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CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO

E ARBITRAGEM
Professora: Jeannie Rosa e Silva
E-mail: jeannierosa10@gmail.com
Aula 10: Da Conciliação
1. Aspectos Gerais da
Conciliação
O novo CPC investe muito nos métodos consensuais de
solução de conflitos (conciliação e mediação), que utilizam
um terceiro facilitador para que as próprias partes cheguem
à solução do conflito e à pacificação mais completa.
1.1 – CONCEITO E OBRIGATORIEDADE

É o procedimento onde pelo esforço de um terceiro


(conciliador) na condução de um entendimento põem
fim a uma controvérsia.

Processo autocompositivo, informal porém estruturado, no


qual um ou mais facilitadores ajudam as partes a encontrar
uma solução aceitável para todos

Negociação assistida ou catalisada por um


terceiro
DEVER
CONCILIAÇÃO DO
ESTADO

Dever do Estado,
promover, desde que
possível, a solução
Art. 3º, do consensual dos conflitos, a
NCPC ser incentivada por todas
as instituições ligadas à
justiça, antes ou durante o
processo.
Audiência de
Conciliação

Obrigatória - art. 334,


NCPC

A audiência será
presidida por conciliador
Se ambas as partes
manifestarem, expressamente,
desinteresse na composição
Deixa de ser obrigatória a consensual
Conciliação – artigo 334,
§4º, NCPC
Quando não se admitir a
autocomposição
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1.2 – Vídeo da Conciliação
2. Características da Conciliação
Autocomposição é a prevenção
ou solução do litígio por decisão
consensual das próprias partes
É a hipótese em que as envolvidas no conflito
partes não chegam a uma
autocomposição

O conciliador propõe uma


1.3 – Características solução, que a seu critério, é
da Conciliação mais adequada para a
controvérsia

Não gera efeito vinculante as


partes
2. Fases da Conciliação
Sensibilização das Delimitação dos
partes para buscarem critérios objetivos em
uma solução amigável que irão se basear os
para o litígio seus interesses

Estabelecimento
e discussão das
bases da solução

Fechamento da solução
proposta e a formalização
das responsabilidades e
direito das partes
3. Objetivos da Conciliação
Objetivo da Conciliação
4. Princípios da
Conciliação
Princípios
Princípio da Neutralidade e Imparcialidade de
Intervenção

Princípio da Aptidão técnica


A conciliação não deve ser conduzida apenas pelo
instinto do conciliador, mas deve ser pautada em
técnica, aumentando assim a segurança das partes

Princípio da Autonomia de Vontades ou


Consensualismo Processual

Princípio
As partes devemdaser Decisão
devidamenteInformada
informadas das
conseqüências da solução escolhida para o conflito,
para que, posteriormente, não sejam surpreendidas por
algo que desconheciam
Princípios

Princípio da Confidencialidade

Princípio Pax est Querenda


Princípio da normalização do conflito. Significa que o
conciliador deve, em todos os momentos, tranqüilizar as partes
envolvidas, uma vez que a solução desta desavença é almejada
pela sociedade e, principalmente, pelos envolvidos

Princípio do Empoderamento
Visa formar os cidadãos, para que se tornem agentes de
pacificação de futuros litígios em que possam se envolver,
tendo como base a experiência vivenciada na conciliação

Princípio da Validação
Acordo estabelecido na conciliação deve ser fruto da decisão
consciente e voluntária das partes, para que estas o cumpram
fielmente. Deve expressar a vontade dos envolvidos,
satisfazendo-os.
Exige-se também que este acordo seja analisado como título executivo extrajudicial - certo, líquido e exigível.

Princípio fundamentais dos Juizados Especiais


Informalidade, Simplicidade, Economia Processual,
Celeridade, Oralidade, Flexibilidade Processual
5. Do Conciliador
Importante auxiliar da justiça (judicial) sob supervisão do
juiz, que colabora na agilização dos trabalhos,
esclarecendo sobre os inconvenientes de uma demanda
judicial, aumentando as soluções forenses.
Objetivos do Conciliador
Identificar o “tom” do caso e a base para as declarações

Dar às partes oportunidade para ouvir o outro lado

Ajudar as partes sentirem-se “ouvidas”

Estabelecer confiança (em relação ao processo, ao conciliador e à outra parte)


Papel do Conciliador
Escutar ativamente

Fazer perguntas abertas

Fazer perguntas que permitam o esclarecimento de questões

Administrar interações entre as partes


Papel do Conciliador

Identificar as questões

Identificar interesses subjacentes


não necessariamente aqueles juridicamente tutelados

Reconhecer sentimentos

Fazer um resumo utilizando linguagem neutra

Propor organização que gere uma discussão produtiva


Tarefas do Conciliador
Ouvir as partes

Identificar todas as questões da


controvérsia

Enquadrar as questões de modo a preservar a neutralidade


do conciliador e não agredir nenhuma das partes

Sugerir as questões como ponto de partida da discussão; e


Registrar as questões suscitadas a fim de certificar-se que
todas as questões sejam discutidas
Organização dos Debates

Elucidar uma necessidade ou interesse de ambas as partes.

Suscetível de ser resolvido numa Conciliação.

Neutro

Não contém atribuição de culpa

Referência ao comportamento, não à personalidade ou caráter.

Declara a matéria em disputa.

Prospectivo
6. Da Audiência de
Conciliação
Pauta de Sessão de
Preparação Audiência
Designação da Organizada de modo a
Abertura
Audiência com respeitar o intervalo mínimo Declaração de
intimação 20 dias de de 20 minutos entre o início abertura pelo
de uma e o início da
antecedência seguinte conciliador

Reunindo Informações e Esclarecendo a


Identificando Resolvendo questões
controvérsia e os • Questões selecionadas para
controvérsias
interesses, reconhecendo discussão pelo conciliador mediante
- Declarações das partes os sentimentos o consentimento das partes
• Avaliação pelas partes de possíveis
- Formulação de perguntas pelo • Formulação de perguntas pelo métodos de resolução
conciliador conciliador • Análise das opções
- Escutando ativamente • Discussão da controvérsia

Acordo/Autocomposição Encerrando a sessão Homologação do


• Testando soluções
• Confirmação do acordo ou, em caso
• Leitura e assinatura do termo Acordo por sentença
• Em caso de impasse, revisão
de impasse, discussão dos passos a
das questões e interesses das
• Redução a termo do
serem tomados
• Decisão acerca da necessidade de um partes e discussão das opções acordo
acordo escrito e, se considerado • Validação do esforço e do • Título Executivo
necessário, sua redação trabalho das partes Judicial
6.1 – Inovação do Novo Código de Processo
Civil

Art. 334. § 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio


eletrônico, nos termos da lei.

• A expressão meio eletrônico deve ser interpretada em consonância com o instituto a que


se refere (audiência), de modo que não seria admissível “audiência” realizada por e-mail
ou outro sistema de troca de mensagens que não seja ao vivo, mas é a futura legislação
que irá reger a matéria.
POR HOJE É SÓ.
GRATA PELA ATENÇÃO.

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