Tipos textuais

Português I – AULA II
 Há uma variedade de critérios desenvolvidos pelos linguistas para
classificar os textos: instituições de origem (políticos, religiosos,
escolares), estética (literário e não-literário), arranjo textual (prosa,
verso) entre outras (BASTOS, 2002).
A classificação mais conhecida e mais utilizada divide os textos
em cinco categorias: narrativo, descritivo, dissertativo, injuntivo
e expositivo. Essa classificação considera a finalidade e a estrutura
do texto, isto é, é definida pela natureza linguística, por aspectos
lexicais, sintáticos, relações lógicas etc .
 Texto narrativo
A marca fundamental desse tipo textual é contar uma
história, através de uma sequência de ações reais ou
imaginárias, que envolve personagens e acontecimentos. O
enredo é construído a partir de elementos como foco
narrativo, personagens, tempo e espaço.
 Texto descritivo
É o texto que descreve de maneira objetiva ou subjetiva coisas,
pessoas ou situações. Ele indica aspectos, características, detalhes
etc, por isso alguns dos recursos linguísticos utilizados nesse tipo
textual são: adjetivos, verbos de ligações, metáforas e
comparações. Habitualmente, não são textos autônomos. Eles
constituem passagens em gêneros textuais que combinam mais de
um tipo textual. Por exemplo, quando o autor pausa a narrativa
para caracterizar o personagem ou o cenário onde se passa o
enredo.
 Texto dissertativo
Tem como finalidade defender uma ideia, portanto, o autor
desenvolve a tese ou ponto de vista utilizando estratégias
argumentativas como recurso. Argumentos de autoridade,
comparações, contra argumentação, dados estatísticos são alguns
recursos que podem ser utilizados pelo autor.
Além de ser opinativo, ele busca também persuadir o leitor a
concordar com a tese defendida. Fundamentalmente, a estrutura é
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. A
impessoalidade da linguagem é outra característica comum a esse tipo
de texto.
Exemplo

O documento final da cúpula do G20 reflete o quanto os países latino-

americanos integrantes do grupo – Argentina, Brasil e México – resistem em
assumir compromissos claros com o financiamento para a educação.
[...] Ainda que seja motivo de celebração a referência de uma justiça
tributária no documento final, faltou uma promessa mais sólida pelo fim dos
incentivos fiscais prejudiciais e por uma reforma tributária progressiva. Gerar
recursos a partir dessas medidas seria uma opção mais racional frente ao corte de
gastos para educação, saúde, assistência social e outros direitos, sob a
justificativa de controlar as contas públicas e superar a crise econômica.
O G20, portanto, deixa uma importante lição: ou os governos assumem
compromissos claros e críveis com o financiamento do ensino público, ou não
chegaremos nem perto de cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) de número 4, que aborda a educação.
 Texto expositivo
Ao adotar esse tipo textual, o autor têm como finalidade explanar, discutir,
explicar sobre um assunto. Diferentemente do texto dissertativo, o objetivo não
é argumentar e convencer o leitor do ponto de vista defendido, mas apenas
apresentar informações sobre o tema, através de uma exposição clara e objetiva.
 Texto injuntivo

O objetivo desse tipo textual é instruir o leitor

acerca de um procedimento. Ele fornece
informações que influenciam na conduta do leitor,
incitando-o a agir. Como exemplos, podem ser
citados: receita de bolo, bula de remédio,
propagandas. Assim, um recurso linguístico muito
comum nos textos injuntivos são verbos no
imperativo, pois indicam uma ordem ou pedido.
 Gêneros textuais.
Em nossas atividades comunicativas, são incontáveis os
momentos em que não somente lemos textos diversos, como
também produzimos ou ouvimos diversos enunciados.
Todavia, os gêneros são resultados das práticas
sóciocomunicativas, pois são dinâmicos e sofrem variações na
sua constituição.

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 Toda vez que enunciamos algumas coisas, o fazemos através de
um gênero. Eles dispõem de uma forma padrão que é relativamente
estável. Cada gênero possui características que serão imutáveis e
que servirão para a identificação do mesmo. É por causa dessas
características que podemos diferenciar uma carta de um poema e
etc.
Segundo KOCH (2004), os indivíduos desenvolvem uma
competência metagenérica que lhes possibilita interagir de forma
consciente, na medida em que envolvem as diversas práticas
sociais. É esta competência que possibilita a produção e a
compreensão de gêneros textuais.
 Os gêneros são marcados por sua esfera de atuação o que
promove modos específicos de combinar, indissoluvelmente,
conteúdo temático, propósito comunicativo, estilo e composição.
Não é possível mensurar a quantidade de gêneros existentes,
pois eles surgem e desaparecem de acordo com as
necessidades de comunicação da sociedade. São exemplos de
gêneros: convite, aviso, bula de remédio, conto, discurso
político, entrevista, notícia, letra de música, poema, tirinha. Com
o advento da internet, surgiram muitos outros: blog, email,
meme etc.
27/09/2022
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