Você está na página 1de 41

TROCA IÔNICA

LORGIO VALDIVIEZO GONZALES

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO


DE JANEIRO

OPERAÇÕES UNITÁRIAS
TROCADOR IÔNICO
A operação de troca iônica é a troca entre
íons presentes numa solução
(contaminastes) e íons sólidos presentes
na resina.
CLASSIFICAÇÃO DOS
TROCADORES IÔNICOS
Por sua natureza:
• Trocadores orgânicos (sintéticos –Naturais)
• Tocadores Inorgânicos (sintéticos – Naturais)
Pela sua estrutura:
• Tipo Gel .
• Resinas Macro porosas .
• Resinas iso porosas .
Pelo grupo Funcional:
• Resinas Catódicas de Ácido forte
• Resinas Catódicas de Ácido fraca
• Resinas Aniônicas de Base Forte
• Resinas Aniônicas de Base fraca .
• Resinas quelantes
Resinas Orgânicas Naturais
• Quitina: É um polímero linear de elevado peso
molecular, que existe nas paredes celulares de
alguns fungos e na crosta de crustáceos.
• Chitosan: É um polímero natural derivado da
quitina, obtido pela hidrólises desta, é utilizado
como um polímero quelante de metais.
• Ácido algínico: É um componente da estrutura das
algas marrons, é um polímero forte (dá suporte) e
ao mesmo tempo flexível. Pode ser ou não solúvel
em água
• Celulose: A celulose natural tem propriedades de
troca iônica devido aos grupos carboxilas que tem
na sua estrutura.
Resinas Inorgânicas
Naturais:
• Alumino silicatos (zeolitas)
• Argilas minerais
• Feldespatos

Sintéticas:
• Óxidos metálicos hidratados (óxido de titânio hidratado)
• Sais insolúveis de metais polivalentes (fosfato de titânio)
• Sais insolúveis de heteropoliácidos (molibdofosfato
amônico).
• Zeolitas sintéticas.
Estrutura da rede polimérica

Tipo gel
• Conhecidas como resinas micro porosas (tamanho de poro
pequeno 1 nm) são polímeros homogêneos, e seus sítios ativos
estão distribuídos de maneira igual através de toda a esfera.

Resinas macro porosas


• Chamadas também macro reticulares (100 nm) ou de poros fixos,
são fabricadas através de um processo que deixa uma rede com
grandes poros que permitem o ingresso até os sítios interiores,
estas resinas tem uma aparência esponjosa, o que permite uma
boa interação entre os íons e os sítios ativos, mas também significa
que a resina tem uma menor capacidade porque as esferas contem
uma menor quantidade de sítios ativos, já que os poros podem
ocupar entre o 10 e 30% do espaço da resina, o que reduz a sua
capacidade de troca iônica.
Grupo funcional
• Resinas catiónicas de ácido forte : São produzidas por
sulfonação do polímero com ácido sulfúrico. O grupo
funcional é o ácido sulfônico, -SO3H, estas resinas trabalham
em qualquer pH, separam todas as sais e requerem de uma
quantidade elevada de regenerante. Esta é a resina que é
escolhida para quase todas as aplicações de abrandamento
de água.
• Resinas catiónicas de ácido fraco: O grupo funcional é um
ácido carboxílico -COOH, presente em um dos componentes,
principalmente o ácido acrílico o metacrílico. Este tipo de
resina é altamente eficiente e não precisa de uma quantidade
elevada de regenerante, estas resinas tem uma menor
capacidade de troca iônica devido à variação na velocidade
do fluxo e a baixas temperaturas.
Grupo funcional
• Resinas aniônicas de base forte: São obtidas a partir
da reação de estireno-DVB com aminas terciárias. O
grupo funcional é uma sal de amônio quaternário. Os
dois grupos principais destas resinas podem ser Tipo 1
(tem três grupos metilo) e as de tipo 2 (um grupo etanol
substitui um dos grupos metil)
• Resinas aniônicas de base fraca: Resinas
funcionalizadas com grupos de amina primária (NH4),
secundária(NHR), e terciária (NR2). Podem ser
aplicadas na adsorção de ácidos fortes com boa
capacidade, mas sua cinética é lenta.
• Resinas Quelantes ,são seletivas, mas são pouco
utilizadas por ser custosas e cineticamente lentas.
Preço das Resinas
Resinas Cost($/ft3)

•Resinas Catiónicas Ácido forte .......... 70-120


•Resinas Catiónicas Ácido fracas ......... 150-200
•Resinas Aniônicas de Base Forte...... 180-250
•Resinas Aniônica de base Fracas........ 180-200
Quelantes…………………………….. 330-600
Note.--1997 dollar.
Funcionamento
Os Trocadores iônicos são matrizes sólidas que contém sítios
ativos.

