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Direção Defensiva, Legislação de

Trânsito e Manutenção da Frota

Davyd Lucas F. Lima


Técnico de Segurança do Trabalho
Assessor de Brigada de Incêndio
MTE-0019233/CE

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Acidentes de Trânsito
• Fatores condicionantes e efeitos de acedentes de
trânsito
– Ato inseguro: consiste na ação perigosa do agente,
devida a negligência, a imperícia ou a imprudência
do agente (motorista, pedestre etc.)
– Condição insegura: consiste nas condições
desfavoráveis do meio ambiente (clima), do veículo,
da via e do próprio condutor, que potencializam a
ocorrência de acidentes (estradas esburacadas, neblina,
chuva, fadiga etc.)

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Acidentes de Trânsito

• Em geral, a maioria dos acidentes de trânsito são


resultados de atos inseguros dos condutores. Estas
ações são resultado dos seguintes características do
condutor:
– Imperícia: não habilitação para conduzir veículo
por parte dos condutores;
– Imprudência: ação precipitada e desmedida dos
condutores;
– Negligência: ação irresponsável dos condutores.

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Acidentes de Trânsito

• O SISTEMA DE TRÁFEGO

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Acidentes de Trânsito
• TIPOS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

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Acidentes de Trânsito

• TIPOS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

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Acidentes de Trânsito

• Os acidentes enquadrados na categoria capotamento


são caracterizados quando o veículo envolvido no
acidente executa pelo menos um giro em torno de seu
eixo de simetria transversal, retornado ou não para
a sua posição original.
• Este tipo de acidente é um dos mais graves,
ocasionado grandes danos matérias e perdas de vidas
do condutor e dos transeuntes, potencialmente.
Normalmente, a causa deste tipo de acidente está
relacionada com o excesso de velocidade e com
frenagens bruscas

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Acidentes de Trânsito

• Os acidente tipo tombamento é caracterizado quando


o veículo envolvido no acidente mantêm suspensas
todas as suas rodas, sem que tenha ocorrido um
capotamento do mesmo.
• Este tipo de acidente pode ser resultado de excesso de
velocidade em curvas, ou devido a curvas fechadas
executadas de forma brusca.

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Acidentes de Trânsito

• O acidente tipo queda caracteriza-se quando o


veículo é projetado para fora da via e caí de
uma dada altura até atingir o estado de repouso
novamente.
• O acidente pode ocorre com veículos que
trafegam sobre pontes, viadutos e elevações de
relevo (ex.:montanhas).

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Acidentes de Trânsito

• No caso do tipo choque, o acidente é caracterizado


quando um veículo colide com um obstáculo físico
parado ou um animal. Assim, é possível afirmar que o
choque seria um caso especial de colisão.
• Normalmente a causa do choque pode estar associada
a perda de controle do veículo por parte do condutor.

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Acidentes de Trânsito

• Já no caso do tipo atropelamento, o acidente é


caracterizado quando um veículo colide com
um pedestre, ciclista ou motociclista. Este tipo
de acidente é discretisado do tipo colisão tendo
em vista que culmina, normalmente, em maior
prejuízo de vidas que as colisões.

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Direção Preventiva

Direção Preventiva é:
“Conduzir um veículo evitando mortes,
sofrimentos, perda de tempo e dinheiro,
independentemente das condições ao
nosso redor e das ações dos outros”.
 

Fonte: MSD Tecnologia Educacional, Curso de Formação de Condutores

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Os cinco elementos da Direção Preventiva

• Conhecimento
• Atenção
• Previsão
• Decisão
• Habilidade

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Cinto de segurança

O que o cinto de segurança faz por você:

• Proporciona postura correta ao dirigir;


• Favorece a concentração ao dirigir;
• Mantém o corpo em posição estável;
• Reduz a fadiga do motorista;
• Retém o corpo no banco no momento da colisão;
• Impede que a pessoa seja projetada para fora do veículo em
caso de colisão.

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Via pública

• Uma via pública é a superfície por onde transitam os


veículos, as pessoas e os animais.
• A via compreende a pista, a calçada, o acostamento,
a ilha e o canteiro central.
• As vias podem ser urbanas ou rurais (estradas ou
rodovias).

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Você sabia?

