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MORFOLOGIA DO PORTUGUÊS

Conceitos Básicos

Prof. Felício Wessling Margotti (UFSC)

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MORFOLOGIA DO PORTUGUÊS

Objetivos da Disciplina

Utilizar os princípios de análise morfológica para


descrever a estrutura de palavras da língua portuguesa,
distinguindo os processos de flexão, composição e
derivação, além de identificar e utilizar aspectos da
teoria lexical relacionados à classificação de palavras.

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MORFOLOGIA DO PORTUGUÊS

Qual é o objeto da Morfologia?


 É a parte da gramática que descreve a forma
das palavras, ou mais precisamente os
morfemas.
 A morfologia aborda predominantemente os
processos nos quais se acrescenta um
segmento a outro(s) já existente(s) – ou se
substitui um elemento por outro – para
modificar o sentido. No primeiro caso, o
morfema é aditivo; no segundo, alternativo. 3
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Conceitos Gerais
 Forma e estrutura: o conceito de “forma” está associad
ao conceito de “estrutura”.
 Forma, função, sentido: esses aspectos são
mutuamente solidários.
 Vocábulo e palavra: sentido lexical e sentido gramatica
 Vocábulo formal e vocábulo fonológico: nem sempre
coincidem.
 Formas livres: vocábulos com sentido lexical (palavras)
 Formas dependentes: vocábulos com sentido
gramatical.
 Formas presas: não são vocábulos, mas são unidades 4
formais de sentido.
CURSO DE PORTUGUÊS A DISTÂNCIA
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Análise Mórfica:
Conceitos Específicos

 Morfema, morfe, alomorfe: unidade de


sentido e representação formal

 Morfema zero: ausência de morfe, mas


presença de morfema.
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Análise Mórfica: Tipos de Morfes

 Morfes cumulativos: um mesmo morfe


representa dois ou mais morfemas
 Morfes alternantes: a oposição entre morfemas
(sentido) se faz pela troca de um morfe por
outro morfe.
 Morfes redundantes: a oposição de morfemas
(sentido) é reforçada por dois ou mais morfes.
 Morfes homônimos: a coincidência de formas
não significa coincidência de morfemas. 6
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Classificação dos Morfemas

 Raiz (R): “Elemento irredutível e comum aos


vocábulos da mesma família” (Saussure).
Também dito semantema, lexema, radical
primário, forma primitiva, morfema básico,
morfema nuclear.
 Radical (Rad): inclui a raiz e os elementos
afixais (prefixos e sufixos). Pode ser primário (=
raiz), secundário (raiz + 01 afixo), terciário (raiz
+ 2 afixos) etc. 7
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Classificação dos Morfemas


 Vogal temática (VT): vogal que ocorre depois
do radical, mas antes das desinências.
 Tema (T): conjunto formado pelo radical e pela
vogal temática.
 Morfema derivacional:
– Prefixos (Pref): mudam o sentido, mas não
mudam a classe.
– Sufixos (SD): prestam-se mais para mudar a
classe do que mudar o sentido. 8
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Classificação dos Morfemas


 Morfema categórico (ou desinências):
– Desinência de gênero (DG): no masculino é Ø; no
feminino, [a].
– Desinência de número (DN): no singular é Ø; no
plural, [s].
– Desinência de modo e tempo (DMT): todos os
tempos verbais têm a sua, exceto presente do
indicativo e pretérito perfeito do indicativo.
– Desinência de número e pessoa (DNP):
desinências associadas às pessoas do discurso (1a,
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2a e 3a), do singular e plural.
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Classificação dos Morfemas

 Vogal de ligação (VL): em geral são vogais


temática que se mantêm após a adição de sufixo
derivacional.
 Morfema relacional: preposições e conjunções.

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