Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA O Mundo Antigo, Grecia e Roma
AULA O Mundo Antigo, Grecia e Roma
OO legado
legado de
de pensadores
pensadores gregos
gregos da
da estirpe
estirpe de
de Sócrates,
Sócrates, Platão
Platão ee Aristóteles
Aristóteles
se
se tornaram,
tornaram, por
por assim
assim ser,
ser, aa referência
referência intelectual
intelectual para
para as
as gerações
gerações
vindouras.
vindouras. Nesse
Nesse sentido,
sentido, deve-se
deve-se desde
desde logo
logo admitir
admitir que
que aa inquietação
inquietação
pelo
pelo saber
saber marcou
marcou profundamente
profundamente o
o espírito
espírito dessa
dessa civilização.
civilização.
AA busca
busca apaixonada
apaixonada pelo
pelo conhecimento
conhecimento assinalou
assinalou sobremaneira
sobremaneira aa
orientação
orientação cultural
cultural da
da nação
nação helênica.
helênica. Não
Não por
por acaso,
acaso, os
os gregos
gregos se
se achavam
achavam
superiores
superiores aos
aos demais
demais povos,
povos, os
os quais
quais eram
eram rotulados
rotulados de
de “bárbaros”.
“bárbaros”.
Uma Breve História da Grécia
Todavia, não se deve jamais perder de vista o fato de que o universo helênico era composto por inúmeras cidades-estado (poleis)
independentes. A formação do cosmopolitismo grego é o resultado direto de um processo lento e gradual de sedentarização
surgido em função da desintegração dos sistemas clânicos. Do Período Micênico (1500-1100 a.C.) pouco se sabe, exceto que a
Os mais antigos habitantes da Grécia foram os aqueus, cários, jônios e dórios. Estes últimos penetraram nas terras da Lacedemônia
própria família.
Destarte, não se deve requerer das gentes da Hélade uma apreciação sistemática, precisa e dogmática do fenômeno
jurídico. O Direito era tão somente parte do regime de governo da cidade e, na visão grega, tão somente nisso
residia sua utilidade. Isso não quer dizer que os gregos vivessem alheios às questões legais como um todo.
AA ausência
ausência desse
desse corpo
corpo de
de regras
regras chegava
chegava aa causar
causar estranheza
estranheza entre
entre os
os filósofos,
filósofos, conforme
conforme se
se
pode
pode perceber
perceber na
na crítica
crítica de
de Aristóteles
Aristóteles sobre
sobre os
os cretenses:
cretenses: “A
“A dispensa
dispensa da
da prestação
prestação de
de
contas
contas ee a
a perpetuidade
perpetuidade são
são prerrogativas
prerrogativas muito
muito acima
acima de
de seus
seus méritos.
méritos. A
A falta
falta de
de leis
leis que
que
possam
possam servir-lhes
servir-lhes de
de regra
regra para
para julgar
julgar oo caráter
caráter arbitrário
arbitrário de
de seus
seus julgamentos
julgamentos não
não dá
dá
nenhuma
nenhuma segurança
segurança aos
aos réus”.
réus”.
Muitos,
Muitos, afinal,
afinal, foram
foram os
os legisladores
legisladores que
que pontilharam
pontilharam oo universo
universo helênico.
helênico. Os
Os mais
mais famosos
famosos
foram
foram Drácon,
Drácon, Sólon
Sólon ee Péricles,
Péricles, de
de Atenas,
Atenas, ee também
também Licurgo,
Licurgo, de
de Esparta.
Esparta. Mas
Mas também
também
se
se pode
pode falar
falar de
de Zaleuco
Zaleuco (Lócria),
(Lócria), Carondas
Carondas (Catânia),
(Catânia), Filolau
Filolau (Tebas),
(Tebas), Androdamas
Androdamas
(Régio),
(Régio), Hipódomo
Hipódomo (Mileto)
(Mileto) ee Onomácrito
Onomácrito (Lócris).
(Lócris).
Direito Internacional na Grécia Antiga
A Grécia Antiga conheceu largamente o
Direito Internacional.
entre os gregos.
Direito Internacional na Grécia Antiga
Por
Por conseguinte,
conseguinte, diversas
diversas instituições
instituições próprias
próprias ao
ao Direito
Direito das
das Gentes
Gentes vão
vão sendo
sendo
progressivamente
progressivamente delimitadas,
delimitadas, uma
uma vez
vez que
que aa constância
constância da
da beligerância
beligerância entre
entre as
as
cidades-estado
cidades-estado acaba
acaba por
por exigir
exigir novas
novas formas
formas de
de cooperação
cooperação entre
entre os
os envolvidos
envolvidos nos
nos
conflitos.
conflitos. Assim,
Assim, oo estado
estado de
de guerra
guerra quase
quase sempre
sempre permanente
permanente entre
entre os
os gregos
gregos
(principalmente
(principalmente aa partir
partir do
do século
século IV)
IV) viabilizou
viabilizou aa celebração
celebração de
de tratados
tratados internacionais
internacionais
que
que tinham
tinham os
os mais
mais diferentes
diferentes objetos.
objetos.
OO historiador
historiador Tucídides
Tucídides retratou
retratou com
com riqueza
riqueza de
de detalhes
detalhes oo contexto
contexto de
de tantos
tantos
célebres
célebres embates
embates do
do mundo
mundo antigo,
antigo, bem
bem como
como aa conclusão
conclusão de
de pactos
pactos contendo
contendo
interessantes
interessantes cláusulas
cláusulas de
de não
não agressão
agressão entre
entre cidades-estado
cidades-estado da
da importância
importância de
de Atenas
Atenas ee
Esparta.
Esparta.
AA obra
obra máxima
máxima do
do referido
referido pensador
pensador grego
grego –– História
História da
da Guerra
Guerra do
do Peloponeso
Peloponeso ––
confirma
confirma também
também aa profícua
profícua diplomacia
diplomacia realizada
realizada por
por intermédio
intermédio de
de embaixadores
embaixadores
designados
designados para
para tanto,
tanto, apesar
apesar de
de inexistirem.
inexistirem.
Direito Internacional na Grécia Antiga
Um fenômeno típico do universo helênico consistiu na formação de ligas políticas entre as cidades-estado
lideradas por alguma potência hegemônica como Atenas ou Esparta, chamadas de anfictionias.
Essas ligas eram entidades confederadas norteadas por interesses políticos comuns, notadamente a defesa mútua e a
religião.
Para Seara Vázquez, elas significavam muito mais do que isso: as ligas anfictiônicas eram modelos embrionários
representativos das modernas organizações internacionais, cujo grande legado, na visão de Julio Linares, seria a
humanização do conflito.
As principais, no entanto, foram a Liga do A mais antiga delas parece ter sido a Liga da
Peloponeso (550 a.C.), liderada por Beócia (século VI a.C.), que tinha a sua
Esparta frente a cidade de Tebas