Para cada 15 quilômetros adicionados à


velocidade de 80 quilômetros por hora, o
motorista estará dobrando as chances de
morte se por acaso vier a sofrer alguma
colisão.

6
Ultrapassagens perigosas

• Não ultrapasse em curvas, túneis,


viadutos, pontes, subidas, descidas,
cruzamentos e onde a sinalização for
com linha contínua.

• Ao ultrapassar um veículo em uma dessas situações, você


poderá ultrapassar a barreira da morte!
• Em caso de dúvida, não arrisque, espere outra chance.

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Facilite o trânsito!

Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Exerça a cidadania! Não


dificulte a ultrapassagem, mantenha a velocidade do seu veículo ou
até mesmo reduza-a ligeiramente, facilitando a ultrapassagem do
outro veículo.

8
Estreitamento de pista

• Pontes estreitas ou sem acostamento, obras,


desmoronamento de barreiras e presença de objetos podem
provocar o estreitamento da pista.

• Ao perceber o estreitamento, redobre a atenção, reduza a


velocidade e a marcha.

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Custos dos acidentes de trânsito no Brasil

Os custos com acidentes Brasil, nos últimos anos, atingem o número


assustador, aproximadamente R$ 28 bilhões. São distribuídos em
rodovias, estradas e cidades:
• Federais ............................ R$ 6,5 bilhões;
• Estaduais .......................... R$ 14,0 bilhões;
• Municipais ......................... R$ 1,4 bilhão;
• Nas vias urbanas .............. R$ 6,0 bilhões.

(R$ 28 bilhões => 1,45 % do PIB brasileiro 2010/2013)

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Estatísticas de jovens aos volante.

• No Brasil, há 12.549.110 condutores entre 19 e 30 anos.

• Nos acidentes com vítimas em 2004, 44% dos condutores


tinham menos de 29 anos.

• Em 2005, já eram 46% dos condutores, sendo que 3,4% dos


condutores tinham menos de 18 anos.
 
(Fonte:DENATRAN, 2006)

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Todo veículo necessita de tempo para poder parar, por
menor que seja sua velocidade.

• Tempo de reação: é aquele que o motorista gasta


para reagir frente a um perigo.
• Tempo de frenagem: é o tempo que é gasto desde
o acionamento do mecanismo de freio até a parada
total do veículo.
• Tempo de parada: é o gasto desde que o perigo é
visto até a parada total do veículo.

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Todo veículo necessita de tempo para poder parar, por
menor que seja sua velocidade.

• Distância de reação: é aquela percorrida pelo veículo desde


que o motorista vê o perigo até tomar uma atitude.
• Distância de frenagem: é a distância que o veículo percorre
depois que o mecanismo do freio é acionado até a parada total
do veículo.
• Distância de parada: é a percorrida pelo veículo desde que o
perigo é visto até sua parada total.
• Distância de seguimento: é a distância entre o veículo que
você está dirigindo e o veículo à frente.

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Estatísticas de acidentes

• Em 2005, 24% das vítimas fatais em


acidentes de trânsito foram pedestres.

• Estima-se que existam 900 mil moto boys em


todo o Brasil, sendo 300 mil só em São Paulo.

• Acidentes com motos representam 19% dos


gastos totais do Brasil com acidentes de
trânsito.
Fonte: Denatran/2006

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Você concorda?

“Os veículos maiores são responsáveis pela segurança


dos menores, os motorizados pelos não motorizados e
todos juntos devem garantir a segurança do pedestre”.

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Condições Adversas

São aquelas que estão além da


capacidade de controle do motorista,
exigindo técnicas de direção
preventiva que permitam antecipá-
las.

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As situações de condições adversas acontecem,
principalmente, nos seguintes contextos:

• Luminosidade
• Condições climáticas
• Via
• Trânsito
• Veículo
• Motorista
• Passageiro

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Condições Adversas

Em caso de derrapagem, vire o volante sempre


para a direção onde você quer que a frente do
veículo siga!

 E lembre-se:
A melhor defesa numa dessas condições
adversas será reduzir a velocidade e aumentar a
distância de segurança do veículo a sua frente.

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Atenção!

Quando você entrar no veículo, verifique:


• Se todas as portas estão fechadas;
• Se todos os passageiros estão seguros, usando o
cinto de segurança;
• Se os assentos e retrovisores estão regulados;
• Se você tem visão ampla em todas as direções ao
redor do veículo.

