Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exemplo: Sei que ela adora Fernando Pessoa. (Adora o que Fernando Pessoa
escreveu.)
Esse tipo de metonímia é chamada de “autor pela obra”. Existem outros tipo, veja,
por exemplo:
Parte pelo todo: preciso de um teto para morar. (Só um teto?? Não… a casa toda).
Lugar pelo produto feito no lugar: para comemorar compramos um Porto. (Porto =
lugar onde é produzido o vinho).
Continente pelo conteúdo: bebeu o cálice todo. (na verdade, bebeu o líquido que
estava dentro do cálice).
Sinestesia
Ocorre quando, numa enunciação, há uma mescla de
diferentes sensações que são percebidas pelos órgão de
sentido.
Exemplo:
“A explosiva descoberta
Ainda me atordoa.
Estou cego e vejo.
Arranco os olhos e vejo”.
(Carlos Drummond de Andrade)
Antítese
É a aproximação, na linguagem escrita ou falada, de termos ou
expressões que têm sentidos opostos.
(A) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os perigos dessa prática,
contribuindo para erradicá-la.
(B) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de colocar
criminosos na cadeia.
(C) dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, enfatizando a
importância da denúncia
(D) destacar que a violência sexual infantil predomina durante a noite, o que requer maior
cuidado dos responsáveis nesse período.
(E) chamar a atenção para o fato de o abuso infantil durante o sono, sendo confundido por
algumas crianças com um pesadelo.
O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria
evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto
apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar:
O robô faz-tudo
Os robôs têm se mostrado ferramentas valiosas para soldados, cirurgiões e pessoas que desejam limpar seu
carpete. Mas, em cada caso, eles são projetados e construídos especificamente para uma tarefa. Agora existe
um movimento que pretende construir máquinas multifuncionais − robôs que naveguem mudando de
ambientes como escritórios ou salas de estar e trabalhem com as próprias mãos. É claro que robôs multiuso
não são uma ideia nova. “Faz cerca de 50 anos que faltam cinco ou dez anos para que isso aconteça”, ironiza
Eric Berger, codiretor do Programa de Robótica Pessoal da Willow Garage, empresa iniciante do Vale do
Silício. A demora deve-se em parte ao fato de que mesmo tarefas simples requerem um grande conjunto de
habilidades. Para que busque uma caneca, por exemplo, um robô precisa processar dados coletados por uma
série de sensores − scanners a laser que identificam possíveis obstáculos, câmeras que procuram o alvo,
resposta de sensores de força nos dedos para segurar a caneca, e muito mais. Mas Berger e outros especialistas
estão confiantes em relação a um progresso real que possa ser obtido na próxima década.
(Adaptado de Gretory Mone. O robô faz-tudo. Scientific American Brasil. Ano 8, n. 92, 01/2010, p.39)
“Faz cerca de 50 anos que faltam cinco ou dez anos para que isso aconteça”, ironiza Eric
Berger...
A ironia da frase evidencia dois aspectos do tema tratado no texto, que são:
MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Relacione as definições abaixo com as figuras de linguagem:
( ) Figura de linguagem em que se emprega um sentido incomum para uma palavra a partir de uma relação de semelhança
entre dois termos.
( ) Figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia com exagero, a fim de enfatizá-la ou destacá-la.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra por outra, com a qual tem uma relação de
interdependência, proximidade.
( ) Figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas a seres inanimados ou irracionais.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de palavra ou expressão agradável para amenizar uma ideia desagradável
ou grosseira.
( ) Figura de linguagem que consiste em aproximar dois termos a partir de uma característica comum. Faz uso de
conectivos: como, tal qual, que nem etc.
1. Eufemismo.
2. Metáfora.
3. Comparação.
4. Prosopopeia ou personificação.
5. Hipérbole.
6. Metonímia
a) 6 – 4 – 2 – 1 – 3 – 5
b) 6 – 5 – 2 – 2 – 3 – 4
c) 2 – 5 – 6 – 4 – 1 – 3
d) 2 – 6 – 5 – 4 – 1 – 3
e) 1 – 2 – 6 – 5 – 4 – 3
(UFPA)
Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio,
1979)
Nos versos
a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia