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Aula 1 - Teoria Neoclássica

HPE
Danilo Freitas Ramalho da Silva
Estrutura da Aula
• 1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• 3) Economia Neoclássica
• 4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
1) Origens e Fundamentos da Teoria Neoclássica
• Origens: final do século XIX, por volta de 1870;
• Principais pensadores: William Stanley Jevons, Carl Menger, Leon
Walras e Alfred Marshall (1890);
• A Escola Neoclássica trata da produção e distribuição de riqueza
entre os indivíduos, com foco na distribuição harmoniosa através
do mercado – diferente da distribuição da produção entre classes
sociais, feita pelos clássicos (Smith, Ricardo e Marx);
• Utilidade é o determinante do valor de troca das mercadorias – e
não a quantidade de trabalho incorporado a ela na produção;
• Inspirado nas teorias da utilidade de Jeremy Bentham, Jean-
Baptiste Say e Nassau Senior, de fim do século XVIII e início do
século XIX (fundamentos da Teoria Neoclássica)
• Desenvolve os conceitos de valor-utilidade, utilidade, utilidade
marginal e equilíbrio de mercado
1) Origens e Fundamentos da Teoria Neoclássica

• Fundamentos da Teoria Neoclássica: consciência das condições


humanas especiais provocadas pelo modo de produção capitalista e
projeção dessas características específicas como naturais do
Homem em todas as sociedades em todos os tempos – assim como
Ricardo;

• São cinco essas características:

• 1) individualismo;
• 2) utilitarismo egoísta;
• 3) dependência dos mercados;
• 4) acumulação de capital financiada pelos lucros e
• 5) racionalismo calculista
1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 1) Individualismo
• Especialização do trabalho e isolamento dos produtores levaram os
indivíduos a considerar-se não como parte integrante de um todo
sócio-econômico interdependente, mas como unidades isoladas,
alienadas
• Cada indivíduo passa a se preocupar, portanto, apenas com a sua
própria sobrevivência, tendo que lidar com as questões impessoais
do mercado
• Cada pessoa passa a ser vista como fundamentalmente egoísta e
como um antagonista e combatente natural de seu semelhante
• “Mão invisível” do mercado é vista como uma forma de solucionar
os conflitos surgidos com a competitividade natural dos homens
1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 2) Utilitarismo egoísta

• Dado o caráter competitivo e egoísta da natureza humana, qual


seria a base ou fonte essencial da motivação humana?
• Obter prazer e evitar a dor.
• Esta crença chama-se utilitarismo e é a base filosófica da teoria do
valor-utilidade e da economia neoclássica
• Utilitarismo foi formulado de modo mais clássico e característico
nos escritos de Jeremy Bentham
1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 3) Dependência dos mercados
• Especialização na produção cria dependência individual e social do
bom funcionamento do mercado
• Quando o mercado funciona bem, o capitalismo “funciona bem”, o
que faz com que os economistas que aceitam o capitalismo como o
único modo de produção direcionem sua atenção apenas para o
mercado, ignorando as condições de produção
• Em Smith e Ricardo, encontramos contradições entre a harmonia
proveniente do bom funcionamento do mercado (valor-utilidade) e
o conflito de classes presente na produção (valor-trabalho)
• Bentham, Say, Senior e os economistas neoclássicos abandonam
totalmente a teoria do valor-trabalho
1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 4) Acumulação de capital financiada pelos lucros

• Pré-requisito da especialização é a acumulação de ferramentas,


máquinas e instalações mais complexas
• Produção desses bens exige que se abra mão da produção de bens
de consumo
• No capitalismo, apenas os capitalistas têm a propriedade privada
dos meios de produção, logo os lucros têm que aumentar para
financiar os bens de produção
• Quem financia de fato a produção de bens de produção
(acumulação de capital) em detrimento dos bens de consumo
depende da distribuição entre lucros e salários
1) Origens e Fundamentos da Teoria
Neoclássica
• 5) Racionalismo calculista

