A equação acima é usada para obter o custo do módulo para as condições de base. Para essas condições base, o
índice zero (0) é adicionado ao fator de custo do módulo e ao custo do equipamento do módulo. Assim e referem-
se às condições de base.

A Tabela a seguir complementa as Tabelas dos slides 52 ao 56 e fornece as relações e equações para os custos
diretos, indiretos, de contingência e de comissões com base no custo de aquisição do equipamento. Estas equações
são usadas para avaliar o fator de módulo. As entradas desta Tabela estão descritas na página 202 do nosso livro
texto.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 63

5.13.1 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base


Fator Equação Básica Fator Multiplicador de Cp0
1. Direto
Lista osa.fatores dados
Equipamento Cp0 = Cp0 1 Para cada fator o custo está
na Tabela dos slides relacionado ao custo de
b. Materiais CM = αMCp0 α
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

21 ao 24. Equações usadas para avaliar M aquisição por uma equação do


c. Mão de obra cada
CL = αum 0 dos
L(Cp + CM)
custos. Estas(1 + αM)αL forma: CXX = Cp0 f(a i,j,k...)
equações 0 introduzem fatores de
Total Direto CDE = Cp + CM + CL (1 + αM)(1 + αL)
custo de multiplicação, αi. Cada
2. Indireto item de custo, além do custo de
a. Frete, etc. aquisição
CFIT = αFIT(Cpdo
0
+ CM)equipamento,(1 + αM)αFIT
introduz um fator separado.
b. Despesas gerais CO = αOCL (1 + αM)αLαO
c. Engenharia CE = αE(Cp0 + CM) (1 + αM)αE
Total Indireto CIDE = CFIT + CO + CE (1 + αM)(αFIT + αLαO + αE)
Custo do Módulo CBM0 = CDE + CIDE (1 + αM)(1 + αL + αFIT + αLαO + αE)
3. Contingência e Taxas
a. Contingência CCont = αContCBM0 (1 + αM)(1 + αL + αFIT + αLαO + αE)αCont
b. Empreiteiro CFee = αFeeCBM0 (1 + αM)(1 + αL + αFIT + αLαO + αE)αFee
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 64

5.13.1 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base


A partir da Tabela e Equações anteriores, pode-se observar que o fator de módulo é dado por:

Os valores para os fatores de multiplicação do custo do módulo variam entre os módulos de equipamento. Os
cálculos para o fator de módulo e o custo de módulo para um trocador de calor de aço carbono são dados no
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Exemplo abaixo.

Exemplo:
O preço de compra de um trocador de calor de tubos múltiplos, feito de aço carbono e operando nas condições
ambientais é de $10.000. Determine os multiplicadores da tabela anterior, o fator do custo do módulo e o custo do
módulo. Para um trocador de calor, Guthrie fornece a seguinte informação de custo:
Item % do custo de compra
Equipamento 100,0
Materiais 71,4
Mão de obra 63,0
Frete 8,0
Despesas gerais 63,4
Engenharia 23,3
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 65

5.13.1 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base


Solução:
Item % custo Multiplicador Valor do Multiplicador
Equipamento 100,0 1
Materiais 71,4 αM 0,714
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Mão de obra 63,0 αL 0,63/(1+0,714) = 0,368


Frete 8,0 αFIT 0,08/(1+0,714) = 0,047
Despesas gerais 63,4 αO 0,634/(0,368x(1+0,714)) = 1,005
Engenharia 23,3 αE 0,233/(1+0,714)=0,136

Fator do custo do módulo: FBM  1   L   FIT   L O   E 1   M 


0

0
FBM  1  0, 368  0, 047  1, 005 0, 368   0,136 1  0, 714   3, 291

Custo do módulo:
0
C BM  FBM
0
C p0
0
C BM  3, 291$10.000   32.910
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 66

5.13.2 O Fator de Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base para Trocadores de Calor, Vasos e Bombas
Para os equipamentos Trocador de Calor, Vasos e Bombas, o fator de custo para o módulo é correlacionado com dois
parâmetros (B1 e B2) ajustados experimentalmente e mostrados na tabela abaixo:
0
FBM  B1  Fp FM B2
Em que:
F0BM : Fator de custo do módulo de equipamento na condição base.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

B1 e B 2 : Parâmetros ajustados para trocadores de calor, vasos e bombas.


