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Cavidades minimamente

invasivas/ atípicas

Profa Lisiane Cribari Rangel Cyrino, Msc.


Odontologia

• No passado: odontologia era mutilante -


exodontias
• Black: extensão por prevenção/ material
restaurador
• Técnicas adesivas : preservar ao máximo as
estruturas dentais sadias
Odontologia Atual

• Conhecimento detalhado da estrutura e


biologia dos tecidos dentários
• Conhecimento do processo carioso
• O avanço tecnológico traduzido em novos
instrumentos, materiais e técnicas adesivas
permitem que os profissionais procedam de
maneira minimamente invasiva.
Cárie

A cárie dentária deve ser tratada como uma


condição infecciosa e não como o produto
final dela (Murdoch-Kinch & McLean , 2003).
Minimamente invasivo
• identificações dos fatores de risco em nível
individual
• implementação de estratégias preventivas
individuais
• remineralização de lesões não cavitadas
• intervenção cirúrgica mínima em lesões cavitadas
• reparo de restaurações defeituosas
(MickenautschH et al, 2006)
Cavidades/ restauração minimamente
invasivas

• Os meios mais comumente empregados


• Ultra-som, abrasão a ar, remoção químico-
mecânica, laser, alta rotação com remoção
apenas da região afetada
• Vantagens: remocão apenas esmalte/dentina
cariada, economia de tecido dental sadio
Almquist

Preparo Cavitário envolvendo a


área atingida pela cárie, tendo
como acesso o rompimento da
crista marginal.
Técnica

• Anestesia
• Isolamento Absoluto
•Proteção do dente
vizinho
Tempos Operatórios
Forma de Contorno

• Broca 329 ou 330


• Movimentos pendulares
vestíbulo - lingual
Forma de Contorno
Perfura-se a face proximal abaixo
do ponto de contato, formando as
paredes vestibular, lingual, gengival e axial
Forma de Resistência e Retenção

•Paredes V e L convergentes para


oclusal para preservar o remanescente da
crista marginal

Cyrino, 2001
Forma de Resistência e Retenção

• Paredes V e L formam um ângulo de


aproximadamente 90 o com a superfície
externa do dente.

Baratieri, et al. 2001


Retenção Adicional
Depende do material restaurador utilizado
* Amálgama: convergência e ou broca 699 ou
1/2 : realizada as expensas dos ângulos axio-
vestibular e axio-lingual
* Resina: condicionamento
ácido
Remoção de dentina cariada
• Evidenciador de cárie: Fucsina básica 0,5% cora
tecido sadio, cariado infectado e não infectado,
passível de remineralização
Portanto, indica-se sentir a consistência da dentina
e a presença de umidade
como elementos decisivos
para a remoção da lesão.

Baratieri, et al. 2001


Remoção de dentina cariada

•Broca esférica em baixa rotação e


curetas, sem refrigeração,
com movimentos
intermitentes

Miguel, 2001
Acabamento da cavidade

• Machado para esmalte


• Recortador de margem gengival

Cyrino, 2001
Limpeza da cavidade

*Amálgama e resina: clorexidina a 2%.


Lavar e secar
Restauração

*Amálgama: bolinha de algodão embebida


em fluor 2% durante 1 minuto
Restauração

* Resina: Sistema adesivo

Baratieri, et al. 2001


Preparo tipo Tunel

• Preparo cavitário envolvendo à


área atingida pela cárie , não
havendo o comprometimento da
crista marginal, havendo cárie ou
restauração em oclusal
Em geral as cáries proximais iniciam- se abaixo do ponto de contato, mantendo-se o ponto de contato em estruturas dentais sadias.

Baratieri, et al. 1995


Indicações
• lesões proximais de dentes posteriores
desde que não seja possível o acesso de
forma mais conservadora
• lesões proximais de dentes posteriores
que apresentem contato com o dente
vizinho, com crista marginal intacta
Contra-Indicações
• Crista marginal já rompida ou solapada
pela lesão
• Acesso mais fácil e com economia de
tecido dental
• lesão subgengival
• lesão envolvendo totalmente área de
contato
• lesão muito próximas a crista marginal
Vantagens
• Menor risco de dano ao dente adjacente,
quando comparado com o preparo
tradicional
• Melhor acabamento proximal, sem
excessos (sangramentos, gengivites e
perdas ósseas)
Vantagens
• Maior resistência do dente
preparo tradicional: queda de 46%
tunel: queda 20%

Baratieri, et al. 2001


Vantagens
• Preparo mais conservador
• Mantém a relação de contato com o
dente adjacente em estrutura dental
sadia

Baratieri, et al. 2001


Desvantagens
• Dificuldade na visualização e remoção de
toda lesão cariosa, podendo permanecer
cárie residual

Baratieri, et al. 2001


Desvantagens
• A resistência da crista pode ficar
diminuída, devido ao solapamento e tende
a diminuir conforme o diâmetro aumenta

Baratieri, et al. 2001


Desvantagens
• Em função da angulação permanece
apenas 1,0mm ou menos de dentina entre
o preparo e a polpa