• Concorrência capitalista leva ao desenvolvimento do cálculo da


produção (análise custo/benefício, contabilidade etc.)
• Extrapolação dessa forma de pensar para além das questões dos
negócios, dominando o comportamento humano
• Exclusão de componentes culturais, religiosos, altruístas,
emocional, não-racional etc.
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• William Stanley Jevons (1835 – 1882)
• Inglês, publicou Teoria da Economia Política, em 1871;
• Seguidor intelectual de Bentham, tratava a Economia como ciência do cálculo do
prazer e da dor;
• Considerava que o valor de troca (ou preço) da mercadoria dependia inteiramente
de sua utilidade:
• “Um aluno de Economia não pode ter esperança de formar ideias claras e corretas
sobre esta ciência se achar que valor é uma coisa ou um objeto ou mesmo uma
coisa que esteja incorporada a outra coisa ou a um objeto… A palavra valor, para
ser corretamente usada, deve expressar, apenas, a circunstância de sua troca por
alguma outra substância, em determinadas proporções”
• Restringiu sua análise econômica, portanto, aos preços e à esfera da circulação –
mercado;
• Desenvolveu o conceito de utilidade marginal ao diferenciar a utilidade total
extraída através do consumo de uma quantidade de mercadoria do grau final de
utilidade extraída do último pequeno incremento dessa mercadoria – crítica aos
clássicos;
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• William Stanley Jevons (1835 – 1882)
• Utilizou o cálculo diferencial para expressar a ideia de utilidade marginal,
identificando a matemática como a linguagem científica apropriada à Economia
• U = f(x); utilidade é função da quantidade consumida do bem x
• UMg = f’(x): utilidade marginal é a primeira derivada da função f em relação a x, e
mede a utilidade gerada com o consumo de uma quantidade infinitesimal a mais
de x
• UMg(x) é decrescente, ou seja, quanto mais se tem, menos utilidade é gerada a
partir da próxima quantidade consumida
• Mostrou como a utilidade marginal determinava os preços de equilíbrio:
UMg(x)/UMg(y) = Px/Py.
• Se UMg(x)/UMg(y) > Px/Py, abre-se mão de y para obter mais x
• UMg(x) diminui e UMg(y) aumenta até o ponto em que UMg(x)/UMg(y) = Px/Py
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• Carl Menger (1840 – 1921)
• Austríaco, fundador da Escola Austríaca, tem contribuições para a
teoria econômica (Principles of Economics) e para a metodologia da
Economia (Problems of Economics and Sociology);
• Mesma concepção de utilidade total e utilidade marginal de Jevons,
ilustrada através de um quadro que atribui valores às utilidades das
mercadorias – avesso à matematização;
• Condição de maximização de utilidade inferior à de Jevons
(UMg(x)/UMg(y) = Px/Py), pois deixava de considerar os preços,
concentrando-se na igualdade de utilidade marginal entre
diferentes bens: UMg(x) = UMg(y) = ... = UMg(n);
• Determinação de preços superior à de Jevons (oferta e demanda),
pois considerava a utilidade dos insumos na produção dos bens –
implicando que o valor total da produção seria formado pela
contribuição marginal dos insumos, excluindo, assim, qualquer
excedente;
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• Carl Menger (1840 – 1921)
• Methodenstreit, contra a Escola Histórica Alemã:
• i) ciência pura deveria ser isenta de valores: valores dos indivíduos
são influenciados pelas circunstâncias pessoais, por sua posição de
classe, por suas emoções etc., por isso dificilmente haveria um
acordo em relação a questões éticas
• ii) só era possível entender o funcionamento de famílias ou firmas,
nunca de classes sociais ou nações
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• León Walras (1834 – 1910)
• Francês, publicou Elementos de Economia Pura, em 1874;
• Mesma concepção de utilidade total e utilidade marginal decrescente de
Jevons e Menger;
• Teoria do equilíbrio econômico geral: oferta e demanda em um mercado
depende dos preços vigentes em todos os outros mercados;
• Preocupação em construir um sistema teórico que provasse a existência
do equilíbrio simultâneo em todos os mercados;
• Condição necessária era que o número de equações do sistema fosse
igual ao número de incógnitas;
• Estabilidade do equilíbrio: posições fora do equilíbrio convergem para o
equilíbrio guiados pelo excesso de demanda (ou oferta), dados os
preços
• Problemas: quem determina os preços? Leiloeiro walrasiano!
2) Jevons, Menger, Walras e Marshall
• Alfred Marshall (1842 – 1924)
• Inglês, formado e professor da Universidade de Cambridge, publicou
Princípios de Economia, em 1890, que substituiu Princípios de
Economia Política, de Mill, como principal livro de Economia em
inglês;
• Mesma concepção de utilidade marginal decrescente e maximização
de utilidade através da troca de Jevons, Menger e Walras;
• Aprofundou a análise da utilidade marginal na determinação da
demanda: considerou que no período de análise as utilidades
marginais dos bens para os indivíduos permaneciam constantes,
assim como a do dinheiro (ceteris paribus);
• Desenvolveu os conceitos de elasticidade-preço da demanda e
excedente do consumidor, além de ter identificado o problema de
maximização do lucro da firma com a maximização de utilidade do
consumidor.
3) Economia Neoclássica
• Processo econômico é resultado do comportamento racional,
calculado e maximizador
• Dois centros de atenção: família e firma
• Dois fluxos circulares contínuos entre famílias e firmas: fluxo real e
fluxo monetário
• Fluxo real: famílias vendem fatores de produção (capital e trabalho)
para as firmas e compram bens de consumo das firmas
• Fluxo monetário: famílias recebem das firmas pagamento
monetário (dinheiro) pela venda dos fatores de produção e pagam
às firmas (dinheiro) pelos bens de consumo
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
• Família maximiza o excesso de utilidade obtido com o consumo do
bem comprado em relação à utilidade da venda dos fatores de
produção