FP : Fator de pressão. Por enquanto FP =1 (condição base).
FM :Fator de material. Por enquanto FM =1 (condição base).
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 67

5.13.2 O Fator de Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Base para Trocadores de Calor, Vasos e Bombas
Exemplo:
O preço de compra de um trocador de calor de múltiplos tubos feito de aço carbono operando nas condições
ambientais é de $10.000. Determine o custo do módulo para as condições ambientais.

Para o trocador de calor múltiplos tubos:


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Tabela anterior  B1 = 1,74 e B2 = 1,55

0
FBM  B1  Fp FM B2  1, 74  1, 55  3, 29

Como:
0
C BM  FBM
0
C p0

0
Logo, o custo do módulo é: CBM  3,29  $10.000  $32.900
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 68

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base

As condições não base são:

• Unidade fabricada de material diferente de aço carbono.


• Unidade operada nas condições diferentes da ambiente.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

C BM  C p0 FBM

Em que: FBM  B1  Fp FM B2

sendo Fp > 1 e FM >1 os fatores de correção de pressão e material, respectivamente.


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 69

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material

Para trocadores de calor, vasos


e bombas o fator de correção
do material (FM) foi determina-
do experimentalmente e apre-
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

sentado numa forma gráfica.


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 70

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 71

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção do Material
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
(humberto@ufu.br)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 72

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Os custos de equipamento aumentam com o aumento da pressão de operação. Nesta seção, o método de
contabilização do efeito da pressão de operação dos equipamentos é executada através do uso de “fatores de
pressão”.
Fator de Pressão para Vasos de Pressão
O fator de pressão para vasos de processo horizontal e vertical (pressurizados) de diâmetro “D” metros e que
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

funcionam a uma pressão de “P” em [barg], baseia-se no código ASME para a concepção de vasos sob pressão. Nas
condições base para o material (aço carbono), pode-se usar a seguinte expressão:

1 para t  t min , P  0, 5barg


P  1D  CA
Fp, Vaso 2SE  1, 2 P  1
 para t  t min , P  0, 5barg
t min
 1, 25 para P  0, 5barg
Em que:
D = diâmetro do vaso (m); S = máximo stress (bar);
P = pressão manométrica (barg); E = eficiência de solda
t = espessura da parede do vaso (m). CA = corrosão permitida (m)
tmin = 6,3 mm
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 73

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fator de Pressão para Vasos de Pressão
Nas condições de material base, aço carbono, utilizando uma tensão máxima admissível para o aço carbono (S) de 944
bar, uma eficiência de soldagem (E) de 0,9, uma espessura de vaso mínima (t) admissível de 0,0063 m (1/4 de polegada)
e uma tolerância de corrosão (CA) de 0,00315 m (1/8 de polegada), pode-se usar a seguinte expressão:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

P  1D  0, 00315
2  850  0, 6 P  1
Fp  para t  0, 0063 m
0, 0063

Se FP do vaso for menor que 1 (o que correspondente a um t vaso <0,0063 m) então o FP do vaso deve ser considerado
igual a 1 (FP = 1) .

Para pressões inferiores a 0,5 barg, o FP do vaso deve ser considerado igual a 1,25 (FP = 1,25).

Deve-se notar que a Equação acima é estritamente verdadeira para o caso em que a espessura da parede do vaso é
menor que ¼ D, em que “D” é o diâmetro do vaso. Para vasos na faixa de D = 0,3 a 4,0 m, isto ocorre a pressões de
aproximadamente 320 barg.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 74

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
O fator de pressão (FP) para os demais equipamento de processo são dados pela seguinte forma geral:

2
log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

A unidade de pressão (P) é barg (1 bar = 0,0 barg) a menos que de outra forma indicado.

