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Desenvolvimento da identidade:

Teoria do desenvolvimento da
Identidade de E. Erikson
As 8 idades do homem
Introdução
 Breve apresentação da vida de Erikson:

 Pai da psicanálise;

 Nasceu a 15 de Junho de 1902 e faleceu a 12 de Maio de 1994;

 Nasceu alemão e ficou muito conhecido após implementar o termo crise de

identidade;

 Foi professor em várias universidades de destaque;

 Sua maior preocupação era o desenvolvimento de identidade;

 Nasceu Erik Salomonsen;

 Em 1905, Karla casou-se com o pediatra de Erik, Theodor Homberger.

 Em 1908 Erik Salomonsen passou a Erik Homberger Erikson;

 Em 1911 o padrasto adotou-o oficialmente


Introdução
 Arte, história e línguas eram o interesse de Erik;
 Aos 25 anos foi convidado por um amigo, Peter Blos, a ser tutor de arte
a crianças cujos pais ricos foram submetidos a psicanálise da filha de
Sigmund Freud, Anna Freud.
 Estudou psicanálise no Instituto Psicanalítico de Viena.
 Especializou-se em análise de crianças valendo-lhe o diploma em
1933.
 Casou-se em 1931, dois anos antes de receber o seu diploma, com
Mowate Serson;
 Durante o seu casamento converteu-se ao Cristianismo.
 Em 1933 mudou-se para os EUA devido à ascensão de Hitler ao poder
e lá tornou-se o primeiro psicanalista infantil.
 De 1951 a 1960 trabalhou e ensinou na Austen Riggs onde trabalhou
com jovens emocionalmente perturbados.
 Ainda em 1960 voltou a leccionar em Harvard sobre o desenvolvimento
humano ate se aposentar em 1970.
Crise de identidade
 Desenvolvimento psicossocial é sinonimo de
desenvolvimento da personalidade;
 Decorre em 8 estágios ;
 Os conceitos mais abordados são crise ou conflito;
 Resolução positiva resulta numa virtude, um ganho
psicológico, emocional e social;
 Resolução negativa gera um individuo socialmente
desajustado;
 Tende a desenvolver sentimentos de ansiedade e fracasso.
 O conceito de crise desenvolve-se através de incertezas e
dúvidas na adolescência;.
 Construção de identidade deve ser feita pela própria pessoa;
Crise de Identidade
 A adolescência é a fase mais crítica do ciclo vital;
 Personalidade construída durante a adolescência;
 Esta fase caracteriza-se pela procura de algo mais, crises,
indecisões, situações conflituosas que têm de ser resolvidas.
 Uma vez construída a personalidade, o individuo continua a
reorganizar todos os elementos que integram a sua
personalidade.
 Dimensões socioculturais, históricas, institucionais e
biológicas são grandes influências na construção de seu ser.
Confiança básica vs. Desconfiança
básica (0 a 18 meses)

 Experiencias e conquistas.
 Satisfação de necessidades básicas
 Fase em que o bebe tem o seu “mundo seguro”.
 A mãe dá-lhe garantias de que não está sozinho;
 O maior desafio do bebe é suportar a ausência de sua mãe deixando
de ter medo de ser abandonado ou rejeitado.
 Sentimento de esperança;
 Olha de duas formas para a sua mãe: identificação positiva ou
negativa.
 Positiva, bom conceito de si e do mundo, vê a sua mãe como um ser
supremo, numinoso e iluminado.
 Negativa, origina o idolismo, culto a um herói, acha que nunca vai
chegar ao nível de sua mãe;
Confiança básica vs. Desconfiança
básica (0 a 18 meses)
 Criadores ausentes, aumento de desconfiança;
 Criadores presentes aumento de conforto e confiança;
 A realização e confirmação de esperanças geram confiança nas coisas
que podem ser reais e confiáveis, isto denomina-se confiança básica.
 Desconfiança básica, necessidades do bebe não são correspondidas,
o bebe sente que o seu mundo é mau e ingrato.
 Lado positivo - confiança e segurança em si mesmo e na relação com o
mundo que o rodeia.
 Lado negativo- relação insegura, insatisfação das suas necessidades
dificuldades.
 É importante que a criança tenha pequenas frustrações, só dessa
forma consegue perceber quais as esperanças que podem ou não ser
realizadas. Originado conhecimento sobre as regras que existem no
mundo.
Autonomia vs. Vergonha e dúvida
(18 meses a 3 anos)
 Corresponde ao estágio anal freudiano- controlo sobre os seus
movimentos musculares, conquista de autonomia.
 A criança já se desloca de um lugar para o outro, utiliza o grito e o choro
para se expressar;
 Quando o ambiente não corresponde ás necessidades que experimenta
aparecem dúvidas de si mesmo e tem medo de tomar iniciativas.
 A palavra-chave desta etapa é: Vergonha.
 Freud defendia que utilizar a vergonha e encorajamento atingem o nível
certo de autonomia. Controlo firme e tranquilizador.
 Mau uso da vergonha- formas reativas de defesa como o descaramento
e a dissimulação, permanência de vergonha e dúvida.
 Sentimento de vergonha é raiva dirigida a si mesma. Objetivo de fazer
determinada coisa sem estar exposta a outras pessoas.
 Autocontrolo e auto-estima tem como resultados a boa vontade e
orgulho. Perda de controlo surgem duvidas e vergonha.
Autonomia vs. vergonha e dúvida
(18 meses a 3 anos)
 Força básica da vontade- aprendizagem do controlo, definida pela liberdade
de escolha, manipulação de objetos, verbalização e locomoção.
 Vontade = regra obrigatória, caso contrario haverá uma punição
 Torna-se legalista.
 A punição vence a compaixão.
 Sendo pais, é importante terem atenção com a quantidade de autonomia
que dão ás crianças.
 Exigência a mais resulta na diminuição de auto-estima uma vez que a
criança não dá conta do pretendido pelos pais;
 Exigência a menos gera a sensação de abandono e duvida sobre as suas
capacidades.
 Muito protegida torna-se frágil, insegura e envergonhada.
 Pouco protegida gera exigência além das capacidades que possui.
 É necessário um meio-termo;
 Uma criança demasiado envergonhada vai sentir que isso provém de seus
pais e que dessa forma só se poderá expressar longe deles.
Iniciativa VS Culpa (3/6A )