• Firma maximiza lucro, ou seja, a diferença entre o dinheiro obtido


com a venda dos bens de consumo e o dinheiro gasto na obtenção
dos fatores de produção

• Analogia entre a maximização de utilidade da família e a


maximização de lucro da firma
3) Economia Neoclássica
• Demanda negativamente inclinada: aumenta a quantidade
consumida do bem por um indivíduo, diminui o preço que o
indivíduo está disposto a pagar por esse bem
• Hipótese 1: no período de análise, as preferências dos indivíduos
são constantes
• Hipótese 2: utilidade marginal do dinheiro é constante
• Ligação entre utilidade e preço:
• 1 real = 1 util
• Primeiro pedaço de pão = 4 utis = 4 reais
• Primeiro pedaço de carne = 6 utis = 6 reais
• Segundo pedaço de pão = 2 utis = 2 reais
• Segundo pedaço de carne = 3 utis = 3 reais
• Curva de demanda total é simplesmente a soma das curvas de
demanda individuais
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
• Maximização da utilidade do consumidor:

• Utilidade do consumo

• Desutilidade do trabalho

• Desutilidade do empréstimo de capital monetário: espera para o


consumo

• Ajustes nas quantidades de bens consumidos e fatores


vendidos/emprestados leva à maximização da utilidade do consumidor

• Bens consumidos podem ser substituídos por outros


3) Economia Neoclássica
• Maximização de lucro da firma: simetria com a maximização de utilidade do
consumidor se dá somente se os fatores de produção da firma (capital e
trabalho) puderem ser substituíveis também

• Coeficientes técnicos de produção fixos: capital e trabalho são realmente


substituíveis?