Os fatores de pressão são sempre maiores que a unidade. Os valores das constantes na Equação acima para
diferentes equipamentos são dados na Tabela a seguir e também são mostrados os intervalos de pressão sobre os
quais as correlações são válidas.

Os valores das constantes constantes dessa Tabela foram regredidos a partir dos dados de Guthrie e Ulrich. A
extrapolação fora deste intervalo de pressão deve ser feita com extrema cautela. Alguns equipamentos não têm
classificações de pressão e, portanto, têm valores de C1 a C3 iguais a zero.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 75

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2
Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich)
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 76

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo
log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2
Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 77

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base – Fator de Correção da Pressão
Fatores de Pressão para Outros Equipamentos de Processo

log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Fatores de Pressão para Equipamentos de Processo (Correlacionados a partir de Dados em Guthrie e Ulrich)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 78

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Exemplo:
Determine o custo de um módulo de um trocador de calor de cabeça flutuante com uma área de troca térmica de
100 m2 no fim de 2006. A pressão de operação no casco e nos tubos é de 1 bar e o material de construção é aço
carbono.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Solução:

C BM  C p0 FBM  FBM  B1  Fp FM B2 
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.

FM = 1, visto que o TC é construído de aço carbono

FP = 1, visto que o TC opera a P atmosférica


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 79

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Cálculo de CP0:

Cp0 = $250x100
= $25.000
(Condição Base)
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 80

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Cálculo de CP0: log10 (Cp0 )  K1  K2 log10 (A)  K3[log10 (A)]2
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Da Tabela acima  K1 = 4,8306, K2 = -0,8509 e K3 = 0,3187

log10 (Cp0 )  4 ,8306  0,8509log10 (100)  0,3187[log10 (100)]2  CP0 = $25.327,95


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 81

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Cálculo de FBM: FBM  (B1  B2FMFP )  FBM  (B1  B2  1  1)
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Em 2001!!!

0
F
Da Tabela acima  B1 = 1,63 e B2 = 1,66  BM  (1,63  1,66  1  1)  3,29  CBM  CP FBM  $25.000  3,29  $82.300

I    500  CBM(2006)  $103.590


CBM(2006)  CBM(2001) 2006  C
 BM (2006) $82.300  
 I2001   394 
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 82

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Exemplo:
Determine o custo de um módulo de um trocador de calor de cabeça flutuante com uma área de troca térmica de
100 m2 no fim de 2006. A pressão de operação no casco e nos tubos é de 100 barg e o material de construção é aço
carbono.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Solução:

C BM  C p0 FBM  FBM  B1  Fp FM B2 
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.

FM = 1, visto que o TC é construído de aço carbono

FP > 1, visto que o TC opera a P > atmosférica


log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 83

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Da Tabela acima  C1 = 0,03881, C2 = -0,11272, C3 = 0,08183  log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2

log10 Fp  0, 03881  0,11272 log10 100   0, 081183  log10 100   log10 Fp  0,1407  F  10 0,1407  1, 383
2

p
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 84

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Solução (Cont.):

Trocador de cabeça flutuante:

FBM  B1  Fp FM B2  1, 63  1, 66 1, 3831  3, 926


B1 = 1,63
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

B2 = 1,66

Logo:
C BM  FBM C p0

C BM 2001  3, 926 $25.000   $98.144

CBM(2006)  $98.144
500  CBM(2006)  $123.590
 
 394 
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 85

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Exemplo:
Determine o custo de um módulo de um trocador de calor de cabeça flutuante com uma área de troca térmica de
100 m2 no fim de 2006. A pressão de operação no casco e nos tubos é de 100 barg e o material de construção do
casco e tubo é de aço inoxidável.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Solução:

C BM  C p0 FBM  FBM  B1  Fp FM B2 
Fp e FM os fatores de correção de pressão e material,
respectivamente.

