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BIOLOGIA

Ano letivo 2021/2022


Prof. Carlos M. Lains Cardoso

REPRODUÇÃO
SEXUADA
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

REPRODUÇÃO
ASSEXUADA SEXUADA
Descendentes originados a partir de
dois progenitores

Descendentes resultam da fusão de dois


gâmetas (células sexuais), originando o
ovo

Processo contribui para a variabilidade


genética da população
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

REPRODUÇÃO
Alguns tipos de reprodução SEXUADA
sexuada nos animais

Espécies Espécies
unissexuais hermafroditas

Fecundação Hermafroditismo
interna suficiente
(ex.: ténia)
Fecundação
externa Hermafroditismo
insuficiente
(ex.: minhoca)
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

REPRODUÇÃO
SEXUADA
Descendentes originados a partir de
dois progenitores

Descendentes resultam da fusão de dois


gâmetas (células sexuais), originando o
ovo

Processo contribui para a variabilidade


genética da população

Tem por base a união de células resultantes de


uma divisão meiótica
os gâmetas
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

REPRODUÇÃO
SEXUADA

Dependente da fecundação
fusão de gâmetas

Na fecundação ocorre a cariogamia


(fusão dos núcleos dos gâmetas)

Os gâmetas têm genótipo diferente


das células parentais

Os descendentes diferem dos


progenitores
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Reprodução sexuada

A espécie humana é caracterizada


por possuir 46 cromossomas …

… idênticos dois a dois…

… constituindo-se 23 pares…

… idênticos na:
- forma
- estrutura
- sequência

Os cromossomas homólogos
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Células Células diplóides


haplóides (n) (2n)
Não apresentam Apresentam
cromossomas Células diplóides cromossomas
homólogos 2n cromossomas homólogos

Células haplóides Células haplóides


n cromossomas n cromossomas

Células diplóides
2n cromossomas
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Ciclo de vida nos organismos que se reproduzem


sexuadamente são marcados pela meiose e fecundação…

… para manutenção do nº de
cromossomas característico da espécie
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Ciclo de vida nos organismos que se reproduzem


sexuadamente são marcados pela meiose e fecundação…

… para manutenção do nº de
cromossomas característico da espécie
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Os gâmetas (células haplóides) são produzidos em estruturas especializadas

a s …
ss ã o
i ma i
n … Gónadas
Nos a
Ovários ♀
Testículos ♂

Espermatozóides Óvulos
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Os gâmetas (células haplóides) são produzidos em estruturas especializadas

os …
s sã o
l a nt a
Nas p … Gametângios

Anterídeos ♂ Arquegónios ♀

Gâmetas ♀
Gâmetas ♂
Oosferas

se flagelados:
anterozóides
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Os gâmetas (células haplóides) são produzidos em estruturas especializadas

os …
s sã o Nos musgos
l a nt a (briófitas) e fetos
Nas p … Gametângios
(pteridófitas) os
anterozóides
dependem da
água da chuva
para alcançar a
oosfera
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Os gâmetas (células haplóides) são produzidos em estruturas especializadas

os …
s sã o
l a nt a
Nas p … Gametângios
Nos pinheiros (gimnospérmicas) existem:
cones masculinos – cone polínico (produtores de grãos de pólen)
cones femininos (pinhas) – cones ovulíferos (contêm os óvulos)

A fecundação
é
independente
da água
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

O aparecimento das plantas com flor (angiospérmicas) constituiu um passo


evolutivo

Contêm os
Nas anteras existem os Encerram os
gâmetas
sacos polínicos grãos de pólen
masculinos

A fecundação i za ç ão
po li n ruz ada
é também Fecundação u c
t ao
independente Dire
da água Numa planta
com flor
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

O aparecimento das plantas com flor (angiospérmicas) constituiu um passo


evolutivo

Contêm os
Nas anteras existem os Encerram os
gâmetas
sacos polínicos grãos de pólen
masculinos

A fecundação i za ç ão
po li n ruz ada
é também Fecundação u c
t ao
independente Dire
da água

Pormenor do
ovário

Óvulo
Antera Grão de
pólen
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Reprodução sexuada

Os gâmetas são
células haplóides
Não apresentam
cromossomas homólogos

No processo da sua
formação tem de
haver redução do nº
de cromossomas a
metade

Como se
originam os
gâmetas?
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Reprodução sexuada

Cada célula filha com metade


do nº de cromossomas Célula mãe origina 4
característico da espécie células filhas

Processo com duas


divisões nucleares Por MEIOSE

Divisão I Divisão II
Como se
originam os
Divisão Divisão gâmetas?
reducional equacional
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Prófase I Fase de grande duração
(+/- 90% da meiose)

Cromossomas (com 2
cromatídeos) condensam

Emparelhamento de
cromossomas
homólogos
Bivalente
ou
Díada cromossómica
ou
Tétrada cromatídica
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Prófase I Fase de grande duração
(+/- 90% da meiose)

