Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Morfologia e Pragmática
O conhecimento das palavras
Conhecimento Linguístico
Conhecer uma língua inclui vários tipos de conhecimento:
˃ Conhecimento das palavras (ou conhecimento lexical) – léxico, morfologia e semântica
˃ Conhecimento sintático – sintaxe
˃ Conhecimento fonológico – fonologia
˃ Conhecimento semântico – semântica
˃ Conhecimento pragmático – pragmática
Morfologia
Competência morfológica
- Conhecimento intuitivo acerca da constituição das palavras
- Conhecimento das regras que possibilitam a construção morfológica das palavras (flexão e derivação)
Morfologia
- estudo divide-se então em dois domínios:
- primeiro é – o da análise da estrutura interna das palavras existentes
- o segundo é o da descrição dos processos morfológicos de formação de novas palavras.
A morfologia é a área da Linguística que se dedica ao estudo das palavras. O objeto de estudo da morfologia centra-se em dois
domínios:
Palavras simples - palavras em que a relação entre a forma, o significado e as propriedade gramaticais que lhes estão associadas
é uma relação arbitrária e imprevisível. Estas palavras possuem um único radical, que é uma unidade lexical inanalisável, e sufixos
que o especificam morfológica e morfossintaticamente, variando nas suas categorias de flexão:
Palavras complexas - a posição do radical domina uma nova estrutura morfológica, que pode integrar um radical e um afixo (cf.
clar-ificar; des-ligar) ou dois radicais (cf. ec-o-sistem-as), sendo que cada um dos radicais encaixados pode, por sua vez, ser uma
nova estrutura morfológica (cf. clar-ifica-dor; re-des-ligar; micro-ec-o-sistema). Nestes casos a configuração é expandida por
ramificação do radical:
As palavras que possuem um radical complexo são estruturas de afixação e de composição sendo que as primeiras são
predominantes no Português e resultam da concatenação de um afixo (prefixo ou sufixo) a um radical, um tema ou uma palavra;
as segundas são geradas por concatenação de dois ou mais radicais:
Palavras complexas - As palavras complexas são ou foram geradas pela intervenção de processos de formação de palavras, cujo
conhecimento constitui um segundo objeto de estudo da morfologia. Assim, de uma forma esquemática, pode dizer-se que a
morfologia se ocupa, por um lado, da especificação (morfológica e morfossintática) do radical e, por outro, dos processos de
formação de radicais complexos:
Todas as palavras são ou contém morfemas/constituintes morfológicos, mas nem todos os morfemas/constituintes morfológicos
são palavras!
O que é um morfema?
˃ Unidade mínima com valor morfológico distintivo
˃ Menor unidade gramatical de uma lingua
˃ Menor unidade portadora de significado
˃ Um elemento que participa na construção de uma palavra
˃ Unidade mínima com significado… ou não!
˃ Qualquer elemento participa na construção de uma palavras (=constituinte morfológico)
Morfema
Morfema gramatical (ou funcional): desempenha funções estritamente gramaticais (ex.: transformação de um adjetivo num
advérbio)
afixos flexionais, artigos, as preposições, as conjunções
mente em felizmente
Morfema lexical: tem sentido dicionarizável; designa seres, ações, conceitos abstratos, entre outros
radicais e afixos derivacionais
feliz em felizmente
No português para que uma dada estrutura seja reconhecida como palavra é necessário que ela contenha :
- um radical
- um especificador morfológico, chamado constituinte temático um ou dois especificadores morfossintáticos que realizam a flexão
morfológica.
Radicais
Radical simples: forma inanalisável (=não analisável)
Radical complexo: integra dois ou mais constituintes morfológicos, um dos quais é obrigatoriamente um radical simples
o Radicais nominais - São os constituintes que ocupam a posição radical de um nome simples. (Radicais Nominais Simples
– natureza categorial da palavra simples em que ocorre; Radicais Nominais Complexas – o núcleo é um radical complexo)
˃ morfo-semânticas
˃ género (inerente)
˃ classes temáticas
o Radicais adjetivais - está associada informação relativa à classe temática que é definida pela natureza do índice temático
que selecionam (-a, -o, -e, -_) ou não (); Pela sua variabilidade - que distingue os radicais adjetivais variáveis em
género
o Radicais verbais - está associado um traço que indica a conjugação a que pertencem; também incluem informação relativa
ao tipo de flexão, que pode ser regular ou irregular. Há defetividade provocada por acidentes de natureza diacrónica.
Alguns destes verbos recorrem ao supletivismo.
o Radicais adverbiais - Distribuem-se por classes temáticas idênticas às dos radicais adjetivais e nominais e geram palavras
invariáveis
Radicais Nominais
Propriedades Morfossemânticas
– Distinção entre nomes próprios e comuns, animados e – [± humano]
inanimados, contáveis e massivos.
