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Como os seguintes autores contribuíram para Sintaxe?

Bloomfield: Leonard Bloomfield é conhecido como um dos principais representantes


do estruturalismo linguístico nos Estados Unidos. Embora sua abordagem se
concentrasse principalmente na fonologia e na morfologia, ele também contribuiu para o
estudo da sintaxe, especialmente em sua obra "Language" (1933), na qual discute a
estrutura das sentenças.
Chomsky: Noam Chomsky é um renomado linguista que fez contribuições
significativas para a sintaxe. Ele é conhecido principalmente por sua teoria da gramática
generativa e transformacional. Suas obras, como "Syntactic Structures" (1957),
introduziram a ideia de regras de transformação e a noção de uma gramática universal
subjacente a todas as línguas.
Halliday: Michael Halliday, conhecido pelo desenvolvimento da linguística sistêmico-
funcional, também abordou a sintaxe em suas teorias. Sua abordagem analisa a estrutura
das sentenças em termos de suas funções dentro de um sistema linguístico maior.

GRAMÁTICA DE ORIENTAÇÃO FORMAL E DE ORIENTAÇÃO


FUNCIONAL

Uma gramática formalmente orientada e uma gramática funcionalmente orientada são


duas abordagens diferentes para a descrição e análise da estrutura das línguas naturais.
Vou explicar cada uma delas em detalhes:
1. Gramática formalmente orientada: Uma gramática formalmente orientada,
também conhecida como gramática generativa ou sintaxe generativa, é baseada
no conceito de regras formais que especificam como as frases de uma língua são
geradas. Essas regras são geralmente expressas na forma de produções
gramaticais que descrevem a relação entre diferentes elementos da linguagem,
como palavras, frases e sentenças. As gramáticas formalmente orientadas
geralmente seguem uma abordagem estruturalista e se concentram em capturar a
estrutura hierárquica das frases.
As gramáticas formalmente orientadas são frequentemente representadas usando
formalismos como a Gramática Generativa Transformacional (TGG) de Noam
Chomsky ou a Gramática Livre de Contexto (GLC). Esses formalismos definem
uma série de regras de produção que especificam como os elementos da
linguagem podem ser combinados para formar frases gramaticalmente corretas.
Essas gramáticas também podem incluir recursos adicionais, como regras de
movimento ou transformações, que permitem a geração de estruturas mais
complexas.
2. Gramática funcionalmente orientada: Uma gramática funcionalmente orientada,
também conhecida como gramática de funções ou análise funcional, enfoca as
funções desempenhadas pelas palavras em uma sentença e como elas se
relacionam entre si. Em vez de se concentrar na estrutura hierárquica das frases,
a gramática funcionalmente orientada analisa as funções semânticas, sintáticas e
pragmáticas das palavras em um contexto específico.
Essa abordagem considera que as palavras são selecionadas e organizadas com
base em sua contribuição para a estrutura geral e o significado da sentença. Em
vez de regras de produção, as gramáticas funcionalmente orientadas utilizam
funções gramaticais para descrever as relações entre os elementos da linguagem.
Essas funções podem ser classificadas em diferentes categorias, como função
sujeito, função objeto, função adjetiva, função adverbial, entre outras.
Em resumo, enquanto a gramática formalmente orientada se concentra na
estrutura hierárquica das frases e utiliza regras de produção para gerar e analisar
sentenças, a gramática funcionalmente orientada enfatiza as funções gramaticais
das palavras e como elas se relacionam na construção de sentenças.