Baratieri, et al. 2001


Preparo tipo Tunel
Técnica

1- Rx
2- Demarcação dos pontos de contato
cêntricos.
3- Anestesia
4- Isolamento absoluto
5- Acesso

Baratieri, et al. 2001


Acesso
• Broca esférica ¼ ou ½ ou 1 em alta
rotação, aproximadamente a 1,5 a 2mm da
crista marginal para dar proteção a
mesma.
• A broca deverá ser posicionada inclinada em
direção a lesão
Baratieri, et al. 2001
Preparo tipo Tunel
Acesso
• Faz-se movimentos vestíbulo-
lingualmente para ampliar à
cavidade de acesso oclusal a
lesão.
Remoção da Cárie
• brocas esféricas em baixa
rotação.

• quando chega-se à cárie tem-se a


sensação que caiu num vazio.
Constatações
• A cárie é maior que a apresentada
no RX
• As lesões cariosas proximais
geralmente iniciam-se abaixo do
ponto de contato e levam
aproximadamente 3 a 4 anos para
invadir a dentina e permitir seu
diagnóstico ao Rx
Constatações
• A cavidade é bem mais ampla que
profunda
• A superfície de esmalte proximal
permanece relativamente intacta,
mesmo quando há grande destruição
de dentina
Remoção da Cárie
Cárie Proximal
• Quando há invasão da dentina ocorre
a formação de 2 cones superpostos
ápice contra base no limite amelo
dentinário
Materiais Restauradores
• Resina composta (resina flow + resina
composta fotopolimerizável híbrida)
• Resina composta
(ionômero + resina
composta
fotopolimerizável
híbrida)

Baratieri, et al. 1995


Amálgama

• Por que não restaurar com ele?


1- Bom condutor térmico - polpa
2- Inibe a transferência de umidade
para as cúspides, predispondo-as à
fratura
Inserção da Restauração

• IONÔMERO
• mistura milagrosa: causa manchamento
dentário.
- 7 partes de CIV (tipo ll)
-1 parte de limalha
-3 gotas de CIV
• Ionômero tipo cermet
Matriz
• Adaptada a superfície e estabilizada por
meio de cunhas interproximais e muros de
godiva

Baratieri, et al. 1995


Restauração
• Resina tipo Flow + Resina Composta
Híbrida

Baratieri, et al. 2001


Acabamento

Cyrino, 2001
Rx - Controle (6 meses)

Baratieri, et al. 2001


Ionômero - Cermet

Baratieri, et al. 1995


Recomendações

• Uso sistemático de fio dental


• Controles periódicos por meio de exames
clínicos e Radiográficos
Falhas

• Falha: 0 a 48% em dois anos de


desempenho
• Taxa de Fratura da crista marginal: 5%
Slot Horizontal

• Preparo cavitário envolvendo a área


atingida pela cárie sem
comprometimento da crista marginal.
• Ausência da restauração oclusal
• Dentes girados.
• Cáries incipientes.

Baratieri, et al. 2001


Slot Horizontal

• Rx

Baratieri, et al. 2001


Slot Horizontal
• elástico ou tira de borracha para
afastamento

Baratieri, et al. 2001


Slot Horizontal
• Ao retirar o elástico, posicionar a cunha
para manter o espaço

Baratieri, et al. 2001


Forma de Contorno

• Acesso com broca esférica


(opcional) alta rotação posicionada
lateralmente delimita as paredes
gengival, oclusal e axial

Baratieri, et al. 2001


Forma de Contorno
• Paredes oclusal e gengival
paralelas entre si. Baratieri, et al. 2001
Forma de Resistência
• A área em questão não está
relacionada a esforços mastigatórios
• Paredes circundantes em ângulo reto
com a superfície dentária
• A preservação da crista marginal
constitui uma forma de resistência
Forma de ConveniênciaO
• O acesso por vestibular constitui por
si só, forma de conveniência, por
permitir acesso direto à lesão cariosa
e preservação da crista marginal.

Baratieri, et al., 2001


Forma de Retenção
• ângulo gengivo-axial
• ângulo ocluso-axial
• broca 1/4 ou 1/2

Mondelli et al.1998
Rx Final

Baratieri et al. 2001


Cavidade Classe II Direta
• Ausência de dente vizinho
• Diastema
• Próximo a cavidade ocluso proximal

Baratieri, et al., 2001


Cavidade Classe II Direta

1- Acesso a lesão
2- Forma de contorno: paredes oclusal
e gengival paralelas entre si
Forma de Resistência

• A área em questão não está relacionada


a esforços mastigatórios
• A preservação da crista marginal constitui
forma de resistência
Forma de Conveniência

• O acesso por vestibular constitui forma de


conveniência, por permitir acesso direto a
lesão cariosa e preservação da crista
marginal
Forma de Retenção

• Ângulo gengivo-axial
• Ângulo ocluso-axial
• Broca baixa rotação 1/4 ou 1/2
Acabamento da Cavidade
Recortador de margem gengival

Cyrino, 2001
Restauração

• Idem slot horizontal

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