– [± contável]
– [± animado]
Género
– Todos os radicais possuem informação de género gramatical dado que desencadeia mecanismos de concordância.
– Valores de género
– Os radicais nominais derivados têm uma relação mais motivada com o género, dado que todos os radicais formados por um
mesmo sufixo derivacional possuem idêntico valor
• Todos os radicais nominais derivados pelo sufixo –idade são femininos.
• Todos os derivados em –ismo são masculinos.
• Todos os derivados em –nte são subespecificados.
Classes Temáticas
– Aos radicais nominais está geralmente associada informação sobre a classe temática que pertencem e é definida pela natureza
do índice temático que selecionam ( -a, -o, -e, -Ø) ou pela ausência ()*, em combinação com o seu valor de género (masculino,
feminino e subespecificado):
• Tem RN [-a, -fem] e.g. tema
• Folh RN [-o,-fem] e.g. olho
• Dent RN [-e, -fem] e.g. dente
A identificação de radicais de tema em –o, em –a não coloca especial dificuldade: trata-se de radicais de nomes que, no singular,
exibem esse radical e o respetivo índice temático e, no plural, exibem o radical, o índice temático respetivo e o sufixo de flexão
adequado.
Os radicais atemáticos englobam radicais com um comportamento marginal.
Responsáveis pela ausência de qualquer um dos índices temáticos que caracterizam as restantes classes temáticas.
Afixos
Prefixos → quando precedem o radical ou outros prefixos
Infixos → quando no meio do radical
Sufixos → se seguem ao radical ou outros sufixos
Afixos especificadores: com informação de natureza morfológica (constituintes temáticos ou flexão) - sufixos
Afixos derivacionais: responsáveis pela formação de novas palavras, determinando as suas propriedades gramaticais e semânticas
– sufixos e prefixos
Afixos modificadores: responsáveis pela formação de novas palavras, determinando as suas propriedades semânticas (não
gramaticais) – prefixos
Verbalização deadjetival
Os radicais verbais, os sufixos de verbalização e as vogais temáticas são especificados quanto à conjugação.
Morfologia derivacional
Morfologia flexional
o Em português, a morfologia flexional é sufixal.
o As categorias nominais (nomes, adjetivos, artigos…) flexionam em número, género e grau.
o Os verbos flexionam em tempo, aspeto e modo, em pessoa e número.
o A flexão verbal de tempo, aspeto e modo organiza-se em 3 paradigmas – as conjugações – identificáveis pela vogal
temática, que precede o morfema do infinitivo.
Os processos morfológicos flexionais regulares mais produtivos atingem-se muito cedo, dando origem a:
˃ regularizações temporárias de formas – sobregeneralizações – no período de aquisição da linguagem;
˃ reanálises de formas excecionais na gramática de falantes adultos pouco escolarizados.
Como se criam novas palavras?
Processos morfológicos
• derivação • conversão
Relação semântica entre palavras pertencentes à mesma área semântica em Dtermos de maior ou menor especificidade do seu
sentido - relação de inclusão.
Arquitetura da faculdade da linguagem
A organização da Faculdade da Linguagem é “modular internamente”, ou seja, o sistema computacional formal é distinto das
componentes conceptual e auditória, embora interajam entre si.
Linguagem e pensamento
• O pensamento molda a linguagem?
• A linguagem molda o pensamento?
hipótese de Whorf-Sapir
– Determinismo linguístico
– Relativismo linguístico (cf. Ted talk de Lera Boroditsky)
• Diferentes línguas aplicam diferentes categorias ao mundo.
• A estrutura e as categorias de uma língua afetam o modo como percebemos e compreendemos a realidade.
• Diferentes línguas contêm diferentes visões do mundo.
Semântica
semântica lexical: estuda/abrange o conhecimento do significado dos itens lexicais e das relações horizontais e verticais que se
estabelecem entre eles.
semântica composicional: estuda/abrange o conhecimento dos princípios e regras que permitem aos falantes interpretar
combinações livres de palavras.
o que é o significado?
Perspetiva naturalista: relação intrínseca entre as palavras e as coisas - onomatopeias: splash, chuac, quá-quá
Perspetiva convencionalista: relação arbitrária entre forma/som e significado
Léxico mental
o Conjunto virtual de entradas lexicais.
o Rede de palavras estruturalmente organizada em torno de relações abstratas.
o Organização das palavras em redes semânticas (dependente do enquadramento cultural ou civilizacional, e individual da
pessoa).
- As palavras não podem ser usadas para designar as mesmas entidades. – denotação intencional
- A intensão de duas palavras ou de expressões distintas não implica que a sua extensão também o seja.
Expressões Referenciais
Expressões que designam ou representam uma entidade particular ou um conjunto particular de entidades do universo de discurso.
O cão do Rui fugiu.
Referente
Todos as crianças brincaram.
Denotação das palavras e contexto discursivo.~
Homonímia Homófonas: Palavras homónimas com formas fónicas idênticas mas formas gráficas distintas.
Homonímia Homógrafas: Palavras homónimas com formas gráficas iguais mas com formas fónicas diferentes.
Polissemia – Metonímia: Palavras polissémicas resultante de um sentido de expansão ou restrição de sentido por continuidade.
• continente e conteúdo
Polissemia Regular: Todas as palavras pertencentes a uma determinada classe semântica exibem o mesmo padrão polissémico.
Ele já terminou de escrever o livro. O livro é interessante.
(caderno, diário, manual, tese)
• Polissemia compatível
O livro que saiu está escrito conforme o novo acordo ortográfico. (suporte + conteúdo)
• Polissemia incompatível
? Adicione a colher de prata de azeite ao refugado. (recipiente + medida de quantidade)
Polissemia Irregular: As palavras da mesma classe semântica não exibem o mesmo padrão polissémico.
Ele foi operado ao coração. Ele tem o coração partido.
(pâncreas, estômago, fígado, rins)
Semântica Composicional
o princípios e regras que permitem aos falantes interpretar combinações livres de palavras
Princípio de composicionalidade
O significado de uma expressão linguística é resultante do significado:
(i) dos itens lexicais que a constituem;
(ii) da forma como os itens lexicais são combinados (estrutura sintática, ordem de palavras, relações gramaticais).
Este princípio é violável – por exemplo, em expressões idiomáticas.
O condutor foi desta para melhor. [=morrer]
Eles começaram logo a sacudir a água do capote. [=desculpar-se]
Proposição
Todas as frases que apresentam/descrevem uma situações situação são proposições.
“Uma proposição é o significado de uma frase declarativa que descreve uma situação envolvendo entidades, referidas através de
expressões na frase, que mantêm entre si diferentes tipos de relações explícitas pelo predicado.” - Mateus et al (2003: 208)
Polaridade
Sentido
Referência
Na língua, o significado manifesta-se no estabelecimento de relações sistemáticas entre formas linguísticas e situações do mundo
– significância informacional.
Expressões referenciais: expressões linguísticas que referem e ocupam posições sintáticas de argumentos ou adjuntos
Expressões predicativas: expressões linguísticas que atribuem propriedades ou estabelecem relações; podem ter função sintática
de predicativo (do sujeito ou objeto direto) ou podem ser verbos (que introduzem relações entre argumentos)
A referência pode ser:
• deítica: a referência é estabelecida em função de um ponto de referência contextualmente determinado
• anafórica: a referência é estabelecida em função de outro elemento no texto (sem haver necessariamente correferência)
REFERÊNCIA DEÍTICA
DEIXIS: a referência é estabelecida em função de um ponto de referência contextualmente determinado
• temporal
Eu hoje fui ao cinema.
Eu vou ao cinema amanhã.
• espacial
Este livro tem mais páginas que aquele.
• pessoal
Tu nunca estás satisfeito!
Os nossos filhos são mais novos que os vossos.
REFERÊNCIA ANAFÓRICA
anafórica: a referência é estabelecida em função de outro elemento no “texto” (sem haver necessariamente correferência)
expressões nominais
• designam indivíduos singulares ou plurais únicos
• Podem ser definidas e indefinidas e ter interpretação:
– distributiva ou coletiva (cf. ambiguidade)
– genérica ou existencial
– específica ou não específica
Estas interpretações estão (também) dependentes dos predicados com que as expressões nominais se combinam.
expressões definidas
expressões definidas singulares e plurais
• designam indivíduos singulares ou plurais únicos – têm uma função designatória como os nomes próprios
A terapeuta da fala inglesa chegou ontem.
A Cristina chegou ontem.
As expressões definidas que designam pluralidades podem designar indivíduos de um conjunto de um a um (interpretação
distributiva) ou um o conjunto como uma entidade única (interpretação coletiva).
Os terapeutas da falas ingleses acordaram às 7 da manhã.
Os terapeutas da falas ingleses reuniram-se em plenário.
• podem designar “protótipos” e não indivíduos únicos; esta interpretação genérica é acionada por certos predicados e
valores aspeto-temporais
“O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e estudo científico das perturbações da comunicação humana,
englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também outras formas de comunicação
não verbal.”
expressões indefinidas
expressões indefinidas singulares e plurais
• referem indivíduos singulares ou plurais não identificados
Uma terapeuta da fala inglesa chegou ontem.
Encontrei num congresso uns terapeutas da fala que não conhecia.
As expressões indefinidas podem ter interpretação específica (afirmando a existência de um referente) ou uma interpretação não
específica (não pressupondo a existência de um referente).
Um terapeuta da fala está sempre disponível para ajudar.
Quero conhecer uma terapeuta da fala inglesa – a Cristina.