AS PRINCIPAIS ABORDAGENS NA SINTAXE


Bloomfield, Chomsky e Halliday são três importantes linguistas que
desenvolveram abordagens distintas no estudo da sintaxe.
O estruturalismo americano de Bloomfield era eminentemente analítico e
descritivo e centrava-se no estudo da morfologia e da sintaxe, partindo da frase como
unidade. Bloomfield propôs a teoria do descritivismo/distribucionalismo, que se
concentrava na descrição dos usos externos da língua.
Por outro lado, Chomsky desenvolveu a teoria gerativa, que parte do princípio
de que a aquisição da linguagem é inata e que as crianças nascem com uma capacidade
inata para adquirir a linguagem. Segundo essa perspectiva, a gramática é uma estrutura
mental que está presente no cérebro humano desde o nascimento e que é ativada pela
exposição à linguagem. Os gerativistas acreditam que a gramática é uma estrutura
autônoma e independente do contexto comunicativo, e a análise da linguagem deve se
concentrar nas regras gramaticais que governam a estrutura da língua.
Já Halliday, representante do funcionalismo, parte do princípio de que a
linguagem é um instrumento a ser utilizado com um propósito. Nessa perspectiva, a
aquisição da linguagem é vista como um processo de aprendizagem que ocorre por meio
da interação social e da exposição a situações comunicativas reais. Os funcionalistas
acreditam que a linguagem é moldada pelas necessidades comunicativas dos falantes e
que a gramática é um reflexo dessas necessidades. Portanto, a análise da linguagem deve
levar em consideração o contexto em que ela é usada e as funções que ela desempenha na
comunicação.

AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM NO GERATIVISMO


(FORMALISMO), FUNCIONALISMO E ESTRUTURALISMO
A abordagem funcionalista parte do princípio de que a linguagem é um
instrumento a ser utilizado com um propósito. Nessa perspectiva, a aquisição da
linguagem é vista como um processo de aprendizagem que ocorre por meio da interação
social e da exposição a situações comunicativas reais. Os funcionalistas acreditam que a
linguagem é moldada pelas necessidades comunicativas dos falantes e que a gramática é
um reflexo dessas necessidades. Portanto, a análise da linguagem deve levar em
consideração o contexto em que ela é usada e as funções que ela desempenha na
comunicação.
Por outro lado, a abordagem gerativista, desenvolvida por Noam Chomsky, parte
do princípio de que a aquisição da linguagem é inata e que as crianças nascem com uma
capacidade inata para adquirir a linguagem. Segundo essa perspectiva, a gramática é uma
estrutura mental que está presente no cérebro humano desde o nascimento e que é ativada
pela exposição à linguagem. Os gerativistas acreditam que a gramática é uma estrutura
autônoma e independente do contexto comunicativo. Portanto, a análise da linguagem
deve se concentrar nas regras gramaticais que governam a estrutura da língua.
O estruturalismo, em contraposição ao funcionalismo e ao gerativismo, trata
da aquisição de linguagem como um fenômeno externo ao indivíduo, como um
sistema de hábitos gerado como resposta a estímulos, e é influenciado pelo contexto
social. Segundo Bloomfield, um dos principais representantes do estruturalismo
americano, a linguagem humana constitui um fenômeno externo ao indivíduo, como um
sistema de hábitos gerado como resposta a estímulos. Além disso, a teoria behaviorista da
aquisição da linguagem, proposta por B.F. Skinner, também influenciou os estudos de
Leonard Bloomfield sobre a linguagem. Skinner defendia que a aquisição da linguagem
ocorre por meio de um processo de condicionamento operante, no qual o
comportamento verbal é moldado por meio de reforços e punições. Essa visão do
comportamento verbal como um conjunto de hábitos adquiridos para comunicação social
assumindo característica não cognitiva, foi defendida pela teoria behaviorista-
estruturalista.

OBJETO DA SINTAXE
O que podemos estudar no nível sintático? Quais são os fenômenos linguísticos
pertinentes a esse nível? Das suas aulas de sintaxe no Ensino Fundamental, vocês devem
se lembrar de alguns: classificação do sujeito, dos objetos direto e indireto, a constituição
de uma oração, de um período simples ou composto, coordenação, subordinação,
regência, concordância etc. A questão agora é que as diferentes correntes teóricas que
vamos ver na disciplina tratam desses fenômenos segundo os seus objetivos, segundo o
recorte epistemológico que elas fazem. Desse modo, nas correntes mais formalistas,
existe uma tendência em se tratar da Sintaxe como independente dos outros níveis,
como a Semântica e a Pragmática. As correntes mais funcionalistas, por sua vez, não
fazem essa separação, e entendem que só se pode tratar da Sintaxe a partir da
Pragmática e da Semântica. Por conta desses recortes, podemos dizer que muitas vezes
as correntes teóricas analisam um mesmo fenômeno, mas de maneiras diferentes.

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