FM > 1, visto que o TC é construído de aço inoxidável

FP > 1, visto que o TC opera a P > atmosférica


log10 (Fp )  C1  C2 log10 (P)  C3[log10 (P)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 86

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Cálculo de FM:
Estimativa de Custos de
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 87

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

2,8
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 88

5.13.3 Técnica do Custo do Módulo de Equipamentos nas Condições Não Base


Solução:

Trocador de cabeça flutuante:

B1 = 1,63
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

B2 = 1,66
Fp = 1,383  obtido no exercício anterior
FM = 2,8  calculado

Então:

FBM  B1  Fp FM B2  1, 63  1, 66 1, 3832, 8   8, 06

C BM  FBM C p0
C BM 2001  8, 06 $25.000   $201.454


CBM(2006)  $201.454
500 
 CBM(2006)  $253.721
 394 
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 89

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos

Para outros equipamentos não listados nas Tabelas anteriores o custo do módulo estão relacionados aos fatores de
material e fatores de pressão por equações diferentes da Equação apresentada anteriormente, isto é:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

CBM = CP0FBM = CP0(B1+B2FMFP)

A forma dessas Equações é dada na Tabela a seguir. Os fatores de módulo que correspondem às Equações desta
Tabela são dados na Figura, também a seguir, usando os números de identificação listados nas Tabelas
subsequentes.

Os dados utilizados para se construir esta Figura foram compilados a partir de valores médios tirados de Guthrie,
Ulrich, Navarrete, Perry et al. e Peters e Timmerhaus.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 90

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 91

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 92

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Estimativa de Custos de
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 93

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 94

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Estimativa de Custos de
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 95

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Fatores de Módulo para Transportadores, Cristalizadores, Secadores, Coletores de Poeira, Filtros, Misturadores, Reatores
e Peneiras. São equipamentos em que os Fatores de Módulo independem do material e pressão.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

(Cont.)
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 96

5.13.4 Custo do Módulo e Fatores de Material para Outros Equipamentos


Fatores de Módulo para Transportadores, Cristalizadores, Secadores, Coletores de Poeira, Filtros, Misturadores, Reatores
e Peneiras. São equipamentos em que os Fatores de Módulo independem do material e pressão.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 97

5.14 Exemplo
Encontre o custo do módulo de um trocador de calor de casco e tubo com uma área de transferência de calor de 100
m2 para os seguintes casos:

1. A pressão de operação do equipamento é de 1 barg tanto no lado do casco como no lado dos tubos e o MOC do
casco e dos tubos é aço inoxidável.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

2. A pressão de operação do equipamento é de 100 barg nos lados do casco e dos tubos e o MOC do casco e dos tubos
é aço inoxidável.

Solução:
 500 
Do exemplo anterior: CBM(2001)  $25.000  CBM (2006)  $25.000   CBM(2006)  $31.490
 397 
1. P = 1 barg  FP = 1 e FM = 2,73 (TC casco e tubo em SS, N. Identificação = 5
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 98

5.14 Exemplo

CBM(2006)  CP0 (B1  B2FPFM) 2,73

CBM(2006)  $31.490(1,63  1,66  1  2,73)


CBM (2006)  $194.000
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

2. P = 100 barg  FP = 1,383 (exemplo anterior) e FM = 2,73 (item n. 1)

CBM(2006)  CP0 (B1  B2FPFM)  CBM(2006)  $31.490(1,63  1,66  1,383  2,73)


CBM(2006)  $248.600
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 99

5.15 Exemplo
Encontre o custo do módulo em 2006 de uma torre de aço inoxidável de 3 m de diâmetro e 30 m de altura. A torre tem
40 pratos perfurados em aço inoxidável (stainless steel sieve trays) e opera a 20 barg.