2 R   Na   Ca 2 (aq)  ( R2 )  Ca  2 Na   (aq)
Matriz poli métrica
(Resina Catiônica)
Difusão
Cinética
Extração
Ca++ Na+ Na+
Mg ++
Ca ++
Ca++ Ca
++ Na+
Na +
Ca ++Na+ Na +
Mg ++
Na +
Ca Mg++ Ca ++
Na +
Na +
Ca++ ++Na
++ +
Mg Na +
Ca++ Na+
Etapas da Troca iônica
1. Extração
2. Descompactação
3. Regeneração
4. Enxuage.
Cinética
regeneração
Na+ Na Na+ Na
+ +
+ Na
+ Ca ++
Na Na+
+ Na Ca ++ Mg++
Ca ++ ++
Mg Na +
Na +
Na + Na Na+
+
Mg Ca++ Na+
++
Na + Na +
Na + Mg ++
Na Na+ Na Na+ Na Ca
+ + + ++ Na +
Ca ++ Mg ++

Na Na
+ + Na +
Na +
Mg ++ Mg Na+
++ Ca ++

Na+ Na+Na
+
Parâmetros característicos
do trocadores:
• Capacidade de Troca: Quantidade de íons que uma
resina pode trocar em determinadas condições
experimentais, depende do tipo do sitio ativo. É
expresso em equivalente/litro de resina ou grama de
resina.
• Capacidade especifica teórica: Número Máximo
de sítios ativos da resina por grama. Este valor pode ser
maior que a capacidade de Troca, já que nem todos os
sítios ativos são acessíveis aos íons em dissolução.
• Seletividade: Propriedade da resina de mostrar maior
afinidade pôr um íon que por outro, a resina preferirá os
íons com os que forme um enlace mais forte.
APLICAÇÕES
• Tratamento de águas.
• Resíduos nucleares.
• Industria Alimentícia.
• Industria Farmacêutica.
• Agricultura.
• Hidro metalúrgica.
Coluna Industrial de Troca Iônica
a) Distribuidor; b)Resina; c)Coletor

c
Tratamento de águas
Data básica.
• Análises de água. Deve de ser feito em detalhe e
ser balanceado ionicamente.
• Requerimento de qualidade. Expressada Ne
términos de condutividade da electrólito de uma
solução tratada.
• Ratio do fluxo do sevicio.
• Tipo e quantidade regenerante.
• Fluxo regeneração.
• Temperatura de regeneração.
Considerações Gerais:
• TSD. Total sólidos
suspendidos (ânions e
Cátions).
• Cátions com unes. Na  , Ca 2  , Mg 2 
• Ânions com unes OH  , CO32  , HCO3 , Cl  , NO3 , SO42 
. Sustâncias orgânicas presentes em água se coincidiram
em e lado
aniônico por se principalmente ácidas e são concentrações
que se expressa em quantidade de permanganato de
potássio necessário para oxidar essas sustâncias (mg de
KMnO4 por litro de solução.
. A quantidade matéria orgânica determina a seleção da
resina de intercambio.
Diâmetro de colunas
• Varia de um centímetro (laboratório) até 5
metros.
• Unidades industriais - 0.8m - 3,6 m
• Altura da resina de 10 cm - 3.5 metros.
Fazendo uma coluna da troca de íon
(http://www.dartmouth.edu/~chemlab/chem3-5/ionx1/full_text/procedure.html)

1. Ponha alguns mL da água


destilada em um cilindro
graduado 10 mL e anote o nível
de água.
Usando uma colher ou um
espátula, transfira com cuidado a
resina da troca de íon ao cilindro.
Fazendo uma coluna da troca de íon

2. Adicione
bastante resina
para fazer o nível
de água levantar-
se por
aproximadamente
1.0 mL
Fazendo uma coluna da troca de íon

3 . Roda o cilindro
graduado para pôr
a resina em uma
pasta.