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Condições físicas que podem influenciar a
conduta dos motoristas:

• Idade
• Mobilidade
• Audição
• Visão
• Enfermidade
• Fadiga e Enjôo

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Na manutenção do veículo, os seguintes itens
devem ser observados:

• Combustível;
• Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica;
• Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio);
• Água do Radiador;
• Luzes indicativas de direção, de freio e de ré.

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Também devem ser observados:

• Água do limpador de pára-brisa;


• Palhetas do limpador de pára-brisa;
• Desembaçador dianteiro;
• Faróis;
• Lanternas dianteiras e traseiras.

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Não se esqueça de conferir:

Uma vez por Uma vez por Uma vez por


semana mês ano
Nível do óleo do Nível óleo caixa de Limpador do pára-
motor marchas brisas
Nível água do Óleo do Estrias dos
limpador freio pneus
Sistemas
hidráulicos

23
Condições dos veículos

24
Condições dos veículos

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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

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Código de Trânsito Brasileiro

APRESENTAÇÃO
As leis são criadas para definir algumas regras, que devem ser
seguidas, com o objetivo de facilitar a convivência em sociedade.
No trânsito, essas regras são importantes para aumentar a
segurança e para organizar a circulação de veículos, pedestres e
demais usuários das vias.

38
Código de Trânsito Brasileiro

OBJETIVOS
- Conhecer as categorias de habilitação e sua relação com os
veículos;
- Apresentar a documentação exigida para condutor e veículo;
- Conhecer a sinalização viária básica.

39
Código de Trânsito Brasileiro

INTRODUÇÃO
O Brasil possui um conjunto de leis que regem e disciplinam o trânsito nas
vias terrestres.

A principal delas é a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui


o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Além do CTB, existem a legislação complementar, as Resoluções do


Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as Portarias do Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran) e outras regulamentações estaduais e
municipais.

40
Código de Trânsito Brasileiro

O Código de Trânsito Brasileiro

No Art. 1º, o CTB estabelece: “ O trânsito de qualquer natureza nas vias


terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este
Código” .

O parágrafo 2º, assegura que “ o trânsito, em condições seguras, é um


direito de todos e dever dos órgãos e entidades competentes do Sistema
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito” .

41
Código de Trânsito Brasileiro

De acordo com o Art. 1º, os órgãos e entidades componentes do


SNT respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente,
por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na
execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o
exercício do direito do trânsito seguro.

42
Código de Trânsito Brasileiro

Já o Art. 5º define que o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é um


conjunto de órgãos e entidades que tem a finalidade de promover as
atividades de planejamento, administração, normalização, pesquisa,
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e educação
continuada de condutores.

43
Código de Trânsito Brasileiro

Categoria de habilitação e relação com veículos


conduzidos
Todo condutor deve possuir um documento de habilitação, denominado
Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O Art. 143 estabelece que os candidatos à CNH podem habilitar-se nas


categorias de A a E:

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Categoria A Condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;
Unidade 1. Código de Trânsito Brasileiro

Categoria B Condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não
exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares,
excluído o do motorista;

Categoria C Condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total
exceda a três mil e quinhentos quilogramas;

Categoria D Condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação


exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

Categoria E Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas Categorias
B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque ou articulada, tenha seis mil
quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a oito lugares, ou, ainda,
seja enquadrada na categoria trailer.

45
Código de Trânsito Brasileiro

Em relação à documentação do veículo, é obrigatório portar o


Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV. A
Resolução do Contran nº 205, de 10 de novembro de 2006, estabelece
os documentos de porte obrigatório e também determina que esses
documentos devem ser os originais.

48
Código de Trânsito Brasileiro

Sinalização de trânsito e sinalização viária

O Capítulo VII do CTB trata da sinalização necessária para orientar os


condutores e os pedestres na forma correta de circulação, garantindo
maior fluidez no trânsito e maior segurança para veículos e pedestres.

O Art. 87 apresenta a classificação para os sinais de trânsito: verticais,


horizontais, dispositivos de sinalização auxiliar, sinais luminosos,
sonoros e gestos do agente de trânsito e do condutor.

49
Código de Trânsito Brasileiro

Sinalização Vertical

A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na


posição vertical, normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso
sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e,
eventualmente, variáveis.