Podem acontecer
fenómenos de
crossing-over

Troca de segmentos de
cromatídeos dos
bivalentes nos pontos
de quiasma
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Prófase I O crossing-over aumenta a
variabilidade genética
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Prófase I Fase de grande duração
(+/- 90% da meiose)

Desaparece o nucléolo e
a membrana nuclear

Os centríolos migram
para os pólos da célula

Forma-se o fuso
acromático
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Metáfase I
Os centríolos atingem os pólos
opostos da célula

Os bivalentes ligam-se, pelo


centrómero, aos microtúbulos do fuso
acromático

Pontos de quiasma na zona central

Centrómeros não
estão no plano
equatorial mas
equidistantes
deste, virados
para os pólos
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Metáfase I

A orientação de cada par de


homólogos, em relação aos
pólos da célula, realiza-se ao
acaso, independentemente
da sua origem materna ou
paterna
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Anáfase I

Ocorre a disjunção/segregação
dos cromossomas homólogos
(separação dos cromossomas homólogos)

Cada cromossoma (com 2


cromatídeos) ascende para um pólo
oposto
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Anáfase I número de combinações na segregação dos
cromossomas homólogos

O modo como se verifica a migração é puramente aleatório,


podendo ocorrer vários tipos de recombinações de
cromossomas maternos e paternos
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Telófase I

Desorganiza-se o fuso
acromático

Descondensação dos
cromossomas

Diferenciam-se os nucléolos

Formação de dois núcleos


haplóides
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão I
Telófase I

Formação de dois núcleos


haplóides

Em cada núcleo não haverão


cromossomas homólogos

Nas células animais dá-se a


constrição do citoplasma na
zona equatorial

AS células filhas ou iniciam


uma interfase curta, sem
fase S, ou entram imediato
em profase II
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão II
Prófase II

Mais rápida que a profase I

Cromossomas condensam

Formação do fuso
acromático

Desorganiza-se a membrana
nuclear
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão II
Metáfase II

Os centrómeros ligam-se ao
fuso acromático

Formação da placa
equatorial
(cromossomas com 2 cromatídeos)

Os centrómeros ficam na
zona mais equatorial da
célula
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão II
Anáfase II

Quebram-se os centrómeros

Separam-se os 2 cromatídeos

Os cromatídeos migram para


os pólos puxados pelo fuso
mitótico
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão II
Telófase II

Quando atingem os pólos, há a


descondensação dos cromossomas
(1 cromatídeo)

Desorganiza-se o fuso acromático

Em torno de cada núcleo novo,


organiza-se uma membrana nuclear

Constrição do citoplasma na zona


equatorial
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MEIOSE Divisão II
Telófase II

Individualização das células filhas

Formação de 4 células filhas


haplóides

Cada célula filha apenas com um


cromossoma de cada par de
homólogos
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Divisão I – reducional
MEIOSE Ocorre a redução para metade do nº de cromossomas

Divisão II – equacional
Mantém-se nº de cromossomas, mas o teor de DNA
reduz a metade
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Divisão I – reducional
MEIOSE Ocorre a redução para metade do nº de cromossomas

Divisão II – equacional
Mantém-se nº de cromossomas, mas o teor de DNA
reduz a metade
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Quantos tipos de combinações


genéticas se podem verificar nas
MEIOSE células resultantes do processo
de meiose?

Nº de
combinações
possíveis para
qualquer
espécie:
n
2
n é o número de
pares de
cromossomas
homólogos da
espécie
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Quantos tipos de combinações


genéticas se podem verificar nas
MEIOSE células resultantes do processo
de meiose?

O crossing-over
aumenta a
variabilidade
genética
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

Variação da quantidade de DNA na


meiose

Replicação do
DNA
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Reprodução sexuada

MEIOSE
https://www.youtube.com/watch?v=IIqOVLUv8cs&list=PL
BE0DC626D34AA08D&index=12

https://www.youtube.com/watch?v=iCL6d0OwKt8

https://www.youtube.com/watch?v=mMncJS4nJ74&featu
re=related

https://www.youtube.com/watch?v=D1_-
mQS_FZ0&list=PLC43C129B774EDC97

https://www.youtube.com/watch?v=jdQe
KjEsj0U&list=PLC43C129B774EDC97

http://www.biorede.pt/zoom_image.asp?
ImageID=3144
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Reprodução sexuada

REPRODUÇÃO
Processo contribui para a SEXUADA
variabilidade genética da
Descendentes originados a partir de
população dois progenitores
Devido:
Descendentes resultam da fusão de dois
1- ao encontro casual entre gâmetas (células sexuais), originando o
progenitores ovo

