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FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA 2
Formalismo e Funcionalismo
Segundo Nichols (1984), as teorias funcionalistas também estudam a estrutura gramatical, mas o fazem considerando a
situação comunicativa como determinadora das estruturas em análise.)
+ origem da tradição funcionalista na Escola Linguística de Praga (Thèses, 1929)
- incursões tipológicas e interacionistas (sociocognitivistas)
Andrew Carnie e Heidi Harley (2003), a partir de William Croft (1995) e Frederick Newmeyer (1998)
+ Seis dimensões distintivas entre Formalismo e Funcionalismo
- quanto à dependência da estrutura gramatical na análise linguística: mais / menos dependente
- quanto ao papel da arbitrariedade da gramática: mais / menos arbitrariedade
- quanto à autonomia da sintaxe: maior / menor autonomia
- quanto à dicotomia sincronia/diacronia: mais sincrônico / mais diacrônico
- quanto à distinção entre competência e atuação: mais independência / mais equalização
- quanto à consideração dos dados: análise de gramaticalidade, tipologia e aquisição / análise de corpus de dados históricos e
sociológicos
VISÃO CONTRASTADA DOS DOIS MODELOS
● Os dois polos dos estudos (e estudiosos) linguísticos (René Dirven e Vilem Fried, 1987)
+ funcionalista
- Escola Linguística de Praga (Mathesius, Trubestskoy, Jakobson, Danes, Firbas, Vachek, Sgall etc.)
- Escola de Genebra (Saussure, Bally, Tesnière, Hilbig e Martinet)
- Escola de Londres (Firth e Halliday)
- Grupo da Holanda (Reichling e Dik
# maior representação funcionalista na ELP e nos modelos de gramática funcional de Halliday e Dik
# menor sistematicidade na EL e em Reichling
# implicitamente em Saussure
+ formalista
- Estruturalismo americano (Bloomfield, Trager, Bloch, Harris, Fries e Chomsky)
FORMALISMO FUNCIONALISMO
fonemas
morfemas entonação - prosódia
palavras - lexemas gramática
sintagmas - sintagmemas discurso
VISÃO CONTRASTADA DOS DOIS MODELOS
Correlato psicológico Competência: capacidade de produzir, interpretar e Competência comunicativa: habilidade de interagir
julgar orações socialmente com a língua
O sistema e seu uso O estudo da competência tem prioridade sobre o da O estudo do sistema deve fazer-se dentro do quadro
atuação de uso
Língua e contexto/situação As orações da língua devem descrever-se A descrição das expressões deve fornecer dados
independentemente do contexto/situação para a descrição de seu funcionamento num dado
contexto
Aquisição da linguagem Faz-se no uso de propriedades inatas, com base num Faz-se com a ajuda de um input extenso e
input restrito e não estruturado de dados estruturado de dados apresentado no contexto
natural
Universais linguísticos São propriedades inatas do organismo humano Explicam-se em função de restrições: comunicativas;
biológicas ou psicológicas; contextuais
Relação entre a sintaxe, a A sintaxe é autônoma em relação à semântica; as duas A pragmática é o quadro dentro do qual a semântica
semântica e a pragmática são autônomas em relação à pragmática; as prioridades e a sintaxe devem ser estudadas; as prioridades vão
vão da sintaxe à pragmática, por via da semântica da pragmática à sintaxe, por via da semântica
VISÃO CONTRASTADA DOS DOIS MODELOS
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