A sinalização vertical classifica-se de acordo com sua função:


a) Sinalização de Regulamentação;
b) Sinalização de Advertência;
c) Sinalização de Indicação.

50
Código de Trânsito Brasileiro

Sinalização Horizontal

A sinalização horizontal utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas


pintados ou apostos sobre o pavimento das vias.

Sua função é organizar o fluxo de veículos e pedestres, controlar e


orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria,
topografia ou obstáculos, além de complementar os sinais verticais de
regulamentação, advertência ou indicação.

Em casos específicos, tem poder de regulamentação.

51
Código de Trânsito Brasileiro

Dispositivos Auxiliares

Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao pavimento junto


à via ou nos obstáculos próximos, de forma a tornar mais eficiente e
segura a operação da via.

Podem ser balizadores, tachas, prismas, gradis de canalização e


retenção, defensas metálicas, dispositivos luminosos, cones e outros.

52
Código de Trânsito Brasileiro

Dispositivos Luminosos

São elementos que se utilizam de recursos luminosos para proporcionar


melhor visualização, ou que, conjugados a elementos eletrônicos,
permitem a variação da sinalização ou de mensagens.

Um exemplo é o painel eletrônico de mensagens. Esses painéis


auxiliam os condutores enviando mensagem de alerta (por exemplo:
“ Acidente a 3 quilômetros” ) ou educativas (por exemplo: “ Em caso de
chuva, reduza a velocidade” ).

53
Código de Trânsito Brasileiro

Sinais Sonoros

O sinal sonoro é aquele emitido por um Agente da Autoridade de


Trânsito e somente deve ser utilizado quando associado aos gestos dos
agentes.

Estes sinais sonoros são emitidos, por exemplo, quando um Agente da


Autoridade de Trânsito está em um semáforo e quer mudar a direção do
trânsito, ou seja, quer parar o fluxo em uma direção e iniciar o fluxo em
outra.

54
Código de Trânsito Brasileiro

Gestos do agente de trânsito e do condutor

Finalmente, existem os gestos efetuados tanto pelos agentes de trânsito


quanto pelos condutores, que também são sinais de trânsito.

Os gestos dos condutores são movimentos convencionais de braço,


adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar ou indicar que
vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução brusca de
velocidade ou parada.

55
Código de Trânsito Brasileiro

Já os gestos dos agentes são movimentos de braço, adotados


exclusivamente pelos Agentes da Autoridade de Trânsito, para orientar,
indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir
ordens. As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de
Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as normas
definidas por outros sinais de trânsito.

56
Código de Trânsito Brasileiro

CONCLUSÃO
O condutor que desobedece às normas estará sujeito às
penalidades previstas no Art. 256 do CTB. O desconhecimento da
lei não pode ser usado em sua defesa. No entanto, é importante
ressaltar que, conforme o Art. 90, não serão aplicadas as sanções
previstas no CTB por inobservância à sinalização quando ela for
insuficiente ou incorreta.

Assim, o poder público tem o dever de manter a sinalização em


bom estado!

57
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
APRESENTAÇÃO
Os condutores têm o dever de conhecer as leis que disciplinam o
trânsito. Apesar disso, muitos ainda estacionam em locais
proibidos, ultrapassam a velocidade permitida, cruzam semáforos
vermelhos etc. Nesta unidade, vamos conhecer as principais
normas e infrações de trânsito, bem como as respectivas
penalidades cabíveis.

58
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
OBJETIVOS
- Conhecer as infrações, crimes de trânsito e penalidades segundo o
CTB;
- Apresentar as regras gerais de estacionamento, parada e
circulação.

59
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
INTRODUÇÃO
As leis determinam o que pode e o que não pode ser feito, e aqueles que
não as cumprem são considerados infratores e estão sujeitos a
penalidades.

Além disso, transgressões no trânsito comumente geram riscos de


acidentes.

60
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Infrações de trânsito

De acordo com o Art. 161 do CTB, constitui infração de trânsito a


inobservância a qualquer preceito do CTB, da legislação complementar
ou das Resoluções do Contran, tornando o infrator sujeito a penalidades
e medidas administrativas, além das punições previstas no Capítulo XIX
do Código.

No Capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro estão


apresentadas as infrações que os condutores não podem cometer.
Consulte os Art. 162 a 255 desse Capítulo.

61
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Penalidades

Segundo o CTB, as penalidades poderão ser impostas ao condutor, ao


proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador.

Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas, ao mesmo


tempo, as penalidades em que houver responsabilidade solidária em
infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um
pela falta em comum que lhes for atribuída.

62
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração


referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e
condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre,
conservação e inalterabilidade de suas características, componentes,
agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando
esta for exigida, e outras disposições.

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Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

O Art. 256 do CTB define as seguintes penalidades para os infratores:


I - advertência por escrito;
II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.

64
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de


atos praticados na direção do veículo.

Quando não for feita a identificação imediata do condutor infrator, o


proprietário do veículo terá 15 dias de prazo, após a notificação da
autuação, para apresentá-lo.

65
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

O CTB traz uma classificação das infrações cometidas no trânsito pelos


condutores e pedestres. De acordo com o Art. 259, a cada infração
cometida são computados os seguintes pontos na CNH do condutor:

NATUREZA DA INFRAÇÃO PONTUAÇÃO NA CNH


Gravíssima 7 (sete)
Grave 5 (cinco)
Média 4 (quatro)
Leve 3 (três)

66
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Suspensão do direito de dirigir

A penalidade de suspensão do direito de dirigir foi regulamentada pela


Resolução 182/05. De acordo com esta Resolução, será imposta
penalidade:
I – sempre que o infrator atingir a contagem de 20 pontos, no
período de 12 meses;
II – por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas
infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
suspensão do direito de dirigir.

67
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

É importante ressaltar que, dependendo da situação, há infrações que,


mesmo cometidas uma única vez, podem acarretar a suspensão do
direito de dirigir, não importando a contabilidade dos pontos. Nestes
casos, ainda a depender das circunstâncias da infração, a suspensão
será por tempo determinado e até o condutor regularizar sua situação.

Art. 16. Na aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir a


autoridade levará em conta a gravidade da infração, as circunstâncias
em que foi cometida e os antecedentes do infrator, para estabelecer o
período da suspensão, na forma do Art. 261 do CTB.

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Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Apreensão do veículo

Nos casos em que é aplicada a penalidade de apreensão do veículo, o


agente de trânsito adota também a medida administrativa de
recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual. A restituição dos
veículos apreendidos só ocorre com o pagamento das multas impostas,
taxas e despesas com remoção e estada no depósito do órgão de trânsito.

A retirada dos veículos apreendidos é condicionada, ainda, ao reparo de


qualquer componente ou equipamento obrigatório que não esteja em
perfeito estado de funcionamento.

69
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Concessão ou Permissão para Dirigir

Essas penalidades são aplicadas por decisão fundamentada da autoridade


de trânsito, em processo administrativo, assegurando-se ao infrator
amplo direito de defesa. O recolhimento da CNH e da Permissão para
Dirigir é feito mediante recibo, inclusive quando há suspeita de falsidade
ou adulteração do documento.

Quando se tratar de infração agravada, ou seja, que oferece maiores


riscos à segurança, o valor da multa sofre adição a partir de um fator
multiplicador (elas poderão ser multiplicadas por 3 ou 5), conforme
artigos 162 e 258 Parágrafo 2º.

70
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

Exemplo: um cidadão que dirige um veículo sem possuir CNH


ou sem Permissão para Dirigir oferece maiores riscos do que um
cidadão que possui CNH, mas que está vencida no momento da
fiscalização.

O Código prevê, para esta situação, uma penalidade agravada de multa


(neste caso ela é de três vezes o valor previsto) e apreensão do veículo.

71
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
O Processo e as medidas administrativas

Conforme o Art. 269 a autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera


das competências estabelecidas no CTB e dentro de sua circunscrição,
deverá adotar as seguintes medidas administrativas:

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I Retenção do veículo;
Unidade 2. Infrações, crimes de trânsito e penalidades
II Remoção do veículo;
III Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV Recolhimento da Permissão para Dirigir;
V Recolhimento do Certificado de Registro;
VI Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII (VETADO);
VIII Transbordo do excesso de carga;
IX Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;

X Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio


das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento
de multas e encargos devidos.