• Solução de Marshall:

• 1) Empresário busca usar a combinação de capital e trabalho mais eficiente, ou


seja, aquela com menor custo para produzir uma certa quantidade de produto;

• 2) Rendimentos marginais decrescentes dos fatores de produção

• Analogia com a utilidade marginal decrescente advinda do consumo


3) Economia Neoclássica
• Problema da firma: maximizar lucro, ou seja, maximizar a diferença
entre receita e custos
• Duas formas de análise:
• 1) Produto: quanto produzir. Valor da receita e dos custos de
produção. Consequentemente, quanto empregar de capital e
trabalho de modo a maximizar o lucro. Preços do produto e dos
fatores de produção são dados.
• 2) Insumos: quanto usar de capital e trabalho. Receita e custos
resultante da compra e uso dos fatores de produção. Preços do
produto e dos fatores de produção são dados.
• Marshall: ênfase na análise do produto
3) Economia Neoclássica
• Problema do consumidor: maximizar utilidade
• Determina a curva de demanda individual e de mercado para um
determinado bem
• Relação inversa entre preço e quantidade

• Problema da firma: maximizar lucro


• Determina a curva de oferta da firma e do mercado para um
determinado bem
• Relação positiva entre preço e quantidade através das curvas de
custo das firmas

• Equilíbrio de mercado: preço do bem que iguala a quantidade


ofertada e demandada no mercado
3) Economia Neoclássica
• Análise dos custos da firma

• Firma representativa

• Mercado competitivo

• Preços dados

• Curto prazo: capital fixo, mas número de trabalhadores pode variar

• Longo prazo: capital e trabalho variáveis


3) Economia Neoclássica
• No curto prazo, em concorrência perfeita:
• PMgL: produto marginal do trabalho
• PMeL: produto médio do trabalho
• CMg: custo marginal
• CMe: custo médio

• Firma produz até o ponto em que o custo marginal (CMg) é igual à


receita marginal (RMg)

• Neste ponto o custo médio é mínimo


3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
• No longo prazo: firma ajusta seu tamanho, ou seja, número de
trabalhadores e quantidade de capital de forma a minimizar custos

• Questões:
• 1) Retornos constantes de escala?
• 2) Tamanho ótimo leva a oligopólios ou monopólios?
• 3) Nesse caso, a firma determina preço, a produção é ineficiente e a
mão invisível não funciona?
• 4) Necessidade de ação do governo para regular o mercado?
3) Economia Neoclássica
• Teoria da distribuição segundo a produtividade marginal

• Análise de John Bates Clark supera a de Marshall


• Firma contrata trabalhadores até o ponto em que o valor do
produto marginal do trabalho se iguala ao salário
• Firma compra capital até o ponto em que o valor do produto
marginal do capital se iguala à taxa de juros
• Fatores de produção são remunerados por sua contribuição
marginal à produção
• Não há excedente. Não há exploração. Não há lucro!!!
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
3) Economia Neoclássica
• Economia como troca e o papel do empresário

• Economia Neoclássica é troca


• Indivíduos egoístas, racionais e maximizadores de utilidade são
detentores de fatores de produção (capital e trabalho)
• Direitos de propriedade (do capital) são assegurados e
incontestáveis
• Indivíduos vendem seus fatores de produção de forma a maximizar
a utilidade advinda do consumo de bens finais
• Mas quem organiza a produção?
• Quem determina os preços?
3) Economia Neoclássica
• Críticas: empresário e leiloeiro

• Empresário organiza a produção movido pela possibilidade de lucro

• Função da firma é maximizar lucro

• Mas em equilíbrio o lucro é zero!

