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CÓDIGO CRIMINAL

DE 1830
SOBRE O CÓDIGO
CRIMINAL DE 1830...
Em 16/12/1830 foi instituído o
Código Criminal do Império, baseado
no projeto de Bernardo Pereira de
Vasconcellos.

 Este código classificou os crimes em


três tipos:
Crimes públicos (crimes políticos e
administrativos que atentassem contra
a integridade e a existência do Império
e dos poderes públicos e que
corrompessem a administração pública
e os direitos políticos dos cidadãos).
Crimes particulares (crimes cometidos contra a
segurança, a liberdade, a honra e a propriedade do
indivíduo, como por exemplo, o roubo, o insulto, a
agressão física e o assassinato).

 Crimes policiais (crimes relacionados à desordem,


ajuntamentos ilícitos, falsificação e uso de identidade
falsa, abusos contra a liberdade de imprensa, vadiagem e
mendicância, atentados contra a religião e a “moral e os
bons costumes”, entre outros delitos leves, próximos à
contravenção).
DENTRE OS ASPECTOS MAIS
SIGNIFICATIVOS DO CÓDIGO
CRIMINAL DE 1830, PODEMOS
DESTACAR:
•A pena de morte se daria na forca, cumprida no dia
seguinte ao da intimação, não se realizando nunca na
véspera do domingo, dia santo ou de festa nacional.
•Na mulher grávida não se aplicaria a pena de morte e
nem seria julgada, no caso de a merecer, senão 40 dias
após o parto.
•Além da pena de morte, outras penas eram previstas:
galés, prisão com trabalho, prisão simples, banimento,
degredo, desterro, todas acompanhadas de suspensão de
direitos políticos.
•Para os escravos mantinham-se as condenações a penas
de açoites, no caso de delitos que não implicassem em
condenação à morte, ou às galés.
•O Código de 1830 não imputava pena, por não considerar
como criminosos, os MENORES DE 14 ANOS, os
LOUCOS DE TODO GÊNERO e as pessoas que
cometessem crime levadas por força ou medo
“irresistíveis”.
•Os menores de 14 anos, quando considerados com
discernimento a respeito do delito cometido, eram
recolhidos a casas de correção.
•O Código abrigava o Princípio da Legalidade, mas ainda
se permitia o arbítrio dos juízes.
•Até 1871, o Código não contemplava a indicação e a
qualificação do crime culposo, quando então a falha foi
sanada por lei complementar – pelo artigo 3º não haveria
criminoso ou delinqüente sem má fé, ou seja, sem
conhecimento do mal que se estava praticando.

•Os crimes sexuais eram rigidamente punidos, mas a


punição era tão mais contundente se a mulher fosse
considerada socialmente como sendo “de família” – no
caso da mulher ser prostituta, a pena para o agressor era
mais leve.
•O adultério feminino era punido com pena de prisão com trabalho de
um a três anos – já o homem casado que tivesse concubina “teúda e
manteúda”, seria punido com as penas impostas à mulher adúltera.

• Cultos religiosos que não fossem católicos eram considerados


crimes quando praticados em público.

•No âmbito da responsabilidade podemos destacar que os legisladores


imperiais impuseram a responsabilidade sucessiva – isto ocorria nos
crimes de imprensa.

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