XI Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de


primeiros socorros e de direção veicular. 73
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

Todo condutor de veículo automotor envolvido em


acidente de trânsito, ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob
suspeita de haver excedido os limites de álcool no sangue, será
submetido a testes de alcoolemia que permitam certificar seu estado de
embriaguez.

74
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Os Crimes de trânsito

Os condutores precisam estar conscientes das circunstâncias que


agravam as penalidades dos crimes de trânsito, pois algumas estão
relacionadas ao seu trabalho. O CTB trata dos crimes de trânsito no
Capítulo XIX, dos Art. 291 a 312.

O Art. 291 determina que aos crimes cometidos na direção de veículos


automotores, previstos no CTB, aplicam-se as normas gerais do Código
Penal e do Código de Processo Penal, se esse Capítulo não dispuser de
modo diverso, bem como a Lei nº 9.099 de 26 de setembro de 1995, no
que couber.

75
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

De acordo com o Art. 298, são circunstâncias que sempre agravam as


penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a
infração:
I Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave
dano patrimonial a terceiros;
II Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente
da do veículo;
V Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga;
VI Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a segurança ou o funcionamento de acordo com os
limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII Sobre a faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada à
circulação de pedestres. 76
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Estacionamento, parada e circulação

As regras gerais de circulação definem o comportamento correto dos


usuários das vias, principalmente dos condutores.

Apesar de serem procedimentos básicos, os erros em manobras são


extremamente frequentes, sendo os principais responsáveis por grande
parte das infrações e acidentes.

77
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

De acordo com o Art. 26 do CTB, os usuários das vias terrestres


devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo
para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda
causar danos a propriedades públicas ou privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando,
depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou
nela criando qualquer outro obstáculo.

78
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

De acordo com o Art. 28 o condutor deverá, a todo momento, ter


domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.

79
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
O Art. 29 apresenta normas para circulação e conduta de veículos nas vias
terrestres.

De maneira resumida, o artigo define que:


I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais
veículos, bem como em relação ao bordo da pista;
III - terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por
ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
IV - quando houver várias faixas na pista, as da direita são destinadas ao deslocamento dos
veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos
veículos de maior velocidade;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer
para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento. 80
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por
meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as
condições de trânsito. Onde não existir sinalização regulamentadora, a
velocidade máxima será de:

I - nas vias a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido;
urbanas: b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II - nas vias a) nas rodovias:
rurais: • 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e
  motocicletas; (Redação dada pela Lei nº 10.830, de 23.12.2003)
• noventa quilômetros por hora, para ônibus e micro-ônibus;
• oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
81
Infrações, crimes de trânsito e
penalidades

Além dessas normas gerais, o CTB define outras


para se reduzir a velocidade do veículo, frear, parar ou
estacionar. Existem normas, também, para o uso das
luzes do veículo e de buzina. Fique atento, pois o CTB
também estabelece procedimentos para as
ultrapassagens e para os cruzamentos; ademais, há
situações em que são necessárias mudanças de direção
ou outras manobras.

82
Unidade 2. Infrações, crimes de trânsito e penalidades

CONCLUSÃO
Condutores que não respeitam as leis e os sinais de trânsito são
considerados infratores, e são penalizados com multas e com a
contabilização de pontos em seu prontuário no Detran.

Estabeleceu-se um limite para pontuação na CNH de cada


condutor. Ultrapassá-lo pode levar à suspensão do seu direito de
dirigir.

83
Programação e controle de manutenção

Objetivos

• Elaborar planilhas de custos operacionais

• Conhecer os tipos de manutenção de veículos

31
Programação e controle de manutenção

Definição de Manutenção

A MANUTENÇÃO é um conjunto de ações para


manter ou restabelecer um bem em um estado
específico ou assegurar um serviço.

32
Manutenção da frota

Objetivos da Manutenção (Frota)

•otimizar os insumos garantindo segurança e reduzindo


impactos ambientais;

• garantir a frota para a operação do serviço; e

• manter o controle histórico da manutenção no período de vida


útil do veículo.

33
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Preventiva

• Corretiva

• Condicional ou Preditiva

34
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Preventiva

Efetuada frequentemente de acordo


com os critérios pré-estabelecidos para
reduzir a probabilidade de falha do
veículo ou a degradação de um serviço
efetuado.

35
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Preventiva
-Sistemática ou Programada
-Condicional

36
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Preventiva
- Condicional
Executada de acordo com o estado do
equipamento após a evolução de um sintoma
significativo

37
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Corretiva

Realizada, normalmente, após uma


falha. É usada para corrigir as causas e
efeitos de ocorrências constatadas.

38
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Corretiva
- Comum ou Geral
- Melhoramento

39
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Corretiva
- Comum ou Geral
Executada após a quebra ocorrida durante a
operação.

40
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Corretiva
- Melhoramento
Executada antes da quebra por se constatar
algum problema indicativo.

41
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Preventiva vs. Corretiva

42
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Condicional ou Preditiva
Realizada quando o equipamento realmente
necessita.

A indicação de retirada do veículo só deve


ocorrer quando realmente for necessária sua
substituição.

43
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Condicional ou Preditiva

Requisitos para sua adoção:


-mecânicos bem treinados;
-motoristas capacitados em percepção;
-inspeção com auxílio de equipamentos e
sentidos humanos; e
-conhecimento de parâmetros de desempenho
de peças.
44
Manutenção da frota

Tipos de Manutenção
• Condicional ou Preditiva

Orientações para sua adoção:


-monitorar e inspecionar os componentes mais
críticos;
-olhar a segurança como um objetivo prioritário;
-reparar os defeitos; e
-se algo está trabalhando bem, não há necessidade de
conserto.
45
Manutenção da frota

Custo de Indisponibilidade

O Custo de Indisponibilidade (CI) são os prejuízos


ocasionados com as paralisações dos veículos.

46
Manutenção da frota

Falha
Término da capacidade do veículo de efetuar
a sua operação; problema que impede o
veículo de continuar operando, por
paralisação ou por segurança.

Estrago, avaria, panes, incidentes,


paralisações, etc.

47
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto à velocidade ou forma de manifestação:

- falhas que ocorrem progressivamente;


- falhas que ocorrem de forma repentina.

48
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto ao momento de aparecimento, podem


aparecer falhas durante:
- o funcionamento do veículo;
- após o veículo parar de funcionar.

49
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto ao grau de importância, podemos ter:

- falhas parciais, comprometendo parcialmente o


funcionamento do veículo;
- falha completa, aquelas que param completamente o
veículo.

50
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto à velocidade de aparecimento e grau de


importância, podem ser:
- por degradação e ao mesmo tempo progressiva e
parcial;
- catalítico, ao mesmo tempo repentino e total.

51
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto à origem, pode ser:

- interna: relacionada à falha de um dos


componentes do caminhão;
- externa: causada por agente externo, por exemplo
um acidente.

52
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto às conseqüências, podem ser:


- crítica: suscetível a danos corporais ou de conseqüências
inaceitáveis;
- maior: de importância vital para a continuidade da
prestação dos serviços;
- menor: sem grandes conseqüências para a continuidade
dos serviços.

53
Manutenção da frota

Falha

Tipos de Falha

Quanto às características das falhas, essas podem ser


classificadas em:
- intermitente: perda repetitiva momentânea de função;
- fugitiva/transitória:perda de curta duração não repetitiva;
- sistemática: causa inatingível sem mudar componente;
- reproduzível: que pode ser simulada;
- de causa comum: que afeta vários componentes.

54
Manutenção da frota

Falha
Tipos de Falha

Quanto às causas, elas podem ser:


- por fraqueza na concepção de fabricação;
- por má utilização;
- por má conservação;
- por envelhecimento e desgaste;
- primária: provocada por falha de só um componente;
- secundária: ocorrida em um componente e causada por outro.

55
Manutenção da frota

Falha
Evolução dos modos de falhas:
•a iniciação acontece com um defeito de concepção, de fabricação
e/ou uma causa externa como a sobrecarga;
•a propagação geralmente acontece por modos de falhas em
funcionamento;
•a ruptura (perda do bom funcionamento) ocorre de maneira
acelerada após a propagação no tempo.

Iniciação
Iniciação Propagação
Propagação Ruptura
Ruptura

56
Manutenção da frota

Falha
Principais modos de falhas mecânicas em funcionamento:

CHOQUE ABRASÃO

SOBRECARGA EROSÃO

FADIGA CORROSÃO

DESGASTE POR USO FLUÊNCIA


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Obrigado a todos!!! 111

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