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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES - AULA 2

ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

PAGAMENTO (Continuação)

• A quem se deve pagar (Arts. 308 a 312, CC)

Pagamento efetuado diretamente ao credor

Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob
pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.

‣ Credor

- Herdeiro

- Legatário

- Cessionário

- Sub-rogado nos direitos creditórios

OBS: Dívida solidária ou indivisível => qualquer cocredor pode recebe-la.

OBS: Obrigação ao portador => quem apresentar o título (art. 905,CC).

Pagamento efetuado ao representante do credor

‣ Representante do credor

- Legal => decorre de lei

- Judicial => nomeado pelo juiz


- Convencional => mandato outorgado pelo credor

OBS: Representação legal e judicial => prestação entregue ao representante.


Representação convencional => prestação entregue ao representante ou ao credor.

OBS: Adjectus Solutionis Causa => pessoa nominalmente designada no próprio título.

OBS: Cláusula estabelecida em favor do próprio adjectus => cessão ab initio ou


estipulação em favor de terceiro => será irrevogável e não será extinta com a morte do
credor.

Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação,


salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.

- Mandato tácito ou presumido (presunção relativa => admite-se prova em contrário e


cada caso será analisado pelo juiz)

Apresentação do termo de quitação assinado pelo credor

Validade do pagamento efetuado a terceiro que não é credor

Quem não ostenta a qualidade de credor ou representante => pagamento sem efeito
liberatório.

‣ Ratificação

Retroage a data do pagamento

‣ Reversão do proveito

Ônus da prova => solvens

- Proveito direto

- Proveito indireto
OBS: No proveito indireto o pagamento não ratificado pelo credor poderá ser
considerado inválido => tolher a sua liberdade de decisão.

Pagamento efetuado ao credor putativo (Art. 309, CC)

Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.

‣ Credor putativo => herdeiro aparente; locador aparente

‣ Requisito => boa-fé para o solvens e o accipiens putativo

Pagamento ao credor incapaz (Art. 310, CC)

Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o
devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.

O pagamento deve ser realizado a pessoa capaz de fornecer a devida quitação => não
valer.

- Conhecimento da incapacidade pelo devedor => pagamento inválido

- Desconhecimento da incapacidade pelo devedor => pagamento válido

Pagamento válido

Ratificação por parte do representante

Prova (solvens) da reversão em favor do credor

Pagamento efetuado ao credor cujo crédito foi penhorado (Art. 312, CC)
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o
crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra
estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o
regresso contra o credor.

- Penhora feita sobre o crédito

- Impugnação de crédito feita por terceiro

Intimação => depósito judicial

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