Solução:
Os custos da torre e dos pratos são calculados separadamente e depois somados para obter o custo do equipamento.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Para a torre:
a. Volume = πD2L/4 = (3.14159)(3)2(30)/4 = 212,1 m3 log10 (Cp0 )  K1  K2 log10 (A)  K3[log10 (A)]2
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 100

5.15 Exemplo

FBM = 2,25 + 1,82 FMFP

Para Vasos de pressão com P = 20 barg e D = 3 m:


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 101

5.15 Exemplo
Fator de material para vasos de pressão:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

3,11
FBM = 2,25 + 1,82 FMFP

FBM = 2,25 + 1,82(6,47)(3,11) =


38,87

CBM(2006) = (166.880)(38,87) =
$6.486.000

Somente a coluna (falta os pratos)


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 102

5.15 Exemplo
Para os pratos: log10 (Cp0 )  K1  K2 log10 (A)  K3[log10 (A)]2
a. Área = πD2/4 = 7,0686 m2

Para pratos de colunas CBM é dado


pela Equação:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

CBM = CP0NFBMFq
N = 40
Fq = 1,0 (N > 20)

Para pratos em SS o n. id. é 61 e


FBM = 1,83. Logo:

CBM,trays(2006) = ($5,756)(40)(1,83)(1,0)
CBM,trays(2006) = $421.300

Finalmente, para a torre+pratos:


CBM,tower+trays(2006) = $6.486.000+$421.300
CBM,tower+trays(2006) = $6.908.300
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 103

5.16 Custo TOTAL do Módulo de Equipamentos e o Custo de uma Planta Nova (Grass Root Cost)
O termo ”grass roots” refere-se a uma instalação completamente nova em que começamos a construção sobre um
terreno vazio (como um campo de grama). O termo custo de total do módulo refere-se ao custo de fazer expansões
ou alterações de pequenas dimensões em uma instalação existente.

Para estimar esses custos é necessário considerar outros custos além dos custos diretos e indiretos. Estes custos
Estimativa de Custos de

adicionais foram apresentados em Tabela anteriores e podem essencialmente ser divididos em dois grupos, a saber:
Capital de Investimento

Grupo 1: Custos de contingência e de honorários. O custo de contingência varia dependendo da confiabilidade dos
dados de custo e da integridade do fluxograma do processo disponível. Este fator é incluído na avaliação do custo
como uma proteção contra negligências e informações imprecisas. Salvo indicação em contrário, são assumidos
valores de 15% e 3% do custo do módulo para custos de contingência e taxas, respectivamente. Estes são
apropriados para sistemas que são bem compreendidos. Adicionar esses custos ao custo do módulo fornece o custo
total do módulo. O Custo Total do módulo representa:

Custo de todos os módulos + Custos de Contingência e Taxas (~18%)

n n n
C TM   CBM,i  0,18  CBM,i  1,18  CBM,i
i1 i1 i1

Em que “n” representa o número de equipamentos da planta.


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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 104

5.16 Custo TOTAL do Módulo de Equipamentos e o Custo de uma Planta Nova (Grass Root Cost)
Grupo 2: Custos de Instalações Auxiliares. Estes incluem custos para desenvolvimento de locais, edifícios auxiliares e
off-sites e outras utilidades. Estes termos não são geralmente afetados pelos materiais de construção ou pela
pressão de funcionamento do processo. Uma revisão dos custos para estas instalações auxiliares por Miller [1] dá uma
escala de aproximadamente 20% até mais de 100% do custo total dos módulos (nas condições base). Salvo indicação
em contrário, estima-se que estes custos são iguais a 50% dos custo total dos módulos para as condições do caso
Estimativa de Custos de

base. Adicionar esses custos ao custo total dos módulos fornece o custo de planta nova (Grass Root Cost).
Capital de Investimento

n
0
CGR  C TM  0,5  CBM,i
i1

n n
0
CGR  1,18  CBM,i  0,5  CBM,i
i1 i1
Em que “n” representa o número de equipamentos da planta, C BM,i representa o custo do módulo nas condições de
operação e de materiais de construção e C0BM,i representa o custo do módulo nas condições base.