• Leiloeiro walrasiano determina os preços

• Agente externo necessário para que o modelo funcione


4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica

• Capitalismo no final do século XIX

• Racionalização, regularização e institucionalização do processo de


acumulação sob a forma de Sociedade Anônima
• Administradores profissionais e métodos de produção em série substituíram
a acumulação de capital individualista
• Duas grandes mudanças:
• Internacionalização do capital
• Proprietários passivos e ausentes
• Mudanças na Teoria Econômica:
• Marginalismo neoclássico reflete o ponto de vista social do capitalista
ausente e que vive de renda: reajustes marginais em sua carteira de
investimento para maximizar lucro
• Análise institucional de Thorstein Veblen (1857 – 1929) sobre o período
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Thorstein Veblen (1857 – 1929)

• Um dos teóricos sociais mais importantes, originais e profundos da


história dos EUA
• Estilo aparentemente afastado, neutro e desinteressado em suas
análises sobre o capitalismo
• Mas na realidade, defensor do “homem comum” contra os “vested
interests (interesses próprios disfarçados de comuns )”. No caso,
defensor dos trabalhadores contra os proprietários.
• Ensinou na Universidade de Chicago e na Universidade de Stanford,
nos EUA, onde não era bem quisto
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Ideias de Veblen
• Influência da Teoria da Evolução de Darwin
• Sociedade é um organismo complexo que se adapta (ou não) a
situações novas
• Análise histórica da economia: investigação da história da vida da
civilização material. Fases da civilização.
• História humana: história da evolução das instituições sociais
• Conduta humana baseia-se em certos padrões de comportamento
que se expressam de formas diversas em contextos históricos
diferentes
• Contextos históricos diferentes apresentam instituições diferentes,
que se transformam ao longo do tempo e moldam o
comportamento humano
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Crítica à Economia Neoclássica

• Crítica fundamental: neoclássicos analisam de forma não-histórica e


simplista a natureza humana e as instituições sociais

• Tentam explicar tudo em termos de comportamento racional, egoísta


e maximizador e acabam deixando de fora outros fatores importantes

• Homem calculador de prazer e dor só reage aos estímulos externos

• Análise apenas do funcionamento dos mercados mediado pelo


sistema de preços, adequado para a comunidade dos negócios
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Finalidades da teoria neoclássica:
• 1) Justificar a remuneração do capital baseado na ideia que ele produz
utilidade
• 2) Todas as rendas (da terra, do capital e do trabalho) representam suas
contribuições produtivas para a sociedade (aluguel, juros e salário) e,
portanto, são equivalentes em termos morais, econômicos e sociais
• 3) No sistema capitalista concorrencial a harmonia social é o estado
natural das coisas
• Toda fonte de renda representa uma contribuição útil de um fator de
produção para a sociedade
• Esse resultado pressupõe que em todas as sociedades o
comportamento humano sempre foi pautado pela maximização de
utilidade
• No capitalismo, a obtenção de rendimento dos fatores de produção se
daria de forma mais eficiente (direitos de propriedade individuais)
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Veblen:
• Produção é um fenômeno social e cultural e não pode ser resumido à
contribuição de uma pessoa ou fator de produção
• Produção é um processo social em que os homens compartilham
conhecimento e habilidades (cooperação) para transformar e se adaptar à
natureza
• A separação entre propriedade da terra, do capital e do trabalho era
específica do capitalismo, assim como suas respectivas remunerações de
aluguel, juros e salário
• Capital não é simplesmente uma entidade física, mas principalmente uma
propriedade garantida pelas leis e instituições
• Renda da capital (lucro, juros) era, portanto, uma peculiaridade do
capitalismo e de suas instituições
• Renda do trabalho (salário) era, portanto, uma peculiaridade do capitalismo e
de suas instituições
4) Crítica de Veblen à Economia Neoclássica
• Funções da teoria econômica neoclássica: obscurecer o conflito
básico do capitalismo entre proprietários e trabalhadores

• 1) Fazendo com que ele parecesse aparente e não real;

• 2) Fazendo com que a relação entre empregado e empregador


parecesse atemporal e eterna

• Teoria econômica neoclássica serve aos interesses dos


proprietários, mas enfatiza a virtude dos interesses comuns
(“vested interests”).

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