 Há uma coisa que distingue a criança nesta fase. A


iniciativa. Especialmente durante as brincadeiras a criança
descobre o papel mais significativo para si e representa-o. A
criança precisa identificar e projetar o seu papel no mundo.
 A rivalidade e os ciúmes também aparecem nessa fase. A
criança quer ser tratada como alguém especial e rejeita
qualquer atenção da mãe pelos irmãos ou outras pessoas.
 Se não receber um tratamento relativamente privilegiado,
desenvolve a culpa e a ansiedade.
Indústria VS Inferioridade (6/12A )

 A criança começa a sentir- se como uma pessoa


trabalhadora, capaz de produzir.
 A resolução positiva das etapas anteriores é
importantíssimo, sem confiança, autonomia e iniciativa, não
consegue- se sentir capaz.
 O sentimento de inferioridade pode levar a sentir-se
incapaz. Este é o momento das relações interpessoais
importantes.
 Virtude social desenvolvida: competência.
Identidade VS Confusão de Papel
(12/18A)
 Este período caracteriza- se por duvidar de tudo o que
acreditava- se anteriormente. Duvidam dos conhecimentos,
das habilidades e até das experiências. Tudo isso se deve
às mudanças sofridas pelo corpo e as crises de
personalidade que isso gera.
 Os adolescentes preocupam- se com a imagem que
passam para os outros, estão em constante conflito entre o
que foram até agora e o que serão no futuro. Estão confusos
quanto a sua identidade, são idealistas e muito
influenciáveis. Se atravessarem essa fase com
tranquilidade, conseguirão construir uma sólida identidade.
Do contrário, estarão sempre fingindo ser o que não são.
Intimidade VS Isolamento (18/20-
30A )
 Ocorre durante a idade adulta jovem entre as idades de
aproximadamente 18 e 30 anos;
 Sucesso nesse estágio leva a relacionamentos
satisfatórios;
 O fracasso pode resultar em sentimentos de solidão e
isolamento;
 Relacionamentos íntimos caracterizados pela proximidade,
honestidade e amor;
 Sucessos desta etapa, relacionamentos românticos fortes e
profundos e a relações estreitas com amigos e familiares
 Falhas desta idade, pobres relacionamentos românticos,
nenhuma intimidade profunda entre a relação e solidão e
isolamento;
Generatividade VS Estagnação
(30/60A )
 Estagnação, que não progride ou evolui;
 Afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família;
 A família é seu principal ponto de apoio, como dizem, “O
porto seguro”;
 Necessidade permanente de estabelecer-se financeiramente
e atingir com maior rapidez seus projetos pessoais;
 A ideia de velhice começa a ser uma companheira diária,
sobretudo, com a vinda dos netos;
Conclusão

 Com tudo podemos verificar que ao longo deste trabalho


elaboramos uma pesquisa concreta sobre cada uma das oito
idades do Homem, tendo como base o cientista Erik
Homburger Erikson.
 Apreendendo desta forma que ao longo do crescimento o
Homem tem distintas formas e maneiras de ver o mundo e
lidar com os problemas.
 Completando-se assim o ciclo, com a relação entre a
confiança infantil da primeira idade do homem e a
integridade adulta da oitava idade do homem.

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