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Contextualização das Arboviroses

Urbanas e Febre Amarela


Termo utilizado desde a década de 30 do século passado.

“Arboviroses” “Arthropod borne virus”

Originalmente, consideradas apenas zoonoses.


Sofreram modificações ecológicas, alterando o
habitat natural do vírus para o ambiente urbano.

Devido aos processos de urbanização, desenvolvimento


econômico e aumento populacional – a partir da segunda
metade do século XX – as arboviroses urbanas passaram
a impactar verdadeiramente na saúde pública no Brasil.

(SILVA; ARGERAMI, 2008)


Introduzidas no Brasil no período de
Febre Amarela colonização pelos europeus, devido ao
e Dengue grande tráfico de produtos e pessoas entre
o continente africano e as Américas.

• Primeira epidemia conhecida: final do séc. XVII >> Nordeste


• Só voltaram a acontecer em meados do séc. XIX >> RJ
• A partir desse período, aconteceram epidemias com alguma
Febre Amarela regularidade, até o controle da doença em meados do séc. XX
• O último caso urbano confirmado ocorreu em 1942
• Desde o início dos anos 2000, há risco de reurbanização da doença,
o que levou a um maior incentivo das ações de vigilância e controle

(BRASIL a, 2022)
(BRASIL b, 2022)
(SILVA; ARGERAMI, 2008)
• Década de 50: erradicação do mosquito Aedes aegypti como medida de
controle da Febre Amarela
• Década de 70: reintrodução do vetor com o relaxamento das medidas de
controle
• 1981: primeiras ocorrências documentadas de dengue, no Norte do Brasil,
pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4
Dengue • A partir de 1986, os surtos de dengue começaram a afetar todas as regiões do
país com o sorotipo DENV-1. Esses surtos eram relativamente pequenos até
1994, com pouquíssimos casos graves e raros óbitos
• Introdução de novos sorotipos DENV-2 (1990) e DENV-3 (2000)
• Nas últimas décadas: aumento do número de casos, da gravidade, do número
de óbitos e reintrodução do sorotipo DENV-4 (2010)
• Série histórica nos últimos anos: epidemias em 2010, 2013, 2015, 2016 e 2019.

(BRASIL a, 2022)
(BRASIL b, 2022)
(SILVA; ARGERAMI, 2008)
Epidemias de dengue
na série histórica dos 1998, 2002, 2008, 2010, 2013, 2015, 2016, 2019
últimos anos

Chikungunya • Chikungunya introduzida no Brasil em 2014


e Zika • Zika introduzida no país em 2015

A ocorrência dessas arboviroses se


No mundo a Dengue está presente relaciona à introdução de novos sorotipos,
em 130 países, a Chikungunya em deficiência nos sistemas de saneamento
115, Zika em 89 e a Febre Amarela básico e infraestrutura, baixos níveis
em 40, aproximadamente. socioeconômicos e alterações climáticas.

(BRASIL a, 2022)
(BRASIL b, 2022)
(SILVA; ARGERAMI, 2008)
País predominantemente
urbano

Quantidade
crescente de BRASIL
produtos
descartáveis

E, assim, sustenta-se a ideia de


Condições que as epidemias não podem ser
favoráveis à
proliferação do combatidas, mas prevenidas.
mosquito

(SILVA; ARGERAMI, 2008)


Formas de Transmissão e
Descrição Clínica das Arboviroses
Dengue Chikungunya Zika Febre Amarela
Agente etiológico DENV1, DENV2, CHIK V ZIKV FAV
DENV3, DENV4

Período de incubação intrínseco – Humano 04 – 10 dias 01 – 12 dias 02 – 07 dias 03 – 06 dias

Período de Viremia – Humano 01 dia antes da febre 02 dias antes dos até o 05º dia do 01 – 02 dias antes dos
até o 05º dia da sintomas até 10 dias da inicio dos sintomas até 03 – 05 dias
doença doença sintomas após início da doença

Período de Incubação Extrínseco – Vetor 08 – 14 dias 03 – 07 dias 08 - 14 dias 08 – 12 dias

Período de Viremia – Vetor 6 – 8 semanas 6 – 8 semanas 6 – 8 semanas 6 – 8 semanas

Formas de Transmissão Vetorial – Aedes Vetorial – Aedes Vetorial – Aedes Vetorial – Aedes aegypti (ciclo
aegypti aegypti aegypti urbano)

Vertical – rara Vertical – rara. Vertical Haemagogus e Sabethes


(ciclo silvestre)
Sexual

Fonte: Guia de Vigilância em Saúde /Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5.ed. rev. e atual. – Brasília :
Ministério da Saúde,2022.
Sinais e Sintomas Dengue Chikungunya Zika Febre Amarela

Febre/Duração Muito Comum. Febre Comum. Febre Súbita e Alta/ 2 – 3 dias Comum. Febre Baixa ou Sem Comum. Febre Súbita e Alta/
Súbita e Alta/ 2 – 7 dias Febre/ 2 – 3 dias 2 – 4 dias

Dor retro - orbitária Comum Pouco Comum Pouco Comum Ausente

Exantema/Prurido Comum. Surge do 3º - 6º Comum. Surge do 2º - 5º dia Muito Comum. Surge do 1º - 2º Pouco Comum
dia dia

Mialgia/Artralgia Comum Muito Comum Pouco Comum Pouco Comum

Edema de Articulação Pouco Comum Muito Comum Pouco Comum Ausente


(intensidade)

Conjuntivite Ausente Pouco Comum Muito Comum Ausente

Hemorragias Pouco Comum Ausente Ausente Comum

Outros Sintomas Icterícia, Oligúria/Anúria,

Fonte:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde. 5. ed. rev. e atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Establishing syndromic surveillance and event-based surveillance systems for Zika, dengue and other arboviral diseases. Genebra, Suíça: WHO, 2020.
Definição de Casos de Dengue

• Dengue
• Dengue com sinais de alarme
• Dengue grave
Fases da Chikungunya

• Febril ou Aguda
• Pós Aguda
• Crônica – por mais de 6 anos
Zika
• Transmissão Vertical: Gestantes infectadas pelo vírus ZIKV em
diferentes idades gestacionais que podem vir a ocasionar a Síndrome
Congênita Associada à Infecção pelo Vírus Zika.

MICROCEFALIA
Febre Amarela

Fonte: https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/8950/mod_resource/content/3/ebook/24.html

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