2- à meiose como processo de Processo contribui para a variabilidade


formação de gâmetas, pois… genética da população

… há separação aleatória dos


3- a fecundação resulta da
cromossomas homólogos
união ao acaso de gâmetas com
… pode haver fenómenos de informação genética diferente
crossing-over
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MITOSE vs MEIOSE
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MITOSE vs MEIOSE
MEIOSE MITOSE
Da linha germinativa para
Células em que ocorre formação de gâmetas ou Células somáticas
esporos
Nº de divisões 2 1
Nº de células filhas 4 (haplóides) 2 (haplóides ou diplóides)
Uma vez (na interfase que Uma vez (na interfase que
Replicação do DNA
antecede início do processo) antecede início do processo)
Quantidade de cromossomas
das células filhas em relação ½ da célula mãe Igual à da célula mãe
à célula mãe
Quantidade de cromatídeos
das células filhas em relação
¼ da célula mãe ½ da célula mãe
à célula mãe (após a
replicação do DNA)
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MITOSE vs MEIOSE
MEIOSE MITOSE
Diferente informação
genética em relação à célula
Qualidade dos cromossomas mãe (crossing-over e Informação genética idêntica
das células filhas separação ao acaso dos à da célula mãe
cromossomas homólogos na
anafase I)
Emparelhamento de
Ocorre na profase I Não ocorre
cromossomas homólogos
Divisão do centrómero Ocorre na anafase II Ocorre na anafase
Ocorrem 2 metafase.
Metafase I: cromossomas
colocados aos pares na placa
Metafase: centrómeros estão
equatorial com os pontos de
na placa equatorial e os
Diferenças na metafase quiasma no centro e
braços dos cromatídeos
centrómeros voltados para os
virados para os pólos.
pólos.
Metafase II: igual a metafase
da mitose
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Reprodução sexuada

MITOSE vs MEIOSE
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES

Génicas Cromossómicas

Alteração num Alteração da


único gene, estrutura dos
devido a cromossomas ou
pequenas do seu número
modificações nos afetando muitos
nucleótidos Est
genes
r utu
ra Número
Silenciosa
Sem sentido Deleção Euploidia
Alteração no modo de Duplicação (em todos os pares)
leitura
Inversão Aneuploidia
Translocação (apenas num par)
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MUTAÇÕES

Génicas Silenciosa:
A substituição de um determinado nucleótido não
provoca alterações nos aminoácidos sintetizados
Alteração num (por haver mais de um anticodão chave)
único gene,
devido a
pequenas Sem sentido:
modificações nos A alteração de um nucleótido promove o
nucleótidos surgimento precoce de um codão de “stop”

Silenciosa
Alteração no modo de leitura:
Sem sentido A troca nucleotídica provoca alteração no
Alteração no modo de aminoácido sintetizado
leitura
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Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
Podem ocorrer quer em
autossomas quer em Alteração da
cromossomas sexuais estrutura dos
cromossomas ou
Desencadeia um do seu número
conjunto de sintomas afetando muitos
Síndroma Est
genes
r utu
ra Número

Deleção Euploidia
Duplicação Aneuploidia
Inversão Poliploidia
Translocação
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
Podem ocorrer quer em
autossomas quer em
cromossomas sexuais

Determinada sobretudo pela


rutura da estrutura linear dos
cromossomas no crossing-over,
seguida de uma reparação
deficiente
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
Podem ocorrer quer em
autossomas quer em ESTRUTURAIS
cromossomas sexuais

Determinada sobretudo pela


rutura da estrutura linear dos
cromossomas no crossing-over,
seguida de uma reparação
deficiente
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
Podem ocorrer quer em
autossomas quer em ESTRUTURAIS
cromossomas sexuais

Determinada sobretudo pela


rutura da estrutura linear dos
cromossomas no crossing-over,
seguida de uma reparação
deficiente
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
Podem ocorrer quer em
autossomas quer em ESTRUTURAIS
cromossomas sexuais

Determinada sobretudo pela


rutura da estrutura linear dos
cromossomas no crossing-over,
seguida de uma reparação
deficiente

Translocação Translocação Translocação


intracrossómica intercrossómica intercrossómica
não recíproca não recíproca recíproca
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES
Cromossómicas
ESTRUTURAIS
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES

ANEUPLOIDIAS Cromossómicas
Num certo par de homólogos, o cariótipo apresenta
anomalia por excesso ou defeito no nº de cromossomas
NUMÉRICAS
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES

ANEUPLOIDIAS Cromossómicas
Num certo par de homólogos, o cariótipo apresenta
anomalia por excesso ou defeito no nº de cromossomas
NUMÉRICAS
BIOLOGIA – Unidade 6
Reprodução sexuada

MUTAÇÕES

EUPLOIDIAS Cromossómicas
Alterações em todo o
genoma POLIPLOIDIAS NUMÉRICAS
Quando há vários genomas em excesso
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Reprodução sexuada

MUTAÇÕES

EUPLOIDIAS Cromossómicas
Alterações em todo o
genoma POLIPLOIDIAS NUMÉRICAS
Quando há vários genomas em excesso
A indução de poliploidia é uma importante estratégia
para o melhoramento genético destas plantas.
Orquídeas poliplóides apresentam flores maiores,
arredondadas (com pétalas e sépalas maiores), em
maior número na inflorescência (cacho), melhor
substância e durabilidade

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