Derrame
rapidamente a
pasta na coluna de
vidro.
Fazendo uma coluna da troca de íon

4. A resina fica
no fundo da
coluna de
vidro.
Fazendo uma coluna da troca de íon

5. Uma camada
de areia é
adicionada ao
alto da resina
para manter-se
dentro no lugar.
Fazendo uma coluna da troca de íon

6. A areia deve ter


aproximadamente
1/4 de polegada
grossa.
Carregando uma coluna e testar o efluente:
7. Adicione o eluante ao
alto da coluna lentamente e
com cuidado, de modo a para
não perturbar a cama da
resina.

Você pode derramar a


solução lentamente abaixo o
lado da abertura da coluna ou
adicionar a solução dropwise,
com um dropper plástico.
Carregando uma coluna e testar o effluent

8. Teste o pH com
papel de indicador
fazendo exame de
uma gota do
efluente à parte de
papel em um vidro
de relógio.
O efluente ácido
pode significar que
os cátions estão
deslocando íons
na resina da troca
Altura da faixa azul do cu2+

10. A cor azul de


íons do cobre (ii)
é visível na resina
na coluna.
1. Problema de aplicação
• Determine a massa e o volume requerido da resina para tratar 1200 m 3 de água contendo 20 mg/L do
íon Nitrato
• Considerar Capacidade de resina 300 meq/Kg.
• Densidade de resina 720 kg/m3

quantidade de íon Presente


 ( 20 mg / L de NO 3 )
NO3 meq / L   0,32 meq / L
(62 mg / meq)
(0,32 meq/L)(1200m )(10 L/m )  3,84 *10 meq
3 3 3 3

Quantidade de massa requerida

3,84 *103 meq


Rmass kg   12,8kg de resina
300 meq / kg

Volume requerido da resina

12,8 kg
Rvol m 3   0,0178m 3
720 kg 3
m
2. Problema de aplicação
• Especificações Água tratada: menos do 10 ppm
sólidos ionizáveis. (leakage).
• Fluxo 30 gpm -24 h/d.
• Relação de fluxo da 2 gal/ft3 .min
(usualmente usadas).
• Regeneração cada 8 horas
• Calcular o total de água tratada em coluna
Catiônica
• Calcular Volume da resina Catiônica.
Análises Assumido.

• Cátions : 29,25 g/gal


• Anions : 29,25 g/gal
Dados fabricante

Capacidade Resina Catiônica


• Capacidade g /ft = 11 000
3

• Acido sulfúreo lb/ft = 5


3

• Enxuage gal/ft = 125


3

Capacidade Resina aniônica


• Capacidade g /ft = 20 000
3

• Soda lb/ft = 5,3


3

• Enxuage gal/ft = 75
3
solução
• Mínimo de resinas requerido será :
30/2 =15 ft3.(fluxo total / relação da resina).

• Água tratada antes regeneração (8


horas)= 30*60*8=14 400 gal (Fluxo total
* fatores conversão).
• A coluna catiônica não somente deve
tratar esta quantidade de água sino
suficiente para enxaguar a coluna
aniônica. Logo, a quantidade a ser
produzida em renegação es :
14,400+ (15*75)= 15 525 gal
[Água tratada antes renegação +(volume da resina
anionica * enxágüe)]
• Neto de Água/ft3 –cátion (11,000/29.25 )-
125 = 250 gal .
[Capacidade de resina catiônica /catiônica total – Água de
enxágüe]

• Resina catiônica Requerida = 15 525/250


=62 ft 3

• [Quantidade de água total produzida de cátion / Neto de água]


• Gráfico

Enxuage
15 525gal
30 gpm (15 * 75)

8 horas
aniônica catiônica

14 400 gal

1125 gal
Bibliografia
• Ullmann’s Encyclopedia of Industrial Chemistry
“Ion Exchangers” 2001,sixth edition.
• http://www.rohmhaas.com/index.html
• http://www.tecnociencia.es/especiales/intercam
bio_ionico/htm
• http://www.remco.com/ix.htm

Você também pode gostar