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DESENVOLVIMENTO LOCAL – ANÁLISE

DO CASO DA ELECTROLUX

SIMONE MARIA FERNANDES


DESENVOLVIMENTO LOCAL
De acordo com Tapia (2005) pode-se distinguir como principais
caraterísticas do desenvolvimento local (endógeno) aquelas que são
dirigidas por atores locais e baseadas em fatores de competitividade
territorial.
Conforme Fuini (2008) o processo de
desenvolvimento local veio como resposta à
exponencial globalização dos mercados e as
consequências em termos de flexibilização e
desregulamentação das relações produtivas,
advindos de movimentos de recomposição das
escalas territoriais pelas dinâmicas espaciais que
conduziram à constituição de novos formatos
produtivo-territoriais com base na competitividade
e desenvolvimento localizados.
ARRANJOS E SISTEMAS
PRODUTIVOS LOCAIS
Um exemplo desses novos formatos são os Arranjos
Produtivos Locais (APL), que fazem a articulação de um
agrupamento de empresas que atuam no mesmo setor e
geograficamente próximas com os atores e instituições locais,
o que leva a elevação da competitividade de pequenos
negócios com resultados para o desenvolvimento econômico
local (Fuini , 2008).
Um Arranjo Produtivo Local é
caracterizado pela existência da
aglomeração de um número
significativo de empresas que atuam em
torno de uma atividade produtiva
principal (Lastres, 2004).
GOVERNANÇA CORPORATIVA
De acordo com Lameira (2001,
p. 29) “define-se governança
corporativa, com propriedade,
nos meios acadêmicos, como o
conjunto de mecanismos
econômicos e legais que são
alterados por processos
políticos, objetivando melhorar
a proteção dos direitos dos
acionistas (...).”
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Conforme Nash (2001),
Responsabilidade Social, está ligada
a ética empresarial, no qual tratam
da capacidade de interagir os
valores pessoais com as
preocupações gerências. Esta união
de culturas, de ideias e de objetivos
diferentes, traz conflitos; a ética nos
negócios ajuda o indivíduo a
respeitar, conhecer seu papel e
cumprir seu dever na empresa.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O Desenvolvimento sustentável é:
um processo articulado a partir de meados da
década de 1980, profundamente abrangente e
transformador, em que a unidade de tempo
para obtenção de resultados em larga escala é
de décadas; que tem como paradigma a
inclusão da dimensão social e ambiental
desde o estagio de planejamento até a
operação e avaliação de um empreendimento
ou de ima política de desenvolvimento
(Almeida , 2005, p. 123).
A ELECTROLUX: FATORES DE
DESENVOLVIMENTO LOCAL

Preocupação ambiental e governança corporativa:


PRODUTOS E PRODUÇÃO
produtos produzidos com economia de material, energia e água em
seus centros de produção
Substituição do CFC (clorofluorcarbono) dos refrigeradores e
congeladores por HCFC (Hidroclorofluorcarbono) e HFC
(Hidrofluorcarbono), que não afetam a camada de ozônio e tem
pouca ação sobre o efeito estufa.
Certificação pelo Sistema de Gestão de Qualidade (ISO 9000), e
no Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001).
Preocupação ambiental e governança corporativa
RECICLAGEM DE PRODUTOS

Alguns eletrodomésticos e eletroportáteis podem conter


substâncias que degradam o meio ambiente, caso sejam
descartados em lixo comum.
A Electrolux preza pelo desenvolvimento sustentável e já
está pondo em prática diversas medidas que ajudarão a reduzir
o impacto ambiental causado por estes resíduos sólidos.
ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E
RESPONSABILIDADE SOCIAL

Fornecedores
A Electrolux está comprometida a colocar no mercado produtos
livres de falhas que são obtidos com o resultado combinado de
boas especificações, padronização, consolidação do fornecedor e
certificação do fornecedor.
A empresa escolhe seus fornecedores, usando somente aqueles
que podem demonstrar o compromisso total e a habilidade em
cumprir com as exigências.
DESENVOLVIMENTO LOCAL E
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Programa de Estágio
O Programa de Estágio tem como objetivo identificar,
desenvolver e reter jovens talentos para preencher futuras posições
na empresa, possibilitando ao estudante o exercício prático na linha
de formação profissional.
A Electrolux fornece aos seus estagiários bolsa-auxílio
competitiva com o mercado de estágio, assistência médica, vale
transporte e alimentação.
O estagiário passa por avaliações, que têm como objetivo
acompanhar o desenvolvimento profissional e comportamental do
estudante, bem como lhe proporcionar feedback sobre seu
desempenho na Empresa.
 
Casa Electrolux
Com sede em São Paulo é uma casa onde a empresa expõe seus
produtos e atrações culturais numa associação entre marketing e
desenvolvimento cultural local.
No local são desenvolvidos eventos como lançamento de livros,
de moda, culinários, exposição de artes, entre outros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No âmbito do desenvolvimento local pode-se destacar a
importância da valorização do papel dos atores sociais e o das
estratégias integradas de desenvolvimento local e regional.
Percebe-se o caráter intencional do desenvolvimento local e a
dimensão dada às ações das empresas em nível local na regulação
da governança local.
Ao se pensar em desenvolvimento local e sustentável deve-se
considerar as necessidades locais e as ferramentas a serem
implantadas, ou seja, em locais com muito desemprego criação de
postos de trabalho e de treinamento são muito importantes, assim
como o caso da Electrolux e seu programa de Programa de Estagio,
por exemplo.
REFERÊNCIAS

AGENDA 21. Conferência das nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. 2 ed. Brasília. Senado
Federal, 1997.
 ALMEIDA, Fernando. Negócios. In: TRIGUEIRO, André et al. Meio ambiente no século 21. 4 ed. Campinas:
Armazém do Ipê, 2005.
 FUINI, Lucas Labigalini. Estudo do mercado de trabalho em Arranjo Produtivo Local (APL):território e produção cerâmica
em Santa Gertrudes/SP. Soc. nat., v. 20, n. 1, p. 75-85, 2008.
 IBGC. Governança Corporativa. Disponível em: <http:// www.ibgc.org.br/home.
asp>. Acesso feito em set./2012.
 LAMEIRA, V. J. Governança Corporativa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
 LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E. Glossário de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais. Rio de
Janeiro: Sebrae/UFRJ, 2004.
 LODI, J. B. Governança Corporativa – O governo da empresa e o conselho de administração. 4 ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
 NASH, Laura L. Ética nas Empresas: Guia prático para Soluções de Problemas Éticos nas Empresas. São Paulo: Makron
Books,2001.
 TAPIA, Jorge Ruben Biton. Desenvolvimento local, concertação social e governança: a experiência dos pactos territoriais
na Itália. São Paulo, Perspec., v. 19, n. 1, p. 132-139, 2005. 

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