_____________________________________________________
[1]. Miller, C. A., “Factor Estimating Refined for Appropriation of Funds,” Amer. Assoc. Cost Engin. Bull., September 1965, 92.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 105

5.17 Exemplo
Uma pequena expansão para uma instalação química existente está sendo investigada e um PDF preliminar do
processo é mostrado na Figura abaixo:
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

A expansão envolve a instalação de uma nova coluna de destilação com um reboiler, condensador, bombas e outros
equipamentos associados. A Tabela do próximo slide contém uma lista dos equipamentos, tamanhos, materiais de
construção e pressões operacionais. Utilizando seus conhecimentos, calcule o custo total do módulo para essa
expansão em 2006.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 106

5.17 Exemplo
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

Os custos dos módulos para todos os equipamentos foram calculados conforme fizemos nos exemplos prévios e
foram listados na Tabela do próximo slide, juntamente com o custo de aquisição, fatores de pressão, fatores de
material e fatores de módulo.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 107

5.17 Exemplo
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

O custo total do módulo e o grass root cost são agora calculados com a devida correção da inflação para 2006:

Embora o grass root cost não seja apropriado aqui (porque nós temos somente uma expansão pequena de uma
planta existente), ele foi mostrado para efeito didático.
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 108

5.18 Planillha Excel (CAPCOST) para Estimativa de Custo de Capital Utilizando o Módulo de Equipamento

Para processos envolvendo apenas algums de equipamento, estimar o custo de capital da planta à mão é
relativamente fácil. Para processos complexos com muitos equipamentos, esses cálculos se tornam tediosos. Para
tornar esse processo mais fácil, foi desenvolvida uma planilha excel que permite ao usuário inserir dados de forma
interativa e obter estimativas de custos. A planilha (CAPCOST_2008.xls) foi implementada no Microsoft Excel e uma
cópia dela é fornecida no CD que acompanha nosso livro e também está no Moodle.
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

A planilha requer que o usuário introduza informações sobre o equipamento, como por exemplo, a capacidade, a
pressão de operação e os materiais de construção. Os dados de custo podem ser reajustados pela inflação, entrando
o valor atual do CEPCI. Outras informações, como nomes de arquivos de saída e o número da unidade (100, 200, etc.)
também são necessárias. As opções de equipamento disponíveis para o usuário são apresentadas abaixo:

• Misturadores
• Centrífugas
• Compressores e sopradores sem acionamentos
• Transportadores
• Cristalizadores
• Drives para compressores, sopradores e bombas
• Secadores
• Coletores de poeira
• Evaporadores e vaporizadores
• Ventiladores com acionamento elétrico
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Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 109

5.18 Planillha Excel (CAPCOST) para Estimativa de Custo de Capital Utilizando o Módulo de Equipamento
• Filtros
• Aquecedores a gás, aquecedores com fluido térmico e caldeiras de vapor
• Fornos
• Trocadores de calor
• Agitadores (tanques agitados)
• Vasos de processo com/sem internos
Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

• Equipamento de recuperação de energia


• Bombas com acionamentos elétricos
• Reatores
• Peneiras
• Vasos de armazenamento (cobertura fixa e flutuante)
• Torres
• Módulos adicionados pelo usuário

O tipo de equipamento necessário pode ser inserido usando os botões ativados pelo mouse fornecidos na primeira
pasta. Será solicitado, então, ao usuário responder uma série de perguntas que aparecem na tela. O usuário será
obrigado a identificar ou inserir as mesmas informações que seriam necessárias para fazer os cálculos à mão, isto é, a
pressão de operação, os materiais de construção e o tamanho do equipamento. As mesmas informações contidas
nos gráficos de custos e tabelas no Apêndice A estão embutidas na planilha. Quando os dados para o equipamento
são inseridos, uma lista dos custos na primeira pasta é atualizada. O uso da planilha é explicado nos arquivos de
ajuda CAPCOST.avi contidos no CD e o leitor é encorajado a assistir o vídeo antes de usar o software. Recomenda-se
reproduzir os resultados do Exemplo E7.14 antes de utilizar a planilha para resolver novos problemas.
(humberto@ufu.br)
Prof. Humberto Molinar Henrique
Capítulo 5: Estimativa de Custos de Capital de Investimento 110

5.19 Lista de Exercícios

Exercícios 1 ao 26 do capítulo 7 do Turton.


Estimativa de Custos de
Capital de Investimento

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