Quero conhecer uma terapeuta da fala inglesa – qualquer uma serve; preciso de saber como ir trabalhar para Inglaterra.
uso referencial: refere um indivíduo determinado (embora introduzido no universo de referência de forma não específica)
uso atributivo: predica uma propriedade sobre o indivíduo referido por uma expressão referencial.
verbos
O conhecimento dos verbos implica conhecimento de:
• categoria sintática
• número de argumentos selecionados (se algum)
• papel temático* do SN sujeito e argumentos
(informação disponível no LÉXICO e projetada na estrutura frásica - SINTAXE)
*Os papéis temáticos mantém-se, independentemente da estrutura frásica – ativa ou passiva ou outra.
predicação
papéis temáticos
Relações dos argumentos de um verbo com o verbo
AGENTE - o que pratica a ação (o “fazedor”)
TEMA - o que é afetado pela ação
LOCATIVO - onde a ação acontece
ALVO - para onde a ação é direcionada
FONTE - onde a ação é originada
INSTRUMENTO - o meio pelo qual a ação acontece
EXPERIENCIADOR - o que percebe algo
CAUSA - uma força natural que causa uma mudança
POSSUIDOR - o que possui algo
frases
O significado de uma frase é uma proposição (que descreve uma determinada situação). Sobre as proposições podemos avaliar
do seu valor de verdade!
pressuposição
Existe entre proposições (ou conjuntos de proposições) relações de pressuposição que implicam que em todos os casos em que
umas são verdadeiras as outras são verdadeiras.
hiponímia-hiperonímia
Cocker -> cão -> mamífero
SINTAXE versus SEMÂNTICA
Existe entre proposições (ou conjuntos de proposições) relações de pressuposição que implicam que em todos os casos em que
umas são verdadeiras as outras são falsas.
postulados de significado
Implicação lógica e equivalência semântica podem ser usadas para descrever o significado semântico dos itens lexicais (e
composicional).
postulados de significado
Se tivesse continuado solteiro, não teria tido esposa!
SINTAXE versus SEMÂNTICA
AMBIGUIDADE LEXICAL
AMBIGUIDADE SEMÂNTICA
Ambiguidade
ambiguidade lexical
Sentei-me no banco porque estava muito cansada.
ambiguidade estrutural
O meu tio trouxe-me pastéis de Sintra.
AMBIGUIDADE LEXICAL
homonímia ou polissemia
Odeio pãezinhos sem sal.
O meu pai montou um banco na sua juventude. [banqueiro ou marceneiro? ou foi ao IKEA!]
Tem sonhos? [sonhador ou pasteleiro?]
O chão está cheio de folhas. [da árvore ou de papel?]
AMBIGUIDADE SEMÂNTICA
de escopo (interpretação coletiva ou distributiva)
A professora não corrigiu um único teste. [nenhum teste ou só um?]
A Ana e o Pedro são casados. [um com o outro ou com o José e a Sara, respetivamente?]
quantificação nominal
• As expressões nominais quantificadas designam quantidades mais ou menos precisas de indivíduos.
• A quantificação pode ser:
– universal
– existencial
• As frases com mais que uma expressão quantificada podem ser ambíguas – cf. Escopo largo ou estreito dos
quantificadores
(in)dependência referencial
• A interpretação do discurso (ou parte dela) envolve a capacidade de estabelecer nexos entre as expressões nominais que nele
ocorrem, distinguindo:
– expressões que introduzem novos referentes no discurso;
– expressões que designam referentes já introduzidos no discurso.
cadeias referenciais
• Ao estabelecer nexos entre as expressões nominais que nele ocorrem, formam-se cadeias referenciais:
1º elemento: expressão que introduz um novo referente no discurso
elementos seguintes: expressões que o retomam
A formação de cadeias referenciais é condicionada por fatores extralinguísticos (v. Pragmática) e por fatores linguísticos, como o estatuto referencial
das expressões nominais.
• Estatuto referencial das expressões nominais:
• anáforas – têm de ter um antecedente na oração a que pertencem; reflexos ou recíprocos
• pronominais – não podem ter um antecedente na oração a que pertencem;
• expressões referenciais – não podem ter um antecedente na frase complexa em que ocorre.
• A correferência implica compatibilidade de traços gramaticais e c-comando (na estrutura sintática).
tempo e aspeto
• A localização das frases no tempo é dada por:
– tempo verbal;
– expressões preposicionais e adverbiais (adjuntos).
• A localização temporal considera:
– ponto de fala (momento de enunciação);
– ponto do evento (quando a situação descrita ocorre);
– ponto de referência (outro tempo referido na proposição).
– PF: ponto de fala (momento de enunciação)
– PE: ponto do evento (quando a situação descrita ocorre)
– PR: ponto de referência (outro